BR202020013110U2 - Disposição introduzida em peneira vibratória de alta frequência e de alta capacidade por via úmida e/ou seca e seu processo de peneiramento - Google Patents

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Luiz Wagner Veloso Reis
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disposição introduzida em peneira vibratória de alta frequência e de alta capacidade por via úmida e/ou seca e seu processo de peneiramento. a presente patente de modelo de utilidade compreende uma disposição introduzida em dispositivo de peneiramento vibratório de alta frequência e de alta capacidade, por via úmida ou seca, com inovação inserida na divisão dos extratos no mesmo deck e modo de vibração de telas independente nos diferentes extratos do conjunto de peneiramento, atribuindo baixa demanda de energia por tonelada processada e baixo stress metálico na caixa e na estrutura de sustentação, o que exige menor robustez e consequentemente menor peso ao conjunto, com alta capacidade de peneiramento determinada pela possibilidade variar a amplitude e frequência de vibração nos diferentes extratos, individualmente, em cada deck, onde cada moto vibrador pode ser calibrado conforme material e carga, podendo ser ajustada pela amplitude, de maneira independente nos extratos de forma a mantem os granulados sempre em contato com a tela, evitando que estes fiquem saltando “quicando”, e a frequência ajustada, em cada extrato, promovendo uma constância de movimento de modo que este conjunto faz com que esta partícula “role” sobre a tela com uma velocidade constante partícula pela abertura da malha, o que aumenta a eficiência do peneiramento e a capacidade produtiva, fenômeno este que proporciona o aumento da probabilidade de passagem da partícula pela abertura da malha, o que aumenta a eficiência do peneiramento e a capacidade produtiva.

Description

DISPOSIÇÃO INTRODUZIDA EM PENEIRA VIBRATÓRIA DE ALTA FREQUÊNCIA E DE ALTA CAPACIDADE POR VIA ÚMIDA E/OU SECA E SEU PROCESSO DE PENEIRAMENTO
1. Refere-se a presente patente de modelo de utilidade que diz respeito a uma disposição introduzida em peneira vibratória de alta frequência e de alta capacidade por via úmida ou seca, cuja aplicação se dá no segmento da indústria da mineração e da metalurgia, projetada utilizando uma inovação inserida no processo de divisão dos extratos no mesmo deck e modo de vibração de telas independente nos diferentes extratos do conjunto de peneiramento, atribuindo baixa demanda de energia por tonelada processada e baixo stress metálico na caixa e na estrutura de sustentação, o que exige menor robustez e consequentemente menor peso ao conjunto.
2. Ora, a alta capacidade de peneiramento é determinada pela possibilidade de variar a amplitude e frequência de vibração nos diferentes extratos, individualmente, em cada deck, onde cada moto vibrador pode ser calibrado conforme material e carga. O ajuste de amplitude, de maneira independente nos extratos, mantem os granulados sempre em contato com a tela, evitando que estes fiquem saltando "quicando", e a frequência ajustada, em cada extrato, promove uma constância de movimento de modo que este conjunto faz com que esta partícula "role" sobre a tela com uma velocidade constante pela abertura da malha, o que aumenta a eficiência do peneiramento e a capacidade produtiva, fenômeno este que proporciona o aumento da probabilidade de passagem da partícula pela abertura da malha, o que aumenta a eficiência do peneiramento e a capacidade produtiva.
Fundamentos da Invenção
3. A extração de recursos minerais ao redor do planeta configura a movimentação de bilhões de toneladas de minério a cada ano, sendo que este é processado e beneficiado pelos mais diversos processos industriais, buscando converter esses recursos em produtos uteis para a humanidade. Durante o processamento industrial dos recursos minerais é seguro afirmar que grande parte desses materiais passam pela etapa de classificação por peneiramento.
4. O conceito de peneiras vibratórias foi introduzido durante a década de 1910, cujo dispositivo consiste em um equipamento simples, compostos por chassis em aço, que permitia o encaixe de algum tipo de superfície de classificação por tamanho, em suas laterais, eram inseridos eixos passantes com contrapesos que giram. Nessa época, as peneiras eram constituídas basicamente de dois ou quatro rolamentos e possuíam movimento circular. A rotação desses eixos causava vibrações nos chassis, dando origem às primeiras peneiras vibratórias.
5. Nos anos 1920 e começo dos 1930, o desenho desses chassis, assim como os mecanismos de vibração, apresentaram melhorias consideráveis, sendo que, na década de 1940, peneiras vibratórias passaram a ser equipamentos de grande importância nas usinas de beneficiamento (Fred Bond, 1983).
6. Por ser um dispositivo que responde a diversos esforços de natureza vibratória, as peneiras são equipamentos mecânicos muito exigidos e por isso mais suscetíveis à fadiga. Assim, as peneiras requerem uma maior atenção tanto nas manutenções (preventiva, corretiva e preditiva) quanto na sua operação. A escolha correta do modelo e do tamanho de peneira é fundamental para a eficiência de todo o processo.
7. Segundo Chaves (2009), o peneiramento consiste na separação de uma população de partículas em duas frações de tamanhos diferentes, mediante a sua exposição a um gabarito de abertura fixa predeterminada, onde cada partícula tem apenas a possibilidade de passar ou de ficar retida. Os dois produtos gerados pelo processo são denominados de oversize, ou retido, e undersize, ou passante. Os gabaritos podem ser grelhas de barras paralelas, telas de malhas quadradas, telas de malhas retangulares, telas de malhas alongadas, telas de fios paralelos, chapas perfuradas ou placas fundidas.
8. O peneiramento abrange uma gama enorme de aplicações, modelos e tamanhos. As grelhas fixas, por exemplo, podem ter aberturas de diversas dimensões, como por exemplo de até 800 mm, com trilhos reforçados para receber os blocos gerados durante o processo de desmonte na mina. Essa grelha tem a função de evitar que matacões adentrem o britador primário. Outro exemplo seria o de uma peneira vibratória com a função de desaguamento, que pode ser equipada com telas de aberturas próximas a 0,3mm, atuando mais como um filtro para permitir a passagem de água.
9. As peneiras vibratórias possuem atributos específicos, que variam de acordo com a etapa no processo de beneficiamento e sua aplicação. Equipamentos industriais para peneiramento vibratório podem ser subdivididos genericamente em grelhas vibratórias inclinadas, peneiras vibratórias inclinadas, peneiras vibratórias horizontais, peneiras de alta frequência, peneiras vibratórias para moinho SAG, dentre outras.
10. O peneiramento é dito "a seco" quando efetuado com o material na sua umidade natural e "a úmido" ou "via úmida" quando o material é a limentado na forma de uma polpa ou recebe água adicional através de sprays convenientemente dispostos sobre os decks de peneiramento (Chaves, 2009).
Principais Conceitos de Peneiramento
11. Um número considerável de modelos que preveem o desempenho das peneiras vibratórias foi desenvolvido ao longo dos anos. Os resultados desses modelos podem variar dependendo das premissas assumidas, porém todos se baseiam em dois grandes conceitos fundamentais sobre peneiramento, que são a estratificação e a probabilidade de separação (Mellor, 1990).
12. Estratificação é o processo de segregação de partículas que resulta do movimento vibratório. As partículas maiores, devido à maior quantidade de movimento, são lançadas a alturas maiores, posicionando-se em camadas superiores, enquanto as partículas menores são lançadas a alturas menores e também escoam por espaços vazios, sendo assim conduzidas a camadas inferiores do deque. O resultado é, portanto, uma segregação em virtude do tamanho, o que favorece a separação por tamanho sobre a tela da peneira.
13. Os fatores inter-relacionados que afetam a estratificação são:
  • a) Percurso do material: é uma função das propriedades do minério, como granulometria e densidade, especificação do tipo de tela, espessura da camada e inclinação da peneira.
  • b) Características de funcionamento da peneira: amplitude, rotação, tipo de movimento e frequência.
  • c) Umidade superficial das partículas: o alto teor de umidade dificulta a estratificação.
14. A probabilidade de separação de uma dada partícula é função da relação entre seu tamanho e a abertura da tela. Quanto menor for o tamanho da partícula em relação à abertura da tela, mais facilmente ela passará. As partículas com tamanho 50% superior à abertura da tela têm importância reduzida para o resultado do peneiramento, pois seguem facilmente ao oversize. A quantidade relativa dessas partículas influencia principalmente o desgaste e a energia consumida pela peneira.
15. As partículas de tamanho na faixa entre a abertura e 50% superior a esta também ficam retidas, porém afetam com maior intensidade o desempenho do peneiramento. Essas partículas precisam fazer várias tentativas para passar pela abertura e, por isso, aumentam o risco de ficarem presas à tela.
16. As partículas na faixa de tamanho entre a abertura e 50% inferior a esta são denominadas de tamanho crítico, pois também precisam de várias tentativas para passar pela abertura. No entanto, como as partículas têm formato irregular, dependendo da maneira como se apresentam à abertura do peneiramento, podem simplesmente ficar presas ou não passarem, mesmo que em outras dimensões as mesmas passassem. Este tamanho é determinante para a capacidade e a eficiência do peneiramento.
17. Partículas com tamanho inferior a 50% da abertura não apresentam muita influência no peneiramento, uma vez que atravessam facilmente as malhas.
18. Partículas com tamanho muito menor do que 50% da abertura não deveriam influenciar no peneiramento, porém acabam diminuindo a eficiência em várias aplicações. Quando o minério está bem seco ou próximo à umidade zero, essas partículas tendem a passar direto pela abertura. No entanto, quando o minério está úmido, há uma tendência de as partículas superfinas se unirem ou grudarem nas mais grosseiras, ocasionando ineficiências no peneiramento. É quando se faz necessário o peneiramento em via úmida, no qual as partículas são lavadas e os finos são forçados a passar por entre as telas.
19. A Eficiência de Peneiramento é um dos aspectos técnicos mais relevantes do peneiramento. Uma peneira operando com eficiência inadequada poderá causar sérios problemas à instalação, entre os quais:
  • a) Má operação da britagem subsequente. Por exemplo, no caso de uma peneira de escalpe operar com baixa eficiência, é provável que muitos finos sigam para o britador, diminuindo respectivamente a produção e aumentando o desgaste dos revestimentos.
  • b) Sobrecarga do circuito fechado de britagem. A baixa eficiência proporciona maior carga circulante, à medida que o material fino que deveria passar, recircula no mesmo circuito.
  • c) Produtos fora de especificação. Produtos finais de beneficiamento de pedreiras podem, por exemplo, estar fora de especificação, na medida em que frações retidas contenham quantidade relativamente alta de finos. Por exemplo, no caso de uma peneira de classificação final em uma pedreira, em que o retido está contaminado com muitos finos além dos limites de tolerância.
20. A vibração nas peneiras industriais ocorre mediante excitação causada por forças de origem centrífuga, gerada pela rotação de massas excêntricas, ou contrapesos.
21. A frequência de vibração varia normalmente entre 660 rpm e 3400 rpm (Foreman, 1991), dependendo do tamanho da abertura. A maioria dos peneiramentos via seca tem frequência na faixa de 1000 +/- 200 rpm. Frequências mais rápidas são em geral utilizadas em pequenas aberturas, como as peneiras de alta frequência, que são empregadas exclusivamente em aplicação com partículas muito finas.
22. Uma expressão muito comum para peneiras industriais é relativa à força de lançamento ou força G (Fg), definida como o pico da aceleração da peneira. A aceleração é um múltiplo da aceleração gravitacional (Ag), frequência vibratória (Fv) e amplitude (Am), em um número sem dimensão, conforme a equação:
Figure img0001
Determinação da força de lançamento ou força G (Fg)
23. A amplitude e a frequência são geralmente escolhidas para proporcionar um número de 3 a 6 vezes a aceleração gravitacional, com um valor ótimo entre 3,5 e 4 vezes a aceleração gravitacional, nas peneiras vibratórias inclinadas, e entre 4,5 e 5 G nas peneiras de movimento linear (Mellor, 1990; Yell e Du Toit, 2005). Na prática, a amplitude varia entre 20 mm até valores menores que 1 mm. A maioria das aplicações em peneiras via seca utiliza amplitude na faixa 8 +/- 3 mm.
24. O peneiramento é uma separação por tamanho de partículas e também é conhecida como classificação geométrica não importando outras propriedades tais como densidade ou alguma característica química e cuja eficiência é determinada pela relação entre a quantidade de partículas que passam pela tela, quantidade de partículas que deveriam passar e a quantidade total presentes na alimentação.
25. Peneiramento é uma operação unitária que visa separar materiais sólidos granulados em faixas granulométricas notadamente superiores e inferiores a um diâmetro considerado.
26. Os princípios do peneiramento, aqui considerando as peneiras vibratórias, são iguais para qualquer tipo de granulado.
27. A peneira exerce influência sobre o material granulado através de três características físicas distintas e independentes entre si: 1 - Transporte das partículas de uma extremidade à outra do deck de peneiramento; 2 -Estratificação da camada de modo que as partículas de menores diâmetros fiquem na parte inferior; 3 - Separação do material acima e abaixo da abertura da tela.
28. O material é lançado sobre a superfície de peneiramento perdendo o seu componente vertical de velocidade. Neste ponto, toda a energia cinética é descarregada na caixa de alimentação e a direção de deslocamento do material granulado é modificada, seguindo o sentido determinado pela superfície de peneiramento. Iniciado o processo de deslocamento do material granulado imediatamente após a modificação do sentido de deslocamento, inicia-se o processo que denominado estratificação.
29. No período e espaço determinado de acordo com a granulometria do material e carga lançada, inclinação da peneira, umidade, dentre outros fatores, pelo efeito do movimento vibratório as partículas com menores diâmetros escoam por entre as partículas maiores dirigindo-se para a parte inferior da camada. A parte inferior desta camada fica sempre em contato com a superfície de peneiramento determinada por um diâmetro previamente estabelecido e desejado para o processo de separação desta camada em dois estratos - acima e abaixo do diâmetro da abertura da tela de peneiramento.
30. Considerando que a estratificação está consolidada teoricamente, mas na prática antes mesmo do fim deste inicia-se uma fase o que denominaremos de peneiramento saturado. Esta fase do processo é o início do peneiramento propriamente dito, onde as partículas estão em contato com a tela e aquelas de menor diâmetro passam pela abertura da malha pela ação da gravidade e as com maiores diâmetros são lançadas para frente devido ao movimento vibratório (oscilatório) da peneira, dirigindo-se ao ponto final do deck.
31. A probabilidade e classe de material são os fatores fundamentais do processo de peneiramento de alta frequência de alta capacidade.
32. Destaca-se o termo probabilidade, que pode ser melhor definido como a chance que uma determinada partícula possui de passar pela abertura da tela, onde a probabilidade é função da relação entre o diâmetro de abertura da tela e o diâmetro da partícula, de modo que quanto maior a diferença entre os diâmetros maior é a probabilidade de a partícula passar pela abertura da malha.
33. Destacando o termo classe de material, deve-se considerar uma determinada faixa de material granulado com diâmetros acima (d < p < 1,5d) e abaixo (0,5d < p < d) do diâmetro de abertura da tela que constitui o fenômeno denominado classe crítica.
34. A Classe Crítica determina a eficiência do peneiramento e a capacidade das peneiras, já que cada partícula necessita de várias tentativas para conseguir passar pela abertura da tela, 0,5d < p < d), ou entopem as aberturas durante o trajeto sobre a tela (d < p < 1,5d). Assim, é necessário considerar que as partículas com diâmetro p > 1,5d não tem muita influência na qualidade do peneiramento. A carga relativa a esta faixa influenciará no desgaste da tela, da peneira e da energia necessária ao processo. Da mesma forma, só que maneira contrária, também deve-se considerar que as partículas com diâmetro p < 0,5d exercem pouca influência para a qualidade do peneiramento já que atravessam facilmente a abertura da tela (malha).
35. Esta faixa é determinada por diâmetro de partículas acima de 0,5 vezes a abertura da tela e abaixo 1,5 vezes, conforme esquema abaixo.
Figure img0002
Determinação da classe crítica do peneiramento
36. O Objetivo do peneiramento é adequar o material de acordo com a granulometria para a venda final ou para um processo seguinte. Quanto maior a eficiência deste peneiramento maior será o valor final do produto.
37. A eficiência do peneiramento é o desempenho da operação de separação granulométrica do material granulado, considerando:
Figure img0003
Onde:
E = Eficiência (%)
A = Alimentação (t/h)
U = Material passante (t/h)
P = Porcentagem de material menor que a abertura da tela
Fórmula do cálculo de eficiência do peneiramento
38. A quantidade de material que passa na abertura da tela é dependente da curva granulométrica do material, o que irá influenciar na probabilidade e no grau de estratificação desta carga lançada na peneira.
39. A FIGURA 1 representa o princípio básico de funcionamento, que promove o aumento de eficiência e de produtividade, pelos ajustes de frequência e amplitude diferenciado em cada extrato individualmente.
TRECHO A - B - Espaço no deck onde o material sofre os maiores efeitos da estratificação, no qual inicia-se o processo de peneiramento.
TRECHO B - C - Trecho do fenômeno denominado peneiramento saturado, onde ocorre a máxima passagem de partículas pela abertura da tela.
TRECHO C - D - Denominado trecho de Baixa Probabilidade, pode apresentar algumas partículas com menores diâmetros que 0,5d, mas substancialmente carrega a totalidade das partículas acima de 1,5d e toda a carga de Classe Crítica. A carga de material que utiliza este trecho é menor que a carga lançada na peneira, pois deve-se considerar a parcela passante nos dois primeiros terços do deck.
DUPLO EXTRATO - A divisão em extratos, no mesmo deck de peneiramento, permite a variação de frequência e amplitude em cada extratos individualmente, e promove o aumento de eficiência do peneiramento, conferindo a este o aumento da capacidade produtiva.
40. Teoricamente pode-se definir os parâmetros que influenciam o mecanismo de peneiramento como sendo:
  • 1) Carga (ton/h) - Este parâmetro está intimamente ligado à altura da camada de estratificação e por conseguinte a largura e comprimento de cada extrato.
  • 2) Inclinação - Este é um parâmetro que varia entre 5° e 35°, considerando a média do ângulo de acamamento da maioria dos materiais granulados. A escolha do ângulo mais adequado visa facilitar o deslocamento da partícula por todo comprimento do extrato, utilizando o mínimo de energia necessária para imprimir uma componente horizontal que conjugada com a componente vertical promovida pela força da gravidade, imprime uma resultante para o movimento da partícula.
  • 3) Amplitude = A vibração produzida pelas massas excêntricas dos motos vibradores determina o valor e a calibração destes. Quanto maior a excentricidade, maior a amplitude. A amplitude determina a força que a partícula receberá para ser lançada â frente e acima. O valor ideal deveria imprimir à partícula uma força que a fizesse "rolar" por sobre tela mantendo o máximo de contato com esta, aumentando assim a probabilidade de encontrar a abertura que lhe fornecesse a passagem considerando os diâmetros evidentemente.
  • 4) Frequência de vibração - Este parâmetro é determinado por um variador de frequência que podem impregnar frequências de 1.400 até 5.000 rpm. Quanto mais fino o material a ser peneirado, maior a frequência e menor a amplitude.
41. Nas peneiras inclinadas, independentemente de serem de alta ou baixa frequência, o movimento é circular num plano vertical. A vibração, associada ao valor da amplitude, à inclinação da peneira, desloca o material, levantando-o, ajudando na estratificação e deslocando estas sobre a superfície de peneiramento.
42. Com o propósito de conferir maior flexibilidade, eficiência e maior produtividade no peneiramento, a amplitude a ser definida para o 2° Extrato poderá ser diferente da amplitude definida para o 1° Extrato, o que possibilita trabalhar com maior independência tanto a fase de Peneiramento Saturado quanto a fase de Probabilidade Baixa.
43. A determinação dos valores de amplitude e frequência são determinados de modo empírico e considerando vários conjugados de modo a atingir a maior eficiência e produtividade possível.
44. Deve-se considerar que a eficiência do peneiramento está intimamente ligada à probabilidade, e esta depende do contato da partícula com a superfície de peneiramento, assim a amplitude ajustada para o processo não deve permitir que a partícula fique saltando "quicando" na tela, e a frequência deve imprimir uma constância de movimento de modo que este conjunto faça com que esta partícula "role" sobre a tela com uma velocidade constante.
45. A peneira (1) conforme concebida visa utilizar os dois extratos de forma independente de modo a tratar o fenômeno de classificação de acordo com as fases objetivando o aumento da eficiência do conjunto.
46. O 1° extrato abriga, conforme a FIGURA 1 as fases de Estratificação e Peneiramento Saturado. O 2° extrato se encarrega de tratar a fase Baixa Probabilidade.
47. O primeiro extrato considera as características da camada de material e determina o melhor conjugado de amplitude/frequência para induzir o movimento das partículas e propiciar o peneiramento da fração menor que 0,5d (parcela do Undersize).
48. O segundo extrato receberá todo o material oversize (p >1,5d) e a Camada Crítica (0,5d< p <1,5d). O objetivo deste extrato é o processamento de parcela da camada crítica de modo a processar todo o material com granulometria na faixa 0,5d<p<d.
49. Com isso, nesse processamento tem-se cumprida a missão de separar os materiais em frações de tamanho pré-determinado, evitando contaminação de uma fração com partículas pertencentes à outra.
50. O processo de separação real, na prática, considera a inclinação da peneira e consequentemente o diâmetro efetivo, como consequência as partículas passantes são menores que a abertura da tela. A determinação do diâmetro efetivo do peneiramento é melhor compreendida através da FIGURA 2 que apresenta: d= Abertura da tela, p= abertura efetiva, β = Ângulo de Inclinação da tela, onde P=d cosβ.
51. Nesse contexto, para se conseguir um corte desejado devemos calcular a abertura da tela de peneiramento para que esta se situe pouco maior que o diâmetro de corte determinado. A este diâmetro relativo à inclinação da peneira (p = d cosβ) denomina-se de Abertura Equivalente.
52. Na prática, considera-se aceitável um produto com 3 a 5% de material com dimensões ligeiramente superiores ao tamanho especificado. No entanto, a determinação do diâmetro da tela então estará condicionada ao produto desejado com maior precisão (Undersize ou Oversize).
Detalhamento técnico do modelo de utilidade
53. A presente patente de modelo de utilidade foi desenvolvida para atuar mais precisamente na faixa da classe crítica do peneiramento, objetivando aumentar a eficiência do peneiramento e produtividade do processo, bem como, diminuir substancialmente os custos construtivos, de manutenção e operação.
54. As características desta peneira (1) conferem ao equipamento a capacidade de trabalhar em dois parâmetros simultâneo e diferenciados nas fases de Peneiramento Saturado e Baixa Probabilidade.
55. A peneira (1) trabalha com extratos de peneiramento divididos e independentes em cada deck (3), dois conjuntos de telas de borracha ou telas metálicas (4), apoiados em molas helicoidais (5), de modo que um extrato vibra com frequência e amplitudes independentes do outro no mesmo deck de peneiramento.
56. A amplitude e frequência a ser definida para o 2° Extrato poderá ser diferente da definida para o 1° Extrato, o que possibilita trabalhar com maior independência tanto a fase de Peneiramento Saturado quanto a fase de Probabilidade Baixa, o que promove eficiência e maior produtividade no peneiramento.
57. Toda a vibração é repassada para cada extrato por moto-vibradores dedicados (6). O sistema de vibração de cada extrato pode ser parametrizado individualmente de acordo com a necessidade e características do material, onde a vibração só é conferida aos extratos, isentando a caixa (2) e estrutura de sustentação da peneira (7) das ações diretas e esforços provenientes da vibração.
58. A amplitude e frequência ajustadas para o processo não permitem que a partícula fique saltando "quicando" na tela, e a frequência imprime uma constância de movimento de modo que este conjunto faz com que esta partícula "role" ficando sempre em contato com a tela em uma velocidade constante.
59. Considerando que a eficiência do peneiramento está intimamente ligada à probabilidade, e esta depende do contato da partícula com a superfície da tela de peneiramento (4), o modo de funcionamento da peneira (1), que promove o maior contato da partícula rolando sobre a tela com velocidade constante, aumenta substancialmente a probabilidade da partícula passar pela abertura da malha (4) com consequente aumento de eficiência do peneiramento e aumento de produtividade do processo.
60. A regulagem da amplitude é simples e rápida, pois a instalação dos moto-vibradores (6) na parte superior da peneira (1) permite o fácil acesso e ajuste fino, além de utilizar um variador de frequência para definir a melhor frequência de vibração em cada extrato de acordo com o material e a carga.
61. De fato, nesse modo de instalação do sistema vibração, o conjunto impõe esforço de vibração somente nas telas (4), o que evita stress metálico na caixa (2) e na estrutura de sustentação da peneira de alta frequência (7), sendo necessário chapas e vigas de menor robustez e consequentemente menor peso à peneira (1).
62. O quadro de comando possui contactores NF/NA (Normalmente Fechado/Normalmente Aberto), botões de comando, sistemas de segurança e um variador de frequência, o que permite instalar um conjunto para cada moto-vibrador (6) para proporcionar maior seletividade em aberturas de malha de menor diâmetro.
63. A Peneira de alta frequência, no modelo proposto na presente patente de modelo de utilidade pode realizar o peneiramento com maior eficiência que as peneiras convencionais. O baixo custo operacional e o baixo custo de investimento aliado à mobilidade do conjunto inserem este equipamento numa variada gama de aplicações para uma grande variedade de materiais.
64. A FIGURA 3 apresenta a vista lateral da peneira vibratória (1), instalada sobre a estrutura de sustentação (7), onde pode ser vista na parte superior o moto-vibradores dedicados (6), os decks (3), os dois conjuntos de telas de borracha ou telas metálicas (4), apoiados em molas helicoidais (5), mostrando de forma mais detalhada dessa estrutura montada nas FIGURAS 4, 6 e 7.
65. A FIGURA 5 aponta estrutura constitutiva do suporte de molas helicoidais (5), que visa diminuir o impacto das forças exercidas no ato da alimentação sobre as telas (4), moto-vibradores (6) e estrutura de sustentação (7).
66. De acordo com toda a especificação técnica supra descrita, trata-se o presente pedido de patente de modelo de utilidade a uma disposição introduzida em peneira vibratória de alta frequência e de alta capacidade por via úmida e/ou seca e seu processo de peneiramento.

Claims (3)

  1. DISPOSIÇÃO INTRODUZIDA EM PENEIRA VIBRATÓRIA DE ALTA FREQUÊNCIA E DE ALTA CAPACIDADE POR VIA ÚMIDA E/OU SECA E SEU PROCESSO DE PENEIRAMENTO, caracterizada por ser constituída por uma peneira (1), com decks divididos e independentes (3) sobre a caixa (2) e sustentados pela estrutura (7), que contém na parte superior da peneira (1) moto-vibradores (6) que regula a intensidade dos dois conjuntos de telas de borracha ou telas metálicas (4) apoiadas em molas helicoidais (5).
  2. DISPOSIÇÃO INTRODUZIDA EM PENEIRA VIBRATÓRIA DE ALTA FREQUÊNCIA E DE ALTA CAPACIDADE POR VIA ÚMIDA E/OU SECA E SEU PROCESSO DE PENEIRAMENTO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pela determinação do diâmetro efetivo do peneiramento através da abertura das telas de borracha ou telas metálicas (4), considerando o ângulo de inclinação das telas (4) em relação a peneira (1).
  3. DISPOSIÇÃO INTRODUZIDA EM PENEIRA VIBRATÓRIA DE ALTA FREQUÊNCIA E DE ALTA CAPACIDADE POR VIA ÚMIDA E/OU SECA E SEU PROCESSO DE PENEIRAMENTO, de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizada pelo processo de peneiramento de extratos secos e/ou úmidos, onde se inicia o processo de peneiramento no deck de TRECHO A-B, posteriormente extração de máxima passagem de partículas pela abertura da tela no deck TRECHO B-C e por fim a obtenção de extratos, com partículas em diâmetros menores no deck TRECHO C-D.
BR202020013110-4U 2020-06-26 2020-06-26 Disposição introduzida em peneira vibratória de alta frequência e de alta capacidade por via úmida e/ou seca e seu processo de peneiramento BR202020013110U2 (pt)

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BR202020013110-4U BR202020013110U2 (pt) 2020-06-26 2020-06-26 Disposição introduzida em peneira vibratória de alta frequência e de alta capacidade por via úmida e/ou seca e seu processo de peneiramento

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