BRPI0615736A2 - tampa de nacela turbo-reator e nacela comportando pelo menos essa tampa - Google Patents

Abstract

TAMPA DE NACELA PARA TURBO-REATOR E NACELA COMPORTANDO PELO MENOS ESSA TAMPA A invenção se refere a uma tampa (5) de nacela para turbo-reator caracterizada pelo fato de ser munida de uma parte fixa (6) e de uma parte móvel (7), a parte móvel estando apta a deslizar ao longo da parte fixa, a partir de uma posição fechada na qual a parte móvel se estende no prolongamento da parte fixa, até uma posição aberta na qual a parte móvel é pelo menos parcialmente superposta à parte fixa. Por exemplo, a parte fixa fica situada na parte superior da tampa, a parte móvel ficando situada na parte inferior dessa tampa.

Description

TAMPA DE NACELA PARA TURBO-REATOR E NACELA COMPORTANDO PELOMENOS ESSA TAMPA

A invenção se refere a uma tampa de nacela para turbo-reator de aeronave. Mais precisamente, a invenção se referea uma tampa de nacela apta a ter pelo menos uma posiçãofechada, na qual a tampa recobre completamente um turbo-reator alojado na nacela, e uma posição aberta, na qual atampa fica afastada de turbo-reator, de maneira a permitira um acesso a esse turbo-reator.

A nacela de um turbo-reator para a aeronave comportageralmente duas tampas, respectivamente tampa direita etampa esquerda colocadas de ambos os lados do conjunto dassuperfícies de sustentação do turbo-reator. Cada tampa temuma seção em arco de círculo segundo um plano transversalda nacela, segundo um contorno externo semicircular de umflanço direito e de um flanço esquerdo do turbo-reator.

Geralmente, pelo menos uma das duas tampas da nacelapode ser aberta, de maneira a permitir um acesso adiferentes equipamentos e sistemas alojados no interior danacela. Para isso, a borda superior da tampa é articuladasobre a parte superior do turbo-reator. Por exemplo, aborda superior da tampa é montada em rotação sobre a partesuperior do turbo-reator, de maneira a permitir a rotaçãodessa tampa, a partir de uma posição baixa, na qual elatoma a forma do contorno externo de um flanço do turbo-reator, até uma posição alta na qual ela é superelevada emrelação ao turbo-reator. Essa rotação de baixo para cimalibera um acesso ao interior da nacela, que permite amanutenção do turbo-reator. Quando o avião está em vôo, astampas são fechadas e apresentam uma forma tal que elasasseguram a continuidade aerodinâmica da nacela em seuconjunto.

A fim de garantir o fechamento da tampa, a bordainferior dessa tampa é munida de um sistema de bloqueio quepermite manter a tampa em posição fechada no fim da seçãode manutenção e, mais particularmente, quando de um vôo.

Esse mecanismo de bloqueio é necessário para evitar aabertura intempestiva da(s) tampa(s), quando de um vôo. Comefeito, quando a^e-^Onave está em vôo, vários fatores, taiscomo o escoamkiito aerodinâmico sobre as tampas, assuperpressões eventuais provocadas pela explosão detubulações internas ao motor ou ainda a presença dedispositivos do conjunto das superfícies de sustentação,exercem forças sobre as tampas tendendo a abri-las. Quandouma tampa se estende em posição aberta em pleno vôo, ela éfacilmente arrancada da nacela. Isto pode notadamentesobrevir, quando o pessoal de pista tiver esquecido defechar uma ou várias das travas do sistema de bloqueio. 0turbo-reator não fica mais protegido e a tampa se amassa nosolo, de maneira não controlável.

Também, as tampas que se abrem atuais não satisfazeminteiramente, à medida que, devido a um erro humano, essastampas podem se abrir e/ou serem arrancadas da nacela.

Na invenção, procura-se resolver o problema citadoacima, propondo uma tampa de nacela apta a ter uma posiçãofechada e uma posição aberta, e que não corre o risco de seabrir de maneira intempestiva, quando uma aeronave munidadessa nacela está em vôo.

Para isto a invenção propõe munir uma nacela de turbo-reator com pelo menos uma tampa amovível, formada de duaspartes independentes aptas a deslizarem uma em relação àoutra, de maneira a liberar um acesso ao interior danacela. Mais precisamente, uma primeira parte da tampa éfixa em relação ao resto da nacela e ao turbo-reator,enquanto que a segunda parte está apta a ser transladada aolongo da primeira parte para liberar um acesso a umaabertura. De acordo com as necessidades, é possível prevervários graus de abertura da tampa, a parte móvel sendo maisou menos superposta à parte fixa. Quanto mais a parte móvelfor superposta à parte fixa, maior será a aberturaliberada, e inversamente.

Preferencialmente, a parte fixa e a parte móvel datampa, segundo a invenção são dispostas na altura dessatampa. Por altura, entende-se a dimensão da tampa que seestende verticalmente em relação ao eixo do turbo-reator.

Assim, quando de um vôo, o impulso exercido sobre a nacelado turbo-reator por um fluxo de ar externo não corre orisco de abrir, de maneira acidental, a(s) tampa(s)amovível(is) dessa nacela, o que poderia ocorrer, se aspartes fixa e móvel da tampa se estendessem no comprimentodessa tampa. Por comprimento, entende-se a dimensão datampa que se estende paralelamente ao eixo do turbo-reator.

À medida que, a maior parte do tempo, os diversossistemas e acessórios aos quais é preciso ter acesso noturbo-reator ficam situados na parte baixa do turbo-reator,pode ser interessante dispor a parte móvel da tampa nonível da parte inferior da nacela e a parte fixa no nívelda parte superior. Por parte inferior, ou parte baixaentende-se de uma maneira geral a parte do elementoconsiderado situada abaixo do eixo do turbo-reator alojadona nacela. Por parte superior, ou parte alta, entende-se,de maneira geral, a parte do elemento considerado situadoacima do eixo do turbo-reator alojado na nacela.

A parte móvel pode deslizar, em relação à parte fixa,à maneira de uma janela rolante. Por exemplo, a parte móveldesliza no interior da nacela, o que permite não criararrastamento aerodinâmico ou muito pouco. Com efeito, osmeios de deslizamento são dispostos sobre uma parte internada tampa de nacela, e, portanto, não perturbam o escoamentoaerodinâmico no exterior da nacela.

A fim de facilitar a abertura e o fechamento da tampa,de acordo com a invenção, é possível prever um ou váriospunhos, dispostos sobre a face externa da parte móvel datampa, e permitindo segurar com a mão essa parte móvel elevantá-la ou abaixá-la facilmente.

A invenção prevê também um sistema de bloqueio, quepermite manter a tampa, de acordo com a invenção, por umlado, em posição fechada, quando a aeronave está em vôo, e,por outro lado, em posição aberta, quando uma manutenção danacela deve ser feita. Assim, evita-se que a tampa danacela se feche, de maneira intempestiva, deslizando para aposição fechada, enquanto alguém está fazendo umamanutenção. Por outro lado, esse sistema bivalente permiteum ganho de lugar e de massa na nacela. Por bivalente,entende-se apto a exercer duas funções diferentes eindependentes.

A invenção tem, portanto, por objeto uma tampa denacela para turbo-reator, caracterizada pelo fato de sermunida de uma parte fixa e uma parte móvel que se estendeuma acima da outra, a parte móvel estando apta a deslizarao longo da parte fixa, a partir de uma posição fechada naqual a parte móvel se estende no prolongamento da partefixa, até uma posição aberta na qual a parte móvel é pelomenos parcialmente superposta à parte fixa.

Segundo exemplos de realização da tampa de nacela, deacordo com a invenção, é possível acrescentar o total ouparte das seguintes características suplementares:

- a parte fixa fica situada na parte superior datampa, a parte móvel ficando situada na parte inferiordessa tampa;

- a parte móvel comporta meios de encaixe aptos a seencaixarem em trilhos de orientação de deslizamento, essestrilhos de orientação sendo montados fixos na nacela;

- a parte móvel da tampa desliza ao longo de uma faceinterna da parte fixa dessa tampa;

- a parte móvel é munida de pelo menos um punhosuperior situado na parte superior da parte móvel e de pelomenos um punho inferior situado na parte inferior da partemóvel;

pelo menos um punho superior e/ou inferior éescamoteável;

- a tampa comporta um dispositivo de bloqueio apto abloquear a parte móvel da tampa em posição fechada e/ouaberta;

- o dispositivo de bloqueio comporta picotes, situadossobre uma face interna da parte móvel da tampa, essespicotes sendo destinados a serem inseridos em orifíciosabertos sobre montantes fixos da nacela;

- o dispositivo de bloqueio é acionado por pelo menosum punho situado sobre a parte móvel da tampa.A invenção se refere também a uma nacela munida depelo menos uma tampa, de acordo com a invenção.Preferencialmente, as duas tampas da nacela estão de acordocom a tampa da invenção.

A invenção será compreendida melhor com a leitura dadescrição que se segue com o exame das figuras que aacompanham. Estas são apresentadas a título indicativo e demodo nenhum limitativo da invenção. As figuras representam:

- a figura 1: uma representação esquemática de umanacela munida de uma tampa, de acordo com a invenção;

- as figuras 2A, 2B e 2C: representações esquemáticasde uma tampa, de acordo com a invenção, em diferentesestágios de fechamento e de abertura;

a figura 3: uma representação esquemática de umexemplo de sistema de bloqueio de uma tampa de nacela, deacordo com a invenção.

Na figura 1 está representada uma nacela 1 fixada emum conjunto das superfícies de sustentação 2 por um mastrode fixação 3. A nacela 1 comporta um cárter de conjunto dassuperfícies de sustentação 4, assim como duas tampas 5 (umaúnica tampa visível na figura 1) que formam respectivamentea tampa esquerda e a tampa direita da nacela. Cada tampa 5tem uma forma geral em semicírculo.

A tampa 5 representada na figura 1 está em posiçãofechada. Mais precisamente uma parte fixa 6 superior e umaparte móvel 7 inferior da tampa 5 se estendem uma acima daoutra, de maneira a seguir o contorno em arco de círculo ousemi círculo da nacela 1. A superfície externa da tampa 5segue um perfil aerodinâmico da nacela 1 em seu conjunto.

Uma borda superior 8 da parte fixa 6 é solidarizada aomastro de fixação 3. Por exemplo, a borda superior 8 daparte fixa 6 é parafusada no mastro de fixação 3. Assim, aparte fixa 6 da tampa 5 fica imóvel em relação ao resto danacela 1. Ao contrário, a parte móvel 7 inferior não ésolidarizada a nenhuma parte fixa da nacela 1 ou do mastrode fixação 3.

A parte móvel 7 da tampa 5 é munida de um punhoinferior 9 e de um punho superior 10, que facilitam osegurar com a mão a parte móvel 7 da tampa, a fim de fazê-la passar da posição fechada tal como representada nafigura 1 a uma posição aberta e inversamente. 0 punhoinferior 9 é dirigido para o solo, enquanto que o punhosuperior 10 fica voltado para a parte fixa 6 da tampa 5.

É possível prever que um dos dois punhos 9, 10, ou osdois sejam escamoteáveis. Assim, no caso de a parte móvel 7da tampa 5 deslizar sob a parte fixa 6, para o interior danacela 1, a presença dos punhos não prejudica odeslizamento. De maneira geral, por interna ou interior,entende-se voltado para o interior da nacela, e por externaou exterior voltado para o exterior da nacela. Além disso,em vôo, os punhos 9 e 10 escamoteáveis não formamprotuberâncias sobre a face externa da parte móvel 7 datampa 5, que poderiam perturbar os escoamento do ar noexterior da nacela 1.

Nas figuras 2A, 2B e 2C, está representado um cortetransversal parcial da nacela 1 ao nível de uma tampa 5 dainvenção, respectivamente em posição fechada (figura 2A) ,em posição parcialmente aberta (figura 2B) e em posiçãoaberta (figura 2C).

A tampa 5 em forma de semi círculo segue um contornoexterno de um turbo-reator (não representado) situado nointerior da nacela 1. Mais precisamente, a parte fixa 6 e aparte móvel 7 da tampa 5, em forma de arco de círculo,seguem respectivamente o contorno externo de uma partesuperior e de uma parte inferior de um flanço do turbo-reator.

Em posição fechada, tal como representada na figura2A, a parte móvel 7 inferior da tampa 5, se estende noprolongamento inferior da parte fixa 6 superior da tampa 5.A parte fixa 6 e a parte móvel 7 da tampa 5 são dispostasna altura H dessa tampa 5, uma embaixo da outra.

Quando se deseja ter acesso ao volume interno danacela, faz-se deslizar a parte móvel 7 da tampa 5 ao longoda parte fixa 6. No exemplo representado nas figuras 2B e2C, a parte móvel 7 da tampa 5 desliza ao longo de umaparede interna 12 da parte fixa 6 dessa tampa 5. Assim, aparte móvel 7 da tampa 5 é disposta entre a parte fixa 6 datampa 5 e o turbo-reator alojado na nacela 1, quando atampa 5 está em posição aberta, conforme representado nafigura 2C. A parte móvel 7 e a parte fixa 6 da tampa 5 são,portanto, superpostas. Então, é possível ter acesso à partebaixa do turbo-reator, onde se acha o conjunto damaquinaria, que necessita de uma manutenção.

Quando se deseja abrir a tampa 5 da nacela 1, e àmedida que a parte móvel 7 da tampa 5 é munida de um punhoinferior 9 e de um punho superior 10, é possível assiminiciar a abertura da tampa 5, empurrando a parte móvel 7dessa tampa 5 para cima, por meio do punho superior 10,depois continuar a empurrar a parte móvel 7 ao longo daparte fixa 6 por meio do punho 9, quando o punho 10 não émais acessível. No caso em que a parte móvel 7 da tampa 5desliza sob a parte fixa 6, o punho superior 10 não é maisacessível quando a parte da parte móvel 7 que porta essepunho superior 10 passa embaixo da parte fixa 6. No caso emque a parte móvel 7 da tampa 5 desliza acima da parte fixa6, o punho superior 10 não fica mais acessível, quando estásituado muito alto para o usuário encarregado da manutençãodo turbo-reator.

Quando a manutenção é concluída, basta então puxar aparte móvel 7 da tampa 5 para baixo, por intermédio dopunho inferior 9 até à posição tampa fechada, tal comorepresentada na figura 2A. Naturalmente, a fase defechamento da tampa 5 pode ser feita em uma primeira etapapor meio do punho inferior 9, depois por meio do punhosuperior 10, quando ele se torna de novo acessível aosusuários, e isto a fim de que seja mais fácil puxar a partemóvel 7 da tampa 5 para baixo.

Em um exemplo particular de realização, e tal comorepresentado nas figuras 2A, 2B e 2C, a parte móvel 7 datampa 5 desliza ao longo da face interna 12 da parte fixa 6da tampa 5 por intermédio de dois trilhos de orientação 11de deslizamento. Os trilhos de orientação 11 são montadosfixos do interior da nacela. Por exemplo, as extremidadesbaixa e alta do trilho de orientação dianteira sãosolidarizadas à tampa de cárter, enquanto que asextremidades baixa e alta do trilho de orientação traseirasão solidarizadas à tampa de inversor de impulso. Pordianteira e traseira, entende-se em relação ao sentido deavanço de uma aeronave munida dessa nacela 1. A trajetóriados trilhos de orientação 11 segue o contorno em arco decírculo das partes móvel 6 e fixa 7 da tampa 5. Assim, ostrilhos de orientação 11 são adaptados à trajetóriadesejada para a parte móvel 7 da tampa 5.

A parte móvel 7 da tampa 5 é munida sobre uma faceinterna 13 destinada a vir diante dos trilhos de orientação11, de duas fileiras de meios de encaixe 14 (uma únicafileira nas figuras 2A, 2B e 2C) aptos a se encaixarem nostrilhos de orientação 11, de maneira a orientar odeslizamento da parte móvel 7 da tampa 5 ao longo da partefixa 6 dessa tampa 5. Por exemplo, os meios de encaixe 14são rodetes dispostos por pares, de ambos os lados dostrilhos de orientação 11. Cada trilho de orientação 11coincide com pelo menos dois pares de rodetes 14 sobre aface interna 13 da parte móvel 7 dessa tampa 5. No exemplorepresentado, cada trilho de orientação 11 coincide comdois meios de encaixe 14, situados respetivamente na partealta e baixa dessa parte móvel 7 da tampa 5. Naturalmente,é possível munir a face interna 13 da parte móvel 7 datampa 5 de três, quatro ou mais meios de encaixe 14 portrilho 11, de maneira a assegurar uma boa orientação dodeslizamento da parte móvel ao longo da parte fixa 6 datampa 5. Em um outro exemplo de realização, o deslizamentopode ser obtido por meio de ranhuras, nas quais vêm seencaixar protuberâncias longilíneas, essas ranhuras eprotuberâncias sendo dispostas de maneira a coincidirem.

Vantajosamente, a face interna 13 da parte móvel 7 datampa 5 é munida de um dispositivo de bloqueio, permitindomanter, segundo as necessidades, essa parte móvel 7 emposição baixa ou alta e, portanto, em posição fechada e/ouem posição aberta a tampa 5.Por exemplo, o dispositivo de bloqueio pode comportarum sistema de um conjunto de hastes 17, tal comorepresentado na figura 3. 0 dispositivo de bloqueio, deacordo com a invenção, comporta, por outro lado, pequenosorifícios abertos sobre montantes dianteiro e traseiro fixoda nacela (não representados), esses orifícios estandoaptos a receberem picotes 19 de bloqueio do sistema deconjunto de hastes 17. Notadamente, os orifícios podem serabertos sob os trilhos de orientação 11 ao longo dos quaisa parte móvel 7 da tampa 5 desliza.

0 sistema de conjunto de hastes 17 comporta uma haste20, disposta na espessura da parte móvel 7 da tampa 5 eligeiramente arqueada, de maneira a assumir a forma docontorno em arco de círculo dessa parte móvel 7. A haste 20se estende na altura H da parte móvel 7 da tampa 5. A haste20 é munida de vários pares de bielas 21 (três somenteforam representados na figura 4) espaçados regularmente aolongo dessa haste 20. Cada biela 21 é ligada, no lugar deuma extremidade livre oposta à extremidade ligada à haste20, a um picote 19 de bloqueio. Cada par de bielas comportauma biela 21 dianteira e uma biela 21 traseira.

O sistema de conjunto de hastes 17, de acordo com ainvenção, permite encaixar os picotes 19 dianteiros,solidários às bielas 21 dianteiras, em orifícios abertossobre o trilho de orientação 11 dianteiro, e os picotes 19traseiros, solidários às bielas 21 traseiras, em orifíciossimilares abertos sob o trilho de orientação 11 traseiro.

Por exemplo, a haste 20 fica situada no meio da parte móvel7 da tampa 5, de modo que os picotes 19 devem ter umcomprimento suficiente para poder atingir os trilhos 11sobre os quais os orifícios são abertos. Notadamente, ostrilhos de orientação 11 podem coincidir com as bordasexternas da parte móvel 7 da tampa 5, os picotes 19 devendoentão cada um se estender sobre uma semilargura dessa partemóvel 1 para atingir os trilhos de orientação 11 dianteirae traseira e, portanto, os orifícios.

Em posição tampa fechada, o dispositivo de bloqueio,de acordo com a invenção, permite manter a parte móvel 7 datampa 5 em parte inferior dessa tampa 5, por intermédio dospicotes 19 inseridos nos orifícios situados na parte baixados trilhos 11 de orientação. Em posição tampa aberta, odispositivo de bloqueio, de acordo com a invenção, permitemanter a parte móvel 7 da tampa 5 em posição alta, porintermédio dos mesmos 19 inseridos em orifícios situados na15 parte alta dos trilhos 11 de orientação.

No exemplo representado na figura 3, o sistema deconjunto de hastes 17 da invenção é acionado por intermédiode pelo menos um dos dois punhos 9, 10 situados sobre aparte móvel 7 da tampa 5. Os punhos 9 e 10 permitembloquear e desbloquear o sistema de conjunto de hastes 17.

Em posição desbloqueada, as bielas 21 são retraídas e seestendem nos prolongamentos da haste 20, de modo que ospicotes 19 se ocultam para não incomodar o deslizamento daparte móvel 7 da tampa 5 ao longo da parte fixa 6. Aocontrário, em posição bloqueada, as bielas 21 se estendemsensivelmente de modo perpendicular à haste 20, os picotes19 sendo então desdobrados axialmente, uns para frente, osoutros para trás, de maneira a serem inseridos nosorifícios correspondentes abertos nos 11 de orientaçãodianteira e traseira.Por exemplo, quando a parte móvel 7 da tampa 5 ficasituada na parte baixa e tampa 5 está em posição fechada épossível desbloquear o sistema de conjunto hastes 17 porintermédio do punho superior 10, girando de um quarto devolta esse punho 10. A haste 20 é então puxada para cima,retraindo assim as bielas 21 e os picotes 19correspondentes. Os picotes internos 19 são liberados dosorifícios situados na parte baixa dos trilhos 11 deorientação, autorizando o deslizamento da parte móvel 7para cima, ao longo da parte fixa 6 da tampa 5. Quando opunho superior 10 desaparece no interior da nacela 1, asubida da parte móvel 7 da tampa 5 ao longo da parte fixa 6é feita com o auxílio do punho inferior 9. Quando a partemóvel 7 da tampa 5 tem uma posição desejada em relação àparte fixa 6 dessa tampa 5, bloqueia-se de novo o sistemade conjunto de hastes 17, girando de um quarto de volta opunho inferior 9, a fim de puxar a haste 20 para esse punhoinferior 9, o que permite o desdobramento das bielas 21 edos picotes 19 em direção aos orifícios abertos para issona parte superior dos trilhos 11 de orientação dianteira etraseira.

Quando se deseja de novo fechar a tampa 5, basta giraro punho inferior 9 de um quarto de volta em sentidoinverso, de maneira empurrar para cima a haste 20 e assimretrair as bielas 21 e os picotes 19. A parte móvel 7 datampa 5 encontra então sua mobilidade. Pode-se em seguidapuxar a parte móvel da tampa 5 para baixo, por meio dopunho inferior 9, depois do punho superior 10 quando este édesencaixado debaixo da parte fixa 6 da tampa 5.

Para bloquear em posição fechada a parte móvel 7 datampa 5, gira-se de um quarto de volta o punho superior 10,de maneira a estender de novo as bielas 21 e os picotes 19do sistema do conjunto de hastes 20.

Nos exemplos representados nas figuras 1 e 2, asdimensões da parte móvel 7 da tampa 5 são sensivelmenteiguais às dimensões da parte fixa 6 dessa tampa 5. Também épossível prever uma parte móvel 7, cujas dimensões sãoestritamente inferiores às dimensões da parte fixa 6 datampa 5. Por exemplo, a parte móvel 7 da tampa 5 tem umaaltura estritamente inferior à altura da parte fixa 6. Damesma forma, é possível que o comprimento da parte móvel 7da tampa 5 seja inferior ao comprimento da parte fixa 6.

Claims (10)

1. Tampa (5) da nacela para turbo-reator caracterizadapelo fato de ser munida de uma parte fixa (6) e de umaparte móvel (7) que se estende uma acima da outra, a partemóvel estando apta a deslizar ao longo da parte fixa, apartir de uma posição fechada na qual a parte móvel seestende no prolongamento da parte fixa, até uma posiçãoaberta na qual a parte móvel é pelo menos parcialmentesuperposta à parte fixa.

2. Tampa da nacela, de acordo com a reivindicação 1,caracterizada pelo fato de a parte fixa ficar situada naparte superior da tampa, a parte móvel ficando situada naparte inferior dessa tampa.

3. Tampa da nacela, de acordo com uma dasreivindicações 1 ou 2, caracterizada pelo fato de a partemóvel comportar meios de encaixe (14) aptos a se encaixaremem trilhos (11) de orientação do deslizamento, essestrilhos de orientação podendo ser montados fixos na nacela.

4. Tampa da nacela, de acordo com qualquer uma dasreivindicações 1, 2 ou 3, caracterizada pelo fato de aparte móvel da tampa deslizar ao longo de uma face interna(12) da parte fixa dessa tampa.

5. Tampa da nacela, de acordo com qualquer uma dasreivindicações 1, 2, 3 ou 4, caracterizada pelo fato de aparte móvel ser munida de pelo menos um punho superior (10)situado na parte superior da parte móvel e de pelo menos umpunho inferior (9) situado na parte inferior da partemóvel.

6. Tampa da nacela, de acordo com a reivindicação 5,caracterizada pelo fato de pelo menos um punho superiore/ou inferior ser escamoteável.

7. Tampa da nacela, de acordo com qualquer uma dasreivindicações 1, 2, 3, 4, 5 ou 6, caracterizada pelo fatode comportar um dispositivo de bloqueio (17, 19, 20, 21)apto a bloquear a parte móvel da tampa em posição fechadae/ou aberta.

8. Tampa da nacela, de acordo com a reivindicação 7,caracterizada pelo fato de o dispositivo de bloqueiocomportar picotes (19) situados sobre uma face interna (13)da parte móvel da tampa, esses picotes sendo destinados aserem inseridos em orifícios abertos sobre montante fixosda nacela.

9. Tampa da nacela, de acordo com qualquer uma dasreivindicações 7 ou 8, caracterizada pelo fato de odispositivo de bloqueio ser acionado por pelo menos umpunho (9, 10) situado sobre a parte móvel da tampa.

10. Nacela (1) de turbo-reator caracterizada pelo fatode ser munida de pelo menos uma tampa (5) conforme definidoem uma das reivindicações de 1 a 9.