"APERFEIÇOAMENTOS INTRODUZIDOS EM CINTA DE ANCORAGEM PARA PROTEÇÃO INDIVIDUAL NA UTILIZAÇÃO DE ESCADAS EM GERAL".
Campo Técnico [001] Trata o presente modelo de utilidade de aperfeiçoamentos introduzidos em cinta de ancoragem para proteção individual na utilização de escadas em geral, mais particularmente utilizada em equipamentos de segurança para profissionais de serviços executados em altura, tais como, instalação e/ou manutenção de fios e cabos elétricos e outros, instaladores de TV a cabo, trabalhadores da construção civil, trabalhadores que desenvolvem podas de árvores, entre outros; dita cinta de ancoragem é provida de meios de amarração ou cinta de ancoragem aplicada nas extremidades superiores de uma escada, preferencial mente aquelas do tipo extensível, e quando a mesma se encontra ainda no solo, ou seja, sem ser montada no local de trabalho; quando da cinta de ancoragem já instalada, a escada é posicionada na vertical e estendida até o local de apoio; a cinta, devidamente amarrada à escada, permite maior estabilidade e segurança para o usuário, pois que configura um elemento de ancoragem para o guia do trava-quedas, conhecido como "linha de vida"; a cinta de ancoragem contempla, ainda, meios visuais que indicam o desgaste da mesma após muito uso, promovendo, assim, a prevenção de futuros acidentes.
Fundamentos Da Técnica [002] Como é de conhecimento geral, as companhias do setor de telecomunicação, luz, TV a cabo e outras estão em grande desenvolvimento tecnológico e de produtividade. Desta forma, este desenvolvimento intensifica o fornecimento e instalação de cabeamentos em geral, geralmente aéreos, como é comum nas grandes cidades, amplificando a necessidade de normas de segurança e fiscalização dos equipamentos dos profissionais envolvidos nas instalações e serviços realizados em postes, árvores e estruturas verticais.
[003] Existem diversos tipos de equipamentos de proteção individual para serviços em altura que são obrigatórios. Sua utilização, conforme a Norma Regulamentadora 06, compreende o uso do trava-quedas instalado na "linha de vida" que está fixa a um ponto de ancoragem com no mínimo 15KN de resistência, aplicado às atividades onde haja risco de queda em altura. Muitos acidentes, até mesmo fatais ou causando invalidez, acontecem por motivo da não utilização destes equipamentos de segurança ou pela precariedade dos mesmos.
[004] Atualmente, apesar das recentes normas técnicas, ainda não há meios adequados para ancorar a "linha de vida" em serviços aéreos, tais como, em postes e equivalentes. Os atuais meios de amarração da "linha de vida" à escada ou à estrutura de sustentação do profissional, são precários e improvisados, impossibilitando que a amarração seja segura para o desenvolvimento do serviço. O modo mais convencional de se amarrar a linha de vida à escada é colocar a escada no poste, amarrar a extremidade da corda, através de nós, na extremidade da escada e então subi-la até o ponto de trabalho; assim o operador poderá prender o trava-quedas na referida corda ou "linha de vida" e trabalhar. Caso os nós se soltem ou haja um desequilíbrio do operador, a fragilidade dos nós não são suficientes para segurar a queda.
[005] Durante pesquisas para elaboração do presente relatório, foi encontrada uma forma de amarração da linha de vida, a qual se apresenta na forma de uma fita reforçada, por exemplo, borracha sintética, provida de um revestimento central, de material atritante para entrar em contato com a superfície do poste ou árvore, fita esta cujas extremidades são dotadas de duas alças. Referida fita, para ser utilizada pelo profissional como elemento de segurança, tem uma de suas extremidades amarradas à "linha de vida" e deve ser lançada manualmente numa determinada altura do poste, de maneira a envolvê-lo. As alças da fita ficam, então, voltadas para o operador que deve subir na escada, laçar a outra extremidade da fita de maneira a configurar uma amarração da "linha de vida", podendo, assim, instalar o trava quedas na referida corda. Assim esticadas, as extremidades da fita forçam a porção central atritante a se manter estacionária no poste, tentando manter o corpo do profissional estabilizado, enquanto o mesmo trabalha apoiado da escada.
[006] Tal fita, como se vê, além de ser de difícil instalação, pois depende de habilidade do operador, apresenta como maior inconveniente o fato de o operador necessitar subir até o ponto de amarração sem que haja segurança, ou seja, ele sobe na extremidade da escada, já posicionada para concluir a instalação da linha de vida. Caso ocorra qualquer deslize durante a instalação, não há meios de sustentação do operador. Outro inconveniente deste convencional meio é a fragilidade do mesmo, pois caso o profissional desequilibre ou force o corpo para frente, a fita é afrouxada, fazendo com que o profissional perca a almejada estabilidade durante o trabalho.
Breve Descrição Do Objeto [007] Visando trazer melhorias ao mercado em questão, o requerente desenvolveu aperfeiçoamentos introduzidos em cinta de ancoragem para proteção individual, mais particularmente utilizada em equipamentos de segurança durante a utilização de escadas em geral, tais como, portáteis extensíveis ou convencionais por profissionais de serviços aéreos, tais como, aplicação e/ou manutenção de cabeamento em geral, instaladores de TV a cabo, trabalhadores da construção civil, trabalhadores que desenvolvem podas de árvores, entre outros.
[008] Dita cinta de ancoragem é confeccionada em espessas tiras de tramas de poliéster, poliamida ou similares, apresentando meios de amarração à escada e ao profissional, mais precisamente sendo dito meios de amarração aplicados às extremidades superiores livres da escada, junto à barra original da escada.
[009] A amarração é realizada quando a escada ainda se encontra recolhida, pois, assim que suspensa ao local de apoio no poste ou outra estrutura similar, a cinta de ancoragem, devidamente amarrada à escada, configura, de imediato, um ponto de ancoragem para o operador, permitindo maior estabilidade e segurança, pois que configura meios de ancoragem para a instalação do conjunto do trava-quedas.
[010] A configuração principal da cinta de ancoragem compreende uma tira principal apresentando um par de alças principais extremas conformadas pela dobradura das extremidades livres da tira principal que, depois de dobradas são costuradas e coladas, além de conterem, nestes pontos de costura, tiras de velcro, dispostas de modo ortogonal à tira principal, de maneira a conformar elementos de amarração final, detalhados adiante.
[011] A porção mediana da cinta se dobra quatro vezes de maneira a formar um dobramento central, configurando um apêndice, cujas faces de contato, durante o dobramento, são unidas por meio de costura e cola, conformando o ponto de ancoragem do conjunto do trava-quedas.
[012] A tira principal prevê que na face oposta ao apêndice seja aplicado, por costura e cola, uma tira secundária de reforço estrutural, a qual se estende lateral e simetricamente em relação ao apêndice, apresentando dobraduras nas extremidades livres que, unidas por costura e cola, conformam outro par de alças secundárias de reforço.
[013] As alças principais, alças secundárias de reforço e o apêndice de ancoragem são revestidos por fita tubulares, de tecido distinto daquele que constitui a tira principal e de reforço, bem como de cor contrastante, conformando elementos passíveis de indicar o desgaste da cinta de ancoragem devido ao atrito da mesma em relação aos pontos de amarração, ou seja, quando o profissional conseguir visualizar a cor da tira principal e/ou secundária da cinta de ancoragem é o momento de recuperar a cinta promovendo, assim, a prevenção de futuros acidentes, possibilitando a rápida identificação que o material do equipamento encontra-se desgastado.
[014] Os meios de amarração da cinta de ancoragem na escada são realizados através das seguintes etapas: a) encaixar as alças principais da cinta de ancoragem nas extremidades superiores da escada extensível, quando a mesma se apresentar ainda no solo, de maneira que o apêndice de ancoragem fique voltado para o operador; b) enlaçar, com cada uma das extremidades da tira principal, as proximidades das alças principais; c) encaixar as alças secundárias de reforço, que sobraram após os enlaces das extremidades da tira principal, nas extremidades superiores da escada de maneira que as mesmas fiquem sobrepostas sobre as alças principais; d) conectar o mosquetão ao apêndice de ancoragem da cinta, amarrando a corda do trava-quedas ao mosquetão; e} conectar a corda proveniente do apêndice da cinta de ancoragem ao trava-quedas do cinturão do profissional, conformando, assim o elemento de segurança durante o serviço; f) subir a escada e amarrá-la no poste; g) enlaçar, cada par formado pelas tiras principais e secundárias, com a correspondente tira ortogonai de velcro, enlaçando, junta mente, as extremidades da barra de metal da escada extensível.
Descrição Dos Desenhos [015] A complementar a presente descrição de modo a obter uma melhor compreensão das características do presente invento e de acordo com uma preferencial realização prática do mesmo, acompanha a descrição, em anexo, um conjunto de desenhos, onde, de maneira exemplificada, embora não limitativa, se representou o seguinte: [016] a figura 1 representa uma vista em perspectiva da cinta de ancoragem, segundo a versão preferencial, ou seja, duas alças principais, duas alças secundárias e o apêndice de ancoragem;
[017] a figura 2 mostra um detalhe em corte ampliado da porção da cinta de ancoragem revestida com o tecido contrastante;
[018] as figuras 3, 4, 5 e 6 representam vistas de aplicação da cinta de ancoragem na escada extensível;
[019] a figura 7 ilustra a posição da cinta de ancoragem na escada e esta frente ao poste e todo o conjunto aplicado em relação ao profissional;
[020] a figura 8 revela uma vista em perspectiva de uma segunda variação construtiva da cinta de ancoragem, a qual apresenta-se numa composição simplificada, ou seja, com duas alças principais e um apêndice de ancoragem; e [021] a figura 9 representa uma vista em perspectiva de uma terceira variação construtiva da cinta de ancoragem, apresentando o absorvedor de impacto.
Descricão Detalhada Do Obieto [022] Com referências aos desenhos ilustrados, a presente invenção se refere a "APERFEIÇOAMENTOS INTRODUZIDOS EM CINTA DE ANCORAGEM PARA PROTEÇÃO INDIVIDUAL NA UTILIZAÇÃO DE ESCADAS EM GERAL", mais precisamente trata-se de uma cinta de ancoragem (1) particularmente utilizada como sistema de ancoragem para equipamento de segurança para profissionais (O) de serviços aéreos, tais como, instalação e/ou manutenção de cabeamento em postes (P) e torres, instai adores de cabeamento de TV a cabo, trabalhadores da construção civil, trabalhadores que desenvolvem podas de árvores, entre outros.
[023] Dita cinta de ancoragem (1) é confeccionada em espessas tiras (T) de tramas de poliéster, poliamida ou similares providas de filamentos de borracha configurando um tecido elástico, a qual apresenta meios de amarração (MA) à escada (E) e ao profissional (O), mais precisamente sendo ditos meios de amarração aplicados às extremidades superiores livres (E1) e (E2) da escada (E) do tipo extensível ou convencional, junto à barra (B) original da escada, configurando meios de ancoragem (MG) para a instalação da linha de vida onde o conjunto do trava-quedas (Q) é instalado, além de apresentar elementos de revestimento (G), de partes da cinta (1) que permitem a visualização do desgaste da cinta de ancoragem (1)· [024] A amarração da cinta (1) é realizada quando a escada (E) ainda se encontra recolhida, pois, assim que suspensa ao local de apoio no poste (P) ou outra estrutura similar, a cinta de ancoragem (1) devidamente amarrada à escada, configura, de imediato, um ponto de ancoragem para o profissional (O).
[025] Segundo uma configuração principal da cinta de ancoragem (1) (ver figura 1), a mesma compreende uma tira principal (2) apresentando um par de alças principais extremas (2a), conformadas pela dobradura (D1) das extremidades livres da tira principal que, após dobradas são costuradas (C) e coladas (L), além de conterem, nestes pontos de costura, tiras de velcro (3a), dispostas de modo ortogonal à tira principal (2), de maneira a conformar elementos de amarração final, detalhados adiante.
[026] A porção mediana da cinta (1) se dobra quatro vezes de maneira a formar um dobramento central (D2), configurando um apêndice de ancoragem (4), cujas faces de contato, durante o dobramento (D2), são unidas por meio de costura (C) e cola (L), conformando o ponto de ancoragem do conjunto do trava-quedas (Q).
[027] A tira principal (2) prevê que na face oposta ao apêndice (4) seja aplicado, por costura (C) e cola (L), uma tira secundária de reforço estrutural (5), a qual se estende lateral e simetricamente em relação ao apêndice (4), apresentando dobraduras (D3) nas extremidades livres que, unidas por costura (C) e cola (L), conformam outro par de alças secundárias de reforço (5a).
[028] As alças principais (2a), alças secundárias de reforço (5a) e o apêndice de ancoragem (4) são revestidos por fitas tubulares (6), de tecido distinto daquele que constitui a tira principal e de reforço, bem como de cor contrastante, conformando elementos passíveis de indicar o desgaste da cinta de ancoragem devido ao atrito da mesma em relação aos pontos de amarração, ou seja, quando o profissional conseguir visualizar a cor da tira principal e/ou secundaria da cinta de ancoragem é o momento de recuperar a cinta promovendo, assim, a prevenção de futuros acidentes.
[029] Numa segunda variação construtiva e simplificada da cinta de ancoragem (1') (ver figura 8), a tira principal (2') desenvolve um par de alças principais (2a') e (2b'), as quais apresentam nos pontos de costura (C) um par de tiras de velcro (3') e (3a'), dispostas de modo ortogonal de maneira a conformar elementos de amarração.
[030] Numa terceira variação construtiva a porção mediana da cinta (Γ) se apresenta alongada, dobrando-se quatro vezes longitudinalmente (DL) conformando dobraduras justapostas e unidas por costuras (C) configurando um absorvedor de impacto (Al), para que no momento de uma possível queda as dobraduras justapostas se descosturem absorvendo o impacto da queda.
[031] Os meios de amarração (MA) da cinta de ancoragem (1) na escada (E) são realizados através das seguintes etapas: a) encaixar as alças principais extremas (2a) da cinta de ancoragem (1) nas extremidades superiores (E1) e (E2) da escada (E), quando a mesma se apresentar ao solo, de maneira que o apêndice de ancoragem (4) fique voltado para o operador (O); b) enlaçar as tiras principais (2a) pelas alças secundárias de reforço (5a); c) encaixar as alças secundárias de reforço (5a) nas extremidades superiores (E1)/(E2) da escada (E) de maneira que as mesmas fiquem sobrepostas sobre as alças principais (2a); d) conectar o mosquetão (M) ao apêndice de ancoragem (4) da cinta (1) amarrando a corda (D) ao mosquetão (M); e) conectar a corda (C) ao trava-quedas (Q) conformando a ancoragem do usuário (O); f) subir a escada (E) e amarrá-la no poste (P); g) enlaçar as tiras principais (2a) e secundárias (5a) através das tiras ortogonais de velcro (3a), juntamente com a barra de metal (B) da escada extensível (E).
[032] É certo que quando o presente invento for colocado em prática, poderão ser introduzidas modificações no que se refere a certos detalhes de construção e forma, sem que isso implique afastar-se dos princípios fundamentais que estão claramente substanciados no quadro reivindicatório, ficando assim entendido que a terminologia empregada teve a finalidade de descrição e não de limitação.
REIVINDICAÇÕES