BR112020000101A2 - partículas de fertilizante contendo ureia revestidas e processo para a sua produção - Google Patents

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Abstract

A presente invenção refere-se a um método para a produção de partículas de fertilizante contendo ureia revestidas, compreendendo as seguintes etapas: A) formar pelo menos uma camada de poliureia sobre o fertilizante contendo ureia não revestido e, em seguida, B) formar pelo menos uma camada de poliuretano sobre a pelo menos uma camada de poliureia sobre o fertilizante contendo ureia.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "PARTÍCULAS DE FERTILIZANTE CONTENDO UREIA REVESTIDAS E PROCESSO PARA A SUA PRODUÇÃO". Descrição
[0001] A presente invenção refere-se às partículas de fertilizante contendo ureia revestidas e aos processos para a sua produção.
[0002] As partículas de fertilizante contendo ureia revestidas são conhecidas per se. Estas são partículas de fertilizante contendo ureia tipicamente granulares, pelo menos parcialmente solúveis em água, revestidas por uma camada insolúvel em água, porém permeável à água. Por meio do revestimento, é possível controlar a taxa de dissolução das partículas de fertilizante. Desta forma, é possível obter fertilizantes de longa duração tendo uma eficácia de até vários meses.
[0003] São conhecidos sistemas diferentes para o revestimento das partículas de fertilizante contendo ureia.
[0004] Primeiramente, o fertilizante que contém a ureia, após umedecimento, pode ser reagido com um componente de isocianato para formar uma camada de poliureia sobre a partícula de fertilizante. O WO 98/29359 descreve, por exemplo, processos para a produção de partículas de fertilizante encapsuladas em poliureia. Para este fim, por exemplo, a água é aplicada às partículas de fertilizante. Imediatamente depois, um diisocianato aromático orgânico contendo grupos isocianato é aplicado às partículas de fertilizante revestidas com água para formar uma camada de poliureia.
[0005] A US 2017/0036968 descreve um processo para a produção de fertilizantes encapsulados, em que um componente de isocianato tendo grupos funcionais de isocianato é igualmente aplicado diretamente à superfície externa da partícula de ureia e depois reagido com a umidade ambiente, formando uma camada de poliureia. Também é afirmado que uma camada de vedação, que pode compreender ceras orgânicas, triglicerídeos, polímeros termoplásticos microcristalinos, óleos minerais, ceras de petróleo ou suas combinações, pode ser aplicada aos grãos de fertilizante assim revestidos. É ainda afirmado que esta camada de vedação pode conter polímeros diferentes, a fim de melhorar a resistência à abrasão e as propriedades de barreira. A natureza dos polímeros é, por outro lado, indefinida.
[0006] A US 7.416.785 refere-se a partículas de fertilizante encapsuladas em poliuretano que são obtidas por reação de um componente de isocianato com um poliol derivado de um iniciador à base de uma amina aromática sobre as partículas de fertilizante.
[0007] A EP-A 0 974 609 refere-se a composições de isocianato contendo enxofre que podem ser usadas para o revestimento de partículas de fertilizante. O fertilizante pode ser um fertilizante de ureia. São descritos diferentes procedimentos para a produção de partículas de fertilizante encapsuladas em poliuretano e/ou poliureia.
[0008] O WO 2015/167988 refere-se a processos para a formação de fertilizantes encapsulados. Estes envolvem a aplicação de um componente de isocianato diretamente à superfície externa da partícula de fertilizante contendo ureia. Este componente de isocianato é reagido com a umidade ambiente para obter uma camada com ligações de poliureia.
[0009] A US 2014/0033779 refere-se a processos e a sistemas para o revestimento de substratos granulares. É possível aqui proporcionar fertilizantes com uma camada de poliuretano na qual o componente de poliol é baseado em cardol ou cardanol.
[00010] A EP-A 0 867 422 refere-se a fertilizantes granulares revestidos e a processos para o seu revestimento. Um revestimento referido é aquele com um componente de poli-isocianato e um de poliol, em que o componente de poliol é um produto de condensação de fenol e aldeído.
[00011] O WO 2016/166100 descreve materiais granulares revestidos, em que o revestimento compreende uma resina que compreende o produto da reação de um componente de poliol e um componente de isocianato. A resina foi curada adicionando um catalisador compreendendo um composto de amina contendo um grupo hidroxila.
[00012] O perfil de liberação dessas partículas de fertilizante revestidas não é adequado para todas as aplicações. Para produzir um fertilizante de longa duração, são frequentemente necessárias altas espessuras de camada do revestimento da superfície.
[00013] É um objetivo da presente invenção proporcionar partículas de fertilizante contendo ureia revestidas que evitem as desvantagens das partículas de fertilizante revestidas conhecidas e permitam um efeito de longa duração das partículas de fertilizante com baixas espessuras de revestimento, em que a taxa de dissolução das partículas de fertilizante no solo é significativamente diminuída e, portanto, a liberação do fertilizante por um período prolongado torna-se possível.
[00014] O objetivo é atingido de acordo com a invenção por partículas de fertilizante contendo ureia revestidas, compreendendo, sobre o fertilizante contendo ureia (não revestido), pelo menos uma camada de poliureia e compreendendo ainda, sobre a pelo menos uma camada de poliureia, pelo menos uma camada de poliuretano. Desse modo, não há uma camada de poliuretano abaixo da camada de poliureia (mais interna).
[00015] O objetivo é adicionalmente atingido de acordo com a invenção por um processo para a produção de partículas de fertilizante contendo ureia revestidas, compreendendo as seguintes etapas: A) formar pelo menos uma camada de poliureia sobre o fertilizante contendo ureia não revestido e, em seguida, B) formar pelo menos uma camada de poliuretano sobre a pelo menos uma camada de poliureia sobre o fertilizante contendo ureia.
[00016] O que se entende aqui pelo termo "fertilizante contendo ureia" é "partícula de fertilizante contendo ureia". Por conseguinte, a pelo menos uma camada de poliureia é formada sobre as partículas de fertilizante contendo ureia (não revestidas) e a pelo menos uma camada de poliuretano sobre a pelo menos uma camada de poliureia sobre as partículas de fertilizante contendo ureia.
[00017] Verificou-se de acordo com a invenção que um revestimento multicamadas, com formação primeiramente de uma camada de poliureia e subsequentemente de uma camada de poliuretano acima dela, resulta em partículas de fertilizante contendo ureia revestidas que permitem a liberação lenta do fertilizante contendo ureia. Assim, é possível uma liberação controlada por um período prolongado. Já é possível aqui com as baixas espessuras das camadas e os custos correspondentemente mais baixos atingir um efeito de longa duração do fertilizante contendo ureia. Por conseguinte, existe preferivelmente (exatamente) uma camada de poliureia e (exatamente) uma camada de poliuretano.
[00018] De acordo com a invenção, a camada de poliureia está no lado de dentro sobre as partículas de fertilizante contendo ureia (não revestidas), também porque possui melhor adesão à ureia do que um poliuretano. Portanto, a camada de poliuretano é aplicada ao lado de fora da camada de poliureia. A camada de poliureia pode, assim, também atuar como promotor de adesão para a camada de poliuretano sobre a ureia da partícula de fertilizante contendo ureia.
[00019] As partículas de fertilizante contendo ureia, usadas de acordo com a invenção para o revestimento, são conhecidas per se.
[00020] As partículas de fertilizante podem estar em qualquer forma externa desejada e qualquer tamanho de grão. As partículas de fertilizante estão tipicamente na forma de grânulos ou pelotas. As pelotas aqui podem assumir a forma, por exemplo, de um bastão, cilindro, esfera ou elipsoide. Os pequenos grãos são tipicamente agregados assimétricos de partículas de pó.
[00021] O tamanho de grão das partículas de fertilizante está tipicamente na faixa de 0,2 a 15 mm, mais preferivelmente na faixa de 1 a 5 mm. O tamanho de grão citado aqui é o diâmetro médio mais longo das partículas. O tamanho do grão pode ser determinado opticamente, por exemplo, com o auxílio de um Camsizer.
[00022] As partículas de fertilizante contêm ureia. O teor de ureia no fertilizante contendo ureia é preferivelmente pelo menos 30% em peso, mais preferivelmente pelo menos 50% em peso, especialmente pelo menos 85% em peso, com base no fertilizante contendo ureia não revestido. É dada particular preferência ao uso da ureia como o fertilizante contendo ureia.
[00023] Além da ureia, as partículas de fertilizante contendo ureia podem compreender outros componentes de fertilizante habituais. Os exemplos úteis aqui incluem os nutrientes individuais ou múltiplos compreendendo nutrientes como o nitrogênio, o potássio, o fósforo, o enxofre, em qualquer combinação, tipicamente na forma de seus sais ou óxidos. Um exemplo é uma ureia contendo enxofre tendo um teor de enxofre de 3% a 15% em peso, preferivelmente 5% a 10% em peso, com base na ureia contendo enxofre, por exemplo, YaraVera UREAS. Os exemplos de fertilizantes que podem estar presentes ao lado da ureia nas partículas de fertilizante da invenção são os fertilizantes N, NP, NK, PK ou NPK. Os exemplos incluem o sulfato de amônio, o sulfato nitrato de amônio, o nitrato de cálcio e amônio, o nitrato de amônio ou a cálcio cianamida de. Assim como os principais constituintes mencionados, também é possível que outros sais ou elementos residuais estejam presentes nas partículas de fertilizante, por exemplo, de magnésio, ferro, manganês, cobre, molibdênio e/ou boro.
[00024] Tais aditivos ou elementos residuais estão tipicamente presentes em quantidades de 0,1% a 5% em peso, mais preferivelmente de 0,25% a 3% em peso, com base no fertilizante contendo ureia.
[00025] Mais preferivelmente de acordo com a invenção, a ureia é usada como o único fertilizante.
[00026] O fertilizante pode adicionalmente compreender um ingrediente ativo adicional, tais como agentes de proteção de plantas, pesticidas, reguladores de crescimento, elementos residuais, melhoradores de solo, inibidores de nitrificação, inibidores de urease, feromônios, repelentes ou suas misturas. É dada preferência pelo menos ao uso adicional de pelo menos um inibidor de urease. A quantidade do inibidor de urease usado adicionalmente é preferivelmente 0,02% a 0,2% em peso, mais preferivelmente 0,03% a 0,1% em peso, com base na ureia no fertilizante contendo ureia. Os inibidores de urease adequados são conhecidos dos especialistas na técnica. Os inibidores de urease adequados são, por exemplo, o fosforodiamidato de fenila (PPD), a N-butiltiofosforamida (NBTPT ou NBPT), o monofenoxifosfazeno, o β-mercaptoetanol, o ácido aceto- hidroxâmico (AHA), a tioureia ou a hidroxiureia. Os inibidores de urease adequados são mencionados, por exemplo, na DE 10 2007 062 614. As triamidas de ácido (tio)fosfórico e as diamidas de ácido (tio)fosfórico adequadas são descritas nela e resumidas nas fórmulas gerais (I) e (II) especificadas. Estes inibidores de urease também podem ser usados em conjunto com uma amina tendo um ponto de ebulição de mais do que 100°C, a fim de reduzir a volatilidade do inibidor de urease.
[00027] De acordo com a invenção, é dada preferência à utilização de pelo menos uma diamida de ácido (tio)fosfórico ou triamida de ácido (tio)fosfórico das fórmulas gerais (I) e (II), conforme descrito na DE 10 2007 062 614. É dada preferência particular à utilização de NBPT ou NBTPT.
[00028] Os Inibidores de nitrificação habituais podem ser usados, tais como os compostos de diciandiamida (DCD) ou pirazol, tais como o 3,4- dimetilpirazol, o 3,4-dimetilpirazol fosfato e os seus produtos de reação com anidrido maleico, ácido 2-(N-3,4-dimetilpirazol)succínico, que é uma mistura de isômeros de ácido 2-(3,4-dimetil-1H-pirazol-1- il)succínico e ácido 2-(2,3-dimetil-1H-pirazol-1-il)succínico . Para uma descrição deste inibidor de nitrificação, pode ser feita referência, por exemplo, ao WO 2015/086823. As quantidades adequadas são 0,1% a 1,0% em peso, de preferência 0,13% a 0,6% em peso, com base na ureia no fertilizante contendo ureia.
[00029] Tipicamente, devido ao revestimento do fertilizante contendo ureia, é possível dispensar o uso adicional de um inibidor de nitrificação.
[00030] Para a produção das partículas de fertilizante contendo ureia, revestidas de acordo com a invenção, pelo menos uma camada de poliureia é primeiramente formada sobre as partículas de fertilizante contendo ureia não revestidas e, posteriormente, pelo menos uma camada de poliuretano é formada sobre a pelo menos uma camada de poliureia. Isso significa que a camada de poliureia está em contato direto com a ureia da partícula de fertilizante contendo ureia.
[00031] Aqui é de preferência possível formar exatamente uma camada de poliureia A) e uma camada de poliuretano B). No entanto, também é possível formar múltiplas camadas de poliureia A) e múltiplas camadas de poliuretano B). Aqui é possível dividir a espessura total desejada da camada entre as camadas individuais. De preferência, não existem outras camadas adicionais excluindo uma camada antiaglutinante opcionalmente presente sobre a camada de poliuretano B).
[00032] O termo "partícula de fertilizante contendo ureia não revestida" refere-se às partículas de fertilizante contendo ureia às quais ainda não tenham sido aplicadas qualquer camada de poliureia e qualquer camada de poliuretano. Assim, o termo "não revestida" significa "não tendo uma camada de poliureia ou camada de poliuretano". Pode ser que outros revestimentos já estejam presentes, por exemplo, revestimentos com elementos residuais ou outros auxiliares (tais como agentes antiaglutinantes) ou promotores de adesão. Mais preferivelmente, na etapa A), a pelo menos uma camada de poliureia é aplicada a um fertilizante contendo ureia totalmente não revestido, o que significa que o fertilizante contendo ureia sólido não possui qualquer revestimento de superfície antes da formação da camada de poliureia. Etapa A - Formação da camada de poliureia
[00033] Em uma primeira etapa, a camada de poliureia é formada preferivelmente por reação de um componente de isocianato orgânico contendo mais do que um grupo isocianato com a água, sobre a superfície das partículas de fertilizante contendo ureia. O componente de isocianato pode ser reagido aqui com a água líquida ou o vapor, sobre a superfície das partículas de fertilizante contendo ureia. O ambiente das partículas de fertilizante pode ter sido umedecido aqui, por exemplo, usando ar úmido, ou a umidade pode ser aplicada às partículas de fertilizante contendo ureia na forma de vapor ou líquido.
[00034] Frequentemente, a mera presença de umidade do ar proveniente do ambiente, por exemplo, é insuficiente para formar a camada de poliureia. Portanto, é vantajoso para a formação de uma camada de poliureia estável com boa adesão aplicar a água ou o vapor às partículas de fertilizante contendo ureia (não revestidas) em uma primeira etapa, a fim de obter partículas de fertilizante revestidas sobre a superfície com a água.
[00035] De preferência, a etapa A) compreende as seguintes etapas: A1) aplicar água ou vapor às partículas de fertilizante contendo ureia, a fim de obter partículas de fertilizante revestidas com água,
A2) aplicar um componente de isocianato orgânico contendo pelo menos dois grupos isocianato às partículas de fertilizante revestidas com água e reagi-lo com elas para formar uma camada de poliureia sobre a partícula de fertilizante contendo ureia.
[00036] Nesta primeira etapa A), nenhum poliol é aplicado às partículas de fertilizante contendo ureia.
[00037] A camada de poliureia, portanto, preferivelmente não contém quaisquer poliuretanos. As pequenas quantidades adicionadas de um poliuretano não são críticas aqui. O teor de poliuretano na camada de poliureia com base na camada de poliureia, no entanto, preferivelmente deve ser não mais do que 15% em peso, mais preferivelmente não mais do que 10% em peso, especialmente não mais do que 5% em peso. De preferência, não há poliuretanos na camada de poliureia.
[00038] De acordo com a invenção, nenhum poliol é usado adicionalmente na reação do componente de isocianato com a água para formar uma camada de poliureia. O uso adicional de pequenas quantidades de poliol não é crítico, porém não é preferido. A quantidade de poliol na etapa A) é preferivelmente não mais do que 5% em peso, mais preferivelmente não mais do que 2% em peso, especialmente não mais do que 0,5% em peso, com base na quantidade do componente de isocianato usado.
[00039] De preferência, a água é aplicada à partícula de fertilizante contendo ureia seca em uma quantidade de 0,25% a 5% em peso, mais preferivelmente 0,5% a 2% em peso, especialmente 0,3% a 1,5% em peso, com base no teor de ureia na partícula de fertilizante contendo ureia seca.
[00040] O componente de isocianato é aplicado antes da, com a, ou depois da, água. Este é um composto orgânico que contém uma média de mais do que um grupo isocianato ou uma mistura desses compostos. É dada preferência aos componentes de isocianato contendo pelo menos dois grupos isocianato. O componente de isocianato compreende tipicamente um poli-isocianato tendo dois ou mais grupos isocianato funcionais. Os poli-isocianatos adequados são, por exemplo, os isocianatos alifáticos, cicloalifáticos, aralifáticos e aromáticos. Por exemplo, o componente de isocianato pode ser selecionado a partir de di-isocianatos de difenilmetano (MDI), di-isocianatos de difenilmetano oligoméricos ou poliméricos (PMDI) e suas combinações. Os di- isocianatos de difenilmetano poliméricos também podem ser referidos como poli-isocianatos de polimetileno polifenileno. Assim como os MDI como o isocianato preferido, também é possível usar os di-isocianatos de tolueno (TDI), os di-isocianatos de hexametileno (HDI), os di- isocianatos de isoforona (IPDI), os di-isocianatos de naftaleno (NDI) e as combinações destes, e também os componentes de isocianato descritos para a etapa B).
[00041] O componente de isocianato também pode ser um pré- polímero terminado em isocianato. O pré-polímero terminado em isocianato é tipicamente o produto da reação de um isocianato e um poliol e/ou uma poliamina. É possível aqui, assim como os isocianatos acima mencionados, usar diferentes polióis e poliaminas. Os pré- polímeros adequados podem assim ter ligações de poliuretano. O resultado é que as poliureias de poliuretano são então formadas como a camada de poliureia.
[00042] Se, por exemplo, for usado um pré-polímero terminado em isocianato de MDI e um poliol tendo pelo menos dois grupos hidroxila, esse pré-polímero contém ligações de poliuretano.
[00043] Neste pré-polímero, o poliol pode preferivelmente ser selecionado a partir de etileno glicol, dietileno glicol, propileno glicol, dipropileno glicol, butanodiol, glicerol, trimetilolpropano, trietanolamina, pentaeritritol, sorbitol e suas combinações. Os polióis também podem ser polióis de enxerto ou polióis de polímero. As poliaminas podem incluir, por exemplo, a etilenodiamina, a toluenodiamina, o diaminodifenilmetano e as polimetileno polifenileno poliaminas, e os amino álcoois e as suas misturas. Os exemplos de amino álcoois adequados são etanolamina, dietanolamina, trietanolamina e suas combinações.
[00044] Também é possível usar isocianatos (modificados), conforme descritos nos parágrafos [0031] a [0041] da US 2017/0036968. Outros componentes de isocianato possíveis são mencionados no WO 2016/166100, na página 10, linha 15, até a página 11, linha 2. Os componentes de isocianato adequados para a etapa A) são descritos adicionalmente no WO 98/29359, página 6, linha 26, até a página 11, linha 25. O cardanol e o cardol e a sua preparação também são descritos no DE-A-101 58 693.
[00045] O componente de isocianato não é de preferência um pré- polímero.
[00046] A funcionalidade isocianato do componente de isocianato está preferivelmente na faixa de 1,5 a 4, mais preferivelmente 2 a 3.
[00047] Assim como o componente de isocianato, também é possível usar adicionalmente outros aditivos habituais, como catalisadores, cargas, plastificantes, estabilizadores, reticuladores, extensores de cadeia, etc.
[00048] Para aditivos desse tipo, pode ser feita referência ao parágrafo [0041] da US 2017/0036968.
[00049] O componente de isocianato é preferivelmente usado em uma quantidade de 0,25% a 5% em peso, mais preferivelmente 0,5% a 3% em peso, especialmente 0,75% a 1,5% em peso, com base na partícula de fertilizante contendo ureia seca não revestida. É dada preferência particular ao uso de componente de isocianato e água em uma razão em peso de 0,5 a 2:1, mais preferivelmente 0,75 a 1,5:1, especialmente cerca de 1:1.
[00050] O peso da camada de poliureia, com base na partícula de fertilizante contendo ureia seca não revestida, é de preferência 0,5% a 5% em peso, mais preferivelmente 0,6% a 2,5% em peso, especialmente 0,75% a 2,0% em peso.
[00051] A reação do componente de isocianato com a água no fertilizante contendo ureia é preferivelmente realizada na presença de um catalisador. Este pode ser um catalisador líquido ou gasoso. Os catalisadores adequados são mencionados, por exemplo, na US 2017/0036968, nos parágrafos [0042] a [0047]. Além disso, pode ser feita referência aos catalisadores descritos no WO 2016/166100.
[00052] A camada de poliureia e/ou a camada de poliuretano podem assim ser formadas na presença de um catalisador de preferência básico. O catalisador aqui usado é preferivelmente pelo menos um composto de amina que seja mais preferivelmente reativo com os isocianatos.
[00053] O composto de amina pode ser usado aqui em uma operação de cura por gás ou cura por líquido, isto é, pode estar na forma gasosa ou na forma líquida na formação da camada de poliureia e/ou na formação da camada de poliuretano.
[00054] No caso da cura por gás, é dada preferência à utilização de aminas de baixo ponto de ebulição que preferivelmente tenham um ponto de ebulição de menos do que 100°C, mais preferivelmente um ponto de ebulição de menos do que 90°C. Os exemplos de aminas de baixo ponto de ebulição adequadas são as aminas terciárias, especialmente as alquilaminas terciárias. Os exemplos de alquilaminas terciárias adequadas são aquelas que têm radicais alquila de C1-4, mais preferivelmente radicais alquila de C1-3, especialmente os radicais metila ou etila. Por exemplo, é possível usar a trietilamina ou a dimetiletilamina. As outras alquilaminas terciárias de baixo ponto de ebulição adequadas são conhecidas dos especialistas na técnica.
[00055] Essas aminas terciárias não são tipicamente incorporadas por reação na formação da camada de poliureia e/ou na formação da camada de poliuretano, porém podem, em vez disso, ser sopradas dessas camadas novamente após a reação e opcionalmente reutilizadas. Estas aminas são preferivelmente empregadas por pulverização com uma mistura de catalisador/ar.
[00056] No caso da cura por líquido, é dada preferência à utilização de aminas de maior peso molecular que preferivelmente tenham um ponto de fulgor acima da temperatura da reação. Nesse caso, o ponto de fulgor é preferivelmente acima de 100°C, mais preferivelmente acima de 150°C. Elas também podem ter um ponto de ebulição de mais do que 100°C, de preferência mais do que 150°C. Uma vez que estas aminas de maior peso molecular não podem simplesmente ser sopradas da camada de poliureia e/ou da camada de poliuretano após a reação, é dada preferência ao uso de aminas reativas com os grupos isocianato. As aminas preferidas contêm grupos funcionais reativos com os grupos isocianato, de modo tal que elas são incorporadas por reação na camada de poliureia e/ou na camada de poliuretano e, portanto, permanecem, no final, nas camadas. Deste modo, é possível evitar a lixiviação do revestimento durante o armazenamento ou o uso do fertilizante.
[00057] As aminas adequadas reativas com os isocianatos têm preferivelmente pelo menos um grupo hidroxila, ou grupo amino primário ou secundário. Esses grupos são capazes de reagir com os isocianatos. As aminas de maior peso molecular contêm preferivelmente um ou dois grupos funcionais reativos com os grupos isocianato. É dada particular preferência à utilização de compostos de amina que contenham pelo menos um grupo hidroxila e que especial e preferivelmente tenham um ponto de fulgor de mais do que 100°C, especialmente mais do que 150°C.
[00058] Os exemplos de aminas de maior ponto de ebulição têm um ponto de fulgor na faixa de 30 a 100°C, mais preferivelmente 35 a 92°C, especialmente 40 a 88°C. Por exemplo, elas podem ter um ponto de fulgor de cerca de 40°C ou cerca de 88°C.
[00059] Estas aminas de maior peso molecular são preferivelmente aplicadas em uma névoa de pulverização às partículas de fertilizante contendo ureia.
[00060] Os catalisadores preferidos são descritos no WO 2016/166100, na página 11, linha 14, até a página 17, linha 17. Os exemplos de catalisadores adequados são Jeffcat® Z-110 (N,N,N'- trimetilaminoetiletanolamina) Jeffcat® ZR-50 (N,N-bis(3- dimetilaminopropil)-N-isopropanolamina), Jeffcat® ZF-10 (éter N,N,N'- trimetil-N'-hidroxietilbisaminoetílico) e Jeffcat® DPA (N-(3- dimetilaminopropil)-N,N-di-isopropanolamina). A quantidade de catalisador necessária depende do tempo de cura desejado e da temperatura de trabalho. Em geral, é usado cerca de 0,1% a 20% em peso, preferivelmente 1% a 10% em peso, especialmente 3% a 6% em peso de catalisador, com base na quantidade total de água e componente de isocianato usados.
[00061] Mais preferivelmente, a água é incluída na carga inicial sobre a partícula de fertilizante contendo ureia seca, depois o componente de isocianato é aplicado à partícula de fertilizante contendo ureia umedecida e, em seguida, o catalisador é aplicado à partícula de fertilizante contendo ureia umedecida que contém o componente de isocianato.
[00062] A aplicação do catalisador em uma névoa de pulverização, por exemplo, é descrita no WO 2016/166100, na página 19, linha 17 até a página 20, linha 4.
[00063] Uma alternativa é a pulverização com uma mistura de catalisador/ar.
[00064] A temperatura da reação é preferivelmente 30 a 150°C, mais preferivelmente 50 a 100°C. Etapa B) - Formação da camada de poliuretano
[00065] A formação da pelo menos uma camada de poliureia sobre o fertilizante contendo ureia é seguida pela formação da pelo menos uma camada de poliuretano sobre a pelo menos uma camada de poliureia. De dentro para fora, as partículas de fertilizante contendo ureia revestidas nesse caso têm um núcleo de partícula de fertilizante, uma primeira camada de poliureia e uma segunda camada de poliuretano, onde uma ou mais camadas de poliureia e camadas de poliuretano podem estar presentes em cada caso.
[00066] Em geral, a pelo menos uma camada de poliuretano é formada sobre a pelo menos uma camada de poliureia sobre o fertilizante contendo ureia aplicando um componente de poliol e um componente de isocianato à partícula de fertilizante revestida com uma camada de poliureia e reagindo o componente de poliol com o componente de isocianato, opcionalmente na presença de catalisadores, para dar uma camada de poliuretano.
[00067] A camada de poliuretano é preferivelmente formada na presença de um catalisador preferivelmente básico. É dada preferência aqui à utilização de um composto de amina que seja mais preferivelmente reativo com os isocianatos.
[00068] É dada preferência particular à utilização de um composto de amina como já descrito acima para a etapa A). É possível usar catalisadores diferentes ou preferivelmente idênticos nas etapas A) e B).
[00069] Quando um catalisador for usado adicionalmente, a quantidade de catalisador usada, com base na quantidade total de componente de poliol e componente de isocianato, é preferivelmente 0,1% a 20% em peso, mais preferivelmente 1% a 10% em peso,
especialmente 3% a 8 % em peso.
[00070] O componente de poliol e o componente de isocianato podem ser aplicados à partícula de fertilizante contendo ureia sucessivamente, simultaneamente ou misturados.
[00071] O catalisador pode de preferência ser adicionado ao componente de poliol ou à mistura de componente de poliol e componente de isocianato. Ele também pode ser aplicado à partícula de fertilizante contendo ureia após a aplicação do componente de poliol e do componente de isocianato, por exemplo, em uma névoa de pulverização ou por pulverização com uma mistura de catalisador/ar.
[00072] Para uma descrição de catalisadores adequados, pode ser feita referência novamente ao WO 2016/166100, página 11, linha 14, até a página 17, linha 17.
[00073] O componente de isocianato pode ser formado como descrito acima na etapa A) e pode ser selecionado a partir de isocianatos alifáticos, cicloalifáticos, aromáticos e heterocíclicos e suas misturas. Os isocianatos têm preferivelmente uma média de mais do que 1,5 grupo isocianato em uma molécula. É dada preferência aos isocianatos possuindo pelo menos dois grupos isocianato em uma molécula ou seus oligômeros ou polímeros.
[00074] Os exemplos de isocianatos adequados são, por exemplo, como descritos acima ou a seguir: 2,4-di-isocianato de tolueno, 2,6-di-isocianato de tolueno, di-isocianato de 3-fenil-2-etileno, 1,5-di-isocianato de naftaleno, di-isocianato de 4- metóxi-1,3-difenila, di-isocianato de 4-cloro-1,3-fenila, 4,4'-di-isocianato de difenilmetano, 2,2'-di-isocianato de difenilmetano, di-isocianato de 4- bromo-1,3-fenila, di-isocianato de 4-etóxi-1,3-fenila, éter 2,4'-di- isocianatodifenílico, di-isocianato de 5,6-dimetil-1,3-fenila, di-isocianato de 2,4-di-metil-1,3-fenila, éter 4,4'-di-isocianatodfenílico, di-isocianato de 4,6-dimetil-1,3-fenila, 9,10-di-isocianato de antraceno, 2,4,6-tri-
isocianato de tolueno, éter 2,4,4'-tri-isocianatodifenílico, 1,4-di- isocianato de tetrametileno, 1,6-di-isocianato de hexametileno, 1,10-di- isocianato de decametileno, 1,3 -di-isocianato de ciclo-hexileno, 4,4'- bis(isocianato de ciclo-hexila), di-isocianato de xileno, 1-isocianato-3- metilisocianato-3,5,5-trimetilciclo-hexano (di-isocianato de isoforona), 1,3-bis(isocianato-1-metil-etil)benzeno (m-TMXDI), 1,4-bis(isocianato- 1-metiletil)benzeno (p-TMXDI).
[00075] É dada preferência aos isocianatos aromáticos, tais como di- isocianato de tolueno, di-isocianato de difenilmetano (MDI) etc., e aos oligômeros ou polímeros com base neles que são habituais no campo; cf. US 2013/0305796, parágrafos [0021] a [0025]. Também é possível usar os pré-polímeros terminados em isocianato anteriormente mencionados.
[00076] No componente de isocianato, a viscosidade é de preferência 75 a 600 mPa s, mais preferivelmente 100 a 400 mPa s, especialmente 150 a 300 mPa s. O teor de grupos isocianato é de preferência 20 a 50%, mais preferivelmente 25 a 40%, especialmente 30 a 35%.
[00077] Os componentes de isocianato nas etapas A) e B) podem ser idênticos ou diferentes um do outro.
[00078] O componente de poliol pode ter sido selecionado a partir de componentes de poliol conhecidos, costumeiros para a produção de poliuretano. Para uma descrição, pode ser feita referência, por exemplo, à EP-A-0 230 601, WO 03/048075, WO 2016/166100, DE-A-101 58 693, WO 2012/109432, US 2013/0305796 e US 7.416.785. O componente de poliol tem preferivelmente uma média de mais do que 1,5 grupo hidroxila, mais preferivelmente pelo menos dois grupos hidroxila.
[00079] O pelo menos um poliol é preferivelmente selecionado a partir de cardol, cardanol, derivados ou oligômeros de cardol ou cardanol, produtos de condensação de fenol e pelo menos um aldeído,
como o formaldeído, ou suas misturas.
[00080] Os derivados de cardol e cardanol são produtos de reação nos quais os grupos funcionais de cardol e cardanol tenham sido reagidos quimicamente com compostos modificadores. Os grupos funcionais foram tipicamente reagidos quimicamente aqui com compostos de baixo peso molecular.
[00081] Os possíveis derivados de cardol e cardanol podem ser obtidos maleatando, epoxidando ou hidrogenando as ligações duplas presentes nas cadeias laterais. Estes também podem ser reagidos adicionalmente com a água ou um álcool, formando dióis ou α-hidróxi éteres nas cadeias laterais. Eles também podem ser reagidos adicionalmente com um aldeído depois da maleatização, epoxidação ou hidrogenação.
[00082] Os oligômeros são substâncias tendo duas ou mais, de preferência 2 a 8, unidades de cardol ou cardanol em um composto químico.
[00083] O cardol e o cardanol são fenóis ou resorcinóis substituídos e podem ser obtidos a partir da matéria-prima renovável líquido da castanha de caju (CNSL). O líquido da castanha de caju é obtido das sementes do cajueiro e consiste em uma extensão de cerca de 90% em peso de um ácido anacárdico e em uma extensão de cerca de 10% em peso de cardol. O tratamento térmico em ambiente ácido, por descarboxilação, dá origem ao cardanol, um fenol substituído, e cardol. O cardol e o cardanol podem ser obtidos por destilação a partir de tais misturas. Também é possível aqui a formação de oligômeros desses compostos. O cardol, o cardanol e os seus derivados podem ser oligomerizados por métodos conhecidos, por exemplo, através de reação com formaldeído. Os compostos tanto monoméricos quanto os oligoméricos são de boa adequação para a reação com os isocianatos devido às suas funcionalidades hidroxila. Assim, eles podem ser usados no lugar de, ou em uma mistura com fenóis em formaldeído.
[00084] Os produtos de condensação de fenol e pelo menos um aldeído são conhecidos do especialista na técnica. Também é possível aqui usar compostos aromáticos derivados de fenóis, conforme descrito no WO 2016/166100, na página 7, linha 24, até a página 8, linha 25.
[00085] O componente de poliol contém preferivelmente pelo menos um composto selecionado de cardol ou cardanol, seus derivados ou seus oligômeros. A sua proporção no componente de poliol é preferivelmente 10% a 100% em peso, mais preferivelmente 10% a 90% em peso, especialmente 30% a 80% em peso.
[00086] Além disso, um produto de condensação de fenol e pelo menos um aldeído, como o formaldeído, pode ser usado no componente de poliol, preferivelmente em uma quantidade de 10% a 90% em peso, mais preferivelmente 20% a 70% em peso, com base no componente de poliol.
[00087] Em uma modalidade, o componente de poliol contém 25% a 40% em peso de um produto de condensação de fenol e formaldeído, 5% a 15% em peso de cardanol, 50% a 60% em peso de óleo de mamona, 5% a 10% em peso de dietileno glicol, onde a quantidade total soma 100% em peso.
[00088] O componente de poliol usado de acordo com a invenção tem preferivelmente uma viscosidade de 500 a 4000 mPa s, mais preferivelmente 750 a 3000 mPa s, especialmente 1000 a 2000 mPa s. O número de OH é preferivelmente 100 a 700 mg de KOH/g, mais preferivelmente 150 a 500 mg de KOH/g, especialmente 200 a 400 mg de KOH/g.
[00089] Os componentes de poliol e isocianato, adequados para o componente de poliol e o componente de isocianato na etapa B), são obteníveis, por exemplo, aa ASK Chemicals, Hilden, por exemplo, como ASKOCOAT® 420 e ASKOCOAT® 500. Os catalisadores de amina também são obteníveis da ASK Chemicals, por exemplo, como catalisador 804 e catalisador 806.
[00090] O componente de poliol pode derivar-se adicionalmente de um iniciador à base de amina aromática. Adicional ou alternativamente, é possível usar um poliol poliéter aromático ou alifático ou poliol poliéster. Os polióis adequados deste tipo são descritos na US 2013/0305796, parágrafos [0026] a [0039].
[00091] É possível usar poliesteróis, polieteróis, polieteraminas e/ou policarbonato dióis te3ndo, por exemplo, um peso molecular médio numérico (Mn) de 100 a 12.000 g/mol, um valor de hidroxila de 10 a 2000 mg de KOH/g e uma funcionalidade de 2 a 8; cf. EP-B-2 649 115.
[00092] O componente de poliol pode, se desejado, conter solventes ou diluentes e/ou plastificantes. Dessa maneira, é possível ajustar a viscosidade e usar as propriedades do componente de poliol. Para uma descrição dos plastificantes, solventes e diluentes e do componente de poliol em geral, pode ser feita referência ao WO 2016/166100, página 6, linha 20, até a página 10, linha 14.
[00093] De acordo com a invenção, o componente de poliol e o componente de isocianato são preferivelmente usados na forma não diluída e, portanto, sem uso adicional de um solvente ou diluente.
[00094] Em virtude da liberdade preferida dos solventes, evita-se a lixiviação dos constituintes do revestimento no solo em uso posterior.
[00095] O componente de poliol e o componente de isocianato são usados em quantidades aproximadamente estequiométricas. É possível um excesso de até 30 mol%, de preferência até 20 mol%, especialmente até 10 mol%, de um dos componentes em relação ao outro. A razão molar é assim preferivelmente 1,3:1 a 1:1,3, preferivelmente 1,2:1 a 1:1,2, especialmente 1,1:1 a 1:1,1.
[00096] A temperatura da reação é preferivelmente 30 a 150°C, mais preferivelmente 50 a 100°C.
[00097] A água, o componente de isocianato e o componente de poliol podem ser aplicados nas etapas A) e B) de qualquer maneira adequada.
[00098] Por exemplo, a aplicação pode ser efetuada em um tambor rotativo, no qual as partículas de fertilizante a serem revestidas são mantidas em movimento durante toda a operação de revestimento. A água, o componente de isocianato da etapa A), o componente de poliol e o componente de isocianato da etapa B) podem ser aplicados às partículas de fertilizante contendo ureia individualmente ou na forma pré-misturada, nas razões usadas nas etapas A) e B). O catalisador também pode ser aplicado aqui na forma pré-misturada ou como um componente individual. O catalisador é preferivelmente aplicado na forma de uma névoa de pulverização, por exemplo, pulverizando com ar comprimido ou pulverização sem ar. Para uma descrição mais detalhada, pode ser feita referência ao WO 2016/166100, página 19, linha 9, até a página 20, linha 11.
[00099] Em vez de um tambor rotativo, também é possível, por exemplo, usar sistemas de leito fluidizado ou sistemas tubulares ou parafusos transportadores. O que é importante aqui é o movimento mecânico das partículas de fertilizante contendo ureia, de modo tal que os compostos aplicados sejam distribuídos de maneira muito homogênea sobre a sua superfície.
[000100] A aplicação nas etapas A) e B) é preferivelmente efetuada em uma temperatura na faixa de 10°C a 160°C, mais preferivelmente 20°C a 100°C, especialmente 30°C a 95°C. A temperatura pode ser escolhida aqui, dependendo das condições de cura desejadas para os revestimentos.
[000101] Também é possível, de acordo com a invenção, aplicar e curar partes dos componentes usados nas etapas A) e B), de modo tal que cada uma das etapas A) e B) seja executada repetidamente e a espessura total de camada da camada de poliureia e/ou da camada de poliuretano seja obtida por aplicação múltipla.
[000102] O componente de poliol e o componente de isocianato são aplicados na etapa B) de preferência em uma quantidade tal que a camada de poliuretano seja formada em uma quantidade de pelo menos 0,5% em peso, preferivelmente 0,75% a 5% em peso, mais preferivelmente 0,75% a 2,5% em peso, especialmente 1% a 2,0% em peso, com base nas partículas de fertilizante contendo ureia não tratadas.
[000103] As espessuras de camada ou as quantidades/pesos da camada de poliureia e da camada de poliuretano podem ser iguais ou diferentes. De preferência, a razão de quantidades (razão em peso) da camada de poliureia para a camada de poliuretano pode ser de 4:1 a 1:4, mais preferivelmente 3:1 a 1:3, especial e preferivelmente 2:1 a 1:2. De preferência, as espessuras ou as quantidades/pesos das camadas são aproximadamente as mesmas e estão em uma razão de quantidades (razão em peso) da camada de poliureia para a camada de poliuretano de 1: 2 a 2:1, preferivelmente 1:1,5 a 1,5:1, particularmente 1:1,3 a 1,3:1, especialmente 1:1,1 a 1:1,3. Se a partícula de fertilizante contendo ureia revestida tiver múltiplas camadas de poliuretano ou camadas de poliureia, as espessuras ou as razões de quantidades/razões em peso das camadas são baseadas na soma total das respectivas camadas de poliureia e camadas de poliuretano. De preferência, existe apenas uma camada de poliureia e apenas uma camada de poliuretano.
[000104] A quantidade total de camada de poliureia e camada de poliuretano, com base no fertilizante contendo ureia não revestido, é preferivelmente 1,0% a 5,5% em peso, mais preferivelmente 1,5% a 4,0% em peso, especialmente 1,8% a 3,5% em peso.
[000105] No caso de fornecimento de maiores quantidades de camada de poliureia e/ou camada de poliuretano, os custos para o revestimento do fertilizante aumentarão. No caso de fornecimento de quantidades menores, o revestimento completo das partículas de fertilizante contendo ureia com a camada de poliureia e a camada de poliuretano pode se tornar difícil sob algumas circunstâncias.
[000106] Assim, também é possível, de acordo com a invenção, proporcionar uma ou ambas as camadas mais espessas do que especificado. De preferência, no entanto, as razões acima mencionadas de quantidade e quantidade total para a camada de poliureia e a camada de poliuretano são observadas a fim de obter um efeito de longa duração das partículas de fertilizante, em taxas mínimas de aplicação, diminuindo significativamente a taxa de dissolução das partículas de fertilizante no solo e permitindo a liberação do fertilizante durante um período prolongado.
[000107] A camada de poliuretano é preferivelmente hidrofóbica, a fim de tornar difícil a entrada de água após a implantação do fertilizante. A camada de poliuretano pode ser mais hidrofóbica do que a camada de poliureia.
[000108] Em comparação com uma partícula de fertilizante contendo ureia, revestida apenas com uma camada de poliureia ou apenas com uma camada de poliuretano, onde a espessura total da camada é idêntica ao revestimento da invenção, observa-se uma liberação significativamente mais retardada de acordo com a invenção. Para obter características de liberação comparáveis, são necessárias espessuras totais de revestimento significativamente menores. Isso permite que a quantidade total de componentes de revestimento orgânicos a ser aplicada seja nitidamente reduzida. Ambas as camadas ou etapas A) e B) ou cada uma das duas camadas deve, de preferência, revestir completamente as partículas de fertilizante.
[000109] É possível, de acordo com a invenção, proporcionar camadas de vedação adicionais, além da camada de poliureia e da camada de poliuretano, como descrito, por exemplo, na US 2013/0305796 nos parágrafos [0057] a [0059]. De acordo com a invenção, é dada preferência dispensar tais revestimentos adicionais, uma vez que a camada de poliureia e a camada de poliuretano já proporcionam as propriedades desejadas do produto e as propriedades de liberação. Se necessário, é possível proporcionar uma camada antiaglutinante sobre a camada de poliuretano, composta, por exemplo, de ceras ou óleos, conforme descrito na US 2017/0036968 no parágrafo
[0056].
[000110] Em virtude do ajuste das espessuras de camada da camada de poliureia e da camada de poliuretano, é possível ajustar as características de liberação para o fertilizante contendo ureia de uma maneira controlada. A água pode penetrar gradualmente no pequeno grão através das camadas de revestimento e dissolver os nutrientes da partícula de fertilizante. A taxa de liberação de nutrientes é controlada pela espessura do revestimento, pelo teor de umidade do solo e pela temperatura, com os revestimentos mais finos e as temperaturas mais altas levando a uma liberação mais rápida. O tempo de liberação pode ser ajustado, por exemplo, para 0,5 a 12 meses, preferivelmente 1 a 8 meses, especialmente 1,5 a 6 meses.
[000111] As partículas de fertilizante contendo ureia revestidas podem ser produzidas, por exemplo, como descrito no WO 2012/109432 ou no WO 2016/16600.
[000112] A invenção também se refere às partículas de fertilizante contendo ureia revestidas, obteníveis pelo processo descrito. A razão em peso da pelo menos uma camada de poliureia para a pelo menos uma camada de poliuretano aqui é preferivelmente 4:1 a 1:4, mais preferivelmente 3:1 a 1:3, especialmente 2:1 a 1:2.
[000113] A invenção refere-se adicionalmente às partículas de fertilizante contendo ureia revestidas, compreendendo, sobre o fertilizante contendo ureia, pelo menos uma camada de poliureia e compreendendo ainda, sobre a pelo menos uma camada de poliureia, pelo menos uma camada de poliuretano.
[000114] A camada de poliuretano aqui preferivelmente contém o produto de reação de pelo menos um componente de isocianato com pelo menos um componente de poliol que contém pelo menos um poliol selecionado a partir de produtos de condensação de fenol e pelo menos um aldeído, tal como formaldeído, cardol, cardanol, derivados ou oligômeros de cardol ou cardanol ou suas misturas.
[000115] As partículas de fertilizante contêm preferível e adicionalmente pelo menos um inibidor de urease. A composição das partículas de fertilizante é como descrita acima.
[000116] A invenção é explicada em detalhe pelos exemplos que se seguem. Exemplos Exemplo 1
[000117] 2 kg de grânulos de ureia foram pré-aquecidos para 70°C por 12 horas e depois transferidos para um tambor de revestimento aquecido para 70°C. No tambor de revestimento, os grânulos de ureia foram misturados em torno de 30 rotações por minuto do tambor de revestimento.
[000118] 20 g de água desmineralizada foram adicionados aos grânulos.
[000119] Após os grânulos terem sido umedecidos, foram adicionados 20 g de di-isocianato de difenilmetano (MDI) aos grânulos umedecidos, dentro de um minuto. Após as partículas do grânulo de ureia terem sido umedecidas completamente, 2 ml de um catalisador de amina contendo grupos hidroxila e tendo um ponto de fulgor de cerca de 88°C foram aplicados ao material umedecido, com pulsos de pulverização curtos,
usando ar comprimido como gás transportador.
[000120] A rotação do tambor de revestimento continuou até que o material de novo fluísse livremente.
[000121] Em seguida, uma mistura de 13 g de poliol à base de produtos de condensação de fenol e formaldeído, e cardol e cardanol, foi adicionada aos grânulos revestidos juntamente com 13 g de di- isocianato de difenilmetano (MDI), dentro de um minuto. Subsequentemente, 2 ml do catalisador de amina contendo grupos hidroxila e tendo um ponto de fulgor de cerca de 88°C foram aplicados aos grânulos umedecidos com a pistola de pulverização, em pulsos de pulverização curtos. A rotação do tambor de revestimento foi continuada até que o material de novo fluísse livremente. Subsequentemente, os grânulos revestidos foram resfriados e removidos.
[000122] O isocianato usado no primeiro revestimento foi o Askocoat®
500. O poliol usado na segunda etapa foi o Askocoat® 420. O isocianato usado na segunda etapa foi o Askocoat® 500. O catalisador usado foi o catalisador 806. Todas as matérias-primas estão disponíveis da ASK Chemicals GmbH, Hilden.
[000123] Com base nos grânulos de ureia não tratados, foram aplicados 1% em peso da camada de poliureia (revestimento de base) e 1,3% em peso da camada de poliuretano. De acordo com a invenção, a espessura da camada está dentro de uma faixa de cerca de 25 a cerca de 50 µm. Exemplo comparativo 2
[000124] O procedimento foi como no exemplo 1, exceto que apenas 2,3% em peso da primeira camada de poliureia foram aplicados. Não havia uma camada de poliuretano. Exemplo comparativo 3
[000125] O procedimento foi como no exemplo 1, exceto que não havia uma camada de poliureia (revestimento de base). Em vez disso,
foram aplicados 2,3% em peso da camada de poliuretano. Exemplo 4
[000126] Os grânulos de ureia produzidos de acordo com o exemplo 1, o exemplo comparativo 1 e o exemplo comparativo 2 foram submetidos a um teste de liberação. Foram adicionados 5 g dos respectivos grânulos a 45 g de água, a 25°C, agitou-se suavemente neles mesmo e depois deixou-se em repouso. Em intervalos de tempo, foi determinada a quantidade de ureia liberada dos grânulos. Em seguida, as amostras foram redemoinhadas. Subsequentemente, 300 µl de solução em cada caso foram removidos e o teor de ureia na solução foi determinado por refratometria.
[000127] As características de liberação como uma função do tempo são mostradas na figura 1, que é anexada. A proporção de ureia liberada [em porcentagem] é plotada aqui contra o tempo [em horas]. A curva superior refere-se ao exemplo comparativo 2, a curva do meio ao exemplo comparativo 3 e a curva inferior ao exemplo 1.
[000128] Torna-se claro a partir dos resultados que os grânulos de ureia revestidos apenas com poliureia, de acordo com o exemplo comparativo 2, se dissolvem muito rapidamente (curva superior). Os grânulos revestidos apenas com poliuretano, de acordo com o exemplo comparativo 3, mostram características de dissolução muito mais lentas (curva do meio).
[000129] Os grânulos de ureia revestidos com poliureia e poliuretano, de acordo com o exemplo 1, mostram novamente características de dissolução significativamente mais lentas (curva inferior). Como resultado, a liberação desejada do fertilizante durante um período prolongado é permitida. Deve-se observar aqui que a quantidade total de revestimento aplicado foi idêntica em todas as experiências.
[000130] O efeito da invenção é atingido mesmo com uma pequena quantidade total de revestimento de 2,3% em peso. Por comparação, as quantidades de revestimento como descritas no WO 2012/109432 são 4,3% de acordo com o exemplo 1, 5,5% de acordo com o exemplo 3 e 4,3%, 5% e 6% de acordo com o exemplo 4.

Claims (15)

REIVINDICAÇÕES
1. Processo para a produção de partículas de fertilizante contendo ureia revestidas, caracterizado pelo fato de que compreende as seguintes etapas: A) formar pelo menos uma camada de poliureia sobre o fertilizante contendo ureia não revestido e, em seguida, B) formar pelo menos uma camada de poliuretano sobre a pelo menos uma camada de poliureia sobre o fertilizante contendo ureia, em que a razão em peso da camada de poliureia para a camada de poliuretano é de 4:1 a 1:4 e, se a partícula de fertilizante contendo ureia revestida tiver múltiplas camadas de poliuretano ou camadas de poliureia, a razão em peso é baseada no total da soma das respectivas camadas de poliureia e camadas de poliuretano.
2. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o teor de ureia no fertilizante contendo ureia é pelo menos 30% em peso, de preferência pelo menos 50% em peso, com base no fertilizante contendo ureia.
3. Processo, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que a camada de poliureia é formada pela reação de um componente de isocianato orgânico contendo mais do que um grupo isocianato com a água sobre a superfície das partículas de fertilizante contendo ureia.
4. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que compreende, na etapa A), as seguintes etapas: A1) aplicar água ou vapor às partículas de fertilizante contendo ureia, a fim de obter partículas de fertilizante revestidas com água, A2) aplicar um componente de isocianato orgânico contendo pelo menos dois grupos isocianato às partículas de fertilizante revestidas com água e reagi-lo com elas para formar uma camada de poliureia sobre as partículas de fertilizante contendo ureia.
5. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que compreende, na etapa B), a seguinte etapa: B1) aplicar um componente de poliol e um componente de isocianato à partícula de fertilizante contendo ureia da etapa A) e convertê-los em uma camada de poliuretano sobre a camada de poliureia.
6. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que a camada de poliureia é formada e/ou a camada de poliuretano é formada na presença de um catalisador de preferência básico.
7. Processo, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o catalisador usado é pelo menos um composto de amina.
8. Processo, de acordo com a reivindicação 6 ou 7, caracterizado pelo fato de que o catalisador para formar a camada de poliureia é aplicado ao fertilizante contendo ureia após o componente de isocianato e/ou o catalisador para formar a camada de poliuretano após o componente de poliol e após o componente de isocianato.
9. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que a camada de poliureia e a camada de poliuretano são, cada uma, formadas em uma quantidade de pelo menos 0,5% em peso, de preferência pelo menos 0,75% em peso, com base nas partículas de fertilizante contendo ureia não tratadas.
10. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que as partículas de fertilizante contendo ureia compreendem pelo menos um inibidor de urease.
11. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que a camada de poliuretano é formada utilizando pelo menos um poliol selecionado a partir de cardol, cardanol, derivados ou oligômeros de cardol ou cardanol, produtos de condensação de fenol e pelo menos um aldeído ou suas misturas.
12. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de que apenas uma camada de poliureia e apenas uma camada de poliuretano estão presentes.
13. Partículas de fertilizante contendo ureia revestidas, caracterizadas pelo fato de que compreendem, sobre o fertilizante contendo ureia não revestido, pelo menos uma camada de poliureia e compreendendo ainda, sobre a pelo menos uma camada de poliureia, pelo menos uma camada de poliuretano, em que a razão em peso da camada de poliureia para a camada de poliuretano é de 4:1 a 1:4 e, se a partícula de fertilizante contendo ureia revestida tiver múltiplas camadas de poliuretano ou camadas de poliureia, a razão em peso é baseada no total da soma das respectivas camadas de poliureia e camadas de poliuretano.
14. Fertilizante contendo ureia revestido, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de que a camada de poliuretano é o produto da reação de pelo menos um componente de isocianato com pelo menos um componente de poliol compreendendo pelo menos um poliol selecionado a partir de cardol, cardanol, derivados ou oligômeros de cardol ou cardanol, produtos de condensação de fenol e pelo menos um aldeído ou suas misturas.
15. Partículas de fertilizante contendo ureia revestidas, de acordo com a reivindicação 13 ou 14, caracterizadas pelo fato de que elas compreendem ainda pelo menos um inibidor de urease.
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