“CABO, COMPOSIÇÃO DE POLÍMERO, E, USO DE UMA COMPOSIÇÃO DE POLÍMERO” DESCRIÇÃO
Fundamentos du invenção A presente invenção diz respeito a uni cabo de energia. Em particular, a invenção diz respeito a um cabo para transportar ou distribuir energia elétrica de voltagem média ou alta, em que uma camada de cobertura extrusada com base em um material de polímero termoplãstico em mistura com um líquido dielétrico está presente, possibilitando, em particular, o uso de temperaturas de operação altas entre si e fornecendo o cabo com flexibilidade melhorada. O dito cabo pode ser usado tanto para transmissão ou distribuição de corrente direta (DC) quanto de corrente alternada (AC). A necessidade para produtos de compatibilidade ambiental alta, compostos de materiais que, além de não serem nocivos ao ambiente durante produção ou utilização, podem ser facilmente reciclados no fim de sua duração, é agora completameme aceita no campo de cabos elétricos e telecomunicações.
Entretanto o uso de materiais compatíveis com o ambiente é condicionado pela necessidade de limitar custos enquanto, para os usos mais comuns, fornecendo um desempenho igual a ou melhor do que aquele de materiais convencionaís.
No caso de cabos para transportar energia de voltagem média e alta, as várias coberturas que circundam o condutor comumente consistem de polímero retíeulado com base em poliolefma, em particular copolímeros de polietileno retíeulado (XLPE), ou etileno/propileno elastomérico (EPR) ou etileno/propileno/dieno (EPDM), também reti eu lados. A reticulação, efetuada depois da etapa de extrusão do material polimérico no condutor, fornece as propriedades mecânicas e elétricas satisfatórias ao material mesmo sob temperaturas altas tanto durante uso contínuo quanto com sobrecarga de corrente. E bem conhecido entretanto que materiais reticulados não podem ser reciclados, de modo que os resíduos de fabricação e material de cobertura de cabos no fim de sua duração possam ser descartados do único por incineração. Técnica relacionada WO 02/03398 e WO 02/27731, ambas no nome do Requerente, divulgam cabos compreendendo pelo menos um condutor elétrico e pelo menos uma camada de cobertura extrusada com base em material de polímero termoplástico em mistura com um líquido dielétrico, em que o dito material termoplástico compreende um homopolímero de propileno ou um copolímero de propileno com pelo menos um comonômero de olefina selecionado de etileno e uma α-olefina exceto propileno, o dito homopolímero ou copolímero tendo um ponto de fusão maior do que ou igual a 140° C e uma entalpia de fusão de 30 J/g a 100 J/g. Altemativamente, como material de base termoplástica, um homopolímero ou copolímero de propileno como mais acima definido pode ser usado em mistura mecânica com um polímero de cristalinidade baixa, geralmente com uma entalpia de fusão de menos do que 30 J/g, que principalmente age para aumentar a flexibilidade do material. A quantidade de polímero de cristalinidade baixa geralmente é menor do que 70 % em peso, e preferivelmente de 20 a 60 % em peso, no peso total do material termoplástico. WO 04/066318 no nome do Requerente refere-se a um cabo compreendendo pelo menos um condutor elétrico e pelo menos uma camada de cobertura extrusada com base em um material de polímero termoplástico em mistura com um líquido dielétrico, em que o dito material de polímero termoplástico é selecionado de: (a) pelo menos um homopolímero de propileno ou pelo menos um copolímero de propileno com pelo menos um comonômero de olefina selecionado de etileno e uma α-olefína exceto propileno, o dito homopolímero ou copolímero tendo um ponto de fusão maior do que ou igual a 130° C e uma entalpia de fusão de 20 J/g a 100 J/g; (b) uma mistura mecânica compreendendo pelo menos um homopolímero ou copolímero de propileno (a) e (c) pelo menos um copolímero elastomérico de etileno com pelo menos uma α-olefina alifática, e opcionalmente um polieno. O copolímero elastomérico de etileno (c) tem uma entalpia de fusão de menos do que 30 J/g. A quantidade do dito copolímero elastomérico (c) geralmente é menor do que 70 % em peso, preferivelmente de 20 % em peso a 60 % em peso, com respeito ao peso total do material de base termoplástica. US 6.562.907, no nome de Sumitomo Chemical Co. Ltd., diz respeito a uma composição de resina consistindo essencialmente de 70 partes em peso de um polímero de olefina e 30 partes em peso de uma resina de polipropileno selecionada do grupo que consiste dos polímeros (A) e (B) seguintes, isto é (A) um copolímero de propileno-etileno, que tem uma caloria por fusão de cristal de 87±5 J/g medida de acordo com JIS K7122 com um calorímetro de varredura diferencial (DSC), e (B) um copolímero de propileno-etileno, que tem uma caloria por fusão de cristal de 60±5 J/g medida de acordo com JIS K7122 com um calorímetro de varredura diferencial (DSC). A resina termoplástica pode ser adicionada com amaciantes de óleo mineral tais como óleo de nafteno e óleo mineral de parafina. A resina pode ser aplicada para usos tais como fios elétricos, por exemplo, cabos plásticos, fios de isolamento e materiais de proteção de fio. O Requerente notou que cabos de energia com uma camada de cobertura de acordo com a técnica anterior mostram boas propriedades termomecânicas, mas uma flexibilidade relativamente baixa devido, inter alia, à rigidez do material polimérico para a/s camada/s de cobertura de cabo.
Flexibilidade é particularmente estimada durante as operações de colocar os cabos ou de instalar equipamento conectado a estes. Esta característica é conectada com a cristalinidade do material visto que aumentando-se a fração de polímero amorfo o material toma-se mais macio e mais flexível. Entretanto o módulo elástico de um material poliolefmico diminui com a temperatura, de modo que uma diminuição de cristalinidade também é acompanhada por uma diminuição de propriedades mecânicas em temperaturas altas. Isto pode ser um problema sob condições de trabalho severas, tais como uma sobrecarga. Foi portanto esperado que valores de entalpia de fusão mais baixa do que os valores mínimos relatados na técnica anterior fossem insuficientes para garantir a resistência à termopressão necessária adequada.
Sumário da invenção O Requerente verificou agora que é possível melhorar a flexibilidade de um cabo sem prejudicar as características termomecânicas deste fomecendo-se o cabo com pelo menos uma camada de cobertura compreendendo como material de base de polímero principal um primeiro copolímero termoplástico mostrando uma cristalinidade baixa (expressada como entalpia de fusão), e, como material de polímero secundário, um segundo polímero ou copolímero termoplástico mostrando uma cristalinidade mais alta do que aquela do primeiro copolímero e uma temperatura de fusão mais alta do que 130° C. A camada de cobertura resultante fornece o cabo com uma flexibilidade superior, sem prejudicar as características termomecânicas e desempenho elétrico, tal como para torná-la particularmente adequada para o uso em um cabo de energia, por exemplo como camada isolante elétrica de um cabo de voltagem média ou alta de temperatura de operação alta, de pelo menos 90° C e superior, em particular em temperatura de operação de até 110° C para o uso contínuo e até pelo menos 130° C no caso de sobrecarga de corrente.
De acordo com um primeiro aspecto, a presente invenção diz respeito a um cabo de energia compreendendo pelo menos um condutor elétrico e pelo menos uma camada de cobertura extrusada incluindo um material de polímero termoplástico em mistura com um líquido dielétrico, em que o dito material de polímero termoplástico compreende (a) pelo menos 75 % em peso, com respeito ao peso total do material de polímero termoplástico, de pelo menos um copolímero de pelo menos dois comonômeros de α-olefma, o dito copolímero tendo uma entalpia de fusão mais baixa do que 25 J/g; e (b) uma quantidade igual a ou menor do que 25 % em peso com respeito ao peso total do material de polímero termoplástico de pelo menos um homopolímero de propileno ou copolímero de propileno com pelo menos uma α-olefma, o dito pelo menos um homopolímero de propileno ou copolímero de propileno tendo uma entalpia de fusão mais alta do que 25 J/g e um ponto de fusão mais alto do que 130° C; e em que - a dita camada de cobertura tem uma entalpia de fusão igual a ou mais baixa do que 40 J/g, e - a concentração em peso do dito líquido dielétrico no dito material de polímero termoplástico é mais baixa do que a concentração de saturação do dito líquido dielétrico no dito material de polímero termoplástico.
Para o propósito da presente descrição e das reivindicações que seguem, exceto onde de outro modo indicado, todos os números expressando valores, quantidades, porcentagens, e assim por diante, devem ser entendidos como sendo modificados em todos exemplos pelo termo “cerca de”. Também, todas as faixas incluem qualquer combinação dos pontos máximos e mínimos divulgados e incluem quaisquer faixas intermediárias nestes, que podem ser ou não especificamente enumeradas aqui.
Na presente descrição e reivindicações, o termo “em mistura” significa que o material de polímero termoplástico e o líquido dielétrico são misturados entre si para fornecer uma dispersão substancialmente homogênea do líquido na matriz polimérica (fase única).
Na presente descrição e nas reivindicações subseqüentes, como “condutor” é significado um elemento de condução como tal, de forma alongada e preferivelmente de um material metálico, em bastão ou na forma de fio múltiplo, mais preferivelmente alumínio ou cobre, ou um elemento de condução como antes revestido com uma camada semicondutora.
Na presente descrição e reivindicações, como “camada de cobertura” é significado uma camada polimérica que circunda o condutor, por exemplo, uma camada eletricamente isolante, uma camada semicondutora, um revestimento, uma camada protetora, a dita camada protetora sendo opcionalmente espumada, uma camada de bloqueio de água, ou uma camada que realiza funções combinadas, por exemplo, uma camada protetora carregada com uma carga condutora.
Como “camada eletricamente isolante” é significado uma camada de cobertura fabricada de um material tendo propriedades isolantes, isto é, um tendo uma rigidez dielétrica de pelo menos 5 kV/mm, preferivelmente maior do que 10 kV/mm.
Como “camada semicondutora” é significado uma camada de cobertura fabricada de um material tendo propriedades semícondutoras, tal como uma matriz polimérica adicionada com, por exemplo, negro de fumo. Por exemplo, a matriz polimérica é adicionada com uma quantidade de negro de fumo tal como para obter um valor de resistividade volumétrica, na temperatura ambiente, de menos do que 500 Q.m, preferivelmente menos do que 20 Q.m. Tipicamente, a quantidade de negro de fumo pode variar entre 1 e 50 % em peso, preferivelmente entre 3 e 30 % em peso, em relação ao peso do polímero.
De acordo com uma primeira forma de realização, a camada de cobertura extrusada com base no dito material de polímero termoplástico em mistura com o dito líquido dielétrico é uma camada eletricamente isolante.
De acordo com uma outra forma de realização, a camada de cobertura extrusada com base no dito material de polímero termoplástico em mistura com o dito líquido dielétrico é uma camada semicondutora. A entalpía de fusão (AHm) pode ser determinada por análise de Calorimetria de Varredura Diferencial (DSC).
Preferivelmente, o copolímero (a) está presente em uma quantidade de 80 % em peso a 95 % em peso com respeito ao peso total do material de polímero termoplástico. Uma quantidade mais alta de copolímero (a) no material termoplástico para o cabo da invenção pode fornecer uma diminuição inadequada da termopressão.
Preferivelmente, o copolímero (a) tem uma entalpía de fusão de 15 J/g a 10 J/g. A entalpia de fusão do copolímero (a) também pode ser mais baixa do que 10 J/g, por exemplo 0 J/g. O copolímero (a) pode ser fornecido na forma de grânulos ou fardos. Quando a entalpia de fusão de um copolímero (a) é, por exemplo, mais baixa do que 10 J/g, o copolímero geralmente é fornecido na forma de fardos. Um copolímero (a) na forma de grânulo é preferido de acordo com a invenção em vista da praticabilidade fácil deste.
Vantajosamente, o copolímero (a) tem um módulo de flexão de 80 MPa a 10 MPa, mais preferivelmente de 40 MPa a 20 MPa. O módulo de flexão do copolímero (a) também pode ser mais baixo do que 10 MPa, por exemplo 1 MPa. O pelo menos dois comonômeros de a-olefina de o pelo menos um copolímero (a) podem ser selecionados de etileno ou uma a-olefrna da fórmula CH2=CH-R, onde R é um alquila Q-Qo linear ou ramificado, selecionado, por exemplo, de: propileno, 1-buteno, 1-penteno, 4- metil-l-penteno, 1-hexeno, 1-octeno, 1-deceno, 1-dodeceno, preferivelmente de etileno, propileno, buteno e octeno.
Copolímeros de propileno/etileno são particularmente preferidos.
Preferivelmente, pelo menos um de o pelo menos dois comonômeros de a-olefina é propileno. O copolímero (a) para o cabo da invenção pode ser um copolímero aleatório ou um copolímero de heterofase.
Como “copolímero aleatório” é aqui significado um copolímero em que os monômeros são aleatoriamente distribuídos através da cadeia de polímero.
Como “copolímero de heterofase” é aqui significado um copolímero em que domínios elastoméricos, por exemplo, de elastômero de etileno-propileno (EPR) são formados e dispersos em uma matriz homopolimérica ou copolimérica.
Preferivelmente, o copolímero (a) é selecionado de: (aj) um copolímero aleatório de propileno com pelo menos um comonômero selecionado de etileno e uma α-olefina exceto propileno; (a2) um copolímero de heterofase compreendendo uma fase termoplástica com base em propileno e uma fase elastomérica com base em etileno copolimerizado com uma α-olefina, preferivelmente com propileno, em que a fase elastomérica preferivelmente está presente em uma quantidade de pelo menos 45 % em peso com respeito ao peso total do copolímero de heterofase.
Particularmente preferido da dita classe (ai) é o copolímero de propileno com pelo menos um comonômero de olefina selecionado de etileno e uma α-olefina exceto propileno, o dito copolímero tendo: - um ponto de fusão de 130° C a 170° C; e - uma entalpia de fusão mais baixa do que 20 J/g.
Por exemplo, copolímeros de heterofase da classe (a2) são obtidos por copolimerização seqüencial de: i) propileno, possivelmente contendo quantidades menores de pelo menos um comonômero de olefína selecionado de etileno e uma a-olefina exceto propileno; e depois de: ii) uma mistura de etileno com uma α-olefma, em particular propileno, e possivelmente com porções menores de um dieno.
Particularmente preferido da dita classe (a2) é um copolímero de heterofase em que a fase elastoméríca consiste de um copolímero elastomérico de etileno e propileno compreendendo de 15 % em peso a 50 % em peso de etileno e de 50 % em peso a 85 % em peso de propileno com respeito ao peso da fase elastoméríca.
Exemplos de produtos da classe (aj) comercialmente disponíveis são Vistalon® 404, Vistalon® 606, Vistalon® 805 (Exxon Chemicals).
Exemplos de produtos da classe (a2) comercialmente disponíveis são Softell® CA02A; Hifax® CA07A; Hifax® CA10A (todos da Basell).
De acordo com uma forma de realização preferida, o homopolímero de propileno ou copolímero de propileno com pelo menos uma α-olefma (b) tem uma entalpia de fusão mais alta do que 30 J/g, mais preferivelmente de 50 a 80 J/g. A quantidade do dito homopolímero de propileno ou copolímero de propileno (b) é preferivelmente de 5 % em peso a 20 % em peso com respeito ao peso total do material de base termoplástica.
De acordo com uma forma de realização preferida, o copolímero (b) tem um ponto de fusão de 140° C a 170° C.
Vantajosamente, o homopolímero ou copolímero (b) tem um módulo de flexão igual a ou mais alto do que 100 MPa, mais preferivelmente de 200 MPa a 1500 MPa.
Vantajosamente, o homopolímero ou copolímero (b) é um copolímero heterogêneo preparado por copolímerização sequencial de: (i) propileno, opcionalmente contendo pelo menos um comonômero a-olefínico exceto propileno; e depois de (ii) uma mistura de propileno com uma a-olefína, em particular etileno, e opcionalmente um dieno. A copolimerízação é usualmente realizada na presença de catalisadores Ziegler-Natta com base em compostos de titânio halogenado sustentados em cloreto de magnésio. Detalhes com respeito à preparação destes copolímeros são fornecidos, por exemplo, emEP-A-0 400 333, EP-A-0 373 660 e US-A-5.286.564. O termo “a-olefina” refere-se a etileno ou uma olefína de fórmula CH2=CH-R’, onde R’ é um alquila linear ou ramificado contendo de 2 a 10 átomos de carbono. A dita α-olefina pode ser escolhida, por exemplo, de: 1-buteno, 1-penteno, 1-hexeno, 1-octeno, 1-dodeceno e semelhantes.
Vantajosamente, a fase termoplástica do copolímero heterogêneo compreende um homopolímero de propileno ou um copolímero cristalino de propileno com um comonômero de olefína escolhido de etileno e α-olefinas outras do que propileno. Preferivelmente, o comonômero de olefína é etileno. A quantidade de comonômero de olefína é preferivelmente menor do que 10 % em mol em relação ao número total de moles da fase termoplástica.
Um dieno opcionalmente está presente como um comonômero. O dito dieno geralmente contém de 4 a 20 átomos de carbono e é preferivelmente escolhido de: diolefmas lineares (não-)conjugadas, por exemplo 1,3-butadieno, 1,4-hexadieno, 1,6-octadieno e semelhantes; dienos monocíclicos ou policíclicos, por exemplo 1,4-cicloexadieno, 5-etilideno-2-norbomeno, 5-metileno-2-norbomeno e semelhantes.
Vantajosamente o dito homopolímero ou copolímero de propileno termoplástico de fase única tem uma estrutura microscopicamente homogênea e pode ser produzido por homopolimerização de propileno ou copolimerízação de propileno com etileno ou uma α-olefina exceto propileno, na presença de uma estereoespecificidade baixa de catalisador Ziegler-Natta. Em particular, o catalisador vantajosamente compreende: a) um catalisador sólido compreendendo um tetra-haleto de titânio (por exemplo, tetracloreto de titânio), sustentado em MgCl2, opcionalmente misturado com um tri-haleto de alumínio (por exemplo, tricloreto de alumínio): b) um co-catalisador compreendendo trialquil alumínio, onde os grupos alquila são C1-C9 (por exemplo, trietil alumínio ou triisobutil alumínio); c) uma base de Lewis em uma quantidade geralmente não maior do que 10 % em mol com respeito aos moles de trialquil trialumínio. A adição da base de Lewis em uma quantidade predeterminada permite que a estereorregularidade do polímero obtido seja controlada. A base de Lewis geralmente é escolhida de ésteres de ácido aromático e alcoxissilanos, por exemplo etilbenzoato, metil-p-toluato, diisobutilftalato, difenildimetoxissilano, ou misturas destes. O co-catalisador é adicionado em excesso de força no catalisador sólido. A razão molar de haleto de titânio para trialquil alumínio geralmente é de 50:1 a 600:1.
Um líquido dielétrico adequado para o uso na camada de cobertura para 0 cabo da invenção é vantajosamente dotado com várias características.
Foi verificado que 0 uso de um líquido dielétrico contribui para aumentar a resistência à ruptura da camada de cobertura. Por exemplo, foi verificado que 0 uso de um líquido dielétrico como descrito a seguir permite aumentar a resistência à ruptura de uma camada isolante com base em polipropileno de cerca de 30 kV/mm na ausência de líquido dielétrico, até mais do que 50 kV/mm, e valores em 80 kV/mm também foram obtidos.
Preferivelmente, um dielétrico adequado tem uma resistência à ruptura de pelo menos 3 kV/mm, mais preferivelmente mais alto do que 9 kV/mm.
De acordo com uma forma de realização preferida, o líquido dielétrico tem uma constante dielétrica, a 25° C, de menos do que ou igual a 3,5, mais preferivelmente menos do que 3 (medida de acordo com IEC 247).
Outras características vantajosas de um líquido dielétrico adequado para o uso dentro da invenção são resistência ao calor, capacidade de absorção de gás, em particular absorção de hidrogênio, e resistência à descargas parciais.
Vantajosamente, o ponto de ebulição do líquido dielétrico deve ser mais alto do que a temperatura que o cabo pode atingir durante a operação e sobrecorrente. Preferivelmente, o ponto de ebulição do fluido dielétrico é mais alto do que 130° C, mais preferivelmente mais alto do que 250° C.
Um líquido dielétrico adequado é compatível com o material de polímero termoplástico. “Compatível” significa que a composição química do líquido e do material de polímero termoplástico é tal como para resultar em uma dispersão microscopicamente homogênea do líquido dielétrico no material de polímero na mistura do líquido no polímero, similarmente a um plastificante.
Preferivelmente o líquido dielétrico é administrado com o material de polímero termoplástico em quantidades mais baixas do que a concentração de saturação do líquido dielétrico no material de polímero termoplástico. Foi verificado que as ditas quantidades, especificadas a seguir, não prejudicam as características termomecânicas da camada de cobertura e evitam a exsudação do dito líquido dielétrico do material de polímero termoplástico. A concentração de saturação do líquido dielétrico no material de polímero termoplástico pode ser determinada por um método de absorção de líquido em amostras de Dumbell como descrito, por exemplo, na WO 04/066317. A razão em peso de líquido dielétrico para material de polímero termoplástico da presente invenção geralmente é de 1:99 a 25:75, preferivelmente de 2:98 a 20:80.
Também deve ser notado que o uso de um líquido dielétrico com um ponto de fusão relativamente baixo ou ponto de fluidez baixo (por exemplo, um ponto de fusão ou um ponto de fluidez não mais alto do que 80° C) permite um manejo fácil do líquido dielétrico que pode ser fundido sem nenhuma necessidade de etapas de fabricação adicionais e complexas (por exemplo, uma etapa de fusão do líquido dielétrico) e/ou aparelhos para misturar o líquido com o material de polímero.
De acordo com uma outra forma de realização preferida, o líquido dielétrico tem um ponto de fusão ou um ponto de fluidez de -130° C a +80° C. O ponto de fusão pode ser determinado por técnicas conhecidas tais como, por exemplo, por análise de Calorimetria de Varredura Diferencial (DSC).
De acordo com uma outra forma de realização preferida, o líquido dielétrico tem uma viscosidade predeterminada de modo a prevenir difusão rápida do líquido dentro da camada isolante e conseqüentemente sua migração para fora, assim como para permitir que o líquido dielétrico seja facilmente alimentado e misturado no material de polímero termoplástico. Geralmente, o líquido dielétrico da invenção tem uma viscosidade, a 40° C, de 10 cSt a 800 cSt, preferivelmente de 20 cSt a 500 cSt (medida de acordo com o padrão da ASTM D445-03).
Por exemplo, o líquido dielétrico é selecionado de óleos minerais, por exemplo, óleos naftênicos, óleos aromáticos, óleos parafínicos, óleos poliaromáticos, os ditos óleos minerais opcionalmente contendo pelo menos um heteroátomo selecionado de oxigênio, nitrogênio ou enxofre; parafinas líquidas; óleos vegetais, por exemplo, óleo de soja, óleo de linhaça, óleo de mamona; poliolefmas aromáticas oligoméricas; ceras parafínicas, por exemplo, ceras de polietileno, ceras de polipropileno; óleos sintéticos, por exemplo, óleos de silicona, alquil benzenos (por exemplo, dodecilbenzeno, di(octilbenzil)tolueno), ésteres alifáticos (por exemplo, tetraésteres de pentaeritritol, ésteres de ácido sebácico, ésteres itálicos), oligômeros de olefina (por exemplo, opcionalmente polibutenos ou poliisobutenos hidrogenados); ou misturas destes. Óleos parafínicos e óleos naftênicos são particularmente preferidos. Óleos minerais como líquido dielétrico podem compreender composto/s polar/es. A quantidade de composto/s polar/es vantajosamente é de até 2,3 % em peso. Uma tal quantidade baixa de compostos polares permite obter perdas dielétricas baixas. A quantidade de compostos polares do líquido dielétrico pode ser determinada de acordo com o padrão da ASTM D2007-02.
Altemativamente, o líquido dielétrico pode compreender pelo menos um hidrocarboneto de alquilarila tendo a fórmula estrutural: em que: Rl, R2, R3 e R4, iguais ou diferentes, são hidrogênio ou metila; nl e n2, iguais ou diferentes, são zero, 1 ou 2, com a condição de que a soma nl+n2 seja menor do que ou igual a 3.
Em uma outra alternativa, o líquido dielétrico compreende pelo menos um éter difenílico tendo a fórmula estrutural seguinte: onde R5 e são iguais ou diferentes e representam hidrogênio, um grupo fenila não substituído ou substituído por pelo menos um grupo alquila, ou um grupo alquila não substituído ou substituído por pelo menos um fenila. Por grupo alquila é significado um radical de hidrocarboneto Q-C24 linear ou ramificado, preferivelmente C1-C20.
Um líquido dielétrico adequado para 0 uso na camada de cobertura para 0 cabo da invenção é descrito, por exemplo, nas WO 02/027731, WO 02/003398 ou WO 04/066317, todas no nome do Requerente.
Preferivelmente, a camada de cobertura para o cabo de energia da invenção tem uma entalpia de fusão igual a ou mais baixa do que 35 J/g, e mais preferivelmente de 30 a 5 J/g.
Vantajosamente, a camada de cobertura tem um índice de fluxo de massa fundida (MFI), medido a 230° C com uma carga de 21,6 N de acordo com 0 padrão da ASTM D1238-00, de 0,05 dg/min a 10,0 dg/min, mais preferivelmente de 0,4 dg/min a 5,0 dg/min. O material de polímero termoplástico que, junto com o fluido dielétrico, produz a camada de cobertura para o cabo da invenção, e que compreende (a) pelo menos 75 % em peso, com respeito ao peso total do material de polímero termoplástico, de pelo menos um copolímero de pelo menos dois comonômeros de α-olefma, 0 dito copolímero tendo uma entalpia de fusão mais baixa do que 25 J/g; e (b) uma quantidade igual a ou menor do que 25 % em peso com respeito ao peso total do material de polímero termoplástico de pelo menos um homopolímero de propileno ou copolímero de propileno com pelo menos uma α-olefma alifática, o dito pelo menos um homopolímero de propileno ou copolímero de propileno tendo uma entalpia de fusão mais alta do que 25 J/g e um ponto de fusão mais alto do que 130° C; mostra uma entalpia de fusão substancialmente igual a ou mais baixa do que 40 J/g.
De acordo com uma forma de realização preferida, o cabo da invenção tem pelo menos uma camada de cobertura extrusada com propriedades de isolamento elétrico formadas do material de polímero termoplástico em mistura com o líquido dielétrico como acima.
De acordo com uma outra forma de realização preferida, o cabo da invenção tem pelo menos uma camada de cobertura extrusada com propriedades semicondutoras formadas do material de polímero termoplástico em mistura com o líquido dielétrico como acima. Para formar uma camada semicondutora, uma carga condutora geralmente é adicionada ao material de polímero. Para garantir uma dispersão adequada da carga condutora dentro do material de polímero termoplástico, o último é preferivelmente selecionado de homopolímeros ou copolímeros de propileno compreendendo pelo menos 40 % em peso de fase amorfa, com respeito ao peso de polímero total.
De acordo com um outro aspecto, a presente invenção diz respeito a uma composição de polímero compreendendo um material de polímero termoplástico em mistura com um líquido dielétrico, em que o dito material de polímero termoplástico compreende (a) pelo menos 75 % em peso, com respeito ao peso total do material de polímero termoplástico, de pelo menos um copolímero de pelo menos dois comonômeros de α-olefina, o dito copolímero tendo uma entalpia de fusão mais baixa do que 25 J/g; e (b) uma quantidade igual a ou menor do que 25 % em peso com respeito ao peso total do material de polímero termoplástico de pelo menos um homopolímero de propileno ou copolímero de propileno com pelo menos uma α-olefma alifática, o dito pelo menos um homopolímero de propileno ou copolímero de propileno tendo uma entalpia de fusão mais alta do que 25 J/g e um ponto de fusão mais alto do que 130° C; - a dita camada de cobertura tendo uma entalpia de fusão igual a ou mais baixa do que 40 J/g, e - a concentração em peso do dito líquido dielétrico no dito material de polímero termoplástico é mais baixa do que a concentração de saturação do dito líquido dielétrico no dito material de polímero termoplástico.
De acordo com um outro aspecto, a presente invenção diz respeito ao uso de uma composição de polímero, como descrito aqui acima, como o material de base de polímero para preparar uma camada de cobertura de cabo com propriedades de isolamento elétrico, ou para preparar um camada de cobertura de cabo com propriedades semicondutoras.
Na formação de uma camada de cobertura para o cabo da invenção, outros componentes convencionais podem ser adicionados à composição de polímero acima definida, tais como antioxidantes, auxiliares de processamento, retardadores isentos de água, ou misturas destes.
Antioxidantes convencionais adequados para o propósito são, por exemplo, distearil- ou dilauril-tiopropionato e pentaeritritil-tetracis [3-(3,5-di-t-butil-4-hidroxifenil)propionato], ou misturas destes.
Auxiliares de processamento que podem ser adicionados à composição de polímero incluem, por exemplo, estearato de cálcio, estearato de zinco, ácido esteárico, ou misturas destes.
Com particular referência a cabos de voltagem média e alta, os materiais de polímero como definidos aqui acima podem ser vantajosamente usados para obter uma camada isolante. A resistência à termopressão atingida por camada isolante de cobertura a partir da presente invenção permite cabos de energia de voltagem média e voltagem alta compreendendo-os para operar a 90° C ou mais sem desempenho prejudicado, e sendo dotado de uma flexibilidade superior com respeito a cabos de energia termoplásticos de propileno conhecidos.
Se a camada de cobertura da presente invenção for uma camada semicondutora, uma carga condutora, em particular negro de fumo, geralmente é disperso dentro do material de base de polímero em uma quantidade tal como para fornecer o material com características semícondutoras (isto é tal como para obter um resistividade de menos do que 5 Q.m na temperatura ambiente). Esta quantidade geralmente está entre 5 % em peso e 80 % em peso, e preferivelmente entre 10 % em peso e 50 % em peso, do peso total da mistura. O uso da mesma composição de polímero de base tanto para a camada isolante quanto para as camadas semícondutoras é particularmente vantajoso na produção de cabos para voltagem média ou alta, visto que ele garanta aderência excelente entre camadas adjacentes e conseqüentemente um bom comportamento elétrico, particularmente na interface entre a camada isolante e a camada semicondutora interna, onde o campo elétrico e conseqüentemente o risco de descargas parciais são mais altos. A composição de polímero para a camada de cobertura do cabo da invenção pode ser preparada misturando-se entre si o material de polímero termoplástico, o líquido dielétrico e quaisquer outros aditivos possivelmente presentes usando-se métodos conhecidos na técnica. A mistura pode ser realizada por exemplo por um misturador interno do tipo com rotores tangenciais (Banbury) ou com rotores interpenetrantes; em um misturador contínuo do típo Ko-Kneader (Buss), do tipo rosca dupla de co- ou contra-rotação; ou em uma extrusora de rosca única. O material de polímero termoplástico pode ser previamente fabricado em um reator de polimerização ou alimentando-se os componentes (a) e (b) junto com o fluido dielétrico no aparelho de mistura para a composição de polímero como exemplificado exatamente acima.
Altemativamente, o líquido díelétríco da presente invenção pode ser adicionado ao material de polímero termoplástico durante a etapa de extrusão por injeção direta no cilindro da extrusora como divulgado, por exemplo, no Pedido de Patente Internacional WO 02/47092 no nome do Requerente.
Compatibilidade maior também foi encontrada entre o líquido dielétrico e o material de polímero termoplástico da presente invenção do que no caso de misturas similares do mesmo material de polímero com outros líquidos dielétricos conhecidos na técnica. Esta compatibilidade maior leva, inter alia, a menor exsudação do líquido dielétrico. Devido a sua temperatura de operação alta e suas perdas dielétricas baixas, os cabos da invenção podem conduzir, para a mesma voltagem, uma energia pelo menos igual a ou ainda maior do que aquela transportável por um cabo tradicional com cobertura em XLPE.
Para o propósitos da invenção o termo “voltagem média” geralmente significa uma voltagem entre 1 kV e 35 kV, ao passo que “voltagem alta” significa voltagens mais altas do que 35 kV.
Embora esta descrição seja principalmente focada na produção de cabos para transportar ou distribuir energia de voltagem média ou alta, a composição de polímero da invenção pode ser usada para cobrir dispositivos elétricos em geral e em particular cabos de tipo diferente, por exemplo cabos de voltagem baixa (isto é cabos conduzindo uma voltagem menor do que 1 kV), cabos de telecomunicações ou cabos de energia/telecomunicações combinados, ou acessórios usados em linhas elétricas, tais como terminais, articulações, conectores ou semelhantes.
Breve descrição do desenho Outras características serão evidentes a partir da descrição detalhada fornecida em seguida com referência ao desenho anexo, em que: - a Figura 1 é uma visão perspectiva de um cabo elétrico, particularmente adequado para voltagem média ou alta, de acordo com a invenção.
Descrição detalhada das formas de realização preferidas Na Figura 1, o cabo (1) compreende um condutor (2), uma camada interna com propriedades semicondutoras (3), uma camada intermediária com propriedades isolantes (4), uma camada externa com propriedades semicondutoras (5), uma peneira de metal (6), e um revestimento externo (7). O condutor (2) geralmente consiste de fios de metal, preferivelmente de cobre ou alumínio, torcidos entre si por métodos convencionais, ou de um bastão de alumínio ou de cobre sólido. Pelo menos uma camada de cobertura selecionada da camada isolante (4) e as camadas semicondutoras (3) e (5) compreendem a composição da invenção como antes definido. Em tomo da camada semicondutora externa (5) usualmente existe uma peneira posicionada (6), geralmente de fios eletricamente condutores ou tiras helícoidalmente enroladas. Esta peneira depois é coberta por um revestimento (7) de um material termoplástico tal como, por exemplo, polietileno não reticulado (PE). O cabo também pode ser fornecido com uma estrutura protetora (não mostrada na Figura 1) o propósito principal do qual é para proteger mecanicamente o cabo contra impactos ou compressões. Esta estrutura protetora pode ser, por exemplo, um reforço de metal ou uma camada de polímero dilatada como descrito na WO 98/52197 no nome do Requerente. A Figura 1 mostra apenas uma forma de realização de um cabo de acordo com a invenção. Modificações adequadas podem ser feitas a esta forma de realização de acordo com necessidades técnicas específicas e necessidades de aplicação sem divergir do escopo da invenção. A camada ou camadas de cobertura de cabo de material termoplástico de acordo com a presente invenção podem ser fabricadas de acordo com métodos conhecidos, por exemplo por extrusão. A extrusão vantajosamente é realizada em uma operação única, por exemplo pelo método tandem em que extrusoras individuais são arranjadas em série, ou por co-extrusão com uma cabeça de extrusão múltipla.
Os exemplos seguintes ilustram a invenção, mas sem limitá-la. EXEMPLOS 1 a 8 Cabos fornecidos com uma camada de cobertura de acordo com a invenção e com uma camada de cobertura comparativa foram preparados.
As camadas de cobertura de acordo com a invenção tiveram as composições apresentadas na Tabela 1.
Tabela 1 A quantidade relatada na Tabela 1 é a % em peso com respeito ao peso total do material de polímero termoplástico. - Softer® CA 02 A: copolímero de EPR de heterofase, ponto de fusão de 143° C, entalpia de fusão de 12,4 J/g, MFI de 0,6 dg/min e módulo de flexão de 20 MPa (produto comercial da Basell); - Moplen® RP 210G: copolímero aleatório de propileno-etileno com ponto de fusão de 146° C, entalpia de fusão de 65,1 J/g, MFI de 1,8 dg/min e módulo de flexão de 800 MPa (produto comercial da Basell); - Moplen® EP 310 D: copolímero de heterofase de EPR de propileno, ponto de fusão de 165° C, entalpia de fusão de 71,8 J/g, MFI de 0,8 dg/min e módulo de flexão de 1050 MPa (produto comercial da Basell); - Borsoft® SA 233 CF: copolímero de propileno-etileno aleatório com copolímero de heterofase de EPR, ponto de fusão de 142° C, entalpia de fusão de 65 J/g, MFI 0,8 de dg/min e módulo de fiexão de 400 MPa (produto comercial da Borealís);
Como fluido dielétrico Jarylec® EXP3 (ponto de ebulição de 390° C, comercializado por Arkema) adicionado a cada mistura termoplástica em uma quantidade de 6 % em peso com respeito ao peso da composição da camada de cobertura.
Camadas de cobertura comparativas tiveram as composições apresentadas na Tabela 2.
Tabela 2 A quantidade relatada na Tabela 2 é como da Tabela 1. - Moplen® RP 210G: copolímero aleatório de propileno-etileno, ponto de fusão de 146° C, entalpia de fusão de 65,1 J/g, MFI 1,8 dg/min e módulo de fiexão de 800 MPa (produto comercial da Basell); - Hifax® 7320: copolímero de heterofase de etileno-propileno com ponto de fusão de 165° C, entalpia de fusão de 27,0 J/g, MFI de 2,5 dg/min e módulo de fiexão de 200 MPa (produto comercial da Basell); - Adflex® Q200 F: copolímero de heterofase de propileno com ponto de fusão de 165° C, entalpia de fusão de 30 J/g, MFI de 0,8 dg/min e módulo de fiexão de 150 MPa (produto comercial da Basell);
As composições dos exemplos 7 e 8 contendo uma quantidade de 6 % em peso com respeito ao peso da composição da camada de cobertura de fluido dielétrico Jarylec® EXP3.
As composições poliméricas da Tabela 1 e 2 foram usadas como camadas isolantes na fabricação de cabos de energia de acordo com o seguinte.
Cada base polimérica foi alimentada diretamente no alímentador da extrusora. Subseqüentemente, fluido dielétrico, previamente misturado com os antioxidantes, foi injetado em pressão alta na extrusora. Uma extrusora tendo um diâmetro de 80 mm e uma razão de L/D de 25 foi usada. A injeção foi feita durante a extrusão a cerca de 20 D a partir do início da rosca da extrusora por meio de três pontos de injeções na mesma seção transversal a 120° a partir de um ao outro. O líquido dielétrico foi injetado em uma temperatura de 70° C e uma pressão de 250 bar. O cabo deixando a cabeça de extrusão foi esfriado até a temperatura ambiente passando-o através de água gelada. O cabo acabado consistiu de um condutor de alumínio (seção transversal de 150 mm2), uma camada semicondutora interna de cerca de 0,5 mm em espessura, uma camada isolante de uma das composições poliméricas das Tabelas 1 ou 2 de cerca de 4,5 mm em espessura, e uma camada semicondutora externa de cerca de 0,5 mm em espessura.
Medição de flexibilidade do cabo A flexibilidade de cabos foi medida de acordo com o método de CENELEC TC20/WG9, que contém todos os detalhes sobre equipamento, preparação de amostras e procedimento de teste. Os resultados são apresentados na Tabela 3.
Medição do ponto de fusão CEA entalpia de fusão (AH) e resistência à termopressão O ponto de fusão (Tm) e a entalpia de fusão (ΔΗ) das camadas isolantes de cada cabo elétrico testado foram determinados por análise de Calorimetria de Varredura Diferencial (DSC) usando-se um calorímetro de varredura diferencial Mettler Toledo DSC 820. O programa de temperatura abaixo foi aplicado à amostra para ser analisado: - esfriamento da temperatura ambiente a 10° C; - aquecimento de 10° C a 190° C em uma taxa de 10° C/min.; - isoterma durante 5 minutos a 190° C; - esfriamento a 10° C em uma taxa de 10° C/min; - isoterma durante 10 minutos a 10° C; - aquecimento a 190° C em uma taxa de 10° C/min. A resistência à termopressão de cada cabo elétrico testado foi medida de acordo com a regra de CEIEN 60811-3-1 Par. 8.
Os resultados obtidos são fornecidos na Tabela 3.
Tabela 3 Os resultados apresentados na Tabela 3 mostram que a camada de cobertura para o cabo da invenção fornecem o cabo com uma flexibilidade melhorada com respeito àquela previamente conhecida, enquanto mantendo a resistência à termopressão substancialmente inalterada. A termopressão é de particular importância para avaliar o desempenho e segurança de um cabo de energia, porque esta característica fornece indicação sobre a capacidade do cabo (a camada isolante) de resistir tensão de deformação em temperaturas altas, por exemplo, a temperatura atingida sob condições de sobrevoltagem