BR202017017795Y1 - Tambor de freio - Google Patents

Abstract

TAMBOR DE FREIO, em peça única fundida, tendo uma primeira parte em forma de tambor propriamente dita (1), cujo lado interno é cilindrico (2), enquanto o externo descreve normalmente uma conicidade leve (3), como também uma de suas extremidades é usualmente reforçada por um aumento de espessura definido por cordão externo (4), enquanto a extremidade oposta é definida por afunilamento (5) que, após arredondamento (6), flete para dentro e configura o tradicional flange de fixação (7) que, por sua vez, além de possuir as suas bordas abatidas por chanfraduras, distribui vários pontos de fixação (8), cada qual na forma de um rasgo radial (9) com um primeiro trecho inicial semicircular (10), menor que 180°, cujas extremidades prolongam- se em planos não paralelos (11).

Description

Setor Técnico.

[01] Mais particularmente, o presente Modelo de Utilidade refere-se a aprimoramentos técnicos e funcionais introduzidos em um tipo particular de tambor de freio fundido, normalmente utilizado em veículos de médio e grande porte, sejam eles para transporte de cargas ou de passageiros, notadamente os caminhões e ônibus.

Estado da Técnica.

[02] Como é de conhecimento, o tambor de freio é um componente mecânico que integra os tradicionais sistemas de frenagem por meio de sapatas. A sapata de freio é parte integrante do sistema de frenagem dos veículos que utilizam o sistema de freio a tambor. Sua função é produzir atrito contra o diâmetro interno do tambor, assim como uma pastilha de freio gera atrito contra o disco de freio, fazendo com que a velocidade do veículo seja controlada.

[03] Atualmente se conhece uma variedade considerável de tambores de freio, alguns fundidos e outros não, tal como ensinam, por exemplo, os documentos abaixo relacionados: BR 10 2014 004468 0 de 25/02/2014 "APERFEIÇOAMENTO EM TAMBOR DE FREIO" BR 11 2015 011724 4 de 10/10/2013 "TAMBOR DE FREIO COMPOSTO ENCAIXADO" BR 11 2012 000283 0 de 05/07/2010 "TAMBOR DE FREIO CONFORMADO COMO PEÇA FUNDIDA" MU 8901250-0 de 29/06/2009 "DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA APLICADA EM TAMBOR DE FREIO" PI 0203259-7 de 09/08/2002 "APERFEIÇOAMENTO EM TAMBOR DE FREIO PARA VEÍCULOS DIVERSOS" MU 7300250-0 de 15/02/1993 "PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE TAMBOR DE FREIO COM REFORÇO INTERNO" MU 6702673-7 de 30/11/1987 "DISPOSIÇÃO EM TAMBOR DE FREIO" MU 6702350-9 de 27/10/1987 "DISPOSIÇÃO INTRODUZIDA EM TAMBOR DE FREIO" PI 8406384-0 de 20/01/1984 "PROCESSO DE FORMACAO DE TAMBOR DE FREIO" PI 8300225-1 de 18/01/1983 "TAMBOR DE FREIO" MU 6201083-2 de 11/08/1982 "TAMBOR DE FREIO" PI 8202089-2 de 13/04/1982 "FREIO A TAMBOR DE AÇÃO DUPLA" "US6148498 de 30/07/1999" "MÉTODO DE FAZER UM ANEL DE TAMBOR DE FREIO" US6196363 de 20/07/1998 "TAMBOR DE FREIO COMPOSTO E MÉTODO PARA PRODUZIR O MESMO" US6206150 de 29/12/1998 "TAMBOR DE FREIO COMPOSTO COM UMA SAIA DE EQUILÍBRIO" US6241056 de 29/12/1998 "TAMBOR DE FREIO COMPOSTO" US6530458 de 25/07/1997 "TAMBOR DE FREIO REFORÇADO LEVE E MÉTODO PARA SUA FABRICAÇÃO" US6666309 de 23/04/2001 "TAMBOR DE FREIO DE CAMINHÃO" US7325659 de v02/02/2006 "TAMBOR DE FREIO" US8181753 de 26/12/2006 "TAMBOR DE FREIO COM ORIFÍCIO DE VENTILAÇÃO E MEIOS DE REFRIGERAÇÃO" CN105499541A de 25/11/2015 "TAMBOR DE FREIO DE DUPLO-METAL E PROCESSO DE FABRICAÇÃO" GB764282A de 15/02/1954 "MELHORIAS EM OU RELACIONADAS AOS TAMBORES DE FREIO" WO2012058883A1 de 22/02/2011 "MÉTODO DE FABRICAÇÃO DE TAMBOR DE FREIO DUPLO-METAL COM ALTA RIGIDEZ E PESO"

[04] Os documentos acima, citados apenas como exemplo, mostram que todos eles são projetados com particularidades construtivas diretamente relacionadas para produzirem diferentes efeitos, que também variam consideravelmente dependendo do veículo que utiliza tal componente automotivo. O conceito funcional de um tambor de freio é praticamente o mesmo para todos os documentos relacionados.

[05] Portanto, um tambor de freio fundido é tradicionalmente formado em peça única, com um formato de tambor propriamente dito, normalmente com um diâmetro interno adequado para montagem de todos os componentes de frenagem, ou seja, sapatas e seus atuadores. Normalmente os tambores de freios conhecidos possuem uma extremidade reforçada por uma nervura que aumenta o seu diâmetro, enquanto a extremidade oposta é normalmente projetada para dentro formando um flange que, por sua vez, distribui um colar de furos equidistantes, os quais recepcionam os parafusos de fixação do tambor ao conjunto de rodagem.

Desvantagens dos modelos convencionais.

[06] Não resta a menor dúvida de que os tambores de frenagem conhecidos apresentam características para um ótimo desempenho do conjunto, entretanto, em testes laboratoriais observou-se que o flange poderia ser modificado, principalmente no que se refere à furação de fixação do tambor de freio, pois, até hoje, tal furação é definida por apenas um colar de furos equidistantes que, no ponto de vista dos fabricantes de tal componente automotivo, ditos furos não poderiam ser modificados. Tais furos de fixação, embora sejam obrigatórios e eficientes, não concorrem para oferecer outras vantagens, exceto apenas a fixação da peça, o que é conseguido apenas de uma forma e com certa dificuldade, ou seja, o tambor de freio é encaixado ao mesmo tempo em todos os parafusos e, para tanto, a peça se aproxima somente no sentido axial até que todos os parafusos estejam alinhados com os furos, pois, somente nesta situação ocorre o encaixe correto do tambor de freio e os parafusos. Tal operação, embora seja realizada sem qualquer problema, exige cuidados e mais esforço no momento da montagem do conjunto, já que o tambor de freio fundido é uma peça normalmente com peso elevado e a sua forma dificulta as manobras necessárias para chegar ao perfeito alinhamento entre furos e parafusos, o que dificulta a manutenções preventivas e corretivas.

Objetivos do Modelo.

[07] Uma nova disposição construtiva para o flange do tambor de freio, mais particularmente "uma disposição construtiva aplicada ao colar de furos do referido flange", onde cada furo foi substituído por um encaixe em forma de rasgo radial, cuja geometria difere completamente de um "furo circular". Cada "rasgo radial" confere meios para receber o correspondente parafuso de fixação que, por sua vez, ajusta-se ao rasgo radial por aproximação radial e axial ao mesmo tempo.

[08] A configuração na forma de rasgo para encaixe de cada parafuso resultou em diferentes vantagens técnicas e práticas, entre as quais se destacam: - melhora consideravelmente os procedimentos de manutenção, tanto na retirada como na colocação do tambor de freio, pois, como já foi dito, constitui de uma peça pesada e desajeitada, entretanto, com os rasgos, as operações de colocação e retirada são facilitadas, ou seja, para colocação a aproximação e alinhamento da peça não fica restrita somente ao movimento axial, pois basta apenas aproximar o flange por sobre os parafusos mais altos e, neste ponto, pequenos movimentos de rotação aplicado ao tambor faz com que os rasgos radiais convidem automaticamente os parafusos para encaixe simultâneo em todos os rasgos; - redução de pontos de tensão no flange provocados pelo processo de usinagem dos furos de roda; - por facilitar a montagem e a desmontagem acaba também por reduzir risco de acidentes com a manutenção; - reduz o tempo de manutenção; - melhora dissipação de calor no flange; - redução da dilatação térmica do flange; - reduz o custo de manutenção; - reduz a probabilidade de ocorrência de trincas nas paredes; e - reduz o custo de fabricação devido à eliminação de um processo de usinagem;

Descrição dos desenhos.

[09] Para melhor compreensão do presente Modelo de Utilidade, é feita em seguida uma descrição detalhada do mesmo, fazendo-se referências aos desenhos exemplificativos em anexo: FIGURA 1 representa uma vista em perspectiva do tambor de freio e um detalhe ampliado de um dos rasgos radiais existentes no flange de fixação da peça; FIGURA 2 mostra outra vista em perspectiva, porém, mostrando o tambor de freio em ângulo diferente; FIGURA 3 ilustra o tambor de acordo com uma vista em elevação frontal; FIGURA 4 é uma vista mostrando o tambor de freio em corte sobre a linha indicada na figura 3; FIGURA 5 ilustra o tambor de acordo com uma vista em elevação posterior; e a FIGURA 6 representa uma vista isométrica do corte ilustrado na figura 4, incluindo um detalhe ampliado, colocando em destaque os rasgos radiais praticados no flange de fixação do tambor de freio.

[10] De acordo com estas ilustrações e em seus pormenores, o presente Modelo de Utilidade, TAMBOR DE FREIO, tal como nos modelos convencionais, apresenta-se em peça única fundida, tendo uma primeira parte em forma de tambor propriamente dita (1), tendo o lado interno cilindrico (2), enquanto o externo descreve normalmente uma conicidade leve (3), como também uma de suas extremidades é usualmente reforçada por um aumento de espessura definido por cordão externo (4), enquanto a extremidade oposta é definida por afunilamento (5) que, após arredondamento (6), flete para dentro e configura o tradicional flange de fixação (7) que, por sua vez, além de possuir as suas bordas abatidas por chanfraduras, distribui vários pontos de fixação (8), cada qual para recepção de um parafuso (não ilustrado) que faz parte integrante do conjunto de rodagem de um veículo qualquer (não ilustrado).

[11] Todos os detalhes acima descritos, de um modo geral, são comuns para a maioria dos tambores de frenagem, tal como foi demonstrado em alguns documentos acima relacionados.

[12] O modelo em questão de tambor de freio está caracterizado pelo fato de cada ponto de fixação (8) apresentar-se na forma de um rasgo radial (9) que nasce no diâmetro interno do flange de fixação (7) e desenvolve-se até próximo ao arredondamento (6).

[13] Em uma construção preferida, cada rasgo radial (9) apresenta uma geometria definida por um primeiro trecho inicial semicircular (10), menor que 180°, cujas extremidades prolongam-se em planos não paralelos (11), que se afastam com uma inclinação reduzida a partir do trecho semicircular (10), formando um trecho de convite ligeiramente cônico para o parafuso de fixação, sendo que, ainda, o dito rasgo radial (9), ou seja, a abertura semicircular (10) e os planos não paralelos (11), também descrevem suave conicidade no sentido da profundidade, ficando o lado menor na face interna do flange (7) e o lado maior na sua face externa.

[14] Como se percebe, após o que foi exposto e ilustrado, o objeto em questão, TAMBOR DE FREIO, enquadra-se perfeitamente dentro dos critérios que definem o Modelo de Utilidade, pois, além de ser suscetível de aplicação industrial, também apresenta nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulta em melhoria funcional no seu uso e em sua fabricação, concretizando assim todas aquelas vantagens anteriormente relacionadas, pois, nota-se que o rasgo (9)substitui a tradicional furação e constitui encaixe preciso para cada parafuso de fixação do tambor.

Claims (1)

1) TAMBOR DE FREIO, em peça única fundida, tendo uma primeira parte em forma de tambor propriamente dita (1), cujo lado interno é cilindrico (2), enquanto o externo descreve normalmente uma conicidade leve (3), como também uma de suas extremidades é usualmente reforçada por um aumento de espessura definido por cordão externo (4), enquanto a extremidade oposta é definida por afunilamento (5) que, após arredondamento (6), flete para dentro e configura o tradicional flange de fixação (7) que, por sua vez, além de possuir as suas bordas abatidas por chanfraduras, distribui vários pontos de fixação (8); caracterizado pelo fato de cada ponto de fixação (8) apresentar-se na forma de um rasgo radial (9) que nasce no diâmetro interno do flange de fixação (7) e desenvolve-se até próximo ao arredondamento (6), como também cada rasgo radial (9) apresenta uma geometria definida por um primeiro trecho inicial semicircular (10), menor que 180°, cujas extremidades prolongam-se em planos não paralelos (11), que se afastam com uma inclinação reduzida a partir do trecho semicircular (10), formando um trecho de convite ligeiramente cônico, sendo que, ainda, cada rasgo radial (9), definido pela abertura semicircular (10) e os planos não paralelos (11), também descreve suave conicidade no sentido da profundidade, ficando o lado menor na face interna do flange (7) e o lado maior na sua face externa.

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