BRPI0617639A2

BRPI0617639A2 - espaçador intervertebral configurado para implantação entre primeira e segunda vértebras

Info

Publication number: BRPI0617639A2
Application number: BRPI0617639-9A
Authority: BR
Inventors: Andy Gfeller; Remo Amherd; Thierry Stoll
Original assignee: Synthes Gmbh
Priority date: 2005-10-21
Filing date: 2006-10-20
Publication date: 2011-08-02
Also published as: CN101365394A; KR20080068672A; ZA200804175B; AU2006304821A1; EP1937170A1; JP2009512520A; US20070123989A1; CA2626687A1; WO2007048012A2; TW200724078A

Abstract

<B>ESPAçADOR INTERVERTEBRAL CONFIGURADO PARA IMPLANTAçãO ENTRE PRIMEIRA E SEGUNDA VéRTEBRAS<D>Método para tratamento cirúrgico intra-operativo de espondilolistese por uma abordagem minimamente invasiva anterior da espinha lombar inclui inserir um espaçador intercorpóreo entre duas vértebras, anexando uma placa de redução anatomicamente projetada em pelo menosuma das duas vértebras, e anexando o espaçador intercorpóreo à placa de redução por um meio de preensão através de um furo de broca central da placa de redução e o espaçador intercorpóreo. O espaçador intercorpóreo pode ser anexado à vértebras anteriormente posicionadas por pelo menos um parafuso de osso. As partes superior e inferior podem ser anexadas às vértebras superior e inferior por pelo menos um parafuso de osso para estabilizar o segmento vertebral deslocado da espinha.

Description

"ESPAÇADOR INTERVERTEBRAL CONFIGURADO PARAIMPLANTAÇÃO ENTRE PRIMEIRA E SEGUNDA VÉRTEBRAS"

CAMPO TÉCNICO

A invenção diz respeito a métodos e instrumentos que podemser usados para tratamento cirúrgico intraoperativo de espondilolistese pormeio de uma abordagem minimamente invasiva anterior da espinha.

FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO

Espondilolistese é um termo usado para descrever quando umavértebra desliza para a frente da vértebra abaixo dela (figura 1). Istonormalmente ocorre em virtude de haver uma espondilolistese na vértebrasuperior. Existem duas partes principais da espinha que mantêm alinhadas asvértebras, os discos e as juntas de faceta. Quando ocorre espondilolistese, ajunta de faceta não pode mais conter a vértebra. O disco invertebral podeestirar lentamente sob a maior tensão e permitir que a vértebra superiordeslize para a frente. Na grande maioria dos casos, o estiramento do discointervertebral permite somente uma pequena quantidade de deslizamento paraa frente.

O tratamento cirúrgico de espondilolistese precisa abordartanto os sintomas mecânicos quanto os sintomas compressivos, se elesestiverem presentes. Normalmente, isto significa que os nervos que saem daespinha devem ficar livres de pressão e irritação. A realização de umalaminectomia completa (remoção da lâmina) normalmente consegue aliviar apressão e irritação nos nervos que saem da espinha. A remoção da lâminapermite mais ambiente para os nervos. Ela também permite que o cirurgiãoremova o pedaço do tecido em volta do defeito de espondilolistese. Oresultado é menor irritação e inflamação dos nervos. Uma vez que os nervosficam livres, uma fusão espinhal é normalmente realizada para controlar ainstabilidade segmentar (fonte: www.spineuniversity.com).

As metas do cirurgião são remover pressão nos nervosespinhais (isto é, descompressão) e fornecer estabilidade à espinha lombar. Namaioria dos casos de espondilolistese, descompressão lombar deve seracompanhada pela união de uma vértebra espinhal na seguinte (isto é, fusãoespinhal) com instrumentação espinhal (isto é, implantes que são geralmenteusados para ajudar no processo de cicatrização). A cirurgia pode ser feita pelatraseira ou uma abordagem posterior da espinha (isto é, distração e reduçãopodem ser conseguidas antes de apertar a fixação posterior) e/ou pela frenteou abordagem anterior da espinha (isto é, fusão anterior). Tais métodosafetam negativamente as estruturas musculares posteriores vitais.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

A presente invenção fornece um método de realizar redução deespondilolistese. Preferivelmente, o método, instrumentos e implantespreservam as estruturas musculares posteriores vitais, reduzindo-se assim amorbidade cirúrgica associada com cirurgia de fusão, preferivelmenteincluindo cirurgia de fusão lombar.

O método inclui as etapas de inserir um espaçadorintercorpóreo entre duas vértebras, e anexar uma placa de redução projetadaanatomicamente nas duas vértebras por meio de dois parafusos. A placa deredução inclui furos de broca superior e inferior, onde pelo menos umparafuso, usando uma conexão placa-parafuso estável, é fixo na vértebra queestá posicionada mais anteriormente do que a outra vértebra, e o outroparafuso, um parafuso sem travamento, é fixado na outra vértebra. O métodoinclui adicionalmente introduzir o parafuso sem travamento para reduzir adistância de deslizamento vertebral.

Em uma outra modalidade, o método inclui as etapas de inserirum espaçador intercorpóreo entre duas vértebras, anexar uma placa deredução projetada anatomicamente para pelo menos uma das duas vértebrasusando pelo menos um parafuso sem travamento, e anexar o espaçadorintercorpóreo na placa de redução por meio de dispositivos de fixação atravésde um furo de broca, preferivelmente um furo de broca central, da placa deredução e do espaçador intercorpóreo. O espaçador intercorpóreo pode seranexado na vértebra posicionada anteriormente por pelo menos um parafusoósseo. O método inclui adicionalmente girar o parafuso sem travamento parareduzir a distância de deslizamento vertebral.

Ainda em uma outra modalidade, o método inclui inserir umespaçador intercorpóreo entre duas vértebras, onde o espaçador intercorpóreopode ser anexado nas vértebras por parafusos de travamento. O método incluiadicionalmente inserir um mecanismo de parafuso de travamento e ajustar omecanismo de parafuso de travamento de maneira tal que as vértebras fiquemalinhadas verticalmente, em que a vértebra de cima ou superior move-se emrelação à vértebra de baixo ou inferior.

Em uma modalidade adicional, o método inclui anexarparafusos pediculares nas vértebras que envolvem uma vértebra que apresentauma condição de espondilolistese, anexar parafusos pediculares pré-montadosna vértebra que apresenta a condição de espondilolistese, e anexar hastes nosparafusos pediculares. O método inclui adicionalmente reposicionar avértebra que apresenta a condição de espondilolistese usando um instrumentode redução de maneira tal que a cabeça dos parafusos pediculares pré-montados coincida com as hastes, e afixar os parafusos pediculares pré-montados nas hastes usando tampas de trava e uma chave de fenda.

Ainda em uma modalidade adicional, o método inclui inserirum parafuso na área anterior das vértebras adjacentes, onde uma das vértebrasadjacentes apresenta uma condição de espondilolistese, e fixar o parafusoanexado na vértebra que não apresenta a condição de espondilolistese a umelemento rígido externo. O método inclui adicionalmente usar um mecanismoajustável para ajustar o parafuso inserido na vértebra que apresenta a condiçãode espondilolistese até que a distância de deslizamento dessa vértebra sejareduzida. Este método pode ser realizado externamente a partir de uma áreade incisão.

Outros objetivos e vantagens, além daquelas supradiscutidas,ficarão aparentes aos versados na técnica durante o curso da descrição de umamodalidade preferida da invenção seguinte. Na descrição, é feita referênciaaos desenhos anexos, que forma uma parte desta, e que ilustram um exemploda invenção. Entretanto, tal exemplo não é completo das várias modalidadesda invenção, e as reivindicações seguintes não devem ser limitadas aosexemplos mostrados.

DESCRIÇÃO RESUMIDA DOS DESENHOS

Os métodos e instrumentação de redução de espondilolistesesão explicados ainda com mais detalhes nos desenhos exemplares seguintes,em que a instrumentação e métodos de operação podem ser mais bementendidos e em que números de referência iguais representam elementosiguais. Os desenhos são meramente exemplares para ilustrar a estrutura,operação e método de tratar espondilolistese, e certos recursos que podem serusados singularmente ou em combinação com outros recursos da invençãonão devem ser limitados às modalidades mostradas.

A figura 1 representa um segmento de uma espinha onde umdisco de vértebra moveu-se ou deslizou para frente das outras vértebras(espondilolistese);

A figura 2 é uma vista lateral de uma modalidade da presenteinvenção;

A figura 3 é uma vista lateral de uma modificação damodalidade representada na figura 2;

A figura 4A é uma vista lateral de uma outra modalidade dapresente invenção;

As figuras 4B e 4C são vistas laterais das posições antes edepois das superfícies de implante da modalidade representada na figura 4A;

As figuras 5A e 5B são vistas em perspectiva de diferentesmodalidades do implante das figuras 4A-C;

As figuras 6A e B são vistas laterais de uma outra modalidadeda presente invenção;

As figuras 7A-D são vistas laterais de um instrumento de

redução;

As figuras 8A e B são vistas laterais de uma outra modalidade;

As figuras 9A-D são vistas laterais de uma outra modalidade; e

As figuras IOA e IOB são vistas de uma outra modalidade.

DESCRIÇÃO DAS MODALIDADES PREFERIDAS

Redução de espondilolistese pode ser feita tanto no local da

ferida (in situ) quanto fora do local da ferida (ex situ), onde o local da feridarefere-se à área de incisão.

O método in situ permite redução de espondilolistese por meiode uma abordagem minimamente invasiva, preferivelmente usando umimplante como um dispositivo de redução.

Em uma modalidade preferida, representada na figura 2, umespaçador intercorpóreo 10 (por exemplo, gaiola metálica, de aloenxerto oupolimérica) pode ser colocado entre duas vértebras 1, 2. Uma placa deredução desenhada anatomicamente 20 com furo(s) de broca superior einferior pode ser colocada na frente do segmento (sítio) de tratamento eanexada nas vértebras por pelo menos um parafuso superior 24 e pelo menosum parafuso inferior 25. A placa de redução 20 pode ser tanto reta quantocurva (pré-tensionada). Fixando-se um parafuso 24 na vértebra posicionadamais anteriormente por meio de uma conexão placa-parafuso estável ou detrava 26 (conceito de parafuso de travamento LCP), o outro parafuso semtravamento 25 pode ser usado para reduzir a distância de deslizamentovertebral B empurrando o parafuso em uma direção A, representada na figura2. Isto é conseguido por meio de um "recurso de atraso" que ocorre quando acabeça do parafuso 25 entra em contato com a placa de redução 20, e acontinuidade do giro do parafuso 25 faz com que a vértebra deslocada mova-se posteriormente e alinhe-se verticalmente com as outras vértebras.

Em uma configuração alternativa (figura 3) da modalidaderepresentada na figura 2, a placa de redução 20 pode ser afixada por pelomenos um parafuso 25 na vértebra 2 que deslizou para a frente e,opcionalmente, um segundo parafuso 24 pode ser conectado na outra vértebra1. Adicionalmente, o espaçador intercorpóreo 10 pode preferivelmente serconectado na placa de redução 20, e é preferivelmente expansível na altura. Aplaca de redução 20 pode ter um furo de broca central 23 provido,preferivelmente, com uma rosca interna (não mostrada), e preferivelmenteparalelo aos furos de broca superiores e inferiores 21, 22.Correspondentemente, o dispositivo 10 pode ter um furo de broca central 23com uma rosca interna (não mostrada) para acomodação de um dispositivo defixação 27, por exemplo, um parafuso, para fixar a placa de redução 20 noespaçador intercorpóreo 10. O espaçador intercorpóreo 10 pode ter furos debroca adicionais 13 de maneira tal que os eixos desses furos de broca 13 nãofiquem paralelos entre si ou com o furo de broca central 23. A partir dasuperfície dianteira do espaçador intercorpóreo 10, os furos de brocaadicionais podem divergir. Pelo menos um elemento de fixação longitudinal12, por exemplo, um parafuso ósseo, pode ser usado para conectar ainda maiso espaçador intercorpóreo 10 na vértebra 1, aumentando assim a estabilidaderotacional do segmento reduzido. O parafuso sem travamento 25 pode serusado para reduzir o deslizamento vertebral B, girando o parafuso de umamaneira similar à modalidade representada na figura 2.

Em uma outra modalidade preferida, um espaçadorintercorpóreo 30 (por exemplo, SynCage, SynFix) está representado nasfiguras 4A-C. O espaçador intercorpóreo 30 pode compreender duas metadeshorizontais consistindo em uma metade superior 31 e uma metade inferior 32.O espaçador intercorpóreo 30 pode ser colocado entre duas vértebras 1, 2,para que a superfície de contato 33 da metade superior 31a superfície decontato 34 da metade inferior 32 se ajustem à curvatura das placas deextremidade superior 3 e inferior 4 das vértebras, respectivamente. A metadesuperior 31 e a metade inferior 32 do espaçador intercorpóreo 30 são fixadasnas vértebras adjacentes com um mecanismo de parafuso de travamento 40. Oespaçador intercorpóreo 30 pode adicionalmente ser anexado nas vértebrassuperior e inferior vizinhas 1, 2 por meio de parafusos de travamentocorrespondentes 35.

A distância de deslizamento B de uma vértebra pode então serreduzida pelo mecanismo de parafuso de travamento 40 que coloca asmetades do espaçador intercorpóreo 31, 32 em alinhamento vertical uma coma outra, e realinha assim a espinha, conforme mostrado na figura 4C. Omecanismo de parafuso de travamento 40 preferivelmente move a metadeinferior 32 do espaçador intercorpóreo 30 com relação à metade superior 31do espaçador intercorpóreo 30.

O mecanismo de parafuso de travamento 40 do espaçadorintercorpóreo 30 pode compreender um parafuso central (figura 5 a) que,mediante rotação, pode mover uma das metades 31, 32 tanto para frentequanto para trás. Na figura 5B, o mecanismo de parafuso 40 pode ser umtrilho central que permite movimento para frente e para trás das metadessuperior e inferior 31, 32 e um pino/haste lateral ou catraca 41 para prender asduas metades 31, 32 na posição. O pino lateral 41 pode projetar-se através doslados laterais 36, 37 de uma das metades 31, 32. Conforme mostrado na figura5B, o pino lateral é inserido na metade superior 31 do espaçador intercorpóreo30.

Em uma outra modalidade, representada nas figuras 6A e 6B,redução de espondilolistese pode ser realizada usando parafusos pediculares,parafusos espôndilo ou similares 70, hastes 71, instrumentos dereposicionamento 50 e parafusos pediculares pré-montados 72. Nestamodalidade, redução de espondilolistese é obtida a partir do posterior.

O instrumento de redução 50 (figuras 7A-D) pode incluir trêsconjuntos principais, um tubo interno 51, uma camisa de redução 55 e umtubo de guia 61. O tubo interno 51 pode incluir um eixo linear 52 que temuma fenda 54 na extremidade distai 64 e um manipulador perpendicular 53 nasua extremidade proximal 62. A camisa de redução 55 pode também ter umeixo linear 56 com uma fenda 60 na sua extremidade distai 65. O eixo linear56 pode ter roscas externas 57 na extremidade proximal 63 em torno da qualuma porca 59 é anexada. A porca 59 pode ser usada para puxar o parafusopedicular pré-montado 72 em direção a uma haste 71. Também anexado naextremidade proximal 63 da camisa de redução 55 fica um manipulador 58,perpendicular ao eixo linear 56. O eixo linear 56 da camisa de redução 55 éoco, permitindo que o tubo interno 51 seja inserido na extremidade proximal63 da camisa de redução 55. O terceiro conjunto principal do instrumento deredução 50 é um tubo de guia 61 que se encaixa sobre a camisa de redução 55e que aperta o instrumento firmemente no implante.

Parafusos pediculares 70 são anexados nas vértebras emqualquer lado da vértebra deslocada. Um ou mais parafusos pediculares pré-montados 72 são anexados na vértebra deslocada. Hastes 71 são inseridas etravadas nos parafusos pediculares 70 anexados em qualquer lado da vértebradeslocada. O instrumento de redução 50 é colocado sobre cada parafusopedicular pré-montado 72. A porca 59 e a camisa de redução 55 noinstrumento de redução 50 são girados simultaneamente para puxargradualmente os parafusos pediculares pré-montados 72 para a haste 71 quemove a vértebra deslocada. Mais especificamente, o tubo de guia 61 move-sedistalmente à medida que a porca 59 gira de forma que a extremidade distai66 do tubo de guia 61 faça contato com a haste que fica arranjada na fenda 60da camisa de redução 55. A continuidade da rotação move a camisa deredução 55 em relação ao tubo de guia 61, que puxa o parafuso pedicular pré-montado 72 e, conseqüentemente, a vértebra para cima. Uma vez que oparafuso pedicular pré-montado 72 coincide com a haste 71, de forma que ahaste fique dentro de um canal (não mostrado) no topo do parafuso pedicularpré-montado 72, o tubo interno 51 do instrumento de redução 50 é removido euma chave de fenda comprida com uma tampa de trava (não mostrada) éinserida na extremidade proximal 63 da camisa de redução 55. A tampa detrava pode ser afixada na cabeça do parafuso pedicular pré-montado 72,prendendo assim a haste 71 no parafuso pedicular pré-montado 72.

Os métodos ex situ para redução de espondilolistese permitem um procedimento minimamente invasivo fora do local da ferida usandoinstrumentos adequados.

Em uma modalidade do método ex situ, representada nasfiguras 8A e 8B, um parafuso 80 é inserido na parte anterior de cada corpovertebral nos níveis a ser reduzidos. Um dos parafusos 80 é fixado em umelemento rígido externo 90 (por exemplo, SynFrame) anexado, por exemplo,a uma mesa cirúrgica. O segundo parafuso 80, que não é fixado na mesacirúrgica, é anexado a um mecanismo ajustável 83 (por exemplo, umelemento de rosca). O segundo parafuso 80 pode ser deslocado pelomecanismo ajustável 83 até que a distância de deslizamento seja reduzida.Conforme notado, o mecanismo ajustável 83 pode ser um elemento de roscade maneira tal que a rosca do segundo parafuso 80 corresponda à rosca domecanismo ajustável, formando uma configuração tipo parafuso em parafuso,de maneira tal que, quando o mecanismo ajustável gira, ele puxa a vértebradeslocada para cima (direção posterior).

Em uma outra modalidade, representada nas figuras 9A-D,redução de espondilolistese pode ser obtida usando um sistema de suporte desubstituição 100. O sistema de suporte de substituição 100 pode incluir umsuporte externo 110, um ou mais parafusos ósseos 120, um suporte interno130 e um ou mais parafusos de translação 140.O suporte externo 110 pode ter, por exemplo, uma forma de Ucom dois lados 111, 112 e uma peça de conexão 113. Um lado 111 pode terpelo menos dois furos 114, 115. A parede do furo 115 pode ter roscas paraencaixar as roscas de um parafuso. Por outro lado, a parede do(s) furo(s) 114é preferivelmente lisa. O outro lado 112 pode ter pelo menos um furo 116cuja parede é também preferivelmente lisa.

O suporte interno 130 pode também ser em forma de U,similar ao suporte externo 110, com lados 131 e 132 e peça de conexão 133.Ambos os lados 131, 132 podem ter cada qual pelo menos um furo 134, 136.A parede do furo 134 é preferivelmente lisa, ao passo que a parede do furo136 preferivelmente tem roscas. O suporte interno 130 pode ser menor que osuporte externo 110 de maneira tal que ele possa ficar posicionado entre oslados 111 e 112.

A seguir são descritos o conjunto e método de usar o sistemade suporte de substituição 100. Depois de ter mobilizado/distratado umsegmento espinhal, um espaçador 90 pode ser inserido entre as duas vértebras.O espaçador 90 pode ser fixado na primeira vértebra 200 por meio de ummecanismo de parafuso de travamento 300. O sistema de suporte desubstituição 100 pode ser montado de maneira tal que o suporte externo 110fique anexado no espaçador 90 por meio de um parafuso 101 ou outrodispositivo de fixação através do furo 115. Um ou mais parafusos ósseos 120ou dispositivos de fixação similares podem ser aparafusados na segundavértebra 400. O um ou mais parafusos ósseos 120, estendendo-se através dosfuros 114 e 134, são suportados, mas não afixados, no suporte externo 110 esuporte interno 130. Os lados 112 e 132 são acoplados através de um ou maisparafusos de translação 140, de maneira tal que o um ou mais parafusos detranslação sejam suportados pelo suporte externo 110, mas conectados nosuporte interno 130 pelas roscas correspondentes no parafuso e parede do furo136. A rotação de um ou mais parafusos de translação 140 permite omovimento do suporte interno 130 com relação ao suporte externo 110. Omovimento pode consistir tanto em puxar quanto empurrar de volta uma dassegundas vértebras.

Depois que o sistema de suporte de substituição 100 tiver sidoinstalado nas vértebras, a segunda vértebra 400 pode ser puxada ou empurradade volta, girando o um ou mais parafusos de translação 140 até que a primeirae segunda vértebras fiquem alinhadas, de maneira tal que o espaçador 90possa ser fixado na segunda vértebra 400. Após o procedimento dereposicionamento, um ou mais parafusos 300 podem ser inseridos no espaçador 90 e na segunda vértebra 400, fixando o espaçador 90 na segundavértebra 400 (figuras 9B e 9C). Uma vez que um ou mais parafusos 300 quefixam o espaçador 90 e a segunda vértebra 400 estejam no lugar, o sistema desuporte de substituição 100 pode ser removido (figura 9D).

Em uma outra modalidade, um espaçador 500 pode ser expandido, permitindo reposicionamento e distração de vértebras. Oespaçador 500 pode compreender placas espaçadoras superior e inferior 510,520. As placas espaçadoras 510, 520 podem ter a forma e pegada similares àsgeometrias de implantes de fusão intercopóreos existentes. As placasespaçadoras 510, 520 podem ser conectadas por duas ou mais barras 530, 540. As barras 530, 540 podem ser conectadas nas placas espaçadoras 510, 520 pormeio de uma articulação, junta ou algum dispositivo de conexão similar 531,532, 541, 542. Conforme mostrado na figura 10A, o espaçador 500 está emuma forma não expandida, na qual as barras 530, 540 são substancialmenteparalelas com as placas espaçadoras 510, 520. Na figura 10B, o espaçador 500 está na forma expandida, onde as placas espaçadoras 510, 520 ficamposicionadas ainda mais afastadas uma da outra, e as barras 530, 540 sãosubstancialmente perpendiculares às placas espaçadoras 510, 520. O ângulodas barras 530, 540 em relação às placas espaçadoras 510, 520 pode serdeterminado/escolhido de acordo com a quantidade de reposicionamento edistração necessária. Um mecanismo de fixação (não mostrado) dentro dasjuntas/articulações mantém o ângulo das barras 530, 540 em relação às placasespaçadoras 510, 520, estabilizando a estrutura do espaçador 500 e garantindoque as vértebras reposicionadas não movem subseqüentemente.

O espaçador 500, na sua forma não expandida, pode serinserido entre duas vértebras (não mostrada) que apresenta espondilolistese.As placas espaçadoras superior e inferior 510, 520 podem ser fixadas nasvértebras com parafusos (não mostrados). Depois que as placas espaçadorassuperior e inferior 510, 520 tiverem sido fixadas nas vértebras, o segmentoespinhal é reposicionado e distratado, expandindo-se o espaçador 500 demaneira tal que o espaço entre as vértebras seja aumentado, e reposicionandosimultaneamente as vértebras até que elas fiquem alinhadas. As barras 530,540 e mecanismos de fixação garantem que o espaçador 500 mantém suaforma expandida, estabilizando assim o segmento espinhal. O vazio criadoentre as placas espaçadoras 510, 520 pode ser preenchido com osso autólogoou substituto ósseo para permitir a fusão entre as vértebras superior e inferior.As partes lateral e posterior do espaçador 500 podem ser envoltas por umamembrana, inicialmente fixa nas placas espaçadoras 510, 520, para evitar queo osso autólogo ou substituto ósseo escape.

Embora a presente invenção e suas vantagens tenham sidodescritas com detalhes, deve-se entender que várias mudanças, substituições ealterações podem ser feitas nela sem fugir do espírito e escopo da invenção,definida pelas reivindicações anexas. Além disso, o escopo do presentepedido não deve ser limitado às modalidades particulares do processo,máquina, fabricação, composição de matéria, dispositivos, métodos e etapasdescritas na especificação. Como versados na técnica percebem facilmente apartir da revelação da presente invenção, processos, máquinas, fabricação,composições de matéria, dispositivos, métodos ou etapas atualmenteexistentes ou a ser desenvolvidas no futuro que desempenhamsubstancialmente a mesma função ou atingem substancialmente o mesmoresultado das modalidades correspondentes aqui descritas podem serutilizados de acordo com a presente invenção. Dessa maneira, asreivindicações anexas devem incluir no seu escopo tais processos, máquinas,fabricação, composições de matéria, dispositivos, métodos ou etapas.

Versados na técnica percebem que várias modificações ealterações da invenção podem ser feitas sem fugir do escopo geral dasreivindicações anexas. Algumas dessas foram aqui discutidas, e outras ficarãoaparentes aos versados na técnica.

Claims

1. Uso de uma placa de redução, caracterizado pelo fato de seradequada para realizar redução de espondilolistese pela anexação da placa deredução na primeira e segunda vértebras por meio de pelo menos doisparafusos, em que a placa de redução inclui um furo de broca superior einferior, e o pelo menos um parafuso usa uma conexão placa-parafuso estávelcom a primeira vértebra, e pelo menos um outro parafuso fixado na segundavértebra é um parafuso sem travamento, de maneira tal que a rotação doparafuso sem travamento reduz a distância do deslizamento vertebral.

2. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelofato de que o espaçador intercorpóreo é inserido entre a primeira e segundavértebras.

3. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelofato de que a placa de redução é reta.

4. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelofato de que a placa de redução é curva, em uma condição pré-tensionada.

5. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelofato de que a placa de redução pode ser ajustada intraoperativãmente paraalinhamento anatômico das vértebras.

6. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelofato de que a placa de redução inclui um furo de broca central para prender oespaçador intercorpóreo na placa de redução por meio de um parafuso.

7. Uso de um conjunto de suporte de redução, caracterizadopelo fato de ser adequado para realizar redução de espondilolistese em umaprimeira e segunda vértebras, as primeira e segunda vértebras tendo umespaçador intercorpóreo inserido entre as duas vértebras de maneira tal que oespaçador intercorpóreo fique anexado na primeira vértebra, o conjunto desuporte de redução compreende:um suporte interno;um suporte externo anexado no espaçador intercorpóreo;pelo menos um parafuso ósseo anexado na segunda vértebra,em que o pelo menos um parafuso é suportado e não fixado no suporte internoe no suporte externo; epelo menos um parafuso de translação rosqueado no suporteinterno, em que o pelo menos um parafuso de translação é suportado pelosuporte externo;em que rotação do pelo menos um parafuso de translaçãoreduz a distância de deslizamento vertebral até que a primeira e segundavértebras fiquem alinhadas.

8. Uso de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelofato de que, depois do alinhamento das primeira e segunda vértebras, pelomenos um parafuso prende a segunda vértebra e o espaçador intercorpóreo, eo conjunto de suporte de redução é desanexado do espaçador intercorpóreo.

9. Uso de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelofato de que o suporte interno e o suporte externo são em forma de U.

10. Uso de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelofato de que a redução do deslizamento vertebral ocorre quando o parafuso detranslação puxa a segunda vértebra.

11. Uso de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelofato de que a redução do deslizamento vertebral ocorre quando o parafuso detranslação empurra a segunda vértebra.

12. Uso de um espaçador intercorpóreo, consistindo em umprimeiro elemento, um segundo elemento e um mecanismo de ajuste,caracterizado pelo fato de ser adequado para realizar redução deespondilolistese, o espaçador intercorpóreo sendo inserido entre uma primeirae uma segunda vértebras;em que o primeiro elemento e o segundo elemento sãoanexados nas primeira e segunda vértebras por meio de parafusos detravamento; eem que a manipulação do mecanismo de ajuste movelateralmente o primeiro elemento e o segundo elemento um em relação aooutro, alinhando as vértebras.

13. Uso de um elemento de suporte externo, caracterizado pelofato de que é adequado para realizar redução de espondilolistese em umaprimeira e segunda vértebras, cada qual tendo um parafuso anexado para fixara primeira vértebra no elemento de suporte externo e anexar a segundavértebra em um mecanismo ajustável, parte do elemento de suporte externo, emanipular o mecanismo ajustável para reduzir a distância de deslizamentovertebral até que as primeira e segunda vértebras fiquem alinhadas.