BR112020001586A2 - vacina contra malária - Google Patents

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Abstract

A presente invenção refere-se a uma composição que compreende: um polipeptídeo que compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 1 ou uma sequência que tem pelo menos 80%, 85%, 90%, 95%, 98 % ou 99% de identidade de sequência com SEQ ID NO: 1 (R21), em que o dito polipeptídeo está na forma de uma partícula de tipo vírus (em inglês, Virus-Like Particle - VLP), em que a dita partícula compreende menos de 10% de proteína antigênica de hepatite B livre na superfície, para uso na imunização de um ser humano suscetível à infecção por Plasmodium falciparum, caracterizada pelo fato de que a dita composição é administrada em um regime de dosagem de pelo menos uma dose de 1 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 0,5 µg a 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade. A invenção também se refere a kits, métodos e usos.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "VACINA CONTRA MALÁRIA".
CAMPO DA INVENÇÃO
[001] A invenção se refere a composições imunogênicas para tratamento ou proteção contra patógenos da malária, tal como Plasmodium falciparum. Em particular, a invenção se se refere ao uso de tais composições na imunização de seres humanos em regimes de dosagem específicos.
ANTECEDENTES
[002] A redução significativa na mortalidade associada à malária nos últimos 15 anos está ameaçada pelo surgimento e disseminação da resistência à artemisinina e resistência do vetor aos inseticidas. Continua sendo uma prioridade de saúde global o desenvolvimento de uma vacina durável e altamente eficaz contra a malária. A candidata mais avançada à vacina contra a malária, RTS,S/AS01, concluiu o ensaio de Fase III em um estudo multicêntrico em vários locais da África e demonstrou uma eficácia de baixo nível (~ 30 %) contra a malária clínica em crianças de 5 a 17 meses após um esquema de três doses[1-4]. Esta eficácia diminui rapidamente ao longo do tempo após os primeiros 12 meses[5] e ainda há preocupações com a segurança deste esquema de vacina que precisam ser abordadas nos ensaios de implantação piloto planejados que devem começar na África em 2018[6, 7]. Portanto, há uma necessidade significativa de melhorar a RTS,S/AS01 para atingir as metas estabelecidas pelo Roteiro de Tecnologia da Vacina contra a Malária - desenvolvimento de uma vacina adequada com pelo menos 75 % de eficácia durável contra a malária clínica até 2030[8].
[003] A R21 foi desenvolvida no Instituto Jenner, Universidade de Oxford. Esta é uma construção de RTS,S aprimorada que compreende partículas recombinantes que expressam a repetição central e o C-
término da proteína de circunsporozoíto (em inglês, CircumSporozoite Protein - CSP) fundida à HBsAg, porém, sem o excesso de proteína HBsAg não fundida encontrada na RTS,S [9]. Recentemente, mostrou- se que a R21 com adjuvante Matrix-M desencadeou imunogenicidade humoral comparável à RTS,S/AS01 em doses muito mais baixas e a reatogenicidade melhorou significativamente com a R21/MM comparado com a RTS,S/AS01 (Venkatraman et al.). Estes resultados promissores forneceram a base para avaliarmos a eficácia em um estudo de desafio com esporozoítos da malária em adultos não portadores de malária.
[004] No entanto, há problemas com as abordagens do estado da técnica, tal como a eficácia de campo de curta duração parcial da RTS,S/AS01. Além disso, acredita-se amplamente na técnica que uma vacina eficaz contra a malária provavelmente seja uma combinação de diferentes abordagens que atuam em múltiplos antígenos envolvidos em diferentes estágios de seu complexo ciclo de vida[11]. A este respeito, uma estratégia líder alternativa e potencialmente complementar é a imunização de reforço primário heteróloga com administração sequencial de vacinas de vetores virais de sorotipo 63 de adenovírus de chimpanzé (ChAd63) e vaccinia Ankara modificada (em inglês, Modified Vaccinia Ankara - MVA), ambos codificando um trecho de múltiplos epítopos fundido à proteína de adesão relacionada à trombospondina (em inglês, Multiple Epitope - Thrombospondin Related Adhesion Protein - ME-TRAP). Além de desencadear respostas de anticorpos, esta abordagem desencadeou respostas potentes de células T em adultos no Reino Unido, bem como adultos e crianças em áreas endêmicas da malária, e teve um excelente histórico de segurança e tolerabilidade nestas populações[12-16]. A estratégia da vacina ChAd63- MVA ME-TRAP contra a malária demonstrou eficácia parcial durável em um estudo controlado de infecção por malária humana (em inglês,
Controlled Human Malaria Infection - CHMI) no Reino Unido[17] e a eficácia parcial foi novamente evidente em um estudo CHMI subsequente com esporozoítos infectados com Pf[18]. Além disso, um ensaio clínico randomizado, controlado, às cegas, realizado em adultos do sexo masculino Quenianos, mostrou que a vacinação reduziu o risco de infecção pela malária em 67 %[19]. Um estudo clínico recente combinou a RTS,S/AS01 com ChAd63-MVA ME-TRAP no mesmo regime pela primeira vez e testou a eficácia contra o desafio de esporozoítos. Este estudo demonstrou que a combinação destas vacinas no mesmo regime não era apenas segura e tolerável, mas também altamente imunogênica e eficaz[20]. Assim, acredita-se que estas abordagens combinadas representem o ponto de partida mais promissor para o esforço contínuo de pesquisa.
[005] Collins et al. 2017 (Scientific Reports, Volume 7, Artigo 46621) descrevem um estudo pré-clínico com modelo de camundongos focado no aumento da imunidade protetora à malária com uma vacina de partículas de tipo vírus altamente imunogênica. Os autores descrevem partículas de R21 formadas a partir de uma única proteína de fusão CPS-antígeno de hepatite B na superfície (em inglês, Hepatitis B surface Antigen - HBsAg), em contraste com a bem estudada vacina RTS,S da GSK Vaccines, a qual compreende um excesso de quatro vezes de monômeros de HBsAg além da proteína de fusão CSP-HBsAg (Figura 1). A imunogenicidade em camundongos BALB/c é demonstrada em doses 'muito baixas' quando administrada com os adjuvantes Abisco-100 e Matrix-M. A proteção estéril contra o desafio de esporozoítos transgênicos é demonstrada. O estudo é restrito a camundongos. Uma dose é ensinada: 0,5 µg de R21 por camundongo, administrados nos músculos tibiais de ambos os membros posteriores de cada camundongo, formulado com 12 µg de Matrix-M em uma injeção total de 100 µl. (Página 12, primeiro parágrafo de Collins et al.).
Esta é uma proporção de 1:24 de R21:Matrix-M.
[006] Uma conclusão chave extraída por Collins et al. é que a combinação de R21 com outros componentes é desejável. Por exemplo, na página 2, final do quinto parágrafo (imediatamente antes da seção "Resultados"), é afirmado "Além disso, ao avaliar o potencial da R21 como parte de uma estratégia de vacinação com múltiplos componentes, a eficácia protetora foi aprimorada ao combinar a R21 em MF59 com vetores virais com base em PbTRAP". Esta conclusão é enfatizada na página 11, primeiro parágrafo, onde se afirma: "Além disso, a mistura e administração conjunta de R21 + MF59 com vetores virais com base em PbTRAP resultaram em um aprimoramento da eficácia. Este resultado apoia a hipótese de que, ao direcionar respostas celulares e humorais tanto aos esporozoítos como aos parasitas no estágio hepático, o uso de dois antígenos diferentes pode ser capaz de superar qualquer falha de uma vacina de esporozoítos".
[007] O documento WO 2014/111733 descreve uma partícula que compreende uma proteína de fusão de pelo menos uma repetição NANP (SEQ ID NO: 6), parte ou todo o C-término da proteína CS de Plasmodium falciparum e um antígeno de hepatite B na superfície. A invenção se refere a composições imunogênicas para uso na obtenção de respostas imunes, em particular para a prevenção de malária. Mais especificamente, a proteína de fusão R21 é descrita. A única dose administrada aos camundongos neste documento é de 0,5 µg de R21. A seção na página 9, linhas 16 a 21 do documento WO 2014/111733 menciona que composições específicas podem ter doses que compreendem entre cerca de 1 e cerca de 1000 µg de proteína de fusão. Não é mencionado a qual organismo esta dose se destina. São consideradas doses únicas ou doses múltiplas, por exemplo, página 10, primeiro parágrafo do documento WO 2014/111733, página 10, terceiro parágrafo do documento WO 2014/111733. Adjuvantes são mencionados no documento WO 2014/111733. Por exemplo, a página 7, linhas 28 a 29 menciona que a composição pode compreender um adjuvante e que o adjuvante pode ser Abisco ou Matrix-M. Esta descrição é repetida na página 8, linhas 10 a 14 do documento WO 2014/111733. Não há descrição ou orientação de quanto adjuvante seria eficaz neste documento. Os exemplos neste documento não descrevem a quantidade de adjuvante a ser usado. A única descrição da quantidade de adjuvante, tal como Matrix-M, a ser usada é a quantidade única recorrente de 12 µg de Matrix-M para administração em camundongos, o que ocorre na legenda das Figuras 13, 15 e 16. Quando doses múltiplas são usadas, é descrito que um interlúdio de 2 semanas a 4 meses entre as doses pode ser usado (página 10, linha 15). A eficácia protetora em camundongos é demonstrada para a combinação específica de Matrix-M e R21 descrita, por exemplo, na Figura 10 do documento WO 2014/111733.
[008] A presente invenção busca superar problemas associados ao estado da técnica.
SUMÁRIO
[009] É uma vantagem da invenção que sejam ensinadas doses extremamente baixas por administração, tais como doses de antígeno R21 e/ou adjuvante Matrix-M por administração. É surpreendente que excelentes resultados de eficácia possam ser alcançados com doses excepcionalmente baixas.
[0010] Assim, a invenção se baseia neste regime de dosagem surpreendentemente eficaz.
[0011] Assim, em um aspecto, a invenção fornece uma composição que compreende um polipeptídeo que compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 1 ou uma sequência que tem pelo menos 80 %, 85 %, 90 %, 95 %, 95 %, 98 % ou 99 % de identidade de sequência com SEQ ID NO: 1 (R21) para uso no tratamento ou imunização, de preferência imunização, de um ser humano suscetível à infecção por Plasmodium falciparum, caracterizada pelo fato de que a dita composição é administrada em um regime de dosagem de pelo menos uma dose de 1 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 0,5 µg a 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade.
[0012] Adequadamente, a dita composição é administrada em um regime de dosagem de pelo menos uma dose de 5 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 2,5 µg a 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade.
[0013] Adequadamente, a dita composição é administrada em um regime de dosagem de pelo menos uma dose de 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 5 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade.
[0014] Adequadamente, o regime de dosagem compreende duas doses.
[0015] Adequadamente, o regime de dosagem compreende três doses.
[0016] Quando o regime de dosagem compreende duas ou mais doses, adequadamente, a dose final contém 100 % da quantidade de R21 da primeira dose. Em algumas modalidades, adequadamente, a dose final contém 10 % a 50 % da quantidade de R21 da primeira dose. Mais adequadamente, a dose final contém 20 % da quantidade de R21 da primeira dose.
[0017] Adequadamente, a composição compreende ainda adjuvante. Adequadamente, o dito adjuvante é Matrix-M. Adequadamente, o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:1 a 1:50 de R21:Matrix-M. Mais adequadamente, o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:2 a 1:25 de R21:Matrix-M. Mais adequadamente, o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:2 a 1:20 de R21:Matrix-M. Mais adequadamente, o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:10 a 1:20 de R21:Matrix-M.
[0018] Muito adequadamente, o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:5 a 1:10 de R21:Matrix-M.
[0019] Adequadamente, a dita dose compreende 10 a 500 µg de adjuvante para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou 5 a 250 µg de adjuvante para um indivíduo de menos de 18 anos de idade, mais adequadamente em que o dito adjuvante é Matrix-M.
[0020] Adequadamente, a dita dose compreende 20 a 200 µg de adjuvante para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou 10 a 100 µg de adjuvante para um indivíduo de menos de 18 anos de idade, mais adequadamente em que o dito adjuvante é Matrix-M.
[0021] Adequadamente, a dita dose compreende 100 a 200 µg de adjuvante para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou 50 a 100 µg de adjuvante para um indivíduo de menos de 18 anos de idade, mais adequadamente em que o dito adjuvante é Matrix-M.
[0022] A dita dose compreende, mais adequadamente, 25 a 50 µg de adjuvante para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou 5 a 50 µg de adjuvante para um indivíduo de menos de 18 anos de idade, mais adequadamente em que o dito adjuvante é Matrix-M.
[0023] Adequadamente, a dita dose compreende cerca de 10 µg de R21 e cerca de 50 µg de adjuvante para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou compreende cerca de 5 µg de R21 e cerca de 25 µg de adjuvante para um indivíduo de menos de 18 anos de idade, mais adequadamente em que o dito adjuvante é Matrix- M.
[0024] Adequadamente, a dita dose compreende cerca de 5 µg a 1
0 µg de R21, mais adequadamente cerca de 5 µg de R21 e cerca de 50 µg de adjuvante para um indivíduo de menos de 18 anos de idade, mais adequadamente em que o dito adjuvante é Matrix-M.
[0025] Adequadamente, a dita dose compreende cerca de 2 µg de R21 e cerca de 50 µg de adjuvante para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade, mais adequadamente em que o dito adjuvante é Matrix- M. Geraram-se dados clínicos (em adultos) mostrando que esta dose funciona bem.
[0026] Quando o regime de dosagem compreende duas ou mais doses, as ditas doses são, adequadamente, administradas ao indivíduo em intervalos de 1 semana a 12 semanas, mais adequadamente 3 semanas a 12 semanas. Em uma modalidade, as ditas doses são, adequadamente, administradas ao dito indivíduo em intervalos de 1 a 2 semanas. Mais adequadamente, as ditas doses são administradas ao dito indivíduo em um intervalo de 4 semanas.
[0027] Em um aspecto, a invenção se refere a uma composição conforme descrito acima que compreende ainda um polipeptídeo que compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 3 ou uma sequência que tem pelo menos 80 %, 85 %, 90 %, 95 %, 98 % ou 99 % de identidade de sequência com SEQ ID NO: 3 (Rv21).
[0028] Em um aspecto, a invenção se refere a uma composição conforme descrito acima que compreende ainda um vetor viral, o dito vetor viral compreendendo o ácido nucleico que codifica pelo menos um epítopo de um antígeno da malária, de preferência de um antígeno de P. falciparum ou P. vivax.
[0029] Em um aspecto, a invenção se refere a uma composição conforme descrito acima, em que a dita composição é uma composição farmacêutica.
[0030] Em um aspecto, a invenção se refere a uma composição conforme descrito acima, em que a dita composição é uma composição de vacina.
[0031] Em um aspecto, a invenção se refere a uma composição conforme descrito acima, em que a dita composição é capaz de induzir uma resposta imune protetora contra P. falciparum em um ser humano.
[0032] Em um aspecto, a invenção se refere a um kit que compreende pelo menos uma primeira e uma composição final, a dita primeira composição compreendendo 1 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou 0,5 µg a 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade, dita composição compreendendo ainda adjuvante, em que o dito adjuvante é Matrix -M, em que o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:1 a 1:50 de R21:Matrix-M; a dita composição final compreendendo 10 % a 100 %, de preferência 10 % a 50 %, mais preferivelmente 20 %, da quantidade de R21 da primeira composição por administração, a dita composição final compreendendo ainda adjuvante, em que o dito adjuvante é Matrix-M, em que o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:1 a 1:50 de R21:Matrix-M; e instruções para administração a um ser humano.
[0033] Para evitar dúvidas, um kit que compreende pelo menos uma primeira e uma composição final deve conter pelo menos duas composições (uma primeira e uma final).
[0034] Adequadamente, o dito kit compreende ainda uma segunda composição, a dita segunda composição sendo idêntica à dita primeira composição.
[0035] Para evitar dúvidas, neste contexto, um kit que compreende ainda uma segunda composição deve conter pelo menos três composições (uma primeira e uma segunda e uma final). Em outras palavras, o dito kit compreende, adequadamente, três composições, uma primeira composição e uma composição final, conforme descrito acima, e uma segunda composição, a dita segunda composição sendo idêntica à dita primeira composição.
[0036] Em um aspecto, a invenção se refere ao uso de uma composição que compreende um polipeptídeo que compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 1 ou em uma sequência que tem pelo menos 80 %, 85 %, 90 %, 95 %, 98 % ou 99 % de identidade de sequência com SEQ ID NO: 1 (R21) na preparação de um medicamento para tratamento/imunização de um ser humano suscetível à infecção por Plasmodium falciparum, caracterizada pelo fato de que a dita composição compreende pelo menos uma dose de 1 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 0,5 µg a 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade.
[0037] Adequadamente, a dita composição compreende ainda um adjuvante, em que o dito adjuvante é Matrix-M, e em que o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:1 a 1:50 de R21:Matrix-M.
[0038] Em um aspecto, a invenção se refere a um método de imunização de um ser humano suscetível à infecção por Plasmodium falciparum que compreende administrar uma composição que compreende um polipeptídeo que compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 1 ou uma sequência que tem pelo menos 80 %, 85 %, 90 %, 95 %, 98 % ou 99 % de identidade de sequência com SEQ ID NO: 1 (R21) ao dito indivíduo, em que a dita composição é administrada em um regime de dosagem de pelo menos uma dose de 1 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 0,5 µg a 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade. Adequadamente, a dita composição compreende ainda um adjuvante, em que o dito adjuvante é Matrix-M, e em que o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:1 a 1:50 de
R21:Matrix-M.
[0039] Em um aspecto, a invenção se refere a um método que compreende administrar uma composição que compreende um polipeptídeo que compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 1 ou em uma sequência que tem pelo menos 80 %, 85 %, 90 %, 95 %, 98 % ou 99 % de identidade de sequência com SEQ ID NO: 1 (R21) ao dito indivíduo, em que a dita composição é administrada em um regime de dosagem de pelo menos uma dose de 1 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 0,5 µg a 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade. Adequadamente, a dita composição compreende ainda um adjuvante, em que o dito adjuvante é Matrix-M, e em que o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:1 a 1:50 de R21:Matrix-M. Adequadamente, o dito método é um método de imunização de um indivíduo, tal como um ser humano suscetível à infecção por Plasmodium falciparum; adequadamente, o dito método é um método de tratamento de um indivíduo, tal como um ser humano suscetível à infecção por Plasmodium falciparum; adequadamente, o dito método é um método de imunização de um indivíduo, tal como um ser humano, contra a infecção por malária/Plasmodium falciparum; adequadamente, o dito método é um método de tratamento de um indivíduo, tal como um ser humano, contra a infecção por malária/Plasmodium falciparum.
[0040] Em um aspecto, a invenção se refere a uma composição, kit, uso ou método conforme descrito acima, em que o dito regime de dosagem compreende administrar o dito polipeptídeo que compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 1 ou uma sequência que tem em menos, 80 %, 85 %, 90 %, 95 %, 98 % ou 99 % de identidade de sequência com SEQ ID NO: 1 (R21) ao dito ser humano em uma quantidade na faixa de 0,0000125 a 0,0003333 mg/kg para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou 0,00000625 a 0,0001667 mg/kg para um indivíduo de menos de 18 anos de idade.
[0041] Adequadamente, a dita administração é intramuscular, subcutânea ou intradérmica. A administração mais adequada é intramuscular.
[0042] Adequadamente, a dita administração é através de injeção.
[0043] Em um aspecto amplo, a invenção fornece uma composição que compreende um polipeptídeo que compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 1 ou uma sequência que tem pelo menos 80 %, 85 %, 90 %, 95 %, 95 %, 98 % ou 99 % de identidade de sequência com SEQ ID NO: 1 (R21) caracterizada pelo fato de que a dita composição é fornecida em pelo menos uma dose de 1 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 0,5 µg a 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade.
[0044] Adequadamente, a composição compreende ainda adjuvante. Adequadamente, o dito adjuvante é Matrix-M. Adequadamente, o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:1 a 1:50 de R21:Matrix-M. Mais adequadamente, o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:2 a 1:20 de R21:Matrix-M. Mais adequadamente, o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:5 a 1:1 de R21:Matrix-M.
[0045] Adequadamente, a dita composição é fornecida em uma quantidade por dose na faixa de 0,0000125 a 0,0003333 mg/kg para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou 0,00000625 a 0,0001667 mg/kg para um indivíduo de menos de 18 anos de idade.
[0046] Em uma modalidade preferida, as doses em um regime de doses múltiplas contêm a mesma quantidade de antígeno, por exemplo, R21. Quando as doses contêm a mesma quantidade de R21, isto é, algumas vezes, denominado como 'regime de doses não fracionárias'.
Mais adequadamente, a invenção compreende kits, composições ou métodos de administração que têm (ou, mais adequadamente, consistem em) três doses de 10, 10, 10 mcg para adultos (indivíduos de pelo menos 18 anos de idade) ou três doses de 5, 5, 5 mcg para bebês/crianças (indivíduos de menos de 18 anos de idade).
DESCRIÇÃO DETALHADA
[0047] Os inventores fornecem eficácia de alto nível em seres humanos de uma vacina antiesporozoíto de P. falciparum de próxima geração: R21 em adjuvante Matrix-MTM .
[0048] Deve ser observado que o adjuvante Matrix-M não tem ligante TLR4 (MPA). Por outro lado, adjuvantes do estado da técnica, tal como AS01, compreendem ligantes TLR4.
[0049] Em uma modalidade, são fornecidas 3 doses, uma dose sendo fornecida na semana 0, uma dose sendo fornecida na semana 4 e uma dose sendo fornecida na semana 8. Este regime de dosagem tem a vantagem de que os bebês geralmente são levados à clínica para imunizações nestes pontos de tempo, em particular na África rural, e assim, ao conceber um regime de dosagem compatível com a provável disponibilidade dos indivíduos para imunização, então, uma probabilidade aumentada de uma vacinação correta é alcançada.
[0050] Em uma modalidade adequada, o regime de dosagem compreende três doses, uma dose sendo fornecida na semana 0 e uma dose sendo fornecida na semana 4 e uma dose sendo fornecida na semana 8.
[0051] Em uma modalidade adequada, o regime de dosagem compreende duas doses, uma dose sendo fornecida na semana 0 e uma dose sendo fornecida na semana 4. Este regime de dosagem tem a vantagem de minimizar o número de administrações para duas.
[0052] Em uma modalidade, adequadamente, o regime de dosagem compreende duas doses, uma dose sendo fornecida na semana 0 e uma dose sendo fornecida na semana 1. Este regime de dosagem tem a vantagem de ser ideal para viajantes, especialmente aqueles destinados a uma região com incidência de Malária a curto prazo.
[0053] A durabilidade (tal como persistência de uma resposta protetora ao longo do tempo) é um problema na técnica. Por exemplo, organizações como a Fundação Gates estão investindo na tentativa de encontrar novos adjuvantes para melhorar a durabilidade. A presente invenção fornece benefícios técnicos na área de durabilidade. Por exemplo, as composições da invenção fornecem concentrações mais altas de antígeno sobre a superfície das partículas. Isto é conseguido usando o polipeptídeo R21/partícula na composição da invenção.
[0054] Os inventores descobriram, surpreendentemente, que o uso de uma dose mais baixa de 10 microgramas de R21 em adultos induziu uma resposta imune mais durável 3-6 meses após a imunização do que o uso de uma dose mais alta de 50 microgramas (consulte Figura 6). Esta melhor durabilidade se correlaciona com uma melhor indução de células T auxiliares foliculares do subconjunto Tfh2 e com um aumento das células B de memória comutadas, sugerindo um mecanismo potencial de como a dose mais baixa fornece uma qualidade diferente de resposta imune, levando a uma maior durabilidade (consulte Figura 7). Esta evidência de maior durabilidade da resposta chave do anticorpo protetor anti-CSP, à repetição central do NANP, pelo uso de uma dose mais baixa do que uma alta dose padrão de R21 complementa nossa principal descoberta de que a dose baixa de R21 em Matrix-M pode fornecer alta eficácia de nível. Juntos, os dados de eficácia mais os dados de durabilidade constituem um argumento convincente para o uso de uma dose mais baixa de R21, tal como 10 microgramas, aqui adequadamente, usada com 50 microgramas de Matrix-M.
[0055] A presente invenção pode fornecer avidez aumentada de anticorpos induzidos.
[0056] Observa-se que, no campo da malária, altas titulações de anticorpos são benéficas. Por exemplo, pode-se considerar que titulações acima de 100 µg por ml são benéficas para a malária (em contraste com doenças tal como Men B, onde titulações de apenas 2 a 3 µg por ml são consideradas eficazes).
[0057] É uma vantagem da invenção que os regimes de dosagem ensinados aqui reduzam ou eliminem a resposta à Hep. B. A este respeito, conforme pode ser visto a partir dos dados apresentados aqui, quase nenhuma resposta à Hep. B é induzida de acordo com a invenção. Isto é vantajoso. Além disso, isto tem o benefício adicional de que uma redução na resposta à Hep. B significa que a resposta relevante é uma proporção maior da resposta imune geral. Este é mais um benefício conferido pela presente invenção.
[0058] Em uma modalidade, para administração em adultos, pode ser usada uma proporção de antígeno (tal como R21) para adjuvante (tal como Matrix-M) de 1:5; adequadamente, uma dose compreende 10 µg de R21 e 50 µg de Matrix-M.
[0059] Em uma modalidade, para administração a indivíduos de menos de 18 anos de idade, pode ser usada uma proporção de antígeno (tal como R21) para adjuvante (tal como Matrix-M) de 1:10; adequadamente, uma dose para administração a um indivíduo de menos de 18 anos de idade compreende 5 µg de R21 e 50 µg de Matrix-M.
[0060] Em uma modalidade, é usada uma composição que compreende 2 µg de antígeno, tal como R21, e 50 µg de adjuvante, tal como Matrix-M (adequadamente, uma proporção de 1:25 de antígeno:adjuvante). Os inventores descobriram que esta dose e proporção são seguras e altamente imunogênicas em um estudo de Fase I (consulte Figuras 4 e 8).
[0061] A visão na técnica é que o adjuvante causa reatogenicidade.
Portanto, o ensinamento na técnica é usar grandes quantidades de adjuvante para reduzir a reatogenicidade. Em contraste, as baixas quantidades de adjuvante ensinadas na presente invenção ainda produzem, vantajosamente, excelentes respostas imunes e eficácia.
[0062] Sem desejar estar limitado pela teoria, acredita-se que as composições usadas na invenção distribuem mais antígeno por µg (por exemplo, epítopos imunogênicos por µg) comparado com formulações do estado da técnica, tal como RTS,S. Por exemplo, os esquemas do estado da técnica ensinam o uso de 50 µg de RTS,S; algumas vezes, três doses de RTS,S são usadas, com cada dose compreendendo 50 µg de RTS,S. Em contraste, a presente invenção ensina, vantajosamente, quantidades mais baixas de antígeno, tal como 10 µg. No entanto, mesmo calculando a distribuição de antígeno "equivalente" por µg de proteína/partícula na composição, uma dose de 50 µg de RTS,S pode ter um valor de distribuição de antígeno "equivalente" de aproximadamente 15 µg de R21 - vantajosamente, os inventores ensinam o uso de quantidades até mais baixas de R21, tal como 10 µg de R21 por dose. Em algumas modalidades, a invenção compreende, adequadamente, apenas 2 µg de R21 por dose.
[0063] Em uma modalidade, o regime de dosagem compreende 2 doses, cada dose compreendendo 2 µg de R21.
[0064] Em uma modalidade, o regime de dosagem compreende 3 doses, cada dose compreendendo 2 µg de R21.
QUANTIDADES DE ANTÍGENOS
[0065] Quantidades de antígeno, tal como um polipeptídeo que compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 1 ou uma sequência que tem pelo menos 80 %, 85 %, 90 %, 95 %, 98 % ou 99 % de identidade de sequência com SEQ ID NO: 1 (R21), são ensinadas; por exemplo, pelo menos uma dose de 1 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 0,5 µg a 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade.
[0066] Em relação à jurisprudência do Instituto Europeu de Patentes (por exemplo, T 198/84 e T 279/89): (a) a subfaixa selecionada é estreita comparado com a faixa conhecida
[0067] O documento WO 2014/111733 contém descrições, na página 9, linhas 16 a 21, que mencionam que composições específicas podem ter doses que compreendem entre cerca de 1 e cerca de 1000 µg de proteína de fusão. Não é mencionado para qual organismo são estas doses. Os únicos exemplos no documento WO 2014/111733 são camundongos. Além disso, não há limitações de idade no documento WO 2014/111733 - os únicos exemplos são camundongos (os quais podem ter apenas semanas de idade).
[0068] Em qualquer caso, as doses ensinadas aqui são estreitas comparado com o documento WO 2014/111733 - compare 1 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 0,5 µg a 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade com a descrição de "entre cerca de 1 e cerca de 1000 µg" no documento WO 2014/111733.
[0069] Mais importante ainda, não há sobreposição nas doses ensinadas em mg/kg para seres humanos - as doses são 2-3 ordens de magnitude separadas (consulte abaixo). (b) a subfaixa selecionada está suficientemente distante de quaisquer exemplos específicos descritos no estado da técnica e dos pontos finais da faixa conhecida
[0070] Adequadamente, considera-se que camundongos, tais como camundongos adultos, pesam 20 g. Portanto, as quantidades de componentes nas doses/composições conforme descrito no estado da técnica podem ser expressas nos mesmos termos de 'mg/kg' para comparação. A título de exemplo, uma dose que compreende 0,5 µg de R21 para administração a um camundongo, tal como um camundongo adulto, equivale a uma dose de (0,00 05 mg/(20/1000 Kg) = 0,025 mg/kg (conforme no documento WO 2014/111733).
[0071] Adequadamente, considera-se que seres humanos adultos pesam 60-80 kg. Portanto, as quantidades de componentes nas doses/composições conforme descrito podem ser convertidas em 'mg/kg' ou outras unidades, se desejado. A título de exemplo, uma dose que compreende 10 µg de R21 para administração a um ser humano adulto equivale a uma dose de (0,01 mg/60 kg a 0,01 mg/80 kg = 0,000167 a 0,000125 mg/kg.
[0072] Assim, as faixas da invenção são separadas por 2-3 ordens de grandeza daquelas do estado da técnica. (c) a faixa selecionada não é uma amostra arbitrária do estado da técnica, isto é, não é uma mera modalidade do estado da técnica, mas outra invenção (seleção proposital, novo ensinamento técnico)
[0073] Conforme explicado aqui, as doses incrível e inesperadamente baixas ensinadas aqui são, surpreendentemente, eficazes e trazem outros benefícios técnicos, conforme explicado aqui e conforme evidenciado pelos dados incluídos.
[0074] Tipicamente, os camundongos pesam cerca de 20 gramas; os seres humanos normalmente pesam cerca de 60 a 80 kg. Portanto, os seres humanos são cerca de 3000 a 4000 vezes maiores do que os camundongos. Ampliando as doses descritas de Collins et al. 2017 (Scientific Reports, Volume 7, Artigo 46621) de 0,5 µg de R21 por camundongo para seres humanos, isto resultaria em uma dose de aproximadamente 1500 a 2000 µg de R21, com 36.000 a 48.000 µg de Matrix-M, em um volume de 300.000 µl (300 ml). Em nítido contraste, a presente invenção ensina o uso de apenas 1 a 20 µg de R21 por administração para seres humanos adultos (ou 0,5 a 10 µg de R21 por administração para bebês ou crianças). Assim, os inventores, surpreendentemente, ensinam doses efetivas de 2 a 3 ordens de magnitude menores do que aquelas que poderiam ser cogitadas a partir de uma consideração do estado da técnica, tal como Collins et al.
[0075] Assim, é evidente que a presente invenção descreve uma nova, pequena, estreita e específica faixa de quantidades efetivas de R21 úteis em composições para imunização contra a malária. A faixa é extremamente pequena. Um efeito técnico está especificamente associado a esta nova faixa descrito. A faixa ocupa apenas aproximadamente 2 % da faixa descrita no documento WO 2014/111733 (1 a 20 µg comparado com 1 a 1000 µg). As quantidades descritas aqui são ensinadas para seres humanos, enquanto que a técnica está focada em estudos com camundongos. Além disso, são descritas quantidades específicas de Matrix-M, as quais também são diferentes daquelas descritas no estado da técnica e também contribuem com efeito técnico comparado com o estado da técnica. Estes benefícios surpreendentes são discutidos em mais detalhes aqui. Além disso, embora o documento WO 2014/111733 descreva uma ampla faixa que pode ser considerada sobreposta à faixa da presente invenção, apenas um único valor (0,5 µg de R21) é realmente demonstrado neste documento. O fato de que o documento fornece ou não uma descrição habilitadora para toda a amplitude da faixa de quantidades de 1 a 1000 µg de R21 não é evidente para aqueles versados na técnica. ANTÍGENO R21
[0076] O antígeno é, adequadamente, um polipeptídeo.
[0077] A Figura 1A mostra RTS,S. Produzida em S. cerevisiae; Altamente imunogênica para a repetição CSP e HBsAg; ensaio de Fase III concluído; Eficácia < 50 % em ensaios de campo.
[0078] A Figura 1B mostra R21. Produzida em P. pastoris; Imunogenicidade muito alta para repetição CSP; Não imunogênica para HBsAg; 100 % de eficácia com o desafio do parasita transgênico em camundongos; Ensaios de Fase I/II (Matrix-M, AS01).
[0079] O polipeptídeo é, adequadamente, R21. Os detalhes técnicos para preparação e fabricação de R21 são conforme no documento WO2014/111733, a menos que indicado de outra forma aqui. O processo de preparação e fabricação pode ser modificado por aqueles versados na técnica de geração de vacinas de partículas de tipo vírus a partir de Pichia.
[0080] O polipeptídeo R21 é, adequadamente, montado em partículas de tipo vírus (em inglês, Virus-Like Particles - VLPs). O polipeptídeo R21 se automonta - nenhuma proteína auxiliar adicional é necessária. Assim, algumas vezes, o polipeptídeo pode ser denominado como uma partícula de tipo vírus (VLP) ou 'partícula'.
[0081] Em mais detalhes, o antígeno pode ser uma partícula que compreende uma proteína de fusão que compreende pelo menos uma repetição NANP, parte ou todo o C-término da proteína CS de Plasmodium falciparum e um antígeno de hepatite B na superfície. De preferência, o antígeno de hepatite B na superfície é o antígeno S. A repetição NANP é uma repetição dos quatro aminoácidos asparagina, alanina, asparagina e prolina que ocorre naturalmente na proteína CS de Plasmodium falciparum. Pode haver 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18 ou mais repetições NANP. De preferência, há pelo menos 3 repetições, mais preferivelmente, há pelo menos 10 repetições. A proteína de fusão pode, em uma modalidade, compreender 18 repetições NANP.
[0082] "Parte ou todo o C-término da proteína CS" tem seu significado natural; adequadamente, a proteína de fusão compreende pelo menos parte do C-término da proteína CS de Plasmodium falciparum.
[0083] O C-término da proteína CS é frequentemente denominado como C-término que contém epítopo de célula T. O C-término da proteína CS incluída na proteína de fusão da invenção pode compreender a sequência (SEQ ID NO: 7):
[0084] NKNNQGNGQGHNMPNDPNRNVDENANANSAVKNNNNE
EPSDKHIKEYLNKIQNSLST
[0085] EWSPCSVTCGNGIQVRIKPGSANKPKDELDYANDIEKKIC
KMEKCSSVFNVVNSSIGI
[0086] com alguns dos aminoácidos C-terminais eliminados. De preferência, são eliminados até 15 aminoácidos, mais preferivelmente até 10 aminoácidos, 9 aminoácidos, 8 aminoácidos, 7 aminoácidos, 6 aminoácidos, 5 aminoácidos, 4 aminoácidos, 3 aminoácidos.
[0087] O C-término da proteína CS na proteína de fusão pode ter a sequência (SEQ ID NO: 8):
[0088] NKNQGNGQGHNMPNDPNRNVDENANANSAVKNNEEPS
DKHIKEYLNKIQNSLST
[0089] EWSPCSVTCGNGIQVRIKPGSANKPKDELDYANDIEKKIC
KMEKCSSV
[0090] A partícula antigênica é, algumas vezes, denominada como uma partícula de tipo vírus. Considera-se que estas partículas são mais imunogênicas do que as proteínas monoméricas. Adequadamente, a partícula pode compreender nenhum ou praticamente nenhum outro material proteico. Adequadamente, a partícula pode compreender nenhuma, ou substancialmente nenhuma, proteína antigênica de hepatite B livre na superfície: ou seja, nenhuma, ou substancialmente nenhuma, proteína antigênica de hepatite B livre na superfície, a qual não é parte da proteína de fusão. A partícula da invenção pode compreender nenhuma, ou substancialmente nenhuma, proteína CS livre: isto é, nenhuma, ou substancialmente nenhuma, proteína CS a qual não é parte da proteína de fusão.
[0091] Referência aqui a "substancialmente nenhuma" requer, adequadamente, que a partícula compreenda menos de cerca de 10 %, 9 %, 8 %, 7 %, 6 %, 5 %, 4 %, 3 %, 2 % ou cerca de 1 % do material específico ao qual ela se refere. De preferência, as partículas contêm menos de 5 %, mais preferivelmente menos de 1 %, de proteína antigênica de hepatite B livre na superfície. Proporções; Diferenças para RTS
[0092] R21 e RTS,S são VLPs. Estas VLPs se auto-montam a partir dos polipeptídeos.
[0093] A sequência das proteínas de fusão usadas em R21 e RTS é muito similar. Não há alterações na região N-terminal ou nas repetições da proteína CS ou na sequência de HBsAg. Há um truncamento no final do C-término da CSP na R21 comparado com a RTS.
[0094] A principal diferença entre a R21 e a RTS,S é que a RTS,S tem uma proporção CSP:HBsAg na faixa de 1:5 (isto é, 1:1 para cada molécula de proteína de fusão RTS, porém, cada molécula de proteína de fusão RTS é acompanhada por aproximadamente 4 moléculas de HBsAg não fundidas, produzindo 1:5 para CSP:HBsAg global na RTS,S). É importante notar que cada molécula polipeptídica na VLP de R21 tem uma sequência de CSP enquanto que, em contraste, apenas uma em cada cinco moléculas na VLP de RTS,S tem uma sequência de CSP. Em outras palavras, a proporção da sequência de CSP para a sequência de HBsAg na R21 é 1:1, enquanto que a proporção da sequência de CSP para a sequência de HBsAg na RTS,S é 1:5. Isto resulta em um nível de exposição muito maior das sequências de CSP na R21 do que na RTS,S.
[0095] Em relação às diferenças de sequência, abaixo está uma comparação das sequências de R21 e RTS.
[0096] Seq ID No: 1 - R21 (410 aa’s)
[0097] MDPNANPNANPNANPNANPNANPNANPNANPNANPNAN
PNANPNANPNAN
[0098] PNANPNANPNANPNANPNANPNANPNKNNQGNGQGHN
MPNDPNRNVDEN
[0099] ANANSAVKNNNNEEPSDKHIKEYLNKIQNSLSTEWSPCSV
TCGNGIQVRIKPG
[00100] SANKPKDELDYANDIEKKICKMEKCSSVPVTNMENITSGF
LGPLLVLQAGFFLL
[00101] TRILTIPQSLDSWWTSLNFLGGSPVCLGQNSQSPTSNHSP
TSCPPICPGYRW
[00102] MCLRRFIIFLFILLLCLIFLLVLLDYQGMLPVCPLIPGSTTTNT
GPCKTCTTPAQG
[00103] NSMFPSCCCTKPTDGNCTCIPIPSSWAFAKYLWEWASVR
FSWLSLLVPFVQW
[00104] FVGLSPTVWLSAIWMMWYWGPSLYSIVSPFIPLLPIFFCL
WVYI
[00105] Seq ID No: 5 - RTSS (11 aminoácidos C-terminais mais 3 extras no N-término) (424 aa’s)
[00106] MMAPDPNANPNANPNANPNANPNANPNANPNANPNANP
NANPNANPNANP
[00107] NANPNANPNANPNANPNANPNANPNANPNKNNQGNGQ
GHNMPNDPNRNV
[00108] DENANANSAVKNNNNEEPSDKHIKEYLNKIQNSLSTEWSP
CSVTCGNGIQVRI
[00109] KPGSANKPKDELDYANDIEKKICKMEKCSSVFNVVNSSIG
LGPVTNMENITSGFL
[00110] GPLLVLQAGFFLLTRILTlPQSLDSWWTSLNFLGGSPVCLG
QNSQSPTSNHS
[00111] PTSCPPICPGYRWMCLRRFIIFLFILLLCLIFLLVLLDYQGML
PVCPLIPGSTTTN
[00112] TGPCKTCTTPAQGNSMFPSCCCTKPTDGNCTCIPIPSSW
AFAKYLWEWASVR
[00113] FSWLSLLVPFVQWFVGLSPTVWLSAIWMMWYWGPSLYSI
VSPFIPLLPIFFCLWVYI
[00114] R21 410aa comparado com RTSS 424aa = 96,7 % idênticas
[00115] Região C-terminal da proteína de circunsporozoíto sublinhada nas sequências acima
[00116] R21 = 105 aminoácidos
[00117] RTS,S = 116 aminoácidos
[00118] Portanto, 90,5 % de identidade através da sequência de CSP.
[00119] Identidade de sequência geral de R21 para RTSS = 96,7 % idênticas.
[00120] Considerando apenas a identidade da sequência da sequência de CSP (região C-terminal do circunsporozoíto) (região C- terminal da proteína de circunsporozoíto), R21 para RTSS = 90,5 % idênticas.
[00121] Adequadamente, a composição, kit, uso ou método da invenção compreende um polipeptídeo que tem pelo menos 97 % de identidade de sequência com SEQ ID NO: 1.
[00122] Adequadamente, a composição, kit, uso ou método da invenção compreende um polipeptídeo que tem uma sequência de CSP que tem pelo menos 91 % de identidade de sequência com a sequência de CSP de SEQ ID NO: 1.
[00123] Em qualquer caso, uma vantagem chave da R21 em relação à RTS,S deriva do fato de que as VLPs de R21, vantajosamente, evitam (isto é, têm uma ausência de) o excesso de quatro vezes de antígeno de hepatite B na superfície ("S") que é encontrado em VLPs de RTS,S.
Em outras palavras, adequadamente, a proporção CSP:HsBAg é de 1:1 na R21, de modo que a vacina R21 não "desperdiça" sua imunogenicidade, produzindo respostas imunes realmente fortes à hepatite B, o que é irrelevante para a prevenção da malária. Assim, uma vantagem da R21 em relação à RTS,S é que as respostas imunes são concentradas mais completamente nos epítopos da malária, em vez de serem 'diluídas' pelo excesso de epítopos de HsBAg encontrados na RTS,S.
[00124] Adequadamente, a composição da invenção compreende um polipeptídeo, o polipeptídeo está presente como VLP e a VLP compreende sequência de CSP e sequência de HsBAg, em que a proporção CSP:HsBAg na VLP é de 1:1.
[00125] Em uma modalidade preferida, adequadamente, o polipeptídeo está presente na forma de uma partícula de tipo vírus (VLP) e a VLP compreende partes da repetição central e do C-término da sequência da proteína de circunsporozoíto (CSP) e do antígeno de hepatite B na superfície (HBsAg) como uma proteína de fusão, porém, sem moléculas de proteína da hepatite B na superfície não fundidas na VLP. Isto tem a vantagem adicional da ausência de HBsAg não fundido na VLP, a qual é a grande diferença em relação à RTS,S. A frase "partes de" se refere ao fato de que a R21 não tem a repetição central completa ou a sequência C-terminal. A R21 tem cerca da metade do número de repetições centrais NANP, comum nas cepas da malária, ou seja, 19 em vez de 40, e a R21 em uma região C-terminal trincada em sua extremidade em 20 aminoácidos.
[00126] Adequadamente, a composição da invenção compreende um polipeptídeo, em que o dito polipeptídeo está presente na forma de uma partícula de tipo vírus (VLP) e em que a VLP compreende a sequência da proteína de circunsporozoíto (CSP) e a sequência do antígeno de hepatite B na superfície (HBsAg) em uma proporção de 1:1.
[00127] Adequadamente, a composição da invenção compreende um polipeptídeo, em que o dito polipeptídeo está presente na forma de uma partícula de tipo vírus (VLP) e em que a VLP compreende o C- término da sequência da proteína de circunsporozoíto (CSP) e o antígeno de hepatite B na superfície (HBsAg) na proporção de 1:1.
[00128] Adequadamente, a composição da invenção compreende um polipeptídeo, em que o dito polipeptídeo está presente na forma de uma partícula de tipo vírus (VLP) e em que a VLP compreende a repetição central e o C-término da sequência da proteína de circunsporozoíto (CSP) e a sequência do antígeno de hepatite B na superfície (HBsAg) na proporção de 1:1.
[00129] Assim, em um aspecto, a invenção fornece uma composição que compreende um polipeptídeo, em que o dito polipeptídeo compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 1 ou uma sequência que tem pelo menos 80 %, 85 %, 90 %, 95 %, 95 %, 98 % ou 99 % de identidade de sequência com SEQ ID NO: 1 (R21), em que o dito polipeptídeo está na forma de uma partícula de tipo vírus (VLP) e em que a VLP compreende a sequência da proteína de circunsporozoíto (CSP) e a sequência do antígeno de hepatite B na superfície (HBsAg) em uma proporção de 1:1, para uso na imunização de um ser humano suscetível à infecção por Plasmodium falciparum, caracterizada pelo fato de que a dita composição é administrada em um regime de dosagem de pelo menos uma dose de 1 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 0,5 µg a 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade.
[00130] Assim, em um aspecto, a invenção fornece uma composição que compreende um polipeptídeo que compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 1 ou uma sequência que tem pelo menos 80 %, 85 %, 90 %, 95 %, 95 %, 98 % ou 99 % de identidade de sequência com SEQ ID NO: 1 (R21), em que o dito polipeptídeo está na forma de uma partícula de tipo vírus (VLP), em que a dita partícula compreende menos de 10 % de proteína antigênica de hepatite B livre na superfície, para uso na imunização de um ser humano suscetível à infecção por Plasmodium falciparum, caracterizada pelo fato de que a dita composição é administrada em um regime de dosagem de pelo menos uma dose de 1 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 0,5 µg a 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade.
[00131] Assim, em um aspecto, a invenção fornece um método de imunização de um ser humano suscetível à infecção por Plasmodium falciparum que compreende administrar uma composição que compreende um polipeptídeo que compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 1 ou uma sequência que tem pelo menos 80 %, 85 %, 90 %, 95 %, 98 % ou 99 % de identidade de sequência com SEQ ID NO: 1 (R21), em que o dito polipeptídeo está na forma de uma partícula de tipo vírus (VLP), em que a dita partícula compreende menos de 10 % de proteína antigênica de hepatite B livre na superfície, ao dito indivíduo, em que a dita composição é administrada em um regime de dosagem de pelo menos uma dose de 1 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 0,5 µg a 10 µg de R21 por administração para indivíduos de menos de 18 anos de idade.
[00132] Assim, em um aspecto, a invenção fornece uma composição, kit, uso ou método de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que o dito regime de dosagem compreende administrar o dito polipeptídeo que compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 1 ou uma sequência que tem pelo menos 80 %, 85 %, 90 %, 95 %, 98 % ou 99 % de identidade de sequência com SEQ ID NO:
1 (R21), em que o dito polipeptídeo está na forma de uma partícula de tipo vírus (VLP), em que o dito partícula compreende menos de 10 % de proteína antigênica de hepatite B livre na superfície, ao dito ser humano em uma quantidade na faixa de 0,0000125 a 0,0003333 mg/kg para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou 0,00000625 a 0,001667 mg/kg para um indivíduo de menos de 18 anos de idade.
[00133] Assim, em um aspecto, a invenção fornece um método de imunização de um ser humano suscetível à infecção por Plasmodium falciparum que compreende administrar uma composição que compreende um polipeptídeo que compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 1 ou uma sequência que tem pelo menos 80 %, 85 %, 90 %, 95 %, 98 % ou 99 % de identidade de sequência com SEQ ID NO: 1 (R21), em que o dito polipeptídeo está na forma de uma partícula de tipo vírus (VLP) e em que a VLP compreende sequência da proteína de circunsporozoíto (CSP) e sequência do antígeno de hepatite B na superfície (HBsAg) na proporção de 1:1, ao dito indivíduo, em que a dita composição é administrada em um regime de dosagem de pelo menos uma dose de 1 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 0,5 µg a 10 µg de R21 por administração para indivíduos de menos de 18 anos de idade.
[00134] Assim, em um aspecto, a invenção fornece uma composição, kit, uso ou método de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que o dito regime de dosagem compreende a administração do dito polipeptídeo que compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 1 ou uma sequência que tem pelo menos 80 %, 85 %, 90 %, 95 %, 98 % ou 99 % de identidade de sequência com SEQ ID NO: 1 (R21), em que o dito polipeptídeo está na forma de uma partícula de tipo vírus (VLP) e em que a VLP compreende a sequência da proteína de circunsporozoíto (CSP) e a sequência do antígeno de hepatite B na superfície (HBsAg) na proporção de 1:1, ao dito ser humano em uma quantidade na faixa de 0,0000125 a 0,0003333 mg/kg para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou 0,00000625 a 0,001667 mg/kg para um indivíduo de menos de 18 anos de idade.
[00135] De preferência, pelo menos cerca de 40 % ou mais em massa do material proteico da partícula é derivado de Plasmodium falciparum. A capacidade de ter um nível tão alto de material de Plasmodium falciparum nas partículas permite uma resposta de anticorpo mais favorável em relação à malária, mais especificamente uma resposta de anticorpo significativa ao Plasmodium falciparum e uma menor resposta de anticorpo ao antígeno de hepatite B na superfície.
[00136] Uma redução na quantidade relativa do antígeno de hepatite B na superfície nas partículas também pode ter a vantagem de que as partículas têm maior eficácia no início da infância. Se houver excesso do antígeno de hepatite B na superfície, há a preocupação de que os anticorpos maternos presentes em um bebê possam tornar as partículas menos eficazes como imunogênios.
[00137] De preferência, em uma proteína de fusão da invenção, o antígeno de hepatite B na superfície é C-terminal para qualquer material de Plasmodium falciparum.
[00138] A partícula pode compreender uma proteína de fusão que compreende ou consiste na sequência de SEQ ID NO: 1 (R21) ou uma sequência que tem pelo menos 80 %, 85 %, 90 %, 95 %, 98 %, 99 % ou mais de identidade de sequência com a sequência de SEQ ID NO: 1.
[00139] A identidade de sequência percentual é definida como a porcentagem de aminoácidos, em uma sequência, idêntica aos aminoácidos em uma sequência fornecida após alinhamento das sequências e introdução de lacunas, se necessário, para atingir a identidade percentual máxima de sequência. O alinhamento com a finalidade de determinar a porcentagem de identidade de sequência pode ser alcançado de várias maneiras que são bem conhecidas por aqueles versados na técnica e incluem, por exemplo, o uso do BLAST (National Center for Biotechnology Information Basic Local Alignment Search Tool).
[00140] Variações na percentagem de identidade podem ser em virtude, por exemplo, de substituições, inserções ou eliminações de aminoácidos. As substituições de aminoácidos podem ser de natureza conservativa, na medida em que o aminoácido substituído tem propriedades estruturais e/ou químicas similares, por exemplo, a substituição de leucina por isoleucina é uma substituição conservativa.
[00141] De preferência, um polipeptídeo inclui sequências com substituições conservativas que não têm nenhum efeito significativo sobre a imunogenicidade da proteína de fusão resultante.
[00142] Substituições conservativas podem ser feitas, por exemplo, de acordo com a Tabela abaixo. Os aminoácidos no mesmo bloco na segunda coluna e, adequadamente, na mesma linha na terceira coluna podem ser substituídos uns pelos outros: Não polar Gly Ala Pro Ile Leu Val Polar - sem carga Cys Ser Thr Met
ALIFÁTICO Asn Gly Polar - carregado Asp Glu Lys Arg AROMÁTICO His Phe TrpTyr
[00143] Também podem ser introduzidas substituições para combinar melhor a sequência CS de outras linhagens de Plasmodium falciparum. A sequência usada na R21 exemplificativa relatada aqui é da linhagem 3D7.
[00144] De preferência, uma partícula compreende numerosos monômeros da proteína de fusão. A partícula pode compreender pelo menos 10 monômeros de proteínas de fusão, de preferência 20 ou mais, 30 ou mais, 40 ou mais, 50 ou mais, 60 ou mais, 70 ou mais, 80 ou mais, 90 ou mais, 100 ou mais monômeros de proteínas de fusão. Em uma modalidade, a partícula compreende cerca de 96 monômeros de proteínas de fusão.
[00145] De preferência, a partícula é imunogênica. Uma partícula é, adequadamente, capaz de desencadear uma resposta imune contra o parasita causador da malária, Plasmodium falciparum. A resposta imune pode ser terapêutica e/ou profilática. A resposta imune pode ser suficiente para reduzir ou prevenir infecções ou doenças causadas por Plasmodium falciparum. A partícula pode desencadear/produzir uma resposta imune protetora quando administrada a um indivíduo, de preferência um ser humano.
[00146] De preferência, a resposta imune desencadeada pela composição da invenção afeta a capacidade do Plasmodium falciparum de infectar um ser humano imunizado. De preferência, a capacidade do Plasmodium falciparum de infectar um ser humano imunizado com a composição da invenção é impedida ou evitada. Isto pode ser alcançado de várias maneiras. A resposta imune desencadeada pode reconhecer e destruir o Plasmodium falciparum. Alternativa ou adicionalmente, a resposta imune desencadeada pode impedir ou evitar a replicação do Plasmodium falciparum. Alternativa ou adicionalmente, a resposta imune desencadeada pode impedir ou evitar a doença causada pelo Plasmodium falciparum no indivíduo, tal como um ser humano. De preferência, a resposta imune desencadeada é uma resposta de anticorpo.
[00147] Adequadamente, o indivíduo é um ser humano.
[00148] A composição pode ser fornecida em uma formulação líquida. Alternativamente, a composição pode ser fornecida em uma forma liofilizada. Alternativamente, a composição pode ser fornecida em uma formulação com base em açúcar seca sobre membranas, conforme descrito por Alcock et al. (Sci Transl Med. 17 de fevereiro de 2010; 2 (19): 19ral2).
[00149] Polipeptídeo, tal como R21, podem ser produzidos como partículas que expressam a proteína de fusão em Saccharomyces cerevisiae ou Pichia pastoris ou outra levedura metilotrófica, tal como Hansenula polymorpha, e recuperar a proteína de fusão, de preferência na forma de partículas.
[00150] Se a proteína de fusão for expressa em Pichia pastoris ou em outra levedura metilotrófica, a expressão da proteína poderá ser controlada pelo promotor AOX1 ou pelo promotor GAP ou por outro promotor forte (Vogl & Glieder, New Biotechnology. 16 de novembro de
2012. pii: S 1871-6784 (12) 00867-9).
[00151] Se a proteína de fusão for expressa em Saccharomyces cerevisiae, a expressão da proteína pode ser controlada pelo promotor TDH3 ou por outro promotor forte.
[00152] De preferência, a proteína de fusão é expressa em níveis suficientemente altos para que, após lise da levedura, as proteínas de fusão se multimerizem espontaneamente para formar partículas, algumas vezes denominadas como partículas de tipo vírus (VLPs).
[00153] Um ácido nucleico, tal como DNA, que codifica a proteína de fusão pode ser expresso transitória ou constitutivamente pela levedura. O ácido nucleico que codifica a proteína de fusão pode ser integrado ao genoma do hospedeiro ou pode ser transportado em um componente extracelular, tal como um plasmídeo. A levedura pode conter 1, 2, 3, 4, 5 ou mais cópias do ácido nucleico que codifica a proteína de fusão.
[00154] O ácido nucleico que codifica a proteína de fusão pode ter códons otimizados para expressão em leveduras.
[00155] Aqueles versados na técnica serão prontamente capazes de preparar um hospedeiro adequado para expressar o ácido nucleico que codifica a proteína de fusão.
[00156] De preferência, a Saccharomyces cerevisiae ou Pichia pastoris ou outra levedura metilotrófica usada no método da invenção não expressa nenhuma, ou nenhuma significativa, proteína do antígeno de hepatite B na superfície a qual não é parte da proteína de fusão.
[00157] De preferência, a Saccharomyces cerevisiae ou Pichia pastoris ou outra levedura metilotrófica usada no método da invenção não expressa nenhuma, ou nenhuma significativa, proteína CS de Plasmodium falciparum a qual não é parte da proteína de fusão.
[00158] A capacidade de expressar partículas de acordo com a invenção em uma cepa de levedura de alto rendimento, tal como Pichia pastoris, pode simplificar e aprimorar a biofabricação do polipeptídeo, levando a um custo mais baixo dos produtos para fabricação. Esta economia de custo é particularmente importante para uma vacina contra a malária que é dirigida principalmente a populações, especialmente crianças e bebês, em países de baixa renda que requerem uma vacina de baixo custo.
[00159] Uma sequência de ácidos nucleicos que codifica o polipeptídeo pode ser sintetizada. Um vetor que contém a sequência de ácidos nucleicos, em que a sequência de ácidos nucleicos pode ser operativamente ligada a elementos de controle transcricionais, pode ser construída.
[00160] A composição pode ser uma composição farmacêutica.
[00161] A composição pode ser uma composição de vacina.
[00162] A composição é adequada para uso na prevenção da malária.
[00163] A composição pode compreender um carreador, diluente ou excipiente farmaceuticamente aceitável.
[00164] Excipientes e veículos aceitáveis adequados serão bem conhecidos por aqueles versados na técnica. Estes podem incluir veículos sólidos ou líquidos. Veículos líquidos adequados incluem água e solução salina. O polipeptídeo da composição pode ser formulado em uma emulsão ou pode ser formulado em microesferas ou lipossomas biodegradáveis.
[00165] A composição também pode compreender polímeros ou outros agentes para controlar a consistência da composição e/ou para controlar a liberação do antígeno/polipeptídeo da composição.
[00166] Diluentes podem incluir água, solução salina, glicerol ou outros álcoois apropriados, etc.
[00167] A composição pode compreender outros constituintes, tais como agentes umectantes ou emulsificantes; agentes de tamponamento; agentes espessantes, por exemplo, celulose ou derivados de celulose; conservantes; detergentes, agentes antimicrobianos; e assim por diante.
[00168] De preferência, os ingredientes ativos na composição são mais de 50 % puros, em geral mais de 80 % puros, frequentemente mais de 90 % puros e, mais preferivelmente, mais de 95 %, 98 % ou 99 % puros. Com ingredientes ativos se aproximando de 100 % puros, por exemplo, cerca de 99,5 % puros ou cerca de 99,9 % puros, sendo o mais adequado.
[00169] A composição da invenção também pode incluir na mistura um ou mais antígenos adicionais. O um ou mais antígenos adicionais podem ser derivados de Plasmodium falciparum ou de outras espécies de Plasmodium, tais como Plasmodium vivax ou Plasmodium malariae.
[00170] A composição farmacêutica ou composição de vacina pode ser fornecida na forma líquida ou na forma liofilizada.
[00171] De preferência, a composição farmacêutica ou composição de vacina é capaz de produzir uma resposta imune protetora contra o Plasmodium falciparum.
[00172] A frase "produzir uma resposta imune protetora", conforme usada aqui, significa que a composição é capaz de gerar uma resposta protetora em um organismo hospedeiro, tal como um mamífero humano, ao qual ela é administrada. De preferência, uma resposta imune protetora protege contra infecção ou doença subsequente causada por Plasmodium falciparum. A resposta imune protetora pode eliminar ou reduzir o nível de infecção ao reduzir a replicação do Plasmodium falciparum ou afetar o modo de ação do Plasmodium falciparum para reduzir a doença.
[00173] De preferência, se a composição for usada como vacina, a composição compreenderá uma quantidade imunologicamente eficaz de polipeptídeo de acordo com a invenção. Uma "quantidade imunologicamente eficaz" de um antígeno é uma quantidade que, quando administrada a um indivíduo de acordo com o regime ensinado aqui, é eficaz para o tratamento ou prevenção de infecção por Plasmodium falciparum. Esta quantidade variará dependendo da saúde e condição física do indivíduo a ser tratado e do antígeno. Quantidades precisas são descritas como parte dos regimes discutidos aqui.
[00174] A composição pode ser para administração oral, sistêmica, parentérica, tópica, mucosal, intramuscular, intravenosa, intraperitoneal, intradérmica, subcutânea, intranasal, intravaginal, intrarretal, transdérmica, sublingual, por inalação ou aerossol.
[00175] Mais adequadamente, a composição é para administração intramuscular, subcutânea ou intradérmica.
[00176] Mais adequadamente, a composição é para administração intramuscular.
[00177] Mais adequadamente, a composição é para injeção.
[00178] Assim, a administração adequada é intramuscular, subcutânea ou intradérmica.
[00179] A administração mais adequada é intramuscular.
[00180] A administração mais adequada é através de injeção.
[00181] As composições da invenção podem ser capazes de induzir a respostas de anticorpos séricos que mediam a destruição ou inativação do Plasmodium falciparum após serem administradas a um indivíduo. As composições da invenção também podem ser, ou alternativamente ser, capazes de desencadear uma resposta imune que neutraliza o Plasmodium falciparum, impedindo-o de ter sua função normal e prevenindo ou reduzindo a progressão da doença sem necessariamente destruir o Plasmodium falciparum.
[00182] Uma composição de acordo com a invenção pode ser usada isoladamente ou pode ser combinada com uma ou mais outras composições imunogênicas ou de vacina e/ou com um ou mais de outros regimes terapêuticos.
[00183] Adequadamente, a proteína de fusão R21 é usada conforme no documento WO2014/111733. Um exemplo mais preferido é fornecido em SEQ ID NO: 1. Para alguns dos dados de suporte mencionados aqui, esta R21 foi usada, mas com uma pequena extensão C-terminal de 4 aminoácidos, conhecida como "etiqueta C", a qual facilita a purificação imunocromatográfica da partícula de proteína. Assim, a R21 pode opcionalmente ter uma sequência de etiqueta C (EPEA) no C-término. Algumas vezes, esta é denominada "R21c" - consulte SEQ ID NO: 2. A R21c tem a extensão C-terminal de 4 aminoácidos: EPEA (ácido glutâmico - prolina - ácido glutâmico - alanina). Adequadamente, para uso humano, é usada a versão sem etiqueta C de R21 (SEQ ID NO: 1) ou um polipeptídeo que tem alta identidade de sequência, conforme especificado abaixo.
ADJUVANTES
[00184] A composição pode ainda compreender um adjuvante. O adjuvante pode conter saponina. O adjuvante pode ser Abisco ou Matrix-M.
[00185] O adjuvante pode ser um adjuvante com base em esqualeno e/ou um adjuvante com base em ISCOM, tal como Abisco/Matrix-M (da Isconova, Uppsala - agora 'Novavax AB').
[00186] Abisco-100 (conhecido como Matrix-M quando fabricado segundo o padrão GMP) tem o seguinte conteúdo químico: saponinas purificadas obtidas a partir de um extrato bruto da planta Quillaja saponaria Molina; colesterol de lanolina e fosfatidil colina (fosfolipídio) da gema de ovo fresca; em uma suspensão de partículas de tipo gaiola de tamanho nanométrico (40 nm) que consiste nos ingredientes acima, em PBS.
[00187] Matrix-M (ou Abisco-100) consiste em uma mistura de Matrix A e Matrix C na proporção de 80:20 a 95:5, de preferência 85:15. A Matrix A leva à indução de células T e tem baixa toxicidade, a Matrix C induz a anticorpos e tem alguma toxicidade. A Matrix C contém a fração C da separação QS que corresponde a QS21. A fração A (na Matrix A) corresponde a QS7.
[00188] Abisco-100 e Matrix-M são versões pré-clínicas e clínicas do mesmo adjuvante da Novavax AB, respectivamente. Abisco-100 é conhecido como Matrix-M quando fabricado de acordo com o padrão GMP. Adequadamente, o adjuvante da invenção é Abisco-100 ou Matrix-M.
[00189] Mais adequadamente, o adjuvante da invenção é a Matrix- M, o qual tem a vantagem de ser clinicamente aceitável para uso humano.
[00190] Mais adequadamente, Matrix-M é da Novavax AB, Kungsgatan, 109, SE-753 18 Uppsala, Suécia.
PROPORÇÕES DE COMPONENTES
[00191] Adequadamente, o antígeno (tal como R21) e o adjuvante (tal como Matrix-M) são administrados ou estão presentes na composição nas proporções descritas aqui.
Proporção Quantidade de Quantidade de Quantidade de Quantidade de antígeno : antígeno (> = adjuvante antígeno adjuvante adjuvante 18 anos) (> = 18 anos) (< 18 anos) (< 18 anos) (1 µ g a 50 µ g) a (20 (0,5 µ g a 25 µ g) a 1:1 a 1:50 1 µ g a 20 µ g 0,5 µ g a 10 µ g µ g a 1000 µ g) (10 µ g a 500 µ g) (2 µ g a 20 µ g) a (40 (1 µg a 10 µg) a (20 1:2 a 1:20 1 µ g a 20 µ g 0,5 µ g a 10 µ g µ g a 400 µ g) µ g a 200 µ g) (10 µ g a 200 µ g) a (5 µ g a 10 µ g) a 1:10 a 1:20 1 µ g a 20 µ g 0,5 µ g a 10 µ g (200 µ g a 400 µ g) (100 µ g a 200 µ g) 1:25 1 µ g a 20 µ g (25 µ g) a (500 µ g) 0,5 µ g a 10 µ g (12,5 µ g) a (250 µ g) (5 µg a 250 µg) a (2,5 µ g a 125 µ g) a 1:1 a 1:50 5 µ g a 20 µ g 2,5 µ g a 10 µ g (20 µ g a 1000 µ g) (10 µ g a 500 µ g) (10 µ g a 100 µ g) a (5 µ g a 50 µ g) a (20 1:2 a 1:20 5 µ g a 20 µ g 2,5 µ g a 10 µ g (40 µ g a 400 µ g) µ g a 200 µ g) (50 µ g a 100 µ g) a (25 µ g a 50 µ g) a 1:10 a 1:20 5 µ g a 20 µ g 2,5 µ g a 10 µ g (200 µ g a 400 µ g) (100 µ g a 200 µ g) 1:25 5 µ g a 20 µ g (125 µ g) a (500 µ g) 2,5 µ g a 10 µ g (62,5 µ g) a (250 µ g) 1:1 a 1:50 10 µ g (10 µ g) a (500 µ g) 5 µg (5 µ g) a (250 µ g) 1:2 a 1:20 10 µ g (20 µ g) a (200 µ g) 5 µg (10 µ g) a (100 µ g) 1:10 a 1:20 10 µ g (100 µ g) a (200 µ g) 5 µg (50 µ g) a (100 µ g) 1:25 10 µ g (250 µ g) 5 µg (125 µ g)
[00192] A menos que seja de outro modo evidente a partir do contexto, as doses mencionadas aqui são para seres humanos.
[00193] A menos que seja de outro modo evidente a partir do contexto, as quantidades de componentes das composições mencionadas aqui são fornecidas 'por dose'. Obviamente, pode ser desejável preparar um lote maior das composições mencionadas e dividi-lo ou transformá-lo em alíquotas de doses posteriormente, por exemplo, antes de administração ou antes de distribuição/transporte.
DOSES
[00194] Uma dose é uma quantidade de composição para uma única administração a um ser humano.
[00195] Assim, pode ser apreciado que uma composição da invenção pode ser fornecida em uma quantidade que contém doses múltiplas. Isto é útil, por exemplo, para minimizar os custos de embalagem e distribuição - um frasco único que contém várias doses pode ser transportado/refrigerado por um custo menor do que uma dose por frasco. As doses podem ser simplesmente retiradas no ponto de administração. Um único frasco pode conter uma quantidade de composição para o número de doses a serem administradas. A quantidade de composição pode ser 'embalada em excesso' para fornecer uma margem de erro, por exemplo, se uma quantidade da composição não puder ser retirada do frasco em virtude da tensão superficial ou o risco de introdução de bolhas de ar ou bloqueios de ar durante o processo de administração. Assim, em uma modalidade, a invenção se refere a um frasco que contém pelo menos duas doses da composição de acordo com a presente invenção, mais adequadamente pelo menos três doses da composição de acordo com a presente invenção, mais adequadamente pelo menos duas doses mais 10 % da composição de acordo com a presente invenção, mais adequadamente pelo menos três doses mais 10 % da composição de acordo com a presente invenção.
[00196] Em algumas modalidades, as doses fornecidas ou administradas podem ter quantidades diferentes de antígeno, tais como quantidades diferentes de R21. Neste sentido, a composição 'final' deve ter seu significado normal, isto é, a última composição administrada a um indivíduo em um único regime de imunização (curso de imunização).
[00197] Por exemplo, para a primeira dose, a quantidade de R21 será conforme descrito acima, por exemplo, 1 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou 0,5 µg a 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade. Para a dose final (isto é, a segunda dose em um regime de duas doses e a terceira dose em um regime de três doses),
a quantidade de R21 pode ser reduzida 2 a 10 vezes, mais adequadamente reduzida 5 vezes. Em outras palavras, para a dose final (isto é, a segunda dose em um regime de duas doses ou a terceira dose em um regime de três doses), a quantidade de R21 pode ser 10-50 % da quantidade na primeira dose, mais adequadamente 20 % da quantidade na primeira dose.
[00198] Em outras modalidades, a dose final tem uma quantidade de R21 de 100 % da quantidade da primeira.
[00199] Em outras modalidades, cada dose tem a mesma quantidade de R21.
[00200] Evidentemente, embora as quantidades na primeira dose sejam convenientemente expressas em faixas, a quantidade real administrada terá um valor absoluto dependendo, por exemplo, da escolha do operador, do peso do indivíduo ou da idade do indivíduo, etc. A quantidade na dose final também terá um valor absoluto através de referência à quantidade real administrada na primeira dose. Adequadamente, a quantidade real administrada na primeira dose é registrada. Adequadamente, a quantidade na dose final é calculada através de referência à dita quantidade real registrada administrada na primeira dose.
[00201] A título de exemplo, se a primeira dose para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade compreender 10 µg de R21, em uma modalidade, adequadamente, a dose final compreenderá 1 a 5 µg de R21, mais adequadamente 2 µg de R21.
[00202] Em uma modalidade, o regime de dosagem pode compreender 2 doses - uma primeira dose de 10 µg de R21 e uma dose final de 1 a 5 µg de R21, mais adequadamente 2 µg de R21.
[00203] Em uma modalidade, o regime de dosagem pode compreender 3 doses - uma primeira dose de 10 µg de R21, uma segunda dose idêntica à primeira dose (isto é, uma segunda dose de
10 µg de R21) e uma dose final de 1 a 5 µg de R21, mais adequadamente 2 µg de R21.
[00204] Adequadamente, os kits de acordo com a presente invenção compreendem instruções para administração a um ser humano. Adequadamente, as ditas instruções especificam um ou mais dentre: a quantidade de dosagem de antígeno, a quantidade de dosagem de adjuvante, o número de doses, o intervalo entre as doses e a via de administração, cada um conforme descrito aqui.
[00205] Adequadamente, as ditas instruções são instruções impressas. Adequadamente, as ditas instruções podem ser impressas em um rótulo. O dito rótulo pode ser preso ao recipiente que contém a composição.
[00206] Em uma modalidade, são usadas vacinações com 10 µg de R21/50 µg de Matrix-M1.
[00207] Em uma modalidade, são usadas 3 vacinações com 10 µg de R21/50 µg de Matrix-M1 (incluindo a terceira na semana 8). Em uma modalidade, são usadas vacinações com 10 µg de R21/50 µg de Matrix- M1 na semana 8, com a dose final (por exemplo, terceira) reduzida de 50 mcg para 10 mcg.
[00208] Em uma modalidade, é preferido um regime de 3 doses. O regime de dose de 3 (algumas vezes denominado como 'regime padrão') funciona muito bem para conferir uma eficácia de 82 %. Mais adequadamente, são administradas três doses em intervalos de quatro semanas.
[00209] Os inventores geraram evidência, a partir de respostas imunes, de que duas doses podem ser suficientes. Um regime de duas doses seria altamente benéfico na prática e que demonstra boa eficácia com duas doses representa um avanço. A administração de apenas 2 doses reduz os custos e o trabalho na administração, além de facilitar uma proporção maior de indivíduos que completam o curso das doses.
Doses em mg/kg µg de polipeptídeo, Faixa (mg/Kg) para seres humanos de pelo menos 18 tal como R21 anos de idade µg a partir de (60 Kg) para (80 Kg) 1 0,0000167 0,0000125 2 0,0000333 0,000025 3 0,00005 0,0000375 4 0,0000667 0,00005 5 0,0000833 0,0000625 6 0,0001 0,000075 7 0,0001167 0,0000875 8 0,0001333 0,0001 9 0,00015 0,0001125 10 0,0001667 0,000125 11 0,0001833 0,0001375 12 0,0002 0,00015 13 0,0002167 0,0001625 14 0,0002333 0,000175 15 0,00025 0,0001875 16 0,0002667 0,0002 17 0,0002833 0,0002125 18 0,0003 0,000225 19 0,0003167 0,0002375 20 0,0003333 0,00025 Doses em mg/kg µg de polipeptídeo, Faixa (mg/Kg) para seres humanos de menos de 18 tal como R21 anos de idade* µg a partir de (6 Kg)* a (80 kg)* 0,5 0,0000835 0,00000625 1 0,000167 0,0000125 2 0,000333 0,000025 3 0,0005 0,0000375 4 0000667 0,00005 5 0,000833 0,0000625 6 0,001 0,000075 7 0001167 0,0000875 8 0001333 0,0001 9 00015 0,0001125 10 0,001667 0,000125
[00210] * Indivíduos de menos de 18 anos de idade e idades diferentes podem ter pesos diferentes e o médico normalmente leva isto em consideração ao determinar a dose. Em particular, bebês de 2 a 12 meses de idade podem pesar menos do que os valores mostrados acima - as doses em mg/kg fornecidas aqui podem ser simplesmente usadas para calcular a dose correspondente, levando em consideração o peso do indivíduo para o qual a dose será administrada.
INTERVALOS
[00211] A menos que de outro modo evidente a partir do contexto, o intervalo é o tempo entre as doses. A primeira dose administrada é 'dia 0/dia zero'. O intervalo é o tempo até a próxima dose.
[00212] Adequadamente, pode ser usado um intervalo de 2 dias a 12 meses.
[00213] Mais adequadamente, é usado um intervalo de 1 a 12 semanas.
[00214] Mais adequadamente, é usado um intervalo de 3 a 12 semanas.
[00215] Mais adequadamente, é usado um intervalo de 4 semanas.
[00216] Por exemplo, os seguintes regimes de vacina podem ser usados:
[00217] Vacinações no Grupo 1 - nas semanas 0,4 e 8
[00218] Vacinações no Grupo 2 - nas semanas 0,4 e 8
[00219] Vacinações no Grupo 3 - nas semanas 0,4 e 8, além das vacinas de vetor viral nas semanas 1 e 9 (ou outros pontos de tempo convenientes).
[00220] Mais adequadamente, vacinações no Grupo 3 - nas semanas 0,4 e 8, além de vacinas de vetor viral nas semanas 1 e 9.
INTERFERÊNCIA
[00221] Uma outra vantagem pode ser reduzir ou evitar problemas de interferência.
[00222] É desejável fornecer proteção contra malária por P. falciparum (por exemplo, usando R21) e P. vivax. Portanto, em algumas modalidades, a invenção se refere a composições para imunização contra os dois patógenos. A invenção, vantajosamente, evita ou reduz os problemas de interferência que podem ser esperados com esta abordagem.
[00223] A proteção adequada contra P. vivax é obtida pela administração de Rv21. Adequadamente, a Rv21 é conforme descrito em Salman et al. 2017 (Rational Development of a Protective P. vivax Vaccine Evaluated with Transgenic Rodent Parasite Challenge Models. Sci. Rep. 7, 46482), o qual é aqui incorporado por referência, especificamente quanto à construção da VLP de Rv21.
[00224] Mais detalhadamente, Rv21 é uma partícula de tipo vírus (VLP) que consiste nas repetições centrais quiméricas de PvCSP VK210/VK247 e na sequência de CSP C-terminal fundida ao gene do antígeno de hepatite B na superfície (HepB-S), opcionalmente com uma sequência de etiqueta C de quatro aminoácidos (Glu-Pro-Glu-Ala) C- terminalmente posicionada. A etiqueta pode ser omitida ou incluída para uso humano - por exemplo, no ensaio clínico descrito na seção Exemplos, a etiqueta está incluída. Muito provavelmente, a etiqueta é omitida para uso humano. O uso de códons dos genes de fusão foi otimizado para expressão em Pichia pastoris e a produção da proteína de fusão intracelular (PvCSP-HepB-S) foi avaliada em três cepas com silenciamento (knockout) de protease e a cepa de P. pastoris de tipo selvagem usando um estudo de expressão no curso de tempo. A cepa de P. pastoris com silenciamento duplo para as proteases prb1 e pep4 apresentou níveis ideais de expressão proteica após 108 horas de indução com metanol. A presença da proteína de fusão PvCSP-HepB- S foi confirmada por meio de análises Western blot usando anticorpos contra PvCSP VK210, PvCSP VK247 e HepB-S. A presença, tamanho e pureza da proteína Rv21 foram obtidos usando uma técnica sensível à coloração de prata.
[00225] O protocolo usado para a purificação da proteína de fusão VLP foi usado para a R21 e envolveu duas etapas (Collins, Brod et al. Scientific Reports, 2017). A primeira consistia em uma purificação por afinidade usando uma matriz de etiqueta C de captura selecionada ligada à proteína de fusão sob condições neutras. Além de coletar a banda proteica esperada que corresponde à proteína PvCSP-HepB-S, a amostra também continha proteínas adicionais. O conjunto de partículas VLP foi detectado usando microscopia de transmissão eletrônica (em inglês, Transmission Electron Microscopy - TEM). Uma etapa de purificação subsequente foi realizada através de cromatografia de exclusão de tamanho, de modo a limpar a amostra das outras proteínas com diferentes tamanhos moleculares e remover a alta concentração de sais (tampão de eluição). Uma única banda de proteína do tamanho esperado da proteína PvCSP-HepB-S (75 kDa) foi visualizada usando a técnica de coloração com prata e TEM mostrou uma população mais homogênea de VLPs com um formato globular, com algumas protuberâncias ou picos na superfície, provavelmente em virtude da presença da proteína PvCSP na superfície. A Rv21 purificada foi usada para imunizar camundongos usando uma dose baixa de 0,5 µg/camundongo e empregando um protocolo de imunização homólogo com um reforço primário, usando um intervalo de uma semana entre as imunizações. Em vez de administrar o adjuvante AS01, usado normalmente para a vacinação RTS,S, foi usado adjuvante Matrix-M (Novavax AB, Uppsala, Suécia) para aumentar a imunogenicidade e a eficácia protetora da Rv21. Matrix-M é adequado para uso humano e consiste em partículas 40 nm com base em saponina que podem ativar e recrutar células imunes para os nódulos linfáticos de drenagem e baço.
[00226] O regime da presente invenção administra R21 com RV21 como uma mistura (por exemplo, em 2 a 3 doses, conforme acima).
[00227] Vantajosamente, este regime tem a vantagem da ausência de interferência (de um com o outro).
[00228] Assim, em uma modalidade, a invenção fornece uma composição conforme descrito acima, que compreende ainda Rv21.
[00229] Quando a composição da invenção compreende ainda Rv21, adequadamente, a quantidade de Rv21 usada deve ser aproximadamente a mesma conforme aquela para R21, mais adequadamente, exatamente aquela para R21.
OUTRAS MODALIDADES
[00230] Em uma modalidade, a dose compreende ou consiste em 10 mcg DE R21 em 50 mcg de Matrix-M (para adultos) (isto é, proporção R21:Matrix-M = 1:5) e/ou 5 mcg de R21 em 50 mcg de Matrix-M (para crianças) (isto é, proporção R21:Matrix-M = 1:10).
[00231] Em uma modalidade, a dose compreende uma quantidade constante de adjuvante, tal como Matrix-M. Esta quantidade constante pode ser 50 mcg de Matrix-M. Assim, a invenção fornece uma ou mais doses que compreendem ou consistem em 10 mcg de R21 em 50 mcg de Matrix-M; ou 5 mcg de R21 em 50 mcg de Matrix-M; ou 2 mcg de R21 em 50 mcg de Matrix-M. A quantidade de 50 mcg de Matrix-M pode ser para adultos (indivíduos de pelo menos 18 anos de idade) e/ou para crianças (indivíduos de menos de 18 anos de idade). Evidentemente, a quantidade de antígeno, tal como R21, deve ainda ser cuidadosamente selecionada de acordo com as orientações fornecidas aqui.
VANTAGENS
[00232] Documentos como Salman et al. 2017 (Rational Development of a Protective P. vivax Vaccine Evaluated With Transgenic Rodent Parasite Challenge Models. Sci. Rep. 7, 46482) e documentos mais relevantes sobre P. falciparum/R21, citados na seção Antecedentes acima, estão focados em camundongos. Os camundongos são um guia muito pobre para a dosagem necessária de uma vacina em seres humanos e isto deve ser determinado, por exemplo, em ensaios clínicos. Os camundongos têm, tipicamente, 20 gramas e os adultos humanos pesam, tipicamente, 60-80 kg, o que é uma diferença de 3000 a 4000 vezes. Portanto, uma simples extrapolação de uma dose de 1 mcg que funciona em um camundongo requereria 3000 a 4000 mcgs em seres humanos. No entanto, um guia melhor é a dose de outras vacinas similares usadas em seres humanos. A vacina mais intimamente relacionada a R21 é a RTS,S, para o qual a dosagem-padrão para adultos é de 50 mcgs. É por isto que os inventores testaram inicialmente 50 mcg em seus dois primeiros ensaios clínicos (Vac053 e Vac056). Contudo, nas imunizações subsequentes, surpreendentemente, descobriu-se que 1-20 mcg, especialmente 10 mcg e até 2 mcg em adultos humanos, era uma dose adequada de R21. Estas dosagens são 2,5 vezes, 5 vezes e 25 vezes menores do que aquelas necessárias para produzir a mesma resposta imune com a RTS,S - esta é uma descoberta muito surpreendente. Salman et al. (Ibid.) mostraram, para a Rv21, que a dose necessária para eficácia em camundongos de 20 gramas era de 5 mcg ou 0,5 mcg por dose, sugerindo que a dose para seres humanos seria de pelo menos 50 mcg e, provavelmente, substancialmente mais, em virtude da massa > 3000 maior dos seres humanos.
[00233] Cabe ressaltar que Collins et al., 2017, em última análise, recomendam a combinação de R21 com vetores virais, tais como vetores virais com base em PbTRAP. Em contraste, a presente invenção se refere à administração de R21 e, em particular, R21 em doses extremamente baixas (2 a 3 ordens de magnitude menor do que aquelas ensinadas por Collins et al.) para eficácia protetora. Isto é surpreendente por si só em virtude das doses excepcionalmente baixas usadas. Além disso, isto é ainda mais surpreendente tendo em vista os ensinamentos de Collins et al., uma vez que a presente invenção mostra que as doses particulares e os regimes de administração produzem estes efeitos sem a necessidade de combinação com outros vetores, tais como os vetores virais com base em PbTRAP, o que é uma vantagem adicional da invenção.
[00234] A mera extrapolação do estado da técnica não é possível, e a imunogenicidade e eficácia muito altas com as baixas doses ensinadas aqui são genuinamente surpreendentes para os inventores. Além disso, o perfil de segurança notavelmente aprimorado com doses baixas é outro benefício técnico surpreendente e é algo que os próprios inventores não previram. Assim, uma contribuição fundamental para a técnica é a abordagem de baixa dose (composições/regimes) ensinada aqui. Esta abordagem tem utilidade para a fabricação (baixos custos), segurança (menos efeitos colaterais demonstrados) e durabilidade da resposta: significativamente melhor com uma dose baixa (1-20 mcg, mais adequadamente, 10 mcg) do que com a dose completa (50 mcgs).
[00235] Além disso, há benefícios específicos para modalidades que compreendem regimes de duas doses; proteger seres humanos, tais como bebês, com duas doses em vez de três pode ser um grande benefício para a implantação em países em desenvolvimento - um benefício logístico e um custo reduzido de bens (isto é, custo reduzido de menos doses), além de maior segurança e durabilidade (vantagens que a dose mais baixa também oferece).
[00236] Conforme observado acima, a interferência com combinações é um desafio no campo. Em camundongos, testamos isto. Os inventores afirmam que há evidência suficiente de que, frequentemente, há interferência com vacinas de subunidades mistas; a abordagem descrita aqui tem o benefício adicional da ausência de interferência. Neste contexto, a combinação é R21 com Rv21.
[00237] Outros aspectos particulares e preferidos são apresentados nas reivindicações independentes e dependentes anexas. As características das reivindicações dependentes podem ser combinadas com as características das reivindicações independentes, conforme apropriado, e em combinações diferentes daquelas explicitamente apresentadas nas reivindicações.
[00238] Quando uma característica de dispositivo é descrita como operável para conferir uma função, será apreciado que isto inclui uma característica de dispositivo que confere esta função ou que é adaptada ou configurada para conferir esta função.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[00239] As modalidades da presente invenção serão agora descritas com referência aos desenhos anexos, nos quais:
[00240] a Figura 1 mostra diagramas. Comparação de algumas características das partículas de tipo vírus das vacinas R21 e RTS,S. Uma densidade maior de sequências de CSP na superfície da VLP de R21 comparado com a partícula RTS,S pode estar relacionada a características favoráveis da vacina R21, tal como a falta de indução de níveis significativos de anticorpos para a sequência de HBsAg.
[00241] A Figura 2 mostra um fluxograma. Vac053, ensaio clínico de Fase I da vacina R21, conduzido no Reino Unido, com Oxford como principal centro clínico (Venkatraman et al.). 75 indivíduos foram selecionados para elegibilidade e 31 inscritos. Observe que os indivíduos do grupo 2 não receberam um adjuvante com a R21. Doses de R21 conforme mostrado na figura. Nos grupos 1, 3 e 4, a dose de Matrix-M foi de 50 microgramas em todos os indivíduos.
[00242] A Figura 3 mostra um gráfico de barras. Melhor perfil de segurança para R21/Matrix-M 50 µg RTS,S/AS01 vs 10 µg de R21/Matrix-M. O perfil de segurança da R21 (10 mcgs) no adjuvante Matrix-M (50 mcgs) comparado com RTS,S/AS01 (50 mcgs de RTS,S). Os eventos adversos locais e sistêmicos foram classificados em uma escala de gravidade padrão de 1 (mínimo) a 3 (mais grave). O perfil de reatogenicidade da R21/Matrix-M foi significativamente melhor estatisticamente do que a RTS,S/AS01 após a segunda dose (dados mostrados) e também após a primeira dose (dados não mostrados). O perfil de segurança da R21/Matrix-M foi melhor, mas não significativamente.
[00243] As Figuras 4A e 4B mostram gráficos de barras. É mostrado um excelente perfil de segurança para a dose baixa de 2 µg de R21/Matrix-M. O perfil de segurança da R21/Matrix-M foi melhorado ainda mais ao diminuir a dose de R21 (mas não Matrix-M) para apenas 2 microgramas (Figura 4B).
[00244] A Figura 5 mostra gráficos. Dados de imunogenicidade clínica de R21 são mostrados; a Figura 5A mostra a imunogenicidade dependente de Matrix-M; a Figura 5B mostra 10 µg de R21/MM comparável a 50 µg de RTS,S/AS01B.
[00245] Figura 5A : Cursos medianos de tempo de IgG contra a região de repetição NANP de CSP em VAC53. Os cursos de tempo mostrados são as medianas para o Grupo 1 (= "G1") (10 µg de R21 em Matrix-M (aqui abreviado para MM)), G2 (50 µg (= 50 microgramas) de R21 sem adjuvante) e G3 (50 µg de R21 em MM) e são calculadas usando os dados de todos os voluntários que concluíram o acompanhamento: G1 n = 10, G2 n = 3, G3 n = 8. Os níveis médios de IgG específicos para NANP foram significativamente maiores após as segunda e terceira vacinações nos grupos com adjuvante comparado com os grupos que receberam R21 sem adjuvante. A IgG específica para NANP foi aumentada novamente após a terceira vacinação, porém, apenas nos grupos que receberam R21 em MM. A maior resposta mediana de anticorpos ao NANP foi observada no grupo com 10 µg de R21/MM 2 semanas após a terceira vacinação.
[00246] Figura 5B : Os cursos de tempo médio de IgG específica para NANP são mostrados para G1 e G3 no VAC53 e comparado com as respostas observadas no estudo VAC55 (NCT: 01883609) em voluntários que receberam 50 µg de RTS,S/AS01B nas semanas 0, 4 e
8. Os níveis médios de IgG específica para NANP são comparáveis entre o grupo com 10 µg de R21/MM e 50 µg de RTS,S/AS01B após cada vacinação.
[00247] As respostas dos anticorpos contra NANP são analisadas usando um ensaio imunoabsorvente enzimático (em inglês, Enzyme- Linked ImmunoSorbent Assay - ELISA) e foram conduzidas conforme publicado por Rampling et al. (J Infect Dis (2016) 214 (5): 772-781. DOI: https://doi.org/10.1093/infdis/jiw244). Um conjunto de soros positivos para IgG específica para NANP foi usado para formar uma curva-padrão em cada placa. As unidades arbitrárias de ELISA (EUs) foram calculadas para cada amostra com base na densidade óptica (OD405) da amostra e nos parâmetros da curva-padrão.
[00248] A Figura 6 mostra gráficos. Durabilidade da resposta de anticorpos; 10 µg de R21 geraram titulações de anticorpo significativamente mais altas do que 50 µg de R21 aos 6 meses.
[00249] Durabilidade das respostas de IgG específicas para NANP medidas usando o método ELISA padronizado usado na Figura 5. A IgG específica para NANP foi medida para voluntários no VAC53 G1 e G3 no dia 238 (D238). Neste ponto de tempo tardio, os níveis de anticorpos foram significativamente mais altos no grupo com 10 µg de R21/MM comparado ao grupo com 50 µg de R21/MM (análise de Mann-Whitney, P = 0,02, linhas mostram as medianas), indicando uma durabilidade surpreendentemente melhor com a dose mais baixa da vacina.
[00250] A Figura 7 mostra gráficos. O regime de doses mais baixas induz uma resposta de Tfh qualitativamente diferente e aumenta as células B.
[00251] A fenotipagem das células T auxiliares foliculares em circulação (cTfh) e células B em mononucleócitos de sangue periférico (em inglês, peripheral blood mononucleocytes - PBMCs) de voluntários no VAC65 no período de um dia antes do desafio da malária, denominado dia C-1 (D76). Comparação de 10 µg de R21/MM e 50 µg de R21/MM. A fenotipagem de cTfh é obtida pela coloração de células com anticorpos marcados com fluorescência contra marcadores específicos e analisada por meio de citometria de fluxo. As Tfhs em circulação são definidas como linfócitos individuais vivos, os quais são células T PD1+CXCR5+CD45RA-CD4+, e são divididos em subconjuntos pela expressão dos receptores de quimiocinas CXCR3 e CCR6 como: Tfh17 (CXCR3-CCR6+), positivo duplo/dp (CXCR3+CCR6+), Tfh1 (CXCR3+CCR6-) e Tfh2 (CXCR3-CCR6-), conforme publicado anteriormente (Schmitt, Bentebibel e Ueno, Trends in Immunology,
2014. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.it.2014.06.002). As células B foram fenotipadas da mesma maneira usando marcadores para CD19, CD20, CD21, CD27, IgD, IgG e IgM. As células B CD19+CD20+ foram classificadas por expressão de IgD e CD27 como "memória comutada" (IgD-CD27+), "memória não comutada" (IgD+CD27+), "dupla negativa" (IgD-CD27-) ou "virgens" (IgD+CD27+), conforme anteriormente publicado (Sanz et al., Semin Immunol 2008 DOI:
10.1016/j.smim.2007.12.006).
[00252] ↑ células B totais; ↑ células B de memória comutada (IgD- CD27+); ↑ IgG+ MBC; ↑ IgG: IgM.
[00253] Figura 7A : Porcentagem de subconjuntos no total de cTfh. G1 (10, 10, 10 µg de R21/MM) tem uma proporção significativamente maior de cTfh Tfh2 do que G2 (50, 50, 10 µg de R21/MM, análise de Mann-Whitney, P = 0,0018). Esta resposta mais alta de Tfh2 com a dose mais baixa de R21/MM pode ser responsável pelo melhor desempenho da dose mais baixa da vacina.
[00254] Seção entre retângulo (com seta) indica que cTfhs CXCR3- CCR6- são melhores em fornecer ajuda às células B (Locci et al., Immunity 2013).
[00255] Figura 7B : Porcentagem de células B CD19+CD20+ nos linfócitos. Percentagem significativamente maior de células B CD19+CD20+ nos linfócitos no grupo com 10, 10, 10 µg de R21/MM do que no grupo com 50, 50, 10 µg de R21/MM (análise de Mann-Whitney, P = 0,0104).
[00256] Figura 7C : Porcentagem de células B de memória comutada (CD19+CD20+IgD-CD27+) nos linfócitos. Há uma porcentagem significativamente maior de células B de memória comutada dentro dos linfócitos no grupo com 10, 10, 10 µg de R21/MM (análise de Mann- Whitney, P = 0,0004) o que, mais uma vez, pode estar relacionado ao melhor desempenho da dose mais baixa da vacina.
[00257] A Figura 8 mostra gráficos. Dose de R21/Matrix-M muito baixa de 2 µg; Imunogenicidade ainda elevada com esta dose muito baixa; descobriu-se que a reatogenicidade é mínima nesta dose muito baixa.
[00258] Respostas de IgG específicas para NANP medidas por ELISA, conforme nas Figuras 5 e 6. Comparação de respostas de anticorpos específicas para NANP no dia 28 (D28), D56 e D84 em VAC53 em voluntários vacinados com 2, 10 ou 50 µg de R21 em MM. O ensaio foi concluído para todas as amostras disponíveis no momento do ensaio - alguns voluntários ainda não haviam passado nestes períodos. A análise de Kruskal-Wallis com o teste de Dunn para comparações múltiplas em cada ponto do tempo mostra uma titulação significativamente menor no grupo com 2 µg em D28 e D56, mas não no dia 84 (Kruskal-Wallis, P = 0,022, P = 0,050 e P = 0,212 em D28, D56 e D84, respectivamente). As linhas indicaram medianas em cada grupo em cada momento. As titulações similares no dia 84 nos grupos de doses sugerem que mesmo esta dose muito baixa de R21 pode muito bem ser protetora.
[00259] A Figura 9 mostra uma tabela. VAC065 - Estudo de desafio de esporozoíto de Fase I/IIa; 31 vacinados (11, 11, 9 nos grupos 1, 2 e 3) e 6 controles foram submetidos ao CHMI em 30 e 31 de janeiro de
2017.
[00260] Sumário da concepção e grupos do Vac065, o estudo de Fase IIa de infecção por malária humana (CHMI) realizado em Oxford em 2016-2017.
[00261] A Figura 10 mostra um gráfico. 82 % de eficácia com uma baixa dose de R21/Matrix-M. Proporção protegida (%) P Valor Grupo 1 9/11 (82 %) P = 0,0009 10, 10, 10 Grupo 2 7/11 (64 %) P = 0,004 50, 50, 10 Grupo 3 6/9 (67 %) P = 0,006 10, 10, 10 + vetores
[00262] Sumário da eficácia dos esquemas de vacina dos Grupos 1 - 3 no estudo Vac065 CHMI. A maior eficácia foi observada, surpreendentemente, com o regime simples de baixa dose do grupo 1, no qual três doses semanais de 10 microgramas de R21 em 50 microgramas de Matrix-M foram usadas, com uma proporção de vacina para adjuvante de 1:5. Menor eficácia foi observada nos outros grupos. A curva de tempo de Kaplan-Meier para o diagnóstico da malária mostra que, no Grupo 1, os dois (de onze) vacinados que desenvolveram malária o fizeram vários dias após os indivíduos de controle. Isto indica que a vacina reduziu o número de parasitas, levando a uma infecção no estágio sanguíneo, de modo que os parasitas foram detectados posteriormente. Portanto, nestes dois indivíduos, havia clara evidência de eficácia parcial da vacina.
[00263] A Figura 11 mostra um gráfico. Eficácia de três doses de 10 µg de R21/Matrix-M vs 50 µg de RTS,S/AS01.
[00264] Comparação da eficácia da vacina R21 em Matrix-M com a eficácia da vacina RTS,S/AS01, usada em um regime-padrão de 0, 4, 8 semanas com 50 mcg de RTS,S em AS01, em estudos CHMI anteriores no Reino Unido e EUA, comparado com controles não vacinados nos mesmos ensaios. A eficácia da vacina R21 é maior em 82 % do que a vacina RTS,S, a qual é de 58 %, e esta diferença se aproxima da significância estatística (p valor biconfigurado = 0,16; p valor uniconfigurado = 0,08).
[00265] A Figura 12 mostra um gráfico. A imunogenicidade após duas doses de R21/Matrix-M pode ser maior do que após três (regime de dias 0, 28, 56).
[00266] Média Geométrica dos cursos de tempo para IgG específica para NANP (medida usando o mesmo método ELISA conforme nas figuras anteriores). Os cursos de tempo são mostrados para 10 µg de R21/MM (VAC53 G1) e 50 µg de RTS,S/AS01B no VAC55 G2 e VAC59 G1. As respostas de anticorpos após a segunda vacinação são significativamente mais altas no grupo com 10 µg de R21/MM comparado com qualquer um dos grupos com 50 µg RTS,S/AS01B. Embora estas titulações sejam reforçadas por uma terceira vacinação, elas são aumentadas para níveis comparáveis ao pico após a segunda dose e caem mais rapidamente após a segunda vacinação. Esta imunogenicidade de alto nível após apenas duas doses, com uma titulação comparável aos níveis observados após três doses, sugere fortemente que, inesperadamente, um regime de duas doses de R21 pode conferir eficácia significativa (assim como o regime de três doses).
[00267] A Figura 13 mostra gráficos.
[00268] A Figura 14 mostra um gráfico.
[00269] A Figura 15 mostra um gráfico.
[00270] A Figura 16 mostra um gráfico.
EXEMPLOS Exemplo 1: Um Estudo de Segurança e Eficácia da R21 +/- ChAd63/MVA ME-TRAP
[00271] Patrocinador:
[00272] Universidade de Oxford
[00273] Informações fornecidas por (parte responsável):
[00274] Universidade de Oxford
[00275] Identificador ClinicalTrials.gov:
[00276] NCT02905019 Objetivo
[00277] O objetivo deste estudo é avaliar a segurança e a eficácia da R21 com adjuvante apenas e em combinação com um regime de vacina com vetor viral (que constitui R21 com adjuvante + ChAd63 e MVA que codifica ME-TRAP) contra o desafio de esporozoítos da malária em voluntários saudáveis e não expostos.
[00278] Voluntários adultos saudáveis serão recrutados em Londres, Oxford e Southampton.
[00279] Todas as vacinas serão administradas por via intramuscular. O estudo envolve ter duas, três ou cinco vacinações e, em seguida, sofrer infecção por malária ou não receber nenhuma vacina, em seguida, sofrer infecção por malária. Condição Intervenção Estágio Produto Biológico: R21 com Matrix-M1 Fase 1 Malária Produto Biológico: ChAd63 ME-TRAP Fase 2 Produto Biológico: MVA ME-TRAP Tipo de estudo: Intervencionista Alocação: Randomizada Design de Modelo de Intervenção: Atribuição Paralela estudo: Mascaramento: Avaliador de Resultados Finalidade Principal: Prevenção Um estudo de desafio de esporozoítos de Fase I/IIa para avaliar a segurança e a eficácia protetora da R21 com Título oficial: adjuvante em duas doses diferentes e o regime de candidatos à vacina contra a malária da combinação R21 com adjuvante + ChAd63 e MVA que codifica ME-TRAP.
[00280] Links de recursos fornecidos pelo NLM:
[00281] Tópicos relacionados da MedlinePlus: Malária
[00282] Recursos do Genetic and Rare Diseases Information Center: Malária
[00283] Recursos da FDA dos EUA
[00284] Mais detalhes sobre o estudo, fornecidos pela Universidade de Oxford:
[00285] Medidas de Resultados Primários:
[00286] Eficácia da R21 com adjuvante em duas doses diferentes e R21 com adjuvante + ChAd63 e MVA que codifica ME-TRAP em voluntários saudáveis e sem malária, avaliados pelo número de indivíduos completamente protegidos. [Prazo: 6 meses]
[00287] Usa-se análise estatística para comparar o número de indivíduos completamente protegidos (aqueles que, no dia 21 após o desafio com esporozoítos, desenvolvem infecção no estágio sanguíneo medida pela ocorrência de parasitemia por P. falciparum, avaliada por lâmina de sangue) nos grupos vacinados comparados com os controles.
[00288] Segurança da R21 com adjuvante em duas doses diferentes e R21 com adjuvante + ChAd63 e MVA que codifica ME- TRAP em voluntários saudáveis e sem malária, avaliados pela frequência de eventos adversos [Prazo: 6 meses]
[00289] Dados de eventos adversos solicitados e não solicitados serão coletados em cada visita clínica a partir de cartões diários, revisão clínica, exame clínico (incluindo observações) e resultados laboratoriais. Estes dados de EA serão tabulados e a frequência, duração e gravidade dos EAs serão comparados entre os grupos. Medidas de Resultados Secundários:
[00290] Imunogenicidade humoral gerada em indivíduos não expostos à malária com R21 com adjuvante em duas doses diferentes [Prazo: 6 meses]
[00291] Resposta do anticorpo à proteína de circunsporozoíto gerada pela vacinação com R21 com adjuvante.
[00292] Imunogenicidade mediada por células gerada em indivíduos não expostos à malária com ChAd63 e MVA que codifica ME- TRAP [Prazo: 6 meses]
[00293] Respostas das células T ao antígeno TRAP do parasita da malária gerado pela vacinação com ChAd63 e MVA que codifica ME- TRAP.
[00294] Eficácia medida como tempo para parasitemia por P. falciparum avaliada por PCR contra o desafio de esporozoítos da malária, em voluntários saudáveis e não expostos à malária. [Prazo: 6 meses]
[00295] Análises estatísticas usando infecção no estágio sanguíneo, conforme definido por 500 ou mais parasitas/ml no sangue periférico por PCR quantitativa.
[00296] Eficácia medida com o tempo para parasitemia por P. falciparum avaliada por lâmina de sangue contra o desafio de esporozoítos da malária, em voluntários saudáveis e não expostos à malária. [Prazo: 6 meses]
[00297] Análises estatísticas usando infecção no estágio sanguíneo definida por um quadro de sintomas, resultado de filme sanguíneo e parasitemia.
[00298] Eficácia medida como tempo para parasitemia por P. falciparum avaliada pela dinâmica da densidade parasitária avaliada por PCR contra o desafio de esporozoítos da malária, em voluntários saudáveis e não expostos à malária. [Prazo: 6 meses]
[00299] Análises estatísticas usando infecção por malária no estágio sanguíneo, conforme definido por 20 ou mais parasitas de P. falciparum/ml no sangue periférico por PCR quantitativa.
[00300] Outras Medidas de Resultados:
[00301] Eficácia protetora a longo prazo da R21 com adjuvante em duas doses diferentes e R21 com adjuvante + ChAd63 e MVA que codifica ME-TRAP [Prazo: 12 meses]
[00302] A eficácia a longo prazo dos regimes de vacinação será avaliada ao desafiar novamente todos os indivíduos esterilmente protegidos entre 5 e 7 meses após o primeiro desafio com esporozoítos (~ 12 meses após o início do estudo) e comparar o número de novos desafios que desenvolvem infecção em estágio sanguíneo com controles não vacinados. Inscrições Estimadas: 70 Braços Intervenções Atribuídas Comparador ativo: Grupo 1 Produto Biológico: Vacina R21 com Matrix-M1. Três vacinas com 10 µg de R21 com Matrix-M1 R21/50 µg de Matrix-M1 nos dias 0, 28 e 56. Comparador ativo: Grupo 2 R21 com Matrix-M1. Duas vacinas com 50 µg de Produto Biológico: Vacina R21/50 µg de Matrix-M1 nos dias 0 e 28 e uma R21 com Matrix-M1 vacinação com 10 µg de R21/50 µg de Matrix-M1 no dia 56. Produto Biológico: Vacina Comparador ativo: Grupo 3 R21 com Matrix-M1 R21 com Matrix-M1, ChAd63 ME-TRAP e MVA Produto Biológico: Vacina ME-TRAP. Três vacinas com 10 µg de R21/50 µg ChAd63 ME-TRAP de Matrix-M1 nos dias 0, 28 e 56. Mais uma Produto Biológico: Vacina vacinação com ChAd63 ME-TRAP no dia 7 e MVA ME-TRAP uma vacinação com MVA ME-TRAP no dia 63.
Sem intervenção: Grupo 4a Estes voluntários não serão vacinados e servirão como controle de infecciosidade quando os grupos 1 a 3 forem submetidos a um desafio. Sem intervenção: Grupo 4b Estes voluntários não serão vacinados e servirão como controle de infecciosidade quando o grupo 5-7 e voluntários esterilmente protegidos dos grupos 1-3 sofrerem um desafio. Sem intervenção: Grupo 4c
Braços Intervenções Atribuídas Estes voluntários não serão vacinados e servirão como controle de infecciosidade se quaisquer grupos de voluntários 5 e 7 sofrem novo desafio. Comparador ativo: Grupo 5 R21 com Matrix-M1. Duas vacinas com 10 µg de Produto Biológico: Vacina R21/50 µg de Matrix-M1 nos dias 0 e 28 e uma R21 com Matrix-M1 vacinação com 2 µg de R21/50 µg de Matrix-M1 no dia 56. Sem intervenção: Grupo 6 Voluntários neste grupo receberam vacinas em outro ensaio de vacina contra a malária. Estes voluntários não receberão vacinações neste estudo, mas sofrerão infecção controlada pela malária humana como parte deste estudo. Comparador ativo: Grupo 7 Produto Biológico: Vacina R21 com Matrix-M1. Duas vacinas com 10 µg de R21 com Matrix-M1 R21/50 µg de Matrix-M1 nos dias 0 e 28.
Descrição Detalhada:
[00303] As fases de vacinação e os procedimentos de desafio foram escalonados ao longo do período de ensaio em 2 partes, desafio A e B. Desafio A:
[00304] Os grupos 1-3 consistem em voluntários que recebem R21 apenas ou R21 + ChAd63-MVA ME-TRAP, seguido de CHMI por desafio de esporozoítos (picada de mosquito) na semana 12. Doze voluntários serão recrutados para cada grupo.
[00305] O grupo 4a servirá como controle de infecciosidade; estes voluntários não serão vacinados. Desafio B:
[00306] Voluntários estéreis protegidos nos grupos 1 - 3 podem sofrer novo desafio para avaliar a durabilidade da eficácia, 5 a 12 meses após o desafio inicial.
[00307] Os grupos 5-7 também serão inscritos para participar do desafio B.
[00308] O grupo 5 (8 voluntários) testará a eficácia da dose padrão de R21 com uma terceira dose fracionária, seguido de CHMI na semana
12.
[00309] O grupo 6 testará a eficácia a longo prazo do regime de vacinação com a dose padrão de R21 (os voluntários deste grupo já terão recebido suas vacinas enquanto estavam inscritos no estudo de malária VAC053 de Fase I iniciado em 2015 e, portanto, não receberão nenhuma vacina adicional antes de serem submetidos à vacinação. Desafio aproximadamente dois anos após a imunização).
[00310] O grupo 7 (8 voluntários) testará a eficácia de um regime de vacinação com duas doses de R21, seguido de CHMI na semana 8.
[00311] O grupo 4b servirá como controle de infecciosidade para os grupos 5-7 e para o grupo 1-3, esterilmente protegido. Voluntários do grupo 4c serão usadas como controlos de infecciosidade se quaisquer grupos de voluntários 5 e 7 sofrerem novo desafio. Elegibilidade: Idades elegíveis para o estudo: 18 anos a 45 anos (adulto) Sexo elegível para o estudo: Todos Aceita voluntários saudáveis: sim Critérios Critérios de Inclusão:
[00312] Adultos saudáveis com idades entre 18 e 45 anos.
[00313] Capazes e dispostos (na opinião do Investigador) a cumprir todos os requisitos do estudo.
[00314] Dispostos a permitir que os investigadores discutam o histórico médico do voluntário com seu clínico geral.
[00315] Somente mulheres: devem praticar contracepção eficaz contínua *durante o período do estudo.
[00316] Acordo para abster-se de doar sangue durante o curso do estudo e durante pelo menos três anos após o término de seu envolvimento no estudo.
[00317] Consentimento informado por escrito para participar do ensaio.
[00318] Acessível (24/7) por telefone celular durante o período entre o CHMI e a conclusão do tratamento antimalárico.
[00319] Disposição para adotar um regime curativo antimalárico após o CHMI.
[00320] Para voluntários que não moram próximo do local designado para o desafio da malária (Oxford ou Southampton): concordam em permanecer em um quarto de hotel próximo do centro de estudos durante uma parte do estudo (desde pelo menos o dia 6,5 após a picada de mosquito até o tratamento da malária estiver concluído).
[00321] Responder a todas as perguntas do questionário de consentimento informado corretamente. Critérios de Exclusão:
[00322] Histórico de malária clínica (qualquer espécie).
[00323] Viajar para uma localidade claramente endêmica da malária durante o período do estudo ou nos seis meses anteriores.
[00324] Uso de antibióticos sistêmicos com atividade antimalárica conhecida dentro de 30 dias após o CHMI (por exemplo, trimetoprim- sulfametoxazol, doxiciclina, tetraciclina, clindamicina, eritromicina, fluoroquinolonas e azitromicina).
[00325] Recebimento de um produto sob investigação nos 30 dias anteriores à inscrição ou recebimento planejado durante o período do estudo.
[00326] Recebimento prévio de uma vacina sob investigação com probabilidade de afetar a interpretação dos dados do estudo, conforme avaliado pelo investigador. Se algum voluntário dos Grupos 1-3 for submetido a nova contestação, este critério de exclusão não se estenderá às vacinas recebidas anteriormente no estudo VAC065.
[00327] Apenas para voluntários do Grupo 3: recebimento prévio de uma vacina experimental com vetor de MVA diferente de malária ou adenovírus diferente de malária.
[00328] Qualquer estado imunossupressor ou imunodeficiente confirmado ou suspeito, incluindo infecção pelo HIV; asplenia; infecções recorrentes e graves e medicação imunossupressora crônica (mais de 14 dias) nos últimos 6 meses (são permitidos esteroides tópicos e inalatórios).
[00329] Uso de imunoglobulinas ou produtos sanguíneos dentro de 3 meses antes da inscrição.
[00330] Histórico de doença alérgica ou reações que provavelmente serão exacerbadas por qualquer componente da vacina (por exemplo, produtos de ovo, Kathon) ou infecção por malária.
[00331] Qualquer histórico de anafilaxia pós-vacinação.
[00332] Histórico de dermatite de contato clinicamente significativa.
[00333] Histórico de anemia falciforme, traço falciforme, talassemia ou traço de talassemia ou qualquer condição hematológica que possa afetar a suscetibilidade à infecção por malária.
[00334] Gravidez, lactação ou intenção de engravidar durante o estudo.
[00335] Uso de medicamentos conhecidos por causar prolongamento do intervalo QT e contraindicação existente ao uso de Malarone™.
[00336] Uso de medicamentos conhecidos por ter uma interação potencialmente clinicamente significativa com Riamet™ e Malarone™.
[00337] Qualquer condição clínica conhecida por prolongar o intervalo QT.
[00338] Histórico de arritmia cardíaca, incluindo bradicardia clinicamente relevante.
[00339] Perturbações do equilíbrio eletrolítico, por exemplo, hipocalemia ou hipomagnesemia.
[00340] Histórico familiar de prolongamento congênito do intervalo QT ou morte súbita.
[00341] Contraindicações ao uso dos três medicamentos antimaláricos propostos; Riamet™, Malarone™ e cloroquina.
[00342] Histórico de câncer (exceto carcinoma basocelular da pele e carcinoma cervical in situ).
[00343] Histórico de condição psiquiátrica grave que possa afetar a participação no estudo.
[00344] Qualquer outra doença crônica grave que exija supervisão especializada do hospital.
[00345] Abuso de álcool atual suspeito ou conhecido, conforme definido por uma ingestão de álcool superior a 42 unidades padrão do Reino Unido a cada semana.
[00346] Suspeita ou abuso conhecido de drogas injetáveis nos 5 anos anteriores à inscrição.
[00347] Antígeno de hepatite B na superfície (HBsAg) detectado no soro.
[00348] Soropositivo para o vírus da hepatite C (anticorpos para o HCV) na triagem (a menos que tenha participado de um estudo anterior da vacina contra a hepatite C com anticorpos negativos para o HCV confirmados antes da participação no estudo e PCR de RNA do HCV negativo na triagem para este estudo).
[00349] Um risco estimado, em dez anos, de doença cardiovascular fatal de ≥ 5 %, conforme estimado pelo sistema Systematic Coronary Risk Evaluation (SCORE) 6.0.
[00350] Histórico familiar positivo em parentes de 1º e 2º grau < 50 anos para doença cardíaca.
[00351] Voluntários que não podem ser acompanhados de perto por razões sociais, geográficas ou psicológicas.
[00352] Qualquer achado anormal clinicamente significativo nos exames de bioquímica ou hematologia, exame de urina ou exame clínico.
[00353] Qualquer outra doença, transtorno ou descoberta significativa que possa aumentar significativamente o risco para o voluntário em virtude de participação no estudo que afete a capacidade do voluntário de participar do estudo ou prejudica a interpretação dos dados do estudo. Identificador ClinicalTrials.gov: NCT02905019 Locais - Reino Unido NIHR Wellcome Trust Clinical Research Facility, Hammersmith Hospital Londres, Reino Unido Contact: Reshma Sultan +44 (0)20 331 31086 CCVTM, University of Oxford, Oxford, Reino Unido, OX3 7LE Contato: Coordenador Voluntário vaccinetrials@ndm.ox.ac.uk Southampton National Institute for Health Research Southampton, Reino Unido Contato 02381 204989 UHS.RecruitmentCRF@nhs.net Patrocinadores e Colaboradores: Universidade de Oxford Responsável: Universidade de Oxford Identificador ClinicalTrials.gov: NCT02905019 Outros números de identificação do estudo: VAC065 Declaração de compartilhamento de dados de participantes individuais (IPD): Planos de compartilhar IPD: Indecisos Exemplo 2
[00354] Com referência ao esboço do ensaio clínico, havia boas razões para acreditar que os grupos 2 ou 3 teriam sido melhores e,
surpreendentemente, não foram. É impressionante que o resultado para o Grupo 1 (eficácia de 82 %) com uma baixa dose de R21 tenha sido melhor do que os outros dois regimes testados (Grupos 2 e 3). O grupo 2 pode ter sido melhor porque nele foi administrada uma quantidade maior de R21: 50 mcg em vez de 10 mcg para as doses 1 e 2, porém, a mesma dose para a dose 3: há evidências na literatura, a partir da RTS,S, que tal regime "fracionário (isto é, reduzido) da terceira dose" pode ser melhor do que um regime padrão (conforme no grupo 1) (referência: Regules et al., J Infect Dis. 2016; 214: 762-71). O grupo 3 pode ter sido o melhor grupo em virtude da administração adicional de vacinas vetorizadas parcialmente eficazes, conforme relatado por Rampling et al. (J Infect Dis., 01 de setembro de 2016; 214 (5): 772-81), porém, surpreendentemente, a eficácia no grupo 3 não foi tão alta quanto no grupo 1. Exemplo 3
[00355] Visão geral: R21 é um novo candidato à vacina contra a malária, a qual é um biossimilar do candidato à vacina contra a malária mais avançado, RTS,S/AS01, e é composto por uma proteína de fusão da proteína de circunsporozoíto da malária e antígeno de hepatite B na superfície. Avaliamos a eficácia da R21 administrada com Matrix-M (R21/MM) isoladamente em dois esquemas de doses diferentes e em combinação com vacinas de vetor viral usando infecção controlada pela malária humana (CHMI) em voluntários saudáveis do Reino Unido.
[00356] Realizamos este estudo de Fase IIa em voluntários saudáveis do Reino Unido para avaliar a eficácia da R21/MM contra o desafio de esporozoítos da malária em diferentes esquemas de doses e em combinação com ChAd63-MVA ME-TRAP.
[00357] Métodos: Os voluntários foram recrutados para este estudo da Fase IIa em três centros de ensaio no Reino Unido e o CHMI foi realizado no Imperial College, em Londres. Trinta e um voluntários saudáveis foram vacinados com 3 doses de 10/10/10 µg de R21/MM (Grupo 1; n = 11) ou 3 doses de 50/50/10 µg de R21/MM (Grupo 2; n = 11) ou 3 doses de 10/10/10 µg de R21/MM (Grupo 1; n = 11) administradas com ChAd63-MVA que expressa ME-TRAP.
[00358] Em referência à Figura 2, descrevemos um estudo de Fase Ia; Rótulo aberto; Não randomizado; Adultos saudáveis com idade entre 18 e 50 anos; Oxford; Londres (Imperial); 31 voluntários no total.
[00359] Conforme observado no ensaio de Fase I (Vac053, consulte Figura 2 para o perfil do ensaio), o perfil de segurança da R21 (10 microgramas) em Matrix-M (50 microgramas), consulte Figura 3, foi claramente melhor do que na vacina RTS,S/AS01. Conforme no estudo de Fase I, vac053 - consulte Figura 5, foi observada boa imunogenicidade para anticorpos à CSP com todos os regimes.
[00360] O CHMI foi administrado através de picadas de mosquito na semana 12 após a primeira vacinação, incluindo 6 controles não vacinados. O ensaio está registrado no ClinicalTrials.gov (NCT02905019)
[00361] Achados: Este ensaio foi feito entre 07 novembro de 2016 e 15 de Maio de 2017. Dos mais de 70 voluntários rastreados, 37 voluntários (Figura 9) foram submetidos a um desafio com esporozoíto de malária em 30 e 31 de janeiro de 2017. As vacinações foram geralmente bem toleradas, com a maioria dos eventos adversos locais e sistêmicos sendo de natureza leve e um perfil de segurança aprimorado comparado com os dados publicados sobre a RTS,S/AS01 - consulte Figura 3. Foi observada proteção estéril (consulte Figura 10) em 9/11 (81,8 %) dos indivíduos do Grupo 1, 7/11 (63,6 %) dos indivíduos do Grupo 2 e 6/9 (66,7 %) dos indivíduos do Grupo 3. Todos os voluntários vacinados mostraram um retardo significativo na latência comparado com os voluntários de controle. 5/6 indivíduos de controle foram diagnosticados com malária no estágio sanguíneo. As respostas de anticorpos à região de repetição NANP da proteína de circunsporozoíto foram significativamente aumentadas 14 dias após a 2ª vacinação em todos os voluntários e comparáveis à RTS,S/AS01.
[00362] A eficácia de alto nível observada no grupo com a dose mais baixa é demonstrada como um benefício da invenção. Detalhes Experimentais Concepção do Estudo e Participantes
[00363] Foi feito um estudo de Fase IIa em homens adultos e mulheres não grávidas saudáveis não expostos à malária, com idade entre 18 e 45 anos. O recrutamento e a vacinação foram conduzidos no Centre for Clinical Vaccinology and Tropical Medicine na Universidade de Oxford e na Wellcome Trust Clinical Research Facility em Southampton e no Imperial College no Reino Unido. Este ensaio clínico de desafio de Fase IIa, aberto, de esporozoíto de malária consistiu em 4 coortes. O tamanho das amostras reflete as limitações práticas no recrutamento de voluntários, considerações éticas que limitam o número de voluntários que devem receber um regime de vacina sem evidência prévia de eficácia e o desejo de descrever a eficácia dos regimes de imunização. A alocação para o grupo de estudo foi realizada pelos pesquisadores antes da inscrição, com base na preferência do indivíduo. O grupo 1 (n = 11) recebeu 3 vacinações (10 µg de R21/MM nas semanas 0, 4 e 8); o grupo 2 (n = 11) recebeu 3 vacinações (50 µg de R21/MM nas semanas 0 e 4 e 10 µg de R21/MM na semana 8); o grupo 3 (n = 9) recebeu 5 vacinações (10 µg de R21/MM nas semanas 0, 4 e 8 e 5 x 1010 partículas virais (vp) de ChAd63 ME-TRAP na semana 1 e 2 x 108 unidades formadoras de placa (em inglês, plaque forming unit - pfu) de MVA ME-TRAP na semana 9) e o Grupo 4 (n = 6) não recebeu vacinações. Todos os indivíduos foram submetidos ao CHMI inicial através de picada de mosquito ao mesmo tempo (semana 12 após a primeira vacinação para indivíduos vacinados).
[00364] Os voluntários foram infectados usando cinco picadas infecciosas de mosquitos Anopheles stephensi infectados com P. falciparum 3D7 no Imperial College, Londres. Todos os indivíduos foram infectados com um único lote de mosquitos fornecidos pelo Department of Entomology, Walter Reed Army Institute of Research, Washington DC, EUA. Os critérios de inclusão e exclusão estão listados no apêndice suplementar. Todos os participantes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido antes da participação, e o estudo foi conduzido de acordo com os princípios da Declaração de Helsinque e de acordo com as Boas Práticas Clínicas (em inglês, Good Clinical Practice - GCP).
[00365] O estudo foi aprovado pelo UK National Research Ethics Service, Committee South Central–Berkshire (Ref: 16/SC/0261), a Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (Ref: 21584/0360/001-0001) e a equipe da Oxford University Clinical Trials and Research Governance, a qual monitorou independente e externamente a conformidade com as diretrizes de Boas Práticas Clínicas. O uso de vacina com vetor viral foi autorizado pelo Genetically Modified Organisms Safety Committee (GMSC) of the Oxford University Hospitals NHS Trust (Número de Referência GM 462.16.88). O ensaio foi registrado no ClinicalTrials.gov (Ref: NCT02905019) e um monitor de segurança local independente forneceu a supervisão da segurança. Procedimentos
[00366] R21 (Lote N°: 01015-01) foi fabricada e env asada sob condições de Boas Práticas de Fabricação na Clinical Biomanufacturing Facility, Universidade de Oxford: a produção, fabricação e armazenamento deste produto foram descritos anteriormente no documento WO2014/111733; consulte também Venkatraman et al. Matrix-M (Lote N°: M1-103) é uma tecnologia adjuvan te patenteada desenvolvida pela Novavax: a produção, fabricação e armazenamento deste produto foram anteriormente descritos[21]. A geração, fabricação e armazenamento das vacinas ChAd63 ME-TRAP (Lote N°: 01S11-01) e MVA ME-TRAP (Lote N°: 0091013) foram anteriormente descritos[12, 22]. No dia da vacinação, a R21 foi descongelada em temperatura ambiente e foi administrada por via intramuscular no músculo deltoide do braço não dominante dentro de 1 hora de remoção do freezer, misturada com Matrix-M.
As vacinas de vetor viral foram administradas por via intramuscular dentro de 1 hora após o descongelamento no deltoide do braço dominante (o braço contralateral à administração de R21). Todos os voluntários foram observados na unidade por 1 hora após a vacinação.
Os voluntários receberam um cartão eletrônico diário para registrar sua temperatura e quaisquer eventos adversos locais e sistêmicos solicitados durante 7 dias após a vacinação e eventos adversos não solicitados durante 28 dias após a vacinação.
A classificação da gravidade dos eventos adversos e a atribuição de uma relação causal para os eventos adversos foram realizadas de acordo com as diretrizes predefinidas declaradas no protocolo.
Um Comitê de Monitoramento de Segurança independente forneceu a supervisão da segurança durante o curso do ensaio.
Coletas de sangue de segurança, incluindo hemograma completo, função renal e ensaios de função hepática, foram realizados nas visitas nos dias 0, 7, 28, 35, 56, 63 e 83 (dia antes do CHMI) nos voluntários dos Grupos 1 e 2. Coletas de sangue de segurança adicionais foram realizadas nos dias 14 e 70 para os voluntários do Grupo 3. As respostas de anticorpos medidas pelo ELISA de IgG anti-NANP foram obtidas em amostras dos dias 0, 7, 14, 28, 35, 42, 56, 63, 70 e 83. As respostas ex-IFN-ELISpot à CSP foram avaliadas em amostras dos dias 0, 42 e 83. Além disso, as respostas do IFN-ELISpot ao TRAP foram avaliadas em amostras dos dias 0, 28, 70 e 83 em voluntários do Grupo 3. Os métodos completos usados para estes ensaios imunológicos foram anteriormente descritos[23]. O procedimento CHMI foi descrito por Rampling et al., J Infect Dis. 01 de setembro de 2016; 214 (5): 772-81. Após o CHMI, um diagnóstico de infecção por malária no estágio sanguíneo foi feito em indivíduos com sintomas sugestivos de malária e microscopia positiva de filme espesso ou resultado de qPCR > 500 parasitas/ml se o filme espesso fosse negativo ou os sintomas estivessem ausentes[12]. Considerou-se que indivíduos vacinados que não haviam desenvolvido malária no estágio sanguíneo no dia 21 após o CHMI exibiam proteção estéril. Resultados
[00367] As medidas de resultados primários foram avaliar a eficácia (ocorrência de parasitemia por P. falciparum, avaliada por lâmina sanguínea) dos diferentes regimes de vacina contra o desafio de esporozoítos da malária e avaliar a segurança das vacinas em voluntários saudáveis e não expostos à malária. As medidas de resultados secundários foram avaliar a imunogenicidade e avaliar a eficácia (medida como o tempo até parasitemia por P. falciparum avaliada por lâmina de sangue, por PCR e dinâmica de densidade de parasitas avaliada por PCR) em voluntários saudáveis e não expostos à malária. Análise Estatística
[00368] Os dados foram analisados usando o GraphPad Prism versão 5.03 para Windows (GraphPad Software Inc., Califórnia, EUA) e Stata 10.0 (Statacorp LP, Texas, EUA). São descritas as médias geométricas ou medianas com intervalos interquartis para cada grupo. A análise de Kruskal-Wallis e o ensaio de Friedman foram usados para comparar as respostas imunes de pico com a linha de base. O ensaio de significância das diferenças entre os dois grupos usou a análise de Mann-Whitney. Uma análise de pares pareados de Wilcoxon foi usada para comparar os pontos no tempo dentro dos grupos. Um ensaio qui- quadrado de tendência foi usado para comparar os dados de segurança entre os diferentes grupos. Uma diferença estatisticamente significativa na eficácia entre um regime de vacinação e controles foi avaliada pela análise log rank das curvas de Kaplan Meier, usando um ensaio log rank unilateral nos diferentes parâmetros. Um p valor < 0,05 foi considerado significativo.
RESULTADOS População do Estudo
[00369] De 7 novembro de 2016 a 31 de janeiro de 2017, um total de 43 voluntários dos 75 que foram selecionados para a elegibilidade foram incluídos no estudo. Um voluntário do Grupo 1 retirou-se após a primeira vacinação em virtude de uma mudança nas circunstâncias pessoais e foi substituído. Outro voluntário do Grupo 1 retirou-se após a segunda vacinação em virtude de uma mudança nas circunstâncias pessoais. Um voluntário do Grupo 2 retirou-se após a primeira vacinação, pois não era mais capaz de se comprometer com o cronograma de atendimentos. Dois voluntários do Grupo 3 retiraram-se após a terceira vacinação em virtude de uma mudança nas circunstâncias pessoais. Outro voluntário do Grupo 3 retirou após sua quinta vacinação em virtude de receios sobre o CHMI. Nenhuma das retiradas estava relacionada à vacinação e não houve EAs em andamento e as coletas de sangue de segurança estavam normais. 37 voluntários (11 voluntários no Grupo 1, 11 voluntários no Grupo 2, 9 voluntários no Grupo 3 e 6 controles não vacinados) foram submetidos ao CHMI em 30 e 31 de janeiro de 2017. Todos estes 37 voluntários completaram o acompanhamento até 90 dias pós-CHMI. O fluxo do participante e a concepção do estudo estão resumidos na tabela da Figura 9. Eficácia
[00370] Houve 9/11 voluntários do Grupo 1, 7/11 do Grupo 2 e 6/9 do Grupo 3 que não desenvolveram malária em 21 dias pós-CHMI, resultando em uma eficácia estéril de 81,8 % (p = 0,0009), 63,6 % (p =
0,004) e 66,7 % (p = 0,006), respectivamente. Cinco em cada seis voluntários de controle desenvolveram malária com tempo médio de diagnóstico de 11,3 dias (mediana de 11, faixa de 11-12, DP de 0,45). Foi observado um retardo significativo na latência nos três grupos, com um tempo médio de diagnóstico de 15,3 dias (mediana de 15,3, faixa de 14,5-16, DP de 1,1), 16,4 dias (mediana de 16,5, faixa de 14,5-16, DP de 1,5) e 15,3 dias (mediana de 16, faixa de 14-16, DP de 1,2) nos Grupos 1, 2 e 3, respectivamente. Eventos Adversos
[00371] Não ocorreram reações adversas graves (em inglês, Serious Adverse Reactions - SARs) ou reações adversas graves suspeitas inesperadas (em inglês, Suspected Unexpected Serious Adverse Reactions - SUSARs). Não houve retiradas em virtude de preocupações com a segurança e nenhuma norma de manutenção ou interrupção do estudo predefinida foi ativada. A maioria dos eventos adversos (EAs) relatados era autolimitada e os perfis de gravidade e reatogenicidade observados foram similares aos estudos anteriores para a R21/MM (Ref: VAC053, Figura 2; Venkatraman et al.) e ChAd63_MVA ME-TRAP[23]. Os eventos adversos locais e sistêmicos solicitados nos primeiros 7 dias após cada vacinação foram leves a moderados e, em geral, todos os regimes de vacinação foram bem tolerados. A dor no local da vacina foi o evento adverso local mais comum e foi predominantemente de gravidade leve. O perfil de reatogenicidade do grupo com as doses 10/10/10 µg de R21/MM, a qual também foi testada em um estudo anterior de Fase I (Venkatraman et al.), foi significativamente melhorado comparado com os dados de dois estudos anteriores no centro usando RTS,S/AS01 (Vacinação 1 - p = 0,003; Vacinação 2 - p = 0; Vacinação 3 - p = 0,125). A dor no local da vacina foi significativamente reduzida após a primeira (p = 0,02) e a segunda (p = 0,02) vacinações comparado com a RTS,S/AS01. Os eventos adversos não solicitados coletados por
28 dias após cada vacinação considerados definitiva, possível ou provavelmente relacionados à vacinação foram predominantemente de natureza leve. Os resultados adversos laboratoriais foram predominantemente de Grau 1. O perfil de imunogenicidade mostrou indução potente de anticorpos na região de repetição NANP central da proteína de circunsporozoíto, conforme observado no estudo Vac053 de Fase I (Figura 5).
DISCUSSÃO
[00372] Foi relatada aqui, pela primeira vez, a eficácia de alto nível de uma nova candidata à vacina contra a malária, R21, com adjuvante Matrix-M em um quinto da dose da candidata à vacina contra a malária mais avançada, RTS,S/AS01. Isto terá vantagens significativas quanto à economia de dose e economia de custos para a produção em larga escala da vacina, se for comprovadamente eficaz em indivíduos que vivem em regiões endêmicas da malária. Nossos dados confirmam que esta abordagem de vacina é segura e bem tolerada em voluntários saudáveis do Reino Unido, com eventos adversos de natureza predominantemente leve. O uso de uma dose de 50 µg com uma terceira dose fracionada (1/5) não melhorou a eficácia, em contraste com o estudo recentemente publicado por Regules et al., onde foi mostrado que uma terceira dose fracionada retardada de RTS,S/AS01 melhorou a eficácia em um estudo de desafio com esporozoítos da malária[10]. A resposta humoral à vacina não variou entre os Grupos 1-3 e a adição de vacinas com vetor viral ao regime no Grupo 3 não resultou em imunogenicidade reduzida de anticorpos à CS. A magnitude da resposta não previu a eficácia, o que sugere que a qualidade ou outros aspectos da resposta do anticorpo também podem ser relevantes para a eficácia. Houve respostas mínimas de IFN- ELISpot à CSP induzidas pela R21/MM, o que é similar ao experimento anterior com RTS,S/AS01, a qual induz apenas um baixo nível de células T CD4+ e nenhuma resposta de células T CD8+[24].
[00373] Um dos voluntários do controle não desenvolveu malária clínica, o que é muito incomum e nunca ocorreu anteriormente em estudos CHMI no centro de Oxford. No entanto, a falha de um dos controles no desenvolvimento da malária foi relatada em vários outros estudos CHMI realizados pela Sanaria Inc. para testar a vacina intravenosa de esporozoítos inteiros[25, 26]. O tempo médio de latência no grupo de controle de 11,3 dias indica que este não era um desafio incomumente fraco, e a vacinação e a metodologia CHMI usadas neste estudo são amplamente comparáveis com outros estudos CHMI[23].
[00374] Em conclusão, este estudo de desafio de esporozoíto da malária de Fase IIa demonstrou uma eficácia de alto nível com uma nova vacina de baixo custo contra a malária, R21/MM. Esta alta eficácia é pelo menos tão alta ou mais alta do que os regimes que usam uma dose mais alta (50 microgramas) da vacina RTS,S/AS01 usada em um esquema similar de 0, 4, 8 semanas (Figura 11).
[00375] Pode ser também que um esquema de duas doses seria suficiente para proteger esta população - com base na imunogenicidade elevada observada para detecção de anticorpos anti-CSP depois de apenas duas imunizações (Figura 12). Em vista disso, estão, usou-se um esquema de duas doses que emprega 10 µg de R21/MM em um estudo CHMI em voluntários saudáveis do Reino Unido. Se for provado que isto também tem eficácia de alto nível, isto traria benefícios significativos de economia de custos e seria potencialmente mais fácil de implantar em coordenação com o programa EPI. Exemplo 4 - Estudo de Desafio
[00376] Aqui foi mostrado outro estudo de desafio de vacinas R21/Matrix-M. Forneceram-se dados do estudo de desafio concluído com doses baixas de R21 na Matrix-M. Em resumo, demonstrou-se eficácia nos seguintes grupos:
[00377] Voluntários desafiados novamente em 8,5 meses após a imunização: 3/5 protegidos = 60 %
[00378] Um grupo de duas doses (10, 10 mcgs): 4/7 protegidos em 3 semanas = 57 %
[00379] Um grupo de três doses (10, 10, 2 mcgs): 5/7 protegidos em três semanas = 71 %
[00380] Os 57 % com um regime de duas doses não têm precedentes em todo o campo da vacina contra a malária, demonstrando os notáveis efeitos técnicos da invenção. A eficácia do desafio de 60 % em 8,5 meses também é excelente. Detalhes do Estudo
[00381] Um estudo de desafio adicional de vacinas R21/Matrix-M foi realizado. Dois objetivos principais são descritos abaixo.
[00382] O primeiro objetivo foi avaliar a durabilidade da proteção da dose de 10 microgramas (mcg) de R21 em 50 mcg de Matrix-M administrada três vezes em quatro intervalos semanais. No estudo de desafio original, no final de janeiro de 2017, nove dos onze vacinados que receberam este regime estavam protegidos de forma estéril. Dos nove indivíduos protegidos, todos foram convidados para um novo desafio em meados de setembro de 2017 e 5 concordaram em participar. Dos cinco desafios, três foram novamente protegidos de forma estéril e dois não, correspondendo a 60 % de eficácia estéril. Nenhuma dose da vacina de reforço foi administrada antes do novo desafio, de modo que o novo desafio destes indivíduos ocorreu cerca de 8,5 meses após a última dose da vacina no início de janeiro.
[00383] Esta evidência de durabilidade da proteção estéril na maioria dos indivíduos protegidos até 8,5 meses após a última imunização é muito positiva e se compara favoravelmente com a eficácia da proteção da RTS,S/AS01, a qual geralmente é medida aproximadamente 6 meses após a última dose. A eficácia da R21 em 8,5 meses foi de 49 %
comparado com a eficácia relatada da vacina RTS,S/AS em 5 - 8 meses de 26 % (consulte tabela).
[00384] O segundo objetivo foi avaliar dois novos regimes de imunização com R21 usando as baixas dosagens preferidas de R21 em Matrix-M. Em um grupo, sete indivíduos foram imunizados com apenas duas doses de 10 mcg de R21 em 50 mcg de adjuvante Matrix-M. O desafio ocorreu 3 a 4 semanas após a última dose. Destes sete indivíduos, 4 foram protegidos de forma estéril que responde a 57 % de eficácia da vacina, aparentemente a maior eficácia já relatada com uma vacina contra a malária de duas doses (a partir de avaliação através de revisão detalhada da literatura).
[00385] Um outro grupo de vacinação usou duas doses de 10 mcg de R21/Matrix-M em um intervalo de quatro semanas, seguido de uma dose de 2 mcg de R21 em 50 mcg de Matrix-M após mais quatro semanas. Sete indivíduos assim imunizados foram desafiados 3-4 semanas depois e 5 foram protegidos de forma estéril, uma taxa de eficácia de 71 %. Isto é um pouco diferente dos 11 indivíduos protegidos com três doses de 10 mcg de R21 em 50 mcg de Matrix-M. Estes dados com três doses baixas de R21/Matrix-M fornecem mais evidências de sua eficácia de alto nível.
[00386] Dados exemplificativos são fornecidos abaixo:
[00387] R21 (invenção)
[00388] Doses de 3 x 10 mcg nos meses 0, 1, 2 de desafio em 4 semanas 9/11 = 82 %
[00389] 5 (de 9) indivíduos que receberam novo desafio em 8,5 meses após a última dose 3/5 = 60 %
[00390] Eficácia global de R21 em 8,5 meses após a última dose = 49 %
[00391] RTS,S
[00392] Regules et al., J Infect Dis 2016
[00393] 3 semanas após o último desafio com a dose 10/16 = 62,5 %
[00394] 5 de 10 indivíduos que receberam novo desafio em 8 meses após a última dose 1/5 = 20 %
[00395] Eficácia geral em 8,5 meses após a última dose = 12,5 %
[00396] Kester et al., J Infect Dis 2009 0, 1, 2 meses: desafio em 2 a 3 semanas: 18/36 protegidos = 50 %
[00397] indivíduos que receberam novo desafio em 5,5 meses após a última dose: 4/9 protegidos = 44 %
[00398] Eficácia geral de RTS,S/AS01 em 5,5 meses após a última dose = 22 %
[00399] (para RTS,S/AS02 0, 1, 2: 14/44 protegidos = 32 % e 4/9 indivíduos que receberam novo desafio (44 %). Global = 14 %)
[00400] Rampling et al., J Infect Dis 2016 0, 1, 2 meses: 12/16 protegidos em 4 semanas = 75 %
[00401] Indivíduos que receberam novo desafio em 6 meses após o primeiro CHMI: 5/6 protegidos = 83 %
[00402] Eficácia geral em 7 meses após a última dose = 62 %
[00403] Para ponderar/média: 12,5 x 5, 22 x 9, 14 x 9, 62 x 6: somado = 758,5/29
[00404] RTS total médio, eficácia em 5 a 8 meses: = 26 %
[00405] Legenda da tabela: Durabilidade da proteção após a imunização com as vacinas contra a malária R21 e RTS,S. A eficácia geral em 5 a 8 meses após a última dose é calculada multiplicando a proporção dos indivíduos protegidos no desafio inicial pela proporção dos indivíduos protegidos no desafio final, expressa em porcentagem. Somente aqueles protegidos no desafio inicial recebem novo desafio. A eficácia durável da R21 aparece como cerca do dobro da taxa relatada para a RTS,S.
[00406] Em conclusão, este exemplo mostra dados clínicos úteis adicionais sobre a durabilidade da proteção com a R21 e também mostra que um regime de duas doses funciona em seres humanos. Exemplo 5 - Estudo de Desafio Adicional com Baixa Dose de R21
[00407] Neste exemplo, demonstra-se a boa eficácia em outro estudo de desafio. Mais especificamente, relatamos um estudo de desafio adicional das vacinas R21/Matrix-M. Os principais achados são boa durabilidade da eficácia em 8,5 meses após a vacinação, a qual parece melhor do que a RTS,S conhecida e também boa eficácia com um regime de baixa dose e duas doses. Experimental:
[00408] Um estudo de desafio adicional das vacinas R21/Matrix-M foi realizado em setembro de 2017 com dois objetivos.
[00409] O primeiro objetivo foi avaliar a durabilidade da proteção da dose de 10 microgramas (mcg) de R21 em 50 mcg de Matrix-M administrada três vezes em quatro intervalos semanais. No estudo de desafio original (consulte exemplos acima - janeiro de 2017), nove dos onze vacinados que receberam este regime foram protegidos de forma estéril. Dos nove indivíduos protegidos, todos foram convidados para um novo desafio em meados de setembro de 2017 e 5 concordaram em participar. Dos cinco que receberam novo desafio, três foram novamente protegidos de forma estéril e dois não foram, correspondendo a 60 % de eficácia estéril (consulte Grupo 1 na Figura 13).
[00410] A Figura 13 mostra o resultado do estudo controlado de infecção por malária humana (CHMI) em setembro de 2017. No grupo de controle, quase todos os indivíduos não vacinados foram infectados, neste caso 5 de 6. No grupo 6, dois vacinados foram imunizados por 20 meses antes do CHMI com a última dose (10 microgramas) de R21 em Matrix-M, nenhum dos dois estava protegido. No entanto, no Grupo 5, três dos cinco indivíduos submetidos ao CHMI inicialmente no final de janeiro de 2017 (após a imunização em novembro de 2016 - início de janeiro de 2017) ainda estavam esterilmente protegidos 8,5 meses após a última imunização, indicando uma durabilidade muito útil de eficácia da vacina. Além disso, quatro dos sete vacinados que receberam apenas duas doses baixas de 10 microgramas de R21 um e dois meses antes do CHMI em setembro de 2017 estavam protegidos de forma estéril, indicando boa eficácia da vacina com apenas duas doses de R21 em Matrix-M. Além disso, o Grupo 5 mostrou que três doses da vacina com 10, 10 e 2 microgramas geraram 72 % de eficácia estéril (5/6 indivíduos protegidos), novamente mostrando a eficácia de baixas doses de R21 em Matrix-M. Em todos os vacinados, a dose de Matrix- M usada foi de 50 microgramas.
[00411] Nenhuma dose da vacina de reforço foi administrada antes do novo desafio, de modo que o novo desafio destes indivíduos ocorreu cerca de 8,5 meses após a última dose da vacina no início de janeiro.
[00412] Esta evidência de durabilidade da proteção estéril na maioria dos indivíduos protegidos até 8,5 meses após a última imunização é muito positiva e se compara favoravelmente com a eficácia de proteção da RTS,S/AS01, a qual geralmente é medida aproximadamente 6 meses após a última dose. A eficácia da R21 em 8,5 meses foi de 49 % comparado com a eficácia relatada da vacina RTS,S/AS em 5 - 8 meses de 26 % (consulte tabela abaixo).
[00413] O segundo objetivo foi avaliar dois novos regimes de imunização com R21 usando baixas dosagens de R21 em Matrix-M. Em um grupo (Grupo 7 na figura), sete indivíduos foram imunizados com apenas duas doses de 10 mcg de R21 em 50 mcg de adjuvante Matrix- M. O desafio ocorreu 3 a 4 semanas após a última dose. Destes sete indivíduos, 4 estavam protegidos de forma estéril, respondendo por uma eficácia da vacina de 57 %, aparentemente a maior eficácia já reportada com uma vacina contra a malária de duas doses (a partir da avaliação através de revisão detalhada da literatura), o que mostra os benefícios técnicos da invenção.
[00414] Um outro grupo de vacinação recebeu duas doses de 10 mcg de R21/Matrix-M em um intervalo de quatro semanas, seguido por uma dose de 2 mcg de R21 em 50 mcg de Matrix-M após mais quatro semanas. Sete indivíduos assim imunizados foram desafiados 3-4 semanas mais tarde e 5 estavam protegidos de forma estéril, uma eficácia de 71 % (Grupo 5 na figura). Isto é um pouco diferente dos 11 indivíduos protegidos com três doses de 10 mcg de R21 em 50 mcg de Matrix-M. Estes dados com três doses baixas de R21/Matrix-M fornecem mais evidências de sua eficácia de alto nível.
[00415] Um grupo final (Grupo 6 na figura) era apenas dois vacinados que receberam R21 20 meses antes: nenhum dos dois foi protegido de forma estéril. O tamanho da amostra neste grupo era muito baixo.
[00416] TABELA DE DADOS: É mostrada a durabilidade de proteção após imunização com as vacinas contra a malária R21 e RTS,S. A eficácia geral em 5 a 8 meses após a última dose é calculada multiplicando a proporção de indivíduos protegidos no desafio inicial pela proporção de indivíduos protegidos no desafio final, expressa em porcentagem. Somente aqueles indivíduos protegidos no desafio inicial recebem novo desafio. A eficácia durável da R21 (49 %) parece aproximadamente o dobro da taxa relatada para a RTS,S (26 %).
[00417] Dados:
[00418] R21 (este estudo)
[00419] Doses de 3 x 10 mcg nos meses 0, 1, 2 de desafio em 4 semanas 9/11 = 82 %
[00420] 5 (de 9) receberam novo desafio no mês 8,5 após a última dose 3/5 = 60 %
[00421] Eficácia global de R21 em 8,5 meses após a última dose = 49 %
[00422] RTS,S (estudos publicados anteriores/conhecidos)
[00423] Regules et al., J Infect Dis 2016, 3 semanas após a última dose de desafio 10/16 = 62,5 %
[00424] 5 de 10 receberam novo desafio 8 meses após a última dose 1/5 = 20 %
[00425] Eficácia geral em 8,5 meses após a última dose = 12,5 %
[00426] Kester et al., J Infect Dis 2009, 0, 1, 2 meses: desafio em 2 a 3 semanas: 18/36 protegidos = 50 %
[00427] Novo desafio em 5,5 meses após a última dose: 4/9 protegidos = 44 %
[00428] Eficácia geral de RTS,S/AS01 em 5,5 meses após a última dose = 22 %
[00429] (para RTS,S/AS02 0, 1, 2: 14/44 protegidos = 32 % e 4/9 em novo desafio (44 %). Global = 14 %)
[00430] Rampling et al., J Infect Dis 2016, 0, 1, 2 meses: 12/16 protegidos em 4 semanas = 75 %
[00431] Novo desafio em 6 meses após o primeiro CHMI: 5/6 protegidos = 83 %
[00432] Eficácia geral em 7 meses após a última dose = 62 %
[00433] Para ponderar/média: 12,5 x 5, 22 x 9, 14 x 9, 62 x 6: somado = 758,5/29
[00434] RTS total médio, eficácia em 5 a 8 meses: = 26 %
[00435] Exemplo 6 - A Vacinação com Doses Baixas de R21 é Imunogênica em Indivíduos da África Ocidental e do Reino Unido
[00436] Neste exemplo, mostra-se boa imunogenicidade do regime de baixa dose na África Ocidental pela primeira vez.
[00437] Referindo-se à Figura 14.
[00438] Estes dados demonstram que a vacinação com doses baixas de R21 é imunogênica em indivíduos da África Ocidental e do Reino Unido. R21, na dose de 10 microgramas em 50 microgramas de Matrix- M, foi administrada a indivíduos do Reino Unido (estudo VAC53) e a indivíduos da África Ocidental de Burkina Faso (Banfora) (no estudo Vac060). Em cada ensaio, a vacinação foi administrada como um regime de três doses nos meses 0, 1 e 2. A imunogenicidade após duas doses foi similar em ambas as populações e apenas ligeiramente menor nos adultos de Burkina Faso após três doses. Estes dados mostram uma boa imunogenicidade da vacina R21 em baixa dose, mesmo em uma área com alto nível de transmissão endêmica da malária. Exemplo 7: Imunogenicidade em Baixas Doses com 2 Microgramas e 10 Microgramas de R21
[00439] Neste exemplo, mostrou-se que 2 microgramas de R21 é também uma dose imunogênica.
[00440] Isto demonstra a utilidade de doses baixas - os dados nos exemplos anteriores eram 10 microgramas.
[00441] Referindo-se à Figura 15.
[00442] Os indivíduos adultos saudáveis do Reino Unido foram imunizados com doses diferentes de R21 em um regime de imunização de três doses nos meses 0, 1, 2. As titulações de anticorpos induzidos após três doses de R21 no dia 84 foram muito similares usando 2 microgramas, 10 microgramas e 50 microgramas de R21 (em cada caso, em 50 microgramas de adjuvante Matrix-M). A reatogenicidade local e sistêmica do regime de dose de 2 microgramas foi melhor (isto é, reduzida) comparado com aquela observada com doses de 10 microgramas ou 50 microgramas. Assim, demonstramos um benefício das baixas doses ensinadas na presente invenção - efeitos colaterais reduzidos, conforme ilustrado pela reatogenicidade reduzida - e ainda atingindo titulações de anticorpos similares às doses muito mais altas, tais como doses de 50 microgramas.
[00443] Exemplo 8: Vacinação em Baixa Dose com R21 Produz Melhor Durabilidade das Respostas à Vacina
[00444] Aqui, surpreendentemente, mostrou-se que são encontradas melhores respostas imunológicas no dia 238 com 10 microgramas comparado com 50 microgramas de R21: isto é, mostrou-se que a dose mais baixa é melhor.
[00445] Referindo-se à Figura 16.
[00446] Os dados demonstram que a vacinação em doses baixas de R21 produz melhor durabilidade das respostas à vacina. Os indivíduos do Reino Unido foram imunizados nos meses 0, 1, 2 com R21 em dosagens de 10 microgramas ou 50 microgramas (sempre com 50 microgramas de adjuvante Matrix-M). No dia 238 após a primeira dose, os níveis de anticorpos para a região de repetição central da proteína de circunsporozoíto, um correlato da eficácia da vacina, foram maiores com o regime de baixa dose de 10 microgramas do que com o regime de dose mais alta de 50 microgramas, isto é, mostrou-se que a dose mais baixa é melhor.
REFERÊNCIAS
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[00447] Embora modalidades ilustrativas da invenção tenham sido descritas em detalhes aqui com referência aos desenhos anexos, será entendido que a invenção não está limitada à modalidade precisa e que várias alterações e modificações podem ser realizadas por aqueles versados na técnica sem se afastar do escopo da invenção, conforme definido pelas reivindicações anexas e seus equivalentes.
LISTAGEM DE SEQUÊNCIAS SEQ ID NO: 1 (R21) Met Asp Pro Asn Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn 1 5 10 15 Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn 20 25 30 Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn 35 40 45
Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn 50 55 60
Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn Lys Asn Asn Gln 65 70 75 80 Gly Asn Gly Gln Gly His Asn Met Pro Asn Asp Pro Asn Arg Asn Val 85 90 95
Asp Glu Asn Ala Asn Ala Asn Ser Ala Val Lys Asn Asn Asn Asn Glu 100 105 110 Glu Pro Ser Asp Lys His Ile Lys Glu Tyr Leu Asn Lys Ile Gln Asn 115 120 125 Ser Leu Ser Thr Glu Trp Ser Pro Cys Ser Val Thr Cys Gly Asn Gly 130 135 140 Ile Gln Val Arg Ile Lys Pro Gly Ser Ala Asn Lys Pro Lys Asp Glu 145 150 155 160 Leu Asp Tyr Ala Asn Asp Ile Glu Lys Lys Ile Cys Lys Met Glu Lys 165 170 175 Cys Ser Ser Val Pro Val Thr Asn Met Glu Asn Ile Thr Ser Gly Phe 180 185 190
Leu Gly Pro Leu Leu Val Leu Gln Ala Gly Phe Phe Leu Leu Thr Arg 195 200 205
Ile Leu Thr Ile Pro Gln Ser Leu Asp Ser Trp Trp Thr Ser Leu Asn 210 215 220
Phe Leu Gly Gly Ser Pro Val Cys Leu Gly Gln Asn Ser Gln Ser Pro 225 230 235 240
Thr Ser Asn His Ser Pro Thr Ser Cys Pro Pro Ile Cys Pro Gly Tyr 245 250 255
Arg Trp Met Cys Leu Arg Arg Phe Ile Ile Phe Leu Phe Ile Leu Leu 260 265 270
Leu Cys Leu Ile Phe Leu Leu Val Leu Leu Asp Tyr Gln Gly Met Leu 275 280 285
Pro Val Cys Pro Leu Ile Pro Gly Ser Thr Thr Thr Asn Thr Gly Pro 290 295 300
Cys Lys Thr Cys Thr Thr Pro Ala Gln Gly Asn Ser Met Phe Pro Ser 305 310 315 320
Cys Cys Cys Thr Lys Pro Thr Asp Gly Asn Cys Thr Cys Ile Pro Ile 325 330 335
Pro Ser Ser Trp Ala Phe Ala Lys Tyr Leu Trp Glu Trp Ala Ser Val 340 345 350
Arg Phe Ser Trp Leu Ser Leu Leu Val Pro Phe Val Gln Trp Phe Val 355 360 365
Gly Leu Ser Pro Thr Val Trp Leu Ser Ala Ile Trp Met Met Trp Tyr 370 375 380
Trp Gly Pro Ser Leu Tyr Ser Ile Val Ser Pro Phe Ile Pro Leu Leu 385 390 395 400
Pro Ile Phe Phe Cys Leu Trp Val Tyr Ile 405 410 SEQ ID NO: 2 (R21 com etiqueta de 4 aminoácidos C terminal opcional EPEA) ("R21c") Met Asp Pro Asn Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn 1 5 10 15
Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn 20 25 30
Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn 35 40 45
Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn 50 55 60
Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn Ala Asn Pro Asn Lys Asn Asn Gln 65 70 75 80
Gly Asn Gly Gln Gly His Asn Met Pro Asn Asp Pro Asn Arg Asn Val 85 90 95
Asp Glu Asn Ala Asn Ala Asn Ser Ala Val Lys Asn Asn Asn Asn Glu 100 105 110
Glu Pro Ser Asp Lys His Ile Lys Glu Tyr Leu Asn Lys Ile Gln Asn 115 120 125
Ser Leu Ser Thr Glu Trp Ser Pro Cys Ser Val Thr Cys Gly Asn Gly 130 135 140
Ile Gln Val Arg Ile Lys Pro Gly Ser Ala Asn Lys Pro Lys Asp Glu 145 150 155 160
Leu Asp Tyr Ala Asn Asp Ile Glu Lys Lys Ile Cys Lys Met Glu Lys 165 170 175
Cys Ser Ser Val Pro Val Thr Asn Met Glu Asn Ile Thr Ser Gly Phe 180 185 190
Leu Gly Pro Leu Leu Val Leu Gln Ala Gly Phe Phe Leu Leu Thr Arg 195 200 205
Ile Leu Thr Ile Pro Gln Ser Leu Asp Ser Trp Trp Thr Ser Leu Asn 210 215 220
Phe Leu Gly Gly Ser Pro Val Cys Leu Gly Gln Asn Ser Gln Ser Pro 225 230 235 240
Thr Ser Asn His Ser Pro Thr Ser Cys Pro Pro Ile Cys Pro Gly Tyr 245 250 255
Arg Trp Met Cys Leu Arg Arg Phe Ile Ile Phe Leu Phe Ile Leu Leu 260 265 270
Leu Cys Leu Ile Phe Leu Leu Val Leu Leu Asp Tyr Gln Gly Met Leu 275 280 285
Pro Val Cys Pro Leu Ile Pro Gly Ser Thr Thr Thr Asn Thr Gly Pro 290 295 300 Cys Lys Thr Cys Thr Thr Pro Ala Gln Gly Asn Ser Met Phe Pro Ser
Cys Cys Cys Thr Lys Pro Thr Asp Gly Asn Cys Thr Cys Ile Pro Ile 325 330 335 Pro Ser Ser Trp Ala Phe Ala Lys Tyr Leu Trp Glu Trp Ala Ser Val 340 345 350 Arg Phe Ser Trp Leu Ser Leu Leu Val Pro Phe Val Gln Trp Phe Val 355 360 365 Gly Leu Ser Pro Thr Val Trp Leu Ser Ala Ile Trp Met Met Trp Tyr 370 375 380 Trp Gly Pro Ser Leu Tyr Ser Ile Val Ser Pro Phe Ile Pro Leu Leu 385 390 395 400 Pro Ile Phe Phe Cys Leu Trp Val Tyr Ile Glu Pro Glu Ala 405 410 SEQ ID NO: 3 (Rv21)
GDRAAGQPAGDRAAGQPAGDRAAGQPAGDRAAGQPAGDRAAGQP AGDRAAGQPAGDRAAGQPAGDRADGQPAGDRADGQPAGNGAGG QAAANGAGNQPGANGAGGQAAANGAGNQPGANGAGGQAAANGA GDQPGANGAGDQPGANGADDQPGANGAGDQPGEDGAGNQPGAN GAGDQPGQAAGGNAGGGQGQNNEGANAPNEKSVKEYLDKVRATV GTEWTPCSVTCGVGVRVRRRVNAANKKPEDLTLNDLETDVCTMDKP VTNMENITSGFLGPLLVLQAGFFLLTRILTIPQSLDSWWTSLNFLGGS PVCLGQNSQSPTSNHSPTSCPPICPGYRWMCLRRFIIFLFILLLCLIFLL VLLDYQGMLPVCPLIPGSTTTNTGPCKTCTTPAQGNSMFPSCCCTKP TDGNCTCIPIPSSWAFAKYLWEWASVRFSWLSLLVPFVQWFVGLSPT
VWLSAIWMMWYWGPSLYSIVSPFIPLLPIFFCLWVYI SEQ ID NO: 4 (Rv21 com etiqueta de 4 aminoácidos C terminal opcional)
GDRAAGQPAGDRAAGQPAGDRAAGQPAGDRAAGQPAGDRAAGQP AGDRAAGQPAGDRAAGQPAGDRADGQPAGDRADGQPAGNGAGG QAAANGAGNQPGANGAGGQAAANGAGNQPGANGAGGQAAANGA GDQPGANGAGDQPGANGADDQPGANGAGDQPGEDGAGNQPGAN GAGDQPGQAAGGNAGGGQGQNNEGANAPNEKSVKEYLDKVRATV GTEWTPCSVTCGVGVRVRRRVNAANKKPEDLTLNDLETDVCTMDKP VTNMENITSGFLGPLLVLQAGFFLLTRILTIPQSLDSWWTSLNFLGGS PVCLGQNSQSPTSNHSPTSCPPICPGYRWMCLRRFIIFLFILLLCLIFLL VLLDYQGMLPVCPLIPGSTTTNTGPCKTCTTPAQGNSMFPSCCCTKP TDGNCTCIPIPSSWAFAKYLWEWASVRFSWLSLLVPFVQWFVGLSPT
VWLSAIWMMWYWGPSLYSIVSPFIPLLPIFFCLWVYIEPEA SEQ ID NO: 5 (RTSS (11 aminoácidos C-terminais a mais do que R21 mais 3 extras no N-término))
MMAPDPNANPNANPNANPNANPNANPNANPNANPNANPNANPNAN PNANP NANPNANPNANPNANPNANPNANPNANPNKNNQGNGQGHNMPND PNRNV DENANANSAVKNNNNEEPSDKHIKEYLNKIQNSLSTEWSPCSVTCGN
GIQVRI KPGSANKPKDELDYANDIEKKICKME KCSSVFNVVNSSIGLGPVTNMENITSGFLGPLLVLQAGFFLLTRILTlP
QSLDSWWTSLN FLGGSPVCLGQNSQS PTSNHS PTSCPPICPGYRWMCLRRFIIFLFILLLCLIFLLVLLDYQGMLPVCPLIP GSTTTN TGPCKTCTTPAQGNSMFPSCCCTKPTDGNCTCIPIPSSWAFAKYLW EWASVR FSWLSLLVPFVQWFVGLSPTVWLSAIWMMWYWGPSLYSIVSPFIPLL PIFFCLWVYI

Claims (30)

REIVINDICAÇÕES
1. Composição que compreende: um polipeptídeo que compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 1 ou uma sequência que tem pelo menos 80%, 85%, 90%, 95%, 98% ou 99% de identidade de sequência com SEQ ID NO: 1 (R21) em que o dito polipeptídeo está na forma de uma partícula de tipo vírus (VLP), em que a dita partícula compreende menos de 10% de proteína antigênica de hepatite B livre na superfície, para uso na imunização de um ser humano suscetível à infecção por Plasmodium falciparum, caracterizada pelo fato de que: a dita composição é administrada em um regime de dosagem de pelo menos uma dose de 1 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 0,5 µg a 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade.
2. Composição que compreende: um polipeptídeo, em que o dito polipeptídeo compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 1 ou uma sequência que tem pelo menos 80%, 85%,90 %, 95%, 98% ou 99 % de identidade de sequência com SEQ ID NO: 1 (R21), em que o dito polipeptídeo está na forma de uma partícula de tipo vírus (VLP) e em que a VLP compreende a sequência de proteína circunsporozoíta (CSP) e a sequência do antígeno de hepatite B na superfície (HBsAg) em uma proporção de 1:1, para uso na imunização de um ser humano suscetível à infecção por Plasmodium falciparum, caracterizada pelo fato de que:
a dita composição é administrada em um regime de dosagem de pelo menos uma dose de 1 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 0,5 µg a 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade.
3. Composição, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que a dita composição é administrada em um regime de dosagem de pelo menos uma dose de 5 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 2,5 µg a 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade.
4. Composição, de acordo com a reivindicação 3, caracterizada pelo fato de que a dita composição é administrada em um regime de dosagem de pelo menos uma dose de 10 µg de R21 por administração para indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 5 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade.
5. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada pelo fato de que o regime de dosagem compreende duas doses.
6. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada pelo fato de que o regime de dosagem compreende três doses.
7. Composição, de acordo com a reivindicação 5 ou 6, caracterizada pelo fato de que a dose final contém 10% a 50% da quantidade de R21 da primeira dose.
8. Composição, de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato de que a dose final contém 20% da quantidade de R21 da primeira dose.
9. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada por compreender ainda adjuvante, em que o dito adjuvante é Matrix-M, em que o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:1 a 1:50 de R21:Matrix- M.
10. Composição, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo fato de que o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:2 a 1:25 de R21:Matrix-M.
11. Composição, de acordo com a reivindicação 10, caracterizada pelo fato de que o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:5 a 1:10 de R21:Matrix-M.
12. Composição, de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de que a dita dose compreende 10 a 500 µg de adjuvante para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou 5 a 250 µg de adjuvante para um indivíduo de menos de 18 anos de idade, em que o dito adjuvante é Matrix-M.
13. Composição, de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de que a dita dose compreende 20 a 200 µg de adjuvante para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou 10 a 100 µg de adjuvante para um indivíduo de menos de 18 anos de idade, em que o dito adjuvante é Matrix-M.
14. Composição, de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de que a dita dose compreende 25 a 50 µg de adjuvante para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou 5 a 50 µg de adjuvante para um indivíduo de menos de 18 anos de idade, em que o dito adjuvante é Matrix-M.
15. Composição, de acordo com a reivindicação 4 ou 5, caracterizada pelo fato de que a dita dose compreende cerca de 10 µg de R21 e cerca de 50 µg de adjuvante para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou compreende cerca de 5 µg de R21 e cerca de 25 µg de adjuvante para um indivíduo de menos de 18 anos de idade, em que o dito adjuvante é Matrix-M.
16. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 5 a 15, caracterizada pelo fato de que as ditas doses são administradas ao dito indivíduo no(s) intervalo(s) de 1 semana a 12 semanas.
17. Composição, de acordo com a reivindicação 16, caracterizada pelo fato de que as ditas doses são administradas ao dito indivíduo em um intervalo de 4 semanas.
18. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada por compreender ainda um polipeptídeo que compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 3 ou uma sequência que tem pelo menos 80%, 85%, 90%, 95%, 98% ou 99% de identidade de sequência com SEQ ID NO: 3 (Rv21).
19. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada por compreender ainda um vetor viral, o dito vetor viral compreendendo um ácido nucleico que codifica pelo menos um epítopo de um antígeno da malária, de preferência um antígeno de P. falciparum ou P. vivax.
20. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a dita composição é uma composição farmacêutica.
21. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a dita composição é uma composição de vacina.
22. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a dita composição é capaz de induzir uma resposta imune protetora contra P. falciparum em um ser humano.
23. Kit, caracterizado por conter pelo menos uma primeira e uma composição final, a dita primeira composição compreendendo 1 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou 0,5 µg a 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade, a dita composição compreendendo ainda um adjuvante, em que o dito adjuvante é Matrix -M, em que o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:1 a 1:50 de R21:Matrix-M; a dita composição final compreendendo 10% -50%, de preferência 20% da quantidade de R21 da primeira composição por administração, a dita composição final compreendendo ainda um adjuvante, em que o dito adjuvante é Matrix-M, em que o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:1 a 1:50 de R21:Matrix- M; e instruções para administração a um ser humano.
24. Kit, de acordo com a reivindicação 23, caracterizado por compreender ainda uma segunda composição, a dita segunda composição sendo idêntica à dita primeira composição.
25. Uso de uma composição que compreende R21 na preparação de um medicamento para o tratamento/imunização de um ser humano suscetível à infecção por Plasmodium falciparum, caracterizado pelo fato de que: a dita composição compreende pelo menos uma dose de 1 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 0,5 µg a 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade.
26. Uso, de acordo com a reivindicação 25, caracterizado pelo fato de que a dita composição compreende ainda um adjuvante, em que o dito adjuvante é Matrix-M e em que o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:1 a 1:50 de R21:Matrix-M.
27. Método de imunização de um ser humano suscetível à infecção por Plasmodium falciparum, caracterizado por compreender a administração de uma composição que compreende um polipeptídeo que compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 1 ou uma sequência que tem pelo menos 80%, 85%, 90%, 95%, 98% ou 99% de identidade de sequência com SEQ ID NO: 1 (R21), em que o dito polipeptídeo está na forma de uma partícula de tipo vírus (VLP), em que a dita partícula compreende menos de 10% de proteína antigênica de hepatite B livre na superfície ao dito indivíduo, em que a dita composição é administrada em um regime de dosagem de pelo menos uma dose de 1 µg a 20 µg de R21 por administração para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou pelo menos uma dose de 0,5 µg a 10 µg de R21 por administração para um indivíduo de menos de 18 anos de idade.
28. Método, de acordo com a reivindicação 27, caracterizado pelo fato de que a dita composição compreende ainda um adjuvante, em que o dito adjuvante é Matrix-M e em que o dito adjuvante está presente em uma proporção na faixa de 1:1 a 1:50 de R21:Matrix-M.
29. Composição, kit, uso ou método, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizados pelo fato de que o dito regime de dosagem compreende administração do dito polipeptídeo que compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 1 ou uma sequência que tem pelo menos 80%, 85%, 90%, 95%, 98% ou 99% de identidade de sequência com SEQ ID NO: 1 (R21), em que o dito polipeptídeo está na forma de uma partícula de tipo vírus (VLP), em que a dita partícula compreende menos de 10% proteína antigênica de hepatite B livre na superfície ao dito ser humano em uma quantidade na faixa de 0,0000125 a 0,0003333 mg/kg para um indivíduo de pelo menos 18 anos de idade ou 0,00000625 a 0,001667 mg/kg para um indivíduo de menos de 18 anos de idade.
30. Composição, kit, uso ou método, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizados pelo fato de que a dita administração é intramuscular.
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