BR112019027315B1

BR112019027315B1 - Conjunto e sistema para a restauração dentária

Info

Publication number: BR112019027315B1
Application number: BR112019027315-8A
Authority: BR
Inventors: Benjamin Calvat; Lois Constant; Benjamin Peyrot; Théo Leger; Cédric Lancieux
Original assignee: Euroteknika
Priority date: 2017-06-20
Filing date: 2018-06-18
Publication date: 2022-12-06
Also published as: AU2018286880A1; MA49439A; FR3067586B1; EP3641692B1; CN110996839A; IL271490A; US20210282901A1; AU2018286880B2; BR112019027315A2; FR3067588B1; KR20200020784A; FR3067586A1; MA49439B1; MA49440B1; MA49440A; FR3067588A1; KR102612186B1; EP3641692C0; EP3641692A1; ES2965217T3

Abstract

A invenção trata de uma Conjunto (1a, 1b, 1c, 1d, 1e, 1f) para restauração dentária compreendendo um elemento de cicatrização (10) para conectar com um implante dentário (60), dito elemento com uma superfície lateral (13) destinada a ser integrada em uma gengiva com a finalidade de moldar a gengiva durante sua cicatrização, e uma superfície de extremidade (14) que forma, juntamente com uma parte da dita superfície lateral (13), uma superfície emergente, destinada a ficar fora da gengiva e que é assimétrica com relação a pelo menos um plano médio perpendicular, caracterizado pelo fato de que o dito conjunto (1a, 1b, 1c, 1d, 1e, 1f) compreende um suporte de prótese destacável (2a, 2b, 2c, 2d, 2e, 2f, 2g) que possui/tem uma parte de recepção (4) para uma prótese de coroa (25, 25?) e uma parte de conexão (5) capaz de cooperar com uma zona de conexão complementar (6) que é definida dentro de uma abertura de passagem (11) que é provida no dito elemento de cicatrização (10).

Description

[0001] A presente invenção diz respeito a um conjunto para restauração dentária.

[0002] A restauração dentária permite produzir uma dentição artificial para um paciente que perdeu alguns ou todos os dentes. É baseada na integração de um ou mais implantes na estrutura óssea e é realizada fazendo uma incisão na gengiva a fim de alcançar e penetrar a estrutura óssea. Posteriormente, um elemento de cicatrização é geralmente fixado em um implante, e esse conjunto permanece intocado até o momento em que o implante é incorporado à estrutura óssea por osseointegração e a cicatrização da gengiva em torno do elemento de cicatrização. A restauração dentária pode ser concluída através da fixação de uma restauração do pilar no implante, em que o pilar de prótese dentária é fixado. O pilar e a prótese dentária são individualizados, adaptados à anatomia do paciente e ao dente que está sendo substituído, a fim de atingir um resultado que seja o mais próximo possível da dentição natural ideal. Para isso, o volume exato do espaço a ser restaurado é geralmente levado em conta ao tirar uma moldagem, o que permite a fabricação individualizada da prótese dentária.

[0003] No estado da técnica, os métodos existentes para restauração dentária encontram alguns ou todos os problemas técnicos a seguir: - em muitos métodos existentes, uma nova intervenção na gengiva é realizada após a cicatrização que segue a colocação do implante, a fim de obter a moldagem física ou digital do espaço a ser restaurado, enquanto se tem uma visão do implante e da gengiva, de modo a levar em consideração essa geometria geral, a fim de produzir um pilar e uma prótese de formatos precisos: essa abordagem é naturalmente traumática; - outros métodos existentes limitam esse trauma utilizando componentes de cicatrização que não são removidos no momento de tirar uma moldagem, de modo que não danificam a gengiva; entretanto, estes métodos fazem uso de determinados elementos de cicatrização, geralmente de um formato substancialmente cilíndrico e padrão e, às vezes, incorporam indicadores e/ou vários componentes adicionais a fim de levar em consideração toda ou alguma geometria acima do implante, sem ter acesso total ao mesmo, por meio de tirar uma moldagem. Dessa maneira, esses métodos menos traumatizantes possuem outras desvantagens quanto a complexidade e/ou menor otimização da fase de cicatrização.

[0004] Assim, um objetivo geral da invenção envolve uma solução para restauração dentária que não inclui todas ou algumas das desvantagens do estado da técnica.

[0005] Mais especificamente, um primeiro objetivo da invenção é fornecer uma solução de restauração dentária que minimize o trauma experienciado pelo paciente durante o método de restauração.

[0006] Um segundo objetivo da invenção é fornecer uma solução de restauração dentária que permita uma restauração que seja adaptada o mais próximo possível da anatomia do paciente.

[0007] Um terceiro objetivo da invenção é fornecer uma solução para restauração dentária que seja a mais universal possível, adaptada a qualquer implante e qualquer restauração.

[0008] Para isso, a invenção diz respeito a um conjunto para restauração dentária compreendendo um elemento de cicatrização capaz de ser conectado a um implante dentário, compreendendo uma superfície lateral a ser integrada dentro de uma gengiva com o propósito de moldar a gengiva durante sua cicatrização, e uma superfície de extremidade, que forma, juntamente com uma parte da dita superfície lateral, uma superfície emergente destinada a ficar do lado de fora da gengiva, e é assimétrica com relação a pelo menos um plano mediano perpendicular, caracterizado pelo fato de que dito conjunto compreende um suporte de prótese destacável, compreendendo uma parte de recepção de uma prótese de coroa e uma parte de conexão capaz de engatar com uma zona de conexão compatível definida em uma abertura de passagem provida no dito elemento de cicatrização.

[0009] Em outras modalidades: - partes da superfície emergente que são destinadas para uma posição orientada em direção ao interior e ao exterior, respectivamente, da boca, têm um formato diferente. - uma seção transversal da superfície lateral ou uma projeção em um plano paralelo da superfície emergente tem uma forma substancialmente trapezoidal ou uma forma substancialmente poligonal, ou triangular, ou quadrada, ou retangular, ou ovoide, ou uma forma substancialmente poligonal com cantos arredondados; - uma seção transversal da superfície lateral ou uma projeção em um plano paralelo da superfície emergente tem uma parte destinada a ser posicionada orientada para o exterior da boca que é maior do que uma parte destinada a ser posicionada orientada para o interior; - a superfície de extremidade e/ou a superfície emergente têm uma superfície não plana e curva, e/ou uma superfície convexa, e/ou uma superfície lisa; - o elemento de cicatrização é uma capa que compreende uma abertura em uma superfície oposta à superfície de extremidade; - a parte de conexão compreende particularmente, em uma extremidade livre, um elemento de fixação, tal como um primeiro componente de clipagem ou uma parte rosqueada que é suscetível de engatar com a dita zona de conexão do elemento de cicatrização a fim de estabelecer uma conexão mecânica; - a zona de conexão compreende um segundo componente de clipagem, em particular um recesso, definido em uma parede da abertura de passagem, que é projetada para engatar com um primeiro componente de clipagem; - a zona de conexão compreende uma parte rosqueada definida em uma parede da abertura de passagem que é projetada para engatar com uma parte rosqueada do elemento de fixação da parte de conexão. - a parte de recepção do suporte destacável compreende um primeiro componente provido com uma face interior capaz de cobrir toda ou parte da superfície emergente e um segundo componente que se projeta a partir de uma face exterior do primeiro componente; - a parte de conexão se projeta a partir da face interior do primeiro componente; - a face interior compreende uma cavidade, definida em torno da parte de conexão, com uma forma que corresponde a toda ou parte da superfície emergente com a qual é provável que ela entre em contato; - a parte de recepção do suporte destacável compreende um primeiro componente conectando um segundo componente desta parte de recepção com a parte de conexão; - o primeiro componente é provido com uma porção troncônica engatando com uma superfície de apoio cônica do elemento de cicatrização para vedar uma interface entre o elemento de cicatrização e o suporte destacável e para reduzir a zero todo jogo de translação entre o elemento de cicatrização e o suporte destacável. - a parte de conexão é provida com um elemento anti-rotacional para segurar adequadamente o suporte destacável no elemento de cicatrização; - o suporte destacável compreende um corpo oco enquanto é provido com um orifício de passagem se estendendo longitudinalmente de uma extremidade à outra do suporte destacável; - o conjunto para restauração dentária de coroa compreende um elemento de travamento, do qual uma primeira extremidade compreende uma parte rosqueada que é capaz de engatar com a parte de recepção do suporte destacável, notadamente com uma parede de um orifício de passagem definida em um segundo componente da parte de recepção que está completamente ou parcialmente rosqueada; - o conjunto para restauração dentária de coroa compreende um elemento de travamento, do qual uma segunda extremidade é capaz de engatar com a parte de conexão do suporte destacável, em particular com um primeiro componente de clipagem; - um segundo componente da parte de recepção do suporte destacável compreende uma superfície exterior compreendendo uma pluralidade de elementos para retenção de um elemento para ligação de uma prótese de coroa sobre esta superfície, em particular adesiva; - cada elemento de retenção é um marcador provendo uma informação relacionada à uma altura máxima de alteração de uma prótese de coroa; - o suporte destacável é produzido a partir de um material polímero, em particular a partir de um material “PEEK”, “PMMA” ou mesmo “POM”; o suporte destacável é produzido segundo um processo de usinagem e/ou moldagem e/ou adição de material; - um eixo longitudinal do suporte se estendendo por todo seu comprimento coincide com eixos de rotação do primeiro e segundo componentes da parte de recepção e da parte de conexão; - o suporte destacável compreende um eixo longitudinal se estendendo por todo seu comprimento que é capaz de ser alinhado com um eixo do elemento de cicatrização; e/ou - o suporte destacável é uma peça monobloco.

[0010] A invenção é mais especificamente definida pelas reivindicações.

[0011] Outras vantagens e características da invenção se tornarão mais evidentes com a leitura do relatório descritivo das seguintes modalidades preferenciais, com referência às figuras providas por meio de ilustrações não limitativas: - as figuras 1A, 1B e 1C, respectivamente, mostram vistas em perspectiva de um conjunto para restauração dentária compreendendo um elemento de cicatrização, um implante e um suporte de prótese destacável, provido com uma parte para receber uma prótese, de acordo com uma primeira modalidade da invenção; - as figuras 1D e 1E mostram, respectivamente, vistas em seções longitudinais dos conjuntos para restauração dentária mostrados nas figuras 1A a 1C, providos com uma primeira variante de um elemento de travamento, de acordo com a primeira modalidade da invenção; - a figura 1F mostra uma vista em perspectiva do suporte de prótese destacável, de acordo com a primeira modalidade; - a figura 1G mostra uma vista em seção longitudinal do suporte de prótese destacável, de acordo com a primeira modalidade da invenção; - a figura 1H mostra uma vista em perspectiva da primeira variante do elemento de travamento, de acordo com a primeira modalidade; - as figuras 1I e 1J mostram, respectivamente, vistas em seções longitudinais dos conjuntos para restauração dentária mostrados nas figuras 1A a 1C, providos com uma segunda variante do elemento de travamento, de acordo com a primeira modalidade da invenção; - a figura 2A mostra uma vista em perspectiva de um conjunto para restauração dentária compreendendo um elemento de cicatrização, um implante e um suporte de prótese destacável, provido com uma parte para receber uma prótese de coroa, de acordo com uma segunda modalidade da invenção; - a figura 2B mostra uma vista em seção longitudinal do conjunto para restauração dentária mostrados nas figuras 2A, de acordo com a segunda modalidade da invenção; - a figura 3A mostra uma vista em perspectiva de um conjunto para restauração dentária compreendendo um elemento de cicatrização, um implante e um suporte de prótese destacável, provido com uma parte para receber uma prótese de coroa, de acordo com uma terceira modalidade da invenção; - a figura 3B mostra uma vista em seção longitudinal do conjunto para restauração dentária mostrado na figura 3A, de acordo com a terceira modalidade da invenção; - as figuras 4A, 4B e 4C, respectivamente, mostram vistas em perspectiva de um conjunto para restauração dentária compreendendo um elemento de cicatrização, um implante e um suporte de prótese destacável, provido com uma parte para receber uma prótese de coroa, de acordo com uma quarta modalidade da invenção; - a figura 4D mostra uma vista em seção longitudinal do conjunto para restauração dentária mostrado na figura 3A, de acordo com a terceira modalidade da invenção; - as figuras 5A, 5B e 5C, respectivamente, mostram vistas em perspectiva de um conjunto para restauração dentária compreendendo um elemento de cicatrização, um implante e um suporte de prótese destacável, provido com uma parte para receber uma prótese de coroa, de acordo com uma quinta modalidade da invenção; - a figura 5D mostra uma vista em seção longitudinal dos conjuntos para restauração dentária mostrados nas figuras 5A a 5C, de acordo com a quinta modalidade da invenção; as figuras 5E, 5F e 5G, respectivamente, mostram vistas em perspectiva dos conjuntos para restauração dentária mostrados nas figuras 5A a 5C com o suporte de prótese removível que é desmontado do elemento de cicatrização, de acordo com a quinta modalidade da invenção; - a figura 5H mostra uma vista em seção longitudinal dos conjuntos para restauração dentária mostrados nas figuras 5F a 5G, de acordo com a quinta modalidade da invenção; - as figuras 5I, 5J, 5K, 5L e 5M mostram, respectivamente, vistas em perspectiva do suporte de prótese destacável compreendendo a parte para receber a prótese de coroa, de acordo com a quinta modalidade da invenção; - a figura 6A mostra uma vista em perspectiva de um conjunto para restauração dentária compreendendo um elemento de cicatrização, um implante e um suporte de prótese destacável, provido com uma parte para receber uma prótese de coroa, assim como um elemento de travamento, de acordo com uma sexta modalidade da invenção; - a figura 6B mostra uma vista em seção longitudinal do conjunto para restauração dentária mostrado na figura 6A, de acordo com a sexta modalidade da invenção; a figura 6C mostra uma vista em perspectiva do conjunto para restauração dentária mostrado na figura 6A com o suporte de prótese destacável que é desmontada do elemento de cicatrização, de acordo com a sexta modalidade da invenção; - a figura 6D mostra uma vista em seção longitudinal do conjunto para restauração dentária mostrado na figura 6C, de acordo com a sexta modalidade da invenção; - as figuras 6E, 6F, 6G e 6H mostram, respectivamente, vistas em perspectiva do suporte de prótese destacável compreendendo a parte para receber a prótese de coroa, de acordo com a sexta modalidade da invenção; - as figuras 6I e 6J mostram uma vista em perspectiva do conjunto para restauração dentária das figuras 6A a 6D compreendendo o elemento de cicatrização, o implante e uma variante do suporte de prótese destacável, provido com uma parte para receber uma prótese de coroa, assim como um elemento de travamento, de acordo com uma sexta modalidade da invenção; - as figuras 6K a 6M mostram uma vista em seção longitudinal do conjunto para restauração dentária mostrado nas figuras 6I a 6J, de acordo com a sexta modalidade da invenção; - as figuras 8 e 9 mostram, respectivamente, vistas em perspectiva de base e de topo de um elemento de cicatrização, de acordo com qualquer uma das primeira a sexta modalidades da invenção; - as figuras 10A a 10C e 11A a 11C mostram, respectivamente, vistas em perspectiva de topo e de base de uma série de elementos de cicatrização, de acordo com qualquer uma das primeira a sexta modalidades da invenção; - as figuras 12A a 12C, 13A a 13C e 14A a 14C mostram, respectivamente, vistas em perspectiva lateral, de base e de topo de um elemento de cicatrização, de acordo com qualquer uma das primeira a sexta modalidades da invenção; - a figura 15 ilustra uma vista em seção de um elemento de cicatrização disposto em um implante, de acordo com qualquer uma das primeira a sexta modalidades da invenção; - a figura 16 ilustra uma vista lateral de um elemento de cicatrização disposto em um implante, de acordo com qualquer uma das primeira a sexta modalidades da invenção; - a figura 17 mostra uma vista em seção de um implante, de acordo com qualquer uma das primeira a sexta modalidades da invenção; - a figura 18 ilustra uma vista em seção de um elemento de cicatrização fixado em um implante usando um parafuso, de acordo com qualquer uma das primeira a sexta modalidades da invenção; - as figuras 19 e 20 mostram uma vista lateral e uma vista em seção, respectivamente, de uma fase intermediária da combinação de um implante com um elemento de cicatrização e com um parafuso, de acordo com qualquer uma das primeira a sexta modalidades da invenção. - a figura 21 ilustra uma vista em seção de um conjunto de cicatrização compreendendo um elemento de cicatrização cercado pela gengiva e fixado em um implante, de acordo com qualquer uma das primeira a sexta modalidades da invenção; as figuras 22, 23 e 24 mostram duas vistas esquemáticas de uma gengiva como uma seção transversal, dentro de cuja gengiva é fixado um elemento de cicatrização, de acordo com qualquer uma das primeira a sexta modalidades da invenção; - a figura 25 mostra os dentes superiores e inferiores em uma vista de topo. - a figura 26 mostra uma vista dos dentes de conforme um corte justa-gengival. - a figura 27 mostra um corte horizontal da dentição no nível justa-gengival, bem como os elementos de cicatrização correspondentes que são utilizados, de acordo com qualquer uma das primeira a sexta modalidades da invenção; - as figuras 28 a 30 mostram vistas de seções através de um plano mediano vertical, de acordo com qualquer uma das primeira a sexta modalidades da invenção;

[0012] Nas modalidades mostradas nas figuras 1A a 6H, e 6J, e 6K a 6M, o conjunto 1a, 1b, 1c, 1d, 1e, 1f para restauração dentária compreende um elemento de cicatrização capaz de ser conectado a um implante dentário 60 (que será simplesmente chamado de implante 60) e um suporte de prótese destacável, particularmente uma prótese de coroa 25, 25'. Tal conjunto para restauração dentária auxilia na implementação de uma segunda fase de um método para restauração dentária que pode compreender três fases: - uma primeira fase, chamada fase de cicatrização, durante a qual um ou mais implantes são integrados na estrutura óssea do paciente por osseointegração e durante a qual o elemento de cicatrização particular é usado, como será descrito a seguir; - uma segunda fase de encaixe de uma prótese de coroa temporária 25 nos um ou mais elementos de cicatrização por meio do suporte destacável e, particularmente, durante o tempo necessário para a cicatrização; e - uma terceira fase de restauração como tal, durante a qual uma prótese de coroa definitiva 25' é encaixada em um ou mais implantes por meio de um pilar de restauração ou mesmo diretamente no um ou mais elementos de cicatrização por meios do suporte destacável.

[0013] Deve-se notar que a segunda fase pode ser implementada durante a primeira fase. Em um caso particular, a prótese de coroa temporária 25 pode ter características adequadas para uma utilização definitiva e, neste caso, a terceira fase é combinada com a segunda fase.

[0014] Deve-se notar que também existem inúmeras situações em que não é recomendado o encaixe de uma prótese durante a cicatrização, ou seja, durante as duas primeiras fases mencionadas acima. De fato, tal prótese oferece um benefício estético. No entanto, apresenta um risco de induzir forças em um implante durante o processo de cicatrização, o que pode ser prejudicial. Por esse motivo, o elemento de cicatrização deve ser adaptado para uso único na boca, durante a primeira fase ou durante as duas primeiras fases, mas também deve ser adaptado para situações nas quais a adição de uma prótese é preferencial, na primeira, segunda ou terceira fase. Assim, o elemento de cicatrização pode assumir uma primeira configuração, na qual recebe o fixador destacável de um suporte de prótese, e uma segunda configuração, na qual é fixado por si mesmo em um implante, sem adicionar uma prótese ou qualquer outro componente.

[0015] Com referência às figuras 1A a 1E, 1I a 5H, 6A a 6D, 6I e 6J e 6K a 6M e 15 a 21, o implante 60 compreende um invólucro geral de forma cilíndrica ou troncônica e um eixo longitudinal L formando um eixo de rotação para este invólucro geral. O implante 60 compreende um meio de ancoragem na estrutura óssea do paciente. Este meio de ancoragem pode ser um conjunto de roscas dispostas em uma periferia exterior do implante e compreendendo um passo de rosca variável. Uma parte inferior do implante, isto é, uma parte do implante na base da estrutura óssea, pode compreender roscas mais largas, enquanto uma parte superior do implante, isto é, uma parte do implante na superfície da estrutura óssea, pode compreender roscas mais finas. O implante compreende uma abertura na sua extremidade superior e ao longo do eixo longitudinal L, dentro do qual é localizado um dispositivo de conexão para conexão com o elemento de cicatrização 10. O dispositivo de conexão compreende uma abertura rosqueada 21, uma abertura 22 de seção transversal hexagonal na continuação da abertura rosqueada, e uma superfície de apoio cônica emergindo em uma face superior do implante. A abertura rosqueada 21, a abertura da seção transversal hexagonal 22 e a superfície de apoio cônica são adjacentes, coaxiais ao eixo longitudinal L e dispostas de modo que a abertura rosqueada 21 esteja no lado inferior do implante 60, a superfície cônica de apoio esteja no lado superior do implante 60 e a abertura da seção transversal hexagonal 22 esteja entre a abertura rosqueada 21 e a superfície de apoio cônica 23.

[0016] Neste conjunto, o elemento de cicatrização 10, também chamado de "capa", é uma peça monobloco, isto é, é formado por uma parte única e é preferencialmente feito de um único material. É destinado à alojar-se no interior da gengiva incisada, após a fixação do implante, por fixação direta ou indireta, preferencialmente destacável, no implante.

[0017] Como é ilustrado nas Figuras 8 a 30, o elemento de cicatrização 10 compreende uma parte superior 31 destinada a entrar em contato com a gengiva e uma parte inferior 32 destinada a ser introduzida na abertura do implante a fim de engatar em conjunto com o dispositivo de conexão 3. O elemento de cicatrização compreende uma abertura de passagem 11 orientada ao longo de um eixo e destinada a receber um parafuso 40 parafusado na abertura rosqueada 21 do implante. Por outras palavras, o elemento de cicatrização 10 compreende particularmente uma abertura numa superfície oposta à superfície de extremidade 14, a qual será especificada a seguir. O elemento de cicatrização 10 é, assim, destinado a ser fixado diretamente no implante por meio do parafuso 40. Quando o elemento de cicatrização é fixado no implante, o eixo da abertura de passagem 11 é coincidente com o eixo longitudinal L do implante. Esse conjunto é ilustrado particularmente nas Figuras 18 a 21. A abertura de passagem 11 é, geralmente, de forma cilíndrica e compreende, em uma extremidade na lateral da parte superior, uma superfície de apoio cônica 33. Esta superfície de apoio cônica 33 é destinada a engatar com uma superfície de apoio cônica de uma cabeça de parafuso com forma correspondente 41 de modo a formar uma interface vedada. A superfície de apoio cônica 33 e a cabeça do parafuso 41 cumpre, ainda, uma função de um cone de vedação.

[0018] O elemento de cicatrização 10 compreende pelo menos uma rosca 34 disposta na abertura 11 e é capaz de engatar com uma parte rosqueada do parafuso 40, a fim de impedir a separação do parafuso 40 e do elemento de cicatrização 10 por meio de um simples movimento de translação. O parafuso 40 compreende uma parte cilíndrica não rosqueada entre a parte rosqueada e a cabeça do parafuso 41. A parte rosqueada é destinada a cooperar com a abertura rosqueada 21 do implante, a fim de bloquear o elemento de cicatrização em posição. A parte cilíndrica do parafuso é destinada a ser posicionada ao longo da abertura 11 do elemento de cicatrização. Quando o parafuso 40 é montado com o elemento de cicatrização 10, o parafuso deve ser parafusado através de pelo menos uma rosca 34. O parafuso é projetado de tal maneira que, quando a cabeça do parafuso 41 está em um pilar na superfície de apoio cônica 33 do elemento de cicatrização, pelo menos uma rosca 34 está oposta à parte cilíndrica do parafuso. Vantajosamente, a parte rosqueada do parafuso 40 não pode, simultaneamente, estar em engatada com a, pelo menos uma, rosca 34 e a abertura rosqueada 21 do implante. Tal montagem do parafuso, também chamado de conjunto “cativo”, evita separar erroneamente um elemento de cicatrização do parafuso associado a ele; por exemplo, este conjunto permite evitar a queda do parafuso enquanto manipula o elemento de cicatrização. O elemento de cicatrização e o parafuso podem, assim, ser fornecidos na forma pré-montada, o que reduz o número de manipulações realizadas pelo dentista. Além disso, a pelo menos uma rosca 34 também constitui um ponto de anexação do elemento de cicatrização, que pode ser usado durante uma retirada subsequente do elemento de cicatrização. De fato, o dentista pode então desaparafusar parcialmente o parafuso, a fim de separar sua parte rosqueada da abertura rosqueada 21 do implante, ao mesmo tempo em que mantém a parte rosqueada engatada em pelo menos uma rosca 34 do elemento de cicatrização. O dentista pode então agarrar facilmente a cabeça do parafuso e puxar para remover o elemento de cicatrização sem transmitir estresse ao implante e sem causar desconforto ao paciente.

[0019] Como afirmado anteriormente, em uma alternativa à fixação direta do elemento de cicatrização 10 no implante 60, como descrito anteriormente, o dito elemento pode ser fixado indiretamente neste implante 60. De fato, de acordo com um método divulgado no documento FR 3027792, este elemento de cicatrização 10 pode ser fixado de forma destacável em uma base de pilar que está conectada ao implante 60. Nesta configuração, o implante 60 é fixado à parte óssea, a base do pilar é fixada no implante 60, de modo que seu colar fica posicionado no limite entre a parte óssea e a gengiva. O elemento de cicatrização cobre a base do pilar até o colar, de modo que a gengiva esteja quase exclusivamente em contato com o elemento de cicatrização 10. O conjunto formado pela montagem do elemento de cicatrização nesta base do pilar corresponde, assim, a um conjunto de cicatrização conforme descrito anteriormente. Deve-se notar, em todos os casos, que o suporte destacável para receber uma prótese é separado do conjunto de cicatrização, ou seja, dos dois componentes ou do componente único que ele contém. Em particular, o suporte destacável não está envolvido em uma função digital ou outra para causar uma impressão. É o conjunto de cicatrização sozinho, após a remoção ou na ausência de um suporte de prótese destacável, que é usado para causar a impressão, em particular uma impressão digital usando um scanner.

[0020] Na modalidade descrita anteriormente, na qual o elemento de cicatrização 10 é uma peça monobloco, ela compreende, na sua extremidade inferior e em uma periferia exterior, uma porção de seção transversal hexagonal 35 capaz de engatar com a abertura de seção transversal hexagonal 22 do implante. A interface assim formada garante que o elemento de cicatrização 10 seja fixado de acordo com uma orientação específica, sem girar o elemento de cicatrização em torno do implante 60. A porção 35 da seção transversal hexagonal 35 e a abertura da seção transversal hexagonal 22 são elementos anti-rotacionais que podem ser substituídos por quaisquer outros elementos anti-rotacionais equivalentes. Além disso, o elemento de cicatrização também compreende, na periferia exterior de sua parte inferior 32, uma porção troncônica ou substancialmente troncônica 36 capaz de engatar com a superfície de apoio cônica 23 do implante, a fim de formar uma interface vedada entre o implante e o elemento de cicatrização. A porção troncônica 36 compreende um limite entre a parte inferior 32 e a parte superior 31 do elemento de cicatrização. A superfície de apoio cônica 23 e a porção troncônica 36 cumprem a função de cone de vedação e cumprem a função de posicionamento exclusivo do elemento de cicatrização em relação ao implante. De fato, a montagem da superfície de apoio cônica 23 com a porção troncônica 36 constitui um elo de conexão com um eixo coincidente com o eixo longitudinal L. Em particular, após apertar o parafuso 40, essa conexão reduz qualquer jogo de translação entre o elemento de cicatrização e o implante ao longo do eixo longitudinal L, ou qualquer eixo perpendicular ao eixo longitudinal L, a zero. Além disso, como a rotação do elemento de cicatrização em relação ao implante é impossível em virtude da interface formada pela porção de seção transversal hexagonal 35 e pela abertura de seção transversal hexagonal 22, a conexão entre o elemento de cicatrização e o implante é uma conexão particularmente rígida.

[0021] A parte superior do elemento de cicatrização compreende uma face de extremidade 14, através da qual emerge a superfície de apoio cônica 33 da abertura 11, e uma superfície lateral 13, em torno da qual a gengiva é destinada a cicatrizar. A superfície de apoio cônica é orientada em direção ao interior do elemento de cicatrização, de modo que a cabeça do parafuso 41 seja embutida no elemento de cicatrização. Assim, a cabeça do parafuso 41 não se sobressai da face da extremidade 14. Assim, a cabeça do parafuso 41 é disposta de modo a fechar a abertura 11 da face da extremidade, enquanto estende sua superfície de modo a produzir uma superfície de extremidade contínua, como é particularmente mostrado na figura 18.

[0022] Os implantes existentes podem ter formas diferentes e, em particular, três dispositivos de conexão diferentes. Pode haver tantos elementos de cicatrização diferentes quanto diferentes dispositivos de conexão, de modo a poder prover, para cada implante existente, um elemento de cicatrização equipado com um dispositivo de conexão adaptado a ele.

[0023] O propósito do elemento de cicatrização 10 é se alojar dentro da gengiva incisada, após a fixação de um implante. A configuração final é mostrada na figura 21. Nesta configuração, o implante 60 é rigidamente conectado à estrutura óssea 62 e emerge levemente da parte óssea na gengiva 63. O elemento de cicatrização 10 é fixado ao implante 60 de modo que a gengiva esteja quase exclusivamente em contato com o elemento de cicatrização 10. O elemento de cicatrização auxilia, preferencialmente temporariamente, um método de restauração, permitindo a cicatrização e a produção sem impactar a prótese de coroa definitiva 25'.

[0024] A gengiva cicatriza, assim, em torno da superfície lateral 13 do elemento de cicatrização 10. Para este fim, esta superfície lateral 13 é selecionada para combinar de maneira ideal com o ambiente bucal do paciente. A superfície de extremidade 14 do elemento de cicatrização deve permanecer visível acima da superfície gengival 64 da gengiva 63, uma vez que a gengiva permanece totalmente em contato com a superfície lateral 13 do elemento de cicatrização. Deve-se notar que a parte superior da superfície lateral 13 e a superfície de extremidade 14 formam, assim, uma superfície emergente do elemento de cicatrização. Essa superfície emergente é particularmente ilustrada pelas Figuras 22 a 24. Para esse fim, elementos de cicatrização de diferentes alturas podem ser providos a fim de se adaptarem a diferentes configurações da geometria bucal. A título de modalidades, três alturas padrão diferentes permitem uma boa adaptação a todas as situações. Tal altura fica vantajosamente entre 3 e 10 mm. A coloração do parafuso pode permitir que a altura do elemento de cicatrização seja rapidamente identificada. Por exemplo, um parafuso azul pode ser associado ao elemento de cicatrização pequeno. Um parafuso verde pode ser associado a um elemento de cicatrização médio. Um parafuso vermelho pode ser associado ao elemento de cicatrização grande. Assim, as discussões entre dentistas e protéticos podem ser simplificadas.

[0025] De acordo com a modalidade da invenção, a forma do elemento de cicatrização é selecionada especificamente para promover a cicatrização da gengiva, de acordo com uma forma anatômica que corresponde perfeitamente ao dente a ser substituído e, portanto, também à prótese de coroa futura que é destinada a ocupar esse espaço bucal. Esse formato é particularmente caracterizado pela seção plana de sua superfície lateral 13, com essa seção sendo uma seção transversa através de um plano P perpendicular à superfície lateral 13, mostrado na Figura 18, e substancialmente paralelo à superfície de extremidade 14. Deve-se notar que esta seção é substancialmente reproduzida pela forma da superfície de extremidade 14 ou, mais precisamente, pela projeção dessa superfície de extremidade 14 sobre tal plano perpendicular, isto é, substancialmente paralelo à superfície gengival 64.

[0026] Para entender a abordagem que está sendo utilizada, a Figura 25 ilustra uma vista de topo dos dentes superiores e inferiores, e a Figura 26 ilustra uma vista em seção do plano justa-gengival PJ de uma dentição, mostrado na Figura 21, na raiz das emergências dos dentes. Essas figuras mostram que os dentes têm seções transversais de diferentes formas, que podem ser simplificadas como formas retangulares e/ou quadradas e/ou triangulares, mas, mais precisamente, formas trapezoidais.

[0027] De acordo com a modalidade selecionada, uma série de elementos de cicatrização 10 com diferentes formas possibilitará a melhor reprodução possível dessas diferentes formas. Assim, a Figura 27 mostra uma vista de topo das seções transversais de todos os dentes e uma vista de topo de elementos de cicatrização 10 associados a cada dente. As formas dos diferentes conjuntos de dentes, numerados a partir de 11 a 18, de 21 a 28, de 31 a 38 e de 41 a 48 nessa figura (estes números não devem ser confundidos com os sinais de referência numéricos usados em outras partes das outras figuras para designar as características da invenção) são todos aproximados por meio de quatro diferentes elementos de cicatrização 10, designados de A até D. Para alguns dentes, ou até mesmo todos os dentes, vários elementos de cicatrização, dentre os elementos de cicatrização de A até D, parecem ser apropriados.

[0028] Na modalidade ilustrativa selecionada e ilustrada na figura 27, os elementos de cicatrização A são adaptados para tratar a restauração dos incisivos laterais superiores e todos os incisivos inferiores. Os elementos de cicatrização B são adaptados para restaurar os caninos e pré-molares, os elementos de cicatrização C são adaptados para restaurar os molares intermediários e os elementos de cicatrização D são adaptados para restaurar os molares maiores. Por meio de uma variante, a série de elementos de cicatrização 10 poderia compreender qualquer outro número de elementos de cicatrização diferentes, por exemplo, três ou cinco elementos de cicatrização diferentes.

[0029] Esses elementos de cicatrização serão agora descritos em mais detalhes considerando uma série de três elementos de cicatrização A, B e C. O elemento de cicatrização A é ilustrado particularmente nas Figuras 10A a 14A, o elemento de cicatrização B nas figuras 10B a 14B e o elemento de cicatrização C nas figuras 10C a 14C. Para evitar complicar demais as figuras, os sinais das referências numéricas não são reproduzidos em todos os elementos de cicatrização dessas figuras. No entanto, todos esses elementos de cicatrização têm as mesmas características, as quais serão descritas.

[0030] Como pode ser visto nas figuras 10A a 13C, as superfícies de extremidade 14 desses elementos de cicatrização 10 (A a C), destinados a um posicionamento acima da emergência gengival, são substancialmente planas e destinados a um posicionamento paralelo a um plano horizontal (paralelo ao plano justo-gengival PJ, entre 1 e 2 mm, inclusive acima desse plano), correspondente ao plano de corte da figura 25. No entanto, eles são ligeiramente curvos, tendo uma parte central 145, que é mostrado particularmente melhor nas figuras 12A a 12C, destinados a subir ainda mais acima da gengiva do que suas partes periféricas 146.

[0031] A seção transversal do elemento de cicatrização, através de um plano P perpendicular à sua superfície lateral 13, como explicado previamente, que prove a forma final da gengiva após a cicatrização, é substancialmente reproduzida pela superfície de extremidade 14 do elemento de cicatrização (particularmente sua projeção em um plano P), que se encontra em sua continuação. As seções transversais de todos os elementos de cicatrização têm uma forma substancialmente trapezoidal. Eles têm uma lateral longa 141, que será disposta na parte exterior da boca (face vestibular), e uma lateral curta 142 paralela e oposta a mesma, que será disposta na parte interior da boca (face lingual), que são conectadas pelas duas laterais 143, 144. A interseção das diagonais do trapézio permite definir um centro 15. Preferencialmente, este centro 15, assim definido, está localizado na abertura de passagem 11 do elemento de cicatrização. Além disso, considerando o mesmo centro 17 da abertura 11 na extremidade inferior do elemento de cicatrização em alternativa a um conjunto de restauração com vários elementos separados, substancialmente circulares, é possível definir um eixo central 18 do elemento de cicatrização que passa através dos dois pontos centrais 15, 17. Este eixo 18 do elemento de cicatrização 10 é perpendicular à superfície de extremidade 14. Preferencialmente, o eixo 18 do elemento de cicatrização, seja uma peça monobloco ou não, é coincidente com o eixo da abertura 11 e o eixo longitudinal L do implante.

[0032] Os três tipos de elementos de cicatrização 10 (A, B e C), portanto, diferem particularmente em termos do formato trapezoidal da seção transversal de suas superfícies laterais 13. Dependendo do elemento de cicatrização em questão, o formato trapezoidal pode se aproximar a uma forma triangular ou uma forma retangular, ou até mesmo uma forma quadrada. Por meio de modalidades, as Figuras 14A a 14C provêm ordens de magnitude das dimensões desses elementos de cicatrização, em milímetros.

[0033] Obviamente, essa forma substancialmente trapezoidal que é usada tem cantos arredondados e laterais curvas, para garantir que a gengiva não seja machucada. Além disso, a superfície de extremidade 14 de cada elemento de cicatrização possui, com exceção da abertura 11, tem uma superfície contínua sem porções elevadas e/ou sem uma parte oca, e/ou sem um recesso, e/ou sem uma saliência, e/ou sem aspereza. Essa superfície é convexa. Essa geometria lisa promove a higiene bucal e reduz o acúmulo de matéria alimentar e depósitos da placa dentária. Deve-se notar que, quando o elemento de cicatrização é fixado por si próprio em um implante por meio de um parafuso 40, a cabeça 41 do parafuso completa a superfície de extremidade 14, que se torna substancialmente contínua, mesmo na abertura 11. Assim, essa superfície que é fechada pela cabeça do parafuso exibe substancialmente a propriedade de uma superfície contínua sem porções elevadas e/ou sem uma parte oca, e/ou sem um recesso, e/ou sem uma saliência, e/ou sem aspereza. Essa arquitetura otimiza o uso de um único elemento de cicatrização. Além disso, a vedação é provida na interface entre a cabeça 41 do parafuso 40 e a superfície de extremidade 14.

[0034] Por meio de uma variante, a série de elementos de cicatrização pode compreender um número diferente de geometrias diferentes, por exemplo, pelo menos duas. Em uma modalidade alternativa simplificada, uma única forma de elemento de cicatrização pode ser adequada para todos os dentes.

[0035] De acordo com outras modalidades alternativas, a seção transversal de um elemento de cicatrização, em sua superfície lateral 13, pode ser semelhante a qualquer polígono, como um polígono com três, cinco ou seis laterais. Por meio de uma variante, os cantos desses polígonos podem ser tão arredondados que a forma geral se assemelhe a uma forma oblonga, mesmo com uma seção transversal ovoide ou qualquer outra forma mais removida de um polígono. Vantajosamente, este formato compreende pelo menos um centro ou ponto que é perfeitamente definido geometricamente a fim de definir um centro 15 ou um possível eixo 18 do elemento de cicatrização. Esta seção transversal é obtida por um plano de corte substancialmente paralelo ao plano justa-gengival.

[0036] De acordo com uma modalidade, a geometria da superfície emergente visível do elemento de cicatrização na parte interior da boca difere da geometria da lateral em direção ao exterior, de modo a levar em conta a curvatura da gengiva. Essa forma de superfície emergente do elemento de cicatrização é, portanto, assimetria em relação a um plano mediano contendo a tangente T para a gengiva, como mostrado nas Figuras 13A a 13AC e, mais precisamente, na Figura 25, em relação a um dente 50 a ser restaurado. Este plano mediano, chamado plano tangente T, é paralelo à tangente T para a gengiva, perpendicular ao plano justa- gengival PJ e passa pelo meio 15 de um elemento de cicatrização. Em outras palavras, a geometria da superfície emergente visível do elemento de cicatrização na parte interior da boca difere da geometria da lateral em direção ao exterior, de modo a levar em consideração a curvatura da gengiva ou a forma natural do dente. Em particular, a altura ao longo do eixo longitudinal do elemento de cicatrização na face lingual, isto é, no interior da boca, pode ser maior que a altura do elemento de cicatrização no exterior da boca. A forma da superfície emergente do elemento de cicatrização é, portanto, assimétrica em relação a um plano paralelo ao eixo longitudinal e passando através do centro 113 da superfície de extremidade 111. Por um lado, essa assimetria pode ser caracterizada por diferentes formas do elemento de cicatrização em ambos os lados do plano, considerando uma projeção do elemento de cicatrização em um plano perpendicular ao eixo longitudinal. Por outro lado, essa assimetria pode ser caracterizada por diferentes alturas do elemento de cicatrização em ambas as laterais do plano. Um exemplo dessa assimetria é particularmente mostrado na figura 21.

[0037] Assim, uma forma circular para a seção transversal de um elemento de cicatrização, associado, por exemplo, a um elemento de cicatrização cilíndrico, é inadequado. De maneira mais geral, qualquer curva plana exibindo simetria em torno de um ponto ou um eixo é pouco compatível ou nada compatível para o referido elemento de cicatrização, uma vez que, por um lado, não seria adaptado à anatomia da boca e, por outro lado, sua orientação circular em torno desse eixo não seria mais identificável. Pelas mesmas razões, a superfície emergente e visível do elemento de cicatrização, portanto, não é simétrica em relação a pelo menos um ou mesmo vários planos paralelos ao seu eixo 18 e/ou incluindo esse eixo 18. Não é simétrica em relação a pelo menos um ou vários planos perpendiculares à superfície emergente e que passam através de seu centro 15, ou compreendendo o eixo 18, os quais são referidos como planos perpendiculares medianos. No exemplo mostrado, apenas o plano perpendicular ao plano tangente T mencionado, passando através do meio das duas laterais 141, 142, forma um plano de simetria. As observações anteriores aplicam-se à superfície emergente do elemento de cicatrização, ou à sua seção transversal através de um plano de corte P, previamente definido, ou à projeção de sua superfície emergente em tal plano P (paralelo ao plano justa-gengival). O plano mediano perpendicular é, então, qualquer plano perpendicular ao plano P e passando pelo centro da geometria considerada do elemento de cicatrização. Alternativamente, um plano perpendicular mediano pode ser definido como qualquer plano contendo o eixo 18 do elemento de cicatrização. Esta superfície emergente de um elemento de cicatrização pode finalmente assumir qualquer forma tridimensional identificável, possibilitando reconhecer o elemento de cicatrização usado e possivelmente conhecer sua orientação, a fim de cumprir uma segunda função que será discutida em detalhes abaixo.

[0038] As superfícies de extremidade 14 dos elementos de cicatrização são continuadas, a partir de sua periferia 146, pela superfície lateral 13, sobre a qual a gengiva cicatriza, e que, assim, provê o formato da gengiva adaptado à futura prótese. Esta superfície lateral 13 tem uma pluralidade de superfícies 131, 132, 133, 134, que são substancialmente planas e opcionalmente levemente curvadas, se estendendo em uma direção substancialmente paralela ao eixo 18 do elemento de cicatrização e/ou paralela ao eixo longitudinal L do implante, pelas várias laterais 141, 142, 143, 144, respectivamente, da superfície de extremidade 14 do elemento de cicatrização. As interfaces entre a superfície de extremidade 14 e essas partes diferentes da superfície lateral 13 são formadas por superfícies lisas e arredondadas, em particular, superfícies convexas.

[0039] O elemento de cicatrização pode ser feito de material plástico compatível com uso médico e tendo cor rosa, branca ou creme. Em particular, o elemento de cicatrização pode ser produzido a partir de um material polimérico, em particular a partir de um material "PEEK". Por meio de uma variante, pode ser feito de metal, por exemplo titânio, ou pode ser feito de zircônia. Efetivamente, este elemento de cicatrização 10 pode ser feito de titânio com um tratamento de superfície produzido a partir de nitrito de zircônio, a fim de melhorar particularmente a visibilidade desse elemento 10 usando scanners bucais, ainda que seja biocompatível. O elemento de cicatrização pode ser produzido por usinagem e/ou moldagem e/ou pela adição de material, em outras palavras, por impressão 3D.

[0040] Assim, o uso de elementos de cicatrização permite promover a cicatrização ideal da gengiva no contexto de um método de restauração dentária, devido à sua geometria projetada de acordo com a anatomia bucal. Deve-se notar que esse elemento de cicatrização pode, por meio de uma variante, ser completamente subgengival e invisível, tornando- se visível através da intervenção na gengiva. Nesse caso, sempre será incorreto chamar a parte de extremidade do elemento de cicatrização de parte emergente.

[0041] Além disso, a superfície emergente do elemento de cicatrização 10, formada pela superfície de extremidade 14 e opcionalmente pela parte superior da superfície lateral 13, pode vantajosamente compreender pelo menos dois marcadores informativos para identificar pelo menos duas características do elemento de cicatrização 10 e/ou indiretamente da base do pilar e/ou do implante dentário 60. A disposição desses marcadores informativos no elemento de cicatrização 10 evita a utilização de uma técnica convencional para causar uma impressão no implante e reduz o tempo necessário e a complexidade da instalação subsequente do pilar para restauração dentária que será montado como um substituto para o elemento de cicatrização 10, e no qual a prótese final será disposta, ou a prótese da coroa definitiva 25' que será montada como um substituto da prótese de coroa temporária 25. Deve-se notar que esses marcadores são opcionais, pois, de acordo com uma modalidade alternativa, a forma única da superfície emergente do elemento de cicatrização será suficiente para a identificação automática da mesma informação, devido à forma assimétrica específica dessa superfície emergente. Portanto, vale a pena diferenciar adequadamente a solução com um marcador em comparação com a não utilização de um marcador: - um marcador é definido como um símbolo ou uma forma específica, destinada ao seu reconhecimento, cujo único objetivo é esse reconhecimento; o marcador geralmente é projetado especificamente para ser facilmente reconhecido por um scanner. Geralmente não tem impacto ou impacto negativo na principal função de cicatrização do elemento de cicatrização: - a alternativa à invenção envolve a não utilização de um marcador, mas o reconhecimento da forma particular do elemento de cicatrização, em particular sua parte de extremidade, a fim de deduzir a informação desejada. Nesse caso, a forma reconhecida inicialmente tem a principal função técnica da cicatrização anatômica. A invenção se beneficia dessa natureza anatômica para dispensar um marcador. O reconhecimento é mais difícil com essa alternativa, mas oferece a vantagem de não deteriorar a forma ideal projetada para a cicatrização, com o objetivo secundário de formar um indicador. A solução desta alternativa sem um marcador, ou com menos marcadores (em comparação com uma solução que é exclusivamente baseada em marcadores), é, portanto, vantajosa e preferencial.

[0042] De acordo com uma modalidade, as características identificadas pelos marcadores informativos compreendem um ou mais elementos dentre: - a altura do elemento de cicatrização 10; - a forma do elemento de cicatrização 10, em particular a forma e as dimensões da seção transversal de sua superfície lateral 13 ou da projeção em um plano paralelo da superfície emergente; - as dimensões da parte de conexão do elemento de cicatrização 10, com ou sem uma base de pilar e, portanto, do implante dentário 60; - a orientação do implante dentário 60, por meio da orientação da capa, por exemplo, por um marcador alinhado com um elemento antirotação da capa.

[0043] De acordo com uma modalidade específica, ditos pelo menos dois marcadores informativos compreendem um primeiro tipo de marcação informativa de uma primeira característica do elemento de cicatrização 10 e um segundo tipo de marcação informativa de uma segunda característica do elemento de cicatrização 10. Essas primeira e segunda características associadas ao elemento de cicatrização 10 são, em particular, a altura do elemento de cicatrização 10 e/ou a forma do elemento de cicatrização 10, em particular a forma e as dimensões da seção transversal de sua superfície lateral 13 ou da projeção em um plano paralelo da superfície emergente. Indiretamente, um marcador pode permitir que informações sejam determinadas em relação à base de pilar, quando houver uma, e opcionalmente em relação ao implante, como sua orientação, que pode ser associada à orientação do elemento de cicatrização.

[0044] Sem limitar a liberdade de design dos marcadores informativos, cada marcador informativo pertence particularmente a um dos seguintes tipos: - um marcador informativo negativo, em particular escavado em uma das superfícies do elemento de cicatrização 10, particularmente em sua superfície emergente; - um marcador informativo positivo, em particular como uma porção elevada em uma das superfícies do elemento de cicatrização 10, particularmente em sua superfície emergente; - um marcador informativo com uma forma específica e identificável formada em uma das superfícies do elemento de cicatrização 10, em particular de forma poligonal ou linear; - um marcador informativo formado por um valor digital legível ou por um código de identificação legível, como um código de barras e/ou um código de matriz de dados. Este marcador pode ser constituído por números e/ou letras e/ou qualquer símbolo e/ou cor e/ou marcação a laser: - um meio informativo formado por um chip RFID.

[0045] Como visto anteriormente, este conjunto 1a a 1f para restauração dentária compreendendo um elemento de cicatrização 10 capaz de ser conectado a um implante dentário 60, compreende o suporte de prótese destacável 2a a 2g, que também às vezes é simplesmente chamado de "suporte". Este suporte destacável 2a a 2g compreende uma parte 4 para receber uma prótese de coroa temporária 25 (mostrada na figura 4B) e/ou uma prótese de coroa definitiva 25' (mostrada na figura 5A). A parte de recepção 4 é provida com um primeiro e um segundo componente 7a, 7b e com uma parte de conexão 5, particularmente mostrada nas figuras 1F e 1G.

[0046] Esta parte de conexão 5 é capaz de se engatar com uma zona de conexão correspondente 6 definida na abertura de passagem 11 disposta no elemento de cicatrização 10. Efetivamente, essa parte de conexão 5, que permite que esse suporte 2a a 2g seja conectado de forma mecânica destacável ao elemento de cicatrização 10, compreende particularmente, em uma extremidade livre, um elemento de fixação 8, como um primeiro componente de clipagem, em particular um componente de clipagem macho ou uma parte rosqueada. Dentro deste contexto, quando a parte de conexão 5 compreende o primeiro componente de clipagem, dito componente é capaz de se engatar com uma zona de conexão 6, tal como um recesso/sulco definido na parede da abertura de passagem 11 do elemento de cicatrização 10, para estabelecer essa conexão mecânica. Deve-se notar que essa fixação por clipe permite que o suporte destacável 2a a 2g possa ser facilmente montado e removido do conjunto de cicatrização várias vezes quando a prótese de coroa 25, 25' é produzida no suporte destacável 2a a 2c e isto é para poder executar operações de polimento e/ou alteração fora da boca do paciente. Deve-se notar que, numa variante em que este elemento de fixação 8 da parte de conexão 5 compreende uma parte rosqueada, dita parte é então capaz de engatar com uma zona de conexão 6, tal como uma parte rosqueada definida na parede da abertura de passagem 11 para estabelecer esta conexão mecânica.

[0047] Na primeira modalidade mostrada nas figuras 1A a 1E e 11, o suporte destacável 2a é uma peça monobloco provida com um orifício de passagem central geralmente cilíndrico 19 que se estende longitudinalmente neste corpo a partir de uma extremidade do suporte destacável 2a para a outra. O primeiro componente 7a da parte de recepção 4 é provido com faces interiores e exteriores 9a, 9b e com uma parede periférica basicamente redonda conectando essas faces 9a, 9b. Nesta configuração, o segundo componente 7b se projeta a partir de uma região central da face exterior 9b do primeiro componente, estendendo-se longitudinalmente ao longo de um eixo A3 que é substancialmente perpendicular a um plano P1 compreendendo essa face exterior 9b. Este segundo componente tem uma forma basicamente troncônica, ou mesmo cilíndrica, e compreende uma superfície exterior provida com uma pluralidade de elementos 24 para reter um elemento para colar a prótese de coroa 25, 25' na parte de recepção 4 e, portanto, nesta superfície. Quando este elemento de ligação é adesivo, por exemplo, cada elemento de retenção 24 pode ser uma cavidade, uma sulco, um orifício ou mesmo uma colisão. Deve-se notar que cada elemento de retenção 24 também pode ser um marcador que provê informações relacionadas a uma altura máxima de alteração da prótese de coroa e/ou do suporte. Além disso, parte do orifício de passagem 19 do suporte destacável 2a, definido neste segundo componente 7b, compreende uma parede que é total ou parcialmente rosqueada.

[0048] Neste suporte destacável 2a, a parte de conexão 5 se projeta em uma região central da face interior 9a do primeiro componente 7a. Esta parte de conexão 5 é especialmente projetada para ser inserida na abertura de passagem 11 do elemento de cicatrização 10 quando o suporte destacável 2a é montado neste elemento de cicatrização 10. Essa parte de conexão 5 compreende uma porção troncônica ou substancialmente troncônica capaz de engatar com a superfície de apoio cônica 33 do elemento de cicatrização 10, a fim de formar uma interface vedada entre o suporte destacável 2a e o elemento de cicatrização 10. Essa parte de conexão 5 compreende, na sua extremidade livre, o elemento de fixação 8, como o primeiro componente de clipagem. De acordo com esta modalidade, este primeiro componente de clipagem é incluído na extremidade do orifício de passagem 19 deste suporte destacável 2a e compreende uma pluralidade de aletas flexíveis, neste caso duas, três ou quatro aletas, dispostas em torno do eixo o orifício de passagem 19, até a extremidade inferior. Essas aletas são afastadas uma da outra por uma folga substancialmente semelhante causada por um esvaziamento do material. Tais aletas são capazes de fazer a transição de uma posição de repouso para uma posição restrita quando são substancialmente movidas radialmente. Cada uma dessas barbatanas tem uma forma que corresponde à zona de conexão 6, como o recesso com o qual é provável que se engatem, a fim de estabelecer essa fixação por encaixe.

[0049] Neste suporte destacável 2a, a face interior 9a do primeiro componente 7a é particularmente provida para cobrir toda ou parte da superfície emergente do elemento de cicatrização 10 e, em particular, preferencialmente toda a superfície de extremidade 14 e parte da superfície lateral 13 adjacente a esta superfície de extremidade 14, como mostrado nas figuras 1I e 1J. Desta forma, a face interior 9a compreende uma cavidade 26 definida em torno da parte de conexão 5, a qual tem uma forma que corresponde a toda ou parte da superfície emergente com a qual ela está suscetível de entrar em contato;

[0050] Nesta primeira modalidade, o conjunto 1a para restauração dentária pode compreender um elemento de travamento 20a, 20b para enrijecer o suporte destacável 2a, compreendendo um corpo provido de primeira e segunda extremidades e tendo uma forma geralmente cilíndrica. Com referência à figura 1H, este elemento de travamento 20a, 20b pode ser, por exemplo, um parafuso 20a compreendendo uma cabeça e uma haste. A cabeça é então incluída na primeira extremidade superior do corpo deste elemento de travamento 20a e compreende uma parte rosqueada que é capaz de engatar com a parte de recepção 4, em particular com uma parede interior do orifício de passagem 19 definido no segundo componente 7b, que é total ou parcialmente aproveitado. Alternativamente, com referência às figuras 1I e 1J, esse elemento de travamento 20a, 20b pode ser uma haste 20b, para o qual parte do corpo se projeta a partir do orifício de passagem 19 na vizinhança do segundo componente 7b da parte de recepção 4, quando dita haste está disposta no conjunto 1a para restauração dentária. Esse elemento de travamento 20a, 20b é projetado para ser inserido no conjunto 1a para restauração dentária passando pelo orifício de passagem 19 do suporte destacável 2a e entrando na abertura de passagem 11 do elemento de cicatrização 10, a fim de ativar o aletas flexíveis do primeiro componente de clipagem, para que elas se movam da posição de repouso para a posição restrita. Por estar na posição restrita, uma parte maior dessas aletas é então disposta no recesso definido na parede da abertura de passagem 11 e/ou a retirada dessas aletas é impossível, o que cumpre a função de travar o conjunto do suporte destacável 2a com o elemento de cicatrização 10, mesmo com o conjunto de cicatrização formado pelo implante 60 e o elemento de cicatrização 10. Dentro deste contexto, apenas a remoção deste elemento de travamento 20a, 20b do orifício de passagem 19 e da abertura de passagem 11 permite que as aletas sejam desengatadas do dito recesso. Deve-se notar que o elemento de travamento 20a, 20b é inserido no orifício de passagem 19 até sua segunda extremidade, que também passa pela abertura de passagem 11 do elemento de cicatrização 10, é disposta em um alojamento definido na cabeça do parafuso 41 do parafuso 40 que liga mecanicamente o elemento de cicatrização 10 ao implante 60. Assim, em tal disposição do elemento de travamento 20a, 20b no conjunto 1a para restauração dentária, o corpo desse elemento de travamento 20a, 20b é então incluído entre as aletas flexíveis que são mantidas na posição de fixação por encaixe. Deve-se notar que quando este elemento de travamento 20a, 20b corresponde ao parafuso 20a mostrado na figura 1H, sua primeira extremidade superior é incluída no orifício de passagem 19 e sua segunda extremidade inferior está localizada na abertura de passagem 11 do elemento de cicatrização 10, em particular no alojamento definido na cabeça do parafuso 41 do parafuso 40 que conecta mecanicamente o elemento de cicatrização 10 ao implante 60.

[0051] Na segunda modalidade mostrada nas figuras 2A e 2B, o suporte destacável 2b, ao contrário do suporte da primeira modalidade, que é uma peça monobloco, compreende duas partes separadas. Nesta configuração, a primeira parte corresponde ao primeiro componente 7a da parte de recepção 4 é provido com faces interiores e exteriores 9a, 9b e com uma parede periférica basicamente redonda conectando essas faces 9a, 9b juntas. Também compreende uma abertura central, na qual a segunda parte pode ser inserida, que define o segundo componente 7b e a parte de conexão 5 do suporte destacável 2b. Assim, quando as duas partes são montadas juntas para formar o suporte destacável 2b, sendo montado no elemento de cicatrização 10, o segundo componente 7b se projeta a partir de uma região central da face exterior 9b do primeiro componente 7a, estendendo-se longitudinalmente ao longo de um eixo A3 que é substancialmente perpendicular a um plano P1 compreendendo esta face exterior 9b. Este segundo componente tem uma forma basicamente troncônica, ou mesmo cilíndrica, e compreende uma superfície exterior provida com uma pluralidade de elementos 24 para reter um elemento para colar a prótese de coroa na parte de recepção 4 em uma maneira similar à primeira modalidade. Deve-se notar que cada elemento de retenção 24 também pode ser um marcador que provê informações relacionadas a uma altura máxima de alteração da prótese de coroa e/ou do suporte.

[0052] Adicionalmente, a parte de conexão 5 se projeta em uma região central da face interior 9a do primeiro componente 7a. Esta parte de conexão 5 é especialmente projetada para ser inserida na abertura de passagem 11 do elemento de cicatrização 10 quando o suporte destacável 2b é montado neste elemento de cicatrização 10. Tal peça de conexão 5 compreende, na sua extremidade livre, o elemento de fixação 8, neste caso uma peça rosqueada. Esta parte rosqueada é capaz de engatar com a parte rosqueada definida na parede da abertura de passagem 11, a fim de estabelecer essa conexão mecânica entre o suporte destacável 2b e o elemento de cicatrização 10.

[0053] Neste suporte destacável 2b, a face interior 9a do primeiro componente 7a é particularmente projetada para cobrir toda ou parte da superfície emergente do elemento de cicatrização 10 e, em particular, preferencialmente toda a superfície de extremidade 14 e parte da superfície lateral 13 adjacente a esta superfície de extremidade 14. Dentro deste contexto, a face interior 9a compreende uma cavidade, definida em torno da abertura central e, assim, a parte de conexão 5, que tem uma forma que corresponde a toda ou parte da superfície emergente com a qual ela está suscetível a entrar em contato;

[0054] Deve-se notar que a extremidade deste suporte destacável 2b compreende um alojamento definido no segundo componente 7b que é capaz de receber uma ferramenta adequada, como uma chave de fenda, para parafusar a segunda parte que define o segundo componente 7b e a parte de conexão 5 na abertura 11 do elemento de cicatrização 10, a fim de montar esse suporte destacável 2b com o elemento de cicatrização 10.

[0055] Na terceira e quarta modalidades, respectivamente, mostrada nas figuras 3A e 3B, 4A e 4D o suporte destacável 2c, 2d, ao contrário do suporte da primeira modalidade, que é uma peça monobloco, compreende duas partes separadas. Nesta configuração, a primeira parte corresponde à parte de recepção 4 do suporte destacável 2c, 2d. Esta parte de recepção 4 é provida com um furo central geralmente cilíndrico que se estende longitudinalmente neste corpo de uma extremidade à outra desta parte de recepção 4. Esta parte de recepção 4 também compreende o primeiro e o segundo componentes 7a, 7b com o primeiro componente 7a, que é provido com faces interiores e exteriores 9a, 9b e uma parede periférica conectando essas faces juntas. Nesta configuração, o segundo componente 7b se projeta a partir de uma região central da face exterior 9b do primeiro componente 7a estendendo-se longitudinalmente ao longo de um eixo A3 que é substancialmente perpendicular a um plano P1 compreendendo essa face exterior 9b. Este segundo componente 7b tem uma forma basicamente troncônica ou mesmo cilíndrica.

[0056] Neste suporte destacável 2c, 2d, a parte de conexão 5 é formada pela segunda parte. Esta parte de conexão 5 é um parafuso provido com uma cabeça e uma haste, que pode ser inserido no furo provido na parte de recepção 4 quando o suporte destacável 2c, 2d é montado no elemento de cicatrização 10. Assim, quando as duas partes são montadas juntas para formar o suporte destacável 2c, 2d, sendo montadas no elemento de cicatrização 10, a parte de conexão 5 se projeta para uma região central da face interior 9a do primeiro componente 7a. A cabeça do parafuso que forma essa parte de conexão 5 é então disposta no furo e uma extremidade da haste é disposta na abertura de passagem 11 do elemento de cicatrização 10. Em outras palavras, esta parte de conexão 5 é especialmente projetada para ser inserida na abertura de passagem 11 do elemento de cicatrização 10 quando o suporte destacável 2a é montado neste elemento de cicatrização 10. Tal peça de conexão 5 compreende, na sua extremidade livre, uma peça rosqueada. Esta parte rosqueada é capaz de engatar com a zona de conexão 6, nesse caso a parte rosqueada definida na parede da abertura de passagem 11, para estabelecer essa conexão mecânica entre o suporte destacável 2c, 2d e o elemento de cicatrização 10.

[0057] Na terceira modalidade, esta parte rosqueada é definida na parede da abertura de passagem 11, incluída na parte superior 31 do elemento de cicatrização 10, enquanto na quarta modalidade essa parte rosqueada é definida na parede da abertura da passagem 11 incluído na parte inferior 32 do elemento de cicatrização 10.

[0058] Na terceira modalidade, o furo da parte de recepção 4 compreende uma superfície de apoio que se destina a engatar com uma superfície de apoio em forma correspondente da cabeça do parafuso, a fim de formar uma interface vedada. A superfície de apoio do furo e a cabeça do parafuso têm, portanto, uma função de vedação.

[0059] Na quarta modalidade, a parte rosqueada da parte de conexão 5 é engatada simultaneamente com a parte rosqueada 37 da parede da abertura central e a abertura rosqueada 21 do implante 60. Nesta configuração, o elemento de cicatrização 10 é prensado entre o suporte destacável 2c, 2d e o implante 60. Assim, diferentemente das outras modalidades, nesta quarta modalidade, o conjunto 1d para restauração dentária compreende um único parafuso formado pela parte de conexão 5, permitindo que o suporte destacável 2d, o elemento de cicatrização 10 e o implante 60 sejam conectados juntos. Adicionalmente, o furo da parte de recepção 4 compreende uma superfície de apoio cônica que se destina a engatar com uma superfície de apoio cônica em forma correspondente da cabeça do parafuso, a fim de formar uma interface vedada. A superfície de apoio cônica e a cabeça do parafuso 41 cumpre, assim, uma função de um cone de vedação. Nesta configuração, este parafuso formado pela parte de conexão 5 é projetado de modo que, quando a cabeça do parafuso 41 está encostada na superfície de rolamento cônica do furo, a pelo menos uma rosca 34 da parede da abertura de passagem 11, incluído na parte inferior 32 do elemento de cicatrização 10, fica oposto ao parafuso. Vantajosamente, a parte rosqueada desse parafuso não pode, simultaneamente, estar engatada com a pelo menos uma rosca 34 e a abertura rosqueada 21 do implante 60. Tal conjunto do parafuso, também chamado de conjunto “cativo”, evita separar erroneamente um elemento de cicatrização 10 do parafuso, neste caso a parte de conexão 5, que é associada a ele; por exemplo, este conjunto permite evitar a queda do parafuso enquanto manipula o elemento de cicatrização 10.

[0060] Neste suporte destacável 2c, 2d dessas duas modalidades, a face interior 9a do primeiro componente 7a é particularmente provida para cobrir toda ou parte da superfície emergente do elemento de cicatrização 10 e, em particular, preferencialmente toda a superfície de extremidade 14 e parte da superfície lateral 13 adjacente a esta superfície de extremidade 14. Dentro deste contexto, a face interior 9a compreende uma cavidade 26, definida em torno do furo e, assim, da parte de conexão 5, que tem uma forma que corresponde a toda ou parte da superfície emergente com a qual ela está suscetível de entrar em contato;

[0061] Nestas duas modalidades, este segundo componente 7b tem uma forma basicamente cilíndrica, e compreende uma superfície exterior que pode ou pode não ser provida com uma pluralidade de elementos para reter um elemento para colar uma prótese de coroa na parte de recepção 4 em uma maneira similar à primeira modalidade.

[0062] Deve-se notar que a cabeça do parafuso formando a parte de conexão 5 compreende um alojamento que é capaz de receber uma ferramenta adequada, como uma chave de fenda, para parafusar essa parte de conexão 5 na abertura de passagem 11 do elemento de cicatrização 10, a fim de montar esse suporte destacável 2c, 2d com o elemento de cicatrização 10.

[0063] Na quinta modalidade, mostrada nas figuras 5A a 5M, o suporte destacável 2e é uma peça monobloco. Neste suporte destacável 2e, o primeiro componente 7a da parte de recepção 4 conecta o segundo componente 7b à parte de conexão 5. Nesta configuração, o segundo componente 7b se estende longitudinalmente ao longo de um eixo A3. Este segundo componente tem uma forma basicamente troncônica, ou mesmo cilíndrica, e compreende uma superfície exterior provida com uma pluralidade de elementos 24 para reter um elemento para colar a prótese de coroa na parte de recepção 4, em uma maneira similar a primeira modalidade. Deve-se notar que cada elemento de retenção 24 também pode ser um marcador que provê informações relacionadas a uma altura máxima de alteração da prótese de coroa e/ou do suporte.

[0064] Neste suporte destacável 2e, o primeiro componente 7a é provido com uma porção troncônica engatando com uma superfície de apoio cônica 33 do elemento de cicatrização 10 para vedar uma interface entre o elemento de cicatrização 10 e o suporte destacável 2e e para reduzir a zero todo jogo de translação entre o elemento de cicatrização 10 e o suporte destacável 2e.

[0065] A parte de conexão 5 desse suporte destacável 2e é especialmente projetada para ser inserida na abertura de passagem 11 do elemento de cicatrização 10 quando o suporte destacável 2e é montado neste elemento de cicatrização 10. Esta parte de conexão 5 também compreende o elemento de fixação 8 formado pelo primeiro componente de clipagem compreendendo duas aletas flexíveis de acordo com esta modalidade. Essas duas aletas são afastadas uma da outra por uma folga causada por um esvaziamento do material. Tais aletas são capazes de transição resiliente de uma posição de repouso para uma posição restrita quando são substancialmente movidas radialmente. Cada uma dessas aletas tem uma forma que corresponde à zona de conexão 6, com o qual é provável que se engatem, a fim de estabelecer essa fixação por encaixe.

[0066] Esta parte de conexão 5 também compreende um elemento anti-rotação 16 para retenção adequada do suporte destacável 2e no elemento de cicatrização 10. Este elemento anti-rotação 16 é definido em parte de uma parede periférica desta parte de conexão 5 que está voltada para a parede da abertura de passagem 11 do elemento de cicatrização 10, acima da zona de conexão 6 que compreende o segundo elemento de clipagem, quando o suporte destacável 2e é montado no elemento de cicatrização 10.

[0067] Na sexta modalidade mostrada nas figuras 6A a 6M, o suporte destacável 2f, 2g é substancialmente semelhante ao da quinta modalidade. A única diferença entre essas duas modalidades refere-se à presença de um orifício de passagem 19 no suporte destacável 2f, 2g desta sexta modalidade. De fato, nesta modalidade, o suporte destacável 2f, 2g é uma peça monobloco provida com esse orifício de passagem central geralmente cilíndrico 19 que se estende longitudinalmente no corpo a partir de uma extremidade do suporte destacável 2f, 2g para a outra. Parte do orifício de passagem 19 do suporte destacável 2f, 2g definido neste segundo componente 7b, compreende uma parede que é total ou parcialmente rosqueada. Nesta configuração, o primeiro componente de clipagem é incluído em uma extremidade deste orifício de passagem 19 deste suporte destacável 2f, 2g, enquanto compreende uma pluralidade de aletas flexíveis, neste caso duas, definindo assim esta extremidade do orifício de passagem 19.

[0068] Nesta sexta modalidade, o conjunto 1f para restauração dentária pode compreender um elemento de travamento 20a para enrijecer o suporte destacável 2f, 2g compreendendo um corpo provido de primeira e segunda extremidades e tendo uma forma geralmente cilíndrica. Este elemento de travamento 20a pode ser, por exemplo, um parafuso que compreende uma cabeça e uma haste que é substancialmente semelhante ao elemento de travamento 20a mostrado nas figuras 1H, 6C, 6D e 6K a 6M. A cabeça deste elemento de travamento 20a é, então, incluída na primeira extremidade do corpo deste elemento de travamento 20a e compreende uma parte rosqueada que é capaz de engatar com a parte de recepção 4, em particular com uma parede interior do orifício de passagem 19 definido neste segundo componente 7b, que é total ou parcialmente rosqueada. De fato, esta parede do orifício de passagem 19 pode compreender pelo menos uma rosca 42a, 42b, mais especificamente em uma primeira variante do elemento de suporte 2f, essa parede compreende uma única rosca 42a definida em uma parte inferior 39a do segundo componente 7b e em uma segunda variante deste suporte 2g, a parede compreende duas roscas 42a, 42b, respectivamente dispostas na parte inferior 39a e na parte superior 39b deste segundo componente 7b. Nessas duas variantes do suporte destacável 2f, 2g, a parte restante 42c desta parede do orifício de passagem 19 não está rosqueada. Esse elemento de travamento 20a, 20b é projetado para ser inserido no conjunto 1a para restauração dentária passando pelo orifício de passagem 19 do suporte destacável 2f, 2g e na abertura de passagem 11 do elemento de cicatrização 10, a fim de ativar o aletas flexíveis do primeiro componente de clipagem, para que elas se movam da posição de repouso para a posição restrita. Por estar na posição restrita, uma parte maior dessas aletas é então disposta no recesso definido na parede da abertura de passagem 11 causando o conjunto do suporte destacável 2f, 2g se trancar com o elemento de cicatrização 10, e até com o conjunto de cicatrização formado pelo implante 60 e o elemento de cicatrização 10. Dentro deste contexto, apenas a remoção deste elemento de travamento 20a, do orifício de passagem 19 e da abertura de passagem 11 permite, assim, autorizar o desengate parcial das aletas do dito recesso. Deve-se notar que o elemento de travamento 20a é inserido no orifício de passagem 19 até sua segunda extremidade, que também passa pela abertura de passagem 11 do elemento de cicatrização 10, é disposta em um alojamento definido na cabeça do parafuso 41 do parafuso 40 que conecta mecanicamente o elemento de cicatrização 10 ao implante 60. Assim, no caso de tal disposição do elemento de travamento 20a no conjunto 1f para restauração dentária, o corpo desse elemento de travamento 20a é então incluído entre as aletas flexíveis que são mantidas na posição restrita. Deve-se notar que quando este elemento de travamento 20a corresponde ao parafuso mostrado nas figuras 1H, 6C, 6F, 6K a 6M, sua primeira extremidade é incluída no orifício de passagem 19 e sua segunda extremidade está localizada na abertura de passagem 11 do elemento de cicatrização 10, em particular no alojamento definido na cabeça do parafuso 41 do parafuso 40 que conecta mecanicamente o elemento de cicatrização 10 ao implante 60. Deve-se notar que o orifício de passagem 19 compreende uma superfície de apoio cônica que se destina a engatar com uma superfície de apoio cônica de forma correspondente da cabeça do parafuso, a fim de formar uma interface vedada. A superfície de apoio cônica 33 e a cabeça do parafuso 41 cumprem, ainda, uma função de um cone de vedação.

[0069] Com referência à figura 6K, deve-se notar que a disposição da cabeça do parafuso que forma este elemento de travamento 20a na parte não rosqueada 42c da parede do orifício de passagem 19 da segunda variante do suporte destacável 2g corresponde a um conjunto "cativo" do parafuso, que permite evitar equivocadamente a separação do suporte destacável 2g do parafuso que está associado ao mesmo, por exemplo, este conjunto garante que a queda do parafuso durante a manipulação do suporte destacável 2g seja evitada.

[0070] Além disso, o suporte destacável 2a a 2g dessas modalidades compreende o eixo longitudinal A1, que se estende por todo o seu comprimento e que é coincidente com os eixos de rotação A2, A3, A4 do primeiro e do segundo componentes 7a, 7b da parte de recepção 4 e da parte de conexão 5. Este eixo A1 do suporte destacável 2a a 2g também é coincidente com o eixo L do implante 60 e o eixo 18 do elemento de cicatrização 10.

[0071] Nestas modalidades, o suporte destacável 2a a 2g pode ser produzido a partir de material plástico, compatível com um uso médico. Em particular, esse suporte 2a a 2g pode ser produzido a partir de um material polimérico, principalmente com base em um material como "PEEK", "PMMA" ou mesmo "POM", a fim de facilitar quaisquer alterações e a adesão da prótese de coroa 25, 25' na parte de recepção 4. Por meio de uma variante, pode ser feito de metal, por exemplo, titânio, ou pode ser feito de cerâmica. O suporte destacável 2a a 2g pode ser produzido por usinagem e/ou moldagem e/ou adição de material, em outras palavras, por impressão 3D.

[0072] Da mesma forma, o elemento de travamento 20a, 20b também pode ser produzido a partir de material polimérico, como material "PEEK" ou mesmo de metal, por exemplo, titânio.

[0073] Assim, a invenção oferece a possibilidade de produzir uma prótese de coroa temporária na cavidade bucal de um paciente no tempo necessário para concluir uma restauração dentária compreendendo um implante e, em particular, no tempo necessário para a cicatrização associado à implementação de tal restauração e o faz a partir do suporte 2a a 2g, que pode ser montado de forma destacável no elemento de cicatrização a partir de um mecanismo de fixação por parafuso ou por clipagem que é relativamente simples de implementar, permitindo todas as operações relacionadas à produção de prótese de coroa temporária e/ou definitiva próteses a serem facilitadas. De fato, o suporte 2a a 2g pode ser facilmente removido da cavidade bucal do paciente para que operações de alteração ou mesmo polimento da prótese de coroa e/ou desse suporte 2a a 2g possam ser realizadas, ou mesmo para que outras operações relacionadas à produção de próteses de coroa definitivas, como causar uma impressão, pode ser realizada. Deve-se notar que essa natureza destacável apenas permite a remoção do suporte, com o elemento de cicatrização ainda permanecendo no interior da boca, fixado em um implante. A conexão entre o suporte e o elemento de cicatrização pode ser diferente. No entanto, o elemento de cicatrização compreende, preferencialmente, uma parte de conexão fêmea (particularmente dentro da sua abertura 11), e o suporte compreende uma parte de conexão macho correspondente. De fato, uma parte de conexão macho no elemento de cicatrização formaria uma superfície de extremidade inadequada para permanecer sozinha na boca. Deve-se notar também que em todas essas modalidades parece naturalmente que o suporte é separado do elemento de cicatrização. Além disso, ele pode ser fixado diretamente nesse elemento de cicatrização.

[0074] Além disso, esse suporte 2a a 2g, bem como uma prótese de coroa suportada 25, 25', ao ser arranjada na mandíbula de um paciente, ajuda a manter os dentes adjacentes em posição, agindo como uma cinta entre esses dentes, em para impedir a convergência, principalmente durante a fase de osseointegração do implante. Deve-se notar que, no caso de o suporte ser fixado por um elemento de travamento 20a, como um parafuso, a prótese 25, 25' possui vantajosamente uma abertura para acessar esse elemento de travamento.

[0075] Vantajosamente, esse suporte destacável 2a a 2g permite evitar qualquer dano na superfície emergente do elemento de cicatrização e o faz, ao mesmo tempo em que produz uma prótese de coroa. É particularmente vantajoso, pois permite que a última fase da restauração dentária seja implementada, compreendendo uma etapa de identificação automática da geometria das peças de restauração a serem formadas por meio da forma da superfície emergente do elemento de cicatrização, a natureza assimétrica dos quais permite que as informações sejam deduzidas automaticamente a partir delas, relacionadas ao seu posicionamento e indiretamente ao posicionamento e à orientação do implante.

[0076] Além disso, o suporte destacável 2a a 2g permite que a ligação epitelial dos tecidos moles seja preservada na parte transmucosa do elemento de cicatrização 10, que de outra forma seria danificada por outros métodos implementados no estado da técnica para produzir uma prótese de coroa dentro do contexto de restauração dentária implementando um implante.

[0077] Deve-se notar que o conjunto formado por um elemento de cicatrização 10, um suporte e uma prótese de coroa fixados neste suporte também podem ser vantajosamente utilizados para fixar uma prótese definitiva.

[0078] A invenção não está limitada às modalidades descritas e inclui, por exemplo, combinações de componentes das modalidades descritas anteriormente.

[0079] A invenção também se refere a um sistema de restauração que implementa o método de restauração acima mencionado. Este sistema compreende um conjunto para restauração dentária, conforme descrito anteriormente, um elemento para causar uma impressão, em particular uma impressão digital usando um scanner, e pelo menos um computador que utiliza as imagens originadas de uma impressão para reconhecimento automático, com base da forma anatômica do conjunto de cicatrização ou, como uma variante, pelo reconhecimento de marcadores, do tipo de elemento de cicatrização e indiretamente do espaço cicatrizado e da posição do implante. Deve-se notar que este sistema utiliza o conjunto de restauração em uma segunda configuração, na qual uma prótese opcional montada em um suporte destacável é removida: o espaço bucal com o único conjunto de cicatrização é digitalizado.

Claims

1. Conjunto (1a, 1b, 1c, 1d, 1e, 1f) para a restauração dentária compreendendo um elemento de cicatrização (10) capaz de ser conectado a um implante dentário (60), compreendendo uma superfície lateral (13) destinada a ser integrada dentro de uma gengiva para o propósito de moldar a gengiva durante sua cicatrização, e uma superfície de extremidade (14), que forma juntamente com uma parte da dita superfície lateral (13) uma superfície emergente, destinada a ficar do lado de fora da gengiva e é assimétrica com relação a pelo menos um plano mediano perpendicular, caracterizado pelo fato de que o dito conjunto (1a, 1b, 1c, 1d, 1e, 1f) para a restauração dentária compreende um suporte de prótese destacável (2a, 2b, 2c, 2d, 2e, 2f, 2g), compreendendo uma parte de recepção (4) de uma prótese de coroa (25, 25’) e uma parte de conexão (5) capaz de engatar com uma zona de conexão compatível (6) definida em uma abertura de passagem (11) provida no dito elemento de cicatrização (10), em que o elemento de cicatrização (10) pode assumir uma primeira configuração, na qual está conectado a um suporte de prótese destacável (2a, 2b, 2c, 2d, 2e, 2f, 2g), e uma segunda configuração, na qual ele está fixado por si mesmo a um implante por um parafuso (40), sem um suporte de prótese destacável (2a, 2b, 2c, 2d, 2e, 2f, 2g).

2. Conjunto (1a, 1b, 1c, 1d, 1e, 1f), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que na segunda configuração, a cabeça (41) do parafuso (40) está embutida no elemento de cicatrização e não excede a face da extremidade (14) do elemento de cicatrização (10).

3. Conjunto (1a, 1b, 1c, 1d, 1e, 1f), de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que partes da superfície emergente do elemento de cicatrização (10) que são destinadas, respectivamente, para serem posicionadas em direção ao interior e para o exterior da boca têm uma forma diferente.

4. Conjunto (1a, 1b, 1c, 1d, 1e, 1f), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que uma seção transversal da superfície lateral (13) do elemento de cicatrização (10) ou uma projeção sobre um plano paralelo da superfície emergente do elemento de cicatrização (10) tem: - um formato substancialmente trapezoidal ou um formato substancialmente poligonal, ou triangular, ou quadrada, ou retangular, ou ovoide, ou um formato substancialmente poligonal com cantos arredondados; e/ou - uma parte destinada a ser posicionada em direção ao exterior da boca que é maior do que uma parte para ser posicionada em relação ao interior.

5. Conjunto (1a, 1b, 1c, 1d, 1e, 1f), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a superfície de extremidade (14) e/ou a superfície emergente do elemento de cicatrização (10) tem: - uma superfície não plana curvada; e/ou - uma superfície convexa; e/ou - uma superfície lisa, ou definida pelo fato de que a superfície de extremidade (14) e/ou a superfície emergente do elemento de cicatrização (10) completada por uma cabeça (41) de parafuso (40) quando o elemento de cicatrização (10) está fixado sozinho por um parafuso (40), tem uma superfície contínua sem porções elevadas e/ou sem uma parte oca, e/ou sem um recesso, e/ou sem uma saliência, e/ou sem aspereza e/ou é convexa.

6. Conjunto (1a, 1b, 1c, 1d, 1e, 1f), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que a superfície emergente do elemento de cicatrização tem um formato tridimensional identificável, permitindo automaticamente seu reconhecimento, seu posicionamento e/ou sua orientação e indiretamente o posicionamento e a orientação do implante, sem um marcador.

7. Conjunto (1a, 1b, 1c, 1d, 1e, 1f), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que a parte de conexão (5) do suporte destacável compreende, em uma extremidade livre, um elemento de fixação (8), tal que um primeiro componente de clipagem ou uma parte rosqueada, que é suscetível de engatar com a dita zona de conexão (6) do elemento de cicatrização (10) a fim de estabelecer uma conexão mecânica.

8. Conjunto (1a, 1b, 1c, 1d, 1e, 1f), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que a zona de conexão (6) do elemento de cicatrização (10) compreende: - um segundo componente de clipagem, notadamente um recesso, definido em uma parede da abertura de passagem (11), que é projetada para engatar com um primeiro componente de clipagem, ou - uma parte rosqueada definida em uma parede da abertura de passagem (11) que é projetada para engatar com uma parte rosqueada do elemento de fixação (8) da parte de conexão (5).

9. Conjunto (1a, 1b, 1c, 1d), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que a parte de recepção (4) do suporte destacável (2a, 2b, 2c, 2d) compreende um primeiro componente (7a) provido com uma face interior (9a) capaz de cobrir toda ou parte da superfície emergente do elemento de cicatrização (10) e um segundo componente (7b) projetando-se a partir de uma face externa (9b) do primeiro componente (7a).

10. Conjunto (1a, 1b, 1c, 1d), de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que a parte de conexão (5) se projeta da face interior (9a) do primeiro componente (7a).

11. Conjunto (1a, 1b, 1c, 1d), de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que a face interior (9a) compreende uma cavidade (26) definida ao redor da parte de conexão (5), tendo um formato compatível com toda ou parte da superfície emergente do elemento de cicatrização (10) com a qual ela está suscetível de entrar em contato.

12. Conjunto (1e, 1f), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que a parte de recepção (4) do suporte destacável (2e, 2f, 2g) compreende um primeiro componente (7a) conectando o segundo componente (7b) desta parte de recepção (4) com a parte de conexão (5).

13. Conjunto (1e, 1f), de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que o primeiro componente (7a) é provido com uma porção troncônica engatando com uma superfície de apoio cônica do elemento de cicatrização (10) de modo a vedar uma interface entre o elemento de cicatrização e o suporte destacável (2e, 2f, 2g) e a reduzir todo jogo de translação entre o elemento de cicatrização e o suporte destacável (2e, 2f, 2g).

14. Conjunto (1e, 1f), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, 12 e 13, caracterizado pelo fato de que a parte de conexão (5) é provida de um elemento anti-rotacional (16) para segurar apropriadamente o suporte destacável (2e, 2f, 2g) no elemento de cicatrização (10).

15. Conjunto (1a, 1f), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado pelo fato de que o suporte destacável (2a, 2f, 2g) compreende um orifício de passagem (19) se estendendo longitudinalmente de uma extremidade à outra do suporte destacável (2a, 2f, 2g).

16. Conjunto (1a, 1f), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 15, caracterizado pelo fato de que compreende um elemento de travamento (20a, 20b), do qual uma primeira extremidade compreende uma parte rosqueada que é capaz de engatar com a parte de recepção (4) do suporte destacável (2a, 2f, 2g), notadamente com uma parede de um orifício de passagem (19) definida em um segundo componente (7b) da parte de recepção (4) que está completamente ou parcialmente rosqueada.

17. Conjunto (1a, 1f), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 16, caracterizado pelo fato de que compreende um elemento de travamento (20a, 20b), do qual uma segunda extremidade é capaz de engatar com a parte de conexão (5) do suporte destacável (2a, 2f, 2g), notadamente com um primeiro componente de clipagem.

18. Conjunto (1a, 1b, 1e, 1f), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 17, caracterizado pelo fato de que um segundo componente (7b) da parte de recepção (4) do suporte destacável compreende uma superfície exterior compreendendo uma pluralidade de elementos (24) para a retenção de um elemento para a ligação de uma prótese de coroa (25, 25’) sobre esta superfície, notadamente adesiva.

19. Conjunto (1a, 1b, 1e, 1f), de acordo com a reivindicação 18, caracterizado pelo fato de que cada elemento de retenção (24) é um marcador provendo uma informação relacionada a uma altura máxima de alteração de uma prótese de coroa (25, 25’).

20. Conjunto (1a, 1b, 1c, 1d, 1e, 1f), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 19, caracterizado pelo fato de que o suporte destacável (2a, 2b, 2c, 2d, 2e, 2f, 2g) é fabricado a partir de um material polímero, notadamente a partir de um material “PEEK”, “PMMA” ou mesmo “POM”.

21. Conjunto (1a, 1b, 1c, 1d, 1e, 1f), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 20, caracterizado pelo fato de que o suporte destacável (2a, 2b, 2c, 2d, 2e, 2f, 2g) é fabricado segundo um processo de usinagem e/ou moldagem e/ou adição de material.

22. Conjunto (1a, 1b, 1c, 1d, 1e, 1f), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 21, caracterizado pelo fato de que um eixo longitudinal (A1) do suporte destacável (2a, 2b, 2c, 2d, 2e, 2f, 2g) se estendendo por todo seu comprimento coincide com eixos de rotação (A2, A3, A4) do primeiro e segundo componentes (7a, 7b) da parte de recepção (4) e da parte de conexão (5).

23. Conjunto (1a, 1b, 1c, 1d, 1e, 1f), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 22, caracterizado pelo fato de que o suporte destacável (2a, 2b, 2c, 2d, 2e, 2f, 2g) compreende um eixo longitudinal (A1) se estendendo por todo seu comprimento que é capaz de ser alinhado com um eixo (18) do elemento de cicatrização (10).

24. Conjunto (1a, 1d, 1e, 1f), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 23, caracterizado pelo fato de que o suporte destacável é uma peça monobloco (2a, 2b, 2e, 2f, 2g) e/ou em que o elemento de cicatrização (10) é uma peça monobloco.

25. Sistema para a restauração dentária, caracterizado pelo fato de que compreende um conjunto para a restauração dentária, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 24, um elemento para tirar uma impressão digital, notadamente um scanner, e pelo menos um computador que usa as imagens provenientes da impressão digital para o reconhecimento automático, com base no formato anatômico do conjunto de cicatrização e/ou pelo reconhecimento de pelo menos um marcador, do tipo de elemento de cicatrização que é utilizado, o dito sistema usando o conjunto de restauração na segunda configuração, na qual apenas o conjunto de cicatrização é digitalizada no espaço bucal.