BR202019003895U2 - Disposição construtiva aplicada em equipamento de proteção contra queda com rede de segurança para construção civil - Google Patents

Abstract

disposição construtiva aplicada em equipamento de proteção contra queda com rede de segurança para construção civil. compreendido por um corpo principal formado a partir de uma estrutura tubular desmontável, constituída de haste vertical, provida nas secções inferior, mediana e superior de furos transversais passantes para acoplamento de pinos de travamento, sendo que o extremo superior do dita haste vertical é engatado um braço de sustentação, provido em sua haste vertical que na secção inferior e provido de furo transversal concêntrico ao furo e travados através do pino, dito braço e haste vertical em suas faces frontais são providas de diversos olhais, onde é inserida um fio de amarração traspassado em uma rede fixada em chumbadores em formato de u dispostos na face superior da laje, que recebem também em suas arestas externas de suportes em formato de l, para fixação do corpo principal, sendo que a rede em sua secção inferior descreve um bolsão aparador.

Description

DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA APLICADA EM EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDA COM REDE DE SEGURANÇA PARA CONSTRUÇÃO CIVIL

[0001] Refere-se o presente pedido de patente de modelo de utilidade a “DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA APLICADA EM EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDA COM REDE DE SEGURANÇA PARA CONSTRUÇÃO CIVIL”, que foi desenvolvida com a finalidade de proporcionar um equipamento capaz de receber redes de segurança para uso em construção civil e em especial na construção de edifícios, a fim de enviar queda de pessoas e/ou de materiais, dos pavimentos da obra.

Estado da técnica

[0002] A indústria da construção civil apresenta um grande número de trabalhadores vinculados às obras de edifícios e de grandes estruturas (usinas hidrelétricas, pontes, viadutos, metrôs e torres de telecomunicações). Assim, os riscos variam de acordo com a inserção nos diferentes processos de trabalho.

[0003] O alto índice de acidentes provocados por queda de altura fez com que se aprofunde no estudo e entendimento das normas e procedimentos constantes na NR - 18, sugerindo a inclusão de um plano de proteção contra acidentes de trabalho em diferença de nível, para os trabalhos de construção de prédios, usinas, enfim, todo o trabalho realizado em altura.

[0004] Os conjuntos de proteção periféricas utilizados em áreas elevadas em obras de construções civis são utensílios que visam promover segurança e proteção durante a realização das obras. Durante as operações de construção de uma obra que apresenta dois ou mais andares, primeiramente são construídas as estruturas de sustentação do edifício fazendo com que fiquem áreas abertas entre os pilares de sustentação. Essas áreas abertas se tornam grandes riscos aos operários, visitantes e até mesmo para eventuais transeuntes que estejam passando nas proximidades da obra; isso devido ao risco de eventuais quedas de ferramentas, materiais de construção ou até mesmo a queda acidental de operários e visitantes da obra. Para esses casos, as proteções são essenciais, evitando assim, que possam ocorrer referidas e inesperadas casualidades, além de proporcionar um ambiente de trabalho que provê maior proteção aos trabalhadores, o que torna um serviço muito mais seguro e com maior eficiência.

[0005] Esses conjuntos de proteção periféricas também são utilizados em escadas e em áreas de acesso aos poços de elevadores. São áreas que também apresentam grandes riscos e precisam ser protegidos, visto que a instalação dos corrimões ou acabamento que protegem as áreas laterais das escadas só são realizadas em etapas avançadas das obras; assim como as áreas de acesso aos poços dos elevadores que geralmente tem suas portas instaladas apenas durante ou após a instalação do conjunto elevador.

[0006] Os conjuntos de proteção periférica, conhecidos pelo estado da técnica, são formados basicamente por placas e dimensões fixas, onde referidas placas são formadas por uma armação retangular de tamanho único, e preenchida por uma tela metálica; essas placas de proteção se encaixam uma as outras formando uma parede de proteção, e são instaladas nos locais das áreas abertas através de um sistema de suporte formado por colunas verticais fixadas nas estruturas de concreto ou nas estruturas de blocos estruturais (alvenaria estrutural) das obras.

[0007] Esses conjuntos de proteção periféricas já conhecidos são resistentes e facilmente visíveis, proporcionando razoável proteção. Porém apresentam alguns inconvenientes, como a impossibilidade de adequação de seu comprimento em relação ao comprimento das áreas abertas a serem protegidas, isto ocorre devido ao fato das placas de proteção conhecidas possuírem tamanho fixo, já que são fabricadas em uma dimensão determinada e inalterável. Esse fato provoca uma menor eficiência da proteção periférica, visto que podem ocorrer de algumas áreas permanecerem abertas devido a falta de comprometimento das placas de proteção; assim como pode ocorrer o inverso e as placas de proteção ultrapassarem os limites dos locais de instalação do conjunto de proteção, podendo provocar outros tipos de acidente.

[0008] Além disso, o sistema de proteção periférica presente no estado da técnica apenas protege uma determinada altura limitada, determinada pelas dimensões das placas de proteção, devido ao fato de que referidas placas apenas são encaixadas umas ás outras na direção horizontal. Com isso existe a possibilidade de ocorrer os já citados inconvenientes através da área que permanece aberta acima das placas de proteção.

[0009] E entre os inconvenientes dos modelos já conhecidos no mercados, também existe o fato de que, por esses conjuntos de proteção não possuírem um sistema de anteparo em sua porção inferior, durante as obras para a construção das paredes de fechamento das áreas abertas, existe a possibilidade de pedregulhos, massa de cimento, e outros materiais de tamanho pequeno, atravessarem os vãos do conjunto de proteção e atingir outros operários ou visitantes que estejam em circulação nos pavimentos inferiores ou no térreo.

[0010] A patente MU 8702071-8 trata de uma plataforma de segurança constituída de dois perfis metálicos colocados a uma distância de 140 centímetros, presos com parafusos ao compensado de espessura adequada. A plataforma é montada antes em local seguro para depois ser instalada. Inicialmente será sustentada por cordas que passam entre argolas de içamento soldadas nos perfis metálicos. As cordas são puxadas pela laje superior e ajustadas no ponto correto de fixação. A fixação é feita por escoras metálicas reguláveis assentadas entre as lajes superior e inferior e ajustadas com pressão suficiente para firmar a plataforma. Em seguida é esticado um cabo de aço entre a argola onde passa a corda de instalação e o suporte previamente fixado na laje superior em seguida são retiradas as cordas. As argolas de içamento acima mencionadas são soldadas no entroncamento da parte frontal do perfil com a parte traseira. O encontro dos dois segmentos de perfis fazem um ângulo de aproximadamente 1500 e as argolas além de permitir o içamento e a sustentação da plataforma, reforçam a junção dos dois segmentos de perfis. Para facilitar a instalação e melhorar a segurança, os perfis metálicos, na parte que avança em cima da laje, poderão ter um limitador fixado na sua parte inferior para se apoiar no canto superior da laje. A instalação destas plataformas se torna mais segura, rápida, com menor peso e custos das atuais.

[0011] Já a patente MU 8901566-5 trata de uma plataforma aparadora de materiais em queda livre aplicado a construção civil pertencente ao campo da segurança na construção civil, constituída por um suporte projetado, composto de um suporte triangular, assemelhado a uma mão francesa, cujo vértice mais agudo, ostenta um prolongamento perfilado; acima do maior cateto do suporte triangular há uma estrutura retangular perfilada plana formada por uma esquadria de perfil metálico reforçada com perfis transversais; e conjunto de estruturas prevê uma sequência de perfis de reforço que interligam a hipotenusa do suporte triangular ao seu cateto oposto, bem como a hipotenusa a esquadria de perfil metálico da estrutura retangular: os perfis transversais da estrutura retangular ostentam acima e próximo as extremidades, pinos projetados metálicos para encaixe das tábuas de anteparo: o vértice superior em noventa graus do suporte triangular ostenta uma terminação em gancho ou "L" invertido.

[0012] Todos os sistemas citados não preveem a possibilidade de queda do operário durante a execução do serviço e também não garante uma total retenção de restos de materiais e ferramentas.

[0013] Portanto, é objetivo principal do presente pedido prover uma “DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA APLICADA EM EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDA COM REDE DE SEGURANÇA PARA CONSTRUÇÃO CIVIL”, compreendida por um corpo principal formado a partir de uma estrutura tubular desmontável, constituída de haste vertical, provida nas secções inferior, mediana e superior de furos transversais passantes para acoplamento de pinos de travamento, sendo que o extremo superior do dita haste vertical é engatado um braço de sustentação, provido em sua haste vertical que na secção inferior e provido de furo transversal concêntrico ao furo e travados através do pino, dito braço e haste vertical em suas faces frontais são providas de diversos olhais, onde é inserida um fio de amarração traspassado em uma rede fixada em chumbadores em formato de “U” dispostos na face superior da laje, que recebem também em suas arestas externas de suportes em formato de “L”, para fixação do corpo principal, sendo que a rede em sua secção inferior descreve um bolsão aparador.

[0014] Para que se possa obter uma perfeita compreensão do que fora desenvolvido, são apenas desenhos ilustrativos aos quais se fazem referências numéricas em conjunto com uma descrição pormenorizada que se segue, onde a:
Figura 1 mostra uma vista lateral do equipamento.
Figura 2 mostra uma vista lateral da estrutura tubular.
Figura 3 mostra uma vista lateral do equipamento em uma disposição variante. Figura 4 mostra uma vista lateral da estrutura tubular em uma disposição variante.

[0015] Com base no descrito e ilustrado podemos verificar que a “DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA APLICADA EM EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDA COM REDE DE SEGURANÇA PARA CONSTRUÇÃO CIVIL”, caracterizado por um corpo principal (1) formado a partir de uma estrutura tubular (2) desmontável, constituída de haste vertical (3), provida nas secções inferior (4), mediana (5) e superior (6) de furos transversais passantes (7) para acoplamento de pinos de travamento (8), sendo que o extremo superior (9) do dita haste vertical (3) é engatado um braço de sustentação (10), provido em sua haste vertical (11) que na secção inferior (12) e provido de furo transversal (13) concêntrico ao furo (5) e travados através do pino (8), dito braço (10) e haste vertical (3) em suas faces frontais (14) são providas de diversos olhais (15), onde é inserida um fio de amarração (16) traspassado em uma rede (17) fixada em chumbadores (18) em formato de “U” dispostos na face superior da laje (19), que recebem também em suas arestas externas de suportes (20) em formato de “L”, para fixação do corpo principal (1), sendo que a rede (17) em sua secção inferior (21) descreve um bolsão aparador (22).

[0016] Podemos verificar que a “DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA APLICADA EM EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDA COM REDE DE SEGURANÇA PARA CONSTRUÇÃO CIVIL”, traz enormes vantagens, pois a montagem deverá ser iniciada na parte interna da laje com o encaixe haste vertical tubular (3) e travamento com o pino (8), inserido no furo transversal passante (7) secção inferior (4) e apoiado sobre o chumbador (18), em formato de "U" fixado na face superior (19) da laje e suporte para travamento tubular com barra roscada passante, inserida na parede, preso do outro lado com uma porca equivalente e travamento da bolsa através de corda na parede, a seguir braço de sustentação deverá ser encaixado no extremo superior do tubo fixado pelos pinos de travamento.

[0017] Após a montagem, deverá ser passada a corda pelos olhais, já com a rede fixada, finalizando as partes extremas da rede deverá ser amarrada no chumbador.

[0018] Após o termino dessa operação, o tubo deverá receber uma rotação de 90° para a parte externa da obra, ficando o conjunto além da periferia da laje.

[0019] O equipamento para fixação de redes não tem ajustes, nem desmontagem na ascensão de uma laje para a outra, bastando soltar a haste vertical tubular, que prede a rede na laje, para que possa ser movimentado para a laje superior, sendo todo o trabalho executado na laje com total segurança para o operário.

[0020] Em qualquer posição em que o operário estiver trabalhando, caso ocorra uma queda, cairá dentro da bolsa formada pela rede, diferentemente do que ocorre com outros dispositivos já citados.

[0021] Pelo fato de ser destinado a segurança dos operários da construção civil tem sua montagem e desmontagem simples e para isso, a melhor opção e construi-lo em material metálico tubular de forma a ter melhor resistência ação dos agentes atmosféricos e proteger de forma adequada os operários, por atender a todos os requisitos que definem a patente de modelo de utilidade, pois combinou e modificou elementos conhecidos, dando-lhes aspecto geral e inovador e passível de industrialização, sendo que modificações poderão ser feitas sem fugir ao espirito e escopo da presente patente são as seguintes suas reivindicações.

Claims (1)

1. “DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA APLICADA EM EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDA COM REDE DE SEGURANÇA PARA CONSTRUÇÃO CIVIL”, caracterizado por um corpo principal (1) formado a partir de uma estrutura tubular (2) desmontável, constituída de haste vertical (3), provida nas secções inferior (4), mediana (5) e superior (6) de furos transversais passantes (7) para acoplamento de pinos de travamento (8), sendo que o extremo superior (6) do dita haste vertical (3) é engatado um braço de sustentação (10), provido em sua haste vertical (11) que na secção inferior (12) e provido de furo transversal (13) concêntrico ao furo (5) e travados através do pino (8), dito braço (10) e haste vertical (3) em suas faces frontais (14) são providas de diversos olhais (15), onde é inserida um fio de amarração (16) traspassado em uma rede (17) fixada em chumbadores (18) em formato de “U” dispostos na face superior da laje (19), que recebem também em suas arestas externas de suportes (20) em formato de “L”, para fixação do corpo principal (1), sendo que a rede (17) em sua secção inferior (21) descreve um bolsão aparador (22).

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