BR112020006678B1

BR112020006678B1 - Artigo absorvente, e, conjunto absorvente

Info

Publication number: BR112020006678B1
Application number: BR112020006678-8A
Authority: BR
Inventors: Vinod Chaudhary; Sarah Hartman
Original assignee: Kimberly-Clark Worldwide, Inc
Priority date: 2017-10-30
Filing date: 2017-10-30
Publication date: 2023-10-31
Also published as: US11123236B2; US20200253792A1; GB2581901A; AU2017438039A1; MX2020003489A; WO2019088970A1; BR112020006678A2; GB2581901B; GB202006926D0; AU2017438039B2; KR20200050473A

Abstract

um artigo absorvente pode incluir um forro do lado do corpo, uma cobertura externa e um corpo absorvente disposto entre o forro do lado do corpo e a cobertura externa. o forro do lado do corpo pode ser tratado com um surfactante. um componente do artigo absorvente pode ser tratado com um polímero hidrofobicamente modificado. o polímero hidrofobicamente modificado pode ser configurado para interagir com o surfactante após o umedecimento do artigo absorvente quando o surfactante e o polímero hidrofobicamente modificado estão em uma solução aquosa para aumentar a tensão superficial da solução aquosa.

Description

CAMPO TÉCNICO

[001] A presente divulgação refere-se a conjuntos absorventes e artigos absorventes.

FUNDAMENTOS DA DIVULGAÇÃO

[002] A função principal de artigos absorventes de cuidado pessoal é absorver e reter exsudados corporais como urina, matéria fecal, sangue e menstruação, com atributos adicionais desejados, incluindo baixo vazamento dos exsudados do artigo absorvente e uma sensação de estar seca(o) sentida pela(o) usuária(o) do artigo absorvente. Os artigos absorventes são geralmente feitos com componentes não tecidos de natureza hidrofóbica. Para auxiliar na captação de exsudatos corporais nos sistemas absorventes dos artigos absorventes, os componentes hidrofóbicos do artigo absorvente, como o forro do lado do corpo, são frequentemente tratados com um surfactante. Os surfactantes ajudam a reduzir a tensão superficial de uma solução aquosa, como a fornecida por um insulto de um exsudato corporal, para proporcionar uma melhor captação da solução aquosa.

[003] Embora a redução da tensão superficial ajude a melhorar a captação da solução aquosa fornecida por um insulto de um exsudado corporal, ela também pode levar a atributos indesejáveis do produto, como reumidificação (ou “flowback”) e/ou vazamento após a remoção do artigo absorvente insultado com um exsudato corporal. Como exemplo, os surfactantes que reduzem a tensão superficial da solução aquosa criada pelos exsudatos corporais podem levar a um novo aumento da umidade, onde a solução aquosa dos fluidos exsudados corporais flui do conjunto absorvente de volta para a pele do usuário, devido à redução na tensão superficial da solução aquosa. Os surfactantes também podem aumentar a probabilidade de possível vazamento da solução aquosa de exsudatos corporais através de micro lacunas nas gaxetas do artigo absorvente.

[004] Assim, há um desejo de melhorias nos conjuntos absorventes e nos artigos absorventes que permitem a captação adequada de solução aquosa de exsudatos corporais, mas reduzem a probabilidade de reumidificação e possível vazamento dessas soluções aquosas dos conjuntos absorventes e dos artigos absorventes.

SUMÁRIO DA DIVULGAÇÃO

[005] Em uma modalidade, um artigo absorvente pode incluir um forro do lado do corpo, uma cobertura externa e um corpo absorvente que é disposto entre o forro do lado do corpo e a cobertura externa. O forro do lado do corpo pode ser tratado com um surfactante. Um componente do artigo absorvente pode ser tratado com um polímero hidrofobicamente modificado. O polímero hidrofobicamente modificado pode ser configurado para interagir com o surfactante após o umedecimento do artigo absorvente quando o surfactante e o polímero hidrofobicamente modificado estão em uma solução aquosa para aumentar a tensão superficial da solução aquosa.

[006] Em outra modalidade, um conjunto absorvente para uso em um artigo absorvente que inclui um surfactante para reduzir a tensão superficial de uma solução aquosa pode incluir um corpo absorvente. O corpo absorvente pode incluir material absorvente. O conjunto absorvente pode ainda incluir um componente que pode ser tratado com um polímero modificado hidrofobicamente. O polímero hidrofobicamente modificado pode ser configurado para interagir com o surfactante após o umedecimento do conjunto absorvente quando o surfactante e o polímero hidrofobicamente modificado estão em uma solução aquosa para aumentar a tensão superficial da solução aquosa.

BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

[007] Uma divulgação completa e esclarecedora sobre o assunto, dirigida a um versado na técnica, é apresentada mais particularmente no restante da especificação, que faz referência às figuras anexas em que: A FIG. 1 é uma vista em perspectiva lateral de uma modalidade exemplar de um artigo absorvente, como uma fralda, em uma condição fixada.

[008] A FIG. 2 é uma vista plana de topo do artigo absorvente da FIG. 1 em uma condição esticada, desafixada e disposta plana.

[009] A FIG. 3 é uma vista em seção transversal ao longo da linha 3 3 da FIG. 2, com o artigo absorvente em uma configuração relaxada.

[0010] A FIG. 4 é um gráfico que ilustra a tendência idealizada para a tensão superficial versus concentração de surfactante para uma solução de surfactante em comparação com uma solução que inclui um surfactante e um polímero modificado hidrofobicamente.

[0011] A FIG. 5 é um gráfico que ilustra os resultados da tensão superficial de soluções aquosas, incluindo o surfactante Sulfato de Éter Lauril Sódio e um polímero experimental modificado hidrofobicamente em várias concentrações e proporções entre o surfactante e o polímero modificado hidrofobicamente.

[0012] A FIG. 6 é um gráfico que ilustra os resultados da tensão superficial de soluções aquosas, incluindo dois surfactantes respectivos (Laureth-23 e copolímero de polialquilenooxidemetilsiloxano) e um polímero experimental modificado hidrofobicamente em várias concentrações e proporções entre os surfactantes e o polímero modificado hidrofobicamente.

[0013] A FIG. 7 é um gráfico que ilustra os resultados da tensão superficial de soluções aquosas, incluindo três surfactantes respectivos (Sanoil 884, Silastol 163 e copolímero de polialquilenooxidemetilsiloxano) e vários polímeros hidrofobicamente modificados em várias concentrações e proporções entre os surfactantes e os polímeros hidrofobicamente modificados.

[0014] A FIG. 8 é um gráfico que ilustra os resultados da tensão superficial de soluções aquosas, incluindo o copolímero surfactante de polialquilenooxidemetilsiloxano e dois polímeros experimentais diferentes modificados hidrofobicamente em uma proporção diluída do surfactante:HMP de 1:10 e em várias concentrações entre o surfactante e os polímeros hidrofobicamente modificados.

[0015] A FIG. 9 é um gráfico que ilustra uma curva de Concentração Micelar Crítica (CMC) de amostra para uma solução aquosa incluindo um surfactante mostrando a tensão superficial versus concentração.

[0016] A FIG. 10 é um gráfico que ilustra os resultados da tensão superficial de soluções aquosas, incluindo o surfactante polissorbato 20 e vários polímeros hidrofobicamente modificados.

[0017] A FIG. 11 é um gráfico que ilustra os resultados da tensão superficial de soluções aquosas, incluindo vários surfactantes e o polímero reticulado de acrilatos de polímero hidrofobicamente modificado/neodecanoato de vinil.

[0018] A FIG. 12 é um gráfico que ilustra os resultados da tensão superficial para soluções aquosas, incluindo vários surfactantes e o copolímero de polímeros de acrilatos/beheneth-25 metacrilato modificado hidrofobicamente.

[0019] A FIG. 13 é um gráfico que ilustra os resultados da tensão superficial de soluções aquosas, incluindo vários surfactantes e o polímero reticulado de acrilatos/polímeros de estearato-20 metacrilato hidrofobicamente modificado.

[0020] A FIG. 14 é um gráfico que ilustra os resultados da tensão superficial de soluções aquosas, incluindo vários surfactantes e o polímero de cetil hidroxietilcelulose modificado hidrofobicamente.

[0021] A FIG. 15 é um gráfico que ilustra os resultados da tensão superficial de soluções aquosas, incluindo vários surfactantes e o polímero hidrofobicamente modificado PEG-150/álcool estearílico/copolímero SMDI.

[0022] A FIG. 16 é um gráfico que ilustra os resultados da tensão superficial de três soluções aquosas, incluindo três combinações diferentes de surfactante/polímero modificado hidrofobicamente ao longo do tempo.

[0023] A FIG. 17 é um gráfico que ilustra os resultados da tensão superficial de soluções aquosas, incluindo o copolímero surfactante de polialquilenooxidemetilsiloxano e vários polímeros modificados hidrofobicamente em várias porcentagens adicionais de um substrato de rayon.

[0024] A FIG. 18 ilustra um tensiômetro de placa Wilhelmy que serve como parte do equipamento para o Método de Teste de Tensão Superficial, como descrito aqui.

[0025] A FIG. 19 ilustra um recipiente com aberturas servindo como parte do equipamento para o Método de Teste de Tensão Superficial, como descrito aqui.

[0026] A FIG. 20 ilustra o equipamento das FIGS. 18 e 19 para a configuração do Método de Teste de Tensão Superficial, como descrito aqui.

[0027] O uso repetido de caracteres de referência no presente relatório descritivo e nas figuras tem como objetivo representar as características ou elementos iguais ou análogos da presente divulgação.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA DIVULGAÇÃO

[0028] Em uma modalidade, a presente divulgação é geralmente direcionada a um artigo absorvente 10 e/ou um conjunto absorvente 44 que inclui pelo menos um componente que é tratado com um polímero hidrofobicamente modificado, de modo que, ao entrar em uma solução aquosa criada por um insulto de um exsudato corporal, o polímero hidrofobicamente modificado é configurado para interagir com um surfactante que entrou na solução aquosa para aumentar a tensão superficial da solução aquosa para reduzir a probabilidade de reumidificação ou vazamentos do artigo absorvente 10 e/ou conjunto absorvente 44. É contemplado que apenas um componente possa ser tratado com polímero hidrofobicamente modificado, no entanto, também é contemplado que mais de um componente do artigo absorvente 10 ou conjunto absorvente 44 seja tratado com um ou mais polímeros hidrofobicamente modificados. Todos os exemplos são fornecidos a título de explicação, e não como forma de limitação. Por exemplo, as características ilustradas ou descritas como porção de uma modalidade ou figura poderão ser usados em outra modalidade ou figura para gerar ainda uma nova modalidade. Pretende-se, portanto, que a presente divulgação aborde essas modificações e variações.

[0029] Ao introduzir os elementos da presente divulgação ou a(s) modalidade(s) preferencial(is) desta, os artigos “um/uma”, “a/o” e “dito(a)” têm a intenção de indicar que há um ou mais dos elementos. Os termos “compreendendo”, “incluindo” e “tendo” estão destinados a ser inclusivos e significam que pode haver elementos adicionais que não sejam os elementos listados. Muitas modificações e variações da presente divulgação podem ser feitas sem se afastar do espírito e do escopo desta. Portanto, as modalidades exemplares descritas acima não devem ser usadas para limitar o escopo da invenção.

Definições:

[0030] O termo "artigo absorvente" neste documento se refere a um artigo que pode ser colocado contra ou próximo ao corpo (isto é, contíguo ao corpo) do utilizador para absorver e conter vários exsudatos líquidos, sólidos e semissólidos liberados pelo corpo. Tais artigos absorventes, como descritos neste documento, se destinam a ser descartados após um período limitado de uso em vez de serem lavados ou de outro modo restaurados para a reutilização. Deve-se entender que a presente divulgação é aplicável a vários artigos absorventes descartáveis, incluindo, mas não limitados a fraldas, fraldas-calça, calças de treino, calças de jovens, calças de natação, produtos de higiene feminina, incluindo, mas não limitado a absorventes menstruais, produtos para incontinência, roupas médicas, almofadas cirúrgicas e curativos, outras peça de vestuário de cuidados pessoais ou de cuidados da saúde e similares, sem se afastar do âmbito da presente divulgação.

[0031] O termo "camada de captação" refere-se aqui a uma camada capaz de aceitar e reter temporariamente os exsudatos corporais líquidos a fim de desacelerar e dispersar um surto ou jorro dos exsudatos corporais líquidos e, subsequentemente, liberar os exsudatos corporais líquidos para outra camada, ou camadas, do artigo absorvente.

[0032] O termo "ligado" ou "acoplado" refere-se aqui a unir, aderir, conectar, fixar, ou similar, dois elementos. Dois elementos serão considerados ligados ou acoplados quando estiverem unidos, aderidos, conectados, fixados, ou similar, direta ou indiretamente um ao outro, por exemplo, quando cada um está diretamente ligado a elementos intermediários. A ligação ou acoplamento de um elemento a outro pode ocorrer por meio de ligações contínuas ou intermitentes.

[0033] O termo “trama cardada” refere-se, neste documento, a uma trama contendo fibras naturais ou sintéticas de comprimento descontínuo normalmente com comprimentos de fibra inferiores a cerca de 100 mm. Fardos de fibras descontínuas podem ser submetidos ao processo de abertura para separação das fibras, as quais são então enviadas a um processo de cardagem que separa e penteia as fibras a fim de alinhá-las na direção da máquina depois de serem depositadas sobre um arame em movimento para processamento adicional. Essas tramas geralmente são submetidas a algum tipo de processo de ligação, tais como ligação térmica, usando calor e/ou pressão. Além disso, ou em vez disso, as fibras podem ser submetidas a processos adesivos para ligar as fibras umas às outras, tal como pelo uso de adesivos em pó. A trama cardada pode ser submetida a entrelaçamento fluido, tal como hidroentrelaçamento, para entrelaçar ainda mais as fibras e, assim, melhorar a integridade da trama cardada. As tramas cardadas, devido ao alinhamento das fibras na direção de máquina, quando são ligadas, geralmente terão mais resistência na direção de máquina do que resistência na direção transversal de máquina.

[0034] O termo “película” se refere neste documento a uma película termoplástica feita usando um processo de extrusão e/ou formação, tal como o processo de extrusão de película fundida ou de película soprada. O termo inclui películas com aberturas, películas com fendas e outras películas porosas, as quais constituem películas de transferência de líquido, bem como películas que não transferem fluidos, tais como, mas não limitadas a, películas de barreira, películas preenchidas, películas respiráveis e películas orientadas.

[0035] O termo “g/m2” se refere neste documento a gramas por metro cúbico.

[0036] O termo “hidrofílico” se refere neste documento a fibras ou a superfícies de fibras que são molhadas por líquidos aquosos em contato com as fibras. O grau de molhamento dos materiais pode, por sua vez, ser descrito em termos de ângulos de contato e de tensões superficiais dos líquidos e materiais implicados. Os equipamentos e técnicas adequados para a medição da molhabilidade de materiais fibrosos específicos ou de misturas de materiais fibrosos podem ser fornecidos por Cahn SFA-222 Surface Force Analyzer System (sistema de analisador de resistência de superfície) ou por um sistema substancialmente equivalente. Quando medidas com este sistema, as fibras que possuem ângulos de contato menores do que 90 são designadas como “molháveis” ou hidrofílicas, e fibras com ângulos de contato maiores do que 90 são designadas “não molháveis” ou hidrofóbicas.

[0037] O termo "polímero hidrofobicamente modificado" ("HMP") refere-se aqui a um polímero solúvel em água que possui cadeias hidrofóbicas instaladas em uma estrutura polimérica, onde as cadeias hidrofóbicas podem servir como modelos para ligar outras porções hidrofóbicas usando as interações de van der Waal.

[0038] O termo “impermeável a líquidos” se refere neste documento a um laminado de camada simples ou múltiplas camadas no qual os exsudatos corporais líquidos, tais como urina, não passarão pela camada ou laminado, sob condições normais de uso, em um sentido geralmente perpendicular ao plano da camada ou laminado no ponto de contato com o líquido.

[0039] O termo “permeável a líquidos” se refere neste documento a qualquer material que não seja impermeável a líquidos.

[0040] O termo “meltblown” se refere neste documento às fibras formadas pela extrusão de um material termoplástico fundido, por meio de uma pluralidade de moldes capilares finos, geralmente circulares, como fios ou filamentos fundidos, em fluxos de gás aquecido de convergência em alta velocidade (por exemplo, ar), que atenuam os filamentos de material termoplástico fundido a fim de reduzir seus diâmetros, que pode ser um diâmetro de microfibra. Por conseguinte, as fibras meltblown são carregadas pelo fluxo de gás em alta velocidade e são depositadas em uma superfície de coleta de modo a formar uma trama de fibras meltblown dispersas aleatoriamente. Tal processo é divulgado, por exemplo, na Patente dos EUA n° 3.849.241 para Butin, et al., incorporada neste documento por referência. Fibras meltblown são microfibras que podem ser contínuas ou descontínuas, normalmente são menores do que 0,6 denier e podem ser pegajosas e autoaderentes quando depositadas sobre uma superfície coletora.

[0041] O termo “não tecido” se refere neste documento a materiais e tramas de materiais formados sem o auxílio de um processo de tecelagem ou tricotagem têxtil. Os materiais e tramas de materiais podem ter uma estrutura de fibras individuais, filamentos ou fios (coletivamente referidos como “fibras”) que podem estar intercalados, mas não de uma forma identificável, como em um tecido de malha. Tramas ou materiais não tecidos podem ser formados a partir de muitos processos, por exemplo, mas não limitados a, processos de meltblown, processos de spunbond, processos de trama cardada etc.

[0042] O termo "flexível" se refere neste documento a materiais que são maleáveis e que se adaptam facilmente à forma geral e aos contornos do corpo do usuário.

[0043] O termo “spunbond” se refere neste documento a fibras de pequeno diâmetro formadas pela extrusão de material termoplástico fundido como filamentos a partir de uma pluralidade de capilares finos de uma fieira, com uma configuração circular ou de outro tipo, e o diâmetro dos filamentos extrudados é reduzido rapidamente por meio de um processo convencional, por exemplo, extrusão por tração, e processos descritos na Patente dos EUA n° 4.340.563 para Appel et al., Patente dos EUA n° 3.692.618 para Dorschner et al., Patente dos EUA n° 3.802.817 para Matsuki et al., Patente dos EUA n° 3.338.992 e 3.341.394 para Kinney, Patente dos EUA n° 3.502.763 para Hartmann, Patente dos EUA n° 3.502.538 para Peterson e Patente dos EUA n° 3.542.615 para Dobo et al., cada uma delas incorporada neste documento em sua totalidade para referência. As fibras spunbond são geralmente contínuas e muitas vezes apresentam uma média de comprimento denier maior que 0,3, e em uma modalidade, entre cerca de 0,6, 5 e 10 e cerca de 15, 20 e 40. Normalmente, as fibras spunbond não são aderentes quando são depositadas em uma superfície de coleta.

[0044] O termo "superabsorvente" se refere neste documento a um material orgânico ou inorgânico insolúvel em água e expansível em água capaz de absorver, sob as condições mais favoráveis, pelo menos cerca de 15 vezes o seu peso, e em uma modalidade, pelo menos cerca de 30 vezes seu peso, numa solução aquosa contendo de cerca de 0,9 por cento em peso de cloreto de sódio. Os materiais superabsorventes podem ser polímeros e materiais naturais, sintéticos e naturais modificados. Além disso, os materiais superabsorventes podem ser materiais inorgânicos, como géis de sílica, ou compostos orgânicos, como polímeros reticulados.

[0045] O termo “termoplástico” se refere neste documento a um material que amolece e que pode ser moldado quando exposto ao calor e que, substancialmente, retorna a uma condição não amolecida quando resfriado.

[0046] O termo "usuário" ou "cuidador" refere-se aqui a uma pessoa que veste um artigo absorvente, tal como, mas não limitado a, uma fralda, fralda-calça, fralda de treinamento, calça para crianças, produto para incontinentes ou outro artigo absorvente em torno do usuário de um desses artigos absorventes. Um usuário e um utilizador podem ser a mesma pessoa.

Artigo Absorvente:

[0047] Com referência às FIGS. 1-3, é ilustrada uma ilustração não limitativa de um artigo absorvente 10, por exemplo, uma fralda. No entanto, outras modalidades de um artigo absorvente 10 podem incluir fraldas de treinamento, fraldas tipo calça, fraldas para crianças crescidas, roupas para incontinência de adultos e artigos de higiene feminina, entre outros. Embora as modalidades e ilustrações descritas neste documento possam geralmente ser aplicadas aos artigos absorventes fabricados na direção longitudinal do produto, que é doravante denominada fabricação de um produto na “direção da máquina”, deve ser observado que aquele versado na técnica poderia aplicar as informações contidas neste documento aos artigos absorventes fabricados na direção latitudinal de um produto, que é doravante denominada fabricação de um produto na "direção transversal de fabricação da máquina", sem fugir do espírito e escopo da divulgação.

[0048] O artigo absorvente 10 ilustrado nas FIGS. 1-3 pode incluir um chassi 11. O artigo absorvente 10 pode incluir uma região de cintura frontal 12, uma região de cintura traseira 14 e uma região entrepernas 16 disposta entre a região de cintura frontal 12 e a região de cintura traseira 14 e interligando as regiões de cintura frontal e traseira 12, 14, respectivamente. A região de cintura dianteira 12 pode ser mencionada como a região de extremidade dianteira, a região da posterior de cintura 14 pode ser referida como a região de extremidade posterior e região entrepernas 16 pode ser referida como a região intermediária.

[0049] O artigo absorvente 10 pode ter um par de bordas laterais longitudinais 18, 20 e um par de bordas opostas da cintura, respectivamente designadas borda frontal da cintura 22 e borda traseira da cintura 24. A região de cintura dianteira 12 pode ser contígua à borda de cintura dianteira 22 e a região de cintura posterior 14 pode ser contígua à borda de cintura posterior 24. As bordas laterais longitudinais 18, 20 podem se estender da borda de cintura dianteira 22 à borda de cintura posterior 24. As bordas laterais longitudinais 18, 20 podem se estender em um sentido paralelo ao sentido longitudinal 30 por toda a sua extensão, tal como para os artigo absorvente 10 ilustrado na FIG. 2. Em outras modalidades, as bordas laterais longitudinais 18, 20 podem ser curvas entre a borda de cintura dianteira 22 e borda de cintura posterior 24.

[0050] A região de cintura frontal 12 pode incluir a parte do artigo absorvente 10 que, quando vestida, fica posicionada, pelo menos parcialmente, na parte frontal do usuário, enquanto a região de cintura traseira 14 pode incluir parte do artigo absorvente 10 que, quando vestida, fica posicionada, pelo menos parcialmente, na parte de trás do usuário. A região entrepernas 16 do artigo absorvente 10 pode incluir a porção do artigo absorvente 10 que, quando usada, é posicionada entre as pernas do usuário e pode cobrir parcialmente o torso inferior do usuário. As bordas da cintura, 22 e 24, do artigo absorvente 10 são configuradas para envolver a cintura do usuário e, juntas, definem uma abertura central da cintura 23 (conforme rotulado na FIG. 1) para a cintura do usuário. Porções das bordas laterais longitudinais 18, 20 na região entrepernas 16 podem geralmente definir aberturas de pernas para as pernas do usuário quando o artigo absorvente 10 é usado.

[0051] O artigo absorvente 10 pode incluir uma cobertura externa 26 e um forro do lado do corpo 28. A cobertura externa 26 e o forro do lado do corpo 28 podem formar uma porção da estrutura 11. Em uma modalidade, o forro do lado do corpo 28 pode ser unido à cobertura externa 26 em uma relação de sobreposição por qualquer meio adequado, por exemplo, mas sem limitação a, adesivos, ligação ultrassônica, ligação térmica, ligação por pressão, ou outras técnicas convencionais. A cobertura externa 26 pode definir um comprimento em uma direção longitudinal 30 e uma largura na direção lateral 32, que, na modalidade ilustrada, pode coincidir com o comprimento e a largura do artigo absorvente 10. Conforme ilustrado na FIG. 2, o artigo absorvente 10 pode ter um eixo longitudinal 29 estendendo-se no sentido longitudinal 30 e um eixo lateral 31 estendendo-se na direção lateral 32.

[0052] O chassi 11 pode incluir um conjunto absorvente 44. O conjunto absorvente 44 pode incluir um corpo absorvente 34. Um corpo absorvente 34 pode ser disposto entre a cobertura externa 26 e o forro do lado do corpo 28. O corpo absorvente 34 pode ter bordas longitudinais, 36 e 38, que, em uma modalidade, podem formar partes das bordas laterais longitudinais, 18 e 20, respectivamente, do artigo absorvente 10. O corpo absorvente 34 pode ter uma primeira borda de extremidade 40 que é oposta a uma segunda borda de extremidade 42, respectivamente, que, em uma modalidade, pode formar porções das bordas de cintura, 22 e 24, respectivamente, do artigo absorvente 10. Em algumas modalidades, a primeira borda de extremidade 40 pode estar na região de cintura dianteira 12. Em algumas modalidades, a segunda borda de extremidade 42 pode estar na região de cintura posterior 14. Em uma modalidade, o corpo absorvente 34 pode ter um comprimento e uma largura iguais ou inferiores ao comprimento e à largura do artigo absorvente 10. O forro do lado do corpo 28 e a cobertura externa 26 também podem fazer parte do conjunto absorvente 44. O conjunto absorvente 44 também pode incluir uma camada de transferência de fluido 46 (como ilustrado na FIG. 3) em algumas modalidades. A camada de transferência de fluido 46, se presente, pode envolver pelo menos parcialmente o corpo absorvente 34. Em algumas modalidades, o conjunto absorvente 44 também pode incluir uma camada de captação de fluido 48 (representada na FIG. 3). A camada de captação de fluido 48 pode ser disposta entre o forro do lado do corpo 28 e o corpo absorvente 34. Em modalidades incluindo uma camada de transferência de fluido 46, a camada de captação 48 pode ser disposta entre o forro do lado do corpo 28 e a camada de transferência de fluido 46. O conjunto absorvente 44 também pode incluir uma camada espaçadora (não mostrada) disposta entre o corpo absorvente 34 e a cobertura externa 26, como é conhecido na técnica. O conjunto absorvente 44 pode incluir outros componentes em algumas modalidades. Também é contemplado que algumas modalidades podem não incluir uma camada de transferência de fluido 46 e/ou uma camada de captação 48 e/ou uma camada espaçadora.

[0053] O artigo absorvente 10 pode ser configurado para conter e/ou absorver exsudatos corporais líquidos, sólidos e semissólidos liberados pelo usuário. Em algumas modalidades, um par de abas de contenção 50, 52 pode ser configurado para fornecer uma barreira ao fluxo lateral de exsudatos do corpo. Em algumas modalidades, o artigo absorvente 10 pode incluir um elemento de contenção da cintura 54. O elemento de contenção da cintura 54 pode ser disposto na região traseira da cintura 14 do artigo absorvente 10. Embora não seja aqui representado, é contemplado que o elemento de contenção da cintura 54 possa ser adicional ou alternativamente disposto na região frontal da cintura 12 do artigo absorvente 10.

[0054] O artigo absorvente 10 pode ainda incluir elementos elásticos para as pernas 60, 62, como são conhecidos por aqueles versados na técnica. Os elementos elásticos de perna 60, 62 podem ser fixados à cobertura externa 26 e/ou ao forro do lado do corpo 28 ao longo das bordas laterais longitudinais opostas, 18 e 20, e posicionados na região entrepernas 16 do artigo absorvente 10. Os elementos elásticos da perna 60, 62 podem ser paralelos ao eixo longitudinal 29, como mostrado na FIG. 2 ou podem ser curvados, como é conhecido na técnica. Os elementos elásticos de pernas 60, 62 podem fornecer bainhas de perna elásticas.

[0055] É possível encontrar detalhes adicionais sobre cada um dos elementos do artigo absorvente 10 descrito aqui logo abaixo e nas Figuras.

Cobertura externa:

[0056] A cobertura externa 26 e/ou porções dela pode ser respirável e/ou impermeável a líquidos. A cobertura externa 26 e/ou porções dela pode ser elástica, extensível ou não extensível. A cobertura externa 26 pode ser feita de uma única camada, de múltiplas camadas, laminados, tecidos spunbond, películas, tecidos meltblown, redes elásticas, tramas microporosas, tramas cardadas ou espumas fornecidas por materiais elastoméricos ou poliméricos. Em uma modalidade, por exemplo, a cobertura externa 26 pode ser construída de uma película polimérica microporosa, como o polietileno ou o polipropileno.

[0057] Em uma modalidade, a cobertura externa 26 pode ser uma camada única de um material impermeável a líquido, como uma película polimérica. Em uma modalidade, a cobertura externa 26 pode ser adequadamente extensível e mais adequadamente elástica, em pelo menos a direção lateral 32 do artigo absorvente 10. Em uma modalidade, a cobertura externa 26 pode ser extensível, e mais apropriadamente elástica em ambas as direções lateral 32 e longitudinal 30. Em uma modalidade, a cobertura externa 26 pode ser um laminado de múltiplas camadas em que pelo menos uma das camadas é impermeável a líquidos. Em uma modalidade, a cobertura externa 26 pode ser uma construção de duas camadas, incluindo uma camada exterior (não mostrada) e uma camada interior (não mostrada) que podem ser unidas umas às outras por meio de um adesivo laminado. Os adesivos laminados apropriados podem ser aplicados continuamente ou intermitentemente como grânulos, um spray, redemoinhos paralelos ou similares, mas deve ser entendido que a camada interior pode ser ligada à camada exterior por outros métodos de ligação, incluindo, mas não limitado a, ligações ultrassônicas, ligações térmicas, ligações por pressão, ou similar.

[0058] A camada exterior da cobertura externa 26 pode ser qualquer material adequado e pode ser um material que proporcione uma textura ou aparência geral de tecido ao usuário. Um exemplo de tal material pode ser uma manta cardada-ligada de 100% de polipropileno com um padrão de ligação em diamante disponível junto à Sandler A.G., Alemanha, tal como a Sawabond 4185® de 30 g/m2 ou equivalente. Outro exemplo de um material apropriado para utilização como uma cobertura externa de uma cobertura externa 26 pode ser uma trama não tecida de polipropileno spunbond de 20 g/m2. A camada exterior também pode ser feita com os mesmos materiais dos quais pode ser feito o forro no lado do corpo 28 pode ser feito, conforme descrito aqui.

[0059] A camada interior impermeável a líquidos da cobertura externa 26 (ou a cobertura externa impermeável a líquido 26, onde a cobertura externa 26 possui uma construção de camada única) pode ser ou permeável ao vapor (isto é, "respirável") ou impermeável ao vapor. A camada interior impermeável a líquido (ou a cobertura externa impermeável a líquido 26, onde a cobertura externa 26 possui uma construção de camada única) pode ser feita de uma película plástica fina. A camada interna impermeável ao líquido (ou a cobertura externa impermeável ao líquido 26, onde a cobertura externa 26 é de uma construção de camada única) pode inibir que os exsudatos do corpo líquido vazem do artigo absorvente 10 e molhem os artigos, como lençóis e roupas de cama, assim como o usuário e o cuidador.

[0060] Em algumas modalidades, quando a cobertura externa 26 for uma construção de camada única, ela poderá ser gravada em relevo e/ou ter um acabamento mate para proporcionar uma textura ou aparência semelhante a tecido. A cobertura externa 26 pode permitir que os vapores escapem do artigo absorvente 10 enquanto impede que os líquidos passem através do artigo. Um material impermeável a líquido, permeável ao vapor adequado pode ser composto por uma película polimérica microporosa ou um material não tecido que tenha sido revestido ou tratado para conferir um nível desejado de impermeabilidade a líquidos.

Forro do lado do corpo:

[0061] O forro do lado do corpo 28 do artigo absorvente 10 pode sobrepor o corpo absorvente 34 e a cobertura externa 26 e pode ser configurado para receber insultos de exsudatos do usuário e pode isolar a pele do usuário dos resíduos líquidos retidos pelo corpo absorvente 34. O forro do lado do corpo 28 pode formar pelo menos uma parte da superfície voltada para o corpo 19 do chassi 11.

[0062] Em várias modalidades, uma camada de transferência de fluido 46 pode ser posicionada entre o forro do lado do corpo 28 e o corpo absorvente 34 (como mostrado na FIG. 3). Em várias modalidades, uma camada de captação 48 pode ser posicionada entre o forro do lado do corpo 28 e o corpo absorvente 34 ou uma camada de transferência de fluido 46, se presente (como mostrado na FIG. 3). Em várias modalidades, o forro do lado do corpo 28 pode ser ligado à camada de captação 48 ou à camada de transferência de fluido 46 se nenhuma camada de captação 48 estiver presente, via adesivo e/ou por uma ligação por fusão pontual. A colagem por fusão de pontos pode ser selecionada a partir da colagem por ultrassom, térmica, por pressão e suas combinações.

[0063] Em uma modalidade, o forro do lado do corpo 28 pode se estender além do corpo absorvente 34 e/ou uma camada de transferência de fluido 46, se presente, e/ou uma camada de captação 48, se presente, e/ou uma camada espaçadora, se presente, para sobrepor uma porção da cobertura externa 26 e pode ser ligada a ela por qualquer método considerado adequado, como, por exemplo, por ser ligada a ela por adesivo, para envolver substancialmente o corpo absorvente 34 entre a cobertura externa 26 e o forro do lado do corpo 28. Em algumas modalidades, o forro do lado do corpo 28 e a cobertura externa 26 podem ter as mesmas dimensões em largura e comprimento. Em algumas modalidades, no entanto, o forro do lado do corpo 28 pode ser mais estreito que a cobertura externa 26 e/ou mais curto que a cobertura externa 26. Por exemplo, em algumas modalidades em que o artigo absorvente inclui um painel frontal separado e um painel traseiro (não mostrado), o forro do lado do corpo 28 pode se estender entre o painel frontal e o painel traseiro, mas não todo o caminho até a borda frontal da cintura 22 e a borda traseira da cintura 24. Em algumas modalidades, o comprimento do forro do lado do corpo 28 pode variar de 50% a 100% do comprimento do artigo absorvente 10, conforme medido em uma direção paralela ao eixo longitudinal 29, e em algumas modalidades pode variar de 50% a 95% do comprimento do artigo absorvente 10 pode variar de 60% a 90% do comprimento do artigo absorvente 10. Em algumas modalidades, o forro do lado do corpo 28 pode ter uma largura maior que a cobertura externa 26. Também é possível que o forro do lado do corpo 28 não se estenda além do corpo absorvente 34 e/ou pode não ser preso à cobertura externa 26. Em algumas modalidades, o forro do lado do corpo 28 pode envolver pelo menos uma porção do corpo absorvente 34, incluindo envolver em torno de ambas as bordas longitudinais, 36, 38 do corpo absorvente 34 e/ou uma ou mais das bordas de extremidade 40, 42. É contemplado ainda que o forro do lado do forro 28 pode ser composto por mais de um segmento de material.

[0064] O forro do lado do corpo 28 pode ser de diferentes formas, incluindo retangular, ampulheta, ou qualquer outra forma. O forro do lado do corpo 28 pode ser adequadamente compatível, suave e não irritante para a pele do usuário e pode ser o mesmo que ou menos hidrofílico que o corpo absorvente 34, para permitir que os exsudados corporais penetrem rapidamente através do corpo absorvente 34 e proporcionem uma superfície relativamente seca para o usuário.

[0065] O forro do lado do corpo 28 pode ser fabricado a partir de uma grande variedade de materiais, tais como fibras sintéticas (por exemplo, fibras de poliéster ou de polipropileno), fibras naturais (por exemplo, fibras de madeira ou de algodão), uma combinação de fibras naturais e sintéticas, espumas porosas, espumas reticuladas, películas plásticas perfuradas, ou semelhantes. Exemplos de materiais adequados incluem, mas não estão limitados a raion, madeira, algodão, poliéster, polipropileno, polietileno, náilon, ou outras fibras ligadas por calor, poliolefinas, tais como, mas não limitadas a copolímeros de polipropileno e polietileno, polietileno linear de baixa densidade e ésteres alifáticos como o ácido polilático, tramas de películas finamente perfuradas, materiais de rede e similares, bem como suas combinações.

[0066] Vários tecidos e não tecidos podem ser utilizados para o forro do lado do corpo 28. O forro do lado do corpo 28 pode incluir um tecido, um tecido não tecido, uma película polimérica, um laminado de tecido e película ou similares, bem como suas combinações. Exemplos de um tecido não tecido podem incluir tecido spunbond, tecido meltblown, tecido coformado, trama cardada, trama cardada e ligada, tecido spunbond bicomponente, spunlace ou similares, bem como suas combinações. O forro do lado do corpo 28 não precisa ser uma estrutura de camada unitária e, assim, pode incluir mais de uma camada de tecidos, películas e/ou tramas, bem como suas combinações. Por exemplo, o forro do lado do corpo 28 pode incluir uma camada de suporte e uma camada de projeção que pode ser hidroentrelaçado. A camada de projeção pode incluir projeções ocas, como as divulgadas na Patente dos EUA n° 9.474.660, inventada por Kirby, Scott SC et al. O forro do lado do corpo 28 também pode incluir uma camada abaixo dessa camada de suporte e camada de projeção.

[0067] Em algumas modalidades, o forro do lado do corpo 28 pode ser composto de uma manta meltblown ou spunbond de fibras de poliolefina. Como alternativa, o forro do lado do corpo 28 pode ser uma manta cardada e ligada composta por fibras naturais e/ou sintéticas. O forro do lado do corpo 28 pode ser composto por um material bastante hidrofóbico, que pode opcionalmente ser tratado com um surfactante, ou processado para transmitir um nível desejado de capacidade de absorção de água e de hidrofilicidade.

[0068] O forro do lado do corpo 28 pode ser tratado com um surfactante para ajudar o forro do lado do corpo 28 a ter uma captação mais rápida de uma solução aquosa fornecida por um insulto de um exsudado corporal ao conjunto absorvente 44, incluindo ao corpo absorvente 34. O forro do lado do corpo 28 pode ser tratado com o surfactante aplicando, por exemplo, o surfactante ao forro do lado do corpo 28 por qualquer meio convencional, como pulverização, impressão, revestimento com pincel ou semelhante. O surfactante pode ser aplicado em todo o forro do lado do corpo 28 ou pode ser seletivamente aplicado a seções particulares do forro do lado do corpo 28. Por exemplo, um surfactante pode ser aplicado à superfície voltada para o corpo 28a (ver FIG. 3) do forro do lado do corpo 28. Discussões adicionais das várias classes e exemplos específicos de surfactantes que podem ser utilizados e que foram testados aqui são descritos mais adiante.

[0069] Além disso, em algumas modalidades, o forro do lado do corpo 28 pode ser tratado com um polímero hidrofobicamente modificado (HMP). O forro do lado do corpo 28 pode ser tratado com o HMP, por exemplo, aplicando o HMP ao forro do lado do corpo 28 por qualquer meio convencional, como pulverização, impressão, revestimento com pincel ou semelhante. Discussões adicionais das várias classes e exemplos específicos de HMPs que podem ser utilizados e que foram testados aqui são descritos mais adiante.

[0070] Em uma modalidade, um forro do lado do corpo 28 pode ser composto por uma manta não tecida bicomponente. A trama não tecida bicomponente pode ser uma trama spunbonded bicomponente ou uma trama bicomponente cardada e ligada. Um exemplo de uma fibra descontínua bicomponente inclui uma fibra bicomponente de polietileno/polipropileno. Nesta fibra bicomponente particular, o polipropileno forma o núcleo e o polietileno forma o forro da fibra. Fibras com outras orientações, tais como multilobal, lado a lado, ponta a ponta podem ser usadas sem se afastar do escopo da presente divulgação. Em uma modalidade, um forro do lado do corpo 28 pode ser um substrato spunbond com uma gramatura de cerca de 10 ou 12 até cerca de 15 ou 20 g/m2. Em uma modalidade, um forro do lado do corpo 28 pode ser um substrato spunbond-meltblown-spunbond de 12 g/m2 tendo um teor meltblown de 10% aplicado entre as duas camadas spunbond.

[0071] Embora a cobertura externa 26 e o forro do lado do corpo 28 possam incluir materiais elastoméricos, é possível que a cobertura externa 26 e o forro do lado do corpo 28 possam ser compostos por materiais que são, geralmente, não elastoméricos. Numa modalidade, o forro do lado do corpo 28 pode ser estirável e, mais apropriadamente elástico. Em uma modalidade, o forro do lado do corpo 28 pode ser adequadamente extensível e mais apropriadamente elástico, pelo menos na direção lateral ou circunferencial do artigo absorvente 10. Em uma modalidade, o forro do lado do corpo 28 pode ser extensível e mais apropriadamente elástico, em ambas as direções lateral e longitudinal 32, 30, respectivamente.

Corpo absorvente:

[0072] O corpo absorvente 34 pode ser produzido adequadamente a fim de ser, em geral, compressível, ajustável, flexível, não irritante à pele do usuário e capaz de absorver e reter os exsudados corporais líquidos. O corpo absorvente 34 pode ser fabricado de vários tamanhos e formas (por exemplo retangular, trapezoidal, em forma em T, em forma de I, em forma de ampulheta, etc.) e de uma variedade de materiais. O tamanho e a capacidade absorvente do corpo absorvente 34 devem ser compatíveis com o tamanho do usuário pretendido (crianças ou adultos) e com a carga de líquido proporcionada pelo uso pretendido do artigo absorvente 10. O corpo absorvente 34 pode ter um comprimento e uma largura que pode ser menor ou igual ao comprimento e à largura do artigo absorvente 10.

[0073] Em uma modalidade, o corpo absorvente 34 pode ser composto de um material de trama de fibras hidrofílicas, fibras celulósicas (por exemplo, fibras de polpa de celulose), fibras naturais, fibras sintéticas, folhas de tecido ou não tecido, tecido de trama aberta ou outras estruturas de estabilização, material superabsorvente, materiais para ligantes, surfactantes, materiais hidrofóbicos e hidrofílicos selecionados, pigmentos, loções, agentes de controle de odor ou semelhantes, bem como as combinações destes. Em uma modalidade, o corpo absorvente 34 pode ser uma matriz de felpa celulósica e material superabsorvente. Em uma modalidade, o corpo absorvente 34 pode ser formado por uma única camada de materiais, ou, como alternativa, pode ser formado por duas ou mais camadas de materiais.

[0074] Vários tipos de fibras hidrófilas molháveis podem ser usados no corpo absorvente 34. Exemplos de fibras adequadas incluem fibras naturais, fibras celulósicas, fibras sintéticas compostas de celulose ou derivados de celulose, tais como fibras de raiom; fibras inorgânicas constituídas por um material inerentemente molhável, tal como fibras de vidro; fibras sintéticas feitas de polímeros termoplásticos inerentemente molháveis, tais como fibras particulares de poliéster ou de poliamida, ou composto de polímeros termoplásticos não molháveis, tais como fibras de poliolefina, que foram hidrofilizadas por meios apropriados. As fibras podem ser hidrofilizadas, por exemplo, por tratamento com um surfactante, tratamento com sílica, tratamento com um material que tem uma porção hidrofílica adequada e não é facilmente removido da fibra, ou pelo forro da fibra hidrofóbica não molhável com um polímero hidrofílico durante ou após a formação da fibra. Os materiais superabsorventes adequados podem ser selecionados dentre materiais e polímeros naturais, sintéticos e naturais modificados. Os materiais superabsorventes podem ser materiais inorgânicos, como géis de sílica, ou compostos orgânicos, tais como polímeros reticulados. Em uma modalidade, o corpo absorvente 34 pode estar livre de material superabsorvente.

[0075] Em algumas modalidades, o corpo absorvente 34 pode ser tratado com um HMP. O corpo absorvente 34 pode ser tratado com um HMP, por exemplo, aplicando o HMP ao corpo absorvente 34 por qualquer meio convencional, como pulverização, impressão, revestimento com pincel ou semelhante.

[0076] Se uma camada espaçadora estiver presente, o corpo absorvente 34 pode ser disposto na camada espaçadora e sobreposto sobre a cobertura externa 26. A camada espaçadora pode ser ligada à cobertura externa 26, por exemplo, por adesivo. Em algumas modalidades, uma camada espaçadora pode não estar presente e o corpo absorvente 34 pode entrar em contato diretamente com a cobertura externa 26 e pode ser diretamente ligado à cobertura externa 26. No entanto, é necessário entender que o corpo absorvente 34 pode estar em contato com, e não colado, à cobertura externa 26 e permanecer dentro do escopo desta divulgação. Em uma modalidade, a cobertura externa 26 pode ser formada por uma única camada e o corpo absorvente 34 pode estar em contato com a camada única da cobertura externa 26. Em algumas modalidades, pelo menos uma porção de uma camada, como, sem limitação, uma camada de transferência de fluido 46 e/ou uma camada espaçadora, pode ser posicionada entre o corpo absorvente 34 e a cobertura externa 26. O corpo absorvente 34 pode ser ligado à camada de transferência de fluido 46 e/ou à camada espaçadora. Em algumas modalidades, a camada de transferência de fluido 46 pode

Abas de Contenção:

[0077] Em uma modalidade, o artigo absorvente 10 pode incluir um par de abas de contenção 50, 52. As abas de contenção 50, 52 podem ser formadas separadamente da estrutura absorvente 11 e anexadas à estrutura 11 ou podem ser formadas integradamente à estrutura 11. Em algumas modalidades, as abas de contenção 50, 52 podem ser presas ao chassi 11 do artigo absorvente 10 em uma relação espaçada geralmente paralela entre si lateralmente para dentro das aberturas das pernas para fornecer uma barreira contra o fluxo de exsudatos do corpo. Uma aba de contenção 50 pode ser um primeiro lado do eixo longitudinal 29 e a outra aba de contenção 52 pode ser um segundo lado do eixo longitudinal, 29. Em uma modalidade, as abas de contenção 50, 52 podem se estender geralmente e uma direção longitudinal 30 da região de cintura dianteira 12 do artigo absorvente 10, através da região entrepernas 16, até a região de cintura posterior 14 do artigo absorvente 10. Em algumas modalidades, as abas de contenção 50, 52 podem prolongar-se numa direção substancialmente paralela ao eixo longitudinal 29 do artigo absorvente 10, no entanto, noutras modalidades, as abas de contenção 50, 52 podem ser curvadas, como é conhecido na técnica.

[0078] Nas modalidades em que as abas de contenção 50, 52 são acopladas ao chassi 11, as abas de contenção 50, 52 podem ser ligadas ao forro do lado do corpo 28, à cobertura externa 26 ou a outra camada, como uma camada espaçadora, se presente, com um adesivo de barreira, como é conhecido na técnica. Naturalmente, as abas de contenção 50, 52 podem ser ligadas a outros componentes do chassi 11 e podem ser ligadas com outros meios adequados que não sejam um adesivo de barreira. Por exemplo, as abas de contenção 50, 52 podem ser ligadas ao forro do lado do corpo 28, à cobertura externa 26 ou a outra camada com ligação de pressão, ligação térmica ou ligação ultrassônica. As abas de contenção 50, 52 podem ser feitas de um material fibroso, que pode ser semelhante ao material que forma o forro do lado do corpo 28. Outros materiais convencionais, tais como películas poliméricas, também podem ser usados.

[0079] As abas de contenção 50, 52 podem incluir um ou mais membros elásticos de aba 68, tais como as duas tiras elásticas de aba retratadas nas FIGS. 2 e 3. Materiais elásticos adequados para os elementos elásticos de aba 68 podem incluir folhas, tiras ou fitas de borracha natural, borracha sintética ou materiais elastoméricos termoplásticos. Naturalmente, enquanto dois elementos elásticos 68 são mostrados em cada aba de contenção 50, 52, é previsto que as abas de contenção 50, 52 podem ser configuradas com um ou três ou mais elementos elásticos 68. Em alternativa ou adicionalmente, as abas de contenção 50, 52 podem ser compostas de um material exibindo propriedades elásticas em si.

[0080] Os elementos elásticos da aba 68, como ilustrado na FIG. 2, podem ter dois fios de material elastomérico que se estendem longitudinalmente em uma porção de projeção das abas de contenção 50, 52, em relação espaçada geralmente paralela entre si. Os elementos elásticos da aba 68 podem estar dentro das abas de contenção 50, 52 enquanto em uma condição elasticamente contraível de tal modo que a contração dos fios se reúne e encurta as abas de contenção 50, 52 na direção longitudinal 30. Como resultado, os elementos elásticos 68 podem desviar as abas de contenção 50, 52 para se estenderem para longe da superfície voltada para o corpo 45 do conjunto absorvente 44 em uma orientação geralmente vertical das abas de contenção 50, 52, especialmente na região entrepernas 16 do artigo absorvente 10 quando o artigo absorvente 10 está em uma configuração relaxada, como demonstrado na FIG. 3.

[0081] Durante a fabricação das abas de contenção 50, 52, pelo menos uma porção dos elementos elásticos 68 pode ser ligada às abas de contenção 50, 52 enquanto os elementos elásticos 68 estiverem alongados. O percentual de alongamento dos elementos elásticos 68 pode ser, por exemplo, cerca de 110% a cerca de 350%. Em uma modalidade, os membros elásticos 68 podem ser revestidos com adesivo enquanto alongado a um comprimento especificado antes de anexar aos membros elásticos 68 às abas de contenção 50, 52. Neste método de exemplo de ligação dos elementos elásticos 68 para as abas de contenção 50, 52, a porção dos elementos elásticos 68 não revestida com adesivo retrairá após os elementos elásticos 68 e o artigo absorvente 10 serem cortados na fabricação para formar um artigo absorvente individual 10. Como observado acima, o relaxamento dos elementos elásticos 68 quando o artigo absorvente 10 está em uma condição relaxada pode fazer com que cada aba de contenção 50, 52 se acumule e faça com que uma porção de cada aba de contenção 50, 52 se estenda para longe da superfície voltada para o corpo 19 do chassi 11 (por exemplo, a superfície voltada para o corpo 45 do conjunto absorvente 44 ou a superfície voltada para o corpo 55 do forro do lado do corpo 28).

[0082] Naturalmente, os elementos elásticos 68 podem ser ligados às abas de contenção 50, 52 de várias outras maneiras, como conhecidas pelos versados na técnica, as quais estão dentro do escopo desta divulgação.

Elásticos de perna:

[0083] Os elementos elásticos de perna 60, 62 podem ser fixados à cobertura externa 26, como por serem colados a ela por adesivo laminado, geralmente lateralmente para dentro das bordas laterais longitudinais, 18 e 20, do artigo absorvente 10. Os elementos elásticos de perna 60, 62 podem formar bainhas de perna elásticas respectivamente que ajudam a conter o exsudato do corpo. Em uma modalidade, os elementos elásticos de perna 60, 62 podem ser dispostos entre as camadas interna e externa (não mostradas) da cobertura externa 26 ou entre outras camadas do artigo absorvente 10, por exemplo, entre as abas de contenção 50, 52 e o forro do lado do corpo 28, entre a aba de contenção 50, 52 e a cobertura externa 26, ou entre o forro do lado do corpo 28 e a cobertura externa 26. Os elementos elásticos de pernas 60, 62 podem ser um ou mais componentes elásticos próximos a cada borda lateral longitudinal 18, 20. Por exemplo, os elementos elásticos de perna 60, 62, como ilustrado aqui na FIG. 2, incluem, cada um, dois fios elásticos. Uma ampla variedade de materiais elásticos pode ser utilizada para os elementos elásticos de perna, 60, 62. Materiais elásticos adequados podem incluir folhas, fios ou fitas de borracha natural, borracha sintética ou materiais elastoméricos termoplásticos. Os materiais elásticos podem ser estirados e presos a um substrato, presos a um substrato reunido, ou presos a um substrato e depois estirados ou encolhido, por exemplo, com a aplicação de calor, de tal modo que as forças de retração elástica sejam transmitidas para o substrato. Além disso, está previsto que os elementos elásticos de pernas 60, 62 podem ser formados com as abas de contenção 50, 52 e, então, anexados à estrutura 11 em algumas modalidades. Naturalmente, os elementos elásticos de perna 60, 62 podem ser omitidos do artigo absorvente 10 sem se afastar do escopo desta divulgação.

Elemento de Contenção de Cintura:

[0084] Numa modalidade, o artigo absorvente 10 pode ter um ou mais elementos de contenção da cintura 54. As FIGS. 1 e 2 ilustram uma modalidade de um elemento de contenção da cintura 54 em um artigo absorvente 10, tal como uma fralda. O elemento de contenção da cintura 54 pode ser disposto na região traseira da cintura 14, enquanto em algumas modalidades, o elemento de contenção da cintura 54 pode ser disposto na região frontal da cintura 12. O elemento de contenção de cintura 54 pode ser disposto na superfície voltada para o corpo 45 do conjunto absorvente 44. Em algumas modalidades, como na modalidade ilustrada nas FIGS. 1 e 2, o elemento de contenção da cintura 54 pode ser disposto na superfície voltada para o corpo 55 do forro do lado do corpo 28. O elemento de contenção da cintura 54 pode ser acoplado ao chassi 11 de modo que uma porção 54a do elemento de contenção da cintura 54 esteja livre para se mover em relação ao chassi 11 e possa formar um bolso para ajudar a conter exsudatos do corpo.

[0085] O elemento de contenção de cintura 54 pode ser compreendido de uma variedade de materiais. Em uma modalidade preferencial, o elemento de contenção de cintura 54 pode ser compreendido de um material do tipo spunbond-meltblown-spunbond ("SMS"). No entanto, é contemplado que o elemento de contenção de cintura 54 pode ser compreendido de outros materiais, incluindo, mas não limitado a, um spunbond-película-spunbond ("spunbond-film-spunbond - SFS"), uma trama ligada cardada ("BCW") ou qualquer material não tecido. Em algumas modalidades, o elemento de contenção de cintura 54 pode ser compreendido de um laminado de mais de um desses materiais de exemplo, ou outros materiais. Em algumas modalidades, o elemento de contenção de cintura 54 pode ser compreendido de um material impermeável a líquido. Em algumas modalidades, o elemento de contenção de cintura 54 pode ser compreendido de um material revestido com um revestimento hidrofóbico. Em algumas modalidades, o elemento de contenção da cintura 54 pode incluir um material elástico para fornecer propriedades adicionais de ajuste e contenção ao artigo absorvente 10. Em tal modalidade, materiais elásticos adequados podem incluir, mas não estão limitados a folhas, fios ou fitas de borracha natural, borracha sintética ou polímeros elastoméricos termoplásticos. Os materiais elásticos podem ser esticados e ligados a um substrato, ligados a um substrato reunido, ou ligado a um substrato e depois esticado ou encolhido, por exemplo, com a aplicação de calor, de tal modo que as forças de retração elástica sejam transmitidas para o substrato. Deve ser entendido, no entanto, que o elemento de contenção da cintura 54 pode ser omitido do artigo absorvente sem se afastar do escopo desta divulgação.

Sistema de Fecho:

[0086] Em uma modalidade, o artigo absorvente 10 pode incluir um sistema de fixação. O sistema de fecho pode incluir um ou mais elementos de fixação traseiros 91 e um ou mais fechos dianteiros 92. A modalidade mostrada nas FIGS. 1 e 2 representa uma modalidade com um fixador dianteiro 92. Porções do sistema de fecho podem ser colocadas na região de cintura dianteira 12, região posterior de cintura 14, ou em ambas.

[0087] O sistema de fecho pode ser configurado para prender o artigo absorvente 10 em torno de cintura do usuário em uma condição fixada, conforme mostrado na FIG. 1, e ajudar a manter o artigo absorvente 10 no lugar durante a utilização. Em uma modalidade, os fechos traseiros 91 podem conter um ou mais materiais unidos entre si para formar uma orelha composta, tal como é conhecido na área. Por exemplo, o fecho composto pode ser formado por um componente estirável 94, um carreador não tecido ou base para gancho 96 e um componente de fecho 98, conforme rotulado na FIG. 2.

Surfactantes e Polímeros Hidrofobicamente Modificados

[0088] Como observado anteriormente, um ou mais componentes do artigo absorvente 10 e/ou conjunto absorvente 44 podem ser tratados com um surfactante para ajudar a reduzir a tensão superficial da solução aquosa que pode ser criada por exsudatos corporais, como urina, fezes, menstruação, etc., e melhorar a captação de uma solução aquosa no artigo absorvente 10 e no conjunto absorvente 44. À medida que a solução aquosa flui sobre o(s) componente(s) tratado(s) com o surfactante, o surfactante pode ser incorporado na solução aquosa e fornecer as propriedades de tensão superficial reduzida para essa solução de exsudatos corporais. Algumas modalidades da presente divulgação têm um forro do lado do corpo 28 que é tratado com um surfactante. No entanto, outros componentes do artigo absorvente 10 podem adicional ou alternativamente ser tratados com um surfactante.

[0089] Surfactantes são moléculas compostas de um grupo hidrofílico e um grupo hidrofóbico. Quando dispersos na água, diminuem a tensão superficial, interrompendo as ligações de hidrogênio criadas entre as moléculas de água. Quando um surfactante está em uma solução e entra em contato com um substrato, o surfactante pode diminuir o ângulo de contato da solução em que está, permitindo um maior comportamento de umedecimento. Os surfactantes migram naturalmente para uma interface líquido-líquido até que seja saturada. Uma vez saturada a interface, os surfactantes se organizam em micelas. Uma micela é um agrupamento de surfactantes que se alinharam de modo que a porção hidrofílica esteja voltada para a fase aquosa e as porções hidrofóbicas estejam alinhadas para dentro em uma forma esférica. Quando as micelas começam a se formar em uma concentração específica de surfactante em uma solução, isso é chamado de Concentração Micelar Crítica (CMC).

[0090] Uma vez atingida a CMC, a tensão superficial de uma solução desse tipo atinge o menor valor possível para esse surfactante. A tensão superficial pode ser medida na interface de dois líquidos ou no volume de um líquido. A tensão superficial de equilíbrio de um líquido é a capacidade dos surfactantes de reduzir a tensão superficial na interface depois que os surfactantes são capazes de saturar completamente a interface. A tensão dinâmica da superfície é medida dentro da maior parte do fluido. É a tensão superficial de uma superfície recém-desenvolvida após um período medido de tempo, quando o surfactante ainda está em processo de migração para a interface. A tensão dinâmica da superfície pode ser medida usando um tensiômetro de bolhas. O dispositivo cria uma bolha e calcula a tensão superficial com base na pressão máxima da bolha. Faz isso em uma vida útil definida da bolha. A tensão superficial de equilíbrio pode ser medida usando um tensiômetro de placa Wilhelmy e é a tensão superficial medida no Método de Teste de Tensão Superficial descrito na seção Métodos de Teste deste documento. A tensão superficial de equilíbrio é uma medida da tensão superficial quando o surfactante teve tempo substancial para migrar para a interface.

[0091] Quatro classes de surfactantes que foram revisados e testados aqui incluem: surfactantes não-iônicos, surfactantes aniônicos, surfactantes catiônicos e surfactantes zwitteriônicos. Os surfactantes testados aqui estão listados na Tabela 1. Tabela 1: Lista de surfactantes

[0092] Em outro aspecto desta divulgação, um ou mais componentes do artigo absorvente 10 e/ou o conjunto absorvente 44 podem ser tratados com um HMP. Por exemplo, em modalidades preferidas, um ou mais componentes do artigo absorvente 10, como um forro do lado do corpo 28, uma camada de captação de fluido 48, uma camada de distribuição de fluido 46 e/ou um corpo absorvente 34, podem ser tratados com um HMP. Como mencionado acima, um HMP pode ser incorporado em uma solução aquosa por um insulto de um exsudado corporal fluindo sobre o componente do artigo absorvente 10 ou conjunto absorvente 44 que foi tratado com o HMP, assim como um surfactante é quando o artigo absorvente 10 é insultado por um usuário. Como os surfactantes têm uma cauda hidrofóbica, eles são atraídos para as cadeias hidrofóbicas dos HMPs e podem acabar ligados a elas. Embora não seja limitado pela teoria, acredita-se que os HMPs possam associar-se entre si e outras moléculas em uma solução aquosa, incluindo um surfactante, e acredita-se que o HMP possa ligar os surfactantes o suficiente para aumentar a tensão superficial dessa solução aquosa em comparação com essa solução sem o HMP. As estruturas de HMP podem incluir qualquer um dos seguintes tipos de monômeros: polivinilpirrolidona, celulose, acrilato, uretano e poliquaternário.

[0093] Vários HMPs diferentes foram revisados e testados aqui e estão listados na Tabela 2. Tabela 2: Lista de HMPs

[0094] A FIG. 4 ilustra um gráfico idealizado de tensão superficial versus concentração de surfactante. A linha tracejada no gráfico é representativa de uma solução aquosa com um surfactante adicionado. A linha sólida no gráfico é uma solução aquosa incluindo o surfactante e um HMP. Olhando primeiro para a linha tracejada (a solução aquosa com apenas um surfactante adicionado), à medida que a concentração do surfactante aumenta, a tensão superficial diminui até um certo ponto conhecido como CMC. A CMC é a concentração na qual, não importa quanto mais surfactante seja adicionado à solução, a tensão superficial não cairá mais, porque a superfície da solução está tão cheia quanto possível, de modo que as moléculas em excesso do surfactante começam a formar micelas consigo mesmas em solução.

[0095] Referindo-se à linha sólida (a solução aquosa, incluindo um surfactante e um HMP), ela começa virtualmente com o mesmo valor de tensão superficial que a solução com apenas um surfactante, mesmo que a solução também contenha HMPs. À medida que o surfactante é adicionado continuamente, a tensão superficial começa a diminuir, até atingir a Concentração de Agregação Crítica (CAC). A CAC é o ponto em que a concentração do surfactante é alta o suficiente para que os HMPs e as moléculas do surfactante comecem a interagir e formar estruturas semelhantes a micelas das caudas hidrofóbicas na espinha dorsal do HMP. À medida que a concentração de surfactante aumenta a partir do ponto em que a CAC é atingida, até que o HMP não possa mais se ligar às moléculas de surfactante, a tensão superficial permanece constante, como representado na FIG. 4. No entanto, uma vez que o HMP não pode mais se unir às moléculas de surfactante, a adição de mais surfactante resulta em uma diminuição semelhante na tensão superficial até que a solução atinja uma CMC ajustada (CMCP), que ocorre na mesma tensão superficial que a solução, incluindo apenas surfactante (a linha tracejada), mas com uma concentração mais alta do surfactante. A diferença entre o CMC da solução surfactante (linha tracejada) e a CMCP ajustada para a solução incluindo surfactante e um HMP (linha sólida) é ilustrada como a alteração no CMC (Δ CMC) entre as duas soluções na FIG. 4.

[0096] A CAC é importante porque o HMP não pode iniciar a ligação de nenhuma das moléculas de surfactante até que a CAC seja alcançada. Por esse motivo, a tensão superficial mais alta que pode ser obtida com o uso de HMPs é a tensão superficial na CAC para esse sistema específico de HMP e surfactante. Após a adição de HMPs ao sistema, as moléculas de HMP não podem extrair moléculas de surfactante o suficiente para ultrapassar a tensão superficial da CAC, porque, uma vez que reduz a concentração de moléculas de surfactante individuais na CAC, as moléculas de surfactante individuais e as moléculas de HMP não têm mais qualquer motivo para interagir. Isso faz da CAC um aspecto essencial na utilização de HMPs para extinguir uma solução de surfactante para controle de redução da tensão superficial.

[0097] Uma variedade de testes de tensão superficial foi realizada para determinar quanto várias combinações de surfactantes e HMPs em soluções aquosas poderiam modificar a tensão superficial de tal solução em comparação com uma solução aquosa incluindo apenas o respectivo surfactante. Os valores da tensão superficial representados nas FIGS. 5-17 foram conduzidos de acordo com o Método de Teste de Tensão Superficial, conforme descrito na seção Métodos de Teste deste documento.

[0098] Na FIG. 5, um HMP experimental (EXP. 3 da Tabela 2) estava sendo testado em solução com o surfactante aniônico A (laurel éter sulfato de sódio - SLES - da Tabela 1) para determinar quanto de um aumento na tensão superficial poderia ocorrer por um solução aquosa incluindo EXP. 3 e SLES em comparação com uma solução aquosa incluindo apenas SLES. A solução aquosa incluindo o surfactante SLES e EXP. 3 HMP tinha uma concentração de surfactante combinado e HMP de 0,01% e 0,05% e a solução aquosa que foi usada para fins comparativos e incluiu apenas o surfactante SLES foi preparada nas mesmas quantidades de concentração. As proporções de surfactante:HMP testadas nesta experiência foram 1:1, 2:1 e 5:1 e foram testadas em cada quantidade de concentração mencionada acima. Conforme representado na FIG. 5, soluções aquosas, incluindo um HMP e um surfactante, podem aumentar a tensão superficial em comparação com a tensão superficial de uma solução aquosa, incluindo apenas o surfactante. Em alguns casos, as soluções aquosas, incluindo um HMP e um surfactante, podem aumentar a tensão superficial acima de 45 mN/m.

[0099] A FIG. 6 mostra um teste que foi realizado para rastrear dois surfactantes diferentes contra o mesmo HMP. O HMP usado neste teste foi EXP. 3 da Tabela 2. Os surfactantes utilizados neste teste foram os surfactantes B e C da Tabela 1. O surfactante B é o Laureth-23, um sistema etoxilato puro que é representativo das misturas de surfactantes que podem ser adquiridas por vários fornecedores, pois a maioria é baseada em etoxilato. O surfactante C é um copolímero de polialquilenooxidemetilsiloxano, um surfactante à base de silício. As soluções aquosas, incluindo os surfactantes e os HMPs, apresentaram uma concentração de surfactante combinado e HMP de 0,05% e 0,50% e a solução aquosa que foi usada para fins comparativos e incluída apenas o surfactante SLES foi preparada nas mesmas quantidades de concentração. As proporções de surfactante:HMP testadas nesta experiência foram de 1:1 e 10:1 e foram testadas em cada quantidade de concentração mencionada acima. Como ilustrado na FIG. 6, a solução aquosa incluindo HMP EXP. 3 e o surfactante B tiveram um pequeno aumento na tensão superficial em comparação com a solução aquosa comparativa, incluindo apenas surfactante B, ou tiveram uma diminuição na tensão superficial em comparação com a solução aquosa comparativa, incluindo apenas surfactante B. No entanto, a solução aquosa incluindo HMP EXP. 3 e o surfactante C provaram aumentar a tensão superficial acima de 10 mN/m em cada teste realizado. A partir desses testes, pode-se observar que algumas combinações de surfactante/HMP em solução aquosa podem ajudar no aumento da tensão superficial, enquanto outras podem ter um aumento pouco perceptível ou até mesmo criar uma diminuição na tensão superficial de uma solução aquosa em comparação com uma solução aquosa incluindo o respectivo surfactante sozinho. Portanto, é necessária uma seleção cuidadosa da combinação adequada de um HMP e um surfactante para fornecer a alteração desejada nas propriedades de tensão superficial que se deseja obter.

[00100] A triagem adicional de várias combinações de surfactante e HMP está representada na FIG. 7. Os surfactantes C, D e E da Tabela 1 foram testados com vários HMPs da Tabela 2. Como ilustrado na FIG. 7, foi demonstrado que o surfactante D fornecido não era adequado para aumentar a tensão superficial de uma solução aquosa. No entanto, os surfactantes C e E foram bem-sucedidos no aumento da tensão superficial com vários HMPs, como representado na FIG. 7. Especificamente, os HMPs 1, 3, 5 e 6 demonstraram uma capacidade de aumentar a tensão superficial em conjunto com o surfactante C, e o HMP 3 demonstrou uma capacidade de aumentar a tensão superficial em conjunto com o surfactante E. Todos os testes realizados para a FIG. 7 foram concluídos de modo que as soluções aquosas apresentavam uma concentração de 0,50% de surfactante combinado e HMP (ou apenas surfactante para solução comparativa), e a proporção de surfactante:HMP em soluções aquosas era de 10:1.

[00101] Testes adicionais foram realizados para testar como as soluções aquosas reagiriam às soluções surfactantes extremamente diluídas usadas com os HMPs. Para este teste, o surfactante C foi testado em solução aquosa com HMP 1 e HMP 5 da Tabela 1, com a proporção de concentração de surfactante C em HMP sendo mantida constante na proporção de 1:10. A concentração dos HMPs a partir das soluções aquosas, incluindo o surfactante C e um HMP, aumentou para 0,05%, 0,10% e 0,25%, mas mantendo a proporção surfactante:HMP em 1:10. A concentração do surfactante nas soluções de controle foi ajustada para corresponder à quantidade do surfactante nas respectivas soluções, incluindo surfactante e HMP. A partir dos resultados dos testes ilustrados na FIG. 8, mesmo a uma concentração de 0,25% de HMPs, a tensão superficial não pode ser aumentada além de aproximadamente 54 mN/m. Com base nesse teste, pode-se observar que a CAC para as respectivas combinações de HMP e surfactante está sendo alcançado.

[00102] A FIG. 9 ilustra uma curva de CMC genérica para um surfactante que foi usado para ser capaz de identificar pequenas quantidades de extinção pelos HMPs. O surfactante foi iniciado a uma concentração de 0,1% em peso em solução. Diluir ainda mais o surfactante levou a descobrir onde o platô da tensão superficial parou e a tensão superficial começou a subir. Como visto na FIG. 9, o lado esquerdo deste platô é considerado o CMC, com aproximadamente 0,006% de surfactante para o surfactante testado na FIG. 9. Testes adicionais de extinção para este surfactante com vários HMPs foram então conduzidos nessa concentração de surfactante para permitir o maior aumento na tensão superficial. Este teste foi concluído para os surfactantes F - V da Tabela 1. Uma vez que a CMC foi descoberta para todos os surfactantes F-V, a tensão superficial de equilíbrio dos HMPs 8 a 14 na Tabela 2, a uma concentração de 0,1% em solução, foi tomada sozinha para garantir que esses HMPs não reduzissem a tensão superficial e se comportassem como surfactantes em seu próprio respeito.

[00103] Como ilustrado na FIG. 10, vários HMPs foram então misturados com o surfactante F (polissorbato 20) na proporção de 1:1 e as tensões superficiais foram comparadas às tensões superficiais da solução aquosa, incluindo o surfactante F sozinho (“não extinto”), que apresentava uma tensão superficial de aproximadamente 41 mN/m. Vários HMPs no teste representado na FIG. 10 demonstraram uma capacidade de aumentar a tensão superficial com o surfactante F em pelo menos 2 mN/m em comparação com a solução não extinta que incluía apenas o surfactante F. Isso mostra a capacidade dos HMPs de extinguir surfactantes em uma quantidade significativa. Uma mudança significativa na tensão superficial foi considerada 2 mN/m ou mais da solução surfactante pura. Qualquer surfactante e solução de HMP que mostrasse essa alteração foram novamente testados na proporção HMP:surfactante de 4:1, a fim de mostrar um limite superior da capacidade de extinguir o surfactante.

[00104] As FIGS. 11-15 representam resultados de testes de tensão superficial adicionais para HMPs da Tabela 2 em combinação com vários surfactantes da Tabela 1. Em cada uma das FIGS. 11-15, a tensão superficial é fornecida no eixo y como a mudança na tensão superficial em comparação com o respectivo controle do valor da tensão superficial para uma solução aquosa incluindo apenas o respectivo surfactante. Os resultados do teste de tensão superficial ilustrado nas FIGS. 11-15 demonstram ainda a imprevisibilidade de combinações de surfactantes e HMPs para combinar para aumentar a tensão superficial de uma solução aquosa.

[00105] As FIGS. 11 - 13 ilustram os resultados do Teste de Tensão Superficial para HMPs à base de acrilato testados em uma solução aquosa com vários surfactantes da Tabela 1. Especificamente, a FIG. 11 representa os resultados do Teste de Tensão Superficial para o HMP 11 (polímero reticulado de acrilatos/neodecanoato de vinil), a FIG. 12 representa os resultados do Teste de Tensão Superficial para o HMP 13 (copolímero de acrilatos/beheneth-25 metacrilato) e a FIG. 13 representa os resultados do Teste de Tensão Superficial para o HMP 14 (polímero reticulado de acrilatos/estearet-20 metacrilato). Como ilustrado nas FIGS. 11-13, os HMPs baseados em acrilato aumentaram a tensão superficial com vários surfactantes diferentes e obtiveram a maior consistência para aumentar a tensão superficial quando combinados com um surfactante não iônico, como surfactantes F, G, H, J, K e L da Tabela 1. Entretanto, nem todas as combinações de acrilato de HMP e surfactante aumentaram a tensão superficial nas soluções aquosas de teste. De fato, algumas combinações de HMPs de acrilato e surfactantes até reduziram a tensão superficial.

[00106] A FIG. 14 ilustra os resultados do Teste de tensão de superfície para um HMP à base de celulósico (HMP 10 da Tabela 2) combinado com vários surfactantes da Tabela 1. Como ilustrado na FIG. 14, o HMP 10 à base de celulósico foi bem sucedido em aumentar a tensão superficial de pelo menos 2 mN/m para uma solução aquosa quando combinado com um surfactante não iônico (surfactante L) e um surfactante aniônico (surfactante M). Outras combinações de HMP 10 produziram um aumento inferior a 2 mN/m na tensão superficial ou tensão superficial reduzida. Embora não mostrado, a polivinilpirrolidona celulósica HMP (HMP 8 da Tabela 2) não foi capaz de aumentar a tensão superficial com qualquer surfactante testado.

[00107] A FIG. 15 ilustra os resultados do Teste de Tensão Superficial para um HMP à base de uretano (HMP 12 da Tabela 2) combinado com vários surfactantes da Tabela 1. Como ilustrado na FIG. 15, o HMP 12 à base de uretano obteve êxito em aumentar a tensão superficial de pelo menos 2 mN/m para uma solução aquosa quando combinado com dois surfactantes não iônicos (surfactantes I e L). No entanto, outras combinações de HMP 12 produziram menos de 2 mN/m de aumento na tensão superficial ou redução da tensão superficial.

[00108] Também foram realizados testes para determinar a cinética das propriedades de tensão superficial da solução aquosa de HMP e surfactante ao longo do tempo. A FIG. 16 ilustra três combinações diferentes de soluções de HMP e surfactante, que foram escolhidas devido à sua forte capacidade de aumentar a tensão superficial em comparação com a solução surfactante comparativa específica. É importante ressaltar que as combinações de HMP e surfactante não são extintas imediatamente. Em outras palavras, as soluções aquosas de HMP e de surfactante aumentaram a tensão superficial ao longo do tempo e podem levar até 30 minutos ou mais para serem completamente extintas.

[00109] Como o HMP e os surfactantes não extinguem imediatamente quando colocados em uma solução aquosa, o HMP e o surfactante podem ser aplicados ao mesmo componente do artigo absorvente 10 ou conjunto absorvente 44 sem afetar negativamente as propriedades de entrada. Por exemplo, o forro do lado do corpo 28 pode ser tratado com um HMP e um surfactante, e como as propriedades de tensão superficial podem não aumentar imediatamente após o HMP e o surfactante serem colocados em uma solução aquosa, mas levar alguns minutos, o HMP e o surfactante não impactam negativamente as propriedades de entrada do forro do lado do corpo 28 e a finalidade de tratar o forro do lado do corpo 28 com o surfactante para reduzir a tensão superficial em primeiro lugar. No entanto, uma vez que o HMP e o surfactante extinguem ao longo do tempo (ou seja, uma vez que a tensão superficial da solução aquosa aumenta), o potencial de umedecimento ou vazamento da solução aquosa do conjunto absorvente 44 e/ou do artigo absorvente 10 diminui.

[00110] O tratamento da camada de transferência de fluido 46 com HMPs foi testado para simular o desempenho do produto com vários materiais. As camadas de transferência de fluido à base de polipropileno 46 são naturalmente hidrofóbicas e, assim, o tratamento de uma camada de transferência de fluido à base de polipropileno 46 afetou a captação através de um material desse tipo. No entanto, materiais hidrofílicos também podem ser utilizados como uma camada de transferência de fluido 46. Um material hidrofílico exemplar que pode compor a camada de transferência de fluido 46 é o rayon. Uma camada de transferência de fluido de rayon 46 foi tratada com vários HMPs, como mostrado abaixo na FIG. 17, sem afetar negativamente a captação de fluidos. Este teste envolveu o uso de um complemento de 0,5% de surfactante C da Tabela 1 a uma camada de captação de amostra 48 (polipropileno oco (HPP) BCW) e um forro do lado do corpo 28 de amostra (SMS de polipropileno (PP)). Os resultados dos testes de Tensão Superficial com um sistema desse tipo tendo vários HMPs aplicados à camada de transferência de fluido de rayon 46 em níveis adicionais de 0,5% e 2,0% são mostrados na FIG. 17. A barra da extrema direita na FIG. 17 fornece uma tensão superficial do sistema de controle, que era uma camada de transferência de fluido de rayon não tratada 46 com o tratamento com surfactante C a 0,5% para o forro do lado do corpo 28 e a camada de captação 48. A mudança na tensão superficial do sistema de controle para cada sistema HMP testado mostrou que apenas o HMP 5 forneceu acima de 2 mN/m de aumento na tensão superficial, proporcionando um aumento de aproximadamente 4 mN/m. Os testes mostraram que todos os testes de tensão superficial em não tecidos com HMPs, independentemente da porcentagem adicional, permaneceram em torno de 52 mN/m, mostrando a razão surfactante:HMP de 1:4, desde que a CAC tivesse sido atingida.

[00111] Como mostrado no teste aqui descrito, um conjunto absorvente 44 e/ou um artigo absorvente 10 pode incluir pelo menos um componente tratado com um surfactante (como um forro do lado do corpo 28) para ajudar nas propriedades de captação e também pode incluir pelo menos um componente tratado com um HMP que está configurado para interagir com o surfactante sobre o conjunto absorvente 44 e/ou o artigo absorvente 10 sendo umedecido de modo que quando o surfactante e o HMP estão em uma solução aquosa, a tensão superficial da solução aquosa aumenta. Como observado acima, o HMP pode ser usado para tratar qualquer componente do conjunto absorvente 44 e/ou o artigo absorvente 10 que entrará em contato com a solução aquosa após um insulto de exsudatos do corpo. Preferencialmente, o componente tratado com o HMP é pelo menos um dentre: o forro do lado do corpo 28, a camada de captação 48, a camada de transferência de fluido 46 e o corpo absorvente 34. Por ter uma tensão superficial aumentada, é menos provável que a solução aquosa retorne à pele do usuário e/ou vaze do artigo absorvente.

Métodos de Teste Método de Teste de Tensão Superficial

[00112] O Método de Teste de Tensão Superficial testou a tensão superficial de equilíbrio de uma solução aquosa. O equipamento utilizado para este método de teste é ilustrado nas FIGS. 18-20. A FIG. 18 ilustra um tensiômetro de placa Wilhelmy 70. Para simular com mais precisão um insulto, um recipiente cilíndrico de plástico de 9 onças (255 gramas) 72 com um diâmetro de aproximadamente quatro centímetros tinha seis aberturas 74 (apenas uma abertura 74 rotulada na FIG. 19 para fins de clareza) perfuradas na superfície inferior 76, como mostrado na FIG. 19. As aberturas 74 tinham aproximadamente 1 mm de diâmetro e foram espaçadas de acordo com a representação na FIG. 19, com uma abertura 74 estando no centro da superfície inferior 76 do recipiente 72 e as outras cinco aberturas 74 espaçadas aproximadamente equidistantes uma da outra de forma circular em torno da abertura central 74. Este padrão de aberturas 74 foi configurado para simular com mais precisão o padrão de umedecimento maior em um conjunto absorvente 44 observado em uso real, em oposição a um único insulto de fluxo de uma bomba. Como ilustrado na FIG. 20, o recipiente cilíndrico 72 foi anexado a uma bomba (não mostrada) através de um tubo flexível 78 e posicionado em um suporte a aproximadamente 12,7 mm (V polegada) do topo de uma amostra de camadas não tecidas 80. A amostra de camadas não tecidas 80 foi enrolada sobre uma abertura em uma bacia de coleta 82 e presa no lugar com uma faixa de borracha 84, como ilustrado na FIG. 20, de modo que a amostra de camadas não tecidas 80 estivesse esticada sobre a abertura na bacia de coleta 82.

[00113] A amostra de camadas não tecidas 80 foi modificada para cada combinação de surfactante/HMP específica que estava testando a tensão superficial de uma solução aquosa incluindo o surfactante e HMP e amostras comparativas que estavam testando a tensão superficial de soluções aquosas incluindo apenas um surfactante. Descrevendo a partir da camada mais inferior e movendo-se para cima em direção ao recipiente cilíndrico 72, a amostra de camadas não tecidas 80 inclui uma camada de 40 g/m2 de rayon para simular uma camada de transferência de fluido 46, uma camada de material não tecido de HPP BCW de 80 g/m2 tratado com o surfactante na concentração e quantidade especificadas para simular uma camada de captação 48 e uma camada de material SMS de 12 g/m2 tratada com surfactante na concentração e quantidade especificadas para simular o forro do lado do corpo 28. Nos códigos de teste envolvendo os HMPs, a camada de material de rayon foi tratada com o HMP especificado na concentração e quantidade especificadas. Nas execuções de controle, a camada de rayon não foi tratada.

[00114] Uma bomba (não mostrada) no equipamento de teste foi configurada para insultar 85 mL de uma solução salina a 15 mL/s. O insulto de 85 mL passou através do tubo flexível 78 e para o recipiente cilíndrico 72, disperso através das seis aberturas 74 na superfície inferior 76 do recipiente 72, para a amostra de camadas não tecidas 80 sendo testada, e para a bacia de coleta 82, onde foi capturado. Assim que o insulto foi concluído, a bacia de coleta 82 foi removida, a amostra de camadas não tecidas 80 foi descartada e a solução aquosa 86 na bacia de coleta 82 foi levada ao tensiômetro de placa Wilhelmy para testar a tensão superficial de equilíbrio da solução aquosa 86 (como ilustrado na FIG. 18). Três repetições de cada teste foram concluídas.

Modalidades

[00115] Modalidade 1: Um artigo absorvente, compreendendo: um forro do lado do corpo, o forro do lado do corpo sendo tratado com um surfactante; uma cobertura externa; um corpo absorvente, o corpo absorvente sendo disposto entre o forro do lado do corpo e a cobertura externa; e em que um componente do artigo absorvente é tratado com um polímero hidrofobicamente modificado, o polímero hidrofobicamente modificado sendo configurado para interagir com o surfactante após o umedecimento do artigo absorvente quando o surfactante e o polímero hidrofobicamente modificado estão em uma solução aquosa para aumentar a tensão superficial da solução aquosa.

[00116] Modalidade 2: O artigo absorvente da modalidade 1, em que o polímero hidrofobicamente modificado e o surfactante interagem para aumentar uma tensão superficial de uma solução de teste em pelo menos 2 mN/m, conforme medido pelo Método de Teste de Tensão de Superfície, conforme descrito aqui.

[00117] Modalidade 3: O artigo absorvente da modalidade 1 ou modalidade 2, em que o polímero hidrofobicamente modificado é um polímero acrilato hidrofobicamente modificado.

[00118] Modalidade 4: O artigo absorvente da modalidade 3, em que o polímero hidrofobicamente modificado de acrilato é selecionado a partir do grupo que consiste em: polímero reticulado de acrilatos/neodecanoato de vinil, copolímero de acrilatos/copolímero de metacrilato de acrilatos/beheneth-25 e polímero reticulado de acrilatos/estearet-20 metacrilato.

[00119] Modalidade 5: O artigo absorvente de qualquer uma das modalidades anteriores, em que o surfactante é não iônico.

[00120] Modalidade 6: O artigo absorvente da reivindicação 5, em que o surfactante compreende pelo menos um dentre polissorbato 20, cocamida DIPA, decilglucosídeo, PEG-7 gliceril cocoato, glicerídeos caprilico/caprico PEG-6 e dimeticona perfluorononiletilcarboxidecil PEG-10.

[00121] Modalidade 7: O artigo absorvente de qualquer uma das modalidades 1-4, em que o surfactante é aniônico.

[00122] Modalidade 8: O artigo absorvente da modalidade 7, em que o surfactante compreende pelo menos um dentre hidroxipropilsulfonato de laurilglucosídeos de sódio, fosfato de cetil e caprilil/capril glucosídeo.

[00123] Modalidade 9: O artigo absorvente de qualquer uma das modalidades 1-4, em que o surfactante é zwitteriônico.

[00124] Modalidade 10: O artigo absorvente da reivindicação 9, em que o surfactante é um polímero reticulado de bis-hidroxietilglicinato de sódio-lauril-glicosídeo e cocamidopropil betaína.

[00125] Modalidade 11: O artigo absorvente da modalidade 3, em que o polímero hidrofobicamente modificado é polímero reticulado de acrilatos/neodecanoato de vinil e o surfactante compreende pelo menos um dentre polissorbato 20, cocamida DIPA, gliceril cocoato PEG-7, glicerídeos caprílico/caprico PEG-6, perfluorononiletil carboxidecil PEG-10 dimeticona, hidroxipropilsulfonato de laurilglucosídeos de sódio, fosfato de cetil, brometo de cetriltrimetilamônio e polímero reticulado de bis-hidroxietilglicinato de sódio e lauril-glucosídeos de sódio.

[00126] Modalidade 12: O artigo absorvente da modalidade 3, em que o polímero hidrofobicamente modificado é copolímero de metacrilato de acrilatos/beheneth-25 e o surfactante compreende pelo menos um dentre polissorbato 20, decil glucosídeo, caprilil/capril gluocosídeo, perfluorononiletil carboxidecil PEG-10 dimeticona, cetil fosfato, polímero reticulado de bis-hidroxietilglicinato-lauril-glicosídeos e cocamidopropil- betaína.

[00127] Modalidade 13: O artigo absorvente da modalidade 3, em que o polímero hidrofobicamente modificado é um polímero reticulado de acrilatos/estearet-20 metacrilato e o surfactante compreende pelo menos um dentre polissorbato 20, perfluorononiletil carboxietil PEG-10 dimeticona, fosfato de cetil, fosfato de cetil, polímero reticulado de lauril-glicosídeos bis- hidroxietilglicinado de sódio e caprilil/capril glucosídeo.

[00128] Modalidade 14: O artigo absorvente da modalidade 1 ou modalidade 2, em que o polímero hidrofobicamente modificado é um polímero celulósico hidrofobicamente modificado.

[00129] Modalidade 15: O artigo absorvente da modalidade 14, em que o polímero hidrofobicamente modificado é hidroxiletilcelulose e o surfactante compreende pelo menos um dentre perfluorononiletilcarboxidecil PEG-10 dimeticona e hidroxipropilsulfonato de laurilglucosídeos de sódio.

[00130] Modalidade 16: O artigo absorvente da modalidade 1 ou modalidade 2, em que o polímero modificado hidrofobicamente é um polímero modificado hidrofobicamente de uretano.

[00131] Modalidade 17: O artigo absorvente da modalidade 16, em que o polímero hidrofobicamente modificado é o copolímero PEG-150/álcool estearílico/SMDI e o surfactante compreende pelo menos um dentre decil glucosídeo e perfluorononiletil carboxidecil PEG-10 dimeticona.

[00132] Modalidade 18: O artigo absorvente de qualquer uma das modalidades 1-4, em que o surfactante é um surfactante à base de silício.

[00133] Modalidade 19: O artigo absorvente da modalidade 18, em que o surfactante é copolímero de polialquilenooxidemetilsiloxano e o polímero modificado hidrofobicamente compreende pelo menos um dentre copolímero de VP/acrilatos/laurilmetacrilato e poliquatérnio-55.

[00134] Modalidade 20: O artigo absorvente de qualquer uma das modalidades anteriores, compreendendo ainda uma camada de transferência de fluido, a camada de transferência de fluido envolvendo pelo menos parcialmente o corpo absorvente.

[00135] Modalidade 21: O artigo absorvente da modalidade 20, em que a camada de transferência de fluido é hidrofílica e em que a camada de transferência de fluido é o componente do artigo absorvente tratado com o polímero hidrofobicamente modificado.

[00136] Modalidade 22: O artigo absorvente de qualquer uma das modalidades anteriores, em que o polímero hidrofobicamente modificado está disposto em uma superfície do corpo absorvente.

[00137] Modalidade 23: O artigo absorvente de qualquer uma das modalidades anteriores, compreendendo ainda uma camada de captação, a camada de captação sendo disposta entre o forro do lado do corpo e o corpo absorvente, em que a camada de captação é o componente do artigo absorvente tratado com o polímero hidrofobicamente modificado.

[00138] Modalidade 24: O artigo absorvente de qualquer uma das modalidades anteriores, em que o forro do lado do corpo é o componente do artigo absorvente tratado com o polímero modificado hidrofobicamente.

[00139] Modalidade 25: O artigo absorvente de qualquer uma das modalidades anteriores, em que uma razão do surfactante sobre o polímero hidrofobicamente modificado com acrilato está entre cerca de 1:1 e cerca de 10:1.

[00140] Modalidade 26: Um conjunto absorvente para uso em um artigo absorvente que inclui um surfactante para reduzir a tensão superficial de uma solução aquosa, o conjunto absorvente compreendendo: um corpo absorvente compreendendo material absorvente; um componente do conjunto absorvente sendo tratado com um polímero hidrofobicamente modificado, o polímero hidrofobicamente modificado configurado para interagir com o surfactante após o umedecimento do conjunto absorvente quando o surfactante e o polímero hidrofobicamente modificado estão em uma solução aquosa para aumentar a tensão superficial da solução aquosa.

[00141] Modalidade 27: O conjunto absorvente da modalidade 26, compreendendo ainda um forro do lado do corpo.

[00142] Modalidade 28: O conjunto absorvente da modalidade 27, compreendendo ainda o surfactante, em que o forro do lado do corpo é tratado com o surfactante.

[00143] Modalidade 29: O conjunto absorvente da modalidade 28, compreendendo ainda uma cobertura externa, em que o corpo absorvente é disposto entre o forro do lado do corpo e a cobertura externa.

[00144] Modalidade 30: O conjunto absorvente de qualquer uma das modalidades 26-29, compreendendo ainda uma camada de transferência de fluido, a camada de transferência de fluido envolvendo pelo menos parcialmente o corpo absorvente.

[00145] Modalidade 31: O conjunto absorvente da modalidade 30, em que a camada de transferência de fluido é hidrofílica e em que a camada de transferência de fluido é o componente do conjunto absorvente tratado com o polímero hidrofobicamente modificado.

[00146] Modalidade 32: O conjunto absorvente de qualquer uma das modalidades 26-30, em que o corpo absorvente é o componente do conjunto absorvente que é tratado com o polímero modificado hidrofobicamente.

[00147] Modalidade 33: O conjunto absorvente de qualquer uma das modalidades 26-32, em que o polímero hidrofobicamente modificado é um polímero acrilato hidrofobicamente modificado.

[00148] Modalidade 34: O conjunto absorvente da modalidade 33, em que o polímero modificado hidrofobicamente de acrilato é selecionado a partir do grupo que consiste em: polímero reticulado de acrilatos/neodecanoato de vinil, copolímero de acrilatos/beheneth-25 metacrilato e polímero reticulado de acrilatos/esteareth-20 metacrilato.

[00149] Todos os documentos citados na Descrição Detalhada estão, em parte relevante, incorporados neste documento por referência; a citação de qualquer documento não deve ser interpretada como uma admissão de que se trata de um estado da técnica em relação à presente invenção. Na medida em que qualquer significado ou definição de um termo neste documento escrito entre em conflito com algum significado ou definição de termo em um documento incorporado por referência, o significado ou definição atribuída ao termo neste documento escrito deve prevalecer.

[00150] Embora as modalidades específicas da presente invenção tenham sido ilustradas e descritas, estará óbvio para os versados na técnica que várias outras alterações e modificações podem ser feitas sem se afastar do espírito e do escopo da invenção. Pretende-se, portanto, abranger nas reivindicações anexas todas essas alterações e modificações que estejam dentro do escopo desta invenção.

Claims

1. Artigo absorvente (10) compreendendo: um forro do lado do corpo (28), o forro do lado de corpo (28) sendo tratado com um surfactante; uma cobertura externa (26); um corpo absorvente (34), o corpo absorvente (34) sendo disposto entre o forro do lado do corpo (28) e a cobertura externa (26); e caracterizado pelo fato de que um componente do artigo absorvente (10) é tratado com um polímero hidrofobicamente modificado, o polímero hidrofobicamente modificado sendo configurado para interagir com o surfactante após o umedecimento do artigo absorvente (10) quando o surfactante e o polímero hidrofobicamente modificado estão em uma solução aquosa para aumentar a tensão superficial da solução aquosa, em que o surfactante e o polímero hidrofobicamente modificado estão em uma solução aquosa para aumentar a tensão superficial da dita solução em comparação com uma solução aquosa incluindo apenas o surfactante.

2. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o polímero hidrofobicamente modificado e o surfactante interagem para aumentar a tensão superficial de uma solução de teste em pelo menos 2 mN/m, conforme medido pelo Método de Teste de Tensão Superficial.

3. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o polímero hidrofobicamente modificado é um polímero de acrilato hidrofobicamente modificado.

4. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que o polímero de acrilato hidrofobicamente modificado é selecionado do grupo que consiste em: polímero reticulado de acrilatos/neodecanoato de vinil, copolímero de metacrilato de acrilatos/beheneth- 25 e polímero reticulado de metacrilato de acrilatos/estearet-20.

5. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o surfactante é não iônico.

6. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que o surfactante compreende pelo menos um dentre polissorbato 20, cocamida DIPA, decilglucosídeo, PEG-7 gliceril cocoato, glicerídeos caprilico/caprico PEG-6 e dimeticona perfluorononiletilcarboxidecil PEG-10.

7. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o surfactante é aniônico.

8. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que o surfactante compreende pelo menos um dentre hidroxipropilsulfonato de laurilglucosídeos de sódio, fosfato de cetil e caprilil/capril glucosídeo.

9. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o surfactante é zwitteriônico.

10. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que o surfactante é um polímero reticulado de bis- hidroxietilglicinato de sódio-lauril-glicosídeo e cocamidopropil betaína.

11. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que o polímero hidrofobicamente modificado é um polímero reticulado de acrilatos/neodecanoato de vinil e o surfactante compreende pelo menos um dentre o polissorbato 20, cocamida DIPA, gliceril cocoato PEG-7, glicerídeos caprílico/caprico PEG-6, perfluorononiletil carboxidecil PEG-10 dimeticona, hidroxipropilsulfonato de laurilglucosídeos de sódio, fosfato de cetil, brometo de cetriltrimetilamônio e polímero reticulado de bis-hidroxietilglicinato de sódio e lauril-glucosídeos de sódio.

12. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que o polímero hidrofobicamente modificado é copolímero de acrilatos/beheneth-25 metacrilato e o surfactante compreende pelo menos um polissorbato 20, decil glucosídeo, caprilil/capril gluocosídeo, perfluorononiletil carboxidecil PEG-10 dimeticona, cetil fosfato, polímero reticulado de bis-hidroxietilglicinato-lauril-glicosídeos e cocamidopropil- betaína.

13. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que o polímero hidrofobicamente modificado é um polímero reticulado de acrilatos/estearet-20 metacrilato e o surfactante compreende pelo menos um dentre polissorbato 20, perfluorononiletil carboxietil PEG-10 dimeticona, fosfato de cetil dimeticona, cetil fosfato, polímero reticulado de bis-hidroxietilglicinato-glucosídeos e caprilil/capril glucosídeo.

14. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o polímero hidrofobicamente modificado é um polímero celulósico hidrofobicamente modificado.

15. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que o polímero hidrofobicamente modificado é hidroxiletilcelulose e o surfactante compreende pelo menos um dentre perfluorononiletilcarboxidecil PEG-10 dimeticona e hidroxipropilsulfonato de laurilglucosídeos de sódio.

16. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o polímero hidrofobicamente modificado é um polímero hidrofobicamente modificado com uretano.

17. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que o polímero hidrofobicamente modificado é o copolímero PEG-150/álcool estearílico/SMDI e o surfactante compreende pelo menos um dentre decil glucosídeo e perfluorononiletil carboxidecil PEG- 10 dimeticona.

18. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o surfactante é um surfactante à base de silício.

19. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 18, caracterizado pelo fato de que o surfactante é copolímero de polialquilenooxidemetilsiloxano e o polímero modificado hidrofobicamente compreende pelo menos um dentre copolímero de VP/acrilatos/laurilmetacrilato e poliquatérnio-55.

20. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que compreende ainda uma camada de transferência de fluido (46), a camada de transferência de fluido (46) envolvendo pelo menos parcialmente o corpo absorvente (34).

21. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 20, caracterizado pelo fato de que a camada de transferência de fluido (46) é hidrofílica, e em que a camada de transferência de fluido (46) é o componente do artigo absorvente (10) tratado com o polímero hidrofobicamente modificado.

22. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o polímero hidrofobicamente modificado é disposto em uma superfície do corpo absorvente (34).

23. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que compreende ainda uma camada de captação (48), a camada de captação (48) sendo disposta entre o forro do lado do corpo (28) e o corpo absorvente (34), em que a camada de captação (48) é o componente do artigo absorvente (10) tratado com o polímero hidrofobicamente modificado.

24. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o forro do lado do corpo (28) é o componente do artigo absorvente (10) tratado com o polímero hidrofobicamente modificado.

25. Artigo absorvente (10) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que uma razão do surfactante sobre o polímero hidrofobicamente modificado está entre cerca de 1:1 e cerca de 10:1.

26. Conjunto absorvente (44) para uso em um artigo absorvente (10) como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 25, que inclui um surfactante para reduzir a tensão superficial de uma solução aquosa, o conjunto absorvente (44) compreendendo: um corpo absorvente (34) incluindo material absorvente; caracterizado pelo fato de que um componente do conjunto absorvente (44) é tratado com um polímero hidrofobicamente modificado, o polímero hidrofobicamente modificado configurado para interagir com o surfactante após o umedecimento do conjunto absorvente (44) quando o surfactante e o polímero hidrofobicamente modificado estão em uma solução aquosa para aumentar a tensão superficial da solução aquosa, em que o surfactante e o polímero hidrofobicamente modificado estão em uma solução aquosa para aumentar a tensão superficial da dita solução em comparação com uma solução aquosa incluindo apenas o surfactante.

27. Conjunto absorvente (44) de acordo com a reivindicação 26, caracterizado pelo fato de que compreende ainda um forro do lado do corpo (28).

28. Conjunto absorvente (44) de acordo com a reivindicação 27, caracterizado pelo fato de que compreende ainda o surfactante, em que o forro do lado do corpo (28) é tratado com o surfactante.

29. Conjunto absorvente (44) de acordo com a reivindicação 28, caracterizado pelo fato de que compreende ainda uma cobertura externa (26), em que o corpo absorvente (34) é disposto entre o forro do lado do corpo (28) e a cobertura externa (26).

30. Conjunto absorvente (44) de acordo com a reivindicação 26, caracterizado pelo fato de que compreende ainda uma camada de transferência de fluido (46), a camada de transferência de fluido (46) envolvendo pelo menos parcialmente o corpo absorvente (34).

31. Conjunto absorvente (44) de acordo com a reivindicação 30, caracterizado pelo fato de que a camada de transferência de fluido (46) é hidrofílica, e em que a camada de transferência de fluido (46) é o componente do conjunto absorvente (44) tratado com o polímero hidrofobicamente modificado.

32. Conjunto absorvente (44) de acordo com a reivindicação 26, caracterizado pelo fato de que o corpo absorvente (34) é o componente do conjunto absorvente (44) que é tratado com o polímero hidrofobicamente modificado.

33. Conjunto absorvente (44) de acordo com a reivindicação 26, caracterizado pelo fato de que o polímero hidrofobicamente modificado é um polímero de acrilato hidrofobicamente modificado.

34. Conjunto absorvente (44) de acordo com a reivindicação 33, caracterizado pelo fato de que o polímero de acrilato hidrofobicamente modificado é selecionado a partir do grupo que consiste em: polímero reticulado de acrilatos/neodecanoato de vinil, copolímero de acrilatos/beheneth-25 metacrilato e polímero reticulado de acrilatos/estearet- 20 metacrilato.