BR112020022807B1 - Modulador dos receptores de transmembrana metabotrópicos e inotrópicos, seus usos, combinação e composição farmacêutica - Google Patents

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Abstract

''MODULADOR DOS RECEPTORES DE TRANSMEMBRANA METABOTRÓPICOS E USO DO MESMO''. A invenção refere-se a química orgânica, farmacologia e medicina e preocupa-se com o tratamento de doenças inflamatórias e autoimunes, tais como psoríase, dermatite atópica, prurido, doença de Crohn, colite, doenças gastrointestinais, tais como diarreia e síndrome do intestino irritável, doenças do trato respiratório, tais como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, bronquite, rinite e também tosse e uma série de outras doenças associadas à atividade dos receptores opioides e taquicinina e dos canais iônicos TRPV1 e TRPM8 usando um composto 2-feniletilamina N-(p- hidroxifenilacetil) fenilalanina da fórmula I. A invenção e também aduzidos farmaceuticamente aceitáveis, hidratos e solvatos dos mesmos, são agonistas de receptores opioides e antagonistas de receptores de taquicinina e dos canais iônicos TRPV1 e TRPM8. A presente invenção também se refere a composições compreendendo uma quantidade terapeuticamente eficaz do composto de acordo com a invenção.

Description

Campo da invenção
[0001] A presente invenção refere-se a química orgânica, farmaco logia e medicina e está relacionada ao tratamento de doenças inflamatórias e autoimunes, doenças gastrointestinais, doenças do trato respiratório, tosse e uma série de outras doenças, usando um composto que é um modulador de receptores de transmembrana metabotrópicos e ionotrópicos envolvidos, em particular, na nocicepção, vasodilatação, desenvolvimento de inflamação neurogênica e quimiotaxia de células do sistema imunológico.
Antecedentes da invenção
[0002] Os receptores de transmembrana metabotrópicos e iono- trópicos são os dois maiores grupos de proteínas que regulam a noci- cepção, vasodilatação, inflamação et al. processos importantes no corpo de animais e humanos. Os efeitos biológicos da maioria dos receptores de transmembrana são realizados devido à interação com moduladores endógenos ativando ou suprimindo a atividade dos receptores celulares correspondentes.
[0003] Em particular, as taquicininas endógenas e os opioides são grupos de neuropeptídeos envolvidos no desenvolvimento de inflamação neurogênica e prurido, nocicepção, vasodilatação, contração de fibras musculares e quimiotaxia de células do sistema imunológico. Os efeitos biológicos das taquicininas e opioides endógenos são percebidos devido à interação com a taquicinina (neurocinina) e os receptores metabotrópicos opioides. Esses receptores conjugados à proteína G estão disseminados nos sistemas nervoso central e periférico e estão predominantemente localizados em neurônios aferentes primários lo- calizados no trato respiratório e urinário (Life Sci. 2000; 66 (23): 222131), bem como no trato gastrointestinal (Curr Opin Endocrinol Diabetes Obes. 2016 Fev; 23 (1): 3-10; Cell Tissue Res. 2014 May; 356 (2): 319-32), derme papilar et al. compartimentos da pele (J Comp Neurol . 14 de junho de 1999; 408 (4): 567-79; Physiol Rev. janeiro de 2014; 94 (1): 265-301). A modulação da atividade de receptores de taquicinina e opioides do sistema nervoso periférico está associada a um amplo espectro de efeitos biológicos.
[0004] No trato gastrointestinal (TGI), os receptores opioides e ta- quicinina são predominantemente expressos nas células da mucosa da lâmina muscular, células imunes e em neurônios da submucosa e do plexo muscular (J Comp Neurol, 2007, 503, 381-91; Regul Pept. 2009 Jun 5; 155 (1-3): 11-7). A modulação da atividade dos receptores opioides e taquicinina no TGI tem influência na motilidade intestinal, nas atividades secretoras e imunológicas, na sensibilidade visceral e na nocicepção (Holzer P. Tachykinins. In Handbook of Biologicamente Active Peptides (Second Edition); Kastin AJ, Ed.; Elsevier, 2013; pp. 1330-1337; Regul Pept. 5 de junho de 2009; 155 (1-3): 11-7). Desse modo, por exemplo, a ativação de receptores μ-opioides (MOR) no TGI resulta na redução da dor abdominal e hiperalgesia visceral (Biochemical Pharmacology 92 (2014) 448-456). Ao mesmo tempo, a supressão da atividade do receptor de NK3 periférico, como mostrado em animais (Neurogastroenterol Motil, 2003, 15, 363-9; Neurogastroente- rol Motil, 2004, 16, 223-31), reduz a nocicepção causada pela tensão colorretal, e da mesma forma a hipersensibilidade induzida por estresse. Os receptores de taquicinina NK1 e NK2, bem como os receptores μ-opioides têm o efeito pronunciado na motilidade do TGI (Pharmacol Ther, 1997, 73, 173-217; Expert Opin Investig Drugs. 2007 Fev; 16 (2): 181-94), em vista dos quais esses receptores são os alvos mais pros- pectivos para o tratamento de doenças funcionais do intestino e, em particular, diarreia. Vários estudos pré-clínicos e clínicos, mostraram que a ativação de receptores opioides e a supressão da atividade do receptor de taquicinina reduz a secreção de íons e fluido, retarda o trânsito através do intestino delgado e intestino grosso e aumenta a pressão no esfíncter anal (Expert Opin Investig Drugs. 2007 Fev; 16 (2): 181-94; Pharmacol Ther, 1997, 73, 173-217).
[0005] É importante notar que os antagonistas de receptor de ta- quicinina duplos e triplos aparentemente são mais eficazes do que os antagonistas seletivos no tratamento de distúrbios gastrointestinais. Desse modo, por exemplo, foi demonstrado que os antagonistas de receptor de taquicinina seletivos têm efeito significativo na motilidade intestinal de animais apenas quando o componente colinérgico é bloqueado (Holzer P. Role of tachykinins in the gastrointestinal tract. In: Holzer P, editor. Tachykinins. Handbook of experimental pharmacology, vol. 164. Berlin: Springer; 2004. p. 511-58).Entretanto, enquanto simultaneamente bloqueava os três receptores de taquicinina, o peris- táltico no intestino grosso inferior da cobaia foi da mesma forma significativamente reduzido sem a participação de antagonistas de receptores de acetilcolinesterase (Gastroenterology, 2001, 120, 938-45).
[0006] Desse modo, moduladores de receptores opioides e taqui- cinina podem ser usados para a terapia de uma série de doenças inflamatórias e funcionais do TGI, como diarreia, síndrome do intestino irritável, colite, doença de Crohn, etc. Além disso, a ação simultânea em receptores opioides e taquicinina pode fornecer o efeito sinérgico no tratamento da dor abdominal crônica e distúrbios funcionais do TGI (J Med Chem. 2011 abr 14; 54 (7): 2029-2038). Além disso, a ação simultânea na sinalização de receptores de opioides e taquicininas potencialmente permite o uso de baixas doses da preparação e a redução da incidência de efeitos colaterais típicos da terapia com opioides (Regul Pept. 2009 Jun 5; 155 (1-3): 11-7).
[0007] Moduladores de receptores opioides e taquicinina podem da mesma forma ser usados para a terapia de doenças do trato respiratório. Em particular, as taquicininas são potentes constritores dos músculos lisos dos tratos respiratórios. Além disso, a ação das taquici- ninas nas células endoteliais vasculares causa a progressão da vaso- dilatação e aumenta a permeabilidade vascular da corrente sanguínea microcirculatória do trato respiratório (Drug News Perspect 1998, 11 (8): 480; BMC Pulm Med. 2011 Aug 2; 11: 41) Além disso, as taquici- ninas aumentam a secreção de glândulas mucosas e células epiteliais do trato respiratório (Pflugers Arch. 2008 Nov; 457 (2): 529-37; Physiol Rev. 2015 Out; 95 (4): 1241-319) e são quimioatrativos e ativadores potentes de células do sistema imunológico nos tecidos do trato respiratório (Drug News Perspect. Out 1998; 11 (8): 480-9; Trends Immunol. Jun 2009; 30 (6): 271-6). As taquicininas e os opioides modulam os vários reflexos pulmonares, incluindo o reflexo da tosse (Pharmacol Ther. 2009 dez; 124 (3): 354-75; Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol. 2000 out; 279 (4): R1215-23; Am J Respir Crit Care Med. 1998 Jul; 158 (1): 42-8), reflexos parassimpáticos, colinérgicos, bron- coconstritores (Nat Neurosci. 2012 Jul 26; 15 (8): 1063-7; Prog Histo- chem Cytochem. 2010 Fev; 44 (4):173-202). O papel fisiopatológico das taquicininas em doenças do trato respiratório aparentemente é mediado pela ativação dos receptores NK1 e NK2, enquanto a ativação dos receptores NK2 e NK3 participa da patogênese da tosse (Am J Respir Crit Care Med. 1998 Jul; 158 (1): 42-8; Eur J Pharmacol. 23 de agosto de 2002; 450 (2):191-202). Além disso, as taquicininas parecem modular efetivamente a atividade dos receptores ionotrópicos (Neuropeptides. Fev 2010; 44 (1): 57-61), em particular, os canais iô- nicos TRPV1 e TRPM8 envolvidos na detecção e regulação da percepção sensorial da temperatura e expressos em neurônios aferentes primários e em tecidos adjacentes do trato respiratório (Gut. 2008 Jul; 57 (7): 923-9; J Neurosci. 2008 Jan 16; 28 (3): 566-75). Além do envolvimento do TRPV1 na patogênese da tosse e rinite, ele desempenha um papel importante no desenvolvimento da sensibilidade à dor (Expert Opin Ther Pat. 2012 Jun; 22 (6): 663-95; Recent Pat CNS Drug Discov. 2013 Dec; 8 (3): 180-204; Expert Opin Investig Drugs. Set 2012; 21 (9): 1351-69). Em uma série de estudos clínicos e em modelos animais, foi demonstrado que a administração de antagonistas do canal iônico TRPV1 aumenta o limiar de resposta à tosse (J Allergy Clin Immunol. 2014 Jul; 134 (1): 56-62), e da mesma forma reduz a intensidade dos sintomas de DPOC (Am J Respir Crit Care Med. 2016, 15; 193 (12): 1364-72; Sci Transl Med. 2012 Nov 7; 4 (159): 159ra147) e asma (Br J Pharmacol. Julho de 2012; 166 (6):1822-32). Ao mesmo tempo, é importante observar que os receptores de taquicinina e opioi- des estão conectados aos canais iônicos TRPV1 por um sistema de realimentação complexo. Desse modo, por exemplo, a ativação de TRPV1 resulta no desenvolvimento de tolerância a analgésicos opioi- des (Channels (Austin). 2015; 9 (5): 235-43). Por esse motivo, a ativação de receptores opioides com a supressão simultânea da atividade do canal iônico TRPV1 é uma estratégia eficaz para tratar sintomas de dor de diversas doenças. Por outro lado, a supressão da atividade do canal iônico TRPV1 resulta na redução da produção de taquicininas e na diminuição da intensidade da inflamação neurogênica (Pulm Pharmacol Ther. 2018 Abr; 49: 1-9). Em contraste com o canal iônico TRPV1 ativado por uma alta temperatura, um canal iônico TRPM8 é ativado em uma temperatura dos tecidos adjacentes abaixo de 30°C. A ativação do TRPM8 resulta na expressão aumentada de citocinas pró- inflamatórias e na hipersecreção de muco pelas células epiteliais brônquicas humanas (Inflamation. 2018 Ago; 41 (4): 1266-1275) e cavidade nasal (Medicine (Baltimore). 2017 Ago; 96 (31): e7640). Desse modo, a ativação de receptores opioides, juntamente com a supressão da atividade dos receptores de taquicinina e canais iônicos TRPV1 e TRPM8, podem ter o efeito sinérgico no tratamento da tosse como sintoma característico para várias doenças do trato respiratório, tais como asma, fibrose pulmonar, DPOC e bronquite. É importante observar que, de acordo com dados literários, moduladores de receptores opioi- des e taquicinina, canais iônicos TRPV1 e TRPM8 podem ter ação patogênica direta sobre essas doenças do trato respiratório. Desse modo, em particular, foi demonstrado em estudos clínicos que os antagonistas de receptor de taquicinina inibem o broncoespasmo e reduzem a hiper-reatividade das vias aéreas em pacientes com asma (Eur Res- pir J. 2004 Jan; 23 (1): 76-81; Pulm Pharmacol Ther. 2006; 19 (6): 4138; BMC Pulm Med. 2011 Aug 2; 11:41). Em pacientes com DPOC, as inalações de morfina resultaram no alívio substancial da respiração curta et al. sintomas da doença (BMC Pulm Med. 2017 dez 11; 17 (1): 186).
[0008] Moduladores de receptores opioides e taquicinina e canais iônicos TRPV1 e TRPM8 podem da mesma forma ser usados na terapia de doenças inflamatórias e autoimunes, em particular para a terapia de prurido em psoríase e dermatite atípica (Br J Dermatol. 2019 Jan 8, J Am Acad Dermatol. Março de 2018; 78) edor sintomática na doença de Crohn e colite ulcerativa (Pharmaceuticals (Basel). 30 de Março de 2019; 12 (2); Inflamm Bowel Dis. Fevereiro de 2015;21(2): 419-27). A ativação dos canais iônicos TRPV1 localizados nas terminações nervosas sensoriais e tecidos adjacentes da pele resulta no aumento significativo na produção da substância P e outras taquicini- nas endógenas e no desenvolvimento de inflamação neurogênica (Br J Dermatol. 2019 Jan 8). Além disso, o aumento da produção de substância P resulta na ativação mediada por NK1 de mastócitos,no aumento da produção do fator de necrose de tumor e no desenvolvimento de prurido (J Am Acad Dermatol. 2018 Mar; 78 (3 Suppl 1): S63 -S66). Em estudos clínicos, foi demonstrado o envolvimento dos receptores de substância P e NK1 no desenvolvimento de prurigo, em que o antagonista de receptor de NK1 reduziu de forma confiável a intensidade dos sintomas da doença em comparação com os valores basais (Acta Derm Venereol. 2018 Jan 12; 98 (1):26-31). Desse modo, a supressão da atividade dos canais iônicos do TRPV1 e dos receptores de taquici- nina é a possível abordagem terapêutica para tratar dermatite atópica, prurigo e outras doenças acompanhadas do desenvolvimento de prurido.
[0009] É possível concluir com base em dados literários que a es tratégia direcionada à ativação de receptores opioides com a supressão simultânea da atividade dos receptores de taquicinina, canais iôni- cos TRPV1 e TRPM8 é a abordagem possível para o tratamento de doenças inflamatórias e autoimunes (tais como psoríase, dermatite atópica, doença de Crohn e colite ulcerativa), doenças gastrointestinais (como síndrome do intestino irritável, colite e obstrução intestinal pós-operatória), doenças do trato respiratório (tais como asma, DPOC, bronquite, rinite) e tosse, incluindo tosse no caso de fibrose pulmonar, bronquite, asma, DPOC e outras doenças.
[00010] Vários agonistas do receptor opioide, antagonistas de receptor de taquicinina e antagonistas dos canais iônicos TRPV1 e TRPM8, incluindo antagonistas de NK1 seletivos e antagonistas de NK1 / NK2 mistos de receptores baseados em derivados de 3-ciano-1- naftamida de alta afinidade (WO2001077089, WO2002026724) ou amida de ácido naftoico (WO2001077069, WO2000059873) são conhecidos até agora. É importante observar que nenhum composto que seja agonista de receptores opioides, antagonista de receptores de taquicinina e de canais iônicos TRPV1 e TRPM8 é descrito na literatura científica. Como exemplos das invenções próximas, é possível indicar o funcionamento da empresa Boehringer Ingelheim, que principal- mente refere-se a derivados de arilglicinamida (EP1295599) para o tratamento de doenças inflamatórias da pele. A empresa Menarini Group realiza o desenvolvimento de um antagonista de ciclo-hexa- peptídeo bicíclico glicosilado do receptor de NK2 para o tratamento da síndrome do intestino irritável (Br J Pharmacol. Set 2001; 134 (1): 21523, Eur J Pharmacol. 7 Nov 2006; 549(1-3):140-8). Os análogos mais próximos do composto que é o objeto da presente invenção são determinados em publicações da empresa Ciba-Geigy (WO1996026183). Antagonistas não seletivos de receptores de taquicinina compreendendo derivados de fenilalanina para o tratamento de doenças do sistema nervoso central são descritos aqui. No entanto, nas estruturas dos compostos publicados pela empresa Ciba-Geigy, os ligantes contêm dois substituintes de éster que reduzem significativamente a esta-bilidade metabólica do composto.
[00011] Desse modo, até o momento, não existe um fármaco agindo como um agonista de receptores opioides, antagonista de receptores de taquicinina e dos canais iônicos TRPV1 e TRPM8, que seria utilizado na terapia de doenças inflamatórias e autoimunes, gastrointestinais, pulmonares e respiratórias. Portanto, ainda existe a necessidade de desenvolvimento e introdução na prática clínica de novos fár- macos eficazes compreendendo compostos moduladores de receptores opioides e taquicininas, além dos canais iônicos TRPV1 e TRPM8.
[00012] A presente invenção refere-se à obtenção e utilização de um novo composto químico que é eficaz na ativação de receptores opioides, bem como na supressão da atividade de receptores de ta- quicinina e canais iônicos TRPV1 e TRPM8, na terapia de processos inflamatórios, autoimunes doenças, doenças do trato gastrointestinal, tratos respiratórios e tosse.
Descrição da invenção
[00013] É um objetivo da presente invenção fornecer um novo fár- maco que é um agonista de receptores opioides (μ, delta e capa), antagonistas de receptores de taquicinina (NK1, NK2 e NK3) e canais iôni- cos TRPV1 e TRPM8, o referido fármaco é eficaz para o tratamento de doenças inflamatórias e autoimunes, doenças do trato gastrointestinal, doenças do trato respiratório e tosse.
[00014] O resultado técnico da presente invenção é o desenvolvimento e produção de agonista eficaz de receptores opioides, antagonistas de receptores de taquicinina e dos canais iônicos TRPV1 e TRPM8, o que torna possível a utilização do composto na aplicação oral e tópica no tratamento da tosse, asma, DPOC, bronquite, rinite, diarreia, síndrome do intestino irritável, doença de Crohn, colite, psorí- ase, dermatite atópica, prurido, bem como outras doenças associadas à atividade dos receptores de opioides e taquicinina e dos canais iôni- cos TRPV1 e TRPM8.
[00015] O resultado técnico acima é obtido usando um composto 2- feniletilamida N-(p-hidroxifenilacetil)fenilalanina (Composto I) ou um aduto, hidrato, solvato como agonista de receptores opioides, antagonista de receptores de taquicinina, bem como de canais iônicos TRPV1 e TRPM8.
[00016] A presente invenção da mesma forma refere-se a um mo- dulador de receptores opioides e taquicinina, bem como de canais iô- nicos TRPV1 e TRPM8, que representa o Composto I.
[00017] A invenção da mesma forma refere-se a um processo para a preparação de um composto 2-feniletilamida N-(p-hidroxifenilacetil) fenilalanina.
[00018] A presente invenção da mesma forma refere-se ao uso de um composto 2-feniletilamida N-(p-hidroxifenilacetil)fenilalanina ou um aduto, hidrato, solvato do mesmo para a preparação de uma composição farmacêutica para a prevenção e/ou tratamento de doenças inflamatórias, autoimunes, doenças gastrointestinais, doenças respiratórias, tosse, tal como asma, DPOC, bronquite, rinite, diarreia, síndrome do intestino irritável, doença de Crohn, colite e da mesma forma outras doenças associadas à atividade de receptores opioides, receptores de taquicinina (NK1, NK2 e NK3), canais iônicos TRPV1 e TRPM8.
[00019] Além disso, a invenção refere-se a uma composição farmacêutica para a prevenção e/ou tratamento de doenças, doenças respiratórias, doenças do trato urinário, doença gastrointestinal, tosse, tal como asma, DPOC, bronquite, rinite, síndrome do intestino irritável, doença de Crohn, colite, psoríase, dermatite atópica, prurigo, bem como outras doenças associadas à atividade de receptores opioides e taquicinina, bem como canais iônicos TRPV1 e TRPM8, a composição farmacêutica compreendendo uma quantidade eficaz do Composto I de acordo com a invenção e pelo menos um adjuvante farmaceutica- mente aceitável. Em algumas modalidades, o adjuvante é um veículo e/ou excipiente farmaceuticamente aceitável.
[00020] A invenção da mesma forma compreende um método para prevenir e/ou tratar um distúrbio associado à atividade de opioides, receptores de taquicinina e canais iônicos TRPV1 e TRPM8 em um indivíduo com necessidade de tal tratamento, o método compreendendo a administração da composição farmacêutica de acordo com a invenção ao referido indivíduo. Em algumas modalidades não limitantes da invenção, a doença é tosse, asma, DPOC, bronquite, rinite, diarreia, síndrome do intestino irritável, colite, psoríase, dermatite atópica. Em modalidades particulares da invenção, o organismo é um organismo de um ser humano ou de um animal.
[00021] A invenção refere-se a um método de prevenção e/ou tra- tamento de um distúrbio associado à atividade de opioides, receptores de taquicinina e canais iônicos TRPV1 e TRPM8 em um indivíduo em necessidade de tal tratamento, o método compreendendo a administração de uma quantidade terapeuticamente eficaz do Composto I ao referido indivíduo.
[00022] A invenção da mesma forma refere-se a um método para prevenir e/ou tratar tosse, asma, COPD, bronquite, rinite, diarréia, sín- drome do intestino irritável, doença de Crohn, colite, psoríase, dermatite atópica, prurigo em um indivíduo que necessite de tal tratamento, o método compreendendo a administração de uma quantidade terapeu- ticamente eficaz do Composto I ao referido indivíduo.
[00023] A invenção da mesma forma refere-se ao uso do Composto I na fabricação de um medicamento.
[00024] A presente invenção da mesma forma refere-se a uma combinação compreendendo o Composto I em combinação com um ou mais outros agentes terapêuticos adicionais.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[00025] O Composto I da presente invenção pode ser preparado usando várias técnicas de síntese bem conhecidas, incluindo o uso das técnicas de síntese descritas abaixo.
[00026] Durante o rastreamento de alvos farmacológicos do Composto I, foi surpreendentemente descoberto que o Composto I é um agonista de receptores μ, delta e capa opioides, um antagonista de um receptor de taquicinina de primeiro, segundo e terceiro tipo e um blo- queador de canais iônicos TRPV1 e TRPM8.De acordo com o espectro de alvos terapêuticos determinados experimentalmente do Composto I, indicações foram determinadas em que o uso do Composto I era o mais promissor. Foi constatado que o uso do Composto I é prospectivamente para a terapia de doenças inflamatórias e autoimu- nes (tal como psoríase, dermatite atópica, doença de Crohn, colite ul- cerativa), distúrbios gastrointestinais (tal como diarreia, síndrome do intestino irritável), doenças respiratórias (tal como tosse, asma, DPOC, bronquite, rinite) e da mesma forma prurigo.
[00027] Desse modo, o Composto I é o novo agonista de receptores opioides, um antagonista de receptores de taquicinina e dos canais iônicos TRPV1 e TRPM8, pode ser usado para o tratamento de tosse, asma, DPOC, bronquite, rinite, diarréia, síndrome do intestino irritável, doença de Crohn, colite, psoríase, dermatite atópica, prurigo.
TERMOS E DEFINIÇÕES
[00028] O termo «Composto I» refere-se a um 2-feniletilamida N- (p-hidroxifenilacetil)fenilalanina que é da mesma forma representado pela fórmula estrutural:
[00029] O termo «C» quando é usado com referência a uma temperatura significa escala centígrada ou escala de temperatura Celsius.
[00030] O termo «IC50» significa a concentração do composto sob o teste, na qual a metade da inibição máxima de uma enzima é alcançada.
[00031] O termo «adutos farmaceuticamente aceitáveis» ou «adutos» inclui um produto de uma adição direta de moléculas entre si, que são obtidos usando compostos relativamente não tóxicos. Exemplos de adutos não tóxicos farmaceuticamente aceitáveis podem ser adutos formados por derivados de nitro atóxicos ou ureia. Outros adutos farmaceuticamente aceitáveis são adutos de tensoativos não iônicos, ciclodextrinas e outros, e da mesma forma complexos de transferência de carga (π-adutos). É necessário notar que o termo "adutos" da mesma forma inclui adutos não estequiométricos.
[00032] O termo «solvato» é utilizado para descrever um complexo molecular compreendendo o composto de acordo com a invenção e uma ou mais moléculas de um solvente farmaceuticamente aceitável, por exemplo, etanol. O termo «hidrato» é usado quando o solvente indicado é água.
[00033] O termo «estímulo aberrante» das terminações nervosas sensoriais no presente documento é o estímulo que difere significativamente de uma linha de referência no corpo na ausência de patologia. O estímulo aberrante pode ser causado pelo transbordamento de células do sistema imunológico ao órgão ou tecido, a anormalidade dos processos resultando no estímulo das terminações nervosas sen- soriais e da mesma forma por outros fatores.
[00034] O termo «adjuvante» significa qualquer substância inorgânica ou orgânica farmaceuticamente aceitável que está presente na formulação de um medicamento ou é usada no processo de produção, fabricação de um medicamento para conceder a ele propriedades físico-químicas necessárias.
[00035] Os termos «tratamento», «terapia» englobam o tratamento de condições patológicas em mamíferos, de preferência em humanos, e compreendem: a) reduzir, b) bloquear (interromper) o curso da doença, c) melhorar a gravidade da doença, ou seja, indução da regressão da doença, d) reversão da doença ou condição para a qual o termo é usado, ou um ou mais sintomas da doença ou condição.
[00036] Os termos «profilaxia», «prevenção» englobam a eliminação dos fatores de risco, bem como o tratamento profilático das fases subclínicas da doença em mamíferos, de preferência em humanos, direcionado para a diminuição da probabilidade de ocorrência de estágios clínicas da doença. Os pacientes para terapia profilática são selecionados com base em fatores que, com base em dados conhecidos, envolvem o aumento do risco de origem dos estágios clínicos da do- ença em comparação com a população. A terapia preventiva é a) prevenção primária e b) prevenção secundária. A prevenção primária é definida como o tratamento preventivo em pacientes que ainda não atingiram o estágio clínico da doença. A prevenção secundária é a prevenção da recorrência da mesma condição clínica ou similar da doença.
[00037] O Composto I que é um objeto da invenção é a perspectiva para o tratamento de doenças associadas à estímulo aberrante de terminações nervosas sensoriais e a atividade de mediadores mediados pela sua ação em receptores opioides, receptores de taquicinina (NK1, NK2 e NK3), canais iônicos TRPV1 e TRPM8, em particular, para a terapia de doenças respiratórias (tal como tosse, asma, bronquite crônica, rinite), doenças gastrointestinais (tal como síndrome do intestino irritável, doença de Crohn, colite, obstrução intestinal pós- operatória), doenças urinárias sistêmicas e locais, incluindo fornecido por alterações patológicas iniciais, ou associado a várias doenças ou administração crônica de alguns medicamentos.
[00038] Em algumas modalidades particulares, os compostos de acordo com a invenção podem ser usados para o tratamento de outras doenças associadas à situação aberrante de terminações nervosas sensoriais.
MÉTODO DE USO TERAPÊUTICO DE COMPOSTOS
[00039] É um objetivo da invenção da mesma forma inclui a administração a um indivíduo em necessidade do tratamento correspondente de uma montagem terapeuticamente eficaz do composto de acordo com a invenção.
[00040] A quantidade terapeuticamente eficaz significa uma quantidade de um composto que é administrado ou liberado a um paciente em que a resposta desejada ao tratamento (profilaxia) no paciente provavelmente se torna aparente. A quantidade exata necessária pode variar de indivíduo para indivíduo, dependendo da idade, peso corporal e condição geral do paciente, a gravidade da doença, um método de administração de um medicamento, o tratamento de combinação usando outros medicamentos e similar.
[00041] Um composto da invenção ou uma composição farmacêutica compreendendo um composto pode ser administrado a um paciente em qualquer quantidade (de preferência, a dose diária da substância ativa é de até 0,5 g por paciente por dia, mais preferivelmente a dose diária é 5- 50 mg/dia) e por qualquer rotina de administração (de preferência uma rotina oral de administração) eficaz para tratar ou prevenir uma doença.
[00042] Depois de misturar o fármaco com um transportador farma- ceuticamente aceitável específico adequado na dosagem desejada, as composições da invenção podem ser administradas a um humano ou outros animais por rotina oral, parenteral, tópica (por inalação, intranasal, epicutânea) e similar.
[00043] A administração pode ser realizada uma ou várias vezes diariamente, semanalmente (ou em qualquer outro intervalo de tempo) ou de vez em quando. Além disso, um ou mais compostos podem ser administrados a um paciente diariamente por um período específico de dias (por exemplo, 2-10 dias), seguido por um período sem a ingestão do fármaco (por exemplo, 1-30 dias).
[00044] No caso de quando o composto da invenção é usado como parte do regime de terapia de combinação, uma dose de cada um dos componentes da terapia de combinação é administrada durante o período de tratamento desejado. Os compostos que constituem a terapia de combinação podem ser administrados ao corpo do paciente simultaneamente, na forma de uma dosagem contendo todos os componentes, e na forma de dosagens individuais dos componentes.
Composições Farmacêuticas
[00045] A invenção da mesma forma refere-se a composições farmacêuticas que compreendem o composto de acordo com a invenção (ou um pró-fármaco ou outro derivado farmaceuticamente aceitável) e um ou mais veículos, adjuvantes, solventes e/ou excipientes farmaceu- ticamente aceitáveis, tais que podem ser administrados ao corpo do paciente em combinação com o composto que é a essência da presente invenção e que não tem influência na atividade farmacológica do composto e não são tóxicas quando administradas em doses suficientes para administrar a quantidade terapêutica do composto.
[00046] As composições farmacêuticas reivindicadas na invenção compreendem o composto de acordo com a invenção em combinação com veículos farmaceuticamente aceitáveis, que podem compreender quaisquer solventes, diluentes, dispersões ou suspensões, tensoati- vos, agentes isotônicos, espessantes e emulsificantes, conservantes, materiais coesivos, deslizantes e similar, adequado para a forma particular de dosagem. Os materiais que podem servir para transportadores farmaceuticamente aceitáveis compreendem, porém não são limitados a mono e oligossacarídeos, e da mesma forma seus derivados; gelatina; talco; excipientes tais como óleo de cacau e cera para supositórios; óleos tais como amendoim, semente de algodão, cártamo, gergelim, oliva, milho e óleos de soja; glicois, tais como propileno gli- col; ésteres, tais como oleato de etila e laurato de etila; ágar; agentes de tamponamento, tais como hidróxido de magnésio e hidróxido de alumínio; ácido algínico; água livre de pirogênio; solução isotônica, solução de Ringer; álcool etílico e tampões de fosfato. A composição pode da mesma forma compreender outros lubrificantes não tóxicos compatíveis, tais como lauril sulfato de sódio e estearato de magnésio, bem como colorantes, formadores de película, adoçantes, sabores e aromatizantes, conservantes e antioxidantes.
[00047] O assunto desta invenção é da mesma forma as formas de dosagem, nomeadamente uma classe de composições farmacêuticas, cuja formulação é otimizada para uma rotina específica de administração ao corpo em uma dose terapeuticamente eficaz, por exemplo, para a administração ao corpo por rotina oral, topicamente, por inalação, por exemplo, na forma de spray de inalação, ou por rotina intravascular, intranasal, subcutânea, intramuscular, bem como por método de infusão, nas dosagens recomendadas.
[00048] As formas de dosagem farmacêutica da presente invenção podem compreender formulações obtidas por métodos de uso de li- possomas, por métodos de microencapsulação, um método de preparação de nanoformas ou por outros métodos conhecidos na indústria farmacêutica.
[00049] Ao preparar a composição, por exemplo, na forma de um comprimido, um princípio ativo é misturado com um ou mais excipien- tes farmacêuticos, tais como gelatina, amido, lactose, estearato de magnésio, talco, sílica, goma arábica, manitol, celulose microcristalina, hipromelose ou compostos similares.
[00050] Os comprimidos podem ser revestidos com sacarose, um derivado de celulose ou outros materiais adequados para revestimento. Os comprimidos podem ser preparados de várias maneiras, tais como compressão direta, granulação seca ou úmida ou fusão quente.
[00051] Uma composição farmacêutica na forma de uma cápsula de gelatina pode ser obtida misturando o princípio ativo com outras substâncias e carregando a mistura resultante em cápsulas moles ou duras.
[00052] Para a administração parenteral, suspensões aquosas, soluções salinas isotônicas ou soluções injetáveis estéreis são usadas, que contêm agentes farmacologicamente compatíveis, por exemplo, propileno glicol ou butileno glicol.
Exemplos de composições farmacêuticas
[00053] Uma substância descrita na invenção pode ser usada para a prevenção e/ou tratamento de doenças em humanos ou animais na forma das seguintes formulações (o ingrediente ativo significa a «Substância»):
[00054] Estas formulações podem ser preparadas de acordo com procedimentos farmacêuticos padrões. Os comprimidos (I)-(II) podem ser revestidos por um revestimento entérico com a utilização de, por exemplo, ftalato de acetato de celulose.
USO DO COMPOSTO I EM TERAPIA DE COMBINAÇÃO
[00055] Independentemente do fato de que o Composto I de acordo com a invenção pode ser administrado como um agente farmacêutico ativo individual, ele pode da mesma forma ser usado em combinação com um ou mais outros agentes, em particular o outro agente pode representar um supressor de reflexo de tosse (codeína, glaucina, butamirato, bitiodina), um agente mucolítico (bromexina, ambroxol), um agente mucorregulador (carbocisteína), um expectorante (tomilho, iodeto de potássio, broncolitina), um antibiótico, NSAID ou outro agente anti-inflamatório e similar. No caso de ingestão conjunta, os agentes terapêuticos podem representar diferentes formas de dosagem farmacêutica que são administradas simultaneamente ou sequencialmente em momentos diferentes, ou os agentes terapêuticos podem ser combinados em uma forma de dosagem farmacêutica.
[00056] A frase "terapia de combinação" em relação aos compostos da invenção em combinação com outros agentes farmacêuticos significa a administração simultânea ou sequencial de todos os agentes que irão de alguma forma fornecer o efeito benéfico da combinação de fármacos. A coadministração implica, em particular, a coadministração, por exemplo, em um comprimido, cápsula, injeção ou outra forma, tendo uma proporção fixa de substâncias ativas, bem como a administração simultânea em várias formas de dosagem separadas para cada composto, respectivamente.
[00057] Desse modo, a administração do composto da invenção pode ser realizada em combinação com terapias adicionais conhecidas por aqueles versados no campo da prevenção e tratamento de doenças correspondentes, incluindo o uso de fármacos antibacterianos e anti-inflamatórias, fármacos para suprimir os sintomas ou efeitos co- laterais de um dos medicamentos.
[00058] Se a forma de dosagem farmacêutica for uma dose fixa, a combinação usa o composto da invenção dentro de uma faixa de dosagem aceitável. O Composto I da invenção pode da mesma forma ser administrado a um paciente sequencialmente com outros agentes, quando a combinação desses medicamentos não for possível. A invenção não está limitada à sequência de administração; o composto da invenção pode ser coadministrado ao corpo do paciente antes ou após a administração de outro medicamento. PREPARAÇÃO DE COMPOSTOS DE ACORDO COM A INVENÇÃO Preparação de um 2-feniletilamina N-(p-hidroxifenilacetil)fenilalanina:
[00059] 2-(2-(4-hidroxifenil)acetomido)-3-fenilpropanoato de (S)- metila (04) (1,50 g, 5,29 mmol), feniletilamina (0,86 g, 6,35 mmol, 1,2 Eq), TBTU tetrafluoroborato de (2-(1H-benzotriazol-1-il)-1,1,3,3- tetrametilurônio) (2,04 g, 6,35 mmol, 1,2 Eq) e trietilamina (0,64 g, 6,35 mmol, 1,2 Eq) são dissolvidos em 20 ml de acetonitrila seca e misturados em temperatura ambiente durante 5 horas. A massa de reação foi diluída com solução a 3% de carbonato de potássio (500 ml) e extraída com diclorometano (2-40 ml). O extrato foi lavado com água, foi seco com sulfato de sódio e o solvente foi removido sob vácuo. O resíduo obtido após a evaporação (1,65 g) foi purificado com o auxílio de HPLC preparativa. Como o resultado, 1,1 g de um produto tendo a pureza de 99% pelos dados de HPLC analítica foi preparado. APCI-MS (m/z (intensidade)): 402,90 ([M+H]+, 100%). 1H RMN (400 MHz, DMSO-d6) δ 9,05 (s, 1H), 7,94-7,83 (m, 2H), 7,307,09 (m, 10H), 6,92-6,84 (m, 2H), 6,64-6,56 (m , 2H), 4,43 (td, J = 8,8, 5,2 Hz, 1H), 3,36-3,12 (m, 4H), 2,90 (dd, J = 13,7, 5,2 Hz, 1H), 2,792,60 (m, 3H).
A característica da atividade biológica dos compostos de acordo com a invenção
[00060] A atividade biológica do Composto que é o objetivo da presente invenção foi estudada em diferentes experiências in vitro e in vivo. Em particular, após o estudo da atividade do Composto I em diferentes modelos in vitro e in vivo, o efeito inibitório do Composto I no modelo de tosse induzida pela administração de capsaicina em cobaias.
[00061] Estudos da atividade biológica do Composto I in vitro permitiram estabelecer que o Composto I é um agonista de receptoreso- pioides, um antagonista de receptores de taquicinina e dos canais iô- nicos TRPV1 e TRPM8. Ao que tudo indica, a atividade do Composto I em modelos de tosse e da mesma forma em diferentes modelos de distúrbios gastrointestinais está associada à influência nas proteínas acima mencionadas.
Exemplo 1. O estudo do efeito do Composto I na atividade do receptor de taquicinina tipo 1
[00062] O Composto I foi dissolvido em DMSO em uma concentração de 100 mM; em seguida, a solução da matéria-prima foi diluída em série com DMSO. A concentração inicial máxima da substância é 100 μM. O efeito foi determinado em 8 concentrações de composto de teste, cada concentração foi investigada duas vezes. As células U373 que expressam NK1R humano foram utilizadas na experiência, as referidas células após a pré-incubação com um agonista [Sar9,Met(O2)11]-SP (1 nM) foram incubadas com o Composto I. A atividade dos receptores foi determinada pela concentração de cálcio intracelular usando espectroscopia de fluorescência (Glia. 1992; 6 (2): 89-95).
[00063] Foi estabelecido como resultado do estudo que o Compos- to I é um antagonista de receptor de taquicinina tipo 1 tendo IC50=59 μM.
Exemplo 2. O estudo do efeito do Composto I na atividade do receptor de taquicinina tipo 2
[00064] O Composto I foi dissolvido em DMSO em uma concentração de 100 mM; em seguida, a solução da matéria-prima foi diluída em série com DMSO. A concentração inicial máxima de substância é 100 μm. O efeito foi determinado em 8 concentrações de composto de teste, cada concentração foi investigada duas vezes. Células CHO que expressam NK2R humano foram usadas na experiência, as referidas células após a pré-incubação com um agonista [Nleu10]-NKA-(4-10) (10 nM) foram incubadas com o composto de teste. A atividade dos receptores foi determinada pela concentração de cálcio intracelular usando espectroscopia de fluorescência (Biochem Biophys Res Commun. 16 de maio de 1994; 200 (3): 1512-20).
[00065] Foi estabelecido como resultado do estudo que o Composto I é um antagonista de receptor de taquicinina tipo 2 tendo IC50=6,4 μM.
Exemplo 3. O estudo do efeito do Composto I na atividade do receptor de taquicinina tipo 3
[00066] O Composto I foi dissolvido em DMSO em uma concentração de 100 mM; em seguida, a solução da matéria-prima foi diluída em série com DMSO. A concentração inicial máxima da substância é 100 μM. O efeito foi determinado em 5 concentrações de compostos de teste, cada concentração foi investigada duas vezes. As células CHO- K1 que expressam NK3R foram usadas na experiência, as referidas células após a pré-incubação com um agonista [MePhe10]-NKB (1 nM) foram incubadas com o composto de teste. A atividade dos receptores foi determinada pela concentração de cálcio intracelular usando espec- troscopia de fluorescência (Br J Pharmacol. 1999 Out; 128 (3): 627- 36).
[00067] Foi estabelecido como resultado do estudo que o Composto I é um antagonista de receptor de taquicinina tipo 3 tendo IC50=15 μM.
Exemplo 4. O estudo do efeito do Composto I sobre a atividade do receptor μ-opioide
[00068] O Composto I foi dissolvido em DMSO em uma concentração de 100 mM; em seguida, a solução da matéria-prima foi diluída em série com DMSO. A concentração inicial máxima da substância é 300 μM. O efeito foi determinado em 10 concentrações de compostos de teste, cada concentração foi investigada duas vezes. Um receptor μ- opioide recombinante humano foi usado na experiência, o referido receptor após a pré-incubação com um agonista [3H]DAMGO (0,5 nM) é em seguida incubado com o composto de teste ou 120 minutos. A atividade dos receptores foi determinada pelo método de deslocamento do radioligante. Foi estabelecido como resultado do estudo que o Composto I é um agonista do receptor μ-opioide tendo IC50 = 4,1 μM.
Exemplo 5. O estudo do efeito do Composto I na atividade do receptor delta-opioide
[00069] O Composto I foi dissolvido em DMSO em uma concentração de 100 mM; em seguida, a solução da matéria-prima foi diluída em série com DMSO. A concentração inicial máxima da substância é 300 μM. O efeito foi determinado em 10 concentrações dos compostos de teste, cada concentração foi investigada duas vezes. Um receptor delta opioide humano recombinante foi usado na experiência, o referido receptor após a pré-incubação com um agonista [3H]DADLE (0,5 nM) é em seguida incubado com o composto de teste durante 120 minutos. A atividade dos receptores foi determinada pelo método de deslocamento do radioligante. Foi estabelecido como resultado do estudo que o Composto I é um agonista do receptor delta opioide tendo IC50=64 μM.
Exemplo 6: O estudo do efeito do Composto I na atividade do receptor capa-opioide
[00070] O Composto I foi dissolvido em DMSO em uma concentração de 100 mM; em seguida, a solução da matéria-prima foi diluída em série com DMSO. A concentração inicial máxima da substância é 300 μM. O efeito foi determinado em 10 concentrações de compostos de teste, cada concentração foi examinada duas vezes. O receptor delta opioide recombinante humano foi usado na experiência, o referido receptor após a pré-incubação com um agonista [3H]U69593 (0,5 nM) é em seguida incubado com o composto de teste durante 120 minutos. A atividade dos receptores foi determinada pelo método de deslocamento do radioligante. Foi estabelecido como resultado do estudo que o Composto I é um agonista do receptor capa opioide tendo IC50=7,1 μM.
Exemplo 7. O estudo do efeito do Composto I na atividade do canal iônico TRPV1
[00071] O Composto I foi dissolvido em DMSO em uma concentração de 100 mM; em seguida, a solução da matéria-prima foi diluída em série com DMSO para preparar uma solução de teste com a concentração de substância igual a 50 μM. Células CHO que expressam TRPV1 foram usadas na experiência. No dia da experiência, as células foram incubadas com 4 μM de uma solução de indicador fluorescente Fluo-4 AM. As células após a pré-incubação com Capsaicina (30 nM), o conhecido agonista do canal iônico TRPC1, foram incubadas com o composto de teste. A atividade dos receptores foi determinada pela concentração de cálcio intracelular usando espectroscopia de fluorescência (Behrendt, H.J. et al. (2004), Br. J. Pharmacol., 141: 737-745. FINAL).
[00072] Foi estabelecido como resultado do estudo que o Compos- to I é um bloqueador do canal iônico TPRV1 tendo IC50=51 μM.
Exemplo 8. O estudo do efeito do Composto I na atividade do canal iônico TRPM8
[00073] O Composto I foi dissolvido em DMSO em uma concentração de 100 mM; em seguida, a solução da matéria-prima foi diluída com DMSO para preparar uma solução de teste com a concentração de substância igual a 50 μM. Células HEK293 expressando TRPM8 foram usadas na experiência. No dia da experiência, as células foram incubadas com 4 μM de uma solução de indicador fluorescente Fluo-4 AM. As células após a pré-incubação com Icilina (100 nM), o conhecido agonista do canal iônico TRPM8, foram incubadas com o composto de teste. A atividade dos receptores foi determinada pela concentração de cálcio intracelular usando espectroscopia de fluorescência (Behrendt, H.J. et al. (2004), Br. J. Pharmacol., 141: 737-745. FINAL).
[00074] Foi estabelecido como resultado do estudo que o Composto I é um bloqueador do canal iônico TRPM8 tendo IC50=62 μM.
Exemplo 9. O estudo do efeito do Composto I na motilidade do trato gastrointestinal in vivo
[00075] O efeito do Composto I na motilidade do TGI foi estudado por um procedimento padrão (Li YY, Li YN, Ni JB, Chen CJ, Lv S., Chai SY, Wu RH, Yüce B., Storr M. Involvement of cannabinoid-1 and cannabinoid-2 receptors in septic ileus // Neurogastroenterol Motil. 2010. V. 22. P. 350-388). O estudo foi realizado em camundongos balb/c machos, cujo peso individual se desvia do valor médio dentro do sexo de não mais do que ± 20%. Os animais receberam a administração intragástrica de uma solução de carvão ativado (50 mg/ml, em 10 ml/kg) e a taxa (em minutos) da movimentação do carvão ativado no intestino dos animais foi avaliada. O Composto I foi administrado uma vez intragastricamente 1 hora antes da administração de carvão ativado. Como preparações comparativas, brometo de butil hioscina (Bus- copan) na dose de 3 mg/kg, trimebutina (Trimedat) na dose de 33 mg/kg, mebeverina (Duspatalin) na dose de 30 mg/kg foram usados. Os dados obtidos foram verificados por meio do teste de Grubb quanto à presença da maior ou menor observação anormal (ejeção) na amostra. Os valores determinados "a serem eliminados" neste teste não foram usados para outro ensaio. Para todos os dados, foi utilizada estatística descritiva: foram contados o valor médio (M) e o erro padrão do valor médio (m). A normalidade da distribuição dos valores obtidos no decorrer da experiência foi verificada com o auxílio do teste de Kolmogorov-Smirnov. No caso de distribuição normal, o teste t de Student (teste t) foi usado para avaliar as distinções entre os grupos. No caso de distribuição diferente da normal para comparação de vários grupos, foi utilizado o teste de Kruskall-Wallis (com teste post hoc de Dann). As distinções foram determinadas em 5% em um nível de confiança. Os resultados do estudo são apresentados na Tabela 1. Tabela 1 A influência do Composto I na motilidade do trato gastrointestinal Nota: * é o significado da diferença (P < 0,05) com o grupo intacto
[00076] A administração do Composto I em 1,5-2 vezes aumentou o tempo de evacuação do carvão ativado em camundongos. Os dados obtidos permitem concluir que os Compostos I têm o efeito espasmo- lítico pronunciado e são úteis para o tratamento de diarreia, síndrome do intestino irritável, bem como outras doenças associadas à dismotili- dade do TGI. O efeito do Composto I supera o efeito do brometo de butil hioscina, trimebutina e mebeverina.
Exemplo 10: O estudo da atividade do Composto I no modelo de defecação induzida por estresse em ratos
[00077] O estudo da atividade do Composto I no modelo de defe- cação induzida por estresse foi realizado por um procedimento padrão (Taguchi R., Shikata K., Furuya Y., Hirakawa T., Ino M., Shin K., Shi- bata H. Selective corticotropin-releasing factor 1 receptor antagonist E2508 reduces restraint stress-induced defecation and visceral pain in rat models // Psychoneuroendocrinology. 2017. P. 110-115).
[00078] Os ratos foram adaptados em um ambiente em que a experiência foi conduzida por 24 horas. O estudo foi realizado em ratos satisfeitos. O Composto I foi administrado uma vez, por rotina intragás- trica. Após 1 hora, o rato foi colocado no pano de forma que as patas dianteiras foram pressionadas contra o corpo. Nessa forma, o rato foi colocado na gaiola individual no portão e deixado por 40 minutos. Resumidamente, todo o excremento liberado durante o período de observação de 40 minutos foi em seguida pesado.
[00079] Para todos os dados, a estatística descritiva é aplicada: a média aritmética (M) e o erro padrão da média (m) são contados. A normalidade da distribuição dos valores obtidos no decorrer da experiência foi verificada com o auxílio do teste de Shapiro-Wilk. No caso da distribuição normal, ANOVA de único sentido (com o teste Dannpost hoc)foi usada para avaliar as distinções entre os grupos. No caso de distribuição diferente da normal, ANOVA de único sentido (com teste post hoc de Tukey)foi utilizada para a comparação de vários grupos.
[00080] Os resultados do estudo mostraram que a administração intragástrica do Composto I reduz de forma dependente da dose a defecação induzida por estresse em ratos. Os dados obtidos permitem concluir que o Composto I tem um efeito espasmolítico pronunciado e é útil para a terapia da síndrome do intestino irritável acompanhada por diarreia. Tabela 2 A influência do Composto I no peso de excremento no modelo de de- fecação induzida por estresse em ratos (m ± t, p = 10) Nota: *-Significado da diferença (P < 0,05) com o grupo intacto &- Significado da diferença (P < 0,05) com controle
Exemplo 11. O estudo da atividade do Composto I no modelo de doença inflamatória intestinal induzida por oxazolona.
[00081] O estudo da atividade do Composto I no modelo de doença inflamatória intestinal induzida por oxazolona (modelo de colite ul- cerativa e doença de Crohn) foi realizado por meio de um procedimento padrão (Heller F., Fuss I.J., Nieuwenhuis E.E., Blumberg R.S., Stro- ber W. Oxazolone colitis, a Th2 colitis model resembling ulcerativa colitis, is mediated by IL-13-producing NK-T cells // Immunity. 2002. P. 629-638).
[00082] O estudo foi realizado em camundongosBalb/c fêmeas. Um cateter de 3,5 F foi introduzido no intestino grosso em uma profundidade de 3-4 cm. Em seguida, 150 μl de solução de oxazolona a 1% em etanol a 50% foram lentamente introduzidos no lúmen do cólon, o cateter foi removido lentamente e o camundongo foi mantido em uma posição vertical (de cabeça para baixo) por 60 segundos para evitar que a solução introduzida escoasse para fora. Os animais experimentais foram devolvidos às gaiolas e o animal foi mantido no calor. O Composto I foi administrado intragastricamente, três vezes: 1 hora, 25 horas e 49 horas após a administração retal de oxazolona. 72 horas após a administração retal da oxazolona, a avaliação macroscópica da lesão da parede intestinal é realizada com o auxílio da escala de pontuação: 0 ponto - sem lesões, 1 ponto - hiperemia, sem úlceras, 2 pontos - hiperemia e espessamento da parede do intestino, sem úlceras, 3 pontos - uma úlcera sem espessamento da parede do intestino, 4 pontos - 2 ou mais do sítio de ulceração ou inflamação, 5 pontos - 2 ou mais locais graves de ulcerações e inflamação, ou um sítio de ulcera- ção/inflamação que afeta >1 cm de comprimento do intestino, 6-10 pontos - a lesão afeta >2 cm de comprimento do intestino, a pontuação aumenta em 1 ponto para cada 1 cm que é danificado
[00083] Para todos os dados, a estatística descritiva é aplicada: a média aritmética (M) e o erro padrão da média (m) são contados. A normalidade da distribuição dos valores obtidos no decorrer da experiência foi verificada com o auxílio do teste de Shapiro-Wilk. No caso da distribuição normal, a ANOVA de único sentido (com o teste post hoc de Dann) foi usada para avaliar as distinções entre os grupos. No caso de distribuição diferente da normal, ANOVA de único sentido (com teste post hoc de Tukey) foi utilizada para comparação de vários grupos. As distinções foram determinadas em 5% em um nível de confiança. Os resultados do estudo são apresentados na Tabela 3.
[00084] Os resultados do estudo mostraram que no modelo de doença inflamatória intestinal, o Composto I na administração intragás- trica tem um efeito terapêutico pronunciado, em particular reduz o dano da parede do intestino grosso ao nível de animais intactos. Os dados obtidos permitem concluir que o Composto I é útil para a terapia da doença de Crohn e colite ulcerativa. Tabela 3 A influência do Composto I em dano na parede do cólon no modelo de colite ulcerativa induzido por oxazolona em camundongos (M±m, n=10) Nota: *-significado de diferença (P < 0,,05) com o grupo intacto &-significado de diferença (P < 0,,05) com controle.
Exemplo 12. O estudo da atividade do Composto I no modelo de resposta de dor aguda em resposta à administração de óleo de mostarda em camundongos
[00085] O estudo da atividade do composto no modelo de resposta à dor aguda foi conduzido usando um procedimento padrão (Laird M.A., Martinez-Caro L., Garcia-Nicas E., Cervero F. A new model of visceral pain and referred hyperalgesia in the mouse // J. Pain 92 (2001). P. 335-342).
[00086] O estudo foi realizado em camundongos machos balb/c, cujo peso individual se desvia do valor médio dentro do sexo de não mais do que ± 10%. Primeiro, os camundongos foram anestesiados levemente (após 24 horas de jejum). Em seguida, solução a 1% de óleo de mostarda em solução fisiológica foi introduzida nos animais em 4 cm de profundidade com auxílio de cateter 3,5 F. O solvente foi introduzido no controle saudável. 5 minutos após a introdução do óleo de mostarda, a presença de dor no animal (várias lambidas abdominais, abduções da parede abdominal, deformidade abdominal inferior para o chão, distensão abdominal) foi avaliada durante os primeiros 20 minutos. O Composto I foi administrado uma vez intragastricamente 1 hora antes da administração de óleo de mostarda. Os dados obtidos foram verificados usando o teste de Grubb para a presença da maior ou menor observação anormal (ejeção) na amostra. Os valores determinados "a serem eliminados" neste teste não foram usados para outro ensaio. Para todos os dados, a estatística descritiva foi utilizada: o valor médio (M) e o erro padrão do valor médio (m) foram contados. A normalidade da distribuição dos valores obtidos no decorrer da experiência foi verificada com o auxílio do teste de Kolmogorov-Smirnov. No caso de distribuição normal, o teste t de Student (teste t) foi usado para avaliar as distinções entre os grupos. No caso de distribuição diferente da normal, o teste de Kruskall-Wallis (com o teste post hoc de Dann) foi utilizado para a comparação de vários grupos. As distinções foram determinadas em 5% em um nível de confiança. Os resultados do estudo são apresentados na Tabela 4. Tabela 4 A influência do Composto I no número de sensações de dor no modelo de resposta de dor aguda em resposta à administração de óleo de mostarda em camundongos. Nota: *-significado de diferença (P < 0,05) com o grupo intacto &-significado de diferença (P < 0,05) com controle
[00087] A administração do Composto I reduziu para o nível dos valores intactos o número de sensações de dor causadas pela administração retal de óleo de mostarda a animais. Os dados obtidos tornam possível concluir que o Composto I tem o efeito analgésico pronunciado na síndrome da dor no intestino e, portanto, o Composto I é útil para a terapia de sintomas de dor na síndrome do intestino irritável, colite ulcerativa, doença de Crohn e outras doenças gastrointestinais.
Exemplo 13. O estudo da atividade do Composto I na administração por inalação em um modelo de tosse de capsaicina em cobaias
[00088] O modelo de tosse de capsaicina foi realizado de acordo com um procedimento padrão (Tanaka M., Maruyama K. Mechanisms of Capsaicin- and Citric-Acid-Induced Cough Reflexes in Guinea Pigs // J Pharmacol Sci. 2005. V. 99. P. 77-82). O estudo foi realizado em cobaias da linha Agouti, cujo valor individual de peso se desvia do valor médio dentro do sexo em não mais do que ± 10%. A cobaia foi colocada na câmara plástica. Para induzir a tosse, os animais foram inalados usando nebulizador por solução de capsaicina na concentração de 30 μM por 5 minutos. A solução para inalação foi preparada da seguinte forma: 1,2 mg de capsaicina foram diluídos em 20 ml da mistura: 10% de etanol e 10% de Tween-80. O Composto I foi administrado uma vez, por inalação durante 1 minuto, 15 minutos antes da inalação com a solução de capsaicina. O número de crises de tosse foi contado por 15 minutos após a inalação da capsaicina. Os dados obtidos foram verificados usando teste de Grubb para a presença da maior ou menor observação anormal (ejeção) na amostra. Os valores determinados "a serem eliminados" neste teste não foram usados para outro ensaio. Para todos os dados, foi utilizada estatística descritiva: foram contados o valor médio (M) e o erro padrão do valor médio (m). A normalidade da distribuição dos valores obtidos no decorrer da experiência foi veri- ficada com o auxílio do teste de Kolmogorov-Smirnov. No caso de dis-tribuição normal, o teste t de Student (teste t) foi usado para avaliar as distinções entre os grupos. No caso de distribuição diferente da normal, foi utilizado o teste de Kruskall-Wallis com o teste post hoc de Dann para a comparação de vários grupos. As distinções foram determinadas em 5% em um nível de confiança. Os resultados do estudo são apresentados na Tabela 5. Tabela 5 A influênciado Composto I no número de ataques de tosse durante 15 minutos no modelo de tosse de capsaicina em cobaias na administração por inalação 15 minutos antes da inalação de solução de capsaici- na Nota: *-significado de diferença (P < 0,05) com o grupo intacto &-significado de diferença (P < 0,05) com controle
[00089] A administração por inalação do Composto I reduziu signi-ficativamente o número de ataques de tosse por 15 minutos após a inalação de capsaicina em cobaias. Os resultados obtidos permitem concluir que o Composto I tem um efeito antitussígeno pronunciado.
Exemplo 14. O estudo da atividade do Composto I na administração por inalação no modelo de tosse com citrato em cobaias
[00090] O modelo de tosse com citrato foi realizado de acordo com o procedimento padrão (Tanaka M., Maruyama K. Mechanisms of Capsaicin- and Citric-Acid-Induced Cough Reflexes in Guinea Pigs // J Pharmacol Sci. 2005. V. 99. P. 77- 82). O estudo foi realizado em cobaias da linha Agouti, cujo valor individual de peso se desvia do valor médio dentro do sexo em não mais do que ± 10%. A cobaia foi colocada em uma câmara plástica. Para induzir a tosse, os animais foram inalados por meio de nebulizador por solução de ácido cítrico na concentração de 0,4 m em solução salina por 10 minutos. O Composto I foi administrado uma vez por inalação durante 1 minuto 15 minutos antes da inalação da solução de ácido cítrico. O número de crises de tosse foi calculado durante 10 minutos de inalação de ácido cítrico. Os dados obtidos foram verificados por meio do teste de Grubb quanto à presença da maior ou menor observação anormal (ejeção) na amostra. Os valores determinados "a serem eliminados" neste teste não foram usados para outro ensaio. Para todos os dados, foi utilizada estatística descritiva: foram contados o valor médio (M) e o erro padrão do valor médio (m). A normalidade da distribuição dos valores obtidos no decorrer da experiência foi verificada com o auxílio do teste de Kolmogorov-Smirnov. No caso de distribuição normal, o teste t de Student (teste t) foi usado para avaliar as distinções entre os grupos. No caso de distribuição diferente da normal, foi utilizado o teste de Kruskall-Wallis (com o teste post hoc de Dann) para a comparação de vários grupos. As distinções foram determinadas em 5% em um nível de confiança.
[00091] A administração por inalação do Composto I reduziu signi-ficativamente o número de ataques de tosse por 10 minutos após a inalação da solução de ácido cítrico em cobaias. O efeito farmacológico manifestou-se já 15 minutos após a administração do composto de teste aos animais. Tabela 6 A influência do Composto I no número de ataques de tosse durante 10 minutos no modelo de tosse com citrato em cobaias na administração por inalação 15 minutos antes da inalação de solução de ácido cítrico Nota: *-significado de diferença (P < 0,05) com o grupo intacto &-significado de diferença (P < 0,05) com controle
[00092] Os resultados obtidos permitem concluir que o Composto I possui um efeito antitussígeno pronunciado na administração por inalação, caracterizado por uma elevada taxa de início do efeito. Desse modo, o Composto I pode ser usado para a terapia da tosse e da mesma forma de outras doenças respiratórias, como DPOC, bronquite e asma.
Exemplo 15. O estudo de farmacocinéticos e biodisponibilidade do tecido do Composto I após a administração oral a ratos
[00093] Uma vez que o Composto I é um agonista de receptores opioides, sua alta biodisponibilidade sistêmica e através da barreira hematoencefálica podem potencialmente resultar no desenvolvimento de efeitos colaterais.
[00094] Para confirmar a baixa disponibilidade sistêmica do Composto 1, o estudo de farmacocinética e biodisponibilidade do Composto 1 foi realizado após a administração oral a ratos em uma dose de 10 mg/kg. O estudo foi realizado em 18 ratos machos Vistar. A amostragem de sangue nos animais foi realizada em determinados momentos durante 24 horas após a administração da preparação. O conteúdo do Composto 1 nas amostras de plasma foi analisado por HPLC-MS/MS, o ponto de rendimento foi de 1 ng/ml. Os resultados do estudo são apresentados na tabela 7. Tabela 7 O estudo de farmacocinéticos e biodisponibilidade de tecido do Composto I após a administração oral em taxas em uma dose de 10 mg/kg
[00095] Uma vez que foi demonstrado na fonte de estudos in vitro que o Composto I mostra o efeito modulador nos receptores opioides e taquicininas estando em uma concentração acima de 1 μM, é possível afirmar que o Composto I não terá quaisquer efeitos tóxicos sobre a administração sistêmica. Além disso, quando administrado em uma dose terapêutica, o Composto I não penetra no cérebro de ratos e pode não ter quaisquer efeitos no SNC dos animais.
Exemplo 16: O estudo de farmacocinéticos e biodisponibilidade do tecido do Composto I após a administração oral a camundongos
[00096] A fim de confirmar a baixa disponibilidade sistêmica do Composto 1 e avaliar a biodisponibilidade do tecido do Composto 1 na administração oral, a farmacocinética e a biodisponibilidade do Composto 1 após a administração oral a uma dose de 10 mg/kg para camundongos foram estudadas. A amostragem de sangue em animais foi realizada em determinados momentos durante 24 horas após a administração da preparação. O conteúdo do Composto 1 nas amostras de plasma foi analisado por HPLC-MS/MS, o ponto de rendimento foi de 1 ng/ml. Os resultados do estudo são apresentados na tabela 8. Tabela 8 O estudo de farmacocinéticose biodisponibilidade de tecido do Composto I após a administração oral a camundongos em uma dose de 10 mg/kg
[00097] Uma vez que foi demonstrado no curso de estudos in vitro que o Composto I mostra o efeito modulador nos receptores opioides e taquicininas em uma concentração acima de 1 μM (ou seja, mais de 300 ng/ml), é possível afirmar que, quando administrado oralmente, Composto I causará o efeito farmacológico apenas em receptores lo-calizados nos tecidos do trato gastrointestinal. Além disso, a concen-tração média da substância no cérebro é cerca de três ordens de magnitude menor do que a concentração mínima efetiva.
Exemplo 17. O estudo do efeito do Composto I no estado funcional do sistema nervoso central de camundongos
[00098] Para a confirmação final da segurança do Composto I na administração oral, foi realizado o estudo do efeito do Composto I no estado funcional do sistema nervoso central de camundongos no teste de campo aberto. O teste de "campo aberto" consiste na avaliação das atividades motoras e de pesquisa, reação de orientação e reatividade emocional no registro do comportamento espontâneo dos animais. O estudo foi realizado de acordo com a técnica padrão (Buresh Y., Bu- reshova O., Joseph P. Houston. Methods and main experiments to study the brain and behavior (Moscow, 1991, pp. 119-122).
[00099] O estudo foi realizado em camundongos balb/c machos, cujo peso individual se desvia do valor médio dentro do sexo de não mais do que ± 10%.
[000100] O Composto I foi administrado uma vez, intragastricamen- te. A avaliação do efeito no sistema nervoso central foi realizada 2 horas após a administração do Composto I no estudo do comportamento de pesquisa aproximado de camundongos no "campo aberto". A instalação experimental em "campo aberto" foi uma câmara de 100 x 100 x 60 cm de tamanho, com piso quadrado e paredes brancas. O chão da câmara é dividido em 16 quadrados, em cada quadrado existe o orifício redondo tendo 6 cm de diâmetro. A câmara é iluminada pela lâmpada elétrica incandescente com potência de 100 watts, localizada a 1 m de altura do piso da câmara. O animal foi colocado em um dos cantos da câmara e por 15 minutos o número de quadrados horizontais por ele atravessados (atividade horizontal), levantando-se sobre as patas traseiras (atividade vertical), lavando-se (escovando) e defe- cação pelo número de bolas fecais foram registrados. Em seguida, a atividade motora total foi calculada, a atividade foi calculada como a soma dos quadrados horizontais cruzados, ficando sobre as patas traseiras e lavando.
[000101] Os dados obtidos foram verificados usando teste de Grubb para a presença da maior ou menor observação anormal (ejeção) na amostra. Os valores determinados "a serem eliminados" neste teste não foram usados para outro ensaio. Para todos os dados, foi utilizada estatística descritiva: foram contados o valor médio (M) e o erro padrão do valor médio (m). A normalidade da distribuição dos valores obtidos no decorrer da experiência foi verificada com o auxílio do teste de Kolmogorov-Smirnov. No caso de distribuição normal, o teste t de Student (teste t) foi usado para avaliar as distinções entre os grupos. No caso de distribuição diferente da normal, foi utilizado o teste de Kruskalll-Wallis com o teste post hoc de Dann para a comparação de vários grupos. As distinções foram determinadas em 5% em um nível de confiança. Os resultados do estudo são apresentados na Tabela 9.
[000102] O Composto I na administração intragástrica não teve a influência tóxica sobre os valores do comportamento de pesquisa aproximada em camundongos no teste de "campo aberto", como evi-denciado pela ausência de diferenças estatisticamente significativas entre os índices de grupos experimentais e de controle de animais. Tabela 9 A influência do Composto I na condição funcional do sistema nervoso central de camundongos no teste de "campo aberto" na administração intragástrica 2 horas antes da realização do estudo
Exemplo 18. O estudo de toxicidade aguda do Composto I na ad-ministração intragástrica única
[000103] O estudo de toxicidade aguda foi realizado em 24 ratos machos e 24 fêmeas, e da mesma forma em 24 ratos machos e 24 fêmeas. Antes da administração do Composto I, o peso corporal dos animais foi registrado, após 1 hora da administração, o estado dos animais experimentais foi observado. Em seguida, os pesos corporais dos ratos e camundongos foram registrados diariamente durante 14 dias após a administração da substância, e o exame foi realizado para detectar os casos de morte e anormalidade no estado dos animais.
[000104] O Composto I foi administrado a ratos e camundongos por rotina intragástrica em uma dose de 5000 mg/kg, intraperitonealmente - em uma dose de 2.000 mg/kg. Os grupos controle (indivíduos fêmeas e machos) receberam um solvente (solução de Tween-80 a 0,1% em água). Uma dose de 2.000 mg/kg foi administrada intraperitonealmente 2 vezes a cada 15 minutos em relação à baixa solubilidade do composto.
[000105] Doses máximas possíveis de Composto I administradas a ratos e camundongos machos e fêmeas intragastricamente - 5000 mg/kg e intraperitonealmente - 2000 mg/kg não causaram a morte dos animais. Foi demonstrado que na administração intragástrica do Composto I em uma dose de 5000 mg/kg e na administração intraperitoneal - em uma dose de 2000 mg/kg, há um atraso no ganho de peso corporal, tanto em camundongos machos e fêmeas e ratos. Não foram observadas diferenças no comportamento espontâneo, respostas às reações causadas pelos animais experimentais. Com base nos dados obtidos, o Composto I é o composto moderadamente tóxico e pertence à classe III de toxicidade de acordo com GOST 12.1.007-76.
[000106] Desse modo, foi demonstrado no decorrer dos estudos conduzidos que o Composto 1 é o modulador dos receptores opioides e taquicinina e dos canais iônicos TRPV1 e TRPM8. A influência sobre estes alvos terapêuticos permite que o Composto 1 tenha um efeito terapêutico pronunciado nos modelos de tosse, dor abdominal, doenças inflamatórias e funcionais do intestino. A baixa biodisponibilidade sistêmica e a falta de penetração no cérebro tornam possível eliminar a ocorrência de efeitos colaterais que ocorreriam na aplicação sistêmica de tais múltiplos fármacos.
[000107] Independentemente do fato de que a invenção é descrita com referência às modalidades descritas, ficará evidente para aqueles versados na técnica que as experiências específicas descritas em de-talhes são apresentadas apenas com o propósito de ilustrar a presente invenção e não devem ser interpretadas como limitantes do escopo da invenção de qualquer maneira. Deve ser entendido que várias modifi-cações podem ser implementadas sem se afastar da essência da pre-sente invenção.

Claims (8)

1. Composto, caracterizado pelo fato de que é 2-feniletila- mida N-(p-hidroxifenilacetil) fenilalanina, tendo a Fórmula: ou um aduto, hidrato ou solvato do mesmo.
2. Uso do composto, como definido na reivindicação 1, ca-racterizado pelo fato de ser na preparação de uma composição farma-cêutica ou um medicamento para a prevenção e/ou tratamento de um distúrbio selecionado dentre tosse, asma, COPD, bronquite, rinite, di-arréia, síndrome do intestino irritável, doença de Crohn, colite, psoría- se, prurigo, dermatite atópica e/ou prurido.
3. Método de produção do composto, como definido na rei-vindicação 1, caracterizado pelo fato de que compreende a reação de 2-(2-(4-hidroxifenil)acetamido)-3-fenilpropanoato de (S)-metila com fe- niletilamina na presença de um agente de condensação no meio de acetonitrila.
4. Composição farmacêutica para a prevenção e/ou trata-mento de um distúrbio associado à atividade de receptores opioides e taquicinina e canais iônicos TRPV1 e TRPM8, caracterizada pelo fato de que compreende o composto, como definido na reivindicação 1 e pelo menos um veículo farmaceuticamente aceitável.
5. Composição farmacêutica, de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de que o distúrbio associado à atividade dos receptores opioides e taquicinina e canais iônicos TRPV1 e TRPM8 é tosse, asma, DPOC, bronquite, rinite, diarreia, síndrome do intestino irritável, doença de Crohn, colite, psoríase, prurigo, dermatite atópica e/ou prurido.
6. Combinação, caracterizada pelo fato de que compreende o composto, como definido na reivindicação 1 e um ou mais outros agentes terapêuticos adicionais.
7. Combinação, de acordo com a reivindicação 6, caracteri-zada pelo fato de que o outro agente terapêutico adicional é selecionado a partir de um agente que inibe o reflexo de tosse, um agente mucolítico, um agente mucorregulador, um expectorante, um antibiótico, um NSAID ou um anestésico.
8. Uso do composto, como definido na reivindicação 1 e/ou da combinação como definida na reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que é na preparação de uma composição farmacêutica ou um medicamento para a prevenção e/ou tratamento de uma doença ou um distúrbio em um indivíduo, em que a doença ou um distúrbio é selecio- nada(o) dentre tosse, asma, COPD, bronquite, rinite, diarréia, síndro- me do intestino irritável, doença de Crohn, colite, psoríase, prurigo, dermatite atópica e/ou prurido.
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