BR202020002392Y1 - Dispositivo umedecedor para vasos de plantas de quaisquer geometrias, com identificação visual de nível de água de rega a partir da superfície da terra de cultivo - Google Patents

Abstract

DISPOSITIVO UMEDECEDOR PARA ACOMODAÇÃO EM VASOS DE PLANTAS DE QUAISQUER GEOMETRIAS, BEM COMO IDENTIFICAÇÃO VISUAL DE NÍVEL DE ÁGUA DE REGA A PARTIR DA SUPERFÍCIE DA TERRA DE CULTIVO. Para umedecer gradualmente a terra de cultivo (T) de plantas (P) através de um dispositivo umedecedor (24), moldável, por seu corpo sanfonado (8), a quaisquer geometrias de vasos (V) , indicando por sua boia, montada em um ralo (17) assentado na superfície da terra de cultivo (T), a necessidade ou não de abastecimento com água de rega (A). Para tanto, o corpo sanfonado (8) recebe, de um lado, um copo (1) ligado à ponta de acesso (3a) de um cordão permeável (3) e, do outro lado, um cotovelo (11) de sustentação de uma luva tubular vertical (14) acomodando a haste de uma boia, dirigida por um ralo côncavo (17). Assim após acompanhar a geometria do vaso (V), pelo ralo (17) o dispositivo umedecedor (24) é abastecido com água da rega (A) ao passo que o cordão permeável (3) retira esse líquido gradualmente, transferindo a u midade para a terra de cultivo (T). A necessidade abastecimento ou não é observada pela ação das extremidades da boia, cuja extremidade inferior de esfera (21) acompanha o nível de água de rega (A) interno na luva tubular vertical (14), definindo,(...).

Description

[001] Refere-se o presente relatório descritivo, a um pedido de patente de modelo de utilidade para um dispositivo desenvolvido para moldar-se a vasos de plantas de todos os formatos, através de um corpo sanfonado que recebe água de rega e, por cordão permeável transfere essa umidade gradualmente ao volume de terra de cultivo. Esse dispositivo umedecedor mostra discretamente o nível de água de rega contido no seu corpo através de uma boia exposta a partir da superfície da terra de cultivo do vaso, sinalizando o momento do abastecimento.

Comentários da técnica

[002] As plantas ornamentais, no caso específico as que vivem em vasos, evidentemente devem ser regadas, o que acarreta cuidados em relação à periodicidade e intensidade da água aplicada no volume da terra de cultivo, especialmente quando desses vegetais em ambientes internos já que o excesso ou a falta desse tipo de dosagem pode comprometer a saúde do caule, das folhas e flores, enfim, prejudicando o crescimento.

[003] Ocorre que nem sempre o cultivador está atento à rega, seja por falta de tempo ou mesmo por desatenção, sendo realmente difícil em muitos casos estabelecer essa intensidade e peridiocidade para que ocorra o crescimento normal da planta.

[004] Uma situação ideal é a de que a rega possa ser feita de forma gradual e constante, o que foi proposto pelo documento de patente BR 10 2017 025154 3, denominado “ARRANJO DE VASOS COM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO CONTÍNUA E UNIFORME DA TERRA POR CORDÃO PERMEÁVEL, E INDICAÇÃO DE NÍVEL DE ÁGUA”, de titularidade do mesmo inventor do pedido a ser descrito mais adiante. Nesse documento acima citado, a título exemplificativo, é pleiteado um vaso (1) com ressalto (3) central que é estendido a partir de seu fundo (2) e ao qual é nivelado um visor (4), sendo que, sobre esse ressalto (3) central é alojado um outro vaso (5). Esse vaso (5) interno é posicionado sobre o ressalto (3), com seu fundo transpassado por um cordão permeável (11) cujas pontas (11a) estendem-se em direção ao fundo do vaso (1) externo. Para o uso, o vaso (1) externo recebe uma esfera oca que flutua após preenchimento com água em seu fundo e que é nivelada ao seu visor (4), ao passo que o vaso (5) interno recebe a terra (e a planta) que entra em contato com o cordão permeável (11), o qual, por sua vez, tem suas pontas (11a) mergulhadas na água. Por suas pontas (11a) esse cordão permeável (1 1) vai transferindo gradualmente a água à terra, umedecendo-a, sendo o nível do líquido contido no vaso (1) verificado pelo visor (4), que deve mostrar a esfera (10). Caso a esfera (10) não apareça, o usuário deve inserir água no vaso (1). Duas imagens desse documento BR 10 2017 025154 3, acima resumido, também a título exemplificativo, são apresentadas como figura 1 para ilustrar o pedido a ser descrito mais adiante.

[005] Como se observa, essa notável solução para a irrigação gradual destina-se ao arranjo de dois vasos especificamente desenvolvidos para o projeto.

[006] Outros documentos de patente podem ser citados como por exemplo o MU 9102661-0 que protege um fio higroscópico inserido em um tubo contenedor de água de rega, que é transferida por esse fio permeável ao volume de terra de cultivo, umidificando-a gradualmente. O documento WO 2004034773, protege, dentre outros elementos, uma haste flutuante indicadora de nível de água, posicionada em alojamento na lateral entre a borda superior e o fundo do vaso, para visualização da necessidade ou não de reabastecimento de água para a planta.

Objetivo do pedido

[007] O mesmo inventor do documento BR 10 2017 025154 3 acima citado, vem, através desse novo pedido de patente, universalizar o umedecimento gradual da terra de cultivo estendendo-a para vasos de qualquer geometria, já existentes no ambiente ou que venham a ser comprados pelo cultivador. Isso ocorre através de um dispositivo umedecedor atuando também por meio de cordão permeável, porém, como novidade, desenvolvido por um corpo sanfonado, moldável ao espaço do vaso. A checagem do nível de água é também inovada através de uma pequena haste discreta e esteticamente correta, posicionada a partir de um ralo assentando na superfície da terra de cultivo contida no vaso. A visualização é instantânea, conforme a aproximação ou afastamento da extremidade de olhal da boia em relação ao ralo côncavo, observada de qualquer ponto do ambiente em que o usuário estiver indicando-lhe se a planta deve ou não receber água.

[008] Esse dispositivo umedecedor, moldável, pode ser oferecido ao consumidor juntamente com o vaso adquirido, em forma de kit, ou oferecido separadamente para ser alojado em um vaso já existente no ambiente.

[009] Explicado superficialmente passa o invento a ser melhor detalhado através dos desenhos anexos.

[010] As imagens da figura 1, como já explicado, referem-se ao estado da técnica representado pelo documento BR 10 2017 0251543.

[011] As figuras a seguir relacionadas, de 2 a 10, referem-se ao umedecedor para terra de cultivo para plantas, moldável a vasos em geral, motivo desse pedido de patente: Figura 2 - vista em perspectiva explodida mostrando todos os componentes do dispositivo umedecedor; Figura 3 - vista em perspectiva do dispositivo umedecedor montado; Figura 4 - vista lateral segundo figura anterior; Figura 5 - vista lateral em corte; Figura 6 - vista em perspectiva superior, mostrando o dispositivo umedecedor com o corpo sanfonado dobrado, moldado à geometria circular de um vaso de plantas; Figura 7 - vistas superiores de vasos de diversas geometrias, às quais molda-se o corpo sanfonado do dispositivo umedecedor; Figura 8 - vistas em sequência mostrando o dispositivo umedecedor mais ou menos estirado, graças ao seu corpo sanfonado; Figura 9 - vista ilustrativa, mostrando o dispositivo recoberto pela terra de cultivo do vaso, expondo na superfície um ralo côncavo pelo qual estende-se verticalmente a haste da boia; Figura 10 - vistas em sequência mostrando, esquematicamente, o dispositivo abastecido com a água da rega, quando então o cordão permeável transfere, por sua ponta de acesso, esse líquido gradualmente à terra de cultivo. Nessa condição a extremidade inferior de esfera da boia é empurrada para cima, na luva vertical, expondo a haste superfície acima, na terra de cultivo, a partir do ralo côncavo, indicando ao cultivador que não é necessária a rega. Com o umedecimento da terra de cultivo, a água de rega vai sendo retirada do interior do dispositivo e a boia indica tal condição com a aproximação da extremidade superior de olhal, em relação ao ralo côncavo. Com o abastecimento a partir do ralo côncavo, a extremidade inferior de esfera sobe e empurra novamente a haste acima da superfície da terra de cultivo e assim sucessivamente.

[012] Em conformidade com as figuras anexas, o “DISPOSITIVO UMEDECEDOR PARA ACOMODAÇÃO EM VASOS DE PLANTAS DE QUAISQUER GEOMETRIAS, BEM COMO IDENTIFICAÇÃO VISUAL DE NÍVEL DE ÁGUA DE REGA A PARTIR DA SUPERFÍCIE DA TERRA DE CULTIVO”, objetivo desse presente pedido de patente de modelo de utilidade, constitui-se, como mostram as figuras 2, 3, 4 e 5, a partir de um copo (1) com gancho externo (2), o qual é receptor da ponta de acesso (3a) de um cordão permeável (3), introduzido a partir de uma cânula em ângulo (4) fechada por tampa de vedação (5). Esse copo (1) possui trecho com redução de diâmetro (6) para acoplamento de uma das extremidades tubulares de (7) um corpo sanfonado (8) cuja extremidade tubular oposta (9) é ligada ao trecho com redução de diâmetro (10) de um cotovelo (11) que é levemente cônico e dotado de suporte posicionador (12), e que, pelo flange (13) de sua extremidade livre é acoplado a uma luva tubular vertical (14). Por seu bocal (15), aberto em conicidade e vazado por recorte oblongo (16) essa luva tubular vertical (14) é recoberta parcialmente por um ralo côncavo (17) preso através de dentes (18) de sua saia (19). Através dos furos, ou furo central do ralo côncavo (17), é passante a haste (20) de uma boia com extremidade inferior de esfera (21) alojada no interior da luva tubular vertical (14) e com extremidade superior de olhal (22) posicionada externamente. O corpo sanfonado (8) recebe, ainda, presilhas (23), formando assim o dispositivo umedecedor (24).

[013] Assim constituído, o dispositivo umedecedor (24) será alojado em vasos (V) para plantas (P) de quaisquer geometrias, moldando -se aos espaços internos circulares, quadrangulares, triangulares, espaços irregulares e etc., como mostra a figura 6 e a sequência da figura 7, adaptando-se também às diversas extensões de vasos (V), o que é conseguido através do corpo sanfonado (8), podendo ser dobrado, compactado ou estendido horizontalmente, como mostra a sequência da figura 8.

[014] O corpo sanfonado (8) tem o cordão permeável (3) retido junto a si, em pontos adequados, pelas presilhas (23) e, após moldado ao espaço interno do vaso (V) é recoberto pela terra de cultivo (T) de modo que na sua superfície o ralo côncavo (17) se mantenha nivelado, como mostra a figura 9.

[015] Como mostra a sequência da figura 10, estando o dispositivo umedecedor (24) abastecido com água de irrigação (A) a luva tubular vertical (14) encontra-se no nível máximo e, a partir da extremidade inferior de esfera (21) a haste (20) da boia é empurrada para ultrapassar o ralo côncavo (17), expondo a extremidade superior de olhal (22) junto à planta (P), no vaso (V). Como é mostrado na figura 10A, esse posicionamento indica ao cultivador que a planta (P) não necessita ser regada pois a partir da ponta de acesso (3a) passante pela cânula em ângulo (4) do copo (1), mergulhada na água de rega (A) contida no interior de todo o dispositivo umedecedor (24), ocorre a retirada gradual desse líquido pelo cordão permeável (3), o qual vai transferindo gradativamente essa umidade à terra de cultivo (T).

[016] À medida em que a água de rega (A) vai sendo retirada do interior do dispositivo umedecedor (24), o nível abaixa também no alojamento tubular vertical (14) fazendo que a extremidade inferior de esfera (21) acompanhe essa descida recolhendo a haste (20) até que sua extremidade de olhal (22) seja aproximada do ralo côncavo (17). Essa condição, como mostra a figura 10B, é percebida pelo cultivador de qualquer ponto do ambiente onde esteja, observando a superfície da terra de cultivo (T) junto à planta (P), indicando-lhe que o corpo sanfonado (8) deve ser novamente abastecido, o que é feito exatamente a partir do ralo côncavo (17) e assim sucessivamente como é mostrado na figura 10 C.

[017] Dessa forma, a altura da extremidade de olhal (22) da boia em relação ao ralo côncavo (17) indica, na superfície da terra de cultivo (T) do vaso (V), em qualquer ponto do ambiente em que estiver o usuário, se o mesmo deve ou não introduzir, pelo bico de despejo de uma jarra por exemplo, a água de rega (A) no interior do dispositivo umedecedor (24) para o sistema de transferência de umidade pelo cordão permeável (3).

[018] Assim, apenas visualmente o usuário mantém a saúde da planta (P), inserindo no dispositivo umedecedor (24) estritamente o volume de água de rega (A) necessário, determinado pela altura da extremidade de olhal (22) da boia. Além disso, a extremidade de olhal (22), com sua haste (20) ultrapassando o ralo côncavo (17) sobre a superfície da terra de cultivo (T) junto à planta (P) forma, no vaso (V), um ornamento.

Claims (1)

1 - “DISPOSITIVO UMEDECEDOR PARA VASOS DE PLANTAS DE QUAISQUER GEOMETRIAS, COM IDENTIFICAÇÃO VISUAL DE NÍVEL DE ÁGUA DE REGA A PARTIR DA SUPERFÍCIE DA TERRA DE CULTIVO”, desenvolvido para umedecer gradualmente a terra de cultivo (T) de vasos (V) de plantas (P) através de cordão permeável (3), sendo um dispositivo umedecedor passível de ajustar- se à geometria de qualquer vasos (V) de plantas (P) e com verificação das condições de umidificação, ou volume de água existente no conjunto umedecedor, a partir da superfície da terra de cultivo (T), onde, para tanto, o dispositivo é constituído a partir de um copo (1) dotado de gancho externo (2) e receptor da introdução de um cordão permeável (3) caracterizado por ser introduzido por sua ponta de acesso (3a) a partir de uma cânula em ângulo (4) fechada por tampa de vedação (5) do referido copo (1), o qual, através de trecho com redução de diâmetro (6) recebe o acoplamento de uma das extremidades tubulares (7) de um corpo sanfonado (8) com extremidade tubular oposta (9) acoplada ao trecho com redução de diâmetro (10) de um cotovelo (11) levemente cônico e dotado de suporte posicionador (12), e que, pelo flange (13) de sua extremidade livre é acoplado a uma luva tubular vertical (14) dotada de bocal (15) aberto em conicidade e vazado por recorte oblongo (16) recoberto por um ralo côncavo (17) preso através de dentes (18) de sua saia (19), dito ralo côncavo (17), através de seu furo central recebendo a passagem da haste (20) de uma boia, a qual tem sua extremidade inferior de esfera (21) alojada no interior da luva tubular vertical (14) e tem sua extremidade superior de olhal (22) posicionada externamente ao dispositivo umedecedor (24) assim formado, cujo corpo sanfonado (8) recebe, ainda, presilhas (23) de posicionamento do cordão permeável (3).

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