BR112020017220B1 - Método para purificação de um óleo de triacilglicerídeo - Google Patents

Método para purificação de um óleo de triacilglicerídeo Download PDF

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Abstract

A invenção se refere a um método para a purificação de um óleo de triacilglicerol compreendendo as etapas de concentrar os componentes insolúveis no óleo de triacilglicerídeo fundido, mediante a aplicação de uma força centrífuga sobre o óleo de triacilglicerídeo líquido mantendo, ao mesmo tempo, o óleo de triacilglicerídeo acima de sua temperatura de fusão; e/ou permitir que os componentes insolúveis decantem por força gravitacional, enquanto mantém o óleo de triacilglicerídeo acima da sua temperatura de fusão; e separar o óleo de triacilglicerídeo dos componentes insolúveis. Também é fornecido um óleo de triacilglicerídeo obtido pelo método da invenção para uso na produção de alimentos.

Description

CAMPO DA INVENÇÃO
[001] A presente invenção se refere à purificação de óleos. Em particular, a invenção se refere à purificação mecânica dos óleos de triacilglicerídeo de precursores contaminantes clorados de ésteres de monocloropropanodiol (MCPDEs) e/ou MCPDEs em si.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[002] 3-Halogênio-1,2-propanodióis, em particular 3-monocloro- 1,2-propanodiol (3-MCPD), são contaminantes conhecidos nos alimentos (Food Addit. Contam. (2006) 23: 1290-1298). Por exemplo, estudos indicaram que o 3-MCPD pode ser carcinogênico para ratos, se for administrado em doses elevadas (Evaluation of Certain Food Additives and Contaminants, Organização Mundial da Saúde, Genebra, Suíça (1993) 267-285; lnt. J. Toxicol. (1998) 17: 47).
[003] O 3-MCPD foi originalmente encontrado na proteína vegetal hidrolisada com ácido (HVP com ácido; Z. Lebensm.-Unters. Forsch. (1978) 167: 241-244). Mais recentemente, foi verificado que os óleos comestíveis refinados podem conter 3-MCPD em sua forma de éster de ácido graxo, porém apenas quantidades muito pequenas de 3- MCPD livre (Food Addit. Contam. (2006) 23: 1290-1298). A Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) recomendou que os ésteres de 3-MCPD são tratados como equivalentes ao 3-MCPD livre em termos de toxicidade (Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (2008)).
[004] Tem sido relatado que a cloração de acilglicerídeos pode ocorrer a temperaturas muito altas, como por exemplo, durante a etapa final do processo de refinação de óleo, ou desodorização, sob o qual os óleos podem ser aquecidos sob vácuo (3 a 7 mbar) até 260 a 270 °C. Isso pode resultar na formação dos ésteres de ácido graxo de MCPD.
[005] As rotas de atenuação eficazes para ésteres de MCPD são limitadas e representam um desafio para a indústria de refino de óleo vegetal. Atualmente, a presença de 3-MCPD em óleos refinados é cuidadosamente monitorada, e os óleos com teor de 3-MCPD acima de um valor-limite são descartados a fim de assegurar o total cumprimento das recomendações da AESA. Uma complicação chave que dificulta a mitigação eficaz desses contaminantes é que os precursores com cloro não são removidos antes da etapa de desodorização e, dessa forma, podem atuar como a fonte/doador de cloro durante a etapa de desodorização.
[006] Como o 3-MCPD pode ocorrer em muitos óleos refinados comercialmente importantes, como óleos vegetais, existe uma necessidade significativa por métodos aprimorados para remover e/ou evitar a produção de tais contaminantes durante o refino do óleo.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[007] Os inventores desenvolveram um método pelo qual a gera ção do éster MCPD durante o processo de refino de óleo podem ser substancialmente reduzidas ou evitadas.
[008] Os inventores desenvolveram um método para a remoção ou redução de certas substâncias cloradas a partir de óleos vegetais brutos ou parcialmente refinados. Esse processo de purificação tem um impacto positivo sobre o teor de MCPD dos óleos termotratados finais derivados.
[009] O princípio do método é empregar uma etapa mecânica ba seada em força gravitacional e/ou centrífuga mecânicas que permite a separação física das substâncias cloradas a partir do óleo submetido à purificação. Como resultado, as substâncias cloradas são enriquecidas na fração sedimentada do óleo e podem, dessa forma, ser separadas do óleo a ser refinado. O método da invenção pode ser aplicado aos óleos de triacilglicerol brutos ou parcialmente refinados (também chamado de triacilglicerídeo) que incluem, mas não se limitam, ao óleo de palma, estearina de palma, oleína de palma e suas várias frações, óleo de caroço de palma, óleo de coco, óleo de girassol, óleo de girassol de alto teor oleico e suas variantes, óleo de canola/colza, óleo de soja, óleo de peixe, óleo de algas, manteiga de cacau e quaisquer mis- turas/blendas dos mesmos.
[0010] O tratamento mecânico pode incluir centrifugação e/ou de cantação antes, durante ou após qualquer outra etapa de purificação, refino ou desodorização.
[0011] Uma vez removidos, os potenciais doadores de cloro já não estão disponíveis para a geração de compostos clorados, como ésteres de MCPD e diésteres de MCPD durante as etapas de aquecimento no refino de óleo. Produtos de óleos com baixo teor de substâncias cloradas são obtidos dessa forma, e os óleos purificados podem ser submetidos a várias práticas de refino, como tratamento térmico e de- sodorização, para produzir óleos refinados com teor baixo ou livres de MCPDEs.
[0012] Outros benefícios do método da invenção é que ele permite que temperaturas mais baixas sejam usadas na desodorização do óleo, que tanto 1) reduz a formação de ácidos graxos trans (a formação de gordura trans sob alta temperatura é analisada em Baley’s industrial oil and fat products; Sexta Edição; Volume 5, Edible Oil and Fat Products: Processing Technologies; Capítulo 8, Deodorization; secção 3. Refined oil quality, subseção 3.2 Fat isomerization and degradation products). 2) como reduz a formação de ésteres de glicidila (consulte o resumo dos métodos de eliminação de GEs em "Glycidyl fatty acid esters in refined edible oils: a review on formation, occurrence, analys- 15, and elimination methods" in Comprehensive Reviews in Food Science and FoodSafety; vol. 16, 263 - 281; 2017).
[0013] Consequentemente, em um aspecto, a invenção fornece um método para a purificação de um óleo de triacilglicerídeo, sendo que a quantidade de precursores clorados orgânicos dos ésteres de monocloropropandiol (MCPDEs) é reduzida no óleo de triacilglicerídeo purificado em comparação com o óleo de triacilglicerídeo inicial, com-preendendo as etapas de: (a) concentrar componentes insolúveis em óleo de triacilgli- cerídeo líquido, como por exemplo, micropartículas, gotículas e sedimentos segregados pela (i) . aplicação de uma força centrífuga sobre o óleo de tria- cilglicerídeo enquanto mantém o óleo de triacilglicerídeo acima de sua temperatura de fusão; e/ou (ii) . sedimentação dos componentes insolúveis por força gravitacional, enquanto mantém o óleo de triacilglicerídeo acima da sua temperatura de fusão; (b) separação do óleo de triacilglicerídeo dos componentes insolúveis.
[0014] Em algumas modalidades, antes da etapa (a), o óleo de triacilglicerídeo é fundido mediante aquecimento até acima de sua temperatura de fusão.
[0015] Consequentemente, em um aspecto, a invenção fornece um método para a purificação de um óleo de triacilglicerídeo, sendo que a quantidade orgânica de precursores clorados dos ésteres de monocloropropandiol (MCPDEs) é reduzida no óleo de triacilglicerídeo purificado em comparação com o óleo de triacilglicerídeo inicial, com-preendendo as etapas de: (c) fusão do óleo de triacilglicerídeo mediante o aquecimento até acima de sua temperatura de fusão; (d) concentração dos componentes insolúveis em óleo de triacilglicerídeo líquido, como por exemplo, micropartículas, gotículas e sedimentos segregados pela (i) aplicação de uma força centrífuga sobre o óleo de triacil- glicerídeo enquanto mantém o óleo de triacilglicerídeo acima de sua temperatura de fusão; e/ou (ii) sedimentação dos componentes insolúveis por força gravitacional, enquanto mantém o óleo de triacilglicerídeo acima da sua temperatura de fusão; (e) separação do óleo de triacilglicerídeo dos componentes insolúveis.
[0016] Em uma modalidade, na etapa (a) ou (d), uma força centrí fuga é aplicada sobre o óleo de triacilglicerídeo, enquanto mantém o óleo de triacilglicerídeo acima de sua temperatura de fusão.
[0017] Em uma modalidade, na etapa (a) ou (d), os componentes insolúveis são sedimentados por força gravitacional, enquanto mantém o óleo de triacilglicerídeo acima da sua temperatura de fusão.
[0018] Em uma modalidade, a etapa a(ii) é realizada e, em segui da, a etapa a(i) é realizada.
[0019] Em uma modalidade, a etapa a(i) é realizada e, em segui da, a etapa a(ii) é realizada.
[0020] Em uma modalidade, a etapa d(ii) é realizada e, em segui da, a etapa d(i) é realizada.
[0021] Em uma modalidade, a etapa d(i) é realizada e, em segui da, a etapa d(ii) é realizada.
[0022] Em uma modalidade, a faixa de massa dos ditos precurso res orgânicos clorados está na faixa de 300 a 1000 Dáltons.
[0023] Em uma modalidade, a faixa de massa dos ditos precurso res orgânicos clorados está na faixa de 600 a 800 Dáltons.
[0024] Em uma modalidade, a quantidade de precursores clorados de ésteres de monocloropropandiol (MCPDEs) é reduzida no óleo de triacilglicerídeo purificado em comparação com o óleo de triacilglicerí- deo inicial.
[0025] Em uma modalidade, o óleo de triacilglicerídeo inicial é óleo de triacilglicerídeo bruto.
[0026] Em uma modalidade, o óleo de triacilglicerídeo não foi refi nado antes da etapa (a) ou da etapa (c). Em uma modalidade, o óleo de triacilglicerídeo não foi degomado antes da etapa (a) ou da etapa (c). Em uma modalidade, o óleo de triacilglicerídeo não foi branqueado antes da etapa (a) ou da etapa (c). Em uma modalidade, o óleo de tri- acilglicerídeo não foi fracionado antes da etapa (a) ou da etapa (c).
[0027] Em uma modalidade preferencial, o óleo de triacilglicerídeo não foi desodorizado antes da etapa (a) ou da etapa (c).
[0028] Em uma modalidade, o óleo de triacilglicerídeo é submetido à limpeza preliminar antes da etapa (a) ou (c). Em uma modalidade, o óleo de triacilglicerídeo é submetido ao refino preliminar antes da etapa (a) ou da etapa (c). Em uma modalidade, o óleo de triacilglicerídeo é submetido ao fracionamento antes da etapa (a) ou da etapa (c). Em uma modalidade, o óleo de triacilglicerídeo é submetido à hidrogena- ção antes da etapa (a) ou da etapa (c). Em uma modalidade, o óleo de triacilglicerídeo é submetido à interesterificação antes da etapa (a) ou da etapa (c).
[0029] Em uma modalidade, o óleo de triacilglicerídeo é um óleo de origem vegetal, óleo de origem animal, óleo de peixe ou óleo de algas.
[0030] Em uma modalidade preferencial, o óleo de triacilglicerídeo é um óleo de origem vegetal, de preferência sendo que o óleo de origem vegetal é selecionado do grupo que consiste em óleo de palma, óleo de girassol, óleo de milho, óleo de canola, óleo de soja, óleo de coco, óleo de caroço de palma e manteiga de cacau. Em uma modali- dade, o óleo de triacilglicerídeo é óleo de palma. Em uma modalidade, o óleo de triacilglicerol é óleo de girassol ou suas variantes de alto teor oleico.
[0031] Em uma modalidade, o pH do óleo de triacilglicerídeo é ajustado antes da etapa (a) ou da etapa (c). O pH pode ser ajustado antes da etapa (a) ou da etapa (c) para diminuir a polaridade dos precursores clorados de MCPDEs. Em uma modalidade, o pH do óleo de triacilglicerídeo é diminuído por cerca de 0,5 a 2,0, como por exemplo, diminuído por cerca de 0,5, 1,0, 1,5 ou 2,0. Em outra modalidade, o pH do óleo de triacilglicerídeo é aumentado por cerca de 0,5 a 2,0, como por exemplo, aumentado por cerca de 0,5, 1,0, 1,5 ou 2,0.
[0032] Em uma modalidade, o pH do óleo de triacilglicerídeo é ajustado mediante a adição de ácido cítrico ou ácido fosfórico. Em outra modalidade, o pH do óleo de triacilglicerídeo é ajustado mediante a adição de um sal de bicarbonato ou um sal de hidróxido, como bicarbonato de sódio ou hidróxido de sódio.
[0033] Em uma modalidade, o óleo de triacilglicerídeo é pré- tratado antes da etapa (a) ou da etapa (c), por exemplo, o óleo de tria- cilglicerídeo é misturado com água acidificada antes da etapa (a) ou da etapa (c). Etapas de tratamento em pH similares são comumente praticadas no refino físico (consulte, por exemplo, "Degumming of oils and fats" in The Lipid Handbook, Terceira Edição, por Frank D. Gunstone, John L. Harwood, Albert J. Dijkstra; Baley’s industrial oil and fat products; Sexta Edição; Volume 5, Edible Oil and Fat Products: Processing Technologies; Capítulo 1 A Primer on Oils Processing Technology; secção 6. Degumming, Lecithin Processing, and Physical Refining Pretreatment). O teor de ácido solubilizado pode ser aumentado antes da etapa (a) ou (c), por exemplo, para aumentar a forma protonada e/ou a polaridade dos precursores clorados de MCPDEs. Em uma modalidade, o óleo de triacilglicerídeo é misturado com água aci- dificada pela adição de ácido cítrico ou ácido fosfórico. Por exemplo, de 0,1 a 1% em peso de solução ácida contendo ácido fosfórico de 70 a 85% pode ser usado.
[0034] Em outra modalidade, o óleo de triacilglicerídeo é misturado com uma base (como soda cáustica, NaOH) ou sua solução aquosa. Etapas de tratamento em pH similares são comumente praticadas no refino químico/neutralização de óleos (consulte, por exemplo, "Alkali refining of oils and fats" in The Lipid Handbook, Terceira Edição por Frank D. Gunstone, John L. Harwood, Albert J. Dijkstra; Baley’s industrial oil and fat products; Sexta Edição; Volume 5, Edible Oil and Fat Products: Processing Technologies; Capítulo 1 A Primer on Oils Processing Technology; secção 7. Caustic Refining). O teor de base solu- bilizada pode ser introduzido antes da etapa (c), por exemplo, para aumentar a forma protonada e/ou a polaridade dos precursores clorados de MCPDEs. Em uma modalidade, o óleo de triacilglicerídeo é misturado com água contendo um sal de bicarbonato ou um sal de hidróxido, como bicarbonato de sódio ou hidróxido de sódio.
[0035] Em outra modalidade, o óleo de triacilglicerídeo é pré- tratado antes da etapa (a) ou (c) com uma combinação de tratamento aquosa ácida e básica (por exemplo, como os tratamentos com água ácidos e básicos anteriormente descritos).
[0036] Em uma modalidade, o teor de ácido/base do óleo de tria- cilglicerídeo é ajustado sob misturação com alto cisalhamento.
[0037] Em uma modalidade, o método compreende adicionalmen te uma ou mais das seguintes etapas subsequentes à etapa (b) ou à etapa (e): (f) um ou mais processos selecionados do grupo que consiste em refino físico ou químico, degomagem, neutralização e branqueamento; (g) opcionalmente desodorizar o produto da etapa (f), de preferência sendo que a desodorização é desodorização a vácuo com vapor d'água; e (h) opcionalmente fracionar o produto da etapa (f) ou (g).
[0038] Em outro aspecto, a invenção fornece um óleo de triacilgli- cerídeo purificado obtenível pelo método da invenção.
[0039] Em uma modalidade, a purificação reduz a quantidade de precursores clorados de ésteres de monocloropropanodiol (MCPDEs) no óleo de triacilglicerídeo purificado em comparação com o óleo de triacilglicerídeo inicial.
[0040] Também é fornecido um óleo de triacilglicerídeo purificado de acordo com a invenção, para uso na produção de um produto alimentício.
[0041] Também é fornecido um produto alimentício, produzido mediante o uso de um triacilglicerídeo purificado de acordo com a invenção.
DESCRIÇÃO DOS DESENHOS Figura 1
[0042] Remoção de precursores clorados de MCPDEs a m/z 702,61807; 718,61357 e 734,60809 em óleo de palma bruto extraído por solvente. As intensidades de sinal para todos os três precursores sem centrifugação foram definidas como 100%. Em seguida, os sinais dos mesmos precursores são representados graficamente após a centrifugação direta e a centrifugação após um período de sedimentação de 6 horas a 40 °C (efeito de decantação + centrifugação).
Figuras 2 a 5
[0043] O efeito benéfico da mitigação baseada em centrifugação é mostrado na Figura 2 (dipalmitoil-MCPD, PP-MCPD), na Figura 3 (palmitoil-oleil-MCPD), na Figura 4 (dioleil-MCPD) e na Figura 5 (oleil- linoleil-MCPD).
Figuras 6 a 8
[0044] O efeito benéfico da mitigação baseada em centrifugação é mostrado na Figura 6 (dioleil-MCPD), na Figura 7 (oleil-linoleil-MCPD) e na Figura 8 (dilinoleil-MCPD).
[0045] Figura 9 - remoção dos precursores clorados com centrifu gação do "óleo de semente de canola bruto extraído com solvente".
[0046] Figura 10 - remoção dos precursores clorados com centri fugação do "óleo de palma bruto produzido industrialmente".
[0047] Figura 11 - MCPDEs observados no "óleo de palma bruto produzido industrialmente" aquecido, antes e depois da remoção dos organocloretos com centrifugação.
[0048] Figura 12 - Remoção de precursores clorados com sedi mentação a longo prazo a partir de "óleo de milho bruto produzido in-dustrialmente". Como resultado da sedimentação a longo prazo, os precursores são removidos da fase superior do óleo e enriquecido com a fase inferior do óleo.
[0049] Figura 13 - MCPDEs observadas na fase aquecida inferior e superior do "produzidos industrialmente Bruto Óleo de Milho" após a sedimentação de longa duração. De acordo com a migração dos precursores da fase superior para a fase inferior, conforme mostrado na Figura 12, a fase superior desenvolve menos MCPDEs mediante aquecimento do que a fase inferior.
[0050] Figura 14 - Remoção de precursores clorados com sedi mentação a longo prazo a partir de "óleo de girassol bruto produzido industrialmente". Como resultado da sedimentação a longo prazo, os precursores são removidos da fase superior do óleo e enriquecido com a fase inferior do óleo.
[0051] Figura 15 - MCPDEs observadas na fase aquecida inferior e superior do "óleo de girassol bruto produzido industrialmente" após a sedimentação de longa duração. De acordo com a migração dos precursores da fase superior para a fase inferior, conforme mostrado na Figura 14, a fase superior desenvolve menos MCPDEs mediante aquecimento do que a fase inferior.
[0052] Figura 16 - Remoção de precursores clorados com sedi mentação de curta duração a partir de "óleo de canola bruto prensado a frio". Como resultado da sedimentação de curta duração, os precursores são removidos da fase superior do óleo e enriquecido com a fase inferior do óleo.
[0053] Figura 17 - MCPDEs observadas na fase aquecida inferior e superior do "óleo de canola bruto prensado a frio" após a sedimentação de curta duração. De acordo com a migração dos precursores da fase superior para a fase inferior, conforme mostrado na Figura 14, a fase superior desenvolve menos MCPDEs mediante aquecimento do que a fase inferior.
[0054] Figura 18 - Remoção de precursores clorados com sedi mentação de longa duração a partir de "óleo de soja bruto produzido industrialmente". Como resultado da sedimentação a longo prazo, os precursores são removidos da fase superior do óleo e enriquecido com a fase inferior do óleo.
[0055] Figura 19 - MCPDEs observadas na fase aquecida inferior e superior do "óleo de soja bruto produzido industrialmente" após a sedimentação de longa duração. De acordo com a migração dos precursores da fase superior para a fase inferior, conforme mostrado na Figura 18, a fase superior desenvolve menos MCPDEs mediante aquecimento do que a fase inferior.
[0056] Figura 20 - Remoção de precursores clorados com sedi mentação de longa duração a partir de "óleo de girassol bruto extraído com solvente". Como resultado da sedimentação a longo prazo, os precursores são removidos da fase superior do óleo e enriquecido com a fase inferior do óleo.
[0057] Figura 21 - MCPDEs observadas na fase aquecida inferior e superior do "óleo de girassol bruto extraído com solvente" após a sedimentação de longa duração. De acordo com a migração dos precursores da fase superior para a fase inferior, conforme mostrado na Figura 20, a fase superior desenvolve menos MCPDEs mediante aquecimento do que a fase inferior.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[0058] Os termos "compreendendo", "compreende" e "que com preende", como usados aqui, são sinônimo de "incluindo" ou "inclui"; são inclusivos ou não limitados e não excluem membros, elementos ou etapas não citados. Os termos "compreendendo", "compreende" e "compreendido de" incluem também os termos "consistindo em", "contendo" ou "contém".
Purificação
[0059] A purificação é particularmente adequada para a remoção de contaminantes como precursores clorados, particularmente precursores clorados orgânicos, de ésteres de monocloropropandiol (MCP- DEs) e/ou MCPDEs si (por exemplo, precursores clorados de ésteres de 3-monocloropropan-1,2-diol (3-MCPDEs) e/ou 3-MCPDEs em si) a partir de um material de partida de triacilglicerídeo (ou seja, um óleo de triacilglicerídeo imediatamente antes de ser submetido à etapa (a) do método da invenção).
[0060] O método da invenção submete os óleos de triacilglicerídeo iniciais ao tratamento que fisicamente remove substâncias polares cloradas, que pode, por exemplo, ser uma fonte ativa de cloro durante o refino do óleo, a partir dos óleos de partida (por exemplo, brutos). O tratamento pode ser baseado na centrifugação ou decantação para permitir que a força centrífuga ou gravitacional concentre as micropar- tículas, gotículas e sedimentos segregados em um espaço estreito do vaso de armazenamento, permitindo a subsequente remoção do óleo puro fase superior.
[0061] 3-Halogênio-1,2-propanodióis, em particular 3-monocloro- 1,2-propanodiol (3-MCPD), são contaminantes conhecidos nos alimentos (Food Addit. Contam. (2006) 23: 1290-1298). Por exemplo, estudos indicaram que o 3-MCPD pode ser carcinogênico para ratos, se for administrado em doses elevadas (Evaluation of Certain Food Additives and Contaminants, Organização Mundial da Saúde, Genebra, Suíça (1993) 267-285; lnt. J. Toxicol. (1998) 17: 47). Entretanto, também foi verificado que os óleos comestíveis refinados podem conter 3-MCPD em sua forma de éster de ácido graxo, embora contenham apenas quantidades muito pequenas de 3-MCPD livre (Food Addit. Contam. (2006) 23: 1290-1298). A Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) recomendou que os ésteres de 3-MCPD são tratados como equivalentes ao 3-MCPD livre em termos de toxicidade (Autori-dade Europeia para a Segurança Alimentar (2008)).
[0062] É bem conhecido que as reações de desalogenação podem ocorrer durante processos térmicos. Por exemplo, foi demonstrado que o cloro deixa componentes químicos, como cloreto de hidrogênio (gás) mediante o fornecimento de uma quantidade suficiente de energia de ativação, que é abundante durante a desodorização de óleos vegetais em altas temperaturas (por exemplo, de até 270 °C). Os inventores acreditam que o cloreto de hidrogênio pode ser gerado durante o refino de compostos contendo cloro inerentemente presente nos materiais de partida do processo de refino de óleo de triacilglicerídeo, como por exemplo, materiais de origem vegetal.
[0063] Na verdade, foi sugerido que as reações de geração de MCPD aumentam exponencialmente (>150 °C) e são completas em um curto período de tempo.
[0064] Sem se ater à teoria, sugere-se que, mecanisticamente, os diésteres de MCPD podem ser formados durante o refino de óleo através da protonação do grupo éster terminal dos triacilglicerídeos (TAG), que representa cerca de 88 a 95% do total de glicerídeos na maioria dos óleos vegetais, através da interação com cloreto de hidrogênio liberado durante o refino de óleo. O cátion oxônio formado pode, então, sofrer rearranjo intramolecular, seguido por substituição nucleofílica de íons cloreto e a liberação de um ácido graxo livre e um diéster de MCPD.
[0065] Uma vez removido através do uso do método da invenção, os potenciais doadores de cloro já não estão mais disponíveis para a geração de compostos clorados, como ésteres de MCPD durante as etapas de aquecimento no refino de óleo. Produtos de óleos com baixo teor de substâncias cloradas são obtidos dessa forma, e os óleos purificados podem ser submetidos a várias práticas de refino, como tratamento térmico e desodorização, para produzir óleos refinados com teor baixo ou livres de MCPDEs.
[0066] Dessa forma, em uma modalidade, a quantidade de precur sores clorados, particularmente de precursores orgânicos clorados, de ésteres de monocloropropandiol (MCPDEs), é reduzida no óleo de tri- acilglicerídeo purificado em comparação com o óleo de triacilglicerídeo inicial.
[0067] Em outra modalidade, a quantidade de precursores de éste res clorados de monocloropropandiol (MCPDEs) é reduzida no óleo de triacilglicerídeo purificado por pelo menos 40%, 50%, 60%, 70%, 80%, 90%, 95%, 96%, 97%, 98% ou 99% em comparação com o óleo de triacilglicerídeo inicial.
[0068] Os óleos refinados produzidos usando o método da inven ção pode conter, por exemplo, menos de 1 ppm, menos de 0,5 ppm ou, de preferência, menos de 0,3 ppm de MCPDEs.
[0069] Quantidades de MCPDEs e seus precursores clorados po dem ser prontamente analisadas usando protocolos bem conhecidos na técnica. Por exemplo, abordagens baseadas em cromatografia lí- quida/espectrometria de massa (LC/MS) são adequadas para analisar os níveis de MCPDEs e seus precursores clorados, conforme é mostrado nos presentes Exemplos. Precursores clorados exemplares de MCPDEs incluem os precursores clorados conhecidos com m/z 702,61807; 716,59723 718, 61357 734,60809 776,581271 e 804,57813 (Food Additives and Contaminants in Vol. 28, No. 11, novembro de 2011, 1492-1500).
[0070] Em uma modalidade, a alimentação de óleo de triacilglice- rídeo na etapa (a) ou na etapa (c) do método da invenção é óleo de triacilglicerídeo bruto.
[0071] O termo "óleo bruto", como usado aqui, pode se referir a um óleo não refinado. Por exemplo, em algumas modalidades, a alimentação de óleo de triacilglicerídeo na etapa (a) ou na etapa (c) do método da invenção não foi refinado, degomado, branqueado e/ou fracionado. Em uma modalidade preferencial, o óleo de triacilglicerídeo não foi desodorizado antes da etapa (a) ou da etapa (c).
[0072] Em algumas modalidades, o óleo de triacilglicerídeo é sub metido a um processamento preliminar antes da etapa (a) ou da etapa (c), como limpeza preliminar. No entanto, quaisquer processos realizados no óleo de triacilglicerídeo antes da etapa (a) ou da etapa (c) de preferência não envolvem o aquecimento do óleo de triacilglicerídeo até uma temperatura maior que 100 °C, 150 °C, 200 °C ou 250 °C. Em algumas modalidades, o óleo de triacilglicerídeo é submetido ao refino preliminar, fracionamento, hidrogenação e/ou interesterificação antes da etapa (a) ou da etapa (c).
Óleo triacilglicerídeo
[0073] O termo "triacilglicerídeo" pode ser usado como sinônimo de "triglicerídeo". Nesses compostos, os três grupos hidroxila do glice- rol são, cada um, esterificados por um ácido graxo. Os óleos que podem ser purificados usando o método da invenção compreendem tria- cilglicerídeos e incluem óleo de origem vegetal, óleo de origem animal, óleo de peixe, óleo de algas e combinações dos mesmos.
[0074] Em uma modalidade preferencial, o óleo de triacilglicerídeo é um óleo vegetal. Em uma modalidade preferencial, o óleo vegetal é ao menos parcialmente extraído com solvente. De preferência, o solvente é uma mistura de 2-propanol e n-hexano.
[0075] Óleos vegetais exemplificadores incluem óleo de girassol, óleo de milho, óleo de canola, óleo de soja, óleo de coco, óleo de babaçu, óleo de caroço de palma e manteiga de cacau.
[0076] Em uma modalidade, o óleo vegetal é o óleo de girassol. Em uma modalidade preferencial, o óleo vegetal é o óleo de babaçu.
[0077] Em uma modalidade, o óleo vegetal é óleo de semente de canola bruto extraído com solvente. Em uma modalidade, o óleo vegetal é óleo de palma bruto produzido industrialmente. Em uma modalidade, o óleo vegetal é óleo de milho bruto produzido industrialmente. Em uma modalidade, o óleo vegetal é óleo de girassol bruto produzido industrialmente. Em uma modalidade, o óleo vegetal é óleo de canola bruto prensado a frio. Em uma modalidade, o óleo vegetal é óleo de soja bruto produzido industrialmente.
Óleo de triacilglicerídeo bruto
[0078] No caso do óleo de babaçu, o óleo bruto pode ser produzi do a partir de porções diferentes dos frutos de palma, por exemplo, a partir da polpa dos frutos conhecidos como mesocarpo e também a partir de sementes ou do caroço do fruto. A extração do óleo de babaçu bruto (CPO) a partir dos frutos esmagados pode ser realizada sob temperaturas que variam, por exemplo, de 90 a 140 °C.
[0079] Em outros casos, o óleo bruto, por exemplo, de girassol, pode ser produzido por meio de prensagem, por extração com solvente ou uma combinação dos mesmos, com por exemplo é descrito por Gotor & Rhazi em Oilseeds & fats Crops and lipids 2016 (DOI: 10.1051/ocl/2016007).
Temperatura de fusão
[0080] O termo "temperatura de fusão", como usado aqui, pode se referir à temperatura na qual um sólido muda do estado sólido para o estado líquido a uma pressão de 100 kPa. Por exemplo, a temperatura de fusão pode ser a temperatura na qual um sólido muda do estado sólido para o estado líquido a uma pressão de 100 kPa, quando aquecido a 2 °C por minuto.
[0081] O versado na técnica é prontamente capaz de selecionar métodos adequados para a determinação da temperatura de fusão do óleo de triacilglicerídeo.
[0082] Por exemplo, o aparelho para a análise de temperaturas de fusão pode consistir em um bloco de aquecimento ou um banho de óleo com uma janela transparente (por exemplo, um tubo Thiele) e uma lupa. Uma amostra do sólido pode ser colocada em um tubo de vidro delgado e colocada no bloco de aquecimento ou imersa no banho de óleo, o qual é então gradualmente aquecido. A fusão do sólido pode ser observada e a temperatura de fusão associada anotada.
Centrifugação
[0083] O termo "centrifugação", como usado aqui, pode se referir à rápida rotação do vaso de óleo, por exemplo, à medida que é aquecido até uma temperatura na qual o óleo está no estado líquido. Esta temperatura pode ser de 30 °C, 40 °C, 50 °C, 60 °C, 70 °C, 80 °C, 100 °C ou acima para o óleo de babaçu e de 50 °C, 60 °C, 80 °C, 100 °C ou acima para a estearina de palma, 15 °C, 20 °C ou acima para oleína de palma, 5 °C ou acima para óleos de semente, incluindo óleo de girassol, óleo de semente de colza/óleo de canola e óleo de milho.
[0084] Em uma modalidade preferencial, a temperatura pode ser entre 40 °C e 80 °C para o óleo de babaçu, com entre 50 °C e 70 °C. Em uma modalidade preferencial, a temperatura pode estar entre 5 °C e 20 °C para o óleo de girassol. Em uma modalidade preferencial, a velocidade de centrifugação é de ao menos 15.000 g por 15 minutos.
Decantação
[0085] O termo "decantar" ou "decantação", como usado aqui, po de se referir a um período livre de movimento que inclui decantar o vaso de óleo em um ambiente fixo sem movimento e evitar a sua agitação durante um período de tempo que pode ser de pelo menos 4 horas, 6 horas, 1 dia, 2 dias, uma semana ou mesmo um mês.
[0086] Em uma modalidade, o vaso de óleo pode ser decantado em um ambiente fixo sem movimento e a sua agitação evitada durante um período de tempo de pelo menos 5 meses, por exemplo, para o óleo de girassol bruto ou o óleo de soja bruto. Em uma modalidade, o óleo bruto é aquecido até pelo menos 60 °C antes da decantação.
[0087] Em uma modalidade, o vaso de óleo pode ser decantado em um ambiente fixo sem movimento e a sua agitação evitada durante um período de tempo de pelo menos 4 dias, por exemplo, para o óleo de canola bruto prensado a frio.
Refino adicional
[0088] À medida que os precursores clorados, particularmente os precursores orgânicos clorados, são esgotadas pelo método da invenção, o aquecimento durante quaisquer processos de refino subsequentes não causará significativa geração de compostos clorados indeseja- dos, como os MCPDEs.
[0089] Em uma modalidade, o método compreende adicionalmen te um ou mais processos selecionados do grupo que consiste no refino físico ou químico, degomagem, neutralização e branqueamento posterior à etapa (c).
[0090] Em uma modalidade, o método compreende adicionalmen te desodorização posteriormente à etapa (f), de preferência sendo que a desodorização é a desodorização por vapor d'água e sob vácuo.
[0091] Em uma modalidade, o método compreende adicionalmen te o fracionamento posterior à etapa (f).
[0092] Os processos para a realização de refinamento, degoma- gem, branqueamento, desodorização e fracionamento são bem conhecidos na técnica.
[0093] A título de exemplo, o refino de óleo de origem vegetal, co mo óleo vegetal, consiste tipicamente no refino físico ou no refino químico.
[0094] Como esforços que visam aumentar a sustentabilidade, as refinarias óleo modificaram suas linhas de processamento de óleo vegetal nas últimas décadas para minimizar o gasto de energia (econo- mizadores) e reduzir os resíduos. No entanto, as etapas destes dois processos de refino permaneceram essencialmente iguais.
[0095] O refino físico é essencialmente uma forma abreviada de refino químico e foi introduzido como o método preferido de refino de óleo de babaçu em 1973. Ele pode ser uma operação contínua de três etapas onde o óleo de entrada é pré-tratado com ácido (degomagem), limpo ao passar por uma argila de branqueamento de adsorção e, em seguida, é submetido a destilação por vapor d'água. Esse processo permite a subsequente desacidificação, desodorização e decomposição de carotenoides exclusivos do óleo de babaçu (ou seja, o óleo bruto é vermelho forte, ao contrário de outros óleos vegetais). Dada a etapa de falta de neutralização no refino físico, o óleo branqueado refinado (RB) produzido a partir de uma refinaria física contém quase os mesmos níveis de ácido graxo livre (FFA) encontrados no óleo bruto.
[0096] O óleo branqueado neutralizado (NB) de uma refinaria quí mica e o óleo de babaçu RB são comparáveis antes da desodorização, em todos os outros aspectos.
[0097] A operação unitária de branqueamento por aquecimento é a principal fonte de perdas no processo de refino de óleo, resultando em uma redução de 20 a 40% no volume de óleo após a filtração. O processo tipicamente dura cerca de 30 a 45 min e, tipicamente, ocorre sob vácuo de 27 a 33 mbar a uma temperatura de 95 a 110 °C.
[0098] O óleo branqueado por aquecimento pode, então, ser redi recionado na tubulação até um desareador que ajuda na remoção dos gases dissolvidos, bem como da umidade, antes de ser enviado para uma torre de desodorização.
[0099] Uma etapa de branqueamento pode compreender aquecer o óleo e limpar o óleo pela passagem do mesmo através da argila de branqueamento adsortiva.
[00100] Uma etapa de desodorização pode compreender destilação a vapor.
[00101] Os versados na técnica entenderão que podem combinar todos os recursos da presente invenção aqui revelados, sem se afastar do escopo da invenção como revelado.
[00102] Vários recursos e modalidades preferenciais da presente invenção serão agora descritos a título de exemplos não limitadores.
[00103] A prática da presente invenção empregará, salvo indicação em contrário, técnicas convencionais de química, bioquímica, biologia molecular, microbiologia e imunologia, que estão dentro das capacidades de uma pessoa versada na técnica. Essas técnicas são explicadas na literatura. Consulte, por exemplo, Sambrook, J., Fritsch, E.F. e Ma- niatis, T. (1989) Molecular Cloning: A Laboratory Manual, 2a Edição, Cold Spring Harbor Laboratory Press; Ausubel, F.M. et al. (1995 e suplementos periódicos) Current Protocols in Molecular Biology, cap. 9, 13 e 16, John Wiley & Sons; Roe, B., J. Crabtree, J. e Kahn, A. (1996), DNA Isolation and Sequencing: Essential Techniques, John Wiley & Sons; Polak, J.M. e McGee, J.O'D. (1990) In Situ Hybridization: Principles and Practice, Oxford University Press; Gait, M.J. (1984) Oligonucleotide Synthesis: A Practical Approach, IRL Press; e Lilley, D.M. e Dahlberg, J.E. (1992) Methods in Enzymology: DNA Structures Part A: Synthesis and Physical Analysis of DNA, Academic Press. Cada um desses textos gerais está aqui incorporado a título de referência.
Exemplos Exemplo 1 Materiais e métodos Produção de óleo de babaçu bruto extraído com solvente
[00104] 1,8 Kg de fruto de palma intacto foi descongelado à tempe ratura ambiente. Os caroços foram removidos do fruto manualmente usando um bisturi. 4 L da solução para extração foram preparados pela mistura de 2 L de 2-propanol e 2 L de n-hexano. 1,4 Kg de polpa de palma, incluindo a polpa do fruto e a casca, foi misturado, amassado e homogeneizado com 2 L da solução para extração usando um misturador liquidificador de imersão comercial (Bamix Gastro 200). A pasta fluora resultante foi misturada e adicionalmente homogeneizada com os 2 L restantes da solução para extração, usando um polytron (Kine- matica Polytron PT 10 35 GT). A solução de pasta fluida resultante foi aliquotada em tubos de polipropileno de 1 L (Sorvall 1000 mL) e centrifugada a 4000 g durante 15 minutos a 30 °C em uma centrífuga Heraeus Cryofuge 8500i da Thermo Scientific. As fases orgânicas foram filtradas através de papel de filtro (Whatman 595 1/2) e combinadas. O solvente orgânico foi, em seguida, evaporado do óleo usando um sistema rotaevaporador Büchi R-300 a 60 °C (banho de aquecimento B- 300, controlador de vácuo I-300, bomba V-300 e resfriador por recircu- lação P-314 operado a 4 °C). O vácuo foi ajustado gradualmente até alcançar 10 mbar para evitar a ebulição da amostra.
Produção de óleo de semente de girassol bruto extraído com solvente
[00105] 1,2 kg de sementes de girassol foram esmagados e homo- geneizados com 1,5 L de solução de extração (2-propanol:n-hexano, 1:1 v/v) usando um misturador liquidificador de imersão comercial (Bamix Gastro 200). O homogenato foi misturado com 1,5 L de uma solução para extração e foi adicionalmente homogeneizado usando um polytron (Kinematica Polytron PT 10 35 GT). A pasta fluida resultante foi aliquotada em tubos de polipropileno de 1 L (Sorvall 1000 mL) e centrifugada a 4.000 g durante 15 minutos a 22°C em uma centrífuga Heraeus Cryofuge 8500i da Thermo Scientific. As fases orgânicas foram filtradas através de papel de filtro (Whatman 595 1/2) e combinadas. O solvente orgânico foi, em seguida, evaporado do óleo usando um sistema rotaevaporador Büchi R-300 a 60 °C (banho de aquecimento B-300, controlador de vácuo I-300, bomba V-300 e resfriador por recirculação P-314 operado a 4 °C). O vácuo foi ajustado gradualmente até alcançar 10 mbar para evitar a ebulição da amostra.
Ensaios de mitigação Centrifugação do óleo de babaçu bruto extraído com solvente
[00106] 1 L de óleo de babaçu bruto preparado conforme descrito acima foi fundido por aquecimento até 80 °C em um banho de água. O óleo foi homogeneizado por agitação manual. Alíquotas de 40 mL foram transferidas para tubos de ensaio Falcon de 50 mL. Os tubos foram inseridos em uma centrífuga Eppendorf 5810 pré-aquecida até 40 °C e foram centrifugados a 15.000 g durante 15 min a 40 °C.
Centrifugação do óleo de girassol bruto extraído com solvente
[00107] 1 L de óleo de girassol bruto, preparado conforme descrito acima, foi homogeneizado por agitação manual. Alíquotas de 40 mL foram transferidas para tubos de ensaio Falcon de 50 mL. Os tubos foram inseridos em uma centrífuga Eppendorf 5810 e foram centrifugados a 15.000 g durante 15 minutos a 23 °C.
Tratamento das amostras por aquecimento na ampola
[00108] O tratamento térmico das amostras de óleo bruto foi reali- zado em ampolas de vidro vedadas sob nitrogênio durante 2 h a 230 °C em uma estufa Heraeus da Thermo Scientific (Série 6100). As ampolas de vidro foram fabricadas a partir de pipetas Pasteur de vidro purgando-as com nitrogênio e vedando-as usando um bico de Bunsen. Estas condições foram escolhidas para imitar as condições térmicas usadas durante a desodorização do óleo comestível.
Cromatografia líquida - análise de espectrometria de massa Preparação de amostra
[00109] Óleos e óleos bruto produzidos em casa foram gradualmente diluídos antes da injeção. Em primeiro lugar, 50 μL de cada amostra foram transferidos para um frasco e 950 μL de uma mistura de n- hexano:acetona (1:1 v/v) foram adicionados. A amostra foi submetida a vórtice por 5 a 10 segundos. Na segunda etapa, essa solução foi adicionalmente diluída pela mistura de uma alíquota de 100 μL e com 900 μL de acetona. A solução obtida foi submetida a vórtice por 5 a 10 segundos. A etapa de diluição final consistiu em uma mistura dos seguintes itens: 10 μL de solução obtida após a segunda etapa de diluição; 5 μL de uma solução padrão interna de 0,2 ng/μL (1-oleoil- 2-linoleoil-3-cloropropanodiol-2H5); e 85 μL de uma mistura de acetona:metanol (1:1 v/v)
Condições de CL
[00110] A cromatografia líquida de ultra-alto desempenho foi realizada usando um sistema Accela da ThermoFisher equipado com uma fase de octadecila à base de sílica (Acquity HSS C18 1,7 μm, da Waters; 2,1*150 mm). O gradiente de solvente aplicado está resumido na Tabela 1.
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Tabela 1. Detalhes do gradiente de CL aplicado (o solvente A era for- miato de amônio 1 mM em metanol; e o solvente B era 100 μM de for- miato de amônio em isopropanol).
Condições de MS
[00111] O monitoramento dos ésteres de monocloropropanodiol (MCPD) e seus precursores orgânicos foi realizado usando um espec- trômetro de massa Lumos Orbitrap da Thermo Fisher. Esta plataforma possibilitou a análise de até 240.000 larguras totais na metade da resolução máxima da massa, e uma precisão de massa de rotina de 2 ppm. Os precursores dos ésteres de MCPD foram detectados em ionização por eletrospray em modo de íon negativo (ESI-), enquanto os ésteres de MCPD foram monitorados por ESI no modo de íon positivo (ESI+). Nestas condições, o íon precursor de MCPD observado foi [MH]-, enquanto os íons de éster de MCPD monitorados foram os adutos de [M+NH4]+ e [M+Na]+. Para a interpretação de dados os sinais de m/z foram extraídos em uma janela de 10 ppm.
Resultados e discussão Óleo de palma bruto extraído com solvente
[00112] A remoção assistida por centrifugação dos precursores clorados foi aplicada a diferentes lotes de óleo de babaçu bruto, conforme é descrito acima. Os sinais de precursores clorados conhecidos em m/z 702,61807; 718,61357 e 734,60809 (Food Additives and Contami- nants in Vol. 28, No. 11, novembro de 2011, 1492-1500) foram monitorados conforme descrito acima. Além disso, sinais adicionais até agora não relatados de substâncias orgânicas cloradas foram monitorados a m/z 642 52273; 704,59575 732,62744 746,64325 789,52906.
[00113] Para facilitar a visão geral dos resultados, os sinais foram normalizados para as áreas de pico encontradas no material de partida, como 100%. As áreas de pico obtidas do óleo bruto antes da centrifugação (material de partida), após a centrifugação e após 6 h de decantação + centrifugação está mostradas na Figura 1.
[00114] Estes resultados sugerem que tanto a decantação como a centrifugação podem reduzir a concentração de substâncias cloradas no óleo.
[00115] O benefício desta invenção inclui, mas não se limita, a remover substâncias cloradas com massa entre 300 e 1000 Dáltons e em qualquer faixa de polaridade que seja mais polar do que a dos tria- cilgliceróis, por exemplo, tripalmitina com tempo de retenção de 24,5 minutos. Isso é ilustrado na Tabela 2, que relata os valores de m/z e os correspondentes tempos de retenção cromatográficos que refletem a polaridade das substâncias sob estudo.
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Tabela 2
[00116] Após a mitigação via centrifugação, o óleo resultante e o material de partida (sem centrifugação) foram submetidos ao tratamento térmico, conforme descrito acima, para imitar as condições térmicas usadas durante a desodorização do óleo comestível. As amostras re-sultantes foram analisadas quanto ais seus teores de MPCDE por LC- MS. O efeito benéfico da mitigação baseada em centrifugação é mostrado na Figura 2 (dipalmitoil-MCPD, PP-MCPD), na Figura 3 (palmi- toil-oleil-MCPD, PO-MCPD), na Figura 4 (dioleil-MCPD, OO-MCPD) e na Figura 5 (oleil-linoleil-MCPD, OL-MCPD).
Óleo de girassol bruto extraído com solvente
[00117] A remoção assistida por centrifugação dos precursores clorados foi aplicada ao óleo de girassol bruto extraído com solvente, produzido como descrito acima. Após a mitigação via centrifugação, o óleo resultante e o material de partida (sem centrifugação) foram submetidos ao tratamento térmico em triplicatas, conforme descrito acima, para imitar as condições térmicas usadas durante a desodorização do óleo comestível. As amostras resultantes foram analisadas quanto ais seus teores de MPCDE por LC-MS. O efeito benéfico da mitigação baseada em centrifugação é mostrado na Figura 6 (dioleil-MCPD, OO- MCPD), na Figura 7 (oleil-linoleil-MCPD, OL-MCPD) e na Figura 8 (di- linoleil-MCPD, LL-MCPD).
[00118] De modo geral, os dados mostram uma redução substancial dos níveis de ambos os precursores clorados e ésteres de monoclo- ropropandiol (MCPDEs) após a mitigação em comparação aos níveis observados na ausência de tratamento para cada um dos estudos sobre o óleo de girassol bruto e o óleo de babaçu bruto.
Exemplo 2
[00119] As informações fornecidas neste exemplo são relevantes para os Exemplos 3 a 9, a seguir.
Análise da amostra Preparação de amostra
[00120] As amostras foram diluídas gradualmente antes da injeção. 1) Em primeiro lugar, 100 μL de cada amostra foram trans-feridos para um frasco e 900 μL de uma mistura de n-hexano:acetona (1:1 v/v) foram adicionados. A amostra foi submetida a vórtice por 5 a 10 segundos. 2) Na segunda Etapa, 50 μL dessa solução foram adicio-nalmente diluídos em 950 μL, misturando-a com acetona. A solução obtida foi submetida a vórtice por 5 a 10 segundos. 3) 100 μL dessa última solução foram misturados com 90 μL de metanol e 10 μL de solução de mistura de padrão interno. (A solução de mistura do padrão interno continha, na concentração de 2 ng/μL, os seguintes compostos marcados com isótopo estáveis solubi- lizados em metanol: 1-oleoil 2-linoleoil 3-cloropropanodiol-2H5 (OL), 1- 2-dipalmitoil 3-cloropropanodiol-2H5 (PP), 1-palmitoil 2-oleoil 3- cloropropanodiol-2H5 (PO), 1-palmitoil 2-linoleoil 3-cloropropanodiol-2H5 (PL), 1-2-dilinoleoil 3-cloropropanodiol-2H5,(LL),), 1-2-oleoil 3- cloropropanodiol-2H5, (OO)).
Condições de CL
[00121] A cromatografia líquida de ultra-alto desempenho foi reali- zada usando um sistema UltiMate 3000 da Thermo ou um sistema Ac- quity H-class da Waters, equipado com uma fase de octadecila à base de sílica (Acquity HSS C18 1,7 μm, da Waters; 2,1x150 mm). O gradiente de solvente aplicado está resumido na Tabela 3.
Figure img0005
Tabela 3. Detalhes do gradiente de CL aplicado (o solvente A era for- miato de amônio 1 mM em metanol; e o solvente B era 100 μM de for- miato de amônio em isopropanol).
Condições de MS
[00122] O monitoramento de ésteres de monocloropropandiol (MCPD) e seus precursores orgânicos foi realizado usando espectrô- metros de massa de alta resolução Thermo Fisher (Q Exactive Hybrid Quadrupole-Orbitrap, Orbitrap Fusion™ Lumos™ Tribrid™ e Orbitrap Elite Hybrid). Estas plataformas habilitaram a análise de massa altamente seletiva com uma exatidão de massa de rotina de ~2 ppm. Os precursores dos ésteres de MCPD (MCPDE) foram detectados em ionização por eletrospray em modo de íon negativo (ESI-), enquanto os ésteres de MCPD foram monitorados por ESI no modo de íon positivo (ESI+). Nestas condições, o íon precursor de MCPD observado foi [MH]-, enquanto os íons de éster de MCPD monitorados foram os adutos de [M+NH4]+ e [M+Na]+.
Interpretação de dados
[00123] A quantificação relativa dos precursores foi realizada pela primeira extração dos cromatogramas iônicos das respectivas subs-tâncias em seu respectivo valor de m/z em uma janela de massa de 10 ppm e, em seguida, integrando as áreas de pico resultantes no tempo de retenção cromatográfico correspondente. Os valores de m/z e do tempo de retenção cromatográfico de cada analito precursor estão mostrados na Tabela 4.
[00124] Para cada experimento, as áreas de pico detectadas nas amostras de controle foram ajustadas como 100% e os resultados en-contrados nas amostras mitigadas foram expressos como uma % relativa em comparação com as amostras de controle não mitigadas.
Figure img0006
Tabela 4
[00125] A quantificação relativa de MCPDE foi realizada primeiro extraindo os cromatogramas iônicos dos adutos de [M+NH4]+ e [M+Na]+ em seus respectivos valores de m/z em uma janela de massa de 10 ppm e, em seguida, integrando as áreas de pico resultantes no tempo de retenção cromatográfico correspondente. As abreviações dos MPCDEs monitorados são as seguintes: PP: éster dipalmitoil MCPD; PO: éster de palmitoil-oleil MCPD; OO: éster de dioleil MCPD; OL: éster de oleil-linoleil MPCD; LL: éster de dilinoleil MPCD; PL: éster de palmitoil-linoleil MPCD.
[00126] Para cada experimento, as áreas de pico dos MPCDEs mais abundantes detectadas nas amostras de controle foram ajustadas como 100% e os resultados encontrados nas amostras mitigadas foram expressos como uma % relativa em comparação com as amostras de controle não mitigadas.
Exemplo 3 Óleo de semente de canola bruto extraído por solvente
[00127] 7,9 Kg de sementes de canola foram prensados utilizando uma prensa de óleo elétrica doméstica (OP 700, Rommelsbacher, Alemanha) resultando em ~2,4 kg de óleo prensado e em ~5,5 Kg de resíduo sólido restante (torta).
[00128] 200 g desse resíduo sólido/torta remanescente foram ho mogeneizados com 800 mL de solução para extração (n- hexano:isopropanol, 1:1 (v/v)) usando um polytron (Kinematica Polytron PT 10 35 GT). A fase orgânica foi, então, filtrada através de papel de filtro (Whatman 595 ^). O solvente orgânico foi, em seguida, evaporado do óleo usando um sistema rotaevaporador Büchi R-300 a 60 °C (banho de aquecimento B-300, controlador de vácuo I-300, bomba V-300 e resfriador por recirculação P-314 operado a 4 °C). O vácuo foi ajustado gradualmente até alcançar 10 mbar para evitar a ebulição da amostra. O óleo resultante foi novamente filtrado a 65 °C através de papel filtro (Whatman 595 ^).
[00129] A mitigação foi realizada pela aplicação de centrifugação às amostras. Alíquotas de 40 mL foram transferidas para tubos de ensaio Falcon de 50 mL. Os tubos foram inseridos em uma centrífuga Eppen- dorf 5810 e foram centrifugados a 15.000 g durante 15 minutos a 23 °C. As amostras resultantes, juntamente com as amostras de controle não centrifugadas, foram analisadas por LC-MS, conforme descrito acima, quanto ao teor de precursor. O efeito da centrifugação sobre os níveis de precursor é mostrado na Figura 9.
Exemplo 4 Óleo de palma bruto produzido industrialmente
[00130] O óleo de palma bruto produzido industrialmente foi comprado junto à Nutriswiss (Lyss, Suíça). O óleo foi submetido a ensaios de mitigação por centrifugação.
[00131] 1 L de óleo de babaçu bruto foi fundido por aquecimento até 80 °C em um banho de água. O óleo foi homogeneizado por agitação manual. Alíquotas de 40 mL foram transferidas para tubos de ensaio Falcon de 50 mL. Os tubos foram inseridos em uma centrífuga Eppendorf 5810 preaquecida até 40 °C e foram centrifugados a 15.000 g durante 15 min a 40 °C.
[00132] As amostras resultantes, juntamente com as amostras de controle não centrifugadas, foram analisadas por LC-MS, conforme descrito acima, quanto ao teor de precursor. O efeito da centrifugação sobre os níveis de precursor está mostrado na Figura 10.
[00133] As mesmas amostras também foram submetidas ao tratamento térmico em ampolas, para simular a formação de MCPDEs, e foram analisadas adequadamente por LC-MS quanto ao teor de MCP- DE. Os benefícios da centrifugação nos níveis de MCPDE resultantes são mostrados na Figura 11.
Exemplo 5 Fixação a longo prazo do óleo de milho bruto produzido industrialmente
[00134] Óleo de milho bruto produzido industrialmente foi comprado junto à VFI GmbH (Wels, Áustria).
[00135] O óleo bruto foi primeiramente aquecido em um frasco pyrex de 2 L a 60 °C no banho de água e foi homogeneizado por agitação manual vigorosa, e em seguida foi deixado na bancada à temperatura ambiente sem qualquer agitação durante 5 meses.
[00136] Após o período de tempo de 5 meses, alíquotas de 40 mL foram coletadas da fase de topo e da fase de fundo, chamadas respectivamente de "fase superior" e "fase inferior".
[00137] As amostras resultantes foram analisadas por LC-MS, conforme descrito acima, quanto ao teor de precursor das mesmas. O efeito da decantação de longo prazo sobre os níveis de precursor está mostrado na Figura 12.
[00138] As mesmas amostras também foram submetidas ao tratamento térmico em ampolas, para simular a formação de MCPDEs, e foram analisadas adequadamente por LC-MS quanto ao teor de MCP- DE. Os benefícios da decantação de longo prazo sobre os níveis de MCPDE resultantes são mostrados na Figura 13.
Exemplo 6 Decantação a longo prazo do óleo de girassol bruto produzido industrialmente
[00139] Bio-óleo de girassol bruto produzido industrialmente foi comprado junto à VFI GmbH (Wels, Áustria).
[00140] O óleo bruto foi primeiramente aquecido em um frasco pyrex de 2 L a 60 °C no banho de água e foi homogeneizado por agitação manual vigorosa, e em seguida foi deixado na bancada à temperatura ambiente sem qualquer agitação durante 5 meses.
[00141] Após o período de tempo de 5 meses, alíquotas de 40 mL foram coletadas da fase de topo e da fase de fundo, chamadas respectivamente de "fase superior" e "fase inferior".
[00142] As amostras resultantes foram analisadas por LC-MS, conforme descrito acima, quanto ao teor de precursor das mesmas. O efeito da decantação de longo prazo sobre os níveis de precursor está mostrado na Figura 14.
[00143] As mesmas amostras também foram submetidas ao tratamento térmico em ampolas, para simular a formação de MCPDEs, e foram analisadas adequadamente por LC-MS quanto ao teor de MCP- DE. Os benefícios da decantação de longo prazo sobre os níveis de MCPDE resultantes são mostrados na Figura 15.
Exemplo 7 Decantação a curto prazo do óleo de canola bruto prensado a frio
[00144] 7,9 Kg de sementes de canola foram prensados utilizando uma prensa de óleo elétrica doméstica (OP 700, Rommelsbacher, Alemanha) resultando em ~2,4 kg de óleo prensado e em ~5,5 Kg de resíduo sólido restante (torta). O óleo prensado foi, em seguida, filtrado através de um papel de filtro (Whatman 595 ^) a 65 °C na estufa.
[00145] 2 L de óleo bruto foi, em seguida, deixado na bancada à temperatura ambiente sem qualquer agitação por 4 dias, para decantar.
[00146] Após o período de tempo de 4 dias, uma alíquota de 20 mL foi coletada da fase de topo e da fase de fundo, chamadas respectivamente de "fase superior" e "fase inferior".
[00147] As amostras resultantes foram analisadas por LC-MS, conforme descrito acima, quanto ao teor de precursor das mesmas. O efeito da decantação de curto prazo sobre os níveis de precursor está mostrado na Figura 16.
[00148] As mesmas amostras também foram submetidas ao tratamento térmico em ampolas, para simular a formação de MCPDEs, e foram analisadas adequadamente por LC-MS quanto ao teor de MCP- DE. Os benefícios da decantação a curto prazo sobre os níveis de MCPDE resultantes são mostrados na Figura 17.
Exemplo 8 Decantação a longo prazo do óleo de soja bruto produzido indus-trialmente
[00149] O bio-óleo de soja bruto produzido industrialmente foi comprado junto à VFI GmbH (Wels, Áustria).
[00150] O óleo bruto foi primeiramente aquecido em um frasco pyrex de 2 L a 60 °C no banho de água e foi homogeneizado por agitação manual vigorosa, e em seguida foi deixado na bancada à temperatura ambiente sem qualquer agitação durante 5 meses.
[00151] Após o período de tempo de 5 meses, alíquotas de 40 mL foram coletadas da fase de topo e da fase de fundo, chamadas respectivamente de "fase superior" e "fase inferior".
[00152] As amostras resultantes foram analisadas por LC-MS, conforme descrito acima, quanto ao teor de precursor das mesmas. O efeito da decantação de longo prazo sobre os níveis de precursor está mostrado na Figura 18.
[00153] As mesmas amostras também foram submetidas ao tratamento térmico em ampolas, para simular a formação de MCPDEs, e foram analisadas adequadamente por LC-MS quanto ao teor de MCP- DE. Os benefícios da decantação de longo prazo sobre os níveis de MCPDE resultantes são mostrados na Figura 19.
Exemplo 9 Decantação a longo prazo do óleo de girassol bruto extraído com solvente
[00154] A produção de óleo de semente de girassol bruto extraído com solvente é descrita acima.
[00155] 1 L deste óleo bruto foi submetido a decantação de longo prazo deixando-o sobre a bancada em temperatura ambiente sem qualquer agitação durante 5 meses.
[00156] Após o período de tempo de 5 meses, alíquotas de 40 mL foram coletadas da fase de topo e da fase de fundo, chamadas res- pectivamente de "fase superior" e "fase inferior".
[00157] As amostras resultantes foram analisadas por LC-MS, conforme descrito acima, quanto ao teor de precursor das mesmas. O efeito da decantação de longo prazo sobre os níveis de precursor está mostrado na Figura 20.
[00158] As mesmas amostras também foram submetidas ao tratamento térmico em ampolas, para simular a formação de MCPDEs, e foram analisadas adequadamente por LC-MS quanto ao teor de MCP- DE. Os benefícios da decantação de longo prazo sobre os níveis de MCPDE resultantes são mostrados na Figura 21.
[00159] Todas as publicações mencionadas no relatório descritivo acima estão aqui incorporadas, a título de referência. Várias modificações e variações dos métodos, usos e produtos revelados da invenção serão evidentes aos versados na técnica sem se afastar do escopo e espírito da presente invenção. Embora a presente invenção tenha sido descrita em relação a modalidades preferenciais específicas, deve-se compreender que a invenção tal como reivindicada não se destina a ser indevidamente limitada a essas modalidades específicas. De fato, várias modificações dos modos revelados para realização da invenção, os quais são óbvios ao versado na técnica, se destinam a estar dentro do escopo das reivindicações apresentadas a seguir.

Claims (10)

1. Método para purificação de um óleo de triacilglicerídeo, sendo que a quantidade de precursores clorados orgânicos dos ésteres de monocloropropandiol (MCPDEs) é reduzida no óleo de triacilgli- cerídeo purificado em comparação com o óleo de triacilglicerídeo, o referido método sendo caracterizado pelo fato de que compreende as etapas de: (a) concentrar os componentes insolúveis em óleo de tria- cilglicerídeo líquido pela: (i) aplicação de uma força de centrifugação sobre o óleo de triacilglicerídeo enquanto mantém o óleo de triacilglicerídeo acima de sua temperatura de fusão; e (ii) permitir que os componentes insolúveis decantem por força gravitacional, enquanto mantém o óleo de triacilglicerídeo acima da sua temperatura de fusão, sendo que o período de decantação é de pelo menos 4 horas; e (b) separar o óleo de triacilglicerídeo dos componentes in-solúveis.
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o óleo é ao menos parcialmente extraído com solvente, sendo que de preferência, o solvente é uma mistura de 2-propanol e n-hexano.
3. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que compreende, antes da etapa (a), fundir o óleo de tria- cilglicerídeo mediante aquecimento até acima de sua temperatura de fusão.
4. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a etapa a(ii) é realizada e, em seguida, a etapa a(i) é realizada.
5. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a etapa a(i) é realizada e, em seguida, a etapa a(ii) é realizada.
6. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o pH do óleo de triacilglicerídeo é ajustado antes da etapa (a) para aumentar a polaridade dos precursores clorados de MCPDEs.
7. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que compreende ainda as seguintes etapas subsequentes à etapa (b): (c) um ou mais processos selecionados do grupo que con-siste em refino físico ou químico, degomagem, neutralização e bran-queamento.
8. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que os componentes insolúveis concentrados no óleo de triacilglicerídeo líquido compreendem gotículas e sedimentos segrega-dos.
9. Método, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que compreende ainda as seguintes etapas subsequentes à etapa (c): (d) desodorização de um produto da etapa (c); e/ou (e) fraccionamento de um produto do passo (c) ou (d).
10. Método, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que compreende ainda a desodorização a vapor a vácuo de um produto da etapa (c) subsequente à etapa (c).
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