BR112021003839A2 - processos para preparar um inibidor mdm2 - Google Patents

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Michael Corbett
Austin Smith
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Abstract

PROCESSOS PARA PREPARAR UM INIBIDOR DE MDM2. A presente invenção fornece processos comerciais para a preparação de 2-((3R, 5R, 6S)-5-(3-clorofenil)-6-(4-clorofenil)-l-((S)-l-(isopropilsulfonil)-3-ácido metilbutan-2-il)-3-m etil-2-oxopiperi din-3-il) acético, bem como seus intermediários do mesmo.

Description

PROCESSOS PARA PREPARAR UM INIBIDOR DE MDM2
CAMPO DA INVENÇÃO
[001] A presente invenção fornece processos para preparar ácido 2-((3R,5R,6S)-5-(3-clorofenil)-6-(4-clorofenil)-1- ((S)-1-(isopropilsulfonil)-3-metilbutan-2-il)-3-metil-2- oxopiperidin-3-il)acético (“Composto A”) e intermediários do mesmo.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[002] p53 é um supressor de tumor e fator de transcrição que responde ao estresse celular ativando a transcrição de vários genes envolvidos na parada do ciclo celular, apoptose, senescência e reparo de DNA. Ao contrário das células normais, que raramente têm uma causa para a ativação de p53, as células tumorais estão sob estresse celular constante de vários insultos, incluindo hipóxia e ativação de oncogene pró-apoptótica. Assim, existe uma forte vantagem seletiva para a inativação da via do p53 em tumores, e foi proposto que a eliminação da função do p53 pode ser um pré-requisito para a sobrevivência do tumor. Em apoio a essa noção, três grupos de pesquisadores usaram modelos de camundongos para demonstrar que a ausência da função do p53 é um requisito contínuo para a manutenção de tumores estabelecidos. Quando os investigadores restauraram a função do p53 para tumores com p53 inativado, os tumores regrediram.
[003] O p53 é inativado por mutação e/ou perda em 50% dos tumores sólidos e 10% dos tumores líquidos. Outros membros chave da via p53 também são geneticamente ou epigeneticamente alterado no câncer. A MDM2, uma oncoproteína, inibe a função do p53 e é ativado pela amplificação do gene em taxas de incidência que são relatadas como tão altas quanto 10%. A
MDM2, por sua vez, é inibida por outro supressor de tumor, pl4ARF. Foi sugerido que as alterações a jusante do p53 podem ser responsáveis por inativar, pelo menos parcialmente, a via do p53 em tumores com p53WT. Em apoio a esse conceito, alguns tumores com p53WT parecem exibir capacidade apoptótica reduzida, embora sua capacidade de sofrer parada do ciclo celular permaneça intacta. Uma estratégia de tratamento do câncer envolve o uso de pequenas moléculas que se ligam à MDM2 e neutralizam sua interação com o p53. A MDM2 inibe a atividade do p53 por três mecanismos: 1) agindo como uma ubiquitina ligase E3 para promover a degradação do p53; 2) ligação e bloqueio do domínio de ativação transcricional de p53; e 3) exportação de p53 do núcleo para o citoplasma. Todos os três mecanismos seriam bloqueados pela neutralização da interação MDM2-p53. Em particular, essa estratégia terapêutica pode ser aplicada a tumores que têm p53WT, e estudos com inibidores de MDM2 de moléculas pequenas produziram reduções promissoras no crescimento tumoral in vitro e in vivo. Além disso, em pacientes com tumores inativados por p53, a estabilização de p53 de tipo selvagem em tecidos normais pela inibição de MDM2 pode permitir a proteção seletiva de tecidos normais de venenos mitóticos.
[004] A presente invenção se refere a um composto capaz de inibir a interação entre p53 e MDM2 e ativar genes efetores a jusante de p53. Como tal, o composto da presente invenção seria útil no tratamento de cânceres, infecções bacterianas, infecções virais, úlceras e inflamação. Em particular, o composto da presente invenção é útil para tratar tumores sólidos, tais como: tumores da mama, cólon, pulmão e próstata; e tumores líquidos, tais como linfomas e leucemias. Como usado nesse documento, MDM2 refere-se a uma proteína MDM2 humana e p53 refere-se a uma proteína p53 humana. A MDM2 humana também pode ser referida como HDM2 ou hMDM2.
[005] O composto, ácido 2-((3R,5R,6S)-5-(3-clorofenil)- 6-(4-clorofenil)-1-((S)-1-(isopropilsulfonil)-3-metilbutan- 2-il)-3-metil-2-oxopiperidin-3-il)acético (também referido aqui como Composto A) é um inibidor de MDM2 e tem a seguinte estrutura química. O Composto A é revelado no Pedido PCT publicado N° WO 2011/153509 (Exemplo N° 362) e está sendo investigado em ensaios clínicos humanos para o tratamento de vários cânceres. A presente invenção fornece processos melhorados para a preparação do Composto A, bem como compostos intermediários do mesmo.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[006] Em uma modalidade, a presente invenção fornece um processo de preparação do seguinte composto (DHO) o processo compreendendo: composto de reação (ABA)
com metoximetileno-N/N’-dimetilimínio metilssulfato. Em uma modalidade, essa reação é realizada na presença de uma base. Em uma modalidade particular, a base é um sal de metal alcalino ou um sal de metal alcalino-terroso, tal como, por exemplo, KOAc, NaOAc, LiOAc, CaCO3 e K2CO3. Em uma modalidade, a reação é realizada em um solvente. Em uma modalidade particular, o solvente é benzeno, tolueno, o-xileno, m- xileno, p-xileno, hexano, tetra-hidrofurano, acetato de etila, HMPA, HMPT, DMSO, etilenoglicol, DME, DMF, éter dietílico, acetonitrila, metanol, etanol, acetona ou misturas dos mesmos.
[007] Em uma modalidade, a presente invenção fornece um processo de preparação de composto (SUL) o processo compreendendo: composto de reação com um agente de isopropilação tal como, mas não limitado a, cloreto de isopropilssulfinato de zinco. Em uma modalidade, a reação é realizada na presença de um sal de metal alcalino terroso. Em uma modalidade particular, o sal de metal alcalino terroso é um sal de magnésio, tal como, mas não limitado a, MgBr2 ou MgCl2. Em uma modalidade particular, o agente de isopropilação é gerado in situ a partir de cloreto de isopropilmagnésio. Em uma modalidade, a reação é realizada a uma temperatura entre 100 °C e 200 °C, tal como entre 100 °C e 150 °C, tal como a 120 °C ou entre 150 °C e 200 °C, tal como 180 °C.
[008] Em uma modalidade, a presente invenção fornece uma forma cristalina de (1R,2R,4S)-2-(3-clorofenil)-1-(4- clorofenil)-4-((S)-4-isopropil-4,5-di-hidro-oxazol-2-il)-4- metilhept-6-en-1-ol (DHO) caracterizado por um padrão de difração de raios-X em pó de reflexão compreendendo picos a
7.3° ± 0,2° 2θ, 14.5° ± 0.2° 2θ, 15.8° ± 0.2° 2θ, 15.9° ±
0.2° 2θ e 23.1° ± 0.2° 2θ. Em uma modalidade, o padrão de difração de raios-X em pó de reflexão do DHO cristalino compreende adicionalmente picos a 8.5° ± 0.2° 2θ, 10.0° ±
0.2° 2θ, 11.0° ± 0.2° 2θ, 13.4° ± 0.2° 2θ, 18.8° ± 0.2° 2θ e
22.0° ± 0.2° 2θ. Em uma modalidade, o padrão de difração de raios-X em pó de reflexão do DHO cristalino compreende adicionalmente um ou mais de picos a 6.3° ± 0.2° 2θ, 10.5°
± 0.2° 2θ, 11.5° ± 0.2° 2θ, 12.8° ± 0.2° 2θ, 14.8° ± 0.2° 2θ, 15.2° ± 0.2° 2θ, 17.0° ± 0.2° 2θ, 17.5° ± 0.2° 2θ, 17.8° ± 0.2° 2θ, 18.4° ± 0.2° 2θ, 19.0° ± 0.2° 2θ, 19.7° ± 0.2° 2θ, 19.9° ± 0.2° 2θ, 2θ.7° ± 0.2° 2θ, 21.2° ± 0.2° 2θ, 21.3° ± 0.2° 2θ, 22.4° ± 0.2° 2θ, 23.6° ± 0.2° 2θ, 24.2° ± 0.2° 2θ, 24.9° ± 0.2° 2θ, 25.7° ± 0.2° 2θ, 26.3° ± 0.2° 2θ, 27.0° ± 0.2° 2θ, 28.3° ± 0.2° 2θ, 28.7° ± 0.2° 2θ, 29.3° ± 0.2° 2θ, 29.7° ± 0.2° 2θ, 30.8° ± 0.2° 2θ, 31.4° ± 0.2° 2θ, 31.8° ± 0.2° 2θ, 33.0° ± 0.2° 2θ, 34.2° ± 0.2° 2θ, 35.8° ± 0.2° 2θ, 37.0° ± 0.2° 2θ e 37.5° ± 0.2° 2θ. Em uma modalidade, a forma cristalina de DHO é um anidrato cristalino. Em uma modalidade, a difração de raios-X em pó de reflexão do DHO cristalino é realizada usando radiação Cu-Kα.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[009] As seguintes figuras representam modalidades específicas da invenção como descrito e não se destinam a limitar a invenção de outra forma.
[0010] A FIG. 1 ilustra a taxa de conversão de (3S,5R,6R)-3-Alil-5-(3-clorofenil)-6-(4-clorofenil)-3- metiltetra-hidro-2H- pyran-2-ona (DLAC) para (S)-2-((2R,3R)- 2-(3-clorofenil)-3- (4-clorofenil)-3-hidroxipropil)-N-((S)- 1-hidroxi-3-metilbutan-2-il)-2-metilpent-4-enamida (ABA) ao longo do tempo a 60 °C.
[0011] A FIG. 2 ilustra a taxa de conversão de DLAC em ABA ao longo do tempo a 115 °C.
[0012] A FIG. 3 ilustra a solubilidade de (1R,2R,4S)-2- (3-clorofenil)-1-(4-clorofenil)-4-((S)-4-isopropil-4,5-di- hidro-oxazol-2-il)-4-metilhept-6-en-1-ol (DHO) durante o processo de cristalização a 25 °C.
[0013] A FIG. 4 ilustra o rendimento de (3S,5R,6S)-3-
alil-5-(3-clorofenil)-6-(4-clorofenil)-1-((S)-1- (isopropilsulfonil)-3-metilbutan-2-il)-3-metilpiperidin-2- ona (SUL) ao longo do tempo usando cloreto de isopropilssulfinato de magnésio a 120 °C (14% em mol de água (vs naftaleno-1-sulfonato de (3S,5S,6R,8S)-8-alil-6-(3- clorofenil)-5-(4-clorofenil)-3-isopropil-8-metil- 2,3,5,6,7,8-hexa-hidro-oxazol[3,2-a]piridin-4-io, hemi- solvato de tolueno (OXOS)) na mistura reacional).
[0014] A FIG. 5 ilustra o rendimento de SUL ao longo do tempo usando cloreto de magnésio de isopropilssulfinato a 180 °C (11% em mol de água (vs OXOS) na mistura reacional).
[0015] A FIG. 6 ilustra análises RMN 1H de diferentes espécies de isopropilssulfinato em THF-d8.
[0016] A FIG. 7 ilustra o rendimento de SUL ao longo do tempo usando sulfinato de Mg-ZnCl2 a 120 °C (17% em mol de água (vs OXOS) na mistura reacional).
[0017] A FIG. 8 ilustra o rendimento de SUL ao longo do tempo usando sulfinato de Mg-ZnCl2 a 180 °C (17% em mol de água (vs OXOS) na mistura reacional).
[0018] A FIG. 9 ilustra a % de área de CL de (3R,5R,6S)- 3-((1,2,4-trioxolan-3-il)metil)-5-(3-clorofenil)-6-(4- clorofenil)-1-((S)-1-(isopropilsulfonil)-3-metilbutan-2- il)-3-metilpiperidin-2-ona (OZO) em relação a % em peso de água na mistura reacional a 20 °C.
[0019] A FIG. 10 ilustra um esquema de um aparelho para ozonólise de modo contínuo e oxidação Pinnick.
[0020] A FIG. 11 ilustra uma imagem do aparelho de processamento contínuo de ozonólise.
[0021] A FIG. 12 ilustra um esquema de um aparelho para ozonólise em modo semibatelada e oxidação Pinnick.
[0022] A FIG. 13 ilustra a taxa de consumo de SUL para ozonólise em modo semibatelada.
[0023] A FIG. 14 ilustra a evolução do borrifador para o desenvolvimento da fabricação de ozonólise.
[0024] A FIG. 15 ilustra a solubilidade de 232-DAB durante o processo de cristalização.
[0025] A FIG. 16 ilustra a solubilidade do Composto A durante o processo de cristalização.
[0026] A FIG. 17 ilustra um padrão de difração de raios- X em pó (PXRD) de DHO cristalino medido no modo de reflexão.
[0027] A FIG. 18 ilustra um padrão de difração de raios- X em pó (PXRD) de DHO cristalino medido no modo de reflexão com bastões, indicando as posições de pico.
[0028] A FIG. 19 ilustra um termograma de análise de calorimetria por varredura diferencial (DSC) de DHO cristalino.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[0029] A presente invenção fornece processos para preparar ácido 2-((3R,5R,6S)-5-(3-clorofenil)-6-(4- clorofenil)-1-((S)-1-(isopropilsulfonil)-3-metilbutan-2- il)-3-metil-2-oxopiperidin-3-il)acético (“Composto A”), bem como intermediários do mesmo e processos para a preparação desses intermediários.
[0030] Em um aspecto, a presente invenção fornece um processo para a fabricação do Composto A em alta pureza.
[0031] Em outro aspecto, a presente invenção emprega um reagente de Vilsmeier estável em bancada, metoximetileno- N,N-dimetilimínio metilssulfato (Corbett, M.T.; Caille, S., Synlett 2007, 28, 2845), para alcançar a ativação seletiva in situ de um álcool primário intermediário na preparação do
Composto A.
[0032] Em outro aspecto, a presente revelação emprega um agente de isopropilação cristalino estável em bancada, isopropilssulfinato de cálcio, para alcançar a preparação de alto rendimento de um intermediário sulfona na preparação do Composto A.
[0033] Em outro aspecto, a presente revelação emprega uma reação de ozonólise segura conduzida em uma mistura de solvente aquosa em um modo de fabricação em batelada ou contínuo no processo de preparação do Composto A.
[0034] Em outro aspecto, a presente invenção fornece uma forma cristalina de (1R,2R,4S)-2-(3-clorofenil)-1-(4- clorofenil)-4-((S)-4-isopropil-4,5-di-hidro-oxazol-2-il)-4- metil-hept-6-en-1-ol (DHO) caracterizado por um padrão de difração de raios-X em pó de reflexão compreendendo picos a
7.3° ± 0.2° 2θ, 14.5° ± 0.2° 2θ, 15.8° ± 0.2° 2θ, 15.9° ±
0.2° 2θ e 23.1° ± 0.2° 2θ. Em uma modalidade, o padrão de difração de raios-X em pó de reflexão do DHO cristalino compreende adicionalmente picos a 8.5° ± 0.2° 2θ, 10.0° ±
0.2° 2θ, 11.0° ± 0.2° 2θ, 13.4° ± 0.2° 2θ, 18.8° ± 0.2° 2θ e
22.0° ± 0.2° 2θ. Em uma modalidade, o padrão de difração de raios-X em pó de reflexão do DHO cristalino compreende adicionalmente um ou mais picos a 6.3° ± 0.2° 2θ, 10.5° ±
0.2° 2θ, 11.5° ± 0.2° 2θ, 12.8° ± 0.2° 2θ, 14.8° ± 0.2° 2θ,
15.2° ± 0.2° 2θ, 17.0° ± 0.2° 2θ, 17.5° ± 0.2° 2θ, 17.8° ±
0.2° 2θ, 18.4° ± 0.2° 2θ, 19.0° ± 0.2° 2θ, 19.7° ± 0.2° 2θ,
19.9° ± 0.2° 2θ, 2θ.7° ± 0.2° 2θ, 21.2° ± 0.2° 2θ, 21.3° ±
0.2° 2θ, 22.4° ± 0.2° 2θ, 23.6° ± 0.2° 2θ, 24.2° ± 0.2° 2θ,
24.9° ± 0.2° 2θ, 25.7° ± 0.2° 2θ, 26.3° ± 0.2° 2θ, 27.0° ±
0.2° 2θ, 28.3° ± 0.2° 2θ, 28.7° ± 0.2° 2θ, 29.3° ± 0.2° 2θ,
29.7° ± 0.2° 2θ, 30.8° ± 0.2° 2θ, 31.4° ± 0.2° 2θ, 31.8° ±
0.2° 2θ, 33.0° ± 0.2° 2θ, 34.2° ± 0.2° 2θ, 35.8° ± 0.2° 2θ,
37.0° ± 0.2° 2θ e 37.5° ± 0.2° 2θ. Em uma modalidade, a forma cristalina de DHO é um anidrato cristalino. Em uma modalidade, a difração de raios-X em pó de reflexão do DHO cristalino é realizada usando radiação Cu-Kα.
[0035] Em outro aspecto, a presente revelação fornece controle da pureza de Composto A por cristalização de um sal de 1,4-diazabiciclo[2.2.2]octano (DABCO) do mesmo, que pode ser efetivamente purificado.
[0036] Em uma modalidade, a presente invenção fornece um processo adequado para aumento de escala da preparação do Composto A (99,9% de área de CL) em 49,8% de rendimento total a partir do material de partida DLAC.
[0037] O termo “compreendendo” se destina a ser aberto, incluindo o componente indicado, mas não excluindo outros elementos.
[0038] O termo “quantidade terapeuticamente eficaz” refere-se a uma quantidade de um composto ou uma combinação de compostos terapeuticamente ativos que melhora, atenua ou elimina um ou mais de sintomas de uma determinada doença ou condição, ou previne ou retarda o início de um ou mais sintoma(s) de uma doença ou condição específica.
[0039] Os termos “paciente” e “indivíduo” podem ser usados indistintamente e se referem a animais, tais como, cães, gatos, vacas, cavalos, ovelhas e humanos. Pacientes específicos são mamíferos. O termo paciente inclui machos e fêmeas.
[0040] O termo “farmaceuticamente aceitável” significa que a substância referenciada, tal como um composto da presente invenção, ou um sal do composto, ou uma formulação contendo o composto, ou um excipiente específico, é adequada para administração a um paciente.
[0041] Os termos “tratando", “tratar” ou “tratamento” e semelhantes incluem tratamentos preventivos (por exemplo, profiláticos) e paliativos.
[0042] O termo “excipiente” refere-se a qualquer aditivo, carreador, diluente, adjuvante ou outro ingrediente farmaceuticamente aceitável, diferente do ingrediente farmacêutico ativo (API), que é tipicamente incluído para formulação e/ou administração a um paciente.
[0043] O(s) composto(s) da presente invenção pode(m) ser administrado(s) a um paciente em uma quantidade terapeuticamente eficaz. O(s) composto(s) pode(m) ser administrado(s) isoladamente ou como parte de uma composição ou formulação farmaceuticamente aceitável. Além disso, o(s) composto(s) ou composições pode(m) ser administrado(s) todos de uma vez, como por exemplo, por uma injeção em bolus, várias vezes, tal como por uma série de comprimidos, ou dispensados de maneira substancialmente uniforme ao longo de um período de tempo, tal como por exemplo, usando dispensação transdérmica. É também observado que a dose do(s) composto(s) pode ser variada ao longo do tempo.
[0044] O(s) composto(s) da presente invenção, ou os sais farmaceuticamente aceitáveis do(s) mesmo(s), também pode(m) ser administrado(s) em combinação com um ou mais de compostos/agentes farmaceuticamente ativos adicionais. Observa-se que os compostos/agentes farmaceuticamente ativos adicionais podem ser uma pequena molécula química orgânica tradicional ou podem ser uma macromolécula, tais como,
proteínas, anticorpos, pepticorpos, DNA, RNA ou fragmentos de tais macromoléculas.
[0045] Quando um paciente vai receber ou está recebendo vários compostos farmaceuticamente ativos, os compostos podem ser administrados simultaneamente ou sequencialmente. Por exemplo, no caso de comprimidos, os compostos ativos podem ser encontrados em um comprimido ou em comprimidos separados, que podem ser administrados de uma vez ou sequencialmente em qualquer ordem. Além disso, deve ser reconhecido que as composições podem ter diferentes formas. Por exemplo, um ou mais composto(s) pode(m) ser administrado(s) por meio de um comprimido, enquanto outro(s) pode(m) ser administrado(s) por meio de injeção ou oralmente como um xarope. Todos de combinações, métodos de dispensação e sequências de administração são contemplados.
[0046] O termo “câncer” refere-se a uma condição fisiológica em mamíferos que é caracterizada pelo crescimento celular desregulado. As classes gerais de cânceres incluem carcinomas, linfomas, sarcomas e blastomas.
[0047] O(s) composto(s) da presente invenção pode(m) ser usado(s) para tratar o câncer. Os métodos de tratamento de um câncer compreendem a administração a um paciente em necessidade dos mesmos de uma quantidade terapeuticamente eficaz do composto, ou um sal farmaceuticamente aceitável do mesmo.
[0048] O(s) composto(s) da presente invenção podem ser usados para tratar tumores. Os métodos de tratamento de um tumor compreendem a administração a um paciente em necessidade dos mesmos de uma quantidade terapeuticamente eficaz do composto, ou de um sal farmaceuticamente aceitável do mesmo.
[0049] A invenção também se refere ao uso do(s) composto(s) da presente invenção na fabricação de um medicamento para o tratamento de uma condição tal como um câncer.
[0050] Os cânceres que podem ser tratados com o(s) composto(s) da presente invenção incluem, sem limitação, carcinomas, tais como, câncer de bexiga, mama, cólon, reto, rim, fígado, pulmão (câncer de pulmão de células pequenas, e câncer de pulmão de células não pequenas), esôfago, vesícula biliar, ovário, pâncreas, estômago, colo do útero, tireoide, próstata e pele (incluindo carcinoma de células escamosas); tumores hematopoiéticos de linhagem linfoide (incluindo leucemia, leucemia linfocítica aguda, leucemia mielóide crônica, leucemia linfoblástica aguda, linfoma de células B, linfoma de células T, linfoma de Hodgkin, linfoma não-Hodgkin, linfoma de células pilosas e linfoma de Burkett); tumores hematopoiéticos de linhagem mieloide (incluindo leucemias mielóides agudas e crônicas, síndrome mielodisplásica e leucemia promielocítica); tumores de origem mesenquimal (incluindo fibrossarcoma e rabdomiossarcoma e outros sarcomas, por exemplo, tecido mole e osso); tumores do sistema nervoso central e periférico (incluindo astrocitoma, neuroblastoma, glioma e schwannomas); e outros tumores (incluindo melanoma, seminoma, teratocarcinoma, osteossarcoma, xenoderoma pigmentoso, ceratoctantoma, câncer folicular da tireoide e sarcoma de Kaposi). Outros cânceres que podem ser tratados com o(s) composto (s) da presente invenção incluem câncer do endométrio, câncer da cabeça e pescoço, glioblastoma, ascite maligna e cânceres hematopoiéticos.
[0051] Cânceres particulares que podem ser tratados pelo(s) composto(s) da presente invenção incluem sarcomas de tecidos moles, cânceres ósseos, tais como, osteossarcoma, tumores de mama, câncer de bexiga, síndrome de Li-Fraumeni, tumores cerebrais, rabdomiossarcoma, carcinoma adrenocortical, câncer colorretal, câncer de pulmão de células não pequenas e leucemia mielóide aguda (LMA).
[0052] Em uma modalidade particular da invenção que se refere ao tratamento de cânceres, o câncer é identificado como p53 tipo selvagem (p53WT). Em outra modalidade particular, o câncer é identificado como p53WT e um mutante CDKN2A. Em outro aspecto, a presente invenção fornece um diagnóstico para determinar a quais pacientes deve ser administrado um composto da presente invenção. Por exemplo, uma amostra das células cancerígenas de um paciente pode ser retirada e analisada para determinar o estado das células cancerígenas em relação a p53 e/ou CDKN2A. Em um aspecto, um paciente tendo um câncer que é p53WT será selecionado para tratamento de pacientes tendo um câncer que está mutado em relação ao p53. Em outro aspecto, um paciente tendo um câncer que tem p53WT e uma proteína CDNK2A mutante é selecionado em vez de um paciente que não tem essas características. A obtenção de células cancerígenas para análises é bem conhecida dos habilitados na técnica. O termo “p53WT” refere-se a uma proteína codificada pela sequência de DNA genômico N° NC_0000l7 versão 9 (7512445.753l642) (Banco de Genes); uma proteína codificada pela sequência de cDNA N° NM_000546 (Banco de Genes); ou uma proteína tendo a sequência Banco de Genes N° NP 000537.3. O termo “mutante de CDNK2A” significa uma proteína CDNK2A que não é do tipo selvagem. O termo “CDKN2A do tipo selvagem” refere-se a uma proteína codificada pela sequência de DNA genômico N° 9: 21957751- 21984490 (ID Ensembl); uma proteína codificada pela sequência de cDNA N° NM_000077 (Banco de Genes) ou NM_058195 9Banco de Genes) ou; ou uma proteína tendo a sequência Banco de Genes N° NP_000068 ou NP_478l02.
[0053] Em outro aspecto, a presente invenção se refere ao uso do(s) composto(s) da presente invenção em combinação com um ou mais de agentes farmacêuticos que são um inibidor de uma proteína na via da fosfatidilinositol 3-quinase (PI3K). As combinações do(s) composto(s) da presente invenção com inibidores de proteínas na via de PI3K mostraram sinergia em ensaios de crescimento de células cancerígenas, incluindo apoptose potencializada e morte celular. Exemplos de proteínas na via de PI3K incluem PI3K, mTOR e PKB (também conhecido como Akt). A proteína da PI3K existe em várias isoformas, incluindo α, β, δ ou γ. É contemplado que um inibidor de PI3K que pode ser usado em combinação com um composto da presente invenção pode ser seletivo para uma ou mais de isoformas. Por seletivo pretende-se que signifique que o(s) composto(s) inibe(m) uma ou mais de isoformas mais do que outras isoformas. A seletividade é um conceito bem conhecido por aqueles na técnica e pode ser medida com atividade bem conhecida em ensaios in vitro ou baseados em células. A seletividade preferida inclui mais de 2 vezes, de preferência 10 vezes, ou mais de preferência 100 vezes mais seletividade para uma ou mais de isoformas em relação às outras isoformas. Em um aspecto, os inibidores de PI3K que podem ser usados em combinação com o(s) composto(s) da presente invenção é um inibidor seletivo de PI3K. Em outro aspecto, o composto é um inibidor seletivo de PI3K δ.
[0054] Exemplos de inibidores de PI3K que podem ser usados em combinação com o(s) composto(s) da presente invenção inclue(m) aqueles revelados em, por exemplo, WO 2010/151791; WO 2010/151737; WO 2010/151735; WO 2010/151740; WO 2008/118455; WO 2008/118454; WO 2008/118468; US 20100331293; US 20100331306; US 20090023761; US 20090030002; US 20090137581; US 20090054405; US 20090163489; US 20100273764; US 20110092504; ou WO 2010/108074.
[0055] Os compostos que inibem PI3K e mTOR (inibidores duplos) são conhecidos. Em ainda outro aspecto, a presente invenção fornece o uso de inibidores duplos de PI3K e mTOR para uso em combinação com o(s) composto(s) da presente invenção.
[0056] mTOR é uma proteína na via de PI3K. É outro aspecto da presente invenção usar um inibidor de mTOR em combinação com o(s) composto(s) da presente invenção. Inibidores de mTOR adequados que podem ser usados em combinação com o(s) composto(s) da presente invenção incluem aqueles revelados em, por exemplo, WO 2010/132598 e WO 2010/096314.
[0057] PKB (Akt) também é uma proteína na via de PI3K. É outro aspecto da presente invenção usar um inibidor de mTOR em combinação com o(s) composto(s) da presente invenção. Os inibidores de PKB que podem ser usados em combinação com o(s) composto(s) da presente invenção incluem aqueles revelados em, por exemplo, US 7.354.944; US 7.700.636; US
7.919.514; US 7.514.566; US 20090270445 Al; US 7.919.504; US
7.897.619; e WO 2010/083246.
[0058] As combinações da presente invenção também podem ser usadas em conjunto com terapia de radiação, terapia hormonal, cirurgia e imunoterapia, terapias essas que são bem conhecidas dos habilitados na técnica.
[0059] Uma vez que um aspecto da presente invenção contempla o tratamento de doença/condições com uma combinação de compostos farmaceuticamente ativos que podem ser administrados separadamente, a invenção se refere adicionalmente à combinação separada composições farmacêuticas em forma de kit. O kit compreende duas composições farmacêuticas separadas: um composto da presente invenção e um segundo composto farmacêutico. O kit compreende um recipiente para conter as composições separadas, tal como uma garrafa dividida ou um pacote de folha dividido. Exemplos adicionais de recipientes incluem seringas, caixas e sacos. Tipicamente, o kit contém instruções para o uso dos componentes separados. A forma de kit é particularmente vantajosa quando os componentes separados são preferencialmente administrados em diferentes formas de dosagem (por exemplo, oral e parenteral), são administrados em diferentes intervalos de dosagem, ou quando a titulação dos componentes individuais da combinação é desejada pelo médico ou veterinário prescritor.
[0060] Um exemplo de tal kit é uma chamada embalagem blister. As embalagens blister são bem conhecidas na indústria de embalagens e estão sendo amplamente usadas para o acondicionamento de formas de dosagem unitária farmacêutica (comprimidos, cápsulas e semelhantes). As embalagens blister geralmente consistem em uma folha de material relativamente rígido coberto com uma folha de um material plástico, de preferência transparente. Durante o processo de acondicionamento, rebaixos são formados na lâmina de plástico. Os rebaixos têm o tamanho e a forma dos comprimidos ou cápsulas a serem aconcionados. Em seguida, os comprimidos ou as cápsulas são colocados nos rebaixos e a lâmina de material relativamente rígido é vedada contra a lâmina de plástico na face da lâmina que é oposta à direção em que os rebaixos foram formados. Como resultado, os comprimidos ou as cápsulas são selados nos rebaixos entre a lâmina de plástico e a folha. De preferência, a resistência da folha é de modo que os comprimidos ou as cápsulas possam ser removidos da embalagem blister aplicando pressão manualmente nos rebaixos, pelos quais uma abertura é formada na folha no local do rebaixo. O comprimido ou a cápsula pode então ser removido(a) através da referida abertura.
[0061] Pode ser desejável fornecer um auxiliar de memória no kit, por exemplo, na forma de números ao lado dos comprimidos ou das cápsulas, em que os números correspondem aos dias do regime em que os comprimidos ou as cápsulas assim especificados devem ser ingeridos. Outro exemplo de tal auxiliar de memória é um calendário impresso no cartão, por exemplo, como a seguir “Primeira Semana, Segunda, Terça,...etc... Segunda semana, segunda, terça,...” etc. Outras variações de auxiliares de memória serão prontamente aparentes. Uma “dose diária” pode ser um(a) único(a) comprimido ou cápsula ou várias pílulas ou cápsulas a serem tomadas em um determinado dia. Além disso, uma dose diária de um composto da presente invenção pode consistir em um(a) comprimido ou cápsula, enquanto uma dose diária do segundo composto pode consistir em vários comprimidos ou cápsulas e vice-versa. O auxílio de memória deve refletir isso e ajudar na administração correta dos agentes ativos.
[0062] Em outra modalidade específica da invenção, um dispensador projetado para dispensar as doses diárias uma de cada vez na ordem de uso pretendido é fornecido. De preferência, o dispensador está equipado com um auxiliar de memória, de modo a facilitar ainda mais a adesão ao regime. Um exemplo de tal auxiliar de memória é um contador mecânico que indica o número de doses diárias que foram dispensadas. Outro exemplo desse tipo de auxílio de memória é uma memória de micro-chip alimentado por bateria acoplada a uma leitura de cristal líquido, ou sinal sonoro de lembrete que, por exemplo, lê a data em que a última dose diária foi tomada e/ou lembra alguém quando a próxima dose deve ser tomada.
[0063] O(s) composto(s) da presente invenção e outros compostos farmaceuticamente ativos, se desejado, podem ser administrados a um paciente por via oral, retal, parenteral (por exemplo, intravenosa, intramuscular ou subcutânea) intracisternamente, intravaginalmente, intraperitonealmente, intravesicalmente, localmente (por exemplo, pós, pomadas ou gotas) ou como spray bucal ou spray nasal. Todos os métodos que são usados por aqueles habilitados na técnica para administrar um agente farmaceuticamente ativo são contemplados.
[0064] As composições adequadas para injeção parenteral podem compreender soluções aquosas ou não aquosas estéreis fisiologicamente aceitáveis, dispersões, suspensões ou emulsões e pós estéreis para reconstituição em soluções ou dispersões injetáveis estéreis. Exemplos de carreadores, diluentes, solventes ou veículos aquosos e não aquosos adequados incluem água, etanol, polióis (propilenoglicol, polietilenoglicol, glicerol e semelhantes), misturas adequadas dos mesmos, óleos vegetais (tal como azeite) e ésteres orgânicos injetáveis tal como oleato de etila. A fluidez adequada pode ser mantida, por exemplo, pelo uso de um revestimento, tal como lecitina, pela manutenção do tamanho de partícula necessário no caso de dispersões e pelo uso de tensoativos.
[0065] Essas composições também podem conter adjuvantes, tais como, agentes conservantes, umectantes, emulsificantes e dispersantes. A contaminação por microrganismos pode ser evitada adicionando vários agentes antibacterianos e antifúngicos, por exemplo, parabenos, clorobutanol, fenol, ácido sórbico e semelhantes. Também pode ser desejável incluir agentes isotônicos, por exemplo, açúcares, cloreto de sódio e semelhantes. A absorção prolongada de composições farmacêuticas injetáveis pode ser conseguida pelo uso de agentes que retardam a absorção, por exemplo, monoestearato de alumínio e gelatina.
[0066] As formas de dosagem sólidas para administração oral incluem cápsulas, comprimidos, pós e grânulos. Em tais formas de dosagem sólidas, o composto ativo é misturado com pelo menos um excipiente (ou carreador) habitual inerte, tal como citrato de sódio ou fosfato dicálcico ou (a) cargas ou extensores, como por exemplo, amidos, lactose, sacarose, manitol e ácido silícico; (b) aglutinantes, como por exemplo, carboximetilcelulose, alginatos, gelatina, polivinilpirrolidona, sacarose e acácia; (c) umectantes, como por exemplo glicerol; (d) agentes desintegrantes, como por exemplo, ágar-ágar, carbonato de cálcio, amido de batata ou tapioca, ácido algínico, certos silicatos complexos e carbonato de sódio; (a) retardadores de solução, como por exemplo, parafina; (f) aceleradores de absorção, como por exemplo, compostos de amônio quaternário; (g) agentes umectantes, como por exemplo, álcool cetílico e monoestearato de glicerol; (h) adsorventes, como por exemplo, caulim e bentonita; e (i) lubrificantes, como por exemplo, talco, estearato de cálcio, estearato de magnésio, polietilenoglicóis sólidos, laurilssulfato de sódio ou misturas dos mesmos. No caso de cápsulas e comprimidos, as formas de dosagem também podem compreender agentes tamponantes. As composições sólidas de um tipo similar também podem ser usadas como cargas em cápsulas de gelatina enchidas com compotos moles e duras usando excipientes como lactose ou açúcar do leite, bem como polietilenoglicóis de alto peso molecular e semelhantes.
[0067] As formas de dosagem sólidas, tais como, comprimidos, drágeas, cápsulas, pílulas e grânulos, podem ser preparadas com revestimentos e invólucros, tais como revestimentos entéricos e outros bem conhecidos na técnica. Eles também podem conter agentes opacificantes e também podem ser de tal composição que liberem o composto ou os compostos ativo(s) em uma determinada parte do trato intestinal de uma maneira retardada. Exemplos de composições de incorporação que podem ser usadas são substâncias poliméricas e ceras. O composto ativo também pode estar na forma microencapsulada, se apropriado, com um ou mais dos excipientes mencionados acima.
[0068] As formas de dosagem líquidas para administração oral incluem emulsões, soluções, suspensões, xaropes e elixires farmaceuticamente aceitáveis. Além dos compostos ativos, a forma de dosagem líquida pode conter diluentes inertes comumente usados na técnica, tal(ais) como água ou outros solventes, agentes solubilizantes e emulsificantes, como por exemplo, álcool etílico, álcool isopropílico, carbonato de etila, acetato de etila, álcool benzílico, benzoato de benzila, propilenoglicol, 1,3-butilenoglicol, dimetilformamida, óleos, em particular, óleo de semente de algodão, óleo de amendoim, óleo de gérmen de milho, azeite, óleo de rícino e óleo de semente de gergelim, glicerol, álcool tetra-hidrofurfurílico, polietilenoglicóis e ésteres de ácido graxo de sorbitano, ou misturas dessas substâncias e semelhantes.
[0069] Além de tais diluentes inertes, a composição também pode incluir adjuvantes, tais como agentes umectantes, agentes emulsificantes e de suspensão, adoçantes, aromatizantes e agentes perfumantes. As suspensões, além do(s) composto(s) ativo(s), podem conter agentes de suspensão, como por exemplo, álcoois isoestearílicos etoxilados, polioxietileno sorbitol e ésteres de sorbitano, celulose microcristalina, meta- hidróxido de alumínio, bentonita, ágar-ágar e tragacanto, ou misturas dessas substâncias e semelhantes.
[0070] As composições para administração retal são supositórios preferidos, que podem ser preparados misturando os compostos da presente invenção com excipientes ou carreadores não irritantes adequados, tal como manteiga de cacau, polietilenoglicol ou uma cera de supositório, que são sólidos em temperatura ambiente normal, mas líquido em temperatura corporal e, portanto, derrete no reto ou na cavidade vaginal e libera o componente ativo.
[0071] As formas de dosagem para administração tópica do(s) composto(s) da presente invenção incluem pomadas, pós, sprays e inalantes. O composto ou compostos ativo(s) é(são) misturado(s) sob condições estéreis com um carreador fisiologicamente aceitável e quaisquer conservantes, tampões ou propulsores que possam ser necessários. Formulações oftálmicas, unguentos, pós e soluções para os olhos também estão contemplados como estando dentro do escopo dessa invenção.
[0072] O(s) composto(s) da presente invenção pode(m) ser administrado(s) a um paciente em níveis de dosagem na faixa de cerca de 0,1 a cerca de 3.000 mg por dia. Para um adulto humano normal tendo um peso corporal de cerca de 70 kg, uma dosagem na faixa de cerca de 0,01 a cerca de 100 mg por quilograma de peso corporal é tipicamente suficiente. A dosagem específica e a faixa de dosagem que podem ser usadas dependem de uma série de fatores, incluindo as necessidades do paciente, a gravidade da condição ou doença a ser tratada e a atividade farmacológica do composto a ser administrado. A determinação das faixas de dosagem e das dosagens ideiais para um determinado paciente está dentro do conhecimento comum na técnica.
[0073] O(s) composto(s) da presente invenção pode(m) ser administrado(s) como sais, ésteres, amidas ou pró-fármacos farmaceuticamente aceitáveis. O termo “sais” refere-se a sais inorgânicos e orgânicos de compostos da presente invenção. Os sais podem ser preparados in situ durante o isolamento e a purificação finais de um composto, ou por reação separada de um composto purificado na sua forma de base ou ácido livre com um(a) base ou ácido orgânica(o) ou inorgânica(o) adequada(o) e isolando o sal assim formado.
[0074] Exemplos de ésteres farmaceuticamente aceitáveis do(s) composto(s) da presente invenção incluem ésteres alquílicos C1-C8. Os ésteres aceitáveis também incluem ésteres cicloalquílicos C5-C7, bem como ésteres arilalquílicos, tais como benzílicos. Ésteres alquílicos C1- C4 são comumente usados. Os ésteres do(s) composto(s) da presente invenção podem ser preparados de acordo com métodos que são bem conhecidos na técnica.
[0075] Exemplos de amidas farmaceuticamente aceitáveis do(s) composto(s) da presente invenção incluem amidas derivadas de amônia, alquil C1-C8 aminas primárias e dialquil C1-C8 aminas secundárias. No caso de aminas secundárias, a amina também pode estar na forma de um grupo heterocicloalquil de 5 ou 6 membros contendo pelo menos um átomo de nitrogênio. Amidas derivadas de amônia, alquil C1- C3 aminas primárias e dialquil C1-C2 aminas secundárias são comumente usadas. As amidas do(s) composto(s) da presente invenção podem ser preparadas de acordo com métodos bem conhecidos dos habilitados na técnica.
[0076] O termo “pró-fármaco” refere-se a compostos que são transformados in vivo para produzir um composto da presente invenção. A transformação pode ocorrer por vários mecanismos, como por meio da hidrólise no sangue. Uma discussão sobre o uso de pró-fármacos é fornecida por T. Higuchi e W. Stella, “Prodrugs as Novel Delivery Systems”, Vol. 14 do A.C.S. Symposium Series, e em Bioreversible Carriers in Drug Design, ed. Edward B. Roche, American Pharmaceutical Association and Pergamon Press, 1987.
[0077] Para ilustrar, porque o(s) composto(s) da invenção conté(ê)m um grupo funcional de ácido carboxílico, um pró-
fármaco pode compreender um éster formado pela substituição do átomo de hidrogênio do grupo de ácido carboxílico por um grupo tal como alquila C1-C8, alcanoiloximetil (C2-C12), l- (alcanoiloxi)etila tendo de 4 a 9 átomos de carbono, 1-metil- 1-(alcanoiloxi)etila tendo de 5 a 10 átomos de carbono, alcoxicarboniloximetila tendo de 3 a 6 átomos de carbono, l- (alcoxicarboniloxi)etila tendo de 4 a 7 átomos de carbono, 1-metil-1-(alcoxicarboniloxi)etila tendo de 5 a 8 átomos de carbono, N- (alcoxicarbonil) aminometil tendo de 3 a 9 átomos de carbono, 1-(N-(alcoxicarbonil)aminometila tendo de 4 a 10 átomos de carbono, 3-ftalidila, 4-crotonolactonila, gama- butirolacton-4-ila, di-N,N-alquil(C1-C2)aminoalquila (C2-C3) (tal como β-dimetilaminoetil), carbamoil-alquila (C1-C2), N,N-dialquil(C1-C2)carbamoil-alquila (C1-C2) e piperidino-, pirrolidino- ou morfolinoalquila (C2-3).
[0078] O(s) composto(s) da presente invenção pode(m) conter centros assimétricos ou quirais e, portanto, existem em diferentes formas estereoisoméricas. É contemplado que todas as formas estereoisoméricas do(s) composto(s), bem como misturas dos mesmos, incluindo misturas racêmicas, fazem parte da presente invenção. Além disso, a presente invenção contempla todos os isômeros geométricos e posicionais. Por exemplo, se o composto contém uma ligação dupla, as formas cis e trans (designadas como Z e E, respectivamente), bem como misturas das mesmas são contempladas.
[0079] Misturas de estereoisômeros, tais como misturas diastereoméricas, podem ser separadas em seus componentes estereoquímicos individuais com base em suas diferenças físico- químicas por métodos conhecidos, tal como cromatografia e/ou cristalização fracionada. Os enantiômeros também podem ser separados convertendo a mistura enantiomérica em uma mistura diastereomérica por reação com um composto opticamente ativo apropriado (por exemplo, um álcool), separando os diastereômeros resultantes e, em seguida, convertendo (por exemplo, hidrolisando) os diastereômeros individuais nos enantiômeros puros correspondentes.
[0080] O(s) composto(s) da presente invenção pode(m) existir em formas não solvatadas, bem como em formas solvatadas, com solventes farmaceuticamente aceitáveis, tais como água (hidrato), etanol e semelhantes. A presente invenção contempla e abrange as formas solvatada e não solvatada, como estabelecido nesse documento.
[0081] Também é possível que o(s) composto(s) da presente invenção possa(m) existir em diferentes formas tautoméricas. Todos os tautômeros do(s) composto(s) da presente invenção são contemplados. Por exemplo, todas as formas tautoméricas da porção tetrazol estão incluídas nessa invenção. Além disso, por exemplo, todas as formas ceto-enol ou imina-enamina do(s) composto(s) estão incluídas nessa invenção.
[0082] Os habilitados na técnica reconhecerão que os nomes e as estruturas dos compostos contidos nesse documento podem ser baseados em um tautômero particular de um composto. Embora o nome ou a estrutura apenas para um tautômero particular possam ser usados, pretende-se que todos os tautômeros sejam abrangidos pela presente invenção, a menos que indicado de outra forma.
[0083] Pretende-se também que a presente invenção englobe compostos que são sintetizados in vitro por meio de técnicas laboratoriais, tais como as bem conhecidas dos químicos de síntese; ou sintetizado usando técnicas in vivo, tal como por meio de metabolismo, fermentação, digestão e semelhantes. Também está contemplado que o(s) composto(s) da presente invenção pode(m) ser sintetizado(s) usando uma combinação de técnicas in vitro e in vivo.
[0084] A presente invenção também inclui compostos rotulados isotopicamente, que são idênticos aos recitados nesse documento, mas pelo fato de que um ou mais átomo(s) é(são) substituído(s) por um átomo com uma massa atômica ou número de massa diferente da massa atômica ou número de massa usualmente encontrado na natureza. Exemplos de isótopos que podem ser incorporados no(s) composto(s) da invenção incluem isótopos de hidrogênio, carbono, nitrogênio, oxigênio, fósforo, flúor e cloro, tais como 2H, 3H, 13C, 14C, 15N, 16O, 17O, 18O, 31P, 32P, 35S, 18F e 36Cl. Em um aspecto, a presente invenção se refere a compostos em que um ou mais de átomos de hidrogênio é(são) substituído(s) por átomos de deutério (2H).
[0085] O(s) composto(s) da presente invenção que conté(ê)m os isótopos acima mencionados e/ou outros isótopos de outros átomos estão dentro do escopo dessa invenção. Certos compostos rotulados isotopicamente da presente invenção, por exemplo, aqueles nos quais isótopos radioativos, tais como, 3H e 14C são incorporados, são úteis em ensaios de distribuição de fármaco e/ou substrato em tecido. Isótopos tritiados, isto é, 3H, e carbono-14, isto é, 14C, são particularmente preferidos por sua facilidade de preparação e detecção. Além disso, a substituição por isótopos mais pesados, tal como deutério, isto é, 2H, pode proporcionar certas vantagens resultantes de maior estabilidade metabólica, por exemplo, meia-vida in vivo aumentada ou requisitos de dosagem reduzidos e, portanto, podem ser preferidos em algumas circunstâncias. Os compostos dessa invenção rotulados isotopicamente podem geralmente ser preparados substituindo um reagente rotulado isotopicamente prontamente disponível por um reagente não rotulado isotopicamente.
[0086] O(s) composto(s) da presente invenção podem existir em vários estados sólidos, incluindo estados cristalinos e como um estado amorfo. Os diferentes estados cristalinos (também chamados polimorfos) e o estado amorfo do(s) presente(s) composto(s) são contemplados como parte dessa invenção, como estabelecido nesse documento.
[0087] Na síntese do(s) composto(s) da presente invenção, pode ser desejável empregar certos grupos de saída. O termo “grupos de saída” (“LG”) geralmente se refere a grupos que são deslocáveis por um nucleófilo. Esses grupos de saída são conhecidos na técnica. Exemplos de grupos de saída incluem, mas não estão limitados a, haletos (por exemplo, I, Br, F, Cl), sulfonatos (por exemplo, mesilato, tosilato), sulfetos (por exemplo, SCH3), N-hidroxsuccinimida, N- hidroxibenzotriazol, e similares. Exemplos de nucleófilos incluem, mas não estão limitados a, aminas, tióis, álcoois, reagentes de Grignard, espécies aniônicas (por exemplo, alcóxidos, amidas, carbânions) e semelhantes.
[0088] Todas as patentes, os pedidos de patentes publicados e outras publicações citados nesse documento são incorporados por meio desse documento por referência.
[0089] Os exemplos experimentais específicos apresentados nesse pedido ilustram modalidades específicas da presente invenção. Esses exemplos pretendem ser representativos e não pretendem limitar o escopo das reivindicações de qualquer forma.
[0090] Os espectros de RMN 1H foram tipicamente adquiridos em um sistema de espectrômetro Bruker Avance III 500 (Bruker, Billerica, MA) operando a uma frequência de 1H de 500,13 MHz, equipado com uma sonda PABBI Bruker de 5 mm com um gradiente do eixo z; ou em um espectrômetro Bruker Avance II ou Avance III 400 operando em uma frequência DE 1H de 400,23 MHz, equipado com uma sonda PABBO Bruker de 5 mm com um gradiente de eixo z. As amostras foram tipicamente dissolvidas em 500 µL de DMSO-d6 ou CD3OD para análise de RMN. Desvios químicos 1H são referenciados aos sinais de solvente residual de DMSO-d6 em d 2,50 e CD3OD em δ 3,30.
[0091] Picos significativos são tabulados e normalmente incluem o número de prótons, multiplicidade (s, singleto; d, dupleto; dd, dupleto de dupletos; t, tripleto; q, quarteto; m, multipleto; br s, singleto largo) e constante(s) de acoplamento em Hertz (Hz). Os espectros de massa de ionização de elétrons (Ei) foram tipicamente registrados em um espectrômetro de massa Agilent Technologies 6140 Quadrupole CL/MS (Agilent Technologies, Englewood, CO). Os resultados da espectrometria de massa são relatados como a razão de massa sobre carga, às vezes seguida pela abundância relativa de cada íon (entre parênteses). Os materiais de partida nos Exemplos abaixo estão tipicamente disponíveis em fontes comerciais, tal como Sigma-Aldrich, St. Louis, MO, ou por meio de procedimentos da literatura publicada.
[0092] Dados de difração de raios-X em pó (XRPD) foram obtidos usando um sistema de difração de raios-X Bruker D8
Discover (Bruker, Billerica, MA) equipado com um detector Braun e uma fonte de radiação Cu-Kα operando na geometria de reflexão Bragg-Brentano. Valores 2θ são geralmente precisos com um erro de ± 0,2°. As amostras foram geralmente preparadas sem nenhum tratamento especial além da aplicação de uma leve pressão para obter uma superfície plana. As amostras foram medidas descobertas, salvo indicação em contrário. As condições de operação incluíram uma tensão de tubo de 40 kV e corrente de 40 mA. Uma fenda de divergência variável foi usada com uma janela de 3°. O tamanho do passo foi de 0,019° 2θ com um tempo de passo de 35,2 segundos, e a faixa de varredura é: 3-40,4°.
[0093] Calorimetria por varredura diferencial (DSC) foi realizada com um Perkin Elmer DSC-7 ou com um instrumento TA Instruments Q2000. As amostras foram preparadas em um recipiente de amostra de ouro fechado em taxas de aumento de temperatura de 5 °C/minuto de 20 °C até aproximadamente 350 °C. O termograma de DSC de DHO cristalino é mostrado na FIG. 19 com um ponto de fusão a 73,86°. Exemplos Exemplo 1: Método para Preparar Intermediários Selecionados Etapa A. 2-(3-Clorofenil)-1-(4-clorofenil)etanona
[0094] Bis(trimetilsilil)amida de sódio (1 M em tetra- hidrofurano, 117 mL) foi lentamente adicionada a uma solução a -78 °C de ácido 2-(3-clorofenil)acético (10 g, 58,6 mmol) em tetra-hidrofurano (58 mL) por 1 hora. Após agitação a - 78 °C por 40 minutos, foi adicionada uma solução de 4- clorobenzoato de metila (10 g, 58,6 mmol) em tetra- hidrofurano (35 mL) por um período de 10 minutos. A reação foi agitada a -78 °C por 3 horas e depois deixada aquecer até 25 °C. Após duas horas a 25 °C, a reação foi extinta com solução aquosa saturada de cloreto de amônio, e a maior parte do tetra-hidrofurano foi removido sob pressão reduzida. O resíduo foi extraído com acetato de etila (2 x 100 mL). As camadas orgânicas combinadas foram lavadas com uma solução saturada de cloreto de sódio, secas em sulfato de sódio, filtradas e o filtrado foi concentrado. O produto foi recristalizado de éter/pentano para fornecer 2-(3- clorofenil-1-(4-clorofenil)etanona como um sólido branco). Procedimento Alternativo para Preparar 2-(3-clorofenil-1-(4- clorofenil)etanona
[0095] A uma mistura de clorobenzeno (170 L, 1684 mol), ácido 3-clorofenilacético (50 Kg, 293 mol) e dimetilformamida (0,7 L, 9 mol) a 0 °C, foi adicionado cloreto de tionila (39,1 Kg, 329 mol) ao longo de 30 min. A mistura foi aquecida a 15 °C e agitada por 6 h. A mistura foi resfriada a 0 °C e cloreto de alumínio (43 Kg, 322 mol) foi adicionado ao longo de 1,5 h. A mistura foi aquecida a 20 °C e agitada por 15 h. Água (200 L) e etanol (200 L) foram adicionados à mistura e a mistura bifásica foi agitada por 2 h. As fases foram separadas e a fase orgânica foi lavada duas vezes com sal tetrassódico de ácido etilenodiaminotetracético aquoso (3% em peso, 200 L) e uma vez com água (200 L). Heptano (1600 L) foi adicionado à fase orgânica ao longo de 15 minutos. A suspensão foi agitada por 30 minutos, resfriada a -5 °C e filtrada. O material filtrado foi seco a 40 °C por 20 h. 2-(3-clorofenil)-1-(4- clorofenil)etanona foi isolado com rendimento de 83,6% (67,4 kg). RMN 1H (500 MHz, DMSO-d6, δ ppm): 8.05 (m, 2H), 7.62 (m, 2H), 7.33 (m, 3H), 7.21 (br d, J = 7.3 Hz, 1H), 4.45 (s, 2H). MS (ESI) = 265.1 [M + H]+. Etapa B: 4-(3-clorofenil-5-(4-clorofenil-2-metil-5- oxopentanoato) de metila
[0096] Metacrilato de metila (12,65 mL, 119 mmol) foi adicionado a uma solução de 2-(3-clorofenil)-1-(4- clorofenil)etanona (30 g, 113 mmol) (da Etapa A) em tetra- hidrofurano (283 mL). Terc-butóxido de potássio(1,27 g, 11,3 mmol) foi então adicionado e a reação foi agitada em temperatura ambiente por 2 dias. O solvente foi então removido sob vácuo e substituído por 300 mL de acetato de etila. A fase orgânica foi lavada com salmoura (50 mL), água (3 x 50 mL) e salmoura (50 mL). A fase orgânica foi seca em sulfato de magnésio, filtrada e concentrada sob vácuo para proporcionar 4-(3-clorofenil)-5-(4-clorofenil)-2-metil-5- oxopentanoato de metila como uma mistura de aproximadamente 1:1 de diastereômeros. RMN 1H (400 MHz, CDCl3, δ ppm): 7.87
(m, 2H), 7.38 (m, 2H), 7.27-7.14 (série de m, 4H), 4.61 (m, 1H), 3.69 (s, 1,5 H), 3.60 (s, 1.5 H), 2.45 (m, 1H), 2.34 (m, 1H), 2.10 (ddd, J = 13.9, 9.4, 5.5 Hz, 0.5H), 1.96 (ddd, J = 13.7, 9.0, 4.3 Hz, 0.5H), 1.22 (d, J = 7.0 Hz, 1.5H),
1.16 (d, J = 7.0, 1.5 H). MS (ESI) = 387.0 [M + 23]+. Etapa C: (3S,5R,6R)-5-(3-clorofenil)-6-(4-clorofenil)-3- metiltetra-hidro-2H-piran-2-ona e (3R,5R,6R)-5-(3- clorofenil)-6-(4-clorofenil)-3-metiltetra-hidro-2H-piran-2- ona
[0097] 4-(3-clorofenil)-5-(4-clorofenil)-2-metil-5- oxopentanoato de metila (40 g, 104,0 mmol) (da Etapa B) foi dissolvido em 200 mL de tolueno anidro e concentrado sob vácuo. O resíduo foi colocado sob alto vácuo por 2 horas antes do uso. O composto foi dividido em lotes de 2 x 20 g e processado da seguinte forma: 4-(3-clorofenil)-5-(4- clorofenil)-2-metil-5-oxopentanoato de metila (20 g, 52,0 mmol) em 2-propanol anidro (104 mL) foi tratado com terc- butóxido de potássio (2,33 g, 20,8 mmol) em um vaso de hidrogenação de vidro de 250 mL. RuCl2(S-xilbinap)(S-DAIPEN) (0,191 g, 0,156 mmol, Strem Chemicals, Inc., Newburyport, MA) em 3,8 mL de tolueno foi adicionado. Após 1,5 horas, o vaso foi pressurizado a 50 psi (344,7 kPa) e purgado com hidrogênio cinco vezes e deixado em agitação em temperatura ambiente. A reação foi recarregada com hidrogênio adicional como necessário. Após 3 dias, as reações foram combinadas e particionadas entre solução saturada de cloreto de amônio a
50% e acetato de etila. A camada aquosa foi extraída com acetato de etila. As fases orgânicas combinadas foram lavadas com salmoura, secas em sulfato de magnésio, filtradas e concentradas.
[0098] O produto bruto (predominantemente, 4-(3- clorofenil)-5-(4-clorofenil)-5-hidroxi-2-metilpentanoato) de (4R,5R)-isopropila foi dissolvido em tetra-hidrofurano (450 mL) e metanol (150 mL). Foi adicionado hidróxido de lítio (1,4 M, 149 mL, 208 mmol) e a solução foi agitada em temperatura ambiente por 24 horas. A mistura era concentrada sob vácuo e o resíduo foi redissolvido em acetato de etila. Foi adicionado ácido clorídrico aquoso 1 N com agitação até a camada aquosa ter um pH de cerca de 1. As camadas foram separadas e a fase orgânica foi lavada com salmoura, seca em sulfato de magnésio, filtrada e concentrada. O material foi então dissolvido em 200 mL de tolueno anidro e tratado com p-toluenossulfonato de piridínio (PPTS, 0,784 g, 3,12 mmol). A reação foi aquecida em refluxo sob condições de Dean-Stark até o ácido seco ser consumido (cerca de 2 horas). A reação foi resfriada em temperatura ambiente e lavada com bicarbonato de sódio saturado (50 mL) e salmoura (50 mL). A solução foi seca em sulfato de sódio, filtrada e concentrada. O material bruto foi purificado por cromatografia flash em sílica gel (coluna de 120 g; eluindo com diclorometano a 100%). O (3S,5R,6R)-5-(3-clorofenil)-6-(4-clorofenil)-3- metiltetra-hidro-2H-piran-2-ona e (3S,5R,6R)-5-(3- clorofenil)-6-(4-clorofenil)-3-metiltetra-hidro-2H-piran-2- ona foram obtidos como um sólido branco com uma razão enantiomérica de 94:6 aproximada e uma mistura 7:3 de diastereômeros de metila. RMN 1H (400 MHz, CDCl3, δ ppm):
7.22-6.98 (série de m, 5H), 6.91 (dt, J = 7.4, 1.2 Hz, 0.3H),
6.81 (m, 2H), 6.73 (dt, J = 7.6, 1.4 Hz, 0.7H), 5.76 (d, J = 4.1 Hz, 0.3 H), 5.69 (d, J = 4.7 Hz, 0.7H), 3.67 (dt, J =
6.6, 4.3 Hz, 0.3H), 3.55 (td, J = 7.8, 4.7 Hz, 0.7 H), 2.96 (d de quintetos, J = 13.5, 6.7 Hz, 0.7 H), 2.81 (m, 0.3 H),
2.56 (dt, J = 14.3, 8.0 Hz, 0.7 H), 2.32 (dt, J = 13.69,
7.0 Hz, 0.3 H), 2.06 (ddd, J = 13.7, 8.4, 4.1, 0.3 H), 1.85 (ddd, J = 14.1, 12.5, 7.4, 0.7 H), 1.42 (d, J = 7.0 Hz, 0.9 H), 1.41 (d, J = 6.7 Hz, 2.1H). MS (ESI) = 357.0 [M + 23]+. [α]D (22 °C, c = 1.0, CH2Cl2) = -31.9°; p.f. 98-99 °C. Etapa D. (3S,5R,6R)-Alil-5-(3-clorofenil)-6-(4-clorofenil)- 3-metiltetra-hidro-2H-piran-2-ona
[0099] Uma solução de (3S,5R,6R)-5-(3-clorofenil)-6-(4- clorofenil)-3-metiltetra-hidro-2H-piran-2-ona e (3R,5S,6S)- 5-(3-clorofenil)-6-(4-clorofenil)-3-metiltetra-hidro-2H- piran-2-ona (4,5 g, 13,4 mmol) (de Etapa C) e brometo de alilA (3,48 mL, 40,3 mmol) em tetra-hidrofurano (22 mL) a - 35 °C (acetonitrila/banho de gelo seco) foi tratada com uma solução de bis(trimetilsilil)amida de lítio em tetra- hidrofurano (1,0 M, 17,45 mL, 17,45 mmol). A reação foi deixada aquecer até -5 °C ao longo de 1 hora e, em seguida, foi extinta com cloreto de amônio saturado a 50%. A reação foi diluída com 100 mL de acetato de etila e as camadas foram separadas. A fase orgânica foi lavada com salmoura, seca em sulfato de magnésio, filtrada e concentrada sob vácuo para fornecer o composto do título como um sólido branco em repouso sob vácuo. SFC quiral (CO2 a 92%, metanol a 8% (20 mM amônia), 5 mL/min, coluna Phenomenex Lux-2 (Phenomenex, Torrance, CA), 100 bar (10.000 kPa), 40 °C, método de 5 minutos) foi usado para determinar que o composto tinha uma razão enantiomérica de 96:4. (Enantiômero principal: composto do título, tempo de retenção = 2,45 minutos, 96%; enantiômero menor (estrutura não mostrada, tempo de retenção = 2,12 min, 4%). O (3S,5R,6R)-3-alil-5-(3 -chloorofenil)-6- (4-clorofenil)-3-metiltetra-hidro-2H-piran-2-ona era recristalizado por adição de heptano (4,7 g em pasta fluida em 40 mL) em refluxo seguido por adição em gotas de 1,5 mL de tolueno para solubilizar. A solução foi resfriada a 0 °C. O sólido branco resultante foi filtrado e rinsado com 20 mL de heptano frio para proporcionar um pó branco. SFC quiral (CO2 a 92%, metanol a 8%, coluna Phenomenex Lux-2, mesmo método como acima) indicou uma razão enantiomérica de 99,2:0,8. (enantiômero principal, 2,45 min, 99,2%; enantiômero menor: 2,12 min, 0,8%). RMN 1H (400 MHz, CDCl3, δ ppm): 7.24 (ddd, J = 8.0, 2.0, 1.2 Hz, 1H), 7.20-7.15 (série de m, 3H), 6.91 (t, J = 2.0 Hz, 1H), 6.78 (br d, J =
7.6 Hz, 1H), 6.60 (m, 2H), 5.84 (ddt, J = 17.6, 10.2, 7.4 Hz, 1H), 5.70 (d, J = 5.3 Hz, 1H), 5.21-5.13 (série de m, 2H), 3.82 (dt, J = 11.7, 4.5 Hz, 1H), 2.62 (ABX JAB = 13.7 Hz, JAX = 7.6 Hz, 1H), 2.53 (ABX, JAB = 13.9 Hz, JBX = 7.2 Hz, 1H). 1.99 (dd, J = 14.1, 11.9 Hz, 1H), 1.92 (ddd, J = 13.9,
3.9, 1.2 Hz, 1H). RMN 13C (CDCl3, 100 MHz, δ ppm): 175.9,
140.2, 134.5, 134.3, 134.0, 132.2, 129.8, 128.6, 128.0,
127.9, 127.8, 126.4, 119.9, 83.9, 44.5, 42.4, 40.7, 31.8,
26.1. MS (ESI) = 375.2 [M + H]+. IV = 1730 cm-1. [α]D (24 °C, c = 1.0, CH2Cl2) = -191°. p.f. l11-114 °C.
Procedimento Alternativo para Preparar (3S,5R,6R)-3-alil-5- (3-clorofenil-6-(4-clorofenil)-3-metiltetra-hidro-2H-piran- 2-ona Etapa 1: 4-(3-clorofenil-5-(4-clorofenil-2-metil-5- oxopentanoato de isopropila
[00100] Uma solução de 2-(3-clorofenil)-1-(4- clorofenil)etanona (Etapa A) (67,4 Kg, 255 mol) em THF (325 L) foi seca azeotropicamente para atingir um teor de água por Karl Fisher de 0,05% em peso. Metacrilato de metila (25,8 kg, 257 mol) foi adicionado à solução e a mistura foi aquecida a 45 °C. Uma solução de terc-butóxido de potássio (20% em peso em THF, 14,3 Kg, 25 mol) foi adicionada ao longo de 30 minutos e a mistura foi agitada por 6 h. A mistura foi então resfriada a 10 °C e uma solução aquosa de ácido cítrico mono-hidratado (20% em peso, 35 L) foi adicionada em menos de 5 minutos. Acetato de isopropila (400 L) e uma solução aquosa de cloreto de sódio (20% em peso, 300 L) foram adicionados. A mistura foi agitada por 15 minutos e as fases foram separadas. A fase orgânica foi destilada sob pressão reduzida para gerar um volume de destilado de 560 L ao mesmo tempo em que se adicionava simultaneamente isopropanol (350 L) para produzir uma solução de 4-(3-clorofenil)-5-(4- clorofenil)-2-metil-5-oxopentanoato de metila em isopropanol
(54% em peso, Massa total da solução de 140 kg). A solução tinha um teor de água de 0,01% em peso por Karl Fisher.
Isopropanol adicional (420 L) e ácido sulfúrico (53 Kg, 535 mol) foram adicionados à solução.
A mistura foi aquecida a refluxo e agitada por 12 h, tempo durante o qual 200 L de solvente foram destilados e 200 L de isopropanol fresco foram adicionados à mistura.
A mistura foi então resfriada a 20 °C e foi adicionada água (180 L) ao longo de 30 minutos.
Foi adicionado acetato de isopropila (270 L) e a mistura foi agitada por 30 minutos.
As fases foram separadas e a fase aquosa foi extraída usando acetato de isopropila (100 L). As fases orgânicas combinadas foram lavadas com água (200 L) quatro vezes.
A fase orgânica foi destilada sob pressão reduzida para gerar um volume de destilado de 500 L, enquanto simultaneamente se adicionava isopropanol (50 L) para fornecer uma solução de 4-(3-clorofenil)-5-(4-clorofenil)-2-metil-5-oxopentanoato de isopropila em isopropanol (60% em peso, 134 kg de massa de solução total). A solução tinha um teor de água de 0,02% em peso por Karl Fisher.
O 4-(3-clorofenil-5-(4-clorofenil-2-metil-5- oxopentanoato de isopropila foi obtido em 81% de rendimento total como uma mistura de aproximadamente 1:1 de diastereoisômeros.
RMN 1H (400 MHz, CDCl3, δ ppm): 7.70-7.80 (m, 2H), 7.22-7.28 (m, 2H), 7.00-7.18 (série de m, 4H), 4.78-4.96 (m, 1H), 4.42-4.50 (m, 1H), 2.02-2.30 (m, 2H), 1.80-1.95 (m, 1H), 0.99-1.19 (m, 15H). Etapa 2 (3S,5R,6R)-3-Alil-5-(3-clorofenil)-6-(4- clorofenil)-3- metiltetra-hidro-2H-piran-2-ona
[00101] Para uma solução desgaseificada de 4-(3- clorofenil)-5-(4-clorofenil)-2-metil-5-oxopentanoato de isopropila (da Etapa 1) em isopropanol (60% em peso, massa total de solução de 252 kg, 151 Kg de material de partida de éster isopropílico, 385 mol) foi adicionado isopropanol desgaseificado (900 L) e terc-butóxido de potássio (13 Kg, 116 mol). Uma solução desgaseificada preparada separadamente de (S)-RUCY-XylBINAP (também conhecida como RuCl[(S)- diapena][(S)-xylbinap] (230 g, 0,2 mol, catalisador, Takasago International Corporation, Rockleigh, NJ) em isopropanol (25 L). A mistura foi purgada quatro vezes com hidrogênio a 5 bar (500 kPa) e agitada a 20 °C por 5,5 h.
A pressurização de hidrogênio foi descontinuada e a mistura foi desgaseificada com nitrogênio.
Tetra-hidrofurano (460 L) foi adicionado à mistura.
Uma solução de hidróxido de lítio (24 Kg, 576 mol) em água (305 L) foi adicionada à mistura reacional ao longo de 40 minutos e a mistura resultante foi agitada a 20 °C por 24 h.
Uma solução de ácido clorídrico concentrado (79,3 Kg, 11,4 M, 740 mol) em água (690 L) foi adicionada à mistura ao longo de 2 h.
Foi adicionado tolueno (580 L), a mistura foi então agitada por 30 minutos e as fases foram separadas.
A fase aquosa foi extraída usando tolueno (700 L). As camadas orgânicas combinadas foram lavadas com uma solução aquosa de cloreto de sódio (25% em peso, 700 kg). A fase orgânica foi destilada em pressão atmosférica e 100 °C para gerar um volume de destilado de
2700 L enquanto se adicionava simultaneamente tolueno (800 L). Menos de 0,05% em peso de isopropanol ou água (por Karl Fisher) permaneceram na mistura após essa troca de solvente.
Carbonildiimidazol (59 Kg, 365 mol) foi adicionado à solução de tolueno ao longo de 2 h e a mistura foi agitada a 20 °C por duas horas adicionais.
A mistura foi então resfriada a 10 °C e uma solução de ácido ortofosfórico (72 Kg, 545 mol) em água (400 L) foi adicionada ao longo de 1 h, enquanto a temperatura da mistura era mantida abaixo de 20 °C.
A mistura foi agitada por 30 minutos, as fases foram separadas e a camada orgânica foi lavada com uma solução aquosa de cloreto de sódio (25% em peso, 484 Kg). Tolueno (400 L) foi destilado em pressão atmosférica e a 110 °C.
Após resfriamento da solução a 20 °C, foi adicionado tetra- hidrofurano (500 L) e o teor de água por Karl Fisher foi medido como sendo 0,03% em peso.
A solução do produto foi resfriada a -10 °C e foi adicionada uma solução de brometo de alila (66,8 kg, 552 mol) em tetra-hidrofurano (50 L). Uma solução de hexametildissilazida de lítio em tolueno (255 kg, 26% em peso, 492 mol) foi adicionada ao longo de 6 h e a mistura foi agitada a -10 °C por 1 h.
A mistura foi aquecida a 0 °C e uma solução aquosa de ácido ortofosfórico (40% em peso, 400 mol) foi adicionada ao longo de 3 h.
A mistura foi aquecida a 20 °C.
Água (200 L) e diclorometano (400 L) foram adicionados.
A mistura foi agitada por 15 minutos e as fases foram separadas.
A solução foi destilada em pressão atmosférica e 100 °C para gerar um volume de destilado de 1350 L e o tolueno residual na mistura foi medido como sendo 9,8% em peso.
A mistura foi resfriada a 70 °C.
Éter diisopropílico (85 L), água
(26 L) e isopropanol (65 L) foram adicionados. A mistura foi resfriada a 35 °C, agitada por 9 h, resfriada a 30 °C e filtrada. O material filtrado foi lavado três vezes com heptano (80 L). Os sólidos foram secos a 55 °C por 48 horas para fornecer 90,1 kg de (3S,5R,6R)-3-alil-5-(3- clorofenil)-6-(4-clorofenil)-3-metiltetra-hidro-2H-piran- 2-ona com rendimento total de 63%. HPLC quiral indicou uma razão enantiomérica de 99,95:0,05. Exemplo 2: Diferenças entre o Processo de Primeira Vez em Humano e o Processo Comercial do Composto de Preparação A
[00102] Uma síntese em escala de grama de DLAC foi relatada anteriormente. Ver, Sun et al., J. Med. Chem. 2014, 57, 1454. Com base nesse trabalho, o Composto A foi preparado pelo processo sintético de primeira vez em humano (FIH) ilustrado no Esquema 1. O OXOS intermediário foi usado como um material de partida regulatório para esse processo. A abertura do anel de DLAC usando excesso de L-valinol (3 equivalentes) em temperatura elevada proporcionou amida ABA, que foi extraída em diclorometano. O excesso de L-valinol foi removido usando lavagens com ácido clorídrico aquoso e a solução do produto foi transportada para a etapa subsequente sem purificação. A redução das quantidades de L-valinol usadas nessa transformação foi identificada como um objetivo de desenvolvimento para o futuro, tendo em vista o alto custo dessa matéria-prima. Notavelmente, a preparação de análogos de ABA ABA1 ou ABA2 dos análogos de DLAC correspondentes DLAC1 ou DLAC2, que carregam cadeias laterais contendo um grupo do mesmo estado de oxidação que o ácido carboxílico do Composto A, não teve sucesso devido à formação das succinimidas indesejadas SUC1 ou SUC2. Considerando as taxas similares observadas para a formação dos produtos desejados ABA1-ABA2 e sua transformação nos subprodutos SUC1-SUC2, não foi possível isolar as amidas ABA1-ABA2 em rendimentos aceitáveis. Esquema 1. Processo de Primeira Vez em Humanos para Fabricação do Composto A Esquema 2. Tentativa de preparação de Análogos de ABA (kl ≈ k2)
[00103] O sal oxoimínio OXOS foi preparado a partir de
ABA por dupla ativação com dois equivalentes de anidrido toluenossulfônico e 2,6-lutidina em temperatura elevada. O cátion assim preparado foi isolado como um sal de ácido 2- naftilsulfônico, que ofereceu propriedades de remoção de impurezas satisfatórias. Identificar um reagente alternativo para anidrido toluenossulfônico (TsO2) foi contemplado por várias razões, incluindo a necessidade de eliminar o intermediário tosilato de longa duração DHO-OTs, que sofreu transformação lenta em OXOS em temperatura elevada (120 °C). Esse intermediário (DHO-OTs) é um agente alquilante e, portanto, uma impureza potencialmente mutagênica. Uma opção possível considerada foi isolar o intermediário cristalino DHO (Esquema 3) para aumentar o controle sobre a remoção eficaz de impurezas para uma sequência de fabricação. No entanto, isso exigiu o uso de um reagente que permitisse a ativação quimiosseletiva seletiva do álcool primário de ABA na presença do álcool benzílico secundário. Os reagentes de anidridos sulfônicos não oferecem essa vantagem. Esquema 3. Intermediários na preparação de OXOS a partir de ABA usando TS2O
[00104] A preparação de SUL a partir de OXOS foi realizada por tratamento do OXOS com ácido isopropilsulfmico na presença de t-butóxido de sódio. Essa transformação prossegue através da formação reversível de um par diastereomérico de intermediários sulfinato (SULFI) e subsequente rearranjo para o produto termodinâmico SUL, que é cristalizado a partir de acetonitrila e água (Esquema 4). O produto secundário ALC formou-se irreversivelmente sob essas condições na presença de água.
O ácido isopropilsulfmico, um óleo a 20 °C, foi preparado a partir de cloreto de isopropilmagnésio e isolado após um processamento aquoso.
A secagem azeotrópica desse reagente foi necessária antes do uso na formação de SUL para evitar a geração do produto secundário indesejado ALC em grandes quantidades.
No entanto, observou-se que o sulfinato de isopropila se decompunha por desproporção durante a secagem e, portanto, essa operação unitária foi evitada.
Consequentemente, procurou-se a verificação de um sal cristalino estável de ácido isopropilsulfmico que fosse estável sob condições de secagem e que pudesse ser designado como um material de partida regulador comercial.
Alternativamente, foi considerado um processo para a preparação in situ de um sal de ácido sulfínico a partir de cloreto de isopropilmagnésio sem um processamento aquoso e posterior reação com OXOS.
Esquema 4. Intermediários e Produtos Secundários Gerados na Preparação de SUL a partir de OXOS
[00105] A oxidação do grupo alqueno de SUL foi realizada via tratamento com cloreto de rutênio catalítico (2% em mol) e excesso de periodato de sódio (5 equivalentes). O produto bruto foi isolado como um solvato de etanol cristalino.
Vários recursos dessa etapa foram considerados indesejáveis.
Primeiro, o metal pesado usado nessa etapa teve que ser eliminado, o que foi realizado usando uma resina DARCO-G para a dispensação de primeira vez em humanos.
Adicionalmente, vários equivalentes de periodato de sódio foram necessários para realizar esse processo e o reagente teve que ser carregado no vaso de reação em porções para minimizar a formação de impurezas.
Um protocolo de tratamento a jusante complexo (extrações e filtrações) foi necessário para remover as grandes quantidades de sais utilizados para a transformação.
Além disso, várias impurezas diméricas foram geradas nessa etapa de transformação, o que tornava difícil controlar a pureza da substância farmacolófica.
O uso de um solvato de etanol do Composto A como um ponto de controle cristalino foi problemático e foi apenas moderadamente eficaz na remoção das impurezas presentes na mistura.
Além disso, o processo de cristalização teve que ser conduzido como um processo evaporativo devido à baixa concentração de etanol (5% v/v) que foi necessária para aliviar as perdas de licor mãe durante a filtração. O uso de etanol no processo de cristalização também foi observado para reduzir a robustez do processo devido à formação indesejada do éster etílico correspondente em temperaturas acima de 30 °C e a dificuldade experimentada na remoção do éster etílico do solvato de etanol desejado. De modo similar, quando o metanol foi usado na cristalização do Composto A, a formação do éster metílico correspondente em temperaturas elevadas, que também era difícil de isolar longe da substância farmacológica, reduziu significativamente a viabilidade dessa via de cristalização, especialmente ao operar em escala de multigramas. Assim, o desenvolvimento de um processo de oxidação mais consistente e sustentável para a preparação do Composto A a partir de SUL, bem como a geração de uma estratégia robusta para isolar a substância farmacológica que exibe o controle eficaz de atributos críticos foram buscados como parte de um processo comercialmente viável. Tabela 1. Modificações no Processo FIH no Processo Comercial para Preparar o Composto A Etapa de Processo Processo de FIH Solução de Processo Comercial CP1 ABA de DLAC Três equivalentes de L-Valinol Redução de equivalentes de L- usado valinol a dois OXOS de ABA DHO não é isolado Substituição de Ts2O com um reagente quimiosseletivo que permite isolamento de DHO OXOS de ABA PMI e intermediário de longa Substituição de Ts2O com um duração DHO-Ots são formados reagente que permite a formação de um intermediário que sofre conversão rápida a
OXOS SUL de OXOS Ácido isopropilssulfônico é um Descoberta de um sal cristalino líquido a 20 °C e é instável de ácido isopropilssulfônico para condições de secagem que é estável sob condições de azeótropicas secagem Composto A de SUL Catalisador de rutênio é usado Mudança de reagentes para a na última etapa última etapa Composto A de SUL É usado em excesso de periodato Mudança de reagentes para a de sódio na última etapa última etapa Isolamento de O isolamento é apenas Descoberta de um sal de Composto A como um moderamente eficaz na remoção Composto A bem adequada para solvato de etanol de impurezas e não é bem configuração de cristalização adequado para configuração de e tendo propriedades de remoção cristalização de impureza superior Isolamento de O isolamento é pouco eficaz na Desenvolver uma nova Composto A como um remoção do éster metílico cristalização da substânia solvato de etanol correspondente indesejado que farmacológica, Composto A, que poder formar no sistema de é livre de formação de cristalização usado (MeOH/H2O) impurezas Exemplo 3: Desenvolvimento de um Processo Comercial para Preparar o Intermediário OXOS
[00106] A amidação térmica de DLAC para ABA com L-valinol procedeu por meio de um mecanismo de várias etapas via intermediário éster EST (Esquema 5). A transesterificação inicial de DLAC para EST foi determinada como um processo reversível (k1 > k-1 com 2 equivalentes de L-valinol) levando a um acúmulo de EST antes do rearranjo para o produto amida ABA. Após a realização da reação a 60 °C, a conversão rápida de DLAC em EST é observada no início da reação seguida por conversão lenta de EST em ABA ao longo de vários dias (k1 > k2) (FIG. 1). Em temperaturas elevadas (115 °C) (FIG. 2), o rearranjo de EST para o ABA mais estável é mais rápido, resultando em um aumento na taxa geral da reação pelo aumento da concentração de EST. Esquema 5. Cinética de Amidação Térmica de DLAC para ABA
[00107] O processo de FIH utilizou um derretimento térmico com 3 equivalentes de L-valinol para garantir a conversão rápida de DLAC em ABA a 110 °C. Consistente com o nosso entendimento mecanicista dessa transformação, a diminuição do carregamento de L-valinol (de 3 equivalentes para 2 equivalentes) resultou em uma diminuição na taxa geral da reação, uma vez que a conversão de DLAC para EST (ki) impacta diretamente a concentração relativa de EST. Quando foram usados 2 equivalentes de L-valinol, observou-se que a reação requer 72 horas para atingir a conversão a 115 °C, enquanto se emprega tolueno (1 volume) para garantir a homogeneidade da reação. Esse tempo de processamento mais longo, no entanto, pode ser considerado justificável com base em reduções de custo significativas. A eliminação do excesso de L-valinol foi conseguida pela adição de tolueno (4 volumes) e subsequente lavagem da mistura orgânica com uma solução aquosa de ácido clorídrico. A solução orgânica resultante foi seca azeotropicamente e filtrada por desinfecção para obter ABA em 91% de rendimento de ensaio como uma solução de 28% em peso em tolueno contendo 2,7% de área de CL de DHO-OTs, 1,0% de área de CL de material de partida DLAC e 1,0% de área de CL de EST. A termólise de ABA para preparar DHO diretamente em temperaturas mais altas levou a misturas complexas de produtos.
[00108] O isolamento de intermediário DHO forneceu uma oportunidade adicional para remover impurezas do fluxo do processo e para fortalecer a estratégia de controle total para dispensar uma substância farmacológica para aplicação no mercado. Paralelamente a essa estratégia foi a identificação de condições que desassociariam a dupla ciclização desidratante de ABA em OXOS em duas reações distintas de monociclização por meio do desenvolvimento de uma ativação quimiosseletiva do álcool primário de ABA (condições A) que possibilitaria o isolamento de DHO na forma cristalina (Esquema 6). Esquema 6. Desidratação Sequencial de ABA para OXOS
[00109] Os reagentes de cloreto de sulfonila e anidrido sulfônico foram considerados não seletivos na discriminação entre os álcoois primários e secundários de ABA e eram difíceis de obter como reagentes anidros. Além disso, o uso de catalisadores ácidos também proporcionou misturas complexas de produtos. No entanto, um reagente de sal de Vilsmeier, metoximetileno-N,N-dimetilimínio metilssulfato, alcançou com sucesso a seletividade desejada. Esse reagente foi facilmente preparado sem precauções especiais tomadas para excluir a umidade e pode ser armazenado a 20 °C por vários meses sem erosão no título. Adicionalmente, exibiu reatividade mais moderada e quimiosseletividade melhorada em comparação com o sal de Vilsmeier derivado de haleto comum cloreto de clorometileno-N,N-dimetilimínio e também evitou a formação de produtos secundários de haleto de alquila. A formação de DHO a partir de ABA usando metoximetileno-N,N- dimetilimínio metilssulfato em tolueno foi avaliada na presença de várias bases inorgânicas suaves a 25 °C e a conversão para DHO foi registrada (Esquema 7). Observou-se que a reação teve melhor desempenho com KOAc, mas o NaOAc foi o preferido, devido à sua baixa higroscopicidade e seu baixo custo.
Esquema 7. Avaliação de Várias Bases na Monociclização de ABA para DHO-Ots Base Rendimento de Ensaio de DHO% Tempo de Conversão (h) KOAc 94,6% 2 NaOAc 91,9 2 LiOAc 86,5 20 K2CO3 70,4 16
[00110] A quimiosseletividade desejada dessa transformação é alcançada através da capacidade única de metoximetileno-N,N-dimetilimínio metilssulfato de sofrer transesterificação dinâmica com álcoois através da geração de intermediários imidato instáveis. Essa reversibilidade foi investigada na ativação do álcool 4-clorobenzílico (CHA) com o reagente deuterado DEU para gerar imidato IMI, que se verificou equilibrar a uma razão de 2,5/1 de CHA/IMI (Esquema 8). Com base nessa observação, é proposto que o IMABA existe em baixas concentrações durante a reação e sofre um rápido deslocamento intramolecular com a amida pendente para gerar oxazolina DHO (Esquema 8). Qualquer imidato formado por derivação do grupo álcool secundário do grupo ABA não sofre ciclização adicional em OXOS na temperatura de operação da reação (30 °C). Esquema 8. Ativação Reversível de Álcoois com Reagentes de Vilsmeier
[00111] As medições de solubilidade de equilíbrio foram reunidas para DHO em vários solventes. Observou-se que todos os valores obtidos foram acima de 2θ mg/mL a 20 °C (incluindo heptano), exceto para a água (<0,1 mg/mL), que foi selecionada como antissolvente. O acetonitrila foi selecionado como um solvente para cristalização, pois resultou na fácil remoção de impurezas quando em combinação com água. Uma curva que mostra os valores de solubilidade em diferentes momentos no processo de cristalização é apresentada na FIG. 3. Usando esse protocolo, DHO cristalino foi isolado com rendimento de 88% de DLAC em uma área de CL > 98% (Esquema 9).
[00112] Um difratômetro de raios-X de pó Bruker D8 foi usado para adquirir o padrão de PXRD de reflexão do DHO cristalino (FIG. 17) e foi equipado com um detector Braun e uma fonte de radiação Cu-Kα operando na geometria de reflexão Bragg-Brentano. Os valores de 2-teta (2θ) obtidos foram geralmente precisos com um erro de ± 0,2°. As amostras foram geralmente preparadas sem nenhum tratamento especial além da aplicação de uma leve pressão para obter uma superfície plana. As amostras foram medidas descobertas, salvo indicação em contrário. As condições de operação incluíram uma tensão de tubo de 40 kV e corrente de 40 mA. Uma fenda de divergência variável foi usada com uma janela de 3°. O tamanho do passo foi de 0,019° 2θ com um tempo do passo de 35,2 segundos. A amostra estava estática durante a medição.
[00113] Os picos listados na Tabela 2 foram identificados no padrão de PXRD de DHO cristalino Tabela 2. Picos de PXRD para DHO cristalino
Esquema 9. Processo comercial para preparar DHO a partir de
DLAC
[00114] Tendo desamarrado a ciclização desidratante dupla de ABA em OXOS, foi necessário o desenvolvimento de um método para converter DHO em OXOS. Verificou-se que o anidrido metanossulfônico (Ms2O) fornece uma conversão mais rápida em OXOS em comparação com Ts20, uma vez que DHO-OMs intermediários de mesilato potencialmente mutagênico é completamente consumido a 75 °C em 10 horas. Essa melhora é provavelmente devido ao impedimento estérico reduzido experimentado no estado de transição que leva de DHO-OMs para OXOS em comparação com aquele envolvido na ciclização de DHO-OTs para OXOS. Verificou-se que a transformação ocorreu bem com 2,6-lutidina como base em tolueno. As bases orgânicas nucleofílicas e as bases inorgânicas proporcionaram, de forma indesejável, misturas complexas de produtos. O sal mesilato de OXOS gerado durante a transformação é pouco solúvel em tolueno e forma uma camada líquida separada conforme a reação progride. Para permitir o processamento posterior, é necessário diluir a mistura reacional com diclorometano (8 V) antes da remoção dos sais de mesilato usando lavagens com ácido sulfúrico aquoso. Metátese de sal com l-naftalenossulfonato de sódio aquoso foi seguida por destilação de diclorometano, levando à cristalização de um semissolvato de sal OXOS de l- naftalenossulfonato tolueno com 90% de rendimento, 99,5% área de CL e 99,7% em peso de DHO (Esquema 10). Esquema 10. Processo Comercial para Preparar OXOS a partir de DHO.
[00115] Os procedimentos experimentais a seguir ilustram a preparação de OXOS.
[00116] Aduto de N,N-dimetilformamida dimetilssulfato: Um reator Atlas de 500 mL afixado com um condensador de refluxo e eixo de agitação superior foi carregado com sulfato de dimetila (200,0 mL, 2,11 mol, 1,0 equiv.) sob uma atmosfera de nitrogênio. O conteúdo do reator foi aquecido a 60 °C. DMF (200,0 mL, 2,56 mol, 1,2 equiv.) foi adicionado em gotas ao longo de 60 minutos (3,3 mL/min). Após a conclusão da adição, a reação foi agitada por 2 horas a 60 °C. Após a conclusão da reação, a reação foi resfriada em temperatura ambiente para proporcionar o aduto de N,N- dimetilformamida dimetilssulfato como uma solução em DMF residual (402,6 g, 2,02 mol, 95,8% de rendimento de ensaio, 82,8% em peso em DMF).
[00117] (S)-2-(2R,3R)-(3-clorofenil)-3-(4- clorofenil)-3-hidroxipropil)-N-((S)-1-hidroxi-3- metilbutan-2-il)-2-metilpent-4-enamida (ABA): Um reator ChemGlass de 5-L afixado com um condensador de refluxo e eixo de agitação superior foi carregado com (3S,5R,6R)-3- alil-5-(3-clorofenil)-6—(4-clorofenil)-3-metiltetra-
hidro-2H-piran-2-ona (DLAC) (201,8 g, 0,53 mol, 98,6% em peso, 1,0 equiv.), L-valinol (110,8 g, 1,06 mol, 2,0 equiv.) e tolueno (205 mL, 1 mL/g) sob uma atmosfera de nitrogênio. O conteúdo do reator foi aquecido sob refluxo (115 °C) com agitação constante por 72 horas. Após a conclusão da reação, a reação foi resfriada até a temperatura ambiente e diluída com tolueno (800 mL, 5 mL/g). A reação foi extinta por adição em porções de HCl 1N (1000 mL, 5 mL/g). As fases foram divididas e a camada orgânica foi subsequentemente lavada duas vezes com salmoura (2x400mL, 2 mL/g). A fase orgânica foi seca em sulfato de magnésio, filtrada através de um filtro de polimento (porosidade grossa) durante a rinsagem com tolueno, e concentrada a um volume de aproximadamente 800 mL para obter ABA como uma solução em tolueno (229,4 g, 0,48 mol, 90,5% de rendimento do ensaio, 27,9% em peso em tolueno). RMN 1H (400 MHz, CLOROFÓRMio-d) δ ppm: 7.05-
7.19 (m, 5H), 6.95 (d, J = 8.50 Hz, 2H), 6.84 (d, J = 7.67 Hz, 1H), 5.85 (d, J = 8.09 Hz, 1H), 5.57 (ddt, J = 17.13,
9.98, 7.28, 7.28 Hz, 1H), 4.91-5.03 (m, 2H), 4.71 (d, J =
4.77 Hz, 1H), 3.66 (br s, 1H), 3.57-3.63 (m, 1H), 3.51-
3.53 (m, 1H), 3.42-3.46 (m, 1H), 3.19 (br s, 1H), 2.97 (dt, J = 7.93, 4.95 Hz, 1H), 2.36 (dd, J = 13.89, 7.05 Hz, 1H), 2.13 (dd, J = 14.62, 4.87 Hz, 1H), 1.96-2.01 (m, 1H),
1.87-1.92 (m, 1H), 1.71-1.82 (m, 1H), 1.10 (s, 3H), 0.88 (d, J = 7.05 Hz, 3H), 0.86 (d, J = 7.05 Hz, 3H). RMN 13C (101 MHz, CLOROFÓRMIO-d) δ ppm: 177.47, 142.83, 140.46,
133.79, 133.67, 133.00, 129.49, 129.12, 127.96, 127.93,
127.68, 126.88, 118.64, 75.91, 63.44, 56.94, 49.51, 45.17,
42.13, 39.59, 29.06, 24.07, 19.40, 18.72.
[00118] (1R,2R,4S)-2-(3-clorofenil)-1-(4-clorofenil)- 4-((S)-4-isopropil-4,5-di-hidro-oxazol-2-il)-4-metil- hept-6-en-1-ol (DHO): Um reator ChemGlass de 5-L afixado com um condensador de refluxo e um eixo de agitação superior foi carregado com (S)-2-((2R,3R)-2-(3- clorofenil)-3-(4-clorofenil)-3-hidroxipropil)-N-((S)-1- hidroxi-3-metilbutan-2-il)-2-metilpent-4-enamida (ABA) (229,4 g, 0,48 mol, 27,9% em peso em tolueno, 1,0 equiv.) e tolueno (1145 mL, 5 mL/g) sob uma atmosfera de nitrogênio. (Observação: uma vez que o ABA é obtido como uma solução padrão em tolueno contendo 685 mL de tolueno residual, a quantidade de tolueno adicional necessária é de 460 mL). O conteúdo do reator foi aquecido a 30 °C.
NaOAc (48,3 g, 0,59 mol, 1,2 equiv.) e aducto de N,N- dimetilformamida dimetilsssulfato (174,1 g, 0,72 mol, 82,8% em peso, 1,5 equiv.) foram sequencialmente adicionados à reação.
Após agitação a 30 °C por 2 horas, a reação foi resfriada em temperatura ambiente.
A reação foi extinta com NH 4Cl aq. (750 mL, 3 mL/g) e H2O (500 mL, 2 mL/g). As fases foram divididas e a camada orgânica foi subsequentemente lavada duas vezes com salmoura (2x750 mL, 3 mL/g). A fase orgânica foi seca em sulfato de magnésio, filtrada através de um filtro de desinfecção (porosidade grosseira) enquanto rinsada com tolueno, e concentrada in vacuo. O resíduo bruto foi recristalizado de MeCN: H 2O (50:50) para obter DHO como um sólido cristalino branco (206,5 g, 0,45 mol, 87,7% de rendimento ao longo de 2 etapas corrigidas por % em peso). RMN 1H (400 MHz, CHLOROFÓRMIO-d) δ ppm: 7.07-7.21 (m, 5H), 6.99 (d, J =
8.29 Hz, 2H), 6.88 (d, J = 7.10 Hz, 1H), 5.44- 5.55 (m, 1H), 4.83-4.97 (m, 2H), 4.73 (d, J = 5.60 Hz, 1H), 4.42 (br s, 1H), 4.03 (dd, J = 8.9l, 7.67 Hz, 1H), 3.63 -3.76 (m, 2H), 3.15-3.21 (m, 1H), 2.35 (dd, J = 13.89, 7.26 Hz, 1H), 2.13-2.18 (m, 1H), 2.07-2.12 (m, 1H), 1.84 (dd, J =
14.72, 8.09 Hz, 1H), 1.48-1.60 (m, 1H), 1.09 (s, 3H), 0.94 (d, J = 6.63 Hz, 3H), 0.82 (d, J = 6.63 Hz, 3H). RMN 13C (101 MHz, CHLOROFÓRMIO-d) δ ppm: 171.99, 143.48, 140.41,
133.74, 133.35, 132.92, 129.55, 129.09, 128.24, 127.84,
127.75, 126.75, 118.33, 76.63, 71.80, 69.84, 49.36, 42.13,
39.72, 38.61, 32.48, 24.20, 19.10, 18.26.
[00119] Semissolvato de naftaleno-1-sulfonato tolueno de (3S,5S,6R,8S)-8-alil-6-(3-clorofenil)-5-(4-clorofenil)-3- isopropil-8-metil-2,3,5,6,7,8-hexa-hidro-oxazol[3,2- a]piridin-4-io (OXOS): Um reator ChemGlass de 5-L fixado com um condensador de refluxo e um eixo de agitação superior foi carregado com (1R,2R,4S)-2-(3-clorofenil)-1-(4-clorofenil)- 4-((S)-4-isopropil-4,5-di-hidro-oxazol-2-il)-4-metilhept-6- en-l-ol (DHO) (199,3 g, 0,40 mol, 93,5% em peso, 1,0 equiv.) e tolueno (1000 mL, 5 mL/g) sob uma atmosfera de nitrogênio. Anidrido metanossulfônico (88,2 g, 0,49 mol, 1,2 equiv.) e 2,6-lutidina (95,0 mL, 0,82 mol, 2,0 equiv.) foram sequencialmente adicionados à reação. O conteúdo do reator foi aquecido a 75 °C com agitação constante por 16 horas. Após a conclusão da reação, a reação foi resfriada em temperatura ambiente e diluída com diclorometano (1600 mL, 8 mL/g). A reação foi extinta com uma solução de cone. H2SO4 (45,0 mL, 0,82 mol, 2,0 equiv.) em H2O (955 mL, 5 mL/g). As fases foram divididas e a camada orgânica foi subsequentemente lavada duas vezes com uma solução aquosa de L-naftalenossulfonato de sódio (2x72,5 g, 0,31 mol, 0,75 equiv.) em H2O (2x800 mL, 4 mL/g). A fase orgânica foi seca em l-naftalenossulfonato de sódio (10,0 g, 0,04 mol, 0,1 equiv.), filtrada através de um filtro de desinfecção (porosidade grossa), enquanto rinsa com diclorometano e concentrado in vacuo. O resíduo bruto foi recristalizado a partir de tolueno para gerar OXOS como um sólido cristalino esbranquiçado (260,1 g, 0,37 mol, 90,0% de rendimento corrigido em ppm: RMN 1H 9.14 (d, J = 8.50 Hz, 1H), 8.35 (dd, J = 7.26, 1.24 Hz, 1H), 7.86 (t, J = 8.7l Hz, 2H), 7.57 (t, J = 7.70 Hz, 1H), 7.43-7.50 (m, 2H), 7.13-7.39 (m, 7,5H),
7.03-7.10 (m, 3H), 6.07 (d, J = 11.20 Hz, 1H), 5.80 (ddt, J = 17.00, 9.90, 7.39, 7.39 Hz, 1H), 5.51 (t, J = 9.74 Hz, 1H), 5.26-5.34 (m, 2H), 4.76 (ddd, J = 10.37, 4.66, 2.18 Hz, 1H), 4.62 (dd, J = 9.12, 4.77 Hz, 1H), 3.51-3.60 (m, 1H),
2.86 (t, J = 13,68 Hz, 1H), 2.65-2.71 (m, 1H), 2.55-2.60 (m,
1H), 2.35 (s, 1,5 H), 1.95 (dd, J = 13.89, 3.52 Hz, 1H),
1.52 (s, 3H), 0.54-0.67 (m, 7H). RMN 13C (101 MHz, CLOROFÓRMIO-d) δ ppm: 183.28, 142.16, 140.01, 137.71,
135.89, 134.15, 134.12, 133.28, 132.15, 130.38, 130.30,
129.95, 129.62, 129.43, 129.06, 128.90, 128.34, 128.09,
127.92, 127.66, 127.41, 127.18, 126.44, 125.88, 125.63,
125.48, 125.16, 124.28, 121.20, 73.14, 67.27, 67.06, 43.64,
43.01, 38.67, 38.56, 26.64, 22.13, 21.32, 18.08, 13.74.
[00120] Alternativamente, os DHO-OMs intermediários podem ser separados e purificados antes da conversão para
OXOS
[00121] RMN 1H (400 MHz, CLOROFÓRMIO-d) δ ppm: 7.31 (d, J = 8.4 Hz, 2H), 7.24-7.18 (m, 2H), 7.16 (s, 1H), 7.08 (d, J =
8.2 Hz, 2H), 7.07-7.01 (m, 1H), 5.59-5.43 (m, 2H), 5.01-4.83 (m, 2H), 3.84 (dd, J = 8.1, 9.5 Hz, 1H), 3.55-3.45 (m, 1H),
3.42-3.34 (m, 1H), 3.24-3.13 (m, 1H), 2.46 (s, 3H), 2.39-2.28 (m, lH), 2.28-2.14 (m, 1H), 1.98 (br dd, J = 7.8, 13.6 Hz, 1H), 1.72 (dd, J = 2A, 14.3 Hz, 1H), 1.26 (br s, 1H), 1.06 (s, 3H), 0.88 (d, J = 6.7 Hz, 3H), 0.71 (d, J = 6.7 Hz, 3H). RMN 13C (101 MHz, CLOROFÓRMIO-d) δ ppm: 169.69, 141.54,
135.61, 134.98, 133.92, 133.43, 129.82, 129.30, 128.81,
128.47, 127.82, 127.34, 118.21, 87.02, 77.22, 69.78, 47.99,
44.57, 39.96, 39.31, 38.46, 32.80, 21.85, 19.40, 18.26.
Exemplo 4: Desenvolvimento de um Processo Comercial para Preparar o Penúltimo SUL Intermediário
[00122] O tratamento de OXOS com um sal isopropilssulfinato em temperaturas elevadas leva à formação do par diastereomérico de ésteres sulfinato SULFI (Esquema 4) que é rearranjado no produto SUL mais termodinamicamente estável. Esse tipo de rearranjo sulfinato-sulfona foi descrito em processos convencionais como ocorrendo por meio de uma formação de par de íons e um mecanismo de recombinação para ésteres de sulfinato de benzidrila. No entanto, no presente processo, os resultados de um experimento de cross- over, mostrado no Esquema 11, revela que o rearranjo envolve íons dissociados. Considerando que OXOS reage quantitativamente com água em temperaturas acima de 70 °C, há ampla oportunidade para o álcool ALC a ser gerado. A menos que OXOS possa ser regenerado a partir de ALC, a água deve ser rigorosamente excluída da mistura reacional. Um trajeto para atingir esse objetivo é preparar um sal de ácido isopropilsulfmico que seja estável em condições de secagem azeotrópica, possa ser isolado em alta pureza e reaja de forma eficiente com OXOS para gerar SUL. Esquema 11. Intermediários e Produtos Colaterais Gerados na Preparação de SUL a partir de OXOS
[00123] Após a avaliação de vários candidatos de sal de ácido isopropil sufínico para atingir esse objetivo, incluindo os sais de lítio, sódio, potássio, magnésio e amônio, o sal sulfinato de cálcio di-hidratado se destacou como uma espécie estável e cristalina.
Esse sal foi preparado a partir da reação de cloreto de isopropilmagnésio com dióxido de enxofre (Esquema 12), levando à formação de ácido isopropilsulfínico após uma extinção com ácido clorídrico aquoso.
Esse material foi tratado com acetato de cálcio, o que permitiu o isolamento do isopropilssulfinato de cálcio di-hidratado (CALID) por meio de uma cristalização de reativo.
Embora um hidrato não seja a espécie ideal para uso na preparação de SUL, considerando a sensibilidade à água do processo descrito acima, o sal de cálcio era quimicamente estável (isto é, nenhum produto de desproporção observado em 48 horas) após secagem azeotrópica em tolueno em temperatura elevada (até 110 °C). Assim, a secagem da suspensão de reagente pode ser incluída como parte do processo antes da adição de OXOS e da preparação de SUL.
Ao empregar análises de difração de raios-X em pó de amostras desidratadas no forno, foi observado que o CALID sofreu uma mudança polimórfica após a secagem completa (<100 ppm de água) a <15% de UR.
No entanto, CALID é estável como um material desidratado e se converte de volta à forma di-hidratada original após a reabsorção de água em >20% de umidade relativa.
O processo de fabricação do SUL inclui a secagem das suspensões de tolueno CALID e OXOS por destilação azeotrópica sob pressão reduzida para preparar misturas contendo menos que 100 ppm de água.
As suspensões secas são então combinadas e uma troca de solvente para dimetilacetamida é conduzida (Esquema 13). A solução resultante é aquecida a 120 °C e agitada por até 20 horas. Durante esse tempo, os ésteres de sulfinato, gerados na primeira hora a 120 °C, se rarranjam para formar SUL. Os níveis típicos da impureza de ALC formado sob essas condições são 3% de área de CL. SUL é isolado com rendimento de 82% e >99,5% de área de CL após um processamento aquoso e cristalização de acetonitrila e água (escala de até 23,3 kg). Esquema 12. Preparação de isopropilssulfinato de cálcio di- hidratado (CALID) Esquema 13. Preparação de SUL usando CALID
[00124] O cloreto de isopropilmagnésio foi preparado in situ como reagente seco e empregado diretamente na fabricação de SUL, oferecendo uma estratégia alternativa para a fabricação de SUL a partir de OXOS. Como mostrado no Esquema 14, uma solução de tetra-hidrofurano de cloreto de isopropilmagnésio foi tratada com dióxido de enxofre para preparar cloreto de isopropilssulfinato de magnésio. FTIR in situ (com um pico em 1325 cm-1) foi usado para verificar o consumo completo do dióxido de enxofre. Um teste de fenantrolina foi empregado para confirmar a ausência de alquil Grignard antes do processamento subsequente. A troca de solvente para N-metilpirrolidinona (NMP) foi seguida pela adição de OXOS para produzir SUL a 120 °C ou 180 °C (Esquema 14). A eliminação de umidade indesejada e/ou hidróxido de cloreto de magnésio da mistura reacional assim preparada é um desafio. Por exemplo, quando três equivalentes de cloreto de magnésio de isopropilssulfinato são empregados em relação a OXOS, aproximadamente 5% em mol de hidróxido de cloreto de magnésio (em relação a OXOS) está presente na solução de Grignard inicial. NMP (5 volumes) e OXOS incorporam 5-10% em mol de água (em relação ao OXOS). É, portanto, difícil evitar a formação de um mínimo de 15% em mol de ALC usando esse reagente. Interessantemente, os níveis de ALC observados durante a formação de SUL sob essas condições excedem a quantidade medida de água ou hidróxido contida na mistura reacional por uma margem que depende da temperatura operacional. Um segundo mecanismo, além da abertura direta de OXOS com água ou um sal hidróxido (Esquema 4), deve ser invocado para explicar a formação de ALC. Esse mecanismo postulado envolve a reação de SULFI com cloreto de isopropilssulfinato de magnésio para fornecer ALC (Esquema 15).
[00125] Existe um mecanismo operativo que explica a conversão de ALC em SUL em temperaturas elevadas (por exemplo, 180 °C), mas não ocorre a uma taxa comercialmente adequada a 120 °C (FIG. 4). O tratamento de OXOS com cloreto de isopropilssulfinato de magnésio (3 equivalentes) em NMP (5 volumes) a 180 °C permite a formação de SUL e ALC em rendimentos de ensaio de 77% e 18%, respectivamente, após 6 minutos.
Após 80 minutos, os rendimentos do ensaio de SUL e ALC são 90% e 5%, respectivamente (FIG. 5). É proposto que os sais de magnésio atuem como ácidos de Lewis, facilitando a formação de OXOS a partir de ALC (Esquema 15). O cloreto de isopropilssulfinato de magnésio tem estabilidade fraca em temperaturas elevadas e foi observado por RMN 1H para experimentar degradação de 85% ao longo de 1 hora a 200 °C como uma solução 1 M em NMP.
Consequentemente, três equivalentes de cloreto de isopropilssulfinato de magnésio foram utilizados para realizar a transformação.
Esquema 14. Preparação de SUL a partir de OXOS usando Cloreto de Isopropilssulfinato de Magnésio
Esquema 15. Possíveis mecanismos para geração de ALC e conversão de ALC em SUL
[00126] Foi avaliada o uso de sais de isopropilssulfinato alternativos para modificar a reatividade e aumentar a estabilidade do cloreto de isopropilssulfinato de magnésio.
O tratamento de um equivalente do reagente preparado in situ com um equivalente de cloreto de zinco proporcionou resultados promissores.
Uma solução de tetra-hidrofurano de cloreto de zinco disponível comercialmente (0,5 M) foi adicionada à solução de cloreto de magnésio de isopropilssulfinato preparada como previamente descrito (Esquema 12). A nova espécie formada foi observada como sendo distinta de cloreto de isopropilssulfinato de magnésio e isopropilssulfinato de zinco por RMN 1H (FIG. 6) e sua estrutura foi postulada como sendo aquela de cloreto de isopropilssulfinato de zinco, com cloreto de magnésio gerado como um subproduto.
Uma troca de solvente para NMP (5 volumes) foi realizada e OXOS foi adicionado à mistura reacional (Esquema 16). Usando esse reagente misto, a conversão de ALC em SUL foi operada a uma taxa produtiva de
120 °C. Assim, a conversão pode ser realizada a 120 °C, evitando assim a decomposição de reagentes e intermediários de reação (FIG. 7) e condições livres de umidade muito rigorosas. Além disso, não há evidência de um mecanismo alternativo proporcionando ALC sem o envolvimento de água com esse reagente de magnésio-zinco misturado, todo o ALC gerado durante o processo pode ser contabilizado a partir dos reagentes ou solvente de entrada. Isso não quer dizer que esse sal misto não possa ser usado a 180 °C (FIG. 8), mas uma temperatura de 140 °C foi selecionada para realizar o processo, permitindo uma boa taxa de reação ao usar equivalentes limitados (1,5 equivalentes) das espécies de magnésio-zinco e proporcionando um rendimento de 90% de SUL com 7% de ALC em 7 horas. As espécies misturadas de magnésio- zinco mostraram-se estáveis a 150 °C por 16 horas por experimentos de RMN 1H. Esquema 16. Preparação de SUL a partir de OXOS usando Cloreto de magnésio-cloreto de zinco de isopropilssulfinato
[00127] A robustez desse processo foi avaliada usando um excesso de 2θ% de dióxido de enxofre durante a formação do cloreto de isopropilssulfinato de magnésio e realizando a troca de solvente para NMP após 24 horas de agitação do sal misturado a 20 °C. Foi observado que apenas 40% (por RMN 1H) do reagente sulfinato permaneceu e que 60% do material foi desproporcional para formar sulfona SSO (Esquema 15). Usar essa mistura para converter OXOS em SUL com 1,5 equivalentes do reagente resultou na formação de SUL em apenas 62% de área de CL e deixou 33% de área de CL de OXOS sem reagir, demonstrando assim uma falta de robustez para esse processo, uma vez que pode ser problemático para controlar a dosagem de dióxido de enxofre durante as operações da planta. O uso de CALID para preparar SUL, portanto representa um aspecto vantajoso do processo comercial para fabricar o Composto A. Exemplo 5: Desenvolvimento de um Processo Comercial para Preparar o Composto A
[00128] A ozonólise do grupo alqueno de SUL seguida pela oxidação do aldeído resultante no grupo de ácido carboxílico correspondente do Composto A com clorito de sódio apresenta uma alternativa mais verde para o método de óxido de rutênio/periodato de sódio usado para a fabricação inicial do Composto A. Além disso, a rota da ozonólise provavelmente eliminaria a formação de várias impurezas diméricas indesejadas que são difíceis de remover por meio da cristalização e, assim, simplificar o isolamento do produto.
[00129] No desenvolvimento de condições de reação seguras para a ozonólise, foi utilizada uma mistura aquosa (Esquema 17). Nessas condições, o intermediário ozonídeo de alta energia (OZO) é hidrolisado, evitando assim o seu acúmulo e tornando o processo seguro. A % de área de CL de OZO acumulado foi medida em relação à porcentagem volumétrica de água usada na mistura reacional de acetonitrila/água com os resultados sendo relatados na FIG. 9. Com 10% de água, a liberação de energia total para a mistura de ozonólise (20 volumes de solvente) é 92 J/g com uma temperatura de decomposição de 240 °C, o que não representa uma preocupação de segurança. Outro parâmetro que requer controle para garantir a segurança durante a ozonólise é a concentração de oxigênio da fase gasosa no vaso durante a reação. A concentração limite de oxigênio (LOC) para a combustão da mistura foi medida em 10,75 % em vol e o processo de ozonólise foi conduzido na metade do LOC (~ 5 vol% de oxigênio) para garantir uma margem confortável de segurança para evitar uma possível combustão. Esquema 17. Preparação do Composto A a partir de SUL usando um Processo em Tandem de Ozonólise-Pinnick
[00130] Dois modos diferentes de processamento têm sido praticados na configuração de GMP para essa transformação: (i) uma ozonólise semibatelada usando borrifação de ozônio em um vaso de batelada; e (ii) um processo de reator de tanque agitado contínuo. No início, um processo contínuo parece atraente para aliviar as preocupações gerais de segurança associadas ao emprego de uma reação de ozonólise em um processo comercial. Um esquemático e uma imagem do aparelho de ozonólise contínua utilizado em uma modalidade são apresentados nas FIGs. 10 e 11, respectivamente. Um modelo de gerador de ozônio CFS-3 comercializado pela Ozonia foi utilizado para processar 4,8 kg de SUL enquanto produzia aproximadamente 0,9 mol de ozônio por hora. O ozônio é gerado a partir de um suprimento de ar e introduzido por meio de uma válvula localizada no fundo de um reator de tanque agitado contínuo (CSTR), como mostrado na FIG. 10. A solução do material de partida é introduzida a uma vazão de 60 mL/minuto usando um tubo de imersão com uma saída acima da frita de vidro localizada no fundo do recipiente (capacidade de 0,9 L). A agitação vigorosa da mistura é importante para a dispersão de gás adequada e um exemplo pode ser visto na FIG. 11. Uma purga de nitrogênio no espaço superior tendo 3X a vazão do fluxo de ar introduzido no fundo é mantida, garantindo assim que menos de 5% em volume de oxigênio/ozônio esteja presente na fase gasosa. A mistura reacional é mantida a 20 °C usando o controle de camisa. Uma sonda Raman é usada na saída do CSTR para medir os níveis de resíduos SUL.
[00131] Para minimizar o risco no uso de ozonólise contínua, porções de mistura reacional acumuladas foram amostradas e a conclusão da reação foi verificada por HPLC. As porções foram carregadas para uma solução aquosa 2 M de clorito de sódio (4 equivalentes) e a mistura resultante agitada por 16 horas a 20 °C. Devido à baixa solubilidade dos intermediários do processo (ALD, PAC) em soluções aquosas, a adição da solução aquosa de clorito de sódio à corrente de reação de ozonólise é preferível à opção usada para evitar a precipitação inicial desses intermediários e representa o modo de adição usado para o processo de ozonólise semi-batelada descrito abaixo.
[00132] Uma abordagem de semibatelada para realizar a ozonólise de SUL tem as vantagens de processar com um excesso do material de partida alqueno para a maior parte da transformação e empregar uma pegada de fabricação mais simples. Foi observado que um máximo de 0,4% de área de CL de impureza DHCA foi formado usando esse modo de processo, mas uma abordagem confiável é necessária para monitorar a conclusão da reação e as condições de processamento seguras. Como descrito acima, as condições de processamento seguras para este coletor de reação são fornecidas empregando um meio aquoso e mantendo a concentração de oxigênio abaixo de 5% em volume. A corrente de gás de ar/ozônio é diluída com nitrogênio a jusante do gerador de ozônio, mas a montante da introdução do gás de reação através de um tubo de imersão no vaso de reação, como visto na FIG. 12. Um fluxo de gás de nitrogênio foi usado quatro vezes em comparação com o fluxo de ar, garantindo que o gás que entra no vaso não contenha mais do que 5% em volume de oxigênio/ozônio. Um detector de ozônio em espaço superior pode ser utilizado para monitorar a conclusão da reação para ozonólise medindo um aumento na concentração de gás de saída. No entanto, essa técnica foi considerada difícil de implementar, considerando que as mudanças medidas na concentração de ozônio de saída podem ser sutis. Por outro lado, o consumo de material de partida foi considerado linear para essa transformação (FIG. 13), permitindo assim a análise de HPLC de algumas amostras durante a transformação, juntamente com o conhecimento da saída do gerador de ozônio para prever com precisão o tempo para a conclusão da reação. Um modelo de gerador de ozônio CFS-14 comercializado pela Ozonia, permitindo uma produção máxima de aproximadamente 540 g de ozônio/hora, foi usado para processar um lote de 23 kg de SUL. No entanto, uma saída de ozônio estável é mais fácil de manter com o instrumento abaixo da capacidade máxima e, portanto, uma saída de 285 g de ozônio/hora foi utilizada para a fabricação e atingiu 6080 W de potência (80% da capacidade) e 3,1 SCFM (87,78 L) (30% de fluxo máximo de ar). A concentração de ozônio no gás de saída do gerador foi de aproximadamente 4,3% em peso usando essas configurações e essa corrente de gás foi misturada com nitrogênio (12,5 SCFM (354 L)) antes de entrar no vaso de processamento. O tempo previsto para a conclusão da reação usando a produção de gás ozônio (7,4 horas) foi excedido em 10% (8,2 horas reais). O ozônio é conhecido por reagir com a água para gerar o radical hidroxila e uma porção do ozônio é consumida dessa maneira, o que explica o excesso de ozônio que deve ser utilizado.
[00133] Para esse processamento semibatelada, o ozônio é introduzido próximo ao fundo do vaso de reação por meio de um tubo de imersão. O primeiro dispositivo avaliado para dispensar gás ao sistema de reação foi uma unidade de borrifação de ozônio padrão com tamanho de poro de 100 µm e superfície total de 0,32 pés quadrados (297,29 cm2). Ao usar esse borrifador para fornecer 15,6 SCFM (441,74 L) de fluxo de gás combinado (ar, ozônio e nitrogênio), ocorreu uma queda de pressão causando o resfriamento da superfície do borrifador.
Essa diminuição na temperatura foi acompanhada pela cristalização do material de partida SUL e do produto ALD, seguida pela obstrução dos poros do borrifador pelo material cristalizado.
A solubilidade de SUL e ALD a 10 °C em acetonitrila/água (razão de volume de 9/1) é de 25 mg/mL e 21 mg/mL, respectivamente, e, portanto, apenas cerca de 50% de qualquer material pode ser solubilizado a essa temperatura em 20 volumes da mistura de solventes usados.
Uma vez que o borrifador é obstruído por material de partida ou cristais de produto, a superfície disponível para transferência de gás diminui, e a situação é exacerbada, exigindo a interrupção do processo e reparo do borrifador.
Um borrifador de ozônio diferente foi projetado para resolver esse problema.
O borrifador alternativo incorporou orifícios de 1/8 de polegada (3,175 cm) de diâmetro perfurados em um tubo Hastelloy C22 (37 furos). Ambos os borrifadores são mostrados na FIG. 14. O impacto do uso de borrifadores na mistura reacional e nas temperaturas da superfície do borrifador em fluxo de gás típico (15 SFCM (424,75 L)) foi medido e os resultados são mostrados na Tabela 3. Como detalhado na tabela, houve uma diferença significativa (30 °C vs 11 °C, por exemplo) entre a superfície do borrifador e as temperaturas da mistura reacional para o borrifador de poro de 100 pm, causando os problemas detalhados acima.
O borrifador alternativo alivia essas preocupações.
Para evitar qualquer precipitação de SUL e ALD durante o processo de ozonólise, a transformação foi conduzida a 30 °C.
Tabela 3. Controle de Temperatura da Superfície do Borrifador usando Diferentes Borrifadores
Fluxo de Tamanho de poro de Temperatura de Temp. Gás (SFCM) borrifador mistura reacional Superficial do (°C) borrifador (°C) 15 100 12 2 15 100 30 11 15 1/8 polegada (3,175 cm) 13 11 15 1/8 polegada(3,175 cm) 25 22
[00134] Após a conclusão do processo de ozonólise, a adição da solução aquosa de clorito de sódio 2M foi observada para permitir a formação do Composto A. A mistura é tratada com bissulfito de sódio aquoso 2M para eliminar todos os oxidantes para processamento posterior. A separação de fases foi seguida pela adição de acetato de isopropila, e duas lavagens da camada orgânica com fosfato de sódio aquoso 2M (pH 6) foram conduzidas. Finalmente, a fase orgânica foi lavada com cloreto de sódio aquoso 1,1 M para preparar uma solução do Composto A em >95% de rendimento de ensaio e >98% de área de CL de pureza. Exemplo 6: Isolamento do Composto A como um Sal DABCO
[00135] Considerando que um ponto de controle de substância farmacológica que permite uma remoção robusta de impurezas não estava disponível para o ácido livre, vários sais do Composto A foram preparados e testados para descobrir um candidato eficaz para permitir a remoção fácil de impurezas. Mais de trinta sais orgânicos e cinco sais inorgânicos do Composto A foram avaliados para essa finalidade, facilitando a identificação de um sal de semi- DABCO e um sal de semi-cálcio como candidatos promissores. No entanto, o sal de semi-cálcio exibiu apenas uma remoção moderada do material de partida SUL ou da impureza de HAC, enquanto o uso do sal de semi-DABCO de acetato de isopropila (232-DAB) permitiu a remoção eficiente de ambas as espécies (IPAC = acetato de isopropila).
[00136] Cinco (5)% de área de CL de SUL e 1% de área de CL de HAC podem ser completamente removidos durante o isolamento do último sal, níveis que são significativamente mais elevados do que os observados em uma mistura reacional de oxidação de ozonólise-Pinnick típica. Observou-se que 232-DAB é um sal de semi-DABCO monossolvato cristalino estável (acetato de isopropila) por TGA e RMN 1H. Um único polimorfo do material foi identificado. A forma polimórfica e o nível de acetato de isopropila do material não foram alterados por um experimento dinâmico de sorção de vapor conduzido de 0 a 90% de umidade relativa. Além disso, um protocolo de cristalização robusto com base na temperatura e no uso de um antissolvente pode ser projetado para o sal de semi-DABCO acetato de isopropila usando acetato de isopropila e heptano.
[00137] Uma curva de solubilidade exibindo valores em diferentes intervalos de tempo no processo de cristalização é mostrado na FIG. 15. Após a adição de DABCO (0,5 equivalentes) a uma solução do Composto A em quatro volumes de acetato de isopropila a 55 °C, a solução é semeada com 232-DAB, permitindo a liberação de supersaturação e cristalização de aproximadamente 20% do material. O resfriamento a 20 °C em 2 horas faz com que outros 60% do material se cristalizem. Quatro volumes de heptano são subsequentemente adicionados para diminuir a concentração do sobrenadante para aproximadamente 5 mg/mL na preparação para a filtração em batelada. O uso desse procedimento de cristalização permite o isolamento de 232-DAB em 83% de rendimento e >99,9% de área de CL de pureza (escala de até 23,2 kg). Exemplo 7: Isolamento do Composto A
[00138] Um protocolo de cristalização aquosa foi desejado para isolar o Composto A por meio de um processo de purificação ortogonal, considerando que a cristalização de 232-DAB foi realizada em solventes orgânicos. As misturas de solvente de álcool-água não puderam ser utilizadas para a cristalização considerando a instabilidade geral do Composto A em solventes de álcool acima de 20-30 °C devido à esterificação de Fischer e a incapacidade de remover as impurezas do éster por meio da cristalização. Outras misturas aquosas com solventes miscíveis em água mostraram curvas de solubilidade íngremes que não eram adequadas para o projeto de cristalização. Em contraste, o ácido acético e a água foram adequados para cristalizar o material sem as desvantagens detalhadas acima e com boas características de crescimento. Uma temperatura robusta e cristalização à base de antissolvente foi projetada usando essa mistura de solventes e operada após uma quebra de sal em uma mistura aquosa de ácido clorídrico (2 equivalentes)/acetato de isopropila, duas lavagens subsequentes da camada orgânica com fosfato de sódio aquoso 2M (pH 6), uma lavagem com cloreto de sódio aquoso 1,1 M e uma troca de solvente de acetato de isopropila para ácido acético.
[00139] Uma curva que mostra os valores de solubilidade em diferentes momentos no processo de cristalização é representada na FIG. 16. Uma solução de ácido acético (6,6 volumes de ácido acético) do Composto A é aquecida a 55-60 °C e 4,4 volumes de água são adicionados. A solução é semeada com o Composto A, permitindo a liberação por superssaturação e cristalização de aproximadamente 30% do Composto A. A cristalização é resfriada a 20 °C em 10 horas, resultando na cristalização de outros 55% do material. Um volume de água é subsequentemente adicionado para diminuir a concentração do sobrenadante para aproximadamente 5 mg/mL em preparação para uma filtração rápida em batelada. Três lavagens com água (3x10 volumes) foram conduzidas para minimizar a presença de ácido acético residual no material isolado. O Composto A (até 18,0 kg) foi isolado usando esse protocolo em >92% de rendimento isolado (100% em peso) e >99,9% de área de CL de pureza com <200 ppm de água residual e <200 ppm de ácido acético residual.
[00140] O material foi moído usando um Pallman Universal Mill (batedor de asas, escala de até 16 kg) e os resultados estão resumidos na Tabela 4. O d50 alvo para o Composto A foi estabelecido em <35 pm com base na modelagem de absorção oral (GastroPlus v 9.0) para a faixa de doses avaliadas (60 a 480 mg) para fornecer absorção completa em pH gástrico em jejum de 1,3. Tabela 4. Distribuição de tamanho de partícula do Composto A pré e pós-moagem a seco Material d10 (µm) d50 (µm) D90 (µm) Composto A 14,6 42,5 102 não moído Composto A 3,2 19,1 43,7 moído
[00141] Foi desenvolvido um processo robusto e eficiente adequado para a fabricação comercial de uma substância farmacológica (Composto A) em alta pureza.
Aspectos significativos do processo incluem: (i) o uso de um reagente de Vilsmeier estável em bancada, metilssulfato de metoximetileno-N,N-dimetilimínio, para ativação seletiva in situ de um intermediário álcool primário; (ii) o isolamento de intermediário DHO na forma cristalina, o que aumenta a capacidade do processo de remover impurezas; (iii) o uso de um reagente de isopropilssulfinato de cálcio novo e estável na forma cristalina para garantir a preparação robusta de um intermediário sulfona; (iv) o desenvolvimento de um protocolo de ozonólise seguro conduzido em uma mistura de solvente aquoso que é adequado para um modo de fabricação em batelada ou contínuo; (v) controle de pureza potencializado do Composto A pela formação de um sal do Composto A que permite a remoção eficaz de impurezas.
O novo processo demonstrou fornecer 18 kg de Composto A puro (99,9% de área de CL) em 49,8% de rendimento geral de DLAC, representando uma melhoria significativa em relação ao processo de FIH descrito, que resultou apenas em um rendimento global de 32%.

Claims (1)

  1. REIVINDICAÇÕES EMENDADAS
    1. Processo para preparar o composto o processo caracterizado pelo fato de compreender: reagir com metilssulfato de metoximetileno-N,N-dimetilimínio.
    2. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a reação é realizada na presença de uma base.
    3. Processo, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que a base é KOAc, NaOAc, LiOAc ou K2CO3.
    4. Processo, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que a base é NaOAc.
    5. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-3, caracterizado pelo fato de que a reação é realizada em um solvente.
    6. Processo, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que o solvente é tolueno.
    7. Processo para preparar o composto o processo caracterizado pelo fato de que compreende: reagir com cloreto de isopropilssulfinato de zinco.
    8. Processo, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que a reação é realizada na presença de um sal de magnésio.
    9. Processo, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que o sal de magnésio é MgCl2.
    10. Processo, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que o cloreto de isopropilssulfinato de zinco é gerado in situ a partir de cloreto de isopropilmagnésio.
    11. Processo, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que a reação é realizada em uma faixa de 100 °C a 150 °C.
    12. Processo, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que a reação é realizada em uma faixa de 150 °C a 200 °C.
    13. Forma cristalina de (1R,2R,4S)-2-(3-clorofenil)-1- (4- clorofenil)-4-(S)-4-isopropinil-4,5-di-hidro-oxazol-2-
    il)-4-metil-hept-6-en-1-ol (DHO), caracterizada pelo fato de que um padrão de difração de raios-X em pó de reflexão compreendendo picos a 7.3° ± 0.2° 2θ, 14.5° ± 0.2° 2θ, 15.8° ± 0.2° 2θ, 15.9° ± 0.2° 2θ e 23.1° ± 0.2° 2θ, em que DHO cristalino tem um ponto de fusão de 73,86°C .
    14. Forma cristalina, de acordo com a reivindicação 13, caracterizada pelo fato de que o padrão de difração de raios- X em pó de reflexão compreende adicionalmente picos a 8.5° ± 0.2° 2θ, 10.0° ± 0.2° 2θ, 11.0° ± 0.2° 2θ, 13.4° ± 0.2° 2θ, 18.8° ± 0.2° 2θ e 22.0° ± 0.2° 2θ.
    15. Forma cristalina, de acordo com a reivindicação 14, caracterizada pelo fato de que o padrão de difração de raios- X em pó de reflexão compreende adicionalmente um ou mais de picos a 6.3° ± 0.2° 2θ, 10.5° ± 0.2° 2θ, 11.5° ± 0.2° 2θ, 12.8° ± 0.2° 2θ, 14.8° ± 0.2° 2θ, 15.2° ± 0.2° 2θ, 17.0° ± 0.2° 2θ,
    17.5° ± 0.2° 2θ, 17.8° ± 0.2° 2θ, 18.4° ± 0.2° 2θ, 19.0° ± 0.2° 2θ, 19.7° ± 0.2° 2θ, 19.9° ± 0.2° 2θ, 2θ.7° ± 0.2° 2θ, 21.2° ±
    0.2° 2θ, 21.3° ± 0.2° 2θ, 22.4° ± 0.2° 2θ, 23.6° ± 0.2° 2θ,
    24.2° ± 0.2° 2θ, 24.9° ± 0.2° 2θ, 25.7° ± 0.2° 2θ, 26.3° ± 0.2° 2θ, 27.0° ± 0.2° 2θ, 28.3° ± 0.2° 2θ, 28.7° ± 0.2° 2θ, 29.3° ±
    0.2° 2θ, 29.7° ± 0.2° 2θ, 30.8° ± 0.2° 2θ, 31.4° ± 0.2° 2θ,
    31.8° ± 0.2° 2θ, 33.0° ± 0.2° 2θ, 34.2° ± 0.2° 2θ, 35.8° ± 0.2° 2θ, 37.0° ± 0.2° 2θ e 37.5° ± 0.2° 2θ.
    16. Forma cristalina, de acordo com a reivindicação 13, caracterizada pelo fato de que a forma cristalina é um anidrato cristalino.
    17. Forma cristalina, de acordo com qualquer uma das reivindicações 13-16, caracterizada pelo fato de que os picos estão presentes quando a difração de raios-X em pó de reflexão é realizada usando radiação Cu-Kα.
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