BR202021012321U2

BR202021012321U2 - Sensor de co2 para descontaminação da cabine de automóveis e emissão de alerta

Info

Publication number: BR202021012321U2
Application number: BR202021012321-0U
Authority: BR
Inventors: José Marcos Nabhan; Vinicius Batistela Nicoletti
Original assignee: Jose Marcos Nabhan; Vinicius Batistela Nicoletti
Priority date: 2021-06-22
Filing date: 2021-06-22
Publication date: 2023-01-03
Also published as: WO2022266736A1

Abstract

DISPOSITIVO PARA RENOVAÇÃO DO AR NA CABINE DE AUTOMÓVEIS quando da incidência de taxas de CO2 iguais ou maiores que limites pré-programados com acréscimo de 400 ppm ao limite recomendado de 1000 ppm, de modo que o sensor (2) registre 1000 ppm quando a concentração (3) de CO2 for de aproximadamente 600 ppm, e emita sinal sonoro ou luminoso (4) seja para o motorista, para que acione o sistema de ventilação (5) ou abra parcialmente pelo menos uma das janelas (6), seja para eventual ocupante, para que acione a ignição (8) do automóvel.
Sem que haja intervenção humana, o autuador (9) acionará o sistema de ventilação (5) por até 5 minutos e o mecanismo de abertura das janelas (6), caso a ventilação (5) não seja suficiente e, ainda persistindo a concentração de CO2, o destravamento das portas (10).

Description

INTRODUÇÃO

[001] O presente relatório descreve dispositivo para a renovação do ar na cabine de veículos automotores quando da incidência de taxas de CO2 iguais ou maiores que os limites pré-programados em sensor com acréscimo de 400 ppm.

[002] Em ambientes como a cabine de automóveis na presença de pessoas ou animais, a taxa de CO2, tanto aumenta quanto diminui rapidamente, bastando pouco tempo para alcançar 1000 ppm e na maioria das vezes, apenas a abertura parcial de uma das janelas para diminuir drasticamente.

[003] No processo de respiração, o organismo absorve oxigênio e libera CO2. Em ambientes fechados, como os veículos automotores, por exemplo, há o risco de reinalação do gás e, portanto, do aumento dos níveis de concentração da substância no sangue, levando a sintomas como dor de cabeça, sonolência, irritação nos olhos, mudança de humor, além da contaminação por doenças viróticas quando indisponível uma boa ventilação do ambiente.

[004] Isto posto, a presente divulgação é inerente a dispositivo que monitora a taxa de gás carbônico (CO2) e provê a renovação do ar no interior da cabine de automóveis por meio dos mecanismos de ventilação, abertura de janelas e destravamento das portas.

[005] Assim, o dispositivo emitirá sinal sonoro ou luminoso para que o motorista acione manualmente o sistema de ventilação, que pode ser o ventilador ou o condicionador de ar original do automóvel, ou abra parcialmente pelo menos uma das janelas da cabine, quando detectada concentração igual ou acima de 1000 ppm em situação de uso o automóvel.

[006] Em situação de desuso, detectada a concentração, o sinal sonoro ou luminoso é emitido para que o eventual ocupante da cabine ligue a ignição do automóvel. Vale dizer, a fim de que sejam registrados pelo sensor 1000 ppm antes de alcançado esse limite, o dispositivo adiciona 400 ppm na leitura do sensor, evitando concentrações nocivas.

[007] Estacionado o automóvel e detectada a concentração que se mantenha igual ou acima de 1000 ppm, considerado o acréscimo de 400 ppm, com om a chave de ignição ligada, o dispositivo acionará a abertura das janelas. Persistindo a concentração indesejada, o destravamento das portas da cabine é acionado.

[008] Em situação de uso ou não o automóvel, as funções do dispositivo relatado são acionadas quando o sensor detectar concentração de CO2 igual ou acima de 1000 ppm, considerado o acréscimo de 400 ppm.

[009] A renovação do ar é provida primeiramente por meio da ventilação original do automóvel e, depois, do mecanismo de abertura das janelas, pelo meno uma em estado de uso do automóvel, e do acionamento do mecanismo de ventilação original e, depois, se a concentração não diminuir, do mecanismo de abertura total das janelas, quando em situação de desuso automóvel, caso em que, se a ventilação e a abertura das janelas não forem suficientes para a redução da concentração, o dispositivo acionará o destravamento das portas da cabine.

ESTADO DA TÉCNICA

[010] Instrumentos e meios que de algum modo digam respeito a essa proteção específica não são raros na prática comum, contemplando soluções as mais diversas.

[011] Em buscas efetuadas no estado da técnica foi possível encontrar documentos envolvendo algumas dessas concepções, dos quais, descartados aqueles cuja operação obedeça conceitos dessemelhantes e não afins aos do presente relato, selecionam-se os seguintes:

[012] O documento US1999027788 com data de depósito em 23/11/1999, que divulga um sensor para a detecção de gases, compreendendo um alojamento e um elemento ativo disposto no interior do alojamento. O elemento ativo é circundado por um material isolante poroso dotado de uma densidade de volume não superior a 0, 15 g/cm^3^. Outro sensor de gás compreende um elemento ativo circundado por um material isolante poroso dotado de uma área de superfície não superior a aproximadamente 200 m^2^/cm^3^. Outro sensor de gás compreende um composto de cobre posicionado de modo que o gás entra em contato com o composto de cobre antes de entrar em contato com o elemento ativo. Outro sensor de gás compreende um elemento ativo circundado por um material poroso dotado de um tamanho médio de poro de pelo menos aproximadamente 100 <134>.

[013] US2004142678A1 de 22/07/2004, que revela método e aparelho para fornecer notificação de emergência por um dispositivo móvel sem fio em resposta ao acionamento de um sensor que é remoto do dispositivo móvel. Um sistema de detecção, que pode estar localizado dentro de um veículo, compreende um ou mais sensores configurados para detectar um evento de emergência e transmitir uma mensagem através de um link sem fio referente ao evento de emergência. Um dispositivo móvel sem fio a uma curta distância do transmissor recebe a mensagem através de um receptor de curta distância localizado no mesmo e processa a mensagem referente ao acionamento do sensor. Por exemplo, o dispositivo móvel sem fio pode ser programado para determinar informações de posição sobre o transmissor sem fio e/ou dispositivo móvel, ligar para um número de emergência predeterminado, como E911, e transmitir dados, incluindo posição e outras informações do dispositivo móvel para o número de emergência em resposta à mensagem recebida.

[014] O documento DK2005000381 com data de depósito em 10/06/2005, que ensina “sensor de IV (1), especialmente um sensor de CO2, com uma disposição de filtro (6), atrás da qual se acha disposto detector (7), e um dispositivo de avaliação (8) que se acha conectado com a disposição de detector (7), sendo que a disposição de filtro (6) apresenta um primeiro filtro (9) e um segundo filtro (10) que são configurados como filtros de banda passante e que apresentam respectivamente uma passagem e dos quais o primeiro filtro (9) deixa passar uma banda de IV predeterminada e o segundo filtro (10) não deixa, e a disposição de detector apresenta dois detectores (14,15), dos quais cada um está combinado a um filtro (9,10). Pretende-se simplificar a aplicação de um sensor de IV desse tipo. Para tanto, é previsto que a banda passante de um filtro (10) esteja disposta dentro da banda passante do outro filtro (9) e o dispositivo de avaliação (8) tira uma diferença dos sinais (S1, S2) dos detectores (14,15) e a adapta ao sinal (S1) de um detector (14)”. (tradução livre)

[015] BRPI0601721-5A2 com data de depósito em 04/05/2006, que trata de “um processo de determinação do ozônio na atmosfera, por meio de medições espectrofotométricas e espectrofluorimétricas, utilizando filtros impregnados com índigo azul para coleta do gás. Análises espectrofotométricas realizadas em 600nm, processo mais comumente descrito na literatura, mostraram-se significativamente sensíveis à ação de interferentes, com relação as medidas feitas em 250nm. Estes dados permitem concluir que determinações mais confiáveis de ozônio são obtidas na região do ultravioleta. Usando o processo cuja determinação é espectrofluorimétrica, as medidas foram bastante sensíveis, uma vez que é possível a distinção entre concentrações próximas, que muitas vezes não são diferenciadas pelo processo espectrofotométrico. Além disso, a seletividade também foi superior a técnica espectrofotométrica, já que não houve interferência de nenhuma outra espécie gasosa, mesmo quando presente em concentração bem superior à de ozônio”.

[016] O documento DE2008000422 com data de depósito em 10/03/2008 (“METHOD AND DEVICE FOR THE DETECTION AND IDENTIFICATION OF FASES IN AIRPLANE INTERIOR SPACES”), referente a “um método genérico para a detecção e identificação de gases nos espaços interiores dos aviões e um dispositivo associado, pequeno e gerenciável, possui um design simples e permite a detecção e identificação imediata e simultânea dos gases a serem examinados. Isto é conseguido no fato de que o ar de suprimento do espaço interior do avião (20) é alimentado a um dispositivo de medição (1) e os resultados de medição do dispositivo de medição (1) são analisados por meio de métodos matemáticos. Tais métodos e os dispositivos associados para a detecção e identificação de gases nos espaços interiores dos aviões são utilizados para detectar e verificar gases, particularmente odores e gases explosivos e/ou gases nocivos à saúde das pessoas”. (tradução livre)

[017] O documento IB2010051043 com data de depósito em 10/03/2010 (“GAS SENSING USING ULTRASOUND”), que versa “um chip sensor (1030) para gás, dotado de células (200) para emitir e receber ultrassom e é configurado para uma faixa de frequência suficientemente grande e para medir a concentração de pelo menos um dos componentes de gás com base em pelo menos duas respostas dentro da faixa. A faixa de frequência pode ser alcançada variando o tamanho das membranas celulares (230), variando as voltagens de polarização e/ou variando a pressão do ar. O chip do sensor pode ser aplicado, por exemplo, na capnografia. Uma câmara de ar de medição (515) é implementada na via respiratória (400) e ela e/ou a via podem ser projetadas para reduzir a turbulência na respiração exalada (120) sujeita a interrogação por ultrassom. O chip (1030) pode ser implementado como independente no monitoramento de parâmetros, evitando a necessidade de sensores fora do chip” (tradução livre).

[018] CN201548485, de 11/08/2010, que revela um sistema de detecção de segurança de gás no veículo. A solução técnica adotada pelo modelo de utilidade para resolver os problemas técnicos é caracterizada por: o sistema de detecção de segurança de gás no veículo compreender uma unidade de detecção de gás usada para detectar o estado do gás no veículo; a unidade de detecção de gás está conectada a uma unidade de processamento conectada a uma unidade de controle de ventilação do veículo; a unidade de processamento também está conectada a uma unidade alarmante; o processamento controla a abertura/fechamento da unidade de controle de ventilação através do processamento do sinal transmitido pela unidade de detecção de gás; e o sistema de detecção de segurança de gás no veículo compreende ainda uma unidade de detecção de pessoal para detectar se uma pessoa existe no veículo e está conectada à unidade de processamento. Portanto, o sistema de detecção de segurança de gás no veículo tem as seguintes vantagens: estrutura simples e razoável, capacidade de tomar medidas automaticamente quando o gás no veículo ultrapassa um padrão e garantia de segurança do pessoal no veículo.

[019] O documento EP2011068984 com data de depósito em 28/10/2011 (“A METHOD OF CALIBRATING NA AIR SENSOR”), que é sobre dispositivo de tratamento de ar que compreende: “uma unidade de purificação de ar, configurada para purificar o ar; um sensor de ar, configurado para medir uma primeira quantidade de ar e fornecer uma saída de medição, em que a primeira quantidade de ar compreende o ar purificado pela unidade de purificação do ar; e um processador, configurado para gerar um primeiro valor com base na saída de medição do sensor de ar, de modo a calibrar o sensor de ar. Com o dispositivo de tratamento do ar de uma modalidade da invenção, o ar limpo, ou seja, o ar zero, é gerado localmente pelo dispositivo de tratamento do ar, a fim de calibrar o sensor de ar, sem a necessidade de gerar externamente o ar zero, o que traz conveniência para o usuário ou outros operadores que executam a calibração do sensor de ar do dispositivo de tratamento de ar. Outra modalidade da invenção também fornece um método para calibrar um sensor de ar de um dispositivo de tratamento de ar. O método compreende as etapas de: purificação do ar usando o dispositivo de tratamento do ar; e medir uma primeira quantidade de ar usando o sensor de ar para obter um primeiro valor de modo a calibrar o sensor de ar, em que a primeira quantidade de ar compreende o ar purificado”. (tradução livre)

[020] O documento IB2012053501 com data de depósito em 09/07/2012 (“GAS SENSING APPARATUS”), que trata de “método para detectar seletivamente a concentração de um gás alvo no ar ambiente poluído, compreendendo: fornecimento de um sensor de gás alvo (220) sensível ao gás alvo; proporcionar um primeiro fluxo de gás derivado do ar ambiente, do qual primeiro fluxo o gás alvo é substancialmente removido; proporcionar um segundo fluxo de gás derivado do ar ambiente, compreendendo substancialmente a mesma concentração de gás alvo que o ar ambiente; expor o sensor de gás alvo ao primeiro fluxo de gás durante um primeiro intervalo de tempo e obter do sensor um primeiro sinal de saída (Smf); expor o sensor de gás alvo ao segundo fluxo de gás durante um segundo intervalo de tempo não se sobrepondo ao primeiro intervalo de tempo e obter um segundo sinal de saída (Smu); calcular a diferença (S? ) entre o primeiro e o segundo sinais de saída; calcular a concentração do gás alvo a partir da diferença de sinal calculada (S? )”. (tradução livre)

[021] O documento US2016/0103111A1 com data de depósito em 14/10/2014 (“OCCUPANT SAFETY SYSTEM WITH CO2 DETECTION”), que ensina “um sistema de segurança dos ocupantes de um veículo inclui um sensor de dióxido de carbono (CO2) e um controlador. O sensor de CO2 é configurado para determinar uma concentração de CO2 em uma cabine de passageiros do veículo enquanto o veículo não está em operação, ou seja, estacionado. O controlador está configurado para determinar que a cabine de passageiros é ocupada por um ocupante com base na concentração de CO2 em uma cabine de passageiros enquanto o veículo não está em operação. Se a concentração de CO2 for uma preocupação enquanto o veículo não estiver em operação, o sistema poderá responder ativando um meio de notificação, como uma buzina ou alarme do veículo, ou ventilando a cabine de passageiros, abrindo as janelas ou acionando um ventilador de um sistema HVAC do veículo” (tradução livre).

[022] Conhecidos os documentos, infere-se que o fim precípuo é a detecção e identificação de gases, inclusive o CO2, ora na atmosfera, ora em ambientes determinados, como é o caso de DE2008000422 e US2016/0103111A1, respectivamente aplicados a espaços internos de aviões e na cabine de veículos automotores estacionados, com o motor desligado.

[023] Outras funcionalidades são demonstradas, independentemente do ambiente ao qual se aplicam, inclusive de purificação e filtragem do ar em variadas aplicações, como no caso das patentes US1999027788, DK2005000381, IB2012053501 e IB2010051043, esta última aparentemente para a via respiratória; ou especificamente na atmosfera, como o documento BRPI0601721-5A2.

[024] O documento EP2011068984 se refere a processo de purificação do ar e não especifica a ambiência de utilização, isto é, se em ambiente fechado ou se na atmosfera, ao passo que o documento EP2014061811 faz alusão à medição transcutânea de uma concentração de gás.

[025] O estado da técnica tal como revelado nos documentos apontados é aperfeiçoado no objeto do presente relato, que trata da renovação do ar em cabines de automóveis por meio do sistema de ventilação original, que pode ser, quando em estado de uso o automóvel, o ventilador ou o condicionador de ar, associado ou não à abertura parcial de pelo menos uma das janelas, acionados manualmente após sinal sonoro ou luminoso para que o motorista o faça, ou automaticamente, associado ou não ao destravamento das trancas das portas, em situação de desuso, na inação do motorista ou eventual ocupante da cabine e diante da incidência de taxas indesejadas da concentração de CO2.

[026] Não é revelada a possibilidade de uso independente da ignição do automóvel, ao passo que a matéria ora postulada trata do monitoramento e funcionalidades tanto com o veículo em funcionamento quanto após o desligamento da ignição, caso em que o autuador realiza as demais funções do sistema automaticamente: o acionamento do ventilador/exaustor, que pode ser também o condicionador de ar original, e dos mecanismos de abertura parcial de pelo menos uma, ou total de todas as janelas da cabine e, em casos extremos, o destravamento das portas.

[027] Quando desligada a ignição do automóvel, o dispositivo monitora o interior da cabine, emitindo sinal sonoro ou luminoso se detectada taxa de concentração igual ou superior a 1000 ppm, para que eventuais ocupantes promovam a renovação do ar pelo acionamento do sistema de ventilação. Decorridos 5 minutos sem que a concentração de CO2 se tenha reduzido ao limite de 1000 ppm, o autuador do dispositivo acionará o destravamento das portas. Para evitar a incidência de concentrações nocivas, o dispositivo adiciona 400 ppm para que o sensor registre 1000 ppm antes de alcançado esse limite.

[028] Quando ligada a ignição e detectada concentração igual ou maior que 1000 ppm, considerado o acréscimo de 400 ppm, o dispositivo emitirá sinal sonoro ou luminoso para que o motorista acione o sistema de ventilação, que pode ser o ventilador ou o condicionador de ar original do automóvel. No caso da inação do motorista, o autuador do dispositivo acionará o sistema de ventilação por até 5 minutos e, depois, caso a concentração permaneça elevada, a abertura parcial de pelo menos uma das janelas da cabine.

[029] Isto posto, embora pressuponham a existência de anterioridades como as que foram encontradas, os aperfeiçoamentos propostos trazem significativas melhoras funcionais, na medida que, em estado de uso do automóvel e se detectada concentração nociva de CO2, o dispositivo emite sinal sonoro ou luminoso por 20 segundos para que seja acionado pelo motorista o sistema de ventilação, que pode ser o ventilador ou o condicionador de ar original do automóvel, ou abra pelo menos uma das janelas da cabine. No caso da inação do motorista, o autuador do dispositivo acionará o sistema de ventilação, e se a concentração não diminuir a níveis inferiores a 1000 ppm, a abertura parcial de pelo menos uma das janelas.

[030] Em situação de desuso do automóvel e acionada a ignição por eventual ocupante da cabine, o dispositivo acrescentará 400 ppm à leitura do sensor, provendo a renovação do ar através do sistema de ventilação que funcionará por até 5 minutos. Se o limite aceitável de concentração não for alcançado, o autuador do dispositivo acionará a abertura total das janelas da cabine, o que não é revelado no estado da arte.

[031] Sendo ou não acionada a ignição do automóvel, e se persistirem concentrações em taxas iguais ou maiores que 1000 ppm, o autuador do dispositivo acionará a abertura total das janelas da cabine e, não havendo registro de redução das taxas de concentração, acionará ainda o destravamento das portas da cabine, o que não é revelado no estado da arte.

[032] Nesse sentido, dispositivo é provido de sensor programado com acréscimo de 400 ppm para que eventual concentração de CO2 seja detectada antes de alcançado o limite recomendado de 1000 ppm, o que também não é revelado no estado da arte.

SUMÁRIO DO OBJETO DA PATENTE

[033] O dispositivo (1) para a renovação do ar ora relatado atua independentemente da ignição (8) do motor do automóvel, de modo que, em caso de uso normal do veículo, emita sinal sonoro ou luminoso (4) para que o motorista acione o sistema de ventilação (5), que pode ser o ventilador ou o condicionador de ar (5), ou abra parcialmente pelo menos uma das janelas (6) da cabine.

[034] Em situação de desuso, o sinal sonoro ou luminoso (4) é acionado para que o eventual ocupante da cabine ligue a ignição (8) do veículo acrescentando-se na leitura do sensor 400 ppm ao limite recomendável de 1000 ppm para que, se atingidas as taxas de concentração (3) de CO2 iguais ou maiores ao limite pré-programado, o autuador (9) do qual o dispositivo (1) é provido acione a abertura total das janelas (6) e eventualmente o destravamento das portas (10), caso a concentração (3) de CO2 permaneça elevada.

[035] Caso o motorista não promova a renovação do ar manualmente em situação de uso normal do automóvel, o referido autuador (9) acionará o sistema de ventilação (5) e eventualmente a abertura parcial de pelo menos uma das janelas (6) da cabine.

[036] Na inação de eventual ocupante, e se persistirem concentrações em taxas iguais ou maiores que 1000 ppm, o autuador do dispositivo acionará a abertura total das janelas da cabine e, não havendo registro de redução das taxas de concentração, acionará ainda o destravamento das portas da cabine.

DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

[037] A caracterização dos aperfeiçoamentos ora descritos é dada por meio de desenhos com remissão numérica e consecutiva, que expressam a forma preferencial de se realizar o objeto e fundamentam sua descrição, demonstrando aspectos construtivos e operativos porventura subentendidos, determinando precisamente a tutela postulada. Tais figuras são meramente ilustrativas e podem apresentar variações. Dessa forma:

[038] A Figura 1 descreve, em diagrama de blocos, a partir do sensor (2) e da detecção de taxas de concentração (3) de CO2 em níveis iguais ou maiores que o valor pré-programado de 1000 ppm, na coluna direita, a sequência de operações em situação de uso do automóvel: emissão de sinal sonoro ou luminoso (4) para que o motorista acione o sistema de ventilação (5) que, neste caso, pode ser o ventilador ou o condicionador de ar original (5), ou a abertura de pelo menos uma das janelas (6) da cabine; ou, na inação do motorista, o acionamento do sistema de ventilação (5) e até da abertura parcial de uma das janelas (6) a partir do autuador (9). Na coluna esquerda, a sequência de operações quando em situação de desuso o automóvel, após a detecção de taxas de concentração (3) de CO2 em níveis iguais ou maiores ao valor pré-programado de 1000 ppm: emissão de sinal sonoro ou luminoso (4) para que o eventual ocupante da cabine ligue a ignição (8) do automóvel que acionará, através de autuador (9), o sistema de ventilação (5) por até 5 minutos. Sem que a concentração de CO2 diminua no interior da cabine, o autuador (9) acionará o mecanismo de abertura total das janelas (6) e, se persistirem as taxas elevadas de concentração, o destravamento das portas (10). No caso da inação do eventual ocupante da cabine, por meio do autuador (9) o dispositivo acionará o sistema de ventilação (5) associado aos mecanismos de abertura das janelas (6) e de destravamento das portas (10), sempre que a taxa de concentração do CO2 se mantiver elevada. A mesma figura informa ainda a presença de bateria (7).

[039] A Figura 2 demonstra, em perspectiva súpero-posterior, a configuração construtiva preferencial do dispositivo (1), podendo-se ver as conexões de uso comum, de instalação.

[040] A Figura 3 demonstra, em perspectiva súpero-anterior, a mesma configuração construtiva, com destaque para o posicionamento preferencial do display (4).

DESCRIÇÃO DETALHADA DO OBJETO DA PATENTE

[041] O CO2 é um subproduto da respiração, o que significa que sua concentração aumenta rapidamente numa cabine de automóveis ocupada por pessoas ou animais. Testes sugerem que concentrações maiores que 1000 ppm podem causar sonolência e que idade e condição respiratória fragilizam pessoas e animais que as inalem.

[042] A literatura informa que concentrações maiores que uma parte por milhão (1000 ppm) têm potencial nocivo. Sem que o ar seja renovado, especialmente crianças, idosos e animais, correriam riscos muito graves.

[043] Em contrapartida, em ambientes sem a presença de pessoas ou animais a variação dos níveis de CO2 é muito baixa. Pouco tempo é suficiente para que os níveis de concentração do gás caiam gradualmente numa cabine desocupada.

[044] Observou-se que quando um adulto respira no interior de uma cabine típica de passageiros de automóvel, com as janelas fechadas, a concentração de CO2 aumenta cerca de 300 ppm (concentração típica de ar fresco de 250 ppm a 400 ppm) por minuto, podendo alcançar 1500 ppm em 15 minutos.

[045] Tendo-se à conta as observações pertinentes ao estado da arte, é objeto do presente relatório dispositivo (1) para a renovação do ar especialmente, que monitora a taxa de CO2 por meio de sensor (2) e atua independentemente da ignição (8) do motor do automóvel.

[046] Detectada a concentração (3) de CO2 em níveis iguais ou maiores que 1000 ppm e considerado o acréscimo pré-programado de 400 ppm na leitura do sensor (2), o dispositivo (1) emitirá sinal sonoro ou luminoso (4) para que o motorista acione o sistema de ventilação (5), que pode ser o ventilador ou o condicionador de ar (5) originais do automóvel, ou a abertura parcial de pelo menos uma das janelas (6) da cabine, na hipótese de estar em uso o automóvel. Em situação de desuso, o sensor (2) de CO2 monitorará o ambiente da cabine e se detectar concentração (3) no limite pré-programado igual ou acima de 1000 ppm, emitirá sinal sonoro ou luminoso (4) para que eventuais ocupantes acionem a ignição (8) do automóvel.

[047] Referido limite pré-programado corresponde a um acréscimo de 400 ppm, de modo que o sensor (2) registre 1000 ppm quando a concentração (3) de CO2 for de aproximadamente 600 ppm no interior da cabine.

[048] Independentemente da ação do eventual ocupante da cabine, uma vez atingido o limite de 1000 ppm e após a emissão de sinal sonoro ou luminoso (4), o autuador (9) acionará o sistema de ventilação (5) por até 5 minutos, após o que, sem que a concentração (3) tenha diminuído, acionará o mecanismo de abertura das janelas (6) e, ainda, em persistindo a concentração de CO2, o de destravamento das portas (10).

[049] Acionada a ignição (8) do automóvel pelo eventual ocupante da cabine, o sensor (2) de CO2 acrescentará 400 ppm à leitura para que, caso atingido o limite pré-programado, novamente emita sinal sonoro ou luminoso (4) para o acionamento do sistema de ventilação (5), que pode ser o ventilador ou o condicionador de ar original (5) do automóvel.

[050] Embora os aperfeiçoamentos em comento tenham sido descritos em termos das suas formas de realização preferidas, não se pretende que sejam limitados, mas apenas na extensão estabelecida nas reivindicações a seguir.

[051] O dispositivo (1) pode fornecer uma indicação da qualidade do ar no ambiente via display (4) ou computador de bordo.

[052] O exemplo da figura 1 propõe que o dispositivo (1) é usado na cabine de automóveis, podendo incluir um processador não demonstrado, como um microprocessador ou outro circuito de controle. Tais circuitos podem ser analógicos ou digitais, incluindo circuitos integrados específicos de aplicação (ASIC) para o processamento de dados, como é de conhecimento de um técnico no assunto.

[053] O dispositivo (1) pode incluir memória não volátil, tal como memória de leitura reprogramável apagável eletronicamente (EEPROM) para armazenar uma ou mais rotinas, limites e dados capturados, que podem ser executadas pelo processador tendo em vista as etapas para acionar sistema de ventilação, que pode ser o ventilador ou o condicionador de ar originais do automóvel, a abertura das janelas e o destravamento das portas da cabine.

[054] O dispositivo (1) é provido de comandos (9) autuadores que acionam o sistema de ventilação (5) e, quando necessário, os mecanismos de abertura parcial de pelo menos uma das janelas (6) da cabine, em situação de uso do automóvel, ou total de todas as janelas (6) seguida pelo eventual destravamento das trancas das portas (10), em situação de desuso do automóvel.

[055] Quanto à instalação do dispositivo (1) em automóveis que não o tenham como item de fábrica, considerando que a densidade molecular do CO2 é mais alta que os principais componentes da atmosfera típica, é apropriado que seja realizada preferentemente no painel de instrumentos do veículo.

Claims

DISPOSITIVO PARA RENOVAÇÃO DO AR NA CABINE DE AUTOMÓVEIS, que compreende sensor (2) configurado para detectar concentrações (3) de CO2 associado a autuador (9) para o acionamento do sistema de ventilação (5) e dos mecanismos de abertura das janelas (6) e destravamento das portas (10), caracterizado por o sensor (2) detectar a incidência de taxas de CO2 iguais ou maiores que os limites pré-programados com acréscimo de 400 ppm ao limite recomendado de 1000 ppm, emitir sinal sonoro ou luminoso (4) por 20 segundos para que o motorista acione manualmente o sistema de ventilação (5) ou abra parcialmente pelo menos uma das janelas (6) da cabine, e acrescentar segunda vez 400 ppm ao limite pré-programado, quando em situação de uso o automóvel.
DISPOSITIVO PARA RENOVAÇÃO DO AR NA CABINE DE AUTOMÓVEIS, de acordo com a reivindicação n° 1, caracterizado por o sensor (2) emitir sinal sonoro ou luminoso (4) por 20 segundos ou até que seja acionada a ignição (8) do automóvel manualmente, e acrescentar segunda vez 400 ppm ao limite pré-programado, quando em situação de desuso o automóvel.
DISPOSITIVO PARA RENOVAÇÃO DO AR NA CABINE DE AUTOMÓVEIS, de acordo com a reivindicação n° 1, caracterizado por o autuador (9) suprir a inação do motorista e acionar o sistema de ventilação (5) por até 5 minutos e a abertura parcial de pelo menos uma das janelas (6) da cabine se não houver redução da concentração de CO2.
DISPOSITIVO PARA RENOVAÇÃO DO AR NA CABINE DE AUTOMÓVEIS, de acordo com a reivindicação n° 3, caracterizado por o autuador (9) suprir a inação de eventual ocupante da cabine e acionar o sistema de ventilação (5) original por até 5 minutos, e o sensor (2) de CO2 acrescentar 400 ppm ao limite pré-programado.
DISPOSITIVO PARA RENOVAÇÃO DO AR NA CABINE DE AUTOMÓVEIS, de acordo com as reivindicações n°s 3 e 4, caracterizado por o atuador (9) acionar a abertura total das janelas (6) caso o limite de concentração não seja alcançado pela ação do sistema de ventilação (5), e o sensor (2) de CO2 acrescentar 400 ppm ao limite pré-programado.
DISPOSITIVO PARA RENOVAÇÃO DO AR NA CABINE DE AUTOMÓVEIS, de acordo com a reivindicação n° 5, caracterizado por o autuador (9) acionar o destravamento das portas (10) da cabine quando o sistema de ventilação (5) e a abertura das janelas (6) não forem suficientes para redução da concentração de CO2 no interior da cabine.