BR112020005798A2

BR112020005798A2 - produção de combustíveis e intermediários renováveis

Info

Publication number: BR112020005798A2
Application number: BR112020005798-3A
Authority: BR
Inventors: William Malatak
Original assignee: Valero Services, Inc.
Priority date: 2017-09-26
Filing date: 2018-09-24
Publication date: 2020-09-24
Also published as: CN111655822A; WO2019067610A1; EP3688120A4; WO2019067366A1; CA3076678A1; EP3688120A1; EA202090825A1; SG11202002656RA; US20190093035A1; EP3688121A4; BR112020005749A2; EA202090826A1; US20190093027A1; CN111655821A; MX2020003189A; MX2020003187A; SG11202002654SA; EP3688121A1; CA3076666A1

Abstract

A presente invenção refere-se aos métodos para a produção de combustíveis de transporte, a partir de recursos renováveis, baseados em vegetal e animal. Os métodos descritos aqui no presente, apresentam um processo ambientalmente favorável, para usar ou reciclar gorduras e óleos baseados em vegetais e animais. O estoque de alimentação renovável pode ser usado para produzir uma variedade de combustíveis de hidrocarboneto, incluindo gasolina renovável. A descrição também se refere aos produtos de combustível e estoques de mistura de combustível, produzidos de materiais de partida de hidrocarboneto renovável.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "PRO- DUÇÃO DE COMBUSTÍVEIS E INTERMEDIÁRIOS RENOVÁVEIS". REFERÊNCIA CRUZADA AOS PEDIDOS DE PATENTES RELACI-

ONADOS

[001] Este pedido reivindica o benefício de prioridade do Pedido de Patente Provisória Norte Americana No. 62/563.577, depositado no dia 26 de setembro de 2017, que está aqui no presente incorporado por referência em sua totalidade.

CAMPO DA INVENÇÃO

[002] A presente invenção refere-se à produção de hidrocarbone- tos a partir de recursos renováveis, baseados em vegetal e animal

ANTECEDENTES

[003] Biocombustíveis que podem ser produzidos de recursos domésticos renováveis, oferecem uma alternativa para combustíveis baseados em petróleo. A fim de estimular a produção e o consume de biocombustíveis nos Estados Unidos, agências reguladoras têm toma- do medidas para mandar e incentivar a produção aumentada de com- bustíveis, a partir de fontes renováveis. California’s Low Carbon Com- bustivel Standard Program (Programa Padrão de Combustível de Bai- xo Carbono (LCFS)) da Califórnia, exige que os produtores de com- bustíveis baseados em petróleo, reduzam a intensidade de carbono de seus produtos, começando com um quarto da percentagem em 2011, e culminando com uma redução total de 10 por cento em 2020. Impor- tadores, refinadores e atacadistas de petróleo, podem desenvolver seus próprios produtos de combustível de baixo carbono, ou comprar Créditos LCFS de outras empresas, que desenvolvem e vendem com- bustíveis alternativos de baixo carbono.

[004] Da mesma maneira, o Congresso dos Estados Unidos criou o programa de Combustível Padrão Renovável (RFS), a fim de reduzir emissões de gás de estufa, e expandir o setor de combustíveis reno-

váveis do país, enquanto reduzindo a dependência (confiança) em óleo importado. Este programa foi autorizado sob a Ação da Política de Energia (Energy Policy Act) de 2005, e o programa foi adicional- mente expandido sob a Ação de Independência e Segurança de Ener- gia (Energy Independence and Security Act) de 2007. Por ser uma política nacional, o programa RFS exige a substituição ou redução de um combustível de transporte baseado em petróleo, óleo de aqueci- mento, ou combustível a jato, com um certo volume de combustível renovável. As quatro categorias de combustível renovável sob o pro- grama RFS incluem diesel baseado em biomassa, biocombustível ce- lulósico, biocombustível avançado, combustível renovável total.

[005] Métodos de produção comercial atuais, incluem esterifica- ção de triglicerídeos, gorduras, e ácidos graxos, transesterificação de ésteres graxos (gordurosos), fermentação de açúcar, atualização cata- lítica de açúcares, e métodos de biogás- e biomassa em líquidos. Es- tes métodos foram principalmente focalizados na produção de etanol e biodiesel, e não foram bem-sucedidos para produzir grandes quanti- dades de combustíveis renováveis não oxigenados. Entretanto, a pro- dução de hidrocarbonetos renováveis vai ajudar os produtores atende- rem as regulamentações ambientais crescentes, e oferecerem uma alternativa atraente para os consumidores, que estão interessados em alternativas de combustível ambientalmente favoráveis, que são subs- tituições para componentes de hidrocarboneto não renováveis. Desse modo, existe uma necessidade de métodos comercialmente viáveis na indústria, para a produção de combustíveis de fontes renováveis.

SUMÁRIO

[006] A presente invenção refere-se a um método para produzir um produto de hidrocarboneto renovável, de estoques de alimentos de gordura renovável e óleo renovável. Os materiais de alimentos de gordura e óleo renováveis, são convertidos em um intermediário de parafina renovável, que é então usado para produzir um produto de hidrocarboneto renovável. O produto de hidrocarboneto renovável po- de incluir um número de frações diferentes, incluindo gasolina, diesel, e combustível de aviação. As condições para a produção do produto de hidrocarboneto renovável, podem ser ajustadas para favorecer a produção de uma fração sobre outras. Por exemplo, as condições de produção podem ser ajustadas, a fim de favorecer a produção de um produto de hidrocarboneto renovável, que tem uma fração de gasolina como o maior ou principal constituinte.

[007] Alguns aspectos da presente descrição, são dirigidos para o processo de produzir um produto de combustível de hidrocarboneto renovável, compreendendo as etapas de hidrotratar um estoque de alimentação renovável, para produzir um intermediário parafínico re- novável, opcionalmente misturando pelo menos 1% em volume do in- termediário parafínico renovável, com um alimento adicional, a fim de produzir uma mistura, e reagindo o intermediário parafínico renovável, ou a mistura que contém pelo menos 1% em volume do intermediário parafínico renovável, em uma zona de reação sob condições suficien- tes para racionar, pelo menos, uma porção do intermediário parafínico renovável, ou uma mistura para produzir um produto de combustível de hidrocarboneto renovável. Em alguns aspectos, a etapa de reação compreende fracionamento catalítico do fluido.

[008] Algumas modalidades da descrição, são dirigidas para um produto de combustível de hidrocarboneto renovável, que tem uma 14 característica de C de taxa isotópica, de uma mistura de petróleo, e pelo menos 1% em volume de origem de não petróleo, e compreen- dendo menos de cerca de 5% de coque. Algumas modalidades são dirigidas para um produto de hidrocarboneto renovável misturado, compreendendo um produto de combustível de hidrocarboneto reno- 14 vável, que tem uma característica de C de taxa isotópica, de uma mistura de petróleo, e pelo menos 1% em volume de origem de não petróleo, e compreendendo menos do que cerca de 5% de coque, e um segundo componente, compreendendo pelo menos um do um ou mais produtos de combustível de petróleo, e um ou mais combustíveis renováveis.

[009] Alguns aspectos da presente descrição, são dirigidos para um processo para produzir um produto de combustível de hidrocarbo- neto renovável, compreendendo as etapas de hidrotratar um estoque de alimentação renovável, a fim de produzir um intermediário parafíni- co renovável, misturando pelo menos 1% em volume do intermediário parafínico renovável, com um alimento adicional para produzir uma mistura, destilando a mistura para produzir pelo menos uma fração destilada, tendo pelo menos 1% em volume do intermediário parafínico renovável, e reagindo a pelo menos uma fração destilada, em uma zo- na de reação, sob condições suficientes para rachar pelo menos uma porção da pelo menos uma fração destilada, a fim de produzir um pro- duto de combustível de hidrocarboneto renovável. Em alguns aspec- tos, o alimento adicional é um material baseado em petróleo. Exem- plos de materiais baseados em petróleo incluem, mas não são limita- dos a óleo cru e gás-óleo.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[0010] A FIG. 1 é um diagrama de fluxo ilustrando as etapas en- volvidas na produção de um produto de hidrocarboneto renovável, por exemplo, gasolina renovável.

[0011] A FIG. 2 é um diagrama de fluxo ilustrando etapas envolvi- das na produção de um produto de hidrocarboneto renovável, e usos em potencial do produto de hidrocarboneto renovável, incluindo ven- das e processamento adicional.

DESCRIÇÃO DETALHADA

[0012] Várias características e detalhes vantajosos, são explicados mais detalhadamente com referência às modalidades não limitantes, que são ilustradas nos desenhos em anexo, e detalhadas na descrição a seguir. Deverá ser entendido, entretanto, que a descrição detalhada e os exemplos específicos, embora indicando modalidades da inven- ção, são dados a título de ilustração somente, e não a título de limita- ção. Várias substituições, modificações, adições, e/ou rearranjos, se tornarão evidentes para aqueles de conhecimento comum na técnica a partir desta descrição.

[0013] Na descrição a seguir, numerosos detalhes específicos são dados, a fim de fornecer uma compreensão completa das modalidades reveladas. A pessoa de conhecimento comum na técnica relevante vai reconhecer, entretanto, que a invenção pode ser praticada sem um ou mais dos detalhes específicos, ou com outros métodos, componentes, materiais, e assim por diante. Em outros exemplos, estruturas, mate- riais, ou operações bem conhecidas, não são mostradas ou descritas em detalhes, a fim de evitar obscurecer o aspecto da invenção.

[0014] A presente descrição fornece um método para produzir um produto de combustível de hidrocarboneto renovável, de gordura reno- vável, e estoques de alimentos de óleo renovável. A gordura e os es- toques de alimentos de óleo renováveis, são inicialmente convertidos em uma corrente de intermediário parafínico renovável, através de um processo de hidrotratamento. O estoque de alimentação renovável e/ou intermediário parafínico renovável, pode opcionalmente ser mistu- rado com outras correntes de hidrocarboneto, incluindo óleo bruto, gás-óleo, óleos de combustível, diesel, e outros destilados de petróleo. O intermediário parafínico renovável ou o intermediário misturado, é depois processado em uma unidade de fracionamento, por exemplo, uma unidade de fracionamento de fluido catalítico, para produzir o produto de combustível de hidrocarboneto renovável. O produto de combustível renovável pode incluir um número de frações, incluindo,

mas não limitado a, um gás combustível, etileno, propileno, butileno, LPG, nafta, gasolina, diesel, óleos de ciclo, óleo de ciclo de luz, e fun- dos da unidade de caterpillar (pasta fluida/óleo de decantar). O produ- to de combustível de hidrocarboneto renovável pode ainda ser refina- do, por exemplo, separado em frações constituintes e/ou misturadas com outros hidrocarbonetos, tais como hidrocarbonetos baseados em petróleo, ou um ou mais combustíveis renováveis, por exemplo, etanol, a fim de produzir um produto de hidrocarboneto renovável de combus- tível misturado. O processo de produção é flexível; as condições de fracionamento podem ser alteradas, a fim de favorecer a produção se- letiva de uma ou mais frações.

[0015] Geralmente, as gorduras renováveis e os óleos renováveis, servindo como estoques de alimentos originais, são predominante- mente gorduras e óleos de não petróleo. As gorduras renováveis e os óleos renováveis, podem ser originar de fontes vegetais ou animais. As gorduras e óleos podem incluir óleo de cozinhar, óleo de cozinhar reciclado, resíduos de óleo de cozinhar, óleo vegetal usado, óleo vege- tal reciclado, resíduos de óleo vegetal, óleos derretidos, gordura ani- mal, sebo, gordura de porco, gordura de galinha, óleos de peixe, graxa amarela, gordura de ave doméstica, óleos algáceos, óleos derivados de alga, óleo de soja, óleo de palma, ácidos graxos de palma, óleos derivados de vegetais, tais como óleo de milho, óleo de canola, óleo de pinhão manso, óleo de oliva, ácidos graxos, e óleos de sementes, e similares. Em uma modalidade, o estoque de alimentação compreen- de pelo menos 10% de óleo de cozinha usado. Em modalidades, o estoque usado compreende pelo menos 10% de óleo de milho usado. Em modalidades adicionais, o estoque de alimentação compreende pelo menos 10% de óleo de cozinha usado, e pelo menos 10% de óleo de milho usado. As gorduras e os óleos renováveis podem ser usados sozinhos, ou podem ser usados em combinação. Gorduras e óleos de categoria de baixa qualidade são habitualmente usados para, ou em alguns casos reciclados em estoque de alimentação animais, cuidados pessoais, e produtos domésticos tais como sabão e detergente. A presente descrição fornece um método para empregar gorduras novas e/ou óleos renováveis reciclados, como estoque de alimentação, para a produção de combustíveis renováveis, tais como gasolina, diesel, e combustível de aviação, e intermediários químicos tais como etileno, propileno e butileno.

[0016] Em alguns aspectos, um processo para produzir um produ- to de combustível de hidrocarboneto renovável, de um estoque de ali- mentação renovável, é fornecido. Um produto de combustível de hi- drocarboneto renovável inclui um hidrocarboneto renovável, que pode ser ainda refinado, e um estoque de mistura de hidrocarboneto reno- vável, que pode ser ainda processado, para produzir um produto ven- dável. O processo inclui hidrotratamento (e opcionalmente isomeriza- ção, retirar a cera, e/ou hidrofracionamento) do estoque de alimenta- ção renovável, para produzir um intermediário parafínico renovável, opcionalmente misturando o intermediário parafínico renovável com um alimento adicional, e reagindo pelo menos uma porção do interme- diário parafínico renovável ou mistura, em uma zona de reação sob condições suficientes para fracionar, pelo menos, uma porção do in- termediário parafínico renovável ou mistura, a fim de produzir um fluxo de produto, compreendendo um produto de combustível de hidrocar- boneto renovável ou parcialmente renovável. Em alguns aspectos, reagindo pelo menos uma porção do intermediário parafínico renová- vel ou mistura, em uma zona de reação, sob condições suficientes pa- ra fracionar pelo menos uma porção do intermediário parafínico reno- vável ou mistura, compreende fracionamento catalítico de fluido. A alimentação adicional pode compreender outros fluxos de hidrocarbo- neto, tais como um intermediário baseado em petróleo convencional para ser fracionado, incluindo gás-óleo, destilados, fundos de torres atmosféricas, óleos de ciclo, e/ou óleo bruto.

[0017] Em alguns aspectos, o hidrotratamento do estoque de ali- mentação renovável, envolve contatar o estoque de alimentação reno- vável com um catalisador, na presença de hidrogênio em temperatura elevada, para produzir um intermediário parafínico renovável, que po- de ser ainda hidroprocessado ou isomerizado. Hidrotratamento é compreendido para ser amplamente submetido aos processos que tra- tam um estoque de alimentação com hidrogênio, e as reações que ocorrem durante o hidrotratamento incluem hidrodeoxigenação, hidro- dessulfurização, hidrodenitrificação, e saturação de olefinas. O esto- que de alimentação renovável pode compreender triglicerídeos e áci- dos graxos (tipicamente com comprimentos de cadeia de C12-C24), anidridos, ésteres, e combinações dos mesmos. Ésteres podem incluir ésteres de monoálcool e ésteres de poliol, tais como triglicerídeos. O processo de hidrotratamento pode ser um processo de hidro- deoxigenação e hidrogenação, em que os ésteres são compostos divi- didos, oxigenados, incluindo ácidos e álcoois que são reduzidos para as parafinas correspondentes, e ligações duplas são saturadas. Glice- rina pode ser liberada durante a clivagem de éster, e hidrodeoxigena- da para formar propano. O intermediário parafínico renovável pode incluir butano, em adição ao propano. Mais especificamente, algum butano, por exemplo, n-butano, é produzido durante o processo de hi- drotratamento, e pode ser separado do intermediário parafínico reno- vável, e alimentado para uma unidade de isomerização, em que ele é convertido para isobutano. Em algumas modalidades, ligações duplas são reduzidas durante o hidrotratamento. Em alguns aspectos, o pro- cesso de hidrotratamento reduz o nível de contaminantes, incluindo, mas não limitado a, Na, Ca, Mg, K, P, S, N, Cl, Si, Mg, K, Al, e com- postos oxigenados. O estoque de alimentação renovável pode ser li-

gado com uma alimentação de petróleo, antes de, ou durante a etapa de hidrotratamento. O processo de hidrotratamento pode ser realizado em uma pressão variando de cerca de 100 psig a cerca de 3,400 psig, preferivelmente a uma pressão variando de cerca de 400 psig a cerca de 1,800 psig. Em alguns aspectos, o processo de hidrotratamento é realizado a uma temperatura variando de cerca de 250 °C para cerca de 430 °C. Catalisadores para o processo de hidrotratamento incluem, mas não são limitados à catalisadores de Ni-Mo e Co-Mo. Em alguns aspectos, a velocidade a espacial horária líquida do processo de hidro- tratamento (LHSV), pode variar de cerca de 0 a cerca de 2,0 (hr-1). Um sistema de reação de hidrotratamento preferido, inclui pelo menos um reator, cada um dos quais tem pelo menos um ou mais leitos de catalisador. Em algumas modalidades, o processo de hidrotratamento é realizado em um reator de hidrotratamento, que tem pelo menos três leitos.

[0018] Em alguns aspectos, o estoque de alimentação renovável é pré-tratado antes da etapa de hidrotratamento. O pré-tratamento pode incluir uma ou mais de uma etapa de desengorduramento, uma etapa de lavagem com água, uma etapa de desmetalização, uma etapa de branqueamento, uma etapa de troca iônica, uma etapa de total (ou parcial) hidrogenação, uma etapa de remoção de ácido gasoso, e uma etapa de remoção de água. Desengorduramento envolve a remoção de compostos de gorduras e fósforo, tais como fosfolipídeos. Desme- talização envolve remoção de metais, alguns dos quais podem ser pre- judiciais para o catalisador de hidrotratamento. Em alguns aspectos, o processo de desmetalalização produz um estoque de alimentação, tendo um nível de contaminante de metal abaixo de 18 ppm. A remo- ção de ácido gasoso inclui a remoção de gases, tais como CO2 e H2S. Cada uma das etapas de pré-tratamento e hidrotratamento, pode en- volver o uso de um ou mais catalisadores. O estoque de alimentação renovável pode ser misturado com uma alimentação de petróleo, antes ou durante a etapa de pré-tratamento.

[0019] O intermediário parafínico renovável pode ser misturado com um intermediário baseado em petróleo, em uma quantidade de mais do que 0% a menos do que 99%, em volume do intermediário parafínico renovável. Estas quantidades podem também variar de mais do que 0% a menos do que 80%, mais do que 0% a menos do que 70%, mais do que 0% a menos do que 60%, mais do que 0% a menos do que 50%, mais do que 0% a menos do que 40%, mais do que 0% a menos do que 30%, mais do que 0% a menos do que 20%, e mais do que 0% a menos do que 10%, em cada caso, em volume de interme- diário parafínico renovável. Em alguns aspectos, o intermediário para- fínico renovável é ainda alcançado em uma unidade de fracionamento, essencialmente na ausência e uma etapa de pré-tratamento de remo- ção de enxofre, antes de entrar para o intermediário parafínico renová- vel na unidade de fracionamento.

[0020] Em algumas modalidades, o intermediário parafínico reno- vável ou mistura, tem um ponto de ebulição variando de 180°C a 400°C; se co-processado com estoque de alimentação baseado em petróleo, a faixa do ponto de ebulição pode ser aumentada além des- ses níveis. Em alguns aspectos, o intermediário parafínico renovável, derivado de triglicerídeos e ácidos graxos, e ausente de qualquer co- processamento, compreende mais do que 90% de compostos de para- fina, e é substancialmente livre de compostos aromáticos; o intermedi- ário parafínico renovável pode conter compostos aromáticos ou naftê- nicos, se co-processado ou misturado com estoque de alimentação baseado em petróleo, ou outras misturas aromáticas ou naftênicas co- nhecidas. Estoque de alimentação de petróleo e outro renovável, po- dem ser misturados ou adicionados, antes, durante ou depois, da eta- pa de pré-tratamento e/ou hidrotratamento. O intermediário parafínico renovável ou mistura, através dos métodos descritos aqui no presente, pode ter um ponto de névoa e/ou ponto de congelamento, mais baixo do que um equivalente intermediário baseado em petróleo, convencio- nal.

Em alguns aspectos, o ponto de congelamento do intermediário parafínico renovável ou mistura, pode variar de -50°C a 50°C.

Em al- guns aspectos, a densidade do intermediário parafínico renovável ou mistura, pode variar de 0,7 a 0,92 gramas por centímetro cúbico.

O intermediário parafínico renovável ou mistura, pode compreender 50 ppm ou menos, preferivelmente 10 ppm ou menos, de Na, Ca, Mg, K, P, Mg, K, ou outros contaminantes, não fornecendo co- processamento.

Em algumas modalidades, o intermediário parafínico renovável ou mistura, tem um teor de oxigênio de menos do que 11%. Em exemplos particulares, o intermediário parafínico renovável tem um teor de oxigênio de menos do que 1%. Em alguns aspectos, o inter- mediário parafínico renovável ou mistura, é substancialmente livre de ácidos graxos e/ou ésteres graxos.

O intermediário parafínico renová- vel ou mistura pode conter propano, resultante de hidrogenação de glicerina.

Em algumas modalidades, pelo menos uma porção de qual- quer propano resultante de hidrotratamento de triglicerídeo (isto é, hi- drogenação de glicerina para propano), é separado do intermediário parafínico renovável, e é alimentado para uma unidade de fraciona- mento, em que ele é fraccionado em produtos mais produtos mais le- ves.

Em alguns aspectos, o intermediário parafínico renovável ou mis- tura tem uma característica de taxa isotópica de 14C de origem de não- petróleo para o intermediário parafínico ou, no caso de uma mistura, 14 uma característica de taxa isotópica de C de uma mistura de origens de petróleo e não-petróleo, de acordo com a percentagem em volume de cada componente.

Em alguns aspectos, o intermediário parafínico renovável ou mistura compreende pelo menos 80% de hidrocarbone- tos C8-C20, preferivelmente pelo menos 90% de hidrocarbonetos C8-

C20, e mais preferivelmente pelo menos 95% de hidrocarbonetos C8- C20. Em algumas modalidades, o intermediário parafínico renovável ou mistura é substancialmente livre de aromáticos e enxofre. Em al- guns aspectos, o intermediário parafínico renovável ou mistura, tem um ponto de escoamento na faixa de -18 °C a 50 °C. Em algumas modalidades, o intermediário parafínico renovável ou mistura tem um ponto de ignição de mais do que 20 °C. Em modalidades adicionais, o intermediário parafínico renovável ou mistura tem um Certificado do California Air Resource Board Certified LCFS com valor de intensidade de carbono de menos do que 55, como definido em https://www.arb.ca.gov/fuels/lcfs/fuelpathways/pathwaytable.htm.

[0021] Opcionalmente, o fluxo de intermediário renovável pode ainda ser processado, para reduzir o ponto de escoamento do inter- mediário, antes de rotear para a unidade de fracionamento. Isto pode incluir etapas de refinamento comumente conhecidas, tais como des- parafinagem, isomerização e/ou hidrofracionamento. Alternativamen- te, o intermediário renovável pode ser misturado com outros materiais baseados em petróleo ou renováveis, a fim de diminuir o ponto de es- coamento da mistura, antes de rotear para uma unidade de FCC. Di- minuindo o ponto de escoamento para a faixa de -18 °C a 50 °C, vai ajudar a reduzir gelificação ou solidificação, que podem de outra ma- neira ocorrer antes do fracionamento em uma unidade de FCC.

[0022] Em alguns aspectos, condições suficientes para fracionar pelo menos uma porção do intermediário parafínico renovável ou mis- tura, compreendem reagir o intermediário ou mistura em uma unidade de fracionamento, tal como a unidade de fracionamento de fluido cata- lítico ou unidade de hidrofracionamento. Em alguns aspectos, condi- ções suficientes para fracionar pelo menos uma porção do intermediá- rio parafínico renovável ou mistura, compreendem contatar o interme- diário parafínico renovável ou mistura, com um catalisador de fracio-

namento de fluido catalítico, em um reator de fracionamento catalítico, em temperatura e pressão elevadas. Em alguns aspectos, a tempera- tura pode variar de 400 °C a 800 °C. Em outras modalidades, a tem- peratura pode variar de cerca de 475 °C a cerca de 600 °C, preferi- velmente de cerca de 490 °C a cerca de 600 °C, e mais preferivelmen- te de cerca de 500 °C a cerca de 550 °C. Em algumas modalidades, a pressão pode variar de mais do que 0 a 80 psig. Em outras modalida- des, a pressão pode variar de cerca de 5 a cerca de 80 psig, preferi- velmente de cerca de 10 a cerca de 55 psig. O catalisador pode ser um catalisador de aluminiossilicato, tal como um catalisador de zeólito, ou outro catalisador comumente usado, em um reator de fracionamen- to fluidizado. Em algumas modalidades, um catalisador para uma pro- porção de alimentação, pode variar de cerca de 2:1 a cerca de 20:1 em peso, preferivelmente de cerca de 4:1 a cerca de 10:1. Em alguns aspectos, um vapor de decapagem do reator/proporção de catalisador pode variar de cerca de 0,5 a cerca de 6 libras de vapor/1,000 libras de catalisador, preferivelmente cerca de 2 libras de vapor/1,000 libras de catalisador. Em algumas modalidades, a composição tem uma proporção de catalisador para estoque de alimentação variando de 2:1 a 10:1 em peso, e o intermediário parafínico renovável, ou mistura ali- mentado para o reator, tem um teor de oxigênio de menos do que 11%, e é substancialmente livre de ácidos graxos e/ou ésteres graxos. Em algumas modalidades, a quantidade da composição é mais do que 100 quilogramas.

[0023] Em uma modalidade específica, o fracionamento do inter- mediário parafínico renovável é realizado em um reator de leito fluidi- zado, com um catalisador feito de material finamente dividido, ou sóli- do particulado. Em um aspecto particular, o fracionamento do inter- mediário parafínico renovável é realizado em uma unidade de fracio- namento de fluido catalítico (FCC). Em uma unidade de fracionamen-

to de fluido catalítico, o catalisador é suspenso em uma zona de rea- ção pelo líquido de passagem, gás, e/ou vapor, através das partículas de catalisador. O intermediário parafínico renovável entra em contato com as partículas de catalisador fluidizado, que catalisam a reação de fracionamento. As condições de fracionamento (temperatura, pressão, proporção de catalisador para óleo) podem ser ajustadas, de maneira que o processo de fracionamento (rendimento, conversão, seletividade etc.) atende os requisitos de produção. Durante o processo de fracio- namento, coque (material carbonáceo sólido) vem a ser depositado nas partículas de catalisador. As partículas de catalisador são parci- almente desativadas pela deposição de coque, e podem ser transferi- das para uma zona de purificação, para remover hidrocarbonetos e gases absorvidos do catalisador. As partículas de catalisador purifica- do são transferidas para a zona de regeneração, para remoção de co- que oxidativo, usando ar ou ar enriquecido de oxigênio. As partículas de catalisador regenerado podem, depois, ser reintroduzidas na zona de reação para a catálise de fracionamento continuada. O processo de fracionamento pode envolver ciclicamente repetir as etapas de fra- cionamento e regeneração do catalisador, para continuamente produ- zir o produto de combustível de hidrocarboneto renovável. Em uma modalidade específica, o processo é executado continuamente por pe- lo menos 1 mês, preferivelmente por pelo menos 6 meses. Em várias modalidades, a etapa de reação ou fracionamento produz produto de combustível de hidrocarboneto renovável, em uma quantidade de pelo menos 100 litros por dia.

[0024] Com referência agora à Figura 1, um diagrama de fluxo é representado, com uma modalidade das etapas envolvidas na produ- ção de um produto de combustível de hidrocarboneto renovável, que pode ser ainda refinado ou ainda misturado, para produzir um produto misturado renovável, ou produto misturado parcialmente renovável,

por exemplo, gasolina renovável. Nesta modalidade, um estoque de alimentação renovável de base animal ou vegetal, tal como gordura, é submetido à hidrotratamento, isto é, clivagem de triglicerídeos e des- carboxilação de ácidos graxos, sob condições de hidrogenação reduto- ra. Componentes adicionais adicionados ao estágio de hidrotratamen- to, podem incluir diesel ou gás-óleo. O estoque de alimentação pode, opcionalmente, ser submetido à pré-tratamento, antes do hidrotrata- mento para melhorar o processo de hidrotratamento. O intermediário de hidrotratamento pode opcionalmente ser submetido à pré- tratamento, ou hidrotratamento de alimentação da unidade de fracio- nar, incluindo mistura com outros componentes de hidrocarboneto, tais como gás-óleo ou ATB’s (fundo da torre atmosférica). O intermediário resultante é transportado para uma unidade de fracionamento de fluido catalítico, e reagido com um catalisador de fracionamento, sob condi- ções de fracionamento apropriadas, para render um produto de com- bustível de hidrocarboneto renovável, com propriedades similares às dos componentes derivados de petróleo.

[0025] Alguns aspectos da descrição são direcionados para um produto de combustível de hidrocarboneto, em quantidades industrial- mente relevantes por fracionamento, preferivelmente fracionamento de fluido catalítico (FCC), de um estoque de alimentação intermediário renovável, como descrito aqui no presente, em que o estoque de ali- mentação intermediário renovável pode ser processado na unidade de fracionamento, essencialmente sozinho, ou co-processado como uma mistura com uma corrente de estoque de alimentação adicional. Em tais casos, o produto da unidade de fracionamento é um produto de combustível de hidrocarboneto renovável, produzido em uma quanti- dade industrialmente relevante, através do processo como descrito aqui no presente. Por quantidades industrialmente relevantes se quer dizer quantidades que estão no mercado do consumidor, em vez de quantidades na escala de laboratório. Em um exemplo, quantidades industrialmente relevantes são produzidas continuamente, em mais do que 100 litros de produto de combustível de hidrocarboneto renovável por dia, por um período de tempo de, pelo menos, um mês.

[0026] Em alguns aspectos, o produto de combustível de hidrocar- 14 boneto renovável tem uma proporção isotópica de C, característica de uma mistura de origens de petróleo e não petróleo, com pelo me- nos 1% em volume de origens de não petróleo, isto é, derivada do es- toque de alimentação intermediária renovável. Em alguns aspectos da invenção, o produto de combustível de hidrocarboneto renovável com- preende menos do que cerca de 5% de coque. Em algumas modali- dades, o produto de combustível de hidrocarboneto renovável tem um ponto de ebulição variando de 180 °C a 400 °C. Em alguns aspectos, o produto de combustível de hidrocarboneto renovável tem uma gravi- dade específica, entre cerca de 0,55 e cerca de 0,92, preferivelmente entre cerca de 0,72 e cerca de 0,92. Em algumas modalidades, o pro- duto de combustível de hidrocarboneto renovável tem um ponto de né- voa entre cerca de -20 °C e cerca de 50 °C. Em alguns aspectos, o produto de combustível de hidrocarboneto renovável tem uma propor- ção de isoparafina para parafina normal, de cerca de 0,0 a cerca de 9,0. Uma proporção de isoparafina para parafina normal de 0,0, cor- responde a um produto de combustível de hidrocarboneto renovável tendo essencialmente nenhuma isoparafina. O produto de combustí- vel de hidrocarboneto renovável, pode ter menos do que 20 ppm de Na, Ca, Mg, K, P, Mg, K, ou outros contaminantes. Em alguns aspec- tos, o produto de combustível de hidrocarboneto renovável tem menos do que 10 ppm de Na, Ca, Mg, K, P, Mg, K, ou outros contaminantes. Em alguns aspectos, o produto de combustível de hidrocarboneto re- novável pode ter um teor de enxofre de menos do que cerca de 0.2 % em peso, de um peso total do produto de combustível de hidrocarbo-

neto renovável. Em alguns aspectos, o ponto de congelamento do produto de combustível de hidrocarboneto renovável pode variar de - 50 °C a 50 °C. Em aspectos particulares, o ponto de congelamento do produto de combustível de hidrocarboneto renovável pode variar de - 20 °C a 40 °C.

[0027] O produto de combustível de hidrocarboneto renovável po- de ter um ponto de névoa e/ou ponto de congelamento mais baixos, do que um convencional, equivalente ao estoque de mistura baseada em petróleo. Em alguns aspectos, o produto de combustível de hidrocar- boneto renovável pode ser usado como um estoque de mistura, e combinado com um ou mais produtos de combustível de petróleo e/ou combustíveis renováveis. Mediante misturar com outros produtos, a mistura de materiais vai mudar as propriedades do produto de com- bustível de hidrocarboneto renovável, ou estoque de mistura. Exem- plos de combustíveis renováveis incluem, mas não estão limitados a etanol, propanol e butanol. Correntes baseadas em petróleo incluem, mas não são limitadas à gasolina, diesel, combustível de aviação, ou outras correntes de hidrocarboneto, obtidas pela refinação de petróleo. A quantidade de correntes baseadas em petróleo, com o produto de combustível de hidrocarboneto renovável, pode ser mais do que 0% a menos do que 99% em volume de produto de combustível de hidro- carboneto renovável. Essas quantidades podem também variar de mais do que 0% a menos do que 80%, mais do que 0% a menos do que 70%, mais do que 0% a menos do que 60%, mais do que 0% a menos do que 50%, mais do que 0% a menos do que 40%, mais do que 0% a menos do que 30%, mais do que 0% a menos do que 20%, e mais do que 0% a menos do que 10%, em cada caso em volume do produto de combustível de hidrocarboneto renovável. Em aspectos particulares, o produto de combustível de hidrocarboneto renovável é misturado, para produzir um produto selecionado de gasolina, combus-

tível de aviação, óleo do ciclo de luz, e diesel. O produto de combustí- vel de hidrocarboneto renovável, ou o produto misturado usado para produzir gasolina ou combustível de aviação, pode ter uma proporção de octano variando de 40 a 110, preferivelmente de 50 a 98. Em as- pectos particulares, a proporção de octano pode variar de 80 a 95. A proporção de octano é definida como a média de número de pesquisa do número de octano (RON), e número de octanos do motor (MON). Alguns aspectos da descrição são dirigidos para gasolina, compreen- dendo pelo menos 1% em volume do produto de combustível de hidro- carboneto renovável, produzido em uma quantidade industrialmente relevante. Alguns aspectos da descrição são dirigidos para combustí- vel de aviação, compreendendo pelo menos 1% em volume do produto de combustível de hidrocarboneto renovável, produzido em uma quan- tidade industrialmente relevante. Alguns aspectos da descrição são dirigidos para o óleo do ciclo de luz, compreendendo pelo menos 1% em volume do produto de combustível de hidrocarboneto renovável, produzido em uma quantidade industrialmente relevante.

[0028] O produto de combustível de hidrocarboneto renovável, po- de ser vendido ou adicionalmente processado. Exemplos de proces- samento adicional incluem mistura, hidroprocessamento, ou alquila- ção, pelo menos uma porção do produto de combustível de hidrocar- boneto renovável. O produto de combustível de hidrocarboneto reno- vável, pode ser separado em duas ou mais correntes de constituinte. Correntes de constituintes incluem, mas não são limitados a uma cor- rente de gás de combustível, uma corrente de etileno, uma corrente de propileno, uma corrente de butileno, uma corrente de LPG, uma cor- rente de nafta, uma corrente de olefina, uma corrente de diesel, uma corrente de gasolina, uma corrente de óleo do ciclo da luz, um com- bustível de aviação, corrente de fundos da unidade de caterpillar (pas- ta fluida/óleo de decantar), e outras correntes de hidrocarboneto. Em alguns aspectos, uma corrente constituinte pode ser ainda processa- da. Em modalidades específicas, uma corrente constituinte olefínica pode ser enviada para uma unidade de alquilação e/ou uma unidade de dimersol, para processamento adicional. Além disso, olefinas de correntes de constituintes, podem ser anda separadas e recuperadas para uso, plásticos e petroquímicos renováveis.

[0029] Em várias modalidades, o intermediário parafínico renová- vel descrito aqui no presente, ou o produto de combustível de hidro- carboneto renovável descrito aqui no presente, ou ambos, podem ser usados em infraestruturas existentes para equivalentes baseados em petróleo, sem necessidade de modificação das unidades físicas exis- tentes, incluindo oleodutos, unidades de retenção, e reatores.

[0030] Um "glicerídeo" é um éster de glicerol, e pelo menos ácido carboxílico. Glicerídeos incluem mono-, di-, e triglicerídeos. Os termos "um" e "uma" são definidos como um ou mais, a menos que esta des- crição explicitamente requeira de outra maneira. O termo "substanci- almente" é definido como sendo largamente, mas não necessariamen- te totalmente o que é especificado (e inclui totalmente o que é especi- ficado), como entendido pela pessoa de conhecimento comum na téc- nica. Em qualquer modalidade descrita, o termo "substancialmente" pode ser substituído por "dentro [uma percentagem] de" que é especi- ficado, em que a percentagem inclui .1, 1, 5, e 10 por cento. Os ter- mos "compreender" (e qualquer forma de compreender, tais como "compreende" e "compreendendo"), "ter" (e qualquer forma de ter, tais como "tem" e "tendo"), "incluir" (e qualquer forma de incluir, tais como "inclui" e "incluindo") e "conter" (e qualquer forma de conter, tais como "contem" e "contendo") são verbos de ligação ilimitada. Como um re- sultado, uma composição de catalisador que "compreende," "tem," "in- clui" ou "contém" um ou mais elementos, possui aqueles um ou mais elementos, mas não está limitada a possuir somente aqueles um ou mais elementos. Da mesma maneira, um elemento de um sistema ou composição que "compreende," "tem," "inclui" ou "contém" uma ou mais características, possui aquelas uma ou mais características, mas não está limitado a possuir somente aquelas uma ou mais característi- cas.

[0031] A característica ou características de uma modalidade, po- dem ser aplicadas a outras modalidades, muito embora não descritas ou ilustradas, a menos que expressamente proibido por esta descri- ção, ou a natureza das modalidades. Qualquer modalidade de qual- quer composição, sistema, ou processo divulgado, pode consistir de, ou consistir essencialmente de, em vez de compreen- der/incluir/conter/ter, qualquer um dos elementos e/ou características e/ou etapas descritas. Desse modo, em qualquer uma das reivindica- ções, o termo "consistindo de" ou "consistindo essencialmente de" po- de ser substituído por qualquer um dos verbos de ligação ilimitada mencionados acima, a fim de mudar o escopo de uma dada reivindica- ção, a partir do qual estaria de outra maneira usando o verbo de liga- ção ilimitada. Detalhes associados com as modalidades descritas aci- ma e outras, serão apresentados abaixo.

EXEMPLOS Exemplo 1- Estoque de alimentação de intermediário renovável produzido por hidrotratamento:

[0032] Em um processo de hidrotratamento, 100 bbl de um triglice- rídeo renovável reage com 1,800 scf/bbl de hidrogênio, para produzir 106 bbl de uma mistura de hidrocarbonetos. Em um processo de hi- drotratamento exemplar, 100 bbl de um triglicerídeo renovável produzi- rá 106 bbl de hidrocarbonetos, com uma gravidade específica de apro- ximadamente 0,78 e pequenas quantidades de gases de luz. O pro- cesso de hidrotratamento produz mais hidrocarbonetos por volume de unidade de triglicerídeo de partida, e não requer uma fonte de metanol adicional. Compostos contendo oxigênio são largamente convertidos em hidrocarbonetos, água, CO, e CO2 correspondentes. Exemplo 2- Caracterização e Comparação de Produtos de FCC Renovável:

[0033] Fracionando um alimento baseado em petróleo em uma FCC, rende uma quantidade maior de coque, quando comparado com um alimento intermediário renovável. O coque produzido (% em pe- so), durante o fracionamento de um alimento baseado em petróleo, é mais do que 6 % em peso. Por contraste, o fracionamento de um ali- mento intermediário renovável rende aproximadamente 2,2 % em peso de coque. Como um resultado da produção de coque reduzida, o in- termediário renovável pode ser alimentado para a unidade de fracio- namento em uma taxa mais alta, a unidade de fracionamento pode ser operada em condições de reação mais rigorosas, e a proporção de catalisador para óleo pode ser aumentada, o que poderá resultar na conversão do produto aumentada. Tabela 1 Rendimentos de FCC Baseados em Petróleo vs. Intermediá- rio Renovável Rendimentos de FCC Basea- Rendimentos de FCC de Intermediá- dos em Petróleo rio Renovável % de Volume % de Volume Líquido Líquido LPG 33,4 LPG 39,2 Gasolina 47,1 Gasolina 40,4 LCO 21,8 LCO 35,4 Pasta Fluida 6,0 Pasta Fluida 1,4 Coque, % em 6,3 Coque, % em peso 2,2 peso Total 108,3 Total 116,4

[0034] A implementação dos métodos de produção de hidrocarbo- neto renovável, descritos aqui no presente, apresenta uma abordagem economicamente viável, ambientalmente favorável, para o suplemento atual dos métodos de produção de combustível baseado em petróleo. Os métodos descritos aqui no presente, demonstram condições de processo desejáveis, e possibilitam a aquisição de créditos de regula- mento ambiental valiosos para usar e vender.

[0035] As reivindicações não devem ser interpretadas, como inclu- indo limitações das funções de meios-mais- ou etapa-mais, a menos que tal limitação seja explicitamente mencionada em uma dada reivin- dicação, usando a(s) frase(s) "meios parar" ou "etapa parar," respecti- vamente.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Processo para produzir um produto de combustível de hidrocarboneto renovável, caracterizado pelo fato de que o processo compreende as etapas de: hidrotratamento de um estoque de alimentação renovável para produzir um intermediário parafínico renovável; opcionalmente ligar pelo menos 1% em volume do dito in- termediário parafínico renovável, com um alimento adicional para pro- duzir uma mistura; e reagir o dito intermediário parafínico renovável ou a dita mistura, contendo pelo menos 1% em volume do dito intermediário pa- rafínico renovável em uma zona de reação, sob condições suficientes para fracionar pelo menos uma porção do dito intermediário parafínico renovável, ou a dita mistura, a fim de produzir um produto de combus- tível de hidrocarboneto renovável.

2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zado pelo fato de que ainda compreende a etapa de, pelo menos par- cialmente isomerizar o dito intermediário parafínico renovável, antes da dita etapa de reação.

3. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zado pelo fato de que ainda compreende a etapa de pré-tratamento do dito estoque de alimentação renovável.

4. Processo de acordo com a reivindicação 3, caracteri- zado pelo fato de que ainda compreende a etapa de ligação do dito estoque de alimentação renovável, com um estoque de alimentação de petróleo, antes ou durante a dita etapa de pré-tratamento.

5. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zado pelo fato de que ainda compreende a etapa de ligar o dito esto- que de alimentação renovável, com um estoque de alimentação de petróleo, antes ou durante da dita etapa de hidrotratamento.

6. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zado pelo fato de que a dita etapa de reação compreende fraciona- mento de fluido catalítico.

7. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zado pelo fato de que as condições suficientes para fracionar, pelo menos uma porção do dito intermediário parafínico renovável ou mistu- ra, compreendem uma temperatura de reação variando de 400 °C a 800°C.

8. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zado pelo fato de que em condições suficientes para fracionar, pelo menos uma porção do dito intermediário parafínico renovável ou mistu- ra, compreendem uma pressão de reator variando a partir de mais do que 0 a 80 psig.

9. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zado pelo fato de que ainda compreende a etapa de ligar o dito inter- mediário parafínico renovável, com um alimento baseado em petróleo, para produzir um intermediário parafínico renovável ou mistura.

10. Processo de acordo com a reivindicação 9, caracteri- zado pelo fato de que o dito alimento de intermediário parafínico reno- vável, misturado com o dito alimento baseado em petróleo, é em uma faixa selecionada de mais do que 0% e menos do que 99%, mais do que 0% e menos do que 80%, mais do que 0% e menos do que 70%, mais do que 0% e menos do que 60%, mais do que 0% e menos do que 50%, mais do que 0% e menos do que 40%, mais do que 0% e menos do que 30%, mais do que 0% e menos do que 20%, ou mais do que 0% e menos do que 10% em volume do dito intermediário parafí- nico renovável.

11. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zado pelo fato de que ainda compreende a etapa de ligação do dito produto de combustível de hidrocarboneto renovável, com um produto de combustível de petróleo, e/ou com um ou mais combustíveis reno- váveis.

12. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zado pelo fato de que ainda compreende a etapa de separar o dito produto de combustível de hidrocarboneto renovável, em duas ou mais correntes de constituinte.

13. Processo de acordo com a reivindicação 12, caracteri- zado pelo fato de que as ditas duas ou mais correntes constituintes, compreendem pelo menos duas ou mais correntes de gás de combus- tível, uma corrente de etileno, uma corrente de propileno, uma corrente de butileno, uma corrente de LPG, uma corrente de nafta, uma corren- te de olefina, uma corrente de diesel, uma corrente de gasolina, uma corrente de óleo do ciclo de luz, uma corrente de combustível de jate- amento, e uma corrente de fundos de uma unidade de caterpillar (pas- ta fluida/óleo de decantar).

14. Processo de acordo com a reivindicação 13, caracteri- zado pelo fato de que, pelo menos uma corrente constituinte é uma corrente de olefina, e ainda compreendendo a etapa de alimentação da dita corrente de olefina, para uma unidade de alquilação e/ou uma unidade de dimersol.

15. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zado pelo fato de que, o dito intermediário parafínico renovável com- preende propano.

16. Processo de acordo com a reivindicação 15, caracteri- zado pelo fato de que ainda compreende a etapa de separar o dito propano do dito intermediário parafínico renovável, e alimentando o dito propano separado, para uma unidade de fracionamento.

17. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zado pelo fato de que o dito intermediário parafínico renovável com- preende n-butano.

18. Processo de acordo com a reivindicação 17, caracteri- zado pelo fato de que ainda compreende a etapa de separar o dito n- butano do dito intermediário parafínico renovável, e isomerizando o dito n-butano em isobutano.

19. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zado pelo fato de que a dita etapa de reação, é realizada na ausência de uma etapa de pré-tratamento de remoção de enxofre do intermediá- rio parafínico renovável.

20. Produto de combustível de hidrocarboneto renovável, caracterizado pelo fato de que é produzido em uma quantidade indus- trialmente relevante, através do processo como definido na reivindica- ção 1.

21. Produto de combustível de hidrocarboneto renovável, caracterizado pelo fato de que tem uma característica de proporção isotópica 14C de uma mistura de petróleo, e pelo menos 1% em volume de origem de não petróleo, e compreendendo menos do que cerca de 5% em coque.

22. Gasolina, caracterizada pelo fato de que compreende, pelo menos 1% em volume, do produto de combustível de hidrocarbo- neto renovável como definido na reivindicação 21.

23. Combustível de aviação, caracterizado pelo fato de que, compreende pelo menos 1% em volume, do produto de combus- tível de hidrocarboneto renovável como definido na reivindicação 21.

24. Óleo do ciclo de luz ou diesel, caracterizado pelo fato de que compreende pelo menos 1% em volume do produto de com- bustível de hidrocarboneto renovável como definido na reivindicação

21.

25. Produto de acordo com a reivindicação 21, caracteri- zado pelo fato de que o dito produto de combustível de hidrocarboneto renovável, tem uma classificação (avaliação) de octano, variando de cerca de 40 a cerca de 110.

26. Produto de acordo com a reivindicação 21, caracteri- zado pelo fato de que o dito produto de combustível de hidrocarboneto renovável, tem uma gravidade específica entre cerca de 0,55 e cerca de 0,92.

27. Produto de acordo com a reivindicação 21, caracteri- zado pelo fato de que o dito produto de combustível de hidrocarboneto renovável, tem um teor de enxofre de menos do que cerca de 0,2% em peso, de um peso total do dito produto de combustível de hidrocarbo- neto renovável.

28. Produto de acordo com a reivindicação 21, caracteri- zado pelo fato de que o dito produto de combustível de hidrocarboneto renovável, tem um ponto de névoa entre cerca de -20°C e cerca de 50°C.

29. Produto de acordo com a reivindicação 21, caracteri- zado pelo fato de que o dito produto de combustível de hidrocarboneto renovável, tem uma proporção de isoparafina, para parafina normal, de cerca de 0,0 a cerca de 9,0.

30. Produto de hidrocarboneto renovável misturado, ca- racterizado pelo fato de que compreende um produto de combustível de hidrocarboneto renovável, que tem uma característica de propor- 14 ção isotópica de C, de uma mistura de petróleo, e pelo menos 1% em volume de origem de não petróleo, e compreendendo menos do que cerca de 5% coque, e um segundo componente compreendendo pelo menos um de um ou mais produtos de combustível de petróleo, e um ou mais combustíveis renováveis.

31. Processo para produzir um produto de combustível de hidrocarboneto renovável, caracterizado pelo fato de que o processo compreende as etapas de: hidrotratamento de um estoque de alimentação renovável,

para produzir um intermediário parafínico renovável; mistura de pelo menos 1% em volume do dito intermediário parafínico renovável, com um alimento adicional para produzir uma mistura; destilação da dita mistura para produzir pelo menos uma fração destilada, tendo pelo menos 1% em volume do dito intermediá- rio parafínico renovável; e reagir a dita pelo menos uma fração destilada, em uma zo- na de reação, sob condições suficientes para fracionar pelo menos uma porção da dita pelo menos uma fração destilada, para produzir um produto de combustível de hidrocarboneto renovável.

32. Processo de acordo com a reivindicação 31, caracteri- zado pelo fato de que o alimento adicional é um alimento baseado em petróleo.