BR112020010553A2

BR112020010553A2 - elemento de cobertura, método para decorar um elemento de cobertura, e máquina para decorar um elemento de cobertura

Info

Publication number: BR112020010553A2
Application number: BR112020010553-8A
Authority: BR
Inventors: Diego Evangelisti; Ivano Marasti; Giovanni Bassani; Nest Mandi
Original assignee: Flooring Industries Limited, Sarl
Priority date: 2017-12-15
Filing date: 2018-11-27
Publication date: 2020-10-27
Also published as: US20210070095A1; CN111526995A; CN111526995B; EP3498490A1; EP3723998A1; EP3498490B1; ES2966944T3; WO2019116132A1; EP3498491A1; US11298971B2; RU2020121725A3; RU2020121725A; US20220185002A1; MX2020006253A

Abstract

  A presente invenção refere-se ao conjunto (10) que compreende uma pluralidade de elementos de cobertura (1) para pisos e/ou paredes, em que cada elemento de cobertura (1) compreende uma superfície superior (4) que tem um padrão (5) e pelo menos uma borda superior desgastada (3), em que pelo menos dois elementos de cobertura (1) do conjunto (10) compreende substancialmente o mesmo padrão (5), e em que o formato da borda superior desgastada (3) se difere em cada elemento de cobertura (1) do conjunto (10).

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "ELE- MENTO DE COBERTURA, MÉTODO PARA DECORAR UM ELE- MENTO DE COBERTURA, E MÁQUINA PARA DECORAR UM ELE- MENTO DE COBERTURA".

[001] A presente invenção refere-se aos elementos de cobertura, para pisos ou paredes, por exemplo, e a um método para decorar um elemento de cobertura. A invenção também se refere a uma máquina para decorar os elementos de cobertura.

[002] Como é conhecido, os elementos de cobertura para pisos ou paredes, como ladrilhos de cerâmica, compreendem um apoio que tem uma face superior com um padrão. O padrão é substancialmente bidimensional e é formado por métodos de impressão como impressão digital, flexográfica e/ou impressão serigráfica. A superfície superior do elemento de cobertura também pode compreender uma estrutura de relevo, possivelmente combinada com o padrão, por exemplo, uma estrutura que representa o grão de pedra natural ou madeira.

[003] A estrutura de superfície é formada de forma controlada, em geral, durante a etapa de formação do apoio. Por exemplo, no ca- so de ladrilhos de cerâmica, o apoio é pressionado em um molde, e a estrutura é formada em negativo na matriz do molde. No entanto, to- dos os ladrilhos formados com essa matriz terão exatamente a mesma estrutura, dando a impressão de artificialidade e repetição ao piso ou ao revestimento de parede. Nesse caso, é possível usar mais de uma matriz, a fim de mitigar a natureza repetitiva do padrão. Uma prensa de formação de ladrilho pode ter uma pluralidade de células (cada uma que forma um respectivo ladrilho), cada uma das quais pode ser asso- ciada a uma matriz que tem uma estrutura diferente. Nesse caso tam- bém, no entanto, os ladrilhos podem ser formados com poucas estru- turas diferentes, por exemplo, quatro ou seis estruturas. Além disso, a eficiência dessa solução diminui à medida que o tamanho do formato aumenta; isso se deve ao número de células que pode ser incluída na diminuição do molde à medida que o tamanho do formato do ladrilho aumenta. Considerações semelhantes também se aplicam a diferentes métodos de formação do suporte ou da estrutura, como enrolar ou gravar. Nesses casos, a estrutura é fornecida por uma incisão feita em um rolete que pressiona os elementos de cobertura, essa incisão será repetida periodicamente nos elementos de cobertura sempre que um novo giro do rolete começar.

[004] A U.S. 2005/0138882 descreve uma solução alternativa pa- ra desgastar artificialmente tijolos ou blocos de cerâmica ou de concre- to, nos quais, depois da sua consolidação (por queima, por exemplo), os tijolos ou blocos são submetidos a uma etapa de finalização. Na etapa de finalização, um ou mais blocos são posicionados um recipien- te preenchido com meios de moagem, e com água se necessário. O recipiente é deixado vibrar, de modo que os meios de moagem atin- gem o bloco, causando uma corrosão de maneira descontrolada. Des- sa maneira, é possível produzir os blocos que têm estruturas que são inteiramente aleatórias e que são diferentes umas das outras. Uma desvantagem dessa solução é que o acabamento deve ser realizado no produto queimado; de outro modo, o bloco iria fraturar devido ao estresse excessivo. Além disso, esse método não pode ser usado com ladrilhos que têm um padrão na sua superfície superior, uma vez que, se a superfícies de ladrilho forem trabalhadas de uma maneira subs- tancialmente indeterminada, isso iria danificar o seu padrão, ao mes- mo tempo em que remove pelo menos parcialmente o esmalte, com- prometendo assim a impermeabilidade da telha.

[005] Um objetivo da presente invenção é superar as desvanta- gens mencionadas acima da técnica anterior por meio de uma solução simples, racional e barata. Esses objetivos são alcançados pelas ca- racterísticas da invenção declarados na reivindicação independente.

As reivindicações dependentes descrevem os aspectos preferidos e/ou particularmente vantajosos da invenção.

[006] Um primeiro aspecto independente da invenção fornece um elemento de cobertura, para pisos ou revestimento de parede, por exemplo, que compreende um apoio que tem pelo menos uma borda superior desgastada. O termo "desgastado" significa que o formato da borda superior é artificialmente criado e é como simular a deterioração na borda superior devido ao tempo e ao uso; por exemplo, o desgaste compreende lascas, arranhões, marcas de raspar e incisões. Em ou- tras palavras, a superfície da borda superior compreende um formato, por exemplo, uma estrutura tridimensional, formada por recessos e projeções, que tem características irregulares, por exemplo, variações em profundidade, largura e/ou comprimento, e disposta em uma ordem aleatória e não predeterminada. Assim, a borda superior desgastada resulta em uma impressão geral de desgaste e deterioração do ele- mento de cobertura, reduzindo assim a impressão dessa artificialidade. Também deve ser observado que, uma vez que apenas a borda supe- rior é desgastada, as bordas inferiores do elemento de cobertura são substancialmente lineares (exceto para nervuras de reforço ou outros elementos funcionais do elemento de cobertura). De preferência, a borda superior é desgastada ao longo de todo o seu comprimento. Claramente, também, o elemento de cobertura pode compreender uma pluralidade de bordas superiores desgastadas, por exemplo, um par de bordas superiores desgastadas que são opostas e paralelas umas às outras; ou, de preferência, cada borda superior do elemento de cobertura é desgastada. De maneira vantajosa, cada borda superi- or desgastada tem um formato diferente de outras bordas superiores desgastadas do mesmo elemento de cobertura.

[007] De acordo com a modalidade preferida, o elemento de co- bertura é um ladrilho ou laje de cerâmica, ou seja, que compreende um apoio de material de cerâmica, por exemplo, grés porcelânico, ma- terial de cerâmica de única queima, material de cerâmica de corpo branco ou vermelho, majólica, terracota, ou outros pós de cerâmica sinterizados em altas temperaturas. Deve ser observado que, de acor- do com outras modalidades, o elemento de cobertura e, particularmen- te, seu apoio, pode ser produzido a partir de outros materiais, como madeira ou fibra de madeira, por exemplo, MDF ou HDF (painel de madeira de média densidade ou painel de madeira de alta densidade, respectivamente), ou plástico, por exemplo, vinila, de preferência, PVC, ou fibrocimento (um exemplo de fibrocimento é o material co- nhecido pelo nome comercial de Micodur®). O elemento de cobertura é, de preferência, retangular ou quadrado no formato, mas não há ra- zão em não ter um formato diferente, por exemplo, hexagonal.

[008] De preferência, o desgaste é realizado em pelo menos uma borda superior do apoio.

[009] De acordo com uma modalidade preferida, o elemento de cobertura tem uma face superior com um padrão que compreende vá- rias matrizes, designs ou gráficos. Em particular, o padrão é formado em pelo menos uma parte central da face superior do elemento de co- bertura. De forma evidente, a expressão "parte central" é considerada significar substancialmente toda a face superior, com a exceção da borda superior desgastada, de modo que as bordas superiores formam substancialmente um quadro ao redor do padrão. No entanto, é prefe- rível que o padrão seja formado em toda a face superior do elemento de cobertura. Em outras palavras, de acordo com a modalidade prefe- rida, a borda desgastada pode ser dotada do padrão. O padrão pode simular um natural material, como pedra natural ou madeira, ou pode representar um concreto, uma resina, ou qualquer outro design gráfico. De preferência, o padrão é pelo menos parcialmente formado por um design gráfico impresso. A impressão é, de preferência, realizada por métodos de impressão sem contato como impressão a jato de tinta digital ou impressão serigráfica, uma vez que isso também permite im- pressão de alta resolução no formato irregular da borda desgastada. No entanto, outros métodos de impressão, como flexográfica, impres- são offset, ou rotogravura, não são excluídos. Claramente, o padrão pode compreender um design preto e branco, mas também a colora- ção por tingimento simples pode ser fornecida, caso em que outros métodos de decoração são possíveis, como decoração por pulveriza- ção, derramamento ou película. Também não está excluído que o pa- drão possa ser aplicado a um substrato pré-impresso adequado a ser fixo ao apoio, por exemplo, uma folha de papel ou plástico, feita de PVC, por exemplo, particularmente no caso de um apoio de madeira ou plástico.

[0010] O elemento de cobertura também pode compreender uma ou mais camadas de revestimento na face superior do elemento de cobertura.

[0011] Por exemplo, as camadas de revestimento podem compre- ender um revestimento de base configurado para cobrir a superfície superior do apoio pelo menos parcialmente ou, de preferência, intei- ramente. Assim, o revestimento de base pode cobrir uma cor do apoio, ao mesmo tempo em que torna o apoio impermeável; também pode ser capaz de receber o padrão nele, ou pode formar fundo do padrão. Em particular, de acordo com a modalidade preferida, o revestimento de base é configurado para cobrir a borda desgastada pelo menos parcialmente ou, de preferência, inteiramente. Nesse caso, o formato da borda desgastada fica aparente através do revestimento de base. Assim, o revestimento de base pode cobrir uma cor do apoio, enquan- to torna o apoio impermeável na borda desgastada também. O reves- timento de base pode ser branco, bege, marrom, cinza ou qualquer outra cor. De acordo com a modalidade preferida na qual o apoio é produzido a partir de material de cerâmica, o revestimento de base compreende, de preferência, um esmalte e/ou um engobe capaz de cobrir a superfície superior do apoio. De acordo com outras modalida- des, no entanto, o revestimento de base pode ser formado a partir de outros materiais como rejuntes ou resinas, por exemplo, resinas de melamina ou epóxi.

[0012] As camadas de revestimento também podem compreender um revestimento de proteção que cobre a face superior pelo menos parcialmente ou, de preferência, inteiramente, e que pode ser posicio- nado no topo do padrão para cobrir e protegê-lo. De acordo com a modalidade preferida, o revestimento de proteção é configurado para cobrir a borda desgastada pelo menos parcialmente ou, de preferên- cia, inteiramente. Nesse caso, o formato da borda desgastada fica aparente através do revestimento de proteção. Assim, o revestimento de proteção também pode cobrir o padrão na borda desgastada. De maneira vantajosa, o revestimento de proteção pode ser transparente ou transluzente de modo que o padrão subjacente permanece discer- nível. O revestimento de proteção também pode compreender enchi- mentos ou aditivos capazes de conferir nova funcionalidade e/ou apri- morar as propriedades de superfície da camada decorativa, por exem- plo, propriedades resistentes à deterioração, antiderrapantes, antibac- terianas ou resistentes a manchas. O revestimento de proteção tam- bém pode ser usado em combinação com o revestimento de base, ou o revestimento de proteção pode ser posicionado no topo do revesti- mento de base. De acordo com a modalidade preferida na qual o apoio é produzido a partir de material de cerâmica, p revestimento de prote- ção de preferência, compreende um esmalte transparente ou um grão. De acordo com outras modalidades, no entanto, o revestimento de proteção pode ser formado a partir de outros materiais, de preferência, resinas, por exemplo, resinas de melamina ou epóxi.

[0013] Também deve ser observado que a face superior do ele- mento de cobertura pode compreender uma estrutura de relevo, por exemplo, uma estrutura que compreende recessos e projeções, de preferência, dispostos em uma ordem predeterminada, mas não há razão para que tais recessos e projeções não sejam dispostos em uma ordem aleatória. Em particular, a estrutura de relevo é disposta em uma parte central da face superior. De preferência, a estrutura de rele- vo tem características que correspondem às características do padrão; por exemplo, os recessos ou projeções podem ser direcionados ao longo do grão de pedra natural, de modo a tornar o padrão formado na laje mais realístico. A estrutura de relevo pode ser formada de acordo com várias opções, três das quais são mencionadas abaixo a título de exemplos não limitativos e não exaustivos.

[0014] De acordo com uma primeira opção, a estrutura de relevo pode compreender recessos e projeções formados no apoio do ele- mento de cobertura. Nesse caso, a estrutura de relevo pode ficar apa- rente na face superior do elemento de cobertura através do revesti- mento de base e/ou do revestimento de proteção. De acordo com uma segunda opção, a estrutura de relevo pode compreender recessos e projeções formados no revestimento de base e/ou no revestimento de proteção, por exemplo, no topo de uma superfície superior substanci- almente plana do apoio. De acordo com uma terceira opção, a estrutu- ra de relevo pode compreender uma combinação de recessos e proje- ções formados de acordo com as primeira e segunda opções, ou for- mados parcialmente no apoio do elemento de cobertura e parcialmen- te no revestimento de base e/ou no revestimento de proteção.

[0015] Um segundo aspecto da invenção fornece um conjunto de elementos de cobertura, no qual cada elemento de cobertura tem uma ou mais das características descritas em relação ao primeiro aspecto independente, e no qual a pelo menos uma borda superior desgastada tem um formato diferente em cada elemento de cobertura. Em outras palavras, todas as bordas superiores desgastadas do conjunto têm o formato diferente uma da outra. Ou seja, a estrutura tridimensional de superfície, formada por recessos e projeções, por exemplo, de cada borda superior desgastada do conjunto tem características irregulares, por exemplo, variações em profundidade, largura e/ou comprimento, e essas características são dispostas em uma ordem aleatória e não predeterminadas, como tornar cada borda superior desgastada dife- rente e distinguível de outras bordas superiores desgastadas do con- junto. Assim, as características da aparência de cada elemento de co- bertura do conjunto irão se diferenciar de outros elementos do conjun- to, conferindo uma maior impressão de desgaste e deterioração ao próprio conjunto e, especialmente, reduzindo a impressão de repetiti- vidade e artificialidade do conjunto. Claramente, o termo "conjunto" é considerado significar uma pluralidade de elementos de cobertura, por exemplo, uma cobertura formada a partir de uma pluralidade de ele- mentos de cobertura adjacentes uns aos outros, por exemplo, um piso ou um revestimento de parede, ou uma embalagem que compreende uma pluralidade de elementos de cobertura.

[0016] De acordo com uma modalidade da invenção, pelo menos dois elementos de cobertura do conjunto têm substancialmente o mesmo padrão. Em particular, esses dois elementos de cobertura têm substancialmente o mesmo padrão na parte central das suas faces superiores. É enfatizado que a expressão "substancialmente o mesmo padrão" é considerada significar que o design e a cor do padrão coin- cidem nas partes das faces superiores não afetadas pelas bordas desgastadas, e que eles podem diferir ligeiramente em aspectos me- nores e detalhes, particularmente, aqueles devido ao processo de pro- dução, como, simplesmente a título de exemplos não limitativos e não exaustivos, o tom da cor, o nível de brilho e defeitos de impressão.

[0017] De acordo com uma modalidade, pelo menos dois elemen- tos de cobertura do conjunto têm substancialmente a mesma estrutura de relevo. Em particular, esses dois elementos de cobertura têm subs- tancialmente a mesma estrutura de relevo na parte central das suas faces superiores. É enfatizado que a expressão "substancialmente a mesma estrutura de relevo" é considerada significar que os elementos da estrutura de relevo e sua disposição coincidem nas partes centrais das faces superiores não afetadas pelas bordas desgastadas, e que eles podem diferir ligeiramente em aspectos menores e detalhes, par- ticularmente aqueles devido ao processo de produção, como, sim- plesmente a título de exemplos não limitativos e não exaustivos, defei- tos pontuais como bolhas, achatamento do relevo ou pequenas dife- renças de profundidade ou altura.

[0018] Um terceiro aspecto da invenção fornece um método para decorar elementos de cobertura, que tem uma ou mais das caracterís- ticas descritas em relação ao primeiro aspecto independente. Em par- ticular, de acordo com o terceiro aspecto independente, o método in- clui as etapas de: fornecer um apoio para o elemento de cobertura e desgaste pelo menos uma borda superior do apoio. De preferência, a etapa de desgaste compreende uma etapa de desgaste mecânico, ou seja, erosão mecânica ou incisão da borda superior do apoio. De fato, o desgaste mecânico é preferível a outras soluções possíveis, como erosão química, devido a considerações relativas à segurança do am- biente de trabalho e sustentabilidade ambiental.

[0019] De acordo com a modalidade preferida, o desgaste pode ser realizado por meio de um rebolo abrasivo, de preferência, um rebo- lo abrasivo formado, ou seja, um no qual a superfície ativa do rebolo abrasivo (em outras palavras, a superfície ativa do rebolo abrasivo adaptada para ficar em contato com a borda superior a ser desgasta- da) não é plana, mas tem protuberâncias e/ou cavidades. Nesse caso,

quando a borda superior do elemento de cobertura é atingida pela pro- tuberância, um recesso mais profundo é formado do que quando a borda superior é atingida por uma parte da superfície ativa do rebolo abrasivo que não tem protuberância (uma cavidade, por exemplo). A formação do rebolo abrasivo pode ter uma configuração regular e pre- determinada, ou seja, na qual as protuberâncias e/ou as cavidades são dispostas de acordo com um design predeterminado, por exemplo, com simetria axial com relação ao eixo do rebolo abrasivo, e/ou têm a mesma altura em relação a um plano de referência perpendicular ao eixo do rebolo abrasivo, por exemplo, em relação a uma superfície do rebolo abrasivo oposta à superfície ativa. De preferência, no entanto, o rebolo abrasivo tem uma configuração irregular, ou seja, na qual as protuberâncias e/ou as cavidades são dispostas de uma maneira não predeterminada e assim ética com relação ao eixo do rebolo abrasivo, e/ou têm alturas diferentes e irregulares em relação a um plano de re- ferência perpendicular ao eixo do rebolo abrasivo, por exemplo, em relação à superfície do rebolo abrasivo oposta à superfície ativa. Des- sa maneira, uma maior irregularidade é fornecida na configuração da borda desgastada, reduzindo assim a impressão de artificialidade no elemento de cobertura. Além disso, dessa maneira, as bordas superio- res do elemento de cobertura serão atingidas e cortadas pelo rebolo abrasivo de uma forma não periódica e repetitiva e, portanto, as bor- das superiores desgastadas de diferentes elementos de cobertura irão exibir diferentes configurações uma da outra, reduzindo assim a im- pressão de artificialidade e repetitividade de um conjunto de elementos de cobertura. O rebolo abrasivo pode ter um diâmetro entre 10 cm e 40 cm, por exemplo, entre 15 cm e 30 cm. É enfatizado que o rebolo abrasivo representa uma modalidade preferida, mas outros meios abrasivos podem ser usados de maneira equivalente.

[0020] Adicionalmente, de acordo com a modalidade preferida, o rebolo abrasivo pode girar ao redor do seu próprio eixo com uma velo- cidade de rotação variável, por exemplo, com variações irregulares e não predeterminadas. Assim, uma variável aleatória adicional é intro- duzida no processo, possibilitando o corte da borda superior para ser desgastada de maneira que as bordas superiores desgastadas de dife- rentes elementos de cobertura exibirão diferentes configurações umas das outras. No entanto, não há razão para que a velocidade de rota- ção não deva variar de maneira periódica e determinada. Por exemplo, o rebolo abrasivo pode girar ao redor do seu próprio eixo em uma ve- locidade de rotação entre 15 Hz e 70 Hz ou, de preferência, entre 20 Hz e 60 Hz.

[0021] Também deve ser observado que o eixo de rotação do re- bolo abrasivo pode ser incidente na borda superior a ser desgastada, ou uma linha reta imaginária paralela à dita borda superior. De prefe- rência, o eixo do rebolo abrasivo e a borda superior a ser desgastada formam um ângulo maior de incidência entre 90° e 180°, por exemplo, entre 120° e 180°. De fato, os inventores revelaram que um aumento no ângulo de incidência diminui a superfície de contato entre o rebolo abrasivo e o apoio e, portanto, diminui o estresse no apoio e o conse- quente risco de dano indesejado ao apoio, na forma de rachaduras profundas, por exemplo. Adicionalmente, de acordo com uma modali- dade preferida, o eixo do rebolo abrasivo é incidente no plano no qual o apoio repousa, por exemplo, um plano horizontal. De maneira vanta- josa, o eixo do rebolo abrasivo e o plano no qual o apoio repousa for- mam um ângulo de trabalho de entre 0° e 90°, por exemplo, entre 45° e 90°. Os inventores revelaram que, quando o ângulo de trabalho é aumentado, o rebolo abrasivo corta a superfície superior do apoio em um maior grau que a superfície lateral e, portanto, o desgaste da borda será mais visível a partir de uma direção aproximadamente perpendi- cular ao plano no qual o apoio repousa, por exemplo, a partir de cima no caso de ladrilhos. De acordo com algumas modalidades, o ângulo de incidência e/ou o ângulo de trabalho do rebolo abrasivo pode ser variável.

[0022] Deve ser observado que o método pode fornecer o desgas- te de uma pluralidade de bordas superiores do elemento de cobertura, por exemplo, pares de bordas superiores paralelas ou, de preferência, todas as bordas do elemento de cobertura. De maneira vantajosa, o método pode fornecer o uso de diferentes rebolos abrasivos para o desgaste de diferentes bordas superiores; por exemplo, o método po- de fornecer o desgaste de cada borda superior com um respectivo re- bolo abrasivo.

[0023] O método também pode fornecer uma etapa para mover o apoio ao longo de uma direção predeterminada de avanço, de prefe- rência, paralela à borda superior a ser desgastada, e para desgastar a borda superior durante esse avanço. Por exemplo, o apoio pode ser posicionado em uma transportadora, de preferência, do tipo faixa ou correia, e o rebolo abrasivo pode ser posicionado na lateral da dita transportadora; por exemplo, uma pluralidade de rebolos abrasivos pode ser posicionada em lados opostos da transportadora para traba- lhar nas bordas superiores opostas do apoio. Em algumas modalida- des, o apoio pode avançar na direção de avanço em uma velocidade de avanço entre 10 m/minuto e 50 m/minuto, por exemplo, entre 20 m/minuto e 40 m/minuto. Em particular, a velocidade de avanço do apoio durante a etapa de erosão pode ser diferente de e, de preferên- cia, inferior à velocidade de avanço do apoio imediatamente a montan- te e/ou imediatamente a jusante da dita etapa de desgaste. Assim, du- rante a etapa de erosão, o apoio é mantido mais estável e o estresse no apoio é reduzido, reduzindo assim também o risco de dano indese- jado ao apoio, como rachaduras profundas. Adicionalmente, de acordo com uma modalidade preferida, durante a etapa de erosão, o apoio pode ser mantido em uma posição substancialmente fixa em relação à transportadora; por exemplo, pode ser mantida em uma posição subs- tancialmente fixa na faixa ou correia da transportadora. Em outras pa- lavras, durante a etapa de desgaste, os movimentos do apoio no plano paralelo à direção de avanço, ou seja, em qualquer direção horizontal, podem ser limitados ou, de preferência, evitados, de modo a estabili- zar o apoio e reduzir o risco de dano indesejado ao apoio. Adicional- mente, para minimizar o risco de dano indesejado ao apoio, os movi- mentos do apoio em uma direção ortogonal ao plano no qual o apoio repousa, em outras palavras, em uma direção substancialmente verti- cal, podem ser limitados ou, de preferência, evitados durante a etapa de desgaste. Isso é particularmente importante na modalidade preferi- da na qual o elemento de cobertura é um ladrilho de cerâmica, uma vez que, nesse caso, uma rachadura no apoio pode levar a defeitos na telha, especialmente após a queima e, em alguns casos, esses defei- tos no apoio podem resultar na fratura da telha. Por exemplo, o apoio pode ser retido por meios mecânicos de retenção, como faixas de con- tenção ou pela aplicação de um vácuo por dispositivos de sucção na transportadora.

[0024] De acordo com algumas modalidades preferidas, a etapa para fornecer o apoio do elemento de cobertura pode fornecer for uma etapa para formar o dito apoio, mediante a prensagem, extrusão, ro- lamento ou outros métodos, por exemplo. Por exemplo, de acordo com a modalidade preferida na qual o elemento de cobertura é um ladrilho de cerâmica, o apoio pode ser formado ao compactar os pós de mate- riais brutos de cerâmica (argilas, caulim, feldspato, quartzo, carbona- tos, fritas, etc.) por compactação contínua e/ou prensagem descontí- nua. Adicionalmente, de acordo com essa modalidade preferida, o apoio é seco antes da etapa de desgaste e depois da etapa de forma- ção. Isso porque os pós de cerâmica são secos depois da formação para remover a água necessária para ativar as propriedades plásticas da argila, a fim de dar ao apoio a resistência mecânica necessária pa- ra o movimento para uma etapa de queima subsequente. A secagem é, de preferência, realizada em temperaturas acima de 80 °C, por exemplo, acima de 100 °C. A secagem é, de preferência, realizada an- tes do desgaste. De forma evidente, de acordo com outras modalida- des, o apoio pode ser formado pelos outros métodos.

[0025] O método também pode compreender uma etapa para apli- car um revestimento de base na superfície superior do apoio. Em par- ticular, de acordo com a modalidade preferida da invenção, o revesti- mento de base pode ser aplicado depois do desgaste das bordas su- periores do apoio e, de preferência, o revestimento de base também pode ser aplicado às bordas desgastadas de modo a cobrir o apoio inteiramente e torna-lo impermeável nas bordas desgastadas também. Por exemplo, o revestimento de base pode ser aplicado no estado úmido, ao derramar ou pulverizar, por exemplo, de modo a depositar uma camada substancialmente uniforme na superfície superior do apoio. No entanto, não há razão para que o revestimento de base não seja aplicado pelos outros métodos, por exemplo, por impressão digi- tal, impressão serigráfica ou flexográfica, ou por métodos de aplicação seca.

[0026] Também deve ser observado que o método também pode fornecer uma etapa para aplicar um padrão na superfície superior do apoio. De preferência, o padrão é impresso na superfície superior do apoio. De acordo com a modalidade preferida da invenção, a impres- são é realizada depois do desgaste das bordas superiores do apoio e é, de preferência, realizada de modo a decorar as bordas desgasta- das. Dessa maneira, o realismo do efeito de desgaste pode ser apri- morado. Adicionalmente, a impressão é, de preferência, realizada pela impressão digital, por exemplo, impressão a jato de tinta, embora ou-

tros métodos de impressão como impressão serigráfica, flexográfica, offset ou rotogravura não são excluídos. No entanto, a impressão a jato de tinta e os métodos de impressão sem contato, em geral, são preferidos, pois eles permitem que o padrão seja aplicado nas bordas desgastadas. É enfatizado que o padrão pode ser aplicado no revesti- mento de base ou diretamente na superfície superior do apoio. Não há razão para que o padrão não seja aplicado a um substrato adequado, por exemplo, um papel ou folha plástica, produzido a partir de PVC, por exemplo, a ser fixo ao apoio, particularmente no caso de um apoio de madeira (MDF ou HDF) ou de plástico (PVC).

[0027] De maneira vantajosa, o método também pode compreen- der uma etapa para aplicar um revestimento de proteção na superfície superior do apoio. Em particular, de acordo com a modalidade preferi- da da invenção, o revestimento preferido pode ser aplicado depois do desgaste das bordas superiores do apoio e, de preferência, o revesti- mento de proteção também pode ser aplicado às bordas desgastadas de modo a proteger a superfície e qualquer padrão subjacente nas bordas desgastadas também. O revestimento de proteção é, de prefe- rência, aplicado no estado úmido, ao derramar ou pulverizar por exemplo, de modo a depositar uma camada substancialmente unifor- me na superfície superior da telha. Não há razão para que o revesti- mento de proteção não seja aplicado pelos outros métodos, por exem- plo, por impressão digital, impressão serigráfica ou flexográfica, ou por métodos de aplicação seca.

[0028] Também deve ser observado que o método pode compre- ender uma etapa para fixar o padrão ao apoio. O termo "fixar" é consi- derado significar uma etapa na qual o padrão é consolidado com o apoio, por exemplo, por meio de uma transformação química e/ou físi- ca. Por exemplo, "fixar" pode ser considerado significar as etapas de curar, sinterizar, cristalizar, solidificar, hidratar, etc. De preferência, du-

rante a etapa de fixação, o revestimento de base e/ou o revestimento de proteção são fixos de maneira simultânea ao padrão. De acordo com a modalidade preferida na qual o elemento de cobertura é um la- drilho de cerâmica, a etapa de fixação compreende a queima do apoio e do padrão, por exemplo, ao queimar acima de 900 °C, de preferên- cia, acima de 1000 °C, por exemplo, cerca de 1200 °C. Em particular, a dita modalidade também inclui a queima do apoio, ou seja, a sinteri- zação dos pós de cerâmica compactados pelo que é conhecido como um único processo de queima, na qual o apoio de cerâmica e o esmal- te são fixos simultaneamente. O padrão é, de preferência, fixo depois da etapa de desgaste. Na prática, de acordo com a modalidade prefe- rida, na qual o elemento de cobertura é um ladrilho de cerâmica, o desgaste é realizado em um apoio verde, ou seja, um apoio formado a partir de um material de cerâmica não queimado ou, de maneira mais precisa, formado a partir de um corpo de cerâmica compacto e, de pre- ferência, seco.

[0029] Um quarto aspecto independente da invenção fornece um aparelho para decorar um elemento de cobertura, ou seja, um apare- lho para o desgaste de pelo menos uma borda superior de um elemen- to de cobertura. De acordo com o quarto aspecto independente, o dis- positivo compreende pelo menos um dispositivo para sustentar o ele- mento de cobertura, ou seja, para sustentar o apoio do elemento de cobertura, e pelo menos um rebolo abrasivo configurado para ficar em contato com pelo menos uma borda superior do elemento de cobertura e um dispositivo para acionar o pelo menos um rebolo abrasivo em rotação ao redor do eixo do rebolo abrasivo. Deve ser observado que o rebolo abrasivo e os outros componentes do aparelho podem ter uma ou mais das características descritas em relação ao terceiro as- pecto independente. Em particular, é preferível que o meio para acio- nar o rebolo abrasivo em rotação seja configurado para acioná-lo em rotação em velocidades de rotação variáveis, por exemplo, com varia- ções irregulares e não predeterminadas. Assim, é possível cortar a borda superior a ser desgastada de uma maneira irregular, de modo que as bordas superiores desgastadas de diferentes elementos de co- bertura irão exibir diferentes configurações umas das outras. O dispo- sitivo de acionamento pode, por exemplo, compreender um motor elé- trico que é conectado de maneira mecânica diretamente ao rebolo abrasivo. De preferência, o aparelho compreende uma pluralidade de rebolos abrasivos, por exemplo, dois rebolos abrasivos para o desgas- te das bordas superiores paralelas do elemento de cobertura e, de pre- ferência, o aparelho pode compreender um dispositivo de acionamento para cada rebolo abrasivo.

[0030] De acordo com uma modalidade preferida, o dispositivo de suporte é um dispositivo transportador, do tipo faixa ou correia, por exemplo, para transportar o elemento de cobertura ao longo de uma direção de avanço. Na prática, o elemento de transporte move o ele- mento de cobertura na proximidade do rebolo abrasivo de modo que esse pode prosseguir com o desgaste da borda superior. De preferên- cia, a direção de avanço é substancialmente paralela à borda superior a ser desgastada.

[0031] O aparelho pode compreender um quadro ao qual os rebo- los abrasivos e dispositivo de acionamentos são conectados. Por exemplo, o dispositivo de suporte também pode ser conectado ao quadro, e pode ser fixo a ele, por exemplo. Adicionalmente, os rebolos abrasivos do aparelho podem ser conectados ao quadro, de modo que podem ser dispostos de acordo com o ângulo de incidência e/ou o ân- gulo de trabalho, como descrito em relação ao terceiro aspecto inde- pendente. De acordo com algumas modalidades, o ângulo de incidên- cia e/ou o ângulo de trabalho do rebolo abrasivo pode ser variável; ou seja, os rebolos abrasivos podem ser articulados no quadro de modo que o ângulo de incidência e/ou o ângulo de trabalho podem variar.

[0032] O aparelho também pode compreender elementos de re- tenção configurados para manter o elemento de cobertura em uma po- sição substancialmente fixa em relação à transportadora. Na prática, os elementos de retenção são configurados para limitar ou, de prefe- rência, evitar os movimentos do elemento de cobertura em relação à transportadora no plano paralelo à direção de avanço, ou seja, em qualquer direção horizontal, de modo a estabilizar o elemento de co- bertura e reduzir o risco de dano indesejado ao elemento de cobertura. Os elementos de retenção também podem ser configurados para limi- tar ou, de preferência, evitar os movimentos do elemento de cobertura em uma direção ortogonal ao plano no qual o elemento repousa, ou seja, em uma direção substancialmente vertical. Por exemplo, os ele- mentos de retenção podem ser do tipo mecânico, como tiras ou meios de contenção para criar um vácuo. De acordo com a modalidade pre- ferida, os elementos de retenção compreendem uma margem horizon- tal capaz de pressionar a face superior do elemento de cobertura; por exemplo, a margem horizontal compreende um faixa ou correia acio- nada ao longo da direção de avanço, por exemplo, na mesma veloci- dade de movimento dianteiro que o elemento de cobertura (ou seja, na mesma velocidade de avanço que a transportadora). Em particular, a margem horizontal é configurada para pressionar uma parte central da face superior do elemento de cobertura; por exemplo, a largura da margem horizontal é menor que a largura do elemento de cobertura.

[0033] De acordo com algumas modalidades, o aparelho pode compreender pelo menos um dispositivo para a recuperação de detri- tos de usinagem e aparos produzidos pelo desgaste. Por exemplo, o dispositivo de recuperação pode compreender um dispositivo de suc- ção ou um recipiente posicionado próximo ao rebolo abrasivo. O mate- rial coletado pode, subsequentemente, ser reciclado ou reutilizado no processo para a produção do elemento de cobertura, particularmente, o apoio.

[0034] As características e vantagens adicionais da invenção fica- rão evidentes a partir de uma leitura dos exemplos a seguir, fornecidos somente a título de exemplo não limitativo, com o suporte das figuras mostradas nas folhas anexas.

[0035] A figura 1 é um vista em perspectiva de um elemento de cobertura de acordo com a invenção.

[0036] A figura 2 é uma seção transversal considerada ao longo do plano II da figura 1.

[0037] A figura 3 é uma ampliação dos detalhes III da figura 2.

[0038] A figura 4 é uma ampliação dos detalhes IV da figura 2.

[0039] A figura 5 é uma vista de topo de um elemento de cobertura durante a etapa de desgaste;

[0040] A figura 6 é uma seção transversal considerada ao longo do plano VI da figura 5.

[0041] A figura 7 mostra algumas etapas do método de acordo com a invenção.

[0042] A figura 8 é uma vista lateral esquemática de um aparelho de decoração de acordo com a invenção;

[0043] A figura 9 é uma vista de topo de um conjunto de elementos de cobertura de acordo com a invenção.

[0044] A figura 1 mostra um elemento de cobertura 1, para pisos ou revestimento de parede por exemplo, que compreende um apoio 2. Por exemplo, o elemento de cobertura é um ladrilho ou laje de cerâmi- ca, ou seja, uma que compreende um apoio 2 de material de cerâmica, por exemplo, grés porcelânico, material de cerâmica de única queima, material de cerâmica de corpo branco ou vermelho, majólica, terracota, ou outros pós de cerâmica sinterizados em altas temperaturas e é, de preferência, de formato retangular ou quadrado.

[0045] Conforme mostrado na figura 1, o elemento de cobertura 1 também compreende pelo menos uma borda superior desgastada 3 ou, de preferência, uma pluralidade de bordas superiores desgastadas 3; mais ainda, todas as bordas superiores 3 do elemento de cobertura 1 são desgastadas. O termo "desgastado" é considerado significar que a borda superior 3 tem um formato artificialmente criado e de modo a simular a deterioração na borda superior 3 devido ao tempo e ao uso, como lascas, arranhões, marcas de raspar e incisões. Em outras pala- vras, a superfície da borda superior 3 compreende um formato, por exemplo, uma estrutura tridimensional, formada por recessos e proje- ções, que em características irregulares, por exemplo, variações na profundidade, largura e/ou comprimento, e disposta em uma ordem aleatória e não predeterminada. Assim, a borda superior desgastada 3 resulta em uma impressão, em geral, de desgaste e deterioração do elemento de cobertura 1, reduzindo assim a impressão da sua artificia- lidade.

[0046] Conforme mostrado na figura 1, todas as bordas superiores 3 do elemento de cobertura 1 são desgastadas. De preferência, as bordas superiores 3 são desgastadas ao longo de todo o seu compri- mento. É enfatizado que cada borda superior desgastada 3 tem um formato diferente a partir de outras bordas superiores desgastadas 3 do mesmo elemento de cobertura 1.

[0047] A figura 1 também mostra que o elemento de cobertura 1 tem uma face superior 4 com um padrão 5 que tem várias cores, de- signs ou gráficos. Em particular, o padrão 5 é formado em pelo menos uma parte central 6 da face superior 4 do elemento de cobertura 1. De forma evidente, a expressão "parte central" 6 é considerada significar substancialmente toda a face superior 4, com a exceção da borda su- perior desgastada 3, de modo que a borda superior desgastada 3 substancialmente forma um quadro ao redor do padrão 5. No entanto,

na modalidade preferida mostrada na figura 1, o padrão 5 é formado em toda a face superior 4 do elemento de cobertura 1. Em outras pa- lavras, a borda superior desgastada 3 é dotada do padrão 5.

[0048] As figuras 2, 3 e 4 mostram que o elemento de cobertura 1 podem compreender as camadas de revestimento capazes de revestir pelo menos parcialmente a face superior 4 do elemento de cobertura

1.

[0049] Em particular, o elemento de cobertura 1 compreende um revestimento de base 7, por exemplo, um esmalte ou um engobe, con- figurado para cobrir a superfície superior do apoio 2 pelo menos parci- almente ou, de preferência, inteiramente. Em particular, de acordo com a modalidade preferida, o revestimento de base 7 é configurado para cobrir a borda superior desgastada 3 pelo menos parcialmente ou, de preferência, inteiramente. Nesse caso, o formato da borda superior desgastada é evidente através do revestimento de base 7.

[0050] O elemento de cobertura 1 ainda compreende um revesti- mento de proteção 8, por exemplo, um esmalte ou um grão transpa- rente, que cobre a face superior 4 pelo menos parcialmente ou, de pre- ferência, inteiramente, e que pode ser posicionado no topo do padrão 5 de modo a cobrir e protege-lo. De acordo com a modalidade preferi- da, o revestimento de proteção 8 cobre a borda superior desgastada 3 pelo menos parcialmente ou, de preferência, inteiramente, o formato da borda superior desgastada 3 sendo evidente através do revesti- mento de proteção 8. De maneira vantajosa, o revestimento de prote- ção 8 é transparente ou transluzente.

[0051] Conforme mostrado na figura 4, a face superior 4 do ele- mento de cobertura 1 compreende uma estrutura de relevo 9, por exemplo, que compreende recessos e projeções, de preferência, dis- postos em uma ordem predeterminada, mas não há razão para que tais recessos e projeções não devam ser dispostos em uma ordem aleatória. Em particular, a estrutura de relevo 9 é disposta na parte central 6 da face superior 4. Em particular, a figura 4 mostra um exem- plo de modalidade na qual a estrutura de relevo 9 pode compreender recessos e projeções formados no apoio 2, que são evidentes na face superior 4 do elemento de cobertura 1 através do revestimento de ba- se 7 e do revestimento de proteção 8.

[0052] A figura 9 mostra um conjunto 10 de elementos de cobertu- ra 1, cada um que tem uma ou mais das características descritas aci- ma, e no qual as bordas superiores desgastadas 3 têm um formato diferente em cada elemento de cobertura 1. Em outras palavras, todas as bordas superiores desgastadas 3 do conjunto 10 têm o formato di- ferente uma da outra.

[0053] A figura 9 mostra um exemplo de modalidade no qual pelo menos dois elementos de cobertura 1 do conjunto 10 têm substanci- almente o mesmo padrão 5. Em particular, o padrão 5 é igual na parte central 6 da face superior 4 dos ditos dois elementos de cobertura 1. Adicionalmente, de acordo com essa modalidade, pelo menos dois elementos de cobertura 1 do conjunto 10 têm substancialmente a mesma estrutura de relevo 9. Em particular, a estrutura de relevo 9 é igual na parte central 6 da face superior 4.

[0054] A figura 7 mostra de maneira esquemática uma modalidade preferida de um método para decorar e fabricar os elementos de co- bertura 1 descritos acima.

[0055] O método mostrado na figura 7 compreende, em primeiro lugar, uma etapa S1 para preparar o apoio 2 do elemento de cobertura 1, por exemplo, um apoio de material de cerâmica. De acordo com es- se exemplo, a etapa de preparação S1 fornece a formação do apoio 1, mediante prensagem, por exemplo. Na prática, um corpo de materiais brutos úmidos de cerâmica é posicionado em um molde 11 de uma prensa 12, e pressionado para formar o apoio 2. Durante a prensa-

gem, a estrutura de relevo 9 pode ser formada na superfície superior do apoio 2, por meio de uma matriz formada de maneira adequada, por exemplo. Adicionalmente, de acordo com esse exemplo, a etapa de preparação S1 compreende secar o apoio 2 recém-formado para remover a umidade em excesso do corpo e resultar em resistência mecânica suficiente de apoio para o movimento. A secagem é, de pre- ferência, realizada em uma secadora 13 em temperaturas acima de 80 °C, por exemplo, acima de 100 °C.

[0056] Depois da etapa de preparação S1, o apoio é conduzido a uma estação de desgaste 14 para ser submetido a uma etapa para desgaste S2, do tipo mecânico, por exemplo, ou seja, uma etapa ca- paz de causar a erosão mecânica ou incisão da borda superior 3 do apoio 2. No exemplo ilustrado nas figuras 5, 6 e 7, a estação de des- gaste 14 compreende pelo menos um aparelho de desgaste 15 que tem um rebolo abrasivo 16 formado, ou seja, um no qual a superfície ativa 17 do rebolo abrasivo 16 (em outras palavras, a superfície ativa do rebolo abrasivo 16 adaptada para ficar em contato com a borda su- perior 3 a ser desgastada) não é plana, mas tem protuberâncias e/ou cavidades. O rebolo abrasivo 16 é acionado em rotação ao redor do seu próprio eixo A por um dispositivo de acionamento 18, por exemplo, um motor elétrico. O rebolo abrasivo 16 e o dispositivo de acionamento 18 são sustentados por um quadro 19 do aparelho de desgaste 15. Adicionalmente, de acordo com a modalidade preferida, o rebolo abra- sivo 16 gira ao redor do seu próprio eixo A em uma velocidade de ro- tação variável RS, por exemplo, com variações irregulares e não pre- determinadas. Por exemplo, o rebolo abrasivo 16 pode girar ao redor do seu próprio eixo A em uma velocidade de rotação RS entre 15 Hz e 70 Hz ou, de preferência, entre 20 Hz e 60 Hz.

[0057] Como indicado na figura 5, o eixo A do rebolo abrasivo é incidente na borda superior 3 a ser desgastada, ou seja, em uma linha reta imaginária paralela à dita borda superior 3, de modo que um ân- gulo de incidência IA de entre 90° e 180°, por exemplo, entre 120° e 180°, é formado entre eles. Adicionalmente, como mostrado na figura 6, o eixo A do rebolo abrasivo 16 é incidente no plano no qual o apoio 2 repousa, em um plano horizontal por exemplo, de modo que um ân- gulo de trabalho EA entre 0° e 90°, por exemplo, entre 45° e 90°, é formado entre o dito eixo A e o plano, no qual o apoio 2 repousa.

[0058] Adicionalmente, como mostrado pelas figuras 5, 6 e 7, du- rante a etapa de desgaste S2, o apoio 2 é movido ao longo de uma direção de avanço D, de preferência, paralela à borda superior 3 a ser desgastada. Na prática, a estação de desgaste 14 compreende uma transportadora 20, de preferência, do tipo faixa ou correia, e o rebolo abrasivo 16 é posicionado na lateral da dita transportadora 20. De pre- ferência, o aparelho de desgaste compreende uma pluralidade de re- bolos abrasivos 16, por exemplo, um par de rebolos abrasivos 16 posi- cionado em lados opostos da transportadora 20 para atuar nas bordas superiores paralelas 3 opostas do apoio 2. O quadro 19 do aparelho de desgaste 15 pode ser conectado ao fixar, por exemplo, à transpor- tadora 20 que, em seguida, atua como um dispositivo de suporte para o apoio 2 durante a desgaste. No exemplo preferido de modalidade mostrada na figura 7, a estação de desgaste 14 compreende dois apa- relho de desgastes 15, cada um que tem dois rebolos abrasivos 16 posicionados em lados opostos da transportadora 20 para atuar em bordas superiores paralelas 3 opostas do apoio 2, e compreende um dispositivo giratório 21 posicionado entre os aparelhos 15 e capaz de modificar a posição do apoio 2 em relação à direção de avanço D, ou de modificar a direção de avanço D. Assim, o segundo aparelho 15 é capaz de desgastar as bordas superiores 3 do apoio 2 que não foram desgastadas pelo primeiro aparelho 15, a fim de desgastar todas as bordas superiores 3 do apoio. Por exemplo, o dispositivo giratório 21 pode ser um dispositivo que gira o apoio 2 em 90° em relação a um eixo ortogonal ao plano, no qual o apoio 2 repousa, por exemplo, um eixo vertical, ou pode ser um dispositivo que modifica a direção de avanço D em 90°.

[0059] O aparelho 15 também compreende elementos de retenção 21, configurado para manter o elemento de cobertura 1, ou seja, o apoio 2 do elemento de cobertura 1, em uma posição substancialmen- te fixa em relação à transportadora 20. Na prática, os elementos de retenção 22 são configurados para limitar ou, de preferência, evitar os movimentos do elemento de cobertura 1 em relação à transportadora 20 no plano paralela à direção de avanço D, e para limitar ou, de pre- ferência, evitar os movimentos do elemento de cobertura 1 em uma direção ortogonal ao plano, no qual o elemento repousa, ou seja, em uma direção substancialmente vertical. De acordo com a modalidade preferida mostrada na figura 8, os elementos de retenção 22 compre- endem uma margem horizontal 23 capaz de pressionar a superfície superior do apoio 2. Em mais detalhes, na modalidade preferida, a margem horizontal 23 compreende uma faixa ou cintas acionadas ao redor de roletes ou polias, de modo que a parte da margem horizontal 23, que pressiona a superfície superior do apoio 2, se move ao longo da direção de avanço D, por exemplo, na mesma velocidade de avan- ço que o elemento de cobertura 1.

[0060] Depois do desgaste S2, o apoio 2 é submetido a uma etapa para a aplicação de um revestimento de base S3 na superfície superi- or do apoio 2. Por exemplo, o apoio 2 é conduzido a uma estação de revestimento, por exemplo, uma estação de envidraçamento 24, em que a camada de revestimento é aplicada, de preferência, no estado úmido, por pulverização ou em uma película, por exemplo, para forne- cer cobertura uniforme da superfície superior do apoio 2, incluindo as bordas desgastadas 3.

[0061] Depois da aplicação do revestimento de base S3, a decora- ção S4 da face superior 4 do elemento de cobertura 1 é realizada. Na prática, o apoio 2 é conduzido a uma estação de decoração 25 que tem um impressora a jato de tinta digital 26 ou outros dispositivos de decoração. A impressão a jato de tinta, e os métodos de impressão sem contato, em geral, são preferidos, pois eles permitem que o pa- drão 5 seja aplicado nas bordas desgastadas 3 do elemento de cober- tura 1.

[0062] Depois do desgaste S4, o apoio 2 é submetido a uma etapa para aplicar um revestimento de proteção S5 na superfície superior do apoio. Por exemplo, o apoio 2 é conduzido a uma estação de cobertu- ra 27 que tem um dispositivo de aplicação de grão, uma pistola de as- persão ou outro dispositivo capaz de aplicar o revestimento de prote- ção 8.

[0063] O apoio revestido e decorado 2 é, em seguida, submetido a uma etapa S6 de queima de alta temperatura, em um forno de rolete 28 por exemplo, no qual ocorrem a sinterização do apoio 2 e a fixação do padrão 5 e das camadas de revestimento 7, 8 ao apoio. Por exem- plo, a queima S6 é realizada em uma temperatura T maior que 900 °C ou, de preferência, maior que 1.000 °C, por exemplo, cerca de 1.200 °C.

[0064] A presente invenção não se limita de qualquer maneira às modalidades descritas acima, mas os ditos elementos de cobertura e sistemas podem ser produzidos de acordo com diferentes variantes, sem assim se afastar do escopo da presente invenção.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Conjunto (10) que compreende uma pluralidade de ele- mentos de cobertura (1) para pisos e/ou paredes, em que cada ele- mento de cobertura (1) compreende uma superfície superior (4) que tem um padrão (5) e pelo menos uma borda superior desgastada (3), em que pelo menos dois elementos de cobertura (1) do conjunto (10) compreende substancialmente o mesmo padrão (5), caracterizado pe- lo fato de que o formato da borda superior desgastada (3) se difere em cada elemento de cobertura (1) do conjunto (10).

2. Conjunto, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que cada elemento de cobertura (1) compreende um apoio (2) de material de cerâmica.

3. Conjunto, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções precedentes, caracterizado pelo fato de que a pelo menos uma borda desgastada (3) de cada elemento de cobertura (1) do conjunto (10) compreende o padrão (5).

4. Conjunto, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções precedentes, caracterizado pelo fato de que pelo menos dois elementos de cobertura (1) do conjunto (10) compreendem uma estru- tura de relevo (9) em uma parte central (6) da face superior (4), e em que o formato da estrutura de relevos (9) de pelo menos dois elemen- tos de cobertura (1) do conjunto (10) é substancialmente igual.

5. Conjunto, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que a estrutura de relevo (9) tem as características que correspondem às características do padrão (5).

6. Conjunto, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções precedentes, caracterizado pelo fato de que cada elemento de cobertura (1) do conjunto (10) compreende pelo menos uma camada de revestimento (7, 8) na face superior (4).

7. Conjunto, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que a pelo menos uma camada de revestimento (7, 8) compreende um revestimento de base (7) capaz de receber o padrão (5) nele.

8. Conjunto, de acordo com a reivindicação 6 ou 7, caracte- rizado pelo fato de que a pelo menos uma camada de revestimento (7, 8) compreende um revestimento de proteção (8) posicionado no topo do padrão (5).

9. Conjunto, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 6 a 8, caracterizado pelo fato de que a pelo menos uma camada de revestimento (7, 8) cobre a pelo menos uma borda superior desgas- tada (3) dos elementos de cobertura (1).

10. Conjunto, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções precedentes, caracterizado pelo fato de que cada elemento de cobertura (1) compreende uma pluralidade de bordas superiores des- gastadas (3).

11. Conjunto, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções precedentes, caracterizado pelo fato de que todas as bordas su- periores desgastadas do conjunto têm o formato diferente uma da ou- tra.

12. Método para decorar elementos de cobertura (1) para pisos e/ou paredes, caracterizado pelo fato de que compreende as etapas de: fornecer um apoio (2) de material de cerâmica verde para o elemento de cobertura (1); desgastar pelo menos uma borda superior (3) do apoio (2); queimar o elemento de cobertura (1) depois da etapa de desgaste.

13. Método, de acordo com a reivindicação 12, caracteriza- do pelo fato de que compreende a etapa de aplicar pelo menos uma camada de revestimento (7, 8) em uma superfície superior (4) do apoio (2) depois da etapa de desgaste.

14. Método, de acordo com a reivindicação 13, caracteriza-

do pelo fato de que a camada de revestimento (7, 8) é aplicada na borda superior desgastada (3).

15. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 12 a 14, caracterizado pelo fato de que compreende uma etapa de aplicar o padrão (5) em uma superfície superior (4) do apoio (2) de- pois da etapa de desgaste.

16. Aparelho (15) para decorar elementos de cobertura (1) para pisos e/ou revestimento, caracterizado pelo fato de que compre- ende um elemento (20) para sustentar o elemento de cobertura (1), pelo menos um rebolo abrasivo (16) capaz de desgastar uma borda superior (3) do elemento de cobertura (1), e pelo menos um dispositivo de acionamento (18) para acionar o rebolo abrasivo em rotação ao re- dor do seu próprio eixo (A).

17. Aparelho (15), de acordo com a reivindicação 16, carac- terizado pelo fato de que o dispositivo de acionamento (18) é configu- rado para acionar o rebolo abrasivo (16) em rotação em uma velocida- de de rotação variável (RS).