BR112020004259A2 - metralhadora - Google Patents

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BR112020004259A2
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Damien Nicole Freddy Verhaegen
Robert Beckers
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Abstract

A presente invenção se refere a uma metralhadora (1) compreendendo um corredor de alimentação que compreende uma superfície principal de deslizamento (3) de uma cinta (5) de munição, faces laterais (8,23) que guiam, em utilização, a cinta (5) de munição (18) e uma ou mais superfícies de retenção (25,29) da cinta (5) posicionadas no bordo superior das faces laterais (8,23), as referidas superfícies de retenção (25,29) estando voltadas para a superfície de deslizamento (3) e as referidas superfícies de retenção (29,25) sendo abertas, de maneira a permitir a introdução da cinta (5) de munições (18).

Description

Relatório — descritivo da patente de invenção para “METRALHADORA” Objeto da Invenção
[0001] A presente invenção se refere a uma metralhadora, ao sistema de alimentação e à carcaça de uma tal metralhadora.
Estado da técnica
[0002] A ergonomia de uma arma é um conceito bastante particular no sentido em que ela reúne uma determinada quantidade de critérios, desde a massa e o volume de uma arma a pegá-la nas mãos em condições de tiro e manuseio. É geralmente aceito que uma arma dotada de melhor ergonomia é uma arma que permite a seu usuário desempenhar melhor seu papel dentro de sua unidade. Um melhoramento da ergonomia da arma pode se traduzir de diferentes maneiras no terreno. Ela pode levar a um aumento da mobilidade do usuário, um melhoramento da disponibilidade da arma no terreno, uma facilitação da utilização da arma...
[0003] Se entende por metralhadora uma arma de fogo capaz de disparar uma cinta de munição, por oposição às armas de fogo alimentadas a partir de um carregador (fuzil ou pistola). A cinta de munição consiste em uma série de cartuchos ligados entre eles por elos, os referidos elos se destacando uns dos outros, logo que os cartuchos são extraídos deles.
[0004] A carcaça de uma metralhadora é a peça central da arma, que serve tanto de elemento estrutural principal, como também de base de referência para o posicionamento de todas as peças acrescentadas ou montadas que realizam o ciclo de funcionamento da arma.
[0005] Na maioria das metralhadoras, as funções relacionadas com a alimentação por cinta estão presentes na parte superior da arma. À cinta de munição sendo colocada manualmente em um corredor de alimentação antes de ser retida por diferentes elementos presentes na tampa de alimentação. A principal vantagem desta configuração é a de que ela facilita os manuseios de rearmamento e a resolução de incidentes de disparos tanto pelo posicionamento horizontal do corredor de alimentação como pela boa acessibilidade, tanto visual como ao toque, de elementos que realizam as funções de alimentação.
[0006] Uma desvantagem desta arquitetura é a de, estando os sistemas de mira posicionados por cima do cano, ser necessário integrá-los parcialmente (elementos de mira mecânicos com visor de ponto de mira) ou completamente (elementos de mira modulares montados através de um trilho padrão Picatinny) sobre a tampa de alimentação da arma. Daí resulta alguma imprecisão de alinhamento do ponto de mira e o ponto de impacto de projéteis devido à incerteza sobre o reposicionamento da tampa de alimentação a cada abertura e fechamento desta.
[0007] Uma outra desvantagem é a impossibilidade de utilização de certos elementos óticos (mira longa de forte ampliação, intensificador de luz, visão noturna...) devido ao volume adicional da ótica principal de mira quando a tampa de alimentação está na posição aberta. Na verdade, para as metralhadoras de alimentação por cima de tampa longa, as miras são diretamente montadas sobre a tampa o que implica que na abertura desta a mira é ela também basculante, o que obriga a deslocar para a frente os dispositivos do tipo intensificador de luz. Estes últimos não sendo mais montados diretamente na frente da mira, mas mais adiante com um espaço entre as duas óticas favorece poluição tanto ótica (reflexos de uma fonte luminosa) como física (poluição por areia, lama...).
[0008] Em seguida ao disparo de um grande número de munições em um tempo limitado, o cano aquece muito. Uma outra desvantagem da montagem de óticas sobre as tampas longas é a de, quando a tampa é mantida aberta, a ótica ficar orientada na direção do cano. Neste caso, o calor do cano é transmitido para a ótica o que pode a degradar substancialmente, não estando ela prevista para suportar temperaturas tão elevadas. Para evitar isso, é necessário colocar um defletor de calor (heatshield) entre o cano e a ótica que vai pesar na metralhadora.
[0009] Em certas metralhadoras (como a metralhadora IMI Negev) se escolheu limitar ao máximo o comprimento da tampa de alimentação. Isto permite reduzir as desvantagens anteriormente citadas com relação à montagem das óticas sobre a traseira da carcaça, mas isso restringe muito o comprimento das óticas compatíveis com a arma. Na verdade, neste caso, é necessário que a ótica não passe por cima da tampa de alimentação para permitir a abertura desta última. Esta limitação se aplica também ao alinhamento de vários elementos de óticas (intensificador de luz na frente de um elemento de mira clássico...), o elemento da frente deve, neste caso, ou ser montado sobre a tampa (o que reduz as desvantagens anteriormente citadas com relação às limitações de elementos de mira montados diretamente sobre a tampa de alimentação), ou ser montado na frente da tampa de alimentação o que afasta consideravelmente os dois dispositivos óticos.
[0010] Para contornar estes problemas, em certas armas foram propostas arquiteturas alternativas posicionando as funções de alimentação quer na parte inferior da arma (como as metralhadoras HK 21 e HK 23, XM 248), quer sobre o lado da arma com um corredor de alimentação vertical (metralhadora leve 7,92mm t44, M60 de alimentação lateral dos Estados Unidos). Estas duas alternativas apresentam grandes desvantagens no que respeita às operações de mudança de cintas bem como à resolução de incidentes de disparos. Quando a alimentação se faz por baixo, a acessibilidade de elementos de avanço da cinta bem como da câmera é muito limitada o que complica as operações de verificação da câmera vazia,
bem como a resolução de problemas relacionados com a alimentação ou a extração.
[0011] Quando a alimentação é lateral com um corredor de alimentação vertical, os problemas encontrados consistem essencialmente no posicionamento de uma nova cinta de munição. Na verdade, ela terá muitas vezes a tendência de se mover ou mesmo cair antes que o operador tenha tempo de fechar a tampa da arma. Estas várias desvantagens são muito penalizantes porque as operações de rearmamento ou de resolução de incidentes de disparos podem surgir no pior momento (em pleno envolvimento, sob fogo inimigo) e se traduzirem em perda de poder de fogo por um tempo mais ou menos longo.
[0012] Habitualmente, a carcaça de uma metralhadora é feita por montagem de componentes intermédios. O objetivo é poder realizar com precisão a usinagem de acabamento das diferentes peças antes de montá-las. Os diferentes componentes têm uma forma “aberta” que permite O acesso às ferramentas de corte (para fresagem ou torneamento). Para as metralhadoras esta abertura é geralmente praticada na parte superior da carcaça porque esta será coberta pela tampa de alimentação que é amovível para permitir a colocação de uma nova cinta.
[0013] No contexto de uma metralhadora, este tipo de montagem necessita da utilização de aço. Na verdade, para manter rigidez suficiente e evitar as zonas enfraquecidas nos pontos de montagem, é frequentemente necessário um material com um módulo de Young e um limite elástico suficientes. Isto é agravado pelo fato de que uma metralhadora deve manter um volume de fogo mais importante do que as outras armas o que implica um aumento da temperatura da arma e, portanto, uma degradação da performance dos materiais. Por razões tanto históricas como econômicas, o material preferido para esta aplicação sempre foi o aço. A principal consequência da escolha do aço para a carcaça da metralhadora é um aumento substancial do peso da arma. Por causa disso, as metralhadoras são geralmente substancialmente mais pesadas que as outras armas de ombro utilizadas pelas unidades de infantaria o que penaliza substancialmente a mobilidade do conjunto da unidade.
[0014] Além disso, para uma metralhadora, a ejeção de elos é geralmente realizada pela dinâmica da cinta em movimento: quando a cinta é empurrada por seu mecanismo de avanço, o elo liberado de seu cartucho é direcionado para sua janela de ejeção para fora da carcaça. Em particular, uma vez alimentado o último cartucho, restam 2 elos para ejetar. Não está previsto qualquer mecanismo para este caso particular do último cartucho.
[0015] O risco principal deste modo de funcionamento é o de permitir a um elo reentrar no interior da carcaça por intermédio da abertura do corredor de alimentação que permite a passagem do ferrolho e do cartucho. Se um elo retornar para o interior da carcaça, ele vai provocar um incidente de disparo bloqueando o movimento e o mecanismo das peças compreendidas no interior da arma. Este risco aumenta se o corredor de alimentação da metralhadora estiver inclinado relativamente à horizontal: a gravidade pode então dirigir o elo para a abertura do corredor de alimentação.
[0016] Um segundo problema é o de que o último elo geralmente permanece sobre o corredor de alimentação, o soldado deve habitualmente “limpar” este antes de posicionar uma nova cinta, havendo, consequentemente, uma perda de tempo associada.
[0017] Por fim, nas metralhadoras da técnica anterior, nada mantém a cinta perfeitamente (segundo 6 graus de liberdade) sobre o corredor de alimentação quando a tampa está aberta. O recarregamento de uma metralhadora se efetua frequentemente com uma mão sobre o punho,
a segunda mão livre devendo abrir a tampa e depois posicionar a cinta sobre esta, antes de a soltar para fechar a tampa. Esta operação de carregamento se efetua frequentemente sob estresse, devido a uma posição vulnerável sem munição em posição pronta para disparar. Se durante esta operação a metralhadora se mover, com seu corredor de alimentação inclinado, há um risco de a cinta não ficar corretamente posicionada uma vez fechada a tampa. A operação de carregamento será então seguida de um incidente de disparo (sem sinal para disparar).
[0018] Em — resumo, as metralhadoras convencionais apresentam as seguintes principais desvantagens: - A tampa móvel disposta na parte superior da arma impede o posicionamento fiável de acessórios fixos tais como uma mira; - No final da cinta, um ou vários elos geralmente permanecem no corredor e o atirador deve geralmente remover estes elos antes de poder recarregar; - A má remoção de um elo pode causar um incidente de disparo bloqueando o mecanismo de recarregamento; - O posicionamento da cinta, e em particular o posicionamento do primeiro cartucho é pouco preciso e pode também causar incidentes de disparo; - Não estando a cinta retida, o usuário deve retê-la até ao fechamento da tampa, o que obriga à utilização das duas mãos.
Sumário da Invenção
[0019] Um primeiro aspeto da invenção se refere a uma metralhadora compreendendo um corredor de alimentação por cinta de munições e uma tampa do corredor de alimentação cujo movimento de fechamento induz um ajuste da posição longitudinal da cinta de munição no corredor de alimentação.
[0020] Vantajosamente, o ajuste da posição longitudinal da cinta no corredor é obtido através de um elemento que permite empurrar a cinta no corredor de alimentação durante o movimento de fechamento da tampa, e permite a passagem da cinta durante os ciclos de disparo posteriores (lingueta antirretorno).
[0021] De preferência, a lingueta antirretorno está integrada na tampa, e o movimento de fechamento da referida tampa compreende uma componente paralela ao referido corredor de alimentação, de modo a permitir um ajuste preciso da primeira munição.
[0022] Vantajosamente, a componente paralela ao movimento de fechamento da tampa é obtida por um eixo de rotação da tampa secante relativamente ao plano do corredor de alimentação.
[0023] Vantajosamente, o corredor de alimentação e sua tampa estão dispostos lateralmente, inclinados relativamente à vertical, o eixo de abertura da tampa sendo essencialmente vertical.
[0024] De preferência, a metralhadora de acordo com a invenção compreende, em sua face superior, uma interface fixa de montagem de acessório, esta interface podendo, de preferência, compreender um trilho do tipo Picatinny.
[0025] De maneira alternativa, um sistema de bielas acionando a lingueta antirretorno está integrado na carcaça ou na tampa para empurrar a cinta para sua posição de carregamento durante o fechamento da tampa. Neste caso, a ou as bielas acionando a lingueta podem por exemplo ser colocadas em movimento por um botão ou uma alavanca saliente da carcaça ou da tampa acionada pelo fechamento.
[0026] Em uma outra alternativa, uma superfície inclinada saliente na face interna da tampa ou da carcaça aciona uma peça móvel na face interna complementar, a referida peça móvel tendo um movimento paralelo ao movimento da cinta e permitindo ajustar a posição desta.
[0027] Um segundo aspeto da invenção se refere a um mecanismo de alimentação de uma arma de fogo alimentada por uma cinta de munição compreendendo um mecanismo de ejeção dos dois últimos elos da referida cinta.
[0028] Vantajosamente, este mecanismo compreende uma lingueta móvel empurrando o penúltimo elo e acionada pelas peças móveis da metralhadora.
[0029] De preferência, a lingueta móvel de ejeção dos dois últimos elos é solidária com o mecanismo de tração da cinta.
[0030] Vantajosamente, o mecanismo de tração da cinta compreende uma lingueta móvel que empurra, em utilização, uma munição, a referida lingueta empurrando a munição e a lingueta de ejeção dos dois últimos elos sendo acionados por uma mesma alavanca acionada pelo movimento das peças móveis da metralhadora.
[0031] A lingueta de ejeção dos dois últimos elos e a lingueta de avanço podem ser feitas em uma só peça ou ser separadas. De preferência, serão duas peças girando em torno de um mesmo eixo e solidarizadas através de uma peça elástica tal como uma mola ou uma mola de lâmina.
[0032] De maneira alternativa, o mecanismo de tração da cinta compreende uma estrela que engrena, em utilização, nos cartuchos e o mecanismo de ejeção dos dois últimos elos compreende uma segunda estrela que engrena, em utilização, nos elos. De preferência, as duas estrelas giram em torno de um mesmo eixo. Vantajosamente, a ligação entre as duas estrelas é garantida por um elemento que pode se deformar de maneira elástica tal como uma mola de torção ou uma cavilha de matéria elástica (elastômero) atravessando a estrela de avanço da cinta e a estrela de ejeção.
[0033] De maneira alternativa, ou em combinação com a lingueta de ejeção ou a estrela de ejeção dos dois últimos elos, os meios de ejeção dos dois últimos elos compreendem uma garra flexível montada em uma mola e empurrando o último elo para o ejetar.
[0034] De preferência, a garra flexível é montada em uma mola cuja energia serve para a ejeção do último elo.
[0035] Vantajosamente, a parte que serve para a ejeção do elo da garra flexível somente entra em contato com um elo quando este elo não está ligado a uma munição. Para fazer isso, por exemplo, a garra é retida em uma posição intermédia, quando uma munição está presente, pela lingueta antirretorno que ocupa uma posição extrema quando ela não se apoia mais sobre uma munição (isto é, no final da cinta).
[0036] De preferência a garra flexível está ligada elasticamente a válvulas de retenção dos elos e da munição no corredor de alimentação.
[0037] Vantajosamente, a garra flexível está ligada a um indicador de presença de uma munição em posição no corredor de alimentação.
[0038] Um terceiro aspeto da invenção se refere a uma metralhadora compreendendo um corredor de alimentação compreendendo uma superfície principal de deslizamento de uma cinta de munição, faces laterais que guiam, em utilização, a cinta de munição e uma ou mais superfícies de retenção da cinta posicionadas no bordo superior das faces laterais, as referidas superfícies de retenção estando voltadas para a superfície de deslizamento e as referidas superfícies de retenção sendo abertas, de maneira a permitir a introdução da cinta de munição.
[0039] Vantajosamente, pelo menos uma ou mais superfícies de retenção é retrátil, deixando livre pelo menos um bordo superior das faces laterais, de maneira a facilitar o posicionamento de uma cinta de munição.
[0040] De maneira alternativa, a ou as superfícies de retenção são estreitas e elásticas, permitindo uma introdução “em força” da cinta.
[0041] De preferência, a ou as superfícies de retenção da cinta pertencem a corrediças ao longo dos bordos superiores das faces laterais do corredor de alimentação, pelo menos uma destas corrediças sendo retrátil.
[0042] Vantajosamente, a ou as corrediças retráteis são mantidas ao longo das faces laterais do corredor de alimentação por meios elásticos.
[0043] De preferência, a ou as corrediças retráteis possuem uma interface superior inclinada permitindo a colocação da cinta de munição por simples pressão desta contra a superfície inclinada da corrediça.
[0044] Vantajosamente, a ou as corrediças retráteis possuem um chanfro na parte correspondente à entrada da cinta no corredor de alimentação permitindo a remoção de uma cinta de munições por torção da cinta.
[0045] Um quarto aspeto da invenção se refere a uma arma de fogo compreendendo um corpo de carcaça apresentando uma geometria essencialmente tubular.
[0046] Vantajosamente, a arma de fogo compreende um corredor de alimentação e uma tampa dispostos lateralmente, inclinados para o exterior relativamente à vertical, o eixo de abertura da tampa sendo essencialmente vertical.
[0047] De preferência, a arma de fogo de acordo com a invenção compreende, em sua face superior, uma interface fixa de montagem de acessório, esta interface podendo de preferência compreender um trilho do tipo Picatinny.
[0048] Note-se que todos estes aspetos da invenção são compatíveis entre eles e todos contribuem para proporcionar facilidade de colocação da cinta no corredor de alimentação, esvaziando-o ao disparar a última munição, mantendo a cinta no corredor com a tampa aberta, posicionando corretamente a cinta ao fechar-se a tampa e posicionado a alimentação lateralmente.
Breve descrição das figuras
[0049] A figura | representa uma vista lateral de uma metralhadora de acordo com a invenção.
[0050] A figura 2 representa uma vista em perspectiva de um exemplo de corredor de alimentação de acordo com a invenção, a tampa aberta, uma cinta de munição colocada.
[0051] A figura 3 representa uma vista em perspectiva de um exemplo de corredor de alimentação de acordo com a invenção, tampa aberta, sem cinta de munição.
[0052] A figura 4 representa uma vista em corte de um dispositivo de acordo com a invenção, a tampa estando parcialmente fechada.
[0053] A figura 5 representa uma vista em corte do dispositivo da figura 4, a tampa fechada.
[0054] As figuras 6 a 8 representam vistas em corte do dispositivo da figura 4 durante um ciclo de disparos e rearmamento de uma metralhadora da invenção.
[0055] As figuras 9 a 12 representam vistas em corte do dispositivo da figura 4 durante o ciclo de disparos do último cartucho de uma cinta de munição de uma metralhadora da invenção.
[0056] A figura 13 representa uma vista vertical de um corredor de alimentação compreendendo meios de retenção da cinta de acordo com a invenção.
[0057] A figura 14 representa uma garra de avanço da cinta e de ejeção do último elo de acordo com um exemplo da invenção.
[0058] A figura 15 representa um exemplo de carcaça de metralhadora de acordo com a invenção.
[0059] A figura 16 representa uma vista explodida de um corredor de alimentação de acordo com a invenção.
[0060] A figura 17 representa uma vista explodida de uma tampa de corredor de alimentação de acordo com a invenção
[0061] A figura 18 representa uma vista em perspectiva de um outro exemplo de corredor de alimentação compreendendo meios de reposicionamento da cinta.
[0062] A figura 19 representa uma vista explodida do corredor da figura 18
[0063] As figuras 20 e 21 representam vistas em corte do dispositivo compreendendo o corredor das figuras 18 e 19, mostrando o movimento induzido pelo fechamento da tampa.
Descrição detalhada da invenção
[0064] A presente descrição descreve essencialmente um exemplo de arma implementando o conjunto de aspetos da presente invenção. O perito na técnica compreenderá facilmente que os diferentes aspetos da invenção, ainda que utilizáveis separadamente, apresentam sinergias que surgirão claramente em vista deste exemplo e de algumas variantes descritas.
[0065] Na presente descrição, se nomeará “última munição” aquela que está na extremidade da cinta, quer em posição, quer pronta a ser alimentada. Os elos serão obviamente nomeados da mesma forma.
[0066] O termo longitudinal, quando se refere a um corredor de alimentação, ou ao movimento de uma cinta de munições, se refere ao sentido de deslocamento de alimentação da cinta, o cano estando, portanto, na direção transversal relativamente ao sentido longitudinal de alimentação da arma.
[0067] A figura 1 representa um exemplo de metralhadora de acordo com a invenção. Esta metralhadora apresenta uma alimentação lateral permitindo a utilização de um trilho do tipo Picatinny 21, contínuo e fixo sobre o cimo do corpo da carcaça 22. Por cimo, se entende a parte superior quando a arma é utilizada segundo uma posição convencional. Naturalmente, podem ser utilizados outros tipos de interfaces de fixação de acessórios.
[0068] A figura 2 representa uma vista em perspectiva do corredor de alimentação com uma cinta de munição 5 posicionada, a tampa 2 aberta. Esta tampa compreende meios de fechamento 19 cooperando com meios correspondentes na carcaça 22.
[0069] A figura 3 representa o mesmo corredor sem a cinta de munição 5, o que permite distinguir as linguetas 15 e 14, empurrando respectivamente na parte anterior da penúltima munição e na parte central do penúltimo elo. Estas linguetas 14, 15 se projetam da superfície de deslizamento 3 da cinta de munição 5. Como se verá mais adiante, a posição central da lingueta 14 permite ejetar o último elo.
[0070] Se observa também nestas figuras que a superfície de deslizamento 3 do corredor de alimentação e a superfície correspondente da tampa 2 estão inclinadas de 45º, enquanto o eixo 4 comum a estes dois conjuntos está vertical. Esta disposição secante do eixo de rotação da tampa relativamente ao plano de deslizamento das munições permite à tampa ter uma componente de movimento, durante o fechamento, paralela ao movimento de deslizamento das munições 18.
[0071] Esta componente horizontal permite a uma lingueta antirretorno 12 empurrar a penúltima munição (ou melhor, aqui na parte central do penúltimo elo. Este movimento de posicionamento está melhor ilustrado nos cortes das figuras 4 e 5.
[0072] Na figura 4, a tampa não está ainda fechada e a cinta repousa sobre as linguetas de avanço da cinta 16, 15. Estas linguetas 15,16, livres para girar em torno de seu eixo, não permitem um posicionamento preciso da cinta 5. Em particular, vê-se na figura 4 um posicionamento muito baixo da última munição (isto é, a munição não está “em posição” posicionada no meio da abertura do corredor de alimentação). Por fim, a posição das linguetas de avanço depende da posição do ferrolho 17 e das peças móveis, que não é unívoca durante a colocação da cinta, em particular no caso de arma operando com a culatra aberta: o ferrolho 17 pode estar em posição frontal, a câmera vazia e trancada, ou o ferrolho 17 está em posição traseira, a câmera vazia. Segundo o caso, (e segundo os mecanismos de acionamento da cinta) as linguetas 14, 15, 16 de avanço estarão em posições diferentes.
[0073] Se observa na figura 5 que, após o fechamento da tampa, a pressão da lingueta antirretorno 12 na penúltima munição permitiu reposicionar corretamente a cinta 5.
[0074] Note-se que o reposicionamento da cinta pode ser obtido de outras formas, o essencial sendo que o movimento de fechamento da tampa pode induzir um movimento de reajuste da cinta paralelo ao deslizamento desta.
[0075] Um tal exemplo alternativo está representado para um corredor de alimentação 100 horizontal nas figuras 18 a 21. Neste exemplo, a cinta 5 desliza sobre uma superfície horizontal 102 e está corretamente posicionada por linguetas antirretorno 101 acionadas pelo fechamento da tampa 107. Para este fim, as linguetas antirretorno 101 são fixadas em uma corrediça 103 compreendendo uma superfície inclinada 105 cooperando com uma superfície inclinada correspondente 106 sobre a tampa 107.
[0076] Em todos os casos, durante o movimento da cinta induzido pelo mecanismo de avanço da cinta, as linguetas antirretorno 101, 12 podem se retirar para deixar passar as munições 18 sucessivas no sentido normal de alimentação.
[0077] O posicionamento lateral de alimentação das figuras 2 a 12, bem como o sentido de abertura da tampa 2 e do corredor de alimentação segundo um eixo vertical permite também liberar a face superior da carcaça, e permite a fixação de um trilho fixo 21 em um corpo de carcaça 22 essencialmente tubular.
[0078] A inclinação a 45º do plano de deslizamento 3 do corredor de alimentação apresenta a vantagem já citada de permitir, em combinação com o eixo de rotação 4 da tampa vertical, o ajuste da munição em posição. Além disso, esta inclinação permite facilitar o posicionamento da cinta, enganchando a cinta nas linguetas de avanço 14, 15, 16 quer mantendo a arma vertical (o que não é possível para as armas de corredor de alimentação vertical), quer inclinando a arma apenas 45º para posicionar o corredor horizontal. Se entende que são possíveis outros ângulos de inclinação, desde que se limite suficientemente o volume lateral, e que a componente horizontal do plano de deslizamento 3 seja suficiente para que se possa colocar a cinta de forma estável sobre as linguetas de avanço 14, 16 sem inclinar a arma. Ângulos de inclinação razoável estão compreendidos entre 20 e 70º, de preferência entre 30 e 60º.
[0079] As figuras 5 a 8 ilustram o funcionamento do sistema de alimentação do exemplo da invenção. Neste exemplo, a metralhadora funciona segundo um ciclo dito “de culatra aberta”, ou seja, um dispositivo que, quando não está disparando, o ferrolho 17 e as peças móveis estão na posição traseira, a câmera aberta e vazia. O ciclo completo de um tiro é então o seguinte: O acionamento do gatilho libera as peças móveis e o ferrolho 17, que introduz na passagem, através de seu ressalto 20 uma munição 18 na câmera. No final do movimento para a frente, o ferrolho é travado no anel de travamento, na traseira da câmera do cano. Este movimento para a frente é induzido por uma mola recuperadora comprimida durante o movimento de retorno das peças móveis para trás. A munição é em seguida percutida e uma recuperação de gás na última seção do cano permite enviar as peças móveis para a traseira comprimindo a mola recuperadora.
[0080] Após o disparo da última munição, o gatilho geralmente estando mantido pressionado, as peças móveis efetuam um último movimento para a frente e a arma se encontra com a culatra fechada, a câmera vazia. Dependendo de o usuário recarregar o mecanismo antes ou depois de colocar a cinta de munição, as peças móveis estarão então em posição frontal ou traseira.
[0081] A figura 5 mostra a arma em posição de espera, peças móveis para a traseira, uma munição em posição, o ressalto 20 do ferrolho 17 posicionado na traseira da munição em posição. As linguetas de avanço da cinta 14, 15, 16 estão em posição baixa atrás da penúltima munição, a cinta repousa sobre a lingueta antirretorno 12 e as válvulas de retenção 11 apoiam sobre os elos e mantêm a munição em posição no meio da abertura do corredor de alimentação, pronta a ser alimentada pelo ferrolho 17. Uma garra de ejeção 13 empurra as partes laterais anteriores 9 do penúltimo elo.
[0082] No acionamento do disparo, a última munição é introduzida na câmera pelo ressalto 20 do ferrolho 17. Durante este movimento, logo que a munição esteja totalmente desalojada, as linguetas de avanço 14, 15, 16 começam a avançar.
[0083] Em seguida, tal como representado na figura 6, durante o movimento das peças móveis para a frente, as linguetas de avanço 14, 15, 16 empurram a cinta 5 para a nova posição no lugar. Na figura 7, o último elo é ejetado pelo movimento da cinta, empurrado pelo elo e a munição seguinte. A garra de ejeção 13 empurrou para a passagem as partes laterais 9 do penúltimo elo, mas, este penúltimo elo estando ligado à penúltima munição, ele não é ejetado. Como se verá mais adiante,
efetivamente, esta garra de ejeção na verdade apenas entra em ação durante a ejeção dos dois últimos elos de uma cinta. A figura 8 mostra o movimento de retorno das linguetas de avanço 14, 15, 16 durante o movimento de recuo das peças móveis. Durante este movimento, a cinta 5 é retida em posição pela lingueta antirretorno 12. No final do ciclo, se encontra a situação da figura 5.
[0084] As figuras 9 a 12 ilustram a ejeção dos dois últimos elos, durante o disparo da última munição. Na figura 9, no começo do ciclo, a última munição está em posição e a parte central 10 do último elo repousa sobre a lingueta antirretorno 12. Note-se que neste estado, as linguetas de avanço laterais, 15 e 16 não repousam mais sobre uma munição e não podem mais empurrar o resto da cinta. Somente a lingueta central 14 está ainda na frente da parte central 10 do penúltimo elo que, no começo do ciclo repousa sobre a lingueta antirretorno 12. Na figura 10, a munição é carregada na câmera.
[0085] Em seguida, a lingueta central 14 empurra o penúltimo elo até à posição da figura 11. Nesta figura, se representou em inserto uma ampliação onde apenas o penúltimo elo, o ejetor de elo 13 e as superfícies de deslizamento 3 foram representadas. Se vê neste inserto a força F aplicada pelo ejetor 13 nas partes laterais anteriores 9 do penúltimo elo. Esta força se decompõe em uma força normal à superfície do elo F, e uma Força tangencial F,. Para além de uma determinada posição, a força tangencial F, ultrapassa o limite de atrito estático, enquanto que a força normal F, é praticamente paralela ao plano de deslizamento 3. Neste momento, o elo é fortemente ejetado e empurra também o elo na sua frente.
[0086] Por fim, quando o último elo é ejetado, a garra 13 não repousa mais sobre uma munição e, dessa forma, ocupa uma posição extrema a qual ela jamais ocupa durante um ciclo em presença de uma cinta de munição. Este movimento para uma posição extrema pode ser aproveitado para deslocar um indicador de cinta dando uma indicação de ausência de cinta.
[0087] Se vê na figura 2 corrediças de retenção 6, 7 guarnecendo o bordo superior das faces laterais 8, 23 do corredor de alimentação. A figura 13 mostra um corte do corredor de alimentação, com uma munição em posição. Nesta figura, se distingue uma corrediça anterior 6 e uma corrediça posterior 7 retendo a munição 18 no corredor de alimentação através de suas superfícies 25, 29 voltadas para a superfície de deslizamento 3 da cinta.
[0088] Estas corrediças 6,7 são mantidas em posição de retenção por molas 24. Estas molas permitem introduzir a cinta afastando as duas corrediças. Este afastamento é vantajosamente obtido graças a superfícies inclinadas 27, 28 na face superior das corrediças, o afastamento sendo então obtido empurrando simplesmente a cinta contra as corrediças. Note-se que será suficiente que somente uma das corrediças seja móvel para introduzir a cinta. Neste último caso, contudo, o manuseio será menos flexível (obrigação de introduzir em um sentido pré-definido).
[0089] De maneira alternativa, as corrediças retráteis 6, 7 poderão ser substituídas por superfícies de retenção voltadas para a superfície de deslizamento 3 diretamente fixadas (ou mesmo fazendo parte) nas faces laterais 23, 8 do corredor de alimentação, quer estas superfícies, quer as paredes do corredor de alimentação sendo suficientemente flexível(eis) para permitir a colocação “em força” da cinta.
[0090] A vantagem destes meios de retenção é a de permitir uma colocação da cinta, ou de abrir a tampa 2 do corredor de alimentação independentemente da orientação da arma sem que a cinta caia do corredor.
[0091] Se destaca na figura 13 a presença de um chanfro 26 no bordo da corrediça posterior 7. Este chanfro está somente presente face à última munição e permite retirar a cinta com um movimento de torção ou um movimento de elevação da parte posterior da munição correspondente à entrada da cinta no corredor de alimentação, o que empurra por trás, graças ao chanífro, a corrediça posterior 7.
[0092] As figuras 14 a 17 mostram diferentes elementos separados em perspectiva, de maneira a clarificar as partes eventualmente escondidas nas figuras anteriores.
[0093] A figura 14 mostra uma garra de tração da cinta. Esta garra apresenta três linguetas 14, 15, 16. As duas linguetas laterais se apoiam diretamente sobre a penúltima munição, respectivamente na frente e atrás das partes laterais anteriores 9 do antepenúltimo elo. A lingueta 14 empurra, por sua vez, a parte central 10 do penúltimo elo.
[0094] Estas três linguetas 14, 15, 16 podem ser solidárias ou, de preferência, a lingueta central 14 está ligada de forma elástica às duas outras linguetas, por exemplo através de uma mola de torção. Na verdade, existe um espaço entre as munições que permite uma maior amplitude de movimento para as linguetas laterais 15, 16 do que para a lingueta central, bloqueada pela superfície que liga elos sucessivos. Deste modo, o apoio oferecido pela lingueta central 14 proporciona um suporte menos fiável e potencialmente impede as linguetas laterais de ficarem em uma posição ideal. Não solidarizar a lingueta central 14 permite então uma amplitude de movimento ideal para as linguetas laterais 15, 16.
[0095] Note-se que, durante a ejeção do último elo, a lingueta central 14 não é mais bloqueada pela superfície que liga elos sucessivos, e ela pode então tomar uma superfície de apoio mais fiável. Neste momento, tal como mencionado acima, também as linguetas laterais 15, 16 não repousam mais sobre uma munição e, portanto, não participam mais no deslocamento da cinta.
[0096] A figura 15 mostra um corpo de carcaça 22 tubular. Esta geometria fechada permite obter uma melhor rigidez e em particular uma melhor resistência à torção do que perfis abertos. Como se vê nesta figura, o posicionamento lateral do corredor de alimentação permite a fixação de um trilho Picatinny 21 fixo. Ademais, o posicionamento do mecanismo de avanço da cinta ao lado da carcaça em vez de na tampa permite uma abertura lateral de comprimento curto, o que melhora ainda as propriedades mecânicas do conjunto.
[0097] A figura 16 mostra uma vista explodida do corredor de alimentação. Se distinguem as duas molas 24 de retenção das corrediças 6,7.

Claims (10)

REIVINDICAÇÕES
1. Metralhadora (1) compreendendo um corredor de alimentação que compreende uma superfície principal de deslizamento (3) de uma cinta (5) de munição, faces laterais (8,23) que guiam, em utilização, a cinta (5) de munição (18) e uma ou mais superfícies de retenção (25,29) da cinta (5) posicionadas no bordo superior das faces laterais (8,23), as referidas superfícies de retenção (25,29) estando voltadas para a superfície de deslizamento (3) e as referidas superfícies de retenção (29,25) sendo abertas, de maneira a permitir a introdução da cinta (5) de munições (18), caracterizada por as referidas superfícies de retenção estarem dispostas de maneira a que a introdução da cinta (5) requeira quer a deformação elástica da ou das superfícies de retenção (25,29) quer o espaçamento da ou das superfícies de retenção (25,29).
2. Metralhadora (1), de acordo com a reivindicação 1, em que pelo menos uma das superfícies de retenção (é) são retráteis, podendo deixar livre pelo menos um bordo superior (8,23) das faces laterais, de maneira a facilitar o posicionamento de uma cinta (5) de munições (18).
3. Metralhadora (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações | ou 2, em que a ou as superfícies de retenção são estreitas e elásticas, permitindo uma introdução “em força” da cinta (5).
4. Metralhadora (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2 ou 3, em que a ou as superfícies de retenção (25,29) da cinta (5) pertencem a corrediças (6,7) dispostas ao longo dos bordos superiores das faces laterais (8,23) do corredor de alimentação, pelo menos uma destas corrediças (6,7) sendo retrátil.
5. Metralhadora (1), de acordo com a reivindicação 4, em que a ou as corrediças retráteis (6,7) são mantidas ao longo das faces laterais do corredor de alimentação por meios elásticos (24).
6. Metralhadora (1), de acordo com a reivindicação 5, em que a ou as corrediças retráteis (6,7) possuem uma superfície superior inclinada (27,28) permitindo a colocação da cinta (5) de munições (18) por simples pressão desta contra a superfície inclinada (27,28) da corrediça (6,7).
7. Metralhadora (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 5 ou 6, em que a ou as corrediças (6,7) retráteis possuem um chanfro (26) na entrada do corredor de alimentação permitindo a retirada de uma cinta (5) de munições (18) por torção da cinta (5).
8. Metralhadora (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6 ou 7, compreendendo uma tampa (2) do corredor de alimentação cujo movimento de fechamento induz um ajuste da posição longitudinal da cinta (5) de munições (18) no corredor de alimentação.
9. Metralhadora (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 ou 8, compreendendo um mecanismo de ejeção dos dois últimos elos da referida cinta (5).
10. Metralhadora (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9, compreendendo um corpo de carcaça (22) apresentando uma geometria essencialmente tubular.
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