BR112019020454B1 - Uso de lipídeo, proteína e carboidratos digeríveis - Google Patents

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Abstract

fórmula que compreende uma mistura de gorduras vegetais e gordura do leite para promover comportamento alimentar aprimorado em lactentes.

Description

Campo da Invenção
[001] A invenção refere-se a nutrição de lactentes, em particular, fórmula infantil.
Antecedentes da Invenção
[002] O leite humano é o padrão-ouro incontestável em relação à nutrição infantil. No entanto, em alguns casos, a amamentação é inadequada ou malsucedida por razões médicas ou por causa de uma escolha de não amamentar. Para essas situações foram desenvolvidas fórmulas infantis ou de seguimento. Fórmulas infantis comerciais são hoje comumente usadas para fornecer a única fonte de nutrição ou suplementar no início da vida. Estas fórmulas compreendem uma série de nutrientes para atender às necessidades nutricionais do lactente em crescimento, e tipicamente incluem gordura, carboidrato, proteína, vitaminas, minerais, e outros nutrientes úteis para o crescimento e desenvolvimento ideal do lactente. Fórmulas infantis comerciais são projetadas para imitar, o mais próximo possível, a composição e função do leite humano.
[003] Na técnica foi indicado que a curva de crescimento dos lactentes alimentados com fórmula infantil comercial difere da curva de crescimento de lactentes amamentados. Tipicamente uma fórmula infantil tem um efeito de aceleração do crescimento (isto é, peso) no primeiro ano de vida. Li et al, 2010, Pediatrics 125:e1386-e1393 divulga que lactentes que são alimentados com mamadeira na primeira infância têm maior probabilidade de esvaziar a mamadeira ou copo na segunda infância do que aqueles que são alimentados diretamente no peito. A alimentação por mamadeira, independentemente do tipo de leite, é diferente da amamentação no peito em seus efeitos sobre a autorregulação do consumo de leite.
[004] No documento WO 2010/070613 é divulgado que um menor ganho de peso na primeira semana de vida foi observado ao usar uma fórmula com um teor calórico muito baixo e baixo teor de proteínas com base no volume. A ingestão em volume das fórmulas não foi afetada.
[005] Koletzko et al, 2009, Am J Clin Nutr 89:1836-1845 divulgam que usando uma fórmula infantil e de seguimento com um teor de proteína de 1,77 e 2,1 g/100 kcal resultou em menor ingestão de proteínas, uma ingestão um pouco maior de energia, do que no grupo de lactentes consumindo fórmula infantil ou de seguimento com alta concentração de proteína de 2,9 e 4,4 g/100 kcal.
[006] O documento WO 2011/108934 refere-se a um método para programar a manipulação da gordura pós-prandial em um lactente por uma composição nutricional que compreende glóbulos lipídicos revestidos com fosfolipídeos.
[007] O documento WO 2013/036123 refere-se à nutrição infantil compreendendo glóbulos lipídicos com um revestimento que compreende fosfolipídeos. Esta nutrição infantil tem efeitos de programação sobre o corpo e resulta em uma sensibilidade aumentada à leptina mais tarde na vida e, assim, afeta a (auto) regulação da ingestão de alimentos mais tarde na vida.
[008] A patente US 2014/0162223 fornece métodos para prevenir e/ou reduzir a obesidade na primeira infância, que pode ajudar a incutir precocemente hábitos alimentares saudáveis e preferências para alimentos nutritivos para lactentes e crianças de primeira infância, promover uma trajetória apropriada de crescimento inicial, e um status de peso em longo prazo que seja consistente com as recomendações de política pública e associado com saúde em longo prazo.
Descrição Resumida da Invenção
[009] Um estudo de eficácia sobre o crescimento e segurança de uma fórmula infantil experimental durante 3 a 4 de intervenção foi realizado em recém- nascidos a termo saudáveis, em comparação a uma fórmula padrão e uma referência de aleitamento materno. Em um ensaio clínico randomizado, controlado, multicêntrico, duplo-cego, prospectivo, os lactentes foram cadastrados e atribuídos para receber uma das duas fórmulas até 17 semanas de idade: 1) uma fórmula infantil experimental compreendendo um componente lipídico sob a forma de uma mistura de gorduras vegetais e gordura do leite bovino, ou 2) uma fórmula infantil de controle compreendendo um componente lipídico principalmente sob a forma de gordura vegetal. A composição das fórmulas foi similar em energia e composição de macronutrientes.
[010] Os resultados do questionário de comportamento alimentar do bebê (BEBQ), obtidos no final do período de intervenção em 17 semanas de idade (4 meses), mostraram que a fórmula infantil experimental teve efeitos sobre o comportamento alimentar na direção de comportamento alimentar mais saudável. Um aprimoramento foi observado para todas as cinco escalas. Em particular, em comparação ao grupo de controle, o grupo experimental teve escores significativamente menores para responsividade ao alimento e apetite geral
Descrição Detalhada da Invenção
[011] A presente invenção refere-se a um método para promover o comportamento alimentar aprimorado em um lactente, o dito método compreendendo alimentar o dito lactente com uma fórmula infantil ou fórmula de seguimento que compreende lipídeo, proteína e carboidratos digeríveis, e em que o lipídeo compreende i) 30 a 90%, em peso, de lipídeo vegetal baseado no lipídeo total, e ii) 10 a 70%, em peso, com base no lipídeo total, de lipídeo de leite de mamífero derivado a partir do grupo que consiste em manteiga, gordura butírica de manteiga (butter fat), óleo butírico de manteiga (butter oil) e gordura anidra de leite.
[012] O presente método também pode ser citado como um método não medicinal para promover o comportamento alimentar aprimorado.
[013] Para algumas jurisdições, a invenção também pode ser redigida como o uso de lipídeo, proteína e carboidratos digeríveis, em que o lipídeo compreende i) 30 a 90%, em peso, de gordura vegetal com base no lipídeo total, e ii) 10 a 70%, em peso, com base no lipídeo total, de lipídeo de leite de mamífero derivado a partir do grupo que consiste em manteiga, gordura butírica de manteiga, óleo butírico de manteiga e gordura anidra de leite, na fabricação de uma fórmula infantil ou fórmula de seguimento para promover o comportamento alimentar aprimorado em um lactente, e em que a fórmula infantil ou fórmula de seguimento não é leite humano.
[014] Para algumas jurisdições, a invenção também pode ser redigida como fórmula infantil ou fórmula de seguimento que compreende lipídeo, proteína e carboidratos digeríveis, em que o lipídeo compreende i) 30 a 90%, em peso, de gordura vegetal com base no lipídeo total, e ii) 10 a 70%, em peso, com base no lipídeo total, de lipídeo de leite de mamífero derivado a partir do grupo que consiste em manteiga, gordura butírica de manteiga, óleo butírico de manteiga e gordura anidra de leite, para uso na promoção do comportamento alimentar aprimorado em um lactente, e em que a fórmula infantil ou fórmula de seguimento não é leite humano.
[015] No contexto da presente invenção “promover o comportamento alimentar aprimorado” é comparado ao comportamento alimentar em lactentes alimentados com fórmula infantil ou fórmula de seguimento que compreende gordura vegetal que está presente sob a forma de glóbulos lipídicos com um diâmetro modal, com base no volume, de cerca de 0,5 μm, mas que não compreende lipídeo de leite de mamífero derivado a partir do grupo que consiste em manteiga, gordura butírica de manteiga, óleo butírico de manteiga e gordura anidra de leite.
Comportamento Alimentar do Bebê
[016] O Questionário de Comportamento Alimentar do Bebê (BEBQ) (Llewellyn et al., 2011, Appetite, 57:388-96) é uma ferramenta amplamente validada que demonstrou ser capaz de avaliar o comportamento alimentar em crianças durante o período de aleitamento. Alternativamente, o comportamento alimentar pode ser redigido como padrão de comportamento de consumo de energia. O BEBQ gera escores nas 5 escalas a seguir: 4 das quais são características distintas de alimentação, responsividade ao alimento, prazer pelo alimento, responsividade à saciedade, lentidão em se alimentar e um escore de apetite geral. “Prazer pelo alimento” (4 perguntas) refere-se à percepção do lactente em gostar de leite e da alimentação em geral, “responsividade ao alimento” (6 perguntas) refere-se ao nível de responsividade do lactente para sugestões externas de leite e alimentação, “lentidão em se alimentar” (4 perguntas) mede a velocidade com a qual um lactente tipicamente se alimenta, e “saciedade” (3 perguntas) avalia quão facilmente o lactente fica saciado durante uma alimentação, em outras palavras, responde aos sinais internos de saciedade. A correlação entre responsividade ao alimento e resposta à saciedade é baixa com uma variância compartilhada de cerca 4% (consulte Llewellyn et al., 2011, Appetite, 57:388-96 Tabela 5 que mostra um coeficiente de correlação de -0,21). O item “Meu bebê tem um grande apetite” se correlaciona com todas as escalas, e pode ser usado como um item isolado para medir o apetite global. Uma diminuição do prazer pelo alimento, uma diminuição da responsividade ao alimento, uma resposta aumentada à saciedade, uma lentidão aumentada em se alimentar e um apetite diminuído são, em geral, considerados benéficos para o lactente e têm um impacto na saúde (Jaarsveld et al 2014, JAMA Pediatr 168:345-350; Mallan et al, 2014, Appetite 82: 43-49).
[017] No método ou uso de acordo com a presente invenção, uma fórmula infantil ou fórmula de seguimento é administrada a um lactente ou é usada para um lactente. No contexto da presente invenção, um lactente tem uma idade até 12 meses. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento é administrada ou é usada em um lactente a termo. Um lactente a termo significa um lactente nascido com idade gestacional de >37 a <42 semanas. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento é administrada ou é usada em um bebê saudável. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento é usada pelo menos durante os primeiros 2 meses de vida, preferencialmente, pelo menos durante os primeiros 3 meses de vida do lactente, mais preferencialmente, pelo menos durante os primeiros 4 meses de vida do lactente. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento é administrada a um lactente com idade abaixo de 6 meses, mais preferencialmente abaixo de 4 meses de idade.
[018] Em uma realização, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento é de benefício particular para lactentes que são expostos a um ambiente obesogênico ou que são expostos a uma dieta tipo ocidental mais tarde na vida. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento no método ou uso de acordo com a presente invenção é administrada a lactentes que são expostos ou criados em um ambiente obesogênico. O termo ambiente obesogênico refere-se a um ambiente que promove o ganho de peso e a um ambiente que não é propício à perda de peso dentro de casa ou no local de trabalho (Swinburn, et al., 1999, Prev Med 29:563-570). Em outras palavras, o ambiente obesogênico refere-se a um ambiente que promove, induz, ajuda ou contribui para a obesidade. Fatores que contribuem são urbanização, frequentemente acompanhada por uma redução na atividade física e fácil acesso aos alimentos. Em uma realização, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento é de benefício particular para lactentes que são expostos a um ambiente em que a dieta média é uma dieta de estilo ocidental que é rica em gordura e é rica em ácidos graxos saturados, com a gordura fornecendo mais de 35% das calorias totais da dieta, e com os ácidos graxos saturados fornecendo mais de 10% das calorias totais da dieta, mais particularmente, uma dieta de estilo ocidental que é caracterizada por compreender gordura fornecendo entre 35 e 45% das calorias totais da dieta e compreendendo ácidos graxos saturados fornecendo entre 10 e 20% das calorias totais da dieta.
[019] Em uma realização, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento é de benefício particular para bebês mais famintos. Fórmula infantil e de seguimento para bebês mais famintos estão no mercado, por exemplo, Aptamil 2 Hungry, leite infantil Cow&Gate 2 para bebês mais famintos, leite infantil SMA white extra hungry, e tipicamente foram modificadas para conter uma proporção maior de caseína do que presente no leite materno ou fórmula infantil padrão ou de seguimento. A caseína leva mais tempo para digerir, assim o bebê fica satisfeito por mais tempo. Estes leites são adequados para os bebês a termo maiores e para o bebê “faminto”, até um ano de idade. Estes leites também são às vezes usados para retardar o desmame em crianças de 4 a 6 meses de idade. Em uma realização preferencial, a fórmula é uma fórmula para lactentes ou fórmula de seguimento para bebês mais famintos ou um leite infantil para bebês famintos.
[020] Em uma realização preferencial, o comportamento alimentar aprimorado é selecionado a partir do grupo que consiste em uma lentidão aumentada em se alimentar, uma responsividade aumentada à saciedade, uma responsividade diminuída ao alimento, um ótimo prazer pelo alimento e um ótimo apetite, mais preferencialmente uma responsividade diminuída ao alimento e um apetite geral diminuído, preferencialmente em comparação à taxa de alimentação, responsividade à saciedade, responsividade ao alimento, nível de prazer pelo alimento e/ou nível de apetite em lactentes alimentados com fórmula infantil ou fórmula de seguimento que não compreende a mistura de gorduras vegetais e gordura do leite bovino, preferencialmente em comparação ao comportamento alimentar em lactentes alimentados com fórmula infantil ou fórmula de seguimento que compreende gordura vegetal presente sob a forma de glóbulos de lipídeos com um diâmetro modal, com base no volume, de cerca de 0,5 μm, mas que não compreende lipídeo de leite de mamífero derivado a partir do grupo que consiste em manteiga, gordura butírica de manteiga, óleo butírico de manteiga e gordura anidra de leite.
[021] No contexto da presente invenção, o comportamento alimentar é determinado com o uso Questionário de Comportamento Alimentar do Bebê (BEBQ). Mais em particular, no contexto da presente invenção cada uma dentre taxa de alimentação, responsividade à saciedade, responsividade ao alimento, nível de prazer pelo alimento, e nível de apetite é determinado com o uso do Questionário de Comportamento Alimentar do Bebê (BEBQ).
Lipídeo Vegetal
[022] A fórmula infantil ou fórmula de seguimento que deve ser administrada de acordo com o presente método ou uso compreende lipídeo. Lipídeo na presente invenção compreende um ou mais selecionados a partir do grupo que consiste em triglicerídeos, lipídeos polares (como fosfolipídeos, colesterol, glicolipídeos, esfingomielina), ácidos graxos livres, monoglicerídeos e diglicerídeos.
[023] Os lipídeos preferencialmente fornecem 30 a 60% das calorias totais da fórmula infantil ou fórmula de seguimento. Mais preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende lipídeos que fornecem 35 a 55% das calorias totais, até mais preferencialmente a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende lipídeos que fornecem 40 a 50% das calorias totais. Os lipídeos estão preferencialmente presentes em uma quantidade de 4 a 6 g por 100 kcal. Quando na forma líquida, por exemplo, como um líquido pronto para alimentação, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende 2,1 a 6,5 g de lipídeos por 100 mL, mais preferencialmente 3,0 a 4,0 g por 100 mL. Com base no peso seco, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende 10 a 50%, em peso, mais preferencialmente 12,5 a 40%, em peso, de lipídeos, até mais preferencialmente 19 a 30%, em peso, de lipídeos.
[024] O lipídeo que deve ser administrado de acordo com o presente método ou uso compreende lipídeos vegetais. A presença de lipídeos vegetais permite vantajosamente um ótimo perfil de ácido graxo, alto em ácidos graxos poli-insaturados e/ou mais reminiscente à gordura do leite humano. Lipídeos de leite de vaca isoladamente, ou outros mamíferos domésticos, não fornecem um ótimo perfil de ácido graxo. A quantidade de ácidos graxos essenciais é muito baixa. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende pelo menos uma, preferencialmente pelo menos duas fontes de lipídeo selecionadas a partir do grupo que consiste em óleo de semente de linho (óleo de linhaça), óleo de semente de colza (como óleo de colza, óleo de semente de colza com baixo teor de ácido erúcico e óleo de canola), óleo de girassol, óleo de girassol com alto teor oleico, óleo de cártamo, óleo de cártamo com alto teor oleico, azeite de oliva, óleo de coco, óleo de palma e óleo de palmiste. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende 5 a 95%, em peso, de lipídeos vegetais com base nos lipídeos totais, mais preferencialmente 5 a 90%, em peso, mais preferencialmente, 20 a 80%, em peso, até mais preferencialmente, 25 a 75%, em peso, com a máxima preferência 40 a 60%, em peso. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende 30 a 90%, em peso, de lipídeos vegetais com base nos lipídeos totais, mais preferencialmente 35 a 80%, em peso, mais preferencialmente, 35 a 75%, em peso, até mais preferencialmente, 40 a 70%, em peso, com a máxima preferência 40 a 60%, em peso. Nota-se, portanto, que a fórmula infantil ou fórmula de seguimento também pode compreender lipídeos não vegetais. Lipídeos não vegetais podem incluir gordura do leite, lipídeos derivados do leite como uma fonte preferencial de fosfolipídeos, e óleo de peixe, óleos marinhos e/ou microbianos como fonte de LC-PUFA.
Lipídeo de Leite de Mamífero
[025] O lipídeo que será administrado de acordo com o presente método ou uso compreende lipídeos de leite de mamífero, preferencialmente leite de ruminantes, preferencialmente leite de vaca, leite de cabra, leite de ovelha, leite de búfala, leite de iaque, leite de rena e leite de camela, com a máxima preferência leite de vaca. Preferencialmente, o leite de mamíferos é leite não humano. Preferencialmente, o leite de mamífero compreende pelo menos 70%, em peso, de triglicerídeos, mais preferencialmente, pelo menos 90%, em peso, até mais preferencialmente pelo menos 97%, em peso, de triglicerídeos, em peso, do leite de mamífero.
[026] O lipídeo de leite de mamífero é derivado a partir do grupo que consiste em manteiga, gordura butírica de manteiga, óleo butírico de manteiga e gordura anidra de leite, mais preferencialmente gordura anidra de leite e óleo butírico de manteiga. A gordura do leite no presente contexto refere-se a todos os componentes lipídicos do leite, como produzidos pelos mamíferos, como de vaca, e encontram-se no leite comercial e produtos derivados do leite. Manteiga na presente invenção é uma emulsão de água em óleo compreendida por mais de 80%, em peso, de gordura do leite. Gordura butírica na presente invenção refere-se a todos os componentes de gordura no leite que são separáveis por agitação, em outras palavras, presentes na manteiga. Gordura anidra de leite (AMF) é um termo conhecido na técnica e refere-se a gordura extraída do leite. Tipicamente AMF compreende mais de 99%, em peso, de lipídeo com base no peso total. Pode ser preparada extraindo gordura do leite a partir de creme de leite ou manteiga. Óleo anidro de manteiga na presente invenção é sinônimo de AMF. Óleo butírico de manteiga (butter oil) também é um termo conhecido na técnica. Tipicamente se refere a um extrato lipídico de leite com mais de 98%, em peso, de lipídeos e tipicamente é um precursor no processo de preparação de gordura anidra de leite ou óleo anidro de manteiga).
[027] A fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende 10 a 70%, em peso, de lipídeos de leite com base nos lipídeos totais, mais preferencialmente 15 a 60%, em peso, até mais preferencialmente 25 a 50%, em peso, com base nos lipídeos totais. Estes lipídeos de leite são selecionados a partir do grupo que consiste em manteiga, gordura butírica de manteiga, óleo butírico de manteiga e gordura anidra de leite.
[028] Essas fontes de lipídeo de gordura do leite são ricas em níveis de triglicerídeos. Além disso, estas fontes de lipídeos estão sob a forma de uma fase gorda contínua ou uma forma de emulsão água em óleo. Usar estas fontes de lipídeo de leite na fórmula infantil ou fórmula de seguimento de acordo com o método ou uso da presente invenção permite a formação de glóbulos lipídicos, em que cada glóbulo compreende uma mistura de gordura vegetal e gordura do leite. Quando são usadas fontes de gordura do leite, que são uma emulsão de óleo em água, glóbulos lipídicos sendo compostos tanto de gordura do leite como compostos de gordura vegetal serão gerados, que acredita-se que sejam menos efetivos.
[029] Preferencialmente, a razão de lipídeo vegetal para lipídeo do leite varia de 3/7 a 9/1.
Composição de Ácidos Graxos
[030] No presente pedido, LA refere-se a ácido linoleico e/ou cadeia de acila (18:2 n6); ALA refere-se a ácido alfa-linolênico e/ou cadeia de acila (18:3 n3); SFA refere-se ácidos graxos saturados e/ou cadeias de acila, MUFA refere- se a ácidos graxos monoinsaturados e/ou cadeias de acila, PUFA refere-se a ácidos graxos poli-insaturados e/ou cadeias de acila com 2 ou mais ligações insaturadas; LC-PUFA refere-se a ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa e/ou cadeias de acila que compreendem pelo menos 20 átomos de carbono na cadeia de acila graxa e com 2 ou mais ligações insaturadas; DHA refere-se a ácido docosahexaenoico e/ou cadeia de acila (22:6, n3); EPA refere- se a ácido eicosapentaenoico e/ou cadeia de acila (20:5 n3); ARA refere-se a ácido araquidônico e/ou cadeia de acila (20:4 n6); DPA refere-se a ácido docosapentaenoico e/ou cadeia de acila (22:5 n3). PA refere-se a ácido palmítico e/ou cadeias de acila (C16:0). Ácidos graxos de cadeia média (MCFA) referem- se a ácidos graxos e/ou cadeias de acila com um comprimento de cadeia de 6, 8 ou 10 átomos de carbono. PUFA n3 ou ômega 3 refere-se a ácidos graxos poli- insaturados e/ou cadeias de acila com 2 ou mais ligações insaturadas e com uma ligação insaturada no terceiro átomo de carbono a partir da extremidade metila da cadeia de acila graxa, PUFA n6 ou ômega 6 refere-se a ácidos graxos poli-insaturados e/ou cadeias de acila com 2 ou mais ligações insaturadas e com uma ligação insaturada no sexto átomo de carbono a partir da extremidade metila da cadeia de acila graxa. BA refere-se a ácido butírico (4:0).
[031] A fórmula infantil ou fórmula de seguimento a ser administrada de acordo com o presente método ou uso preferencialmente compreende LA. LA é um PUFA n6 e o precursor de LC-PUFA n6 é um ácido graxo essencial, já que ele não pode ser sintetizado pelo corpo humano. LA está preferencialmente presente em uma quantidade suficiente a fim de promover um crescimento e desenvolvimento saudáveis, mas em uma quantidade tão baixa quanto possível para prevenir efeitos competitivos, negativos na formação de PUFA n3 e em uma razão n6/n3 tão alta. A fórmula infantil ou fórmula de seguimento, portanto, preferencialmente compreende menos de 25%, em peso, mais preferencialmente menos de 20%, em peso, mais preferencialmente menos de 15%, em peso, de LA com base nos ácidos graxos totais. A fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende pelo menos 5%, em peso, de LA com base nos ácidos graxos, preferencialmente pelo menos 7,5%, em peso, mais preferencialmente pelo menos 10%, em peso, com base nos ácidos graxos totais.
[032] A fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende ALA. ALA é um PUFA n3 e o precursor de LC-PUFA n3 é um ácido graxo essencial, já que ele não pode ser sintetizado pelo corpo humano. Preferencialmente, ALA está presente em uma quantidade suficiente para promover um crescimento e desenvolvimento saudáveis do lactente. A fórmula infantil ou fórmula de seguimento, portanto, preferencialmente compreende pelo menos 0,5%, em peso, mais preferencialmente pelo menos 1,0%, em peso, mais preferencialmente a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende pelo menos 1,5%, em peso, até mais preferencialmente pelo menos 2,0%, em peso, de ALA com base nos ácidos graxos totais. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende menos de 10%, em peso, de ALA, mais preferencialmente menos de 5,0%, em peso, com base nos ácidos graxos totais. A razão, em peso, de LA/ALA preferencialmente é bem equilibrada a fim de assegurar uma ótima razão de PUFA n6/n3, LC PUFA n6/n3 e DHA/ARA nas membranas celulares. Portanto, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende uma razão, em peso, de LA/ALA de 2 para 20, mais preferencialmente de 3 para 15, mais preferencialmente de 5 para 12, mais preferencialmente de 5 para 10. Preferencialmente, a razão, em peso, de PUFA n6/PUFA n3 é de 3 para 20, mais preferencialmente de 3 para 15, mais preferencialmente de 5 para 12, mais preferencialmente de 5 para 10.
[033] Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende LC-PUFA n3, como EPA, DPA e/ou DHA, mais preferencialmente DHA. Como a conversão de ALA para DHA pode ser menos eficiente em lactentes, preferencialmente tanto ALA como DHA estão presentes na fórmula infantil ou fórmula de seguimento. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende pelo menos 0,05%, em peso, preferencialmente pelo menos 0,1%, em peso, mais preferencialmente pelo menos 0,2%, em peso, de DHA com base nos ácidos graxos totais. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende não mais de 2,0%, em peso, preferencialmente não mais de 1,0%, em peso, de DHA com base nos ácidos graxos totais.
[034] A fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende ARA. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende pelo menos 0,05%, em peso, preferencialmente pelo menos 0,1%, em peso, mais preferencialmente pelo menos 0,2%, em peso, de ARA com base nos ácidos graxos totais. Como o grupo de ácidos graxos n6, especialmente ácido araquidônico (ARA) age contra o grupo de ácidos graxos n3, especialmente DHA, na fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende relativamente baixas quantidades de ARA. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende não mais de 2,0%, em peso, preferencialmente não mais de 1,0%, em peso, de ARA com base nos ácidos graxos totais. Preferencialmente, a razão, em peso, entre DHA e ARA está entre 1/4 a 4/1, mais preferencialmente entre 1/2 a 2/1, mais preferencialmente entre 0,67 e 1,5.
Ácido Palmítico (PA) na Posição sn-2 de Triglicerídeos
[035] Os triglicerídeos são a principal fração dos lipídeos na fórmula. Os triglicerídeos compreendem um componente glicerol ao qual, através de ligações éster, três resíduos de ácido graxo são fixados, o qual podem ser o mesmo ou diferentes, e que são geralmente escolhidos a partir de ácidos graxos saturados e insaturados contendo 4 a 26 átomos de carbono. Esses triglicerídeos podem se diferir nos resíduos de ácido graxo que estão presentes e/ou podem se diferir na(s) respectiva(s) posição(ões) dos resíduos de ácido graxo para o esqueleto de glicerol (por exemplo, na posição sn-1, -2 e/ou -3). Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende pelo menos 70%, em peso, mais preferencialmente pelo menos 80%, em peso, mais preferencialmente pelo menos 85%, em peso, de triglicerídeos, até mais preferencialmente pelo menos 90%, em peso, de triglicerídeos com base nos lipídeos totais, até mais preferencialmente pelo menos 95%, em peso, de triglicerídeos com base nos lipídeos totais.
[036] Observou-se que quando o lipídeo compreendia uma quantidade aumentada de ácido palmítico (PA), o ácido localizado na posição sn-2 em um triglicerídeo, com base no PA total, um aprimoramento adicional de comportamento alimentar. Os lipídios que podem ser usados para melhorar a quantidade de PA localizado na posição sn-2 em triglicerídeos com base no PA total são comercialmente disponíveis - por exemplo, junto a Loders Croklaan sob o nome BetapolTM e/ou podem ser preparados de uma maneira conhecida per se, por exemplo, conforme descrito nas patentes EP 0698078 e/ou EP 0758846. Outra fonte adequada é InFatTM de Enzymotec. No caso desses lipídeos serem obtidos por trans- ou interesterificação de triglicerídeos vegetais, estas fontes estão no contexto da presente invenção consideradas como lipídeos vegetais.
[037] Uma fonte preferencial para triglicerídeos para melhorar o PA na posição sn-2 ou beta em um triglicerídeo é gordura animal não humana, mais preferencialmente gordura do leite de mamífero não humano, até mais preferencialmente gordura do leite de vaca. Preferencialmente, a gordura do leite de mamífero não humano, em particular, a gordura do leite de vaca, é usada sob a forma de gordura anidra de leite ou óleo butírico de manteiga. Preferencialmente, a fonte da gordura do leite está em uma fase gorda homogênea, como óleo butírico de manteiga ou gordura anidra de leite, e não sob a forma de emulsão óleo em água, como creme de leite, visto que os glóbulos lipídicos da presente invenção podem ser mais facilmente preparados durante a fabricação da fórmula infantil ou fórmula de seguimento para o método ou uso de acordo com a presente invenção, quando o lipídeo é adicionado à fase aquosa como fase gorda homogênea, mediante a qual a mistura é tratada para formar uma emulsão.
[038] Preferencialmente, a quantidade da fonte de lipídeo que compreende triglicerídeo que têm uma quantidade aumentada de resíduos de ácido palmítico na posição sn-2 de um triglicerídeo que está compreendido no lipídeo da fórmula infantil ou fórmula de seguimento que deve ser administrada de acordo com o presente método ou uso, está entre 10 e 99,5%, em peso, mais preferencialmente entre 10 e 80%, em peso, com base nos lipídeos totais, mais preferencialmente entre 20 e 80%, em peso, mais preferencialmente entre 20 e 50%, em peso, até mais preferencialmente entre 25 e 50%, em peso, com base nos lipídeos totais. Essa fonte de lipídeo é preferencialmente a gordura do leite, mais preferencialmente óleo butírico de manteiga ou gordura anidra do leite. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende gordura do leite entre 5 e 95%, em peso, mais preferencialmente entre 20 e 80%, em peso, com base nos lipídeos totais, mais preferencialmente entre 25 e 75%, em peso, até mais preferencialmente entre 40 e 60%, em peso, com base nos lipídeos totais. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende 10 a 70%, em peso, de gordura do leite com base nos lipídeos totais, mais preferencialmente 15 a 60%, em peso, até mais preferencialmente 20 a 55%, em peso, com a máxima preferência 25 a 50%, em peso.
[039] Os lipídeos usados de acordo com a presente invenção são preferencialmente escolhidos de modo que a quantidade de ácido palmítico (PA) que está presente no lipídeo total da fórmula infantil ou fórmula de seguimento seja pelo menos 10%, em peso, com base nos ácidos graxos totais no lipídeo total, preferencialmente pelo menos 15%, em peso. Preferencialmente, a quantidade de PA que está presente nos lipídeos é abaixo de 30%, em peso, mais preferencialmente de 15 a 24%, em peso, com base nos ácidos graxos totais no lipídeo total, até mais preferencialmente de 15 a 19%, em peso, até mais preferencialmente de 16 a 19%, em peso.
[040] Os lipídeos usados de acordo com a presente invenção são preferencialmente escolhidos de modo que, baseado no PA total presente no lipídeo, pelo menos 15%, em peso, preferencialmente pelo menos 20%, em peso, mais preferencialmente pelo menos 25%, em peso, mais preferencialmente pelo menos 30%, em peso, de PA esteja na posição sn-2 ou beta em um triglicerídeo. Preferencialmente, a quantidade de PA na posição sn- 2 em um triglicerídeo é não mais que 45%, em peso, preferencialmente não mais que 40%, em peso, com base no PA total. Preferencialmente, a quantidade de PA na posição sn-2 em um triglicerídeo é de 25 a 40%, em peso, com base no PA total.
[041] Uma composição ótima de ácidos graxos da fórmula infantil ou fórmula de seguimento e a presença de uma quantidade melhorada de ácido palmítico sn-2, promove aprimoramento de comportamento alimentar em lactentes.
Glóbulos Lipídicos
[042] Em uma realização preferencial da presente invenção, o lipídeo está presente na fórmula infantil ou fórmula de seguimento sob a forma de glóbulos lipídicos. Quando sob a forma líquida, estes glóbulos lipídicos são emulsificados na fase aquosa. De maneira alternativa os glóbulos lipídicos estão presentes em um pó e o pó é adequado para a reconstituição com água ou outra fase aquosa de grau alimentício. Os glóbulos lipídicos compreendem um núcleo e uma superfície.
[043] Fórmulas infantis padrão ou fórmula de seguimento têm glóbulos lipídicos com diâmetro modal, com base no volume do lipídeo, abaixo de 0,5 μm. Descobriu-se que a presença de glóbulos lipídicos grandes com um diâmetro de pelo menos 1 μm, ou que uma parte significativa dos glóbulos lipídicos tem um diâmetro de 2 a 12 μm, promove melhoria de comportamento alimentar.
[044] A porcentagem de glóbulos lipídicos é baseada no volume de lipídeo total. O diâmetro modal refere-se ao diâmetro que está mais presente com base no volume de lipídeos totais, ou o valor de pico em uma representação gráfica, que tem o X como o diâmetro e o Y como volume (%).
[045] O volume do glóbulo lipídico e sua distribuição de tamanho pode ser adequadamente determinado com o uso de um analisador de tamanho de partícula como um Mastersizer (Malvern Instruments, Malvern, Reino Unido), por exemplo, pelo método descrito em Michalski et al, 2001, Lait 81: 787-796.
[046] Os glóbulos lipídicos na fórmula infantil ou fórmula de seguimento a serem administrados de acordo com o presente método ou uso, preferencialmente têm um diâmetro modal ponderado por volume acima de 1,0 μm, preferencialmente acima de 3,0 μm, mais preferencialmente 4,0 μm ou acima, preferencialmente entre 1,0 e 10 μm, mais preferencialmente entre 2,0 e 8,0 μm, até mais preferencialmente entre 3,0 e 7,0 μm, com a máxima preferência entre 4,0 μm e 6,0 μm. De maneira alternativa, ou preferencialmente, além disso, a distribuição de tamanho é preferencialmente de tal forma que pelo menos 45%, em volume, preferencialmente pelo menos 55%, em volume, até mais preferencialmente pelo menos 65%, em volume, até mais preferencialmente pelo menos 75%, em volume, dos glóbulos lipídicos têm um diâmetro entre 2 e 12 μm. Mais preferencialmente pelo menos 45%, em volume, preferencialmente pelo menos 55%, em volume, até mais preferencialmente pelo menos 65%, em volume, até mais preferencialmente pelo menos 75%, em volume, dos glóbulos lipídicos têm um diâmetro entre 2 e 10 μm. Até mais preferencialmente pelo menos 45%, em volume, preferencialmente pelo menos 55%, em volume, até mais preferencialmente pelo menos 65%, em volume, até mais preferencialmente pelo menos 75%, em volume, dos glóbulos lipídicos têm um diâmetro entre 4 e 10 μm. Preferencialmente, menos de 5%, em volume, dos glóbulos lipídicos têm um diâmetro acima de 12 μm.
Fosfolipídeo
[047] Em uma realização preferencial de acordo com a presente invenção, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende fosfolipídeo. Os fosfolipídeos estão anfipáticos de natureza e incluem glicerofosfolipídeos e esfingomielina. O fosfolipídeo está preferencialmente presente em um revestimento na superfície dos glóbulos lipídicos. Por “revestimento” entende-se que a camada de superfície externa dos glóbulos lipídicos compreende fosfolipídeo, enquanto que o fosfolipídeo está na prática ausente no núcleo do glóbulo lipídico. Descobriu-se que promover o aprimoramento de comportamento a presença de fosfolipídeo na fórmula infantil ou fórmula de seguimento promove vantajosamente aprimoramento de comportamento alimentar. Uma maneira adequada para determinar se o fosfolipídeo está localizado na superfície de glóbulos lipídicos é a microscopia de varredura a laser confocal ou microscopia eletrônica de transmissão, consulte, por exemplo, Gallier et al, 2015, Colloids Surf B Biointerfaces 136:329339.
[048] A fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende glicerofosfolipídeos. Exemplos de glicerofosfolipídeos são fosfatidilcolina (PC), fosfatidilserina (PS), fosfatidiletanolamina (PE), fosfatidilinositol (PI) e fosfatidillglicerol (PG). Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento contém PC, PS, PI e/ou PE, mais preferencialmente pelo menos PC.
[049] A fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende esfingomielina. Esfingomielinas têm uma molécula de fosforilcolina ou fosforiletanolamina esterificada ao grupo 1-hidróxi de uma ceramida. Elas são classificadas como fosfolipídeos, bem como esfingolipídeos, mas não são classificados como um glicerofosfolipídeo, nem como um glicoesfingolipídeo. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende 0,05 a 10%, em peso, de esfingomielina com base nos lipídeos totais, mais preferencialmente 0,1 a 5%, em peso, até mais preferencialmente 0,2 a 2%, em peso. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende pelo menos 5%, em peso, mais preferencialmente 5 a 40%, em peso, de esfingomielina com base nos fosfolipídeos totais, mais preferencialmente 10 a 35%, em peso, até mais preferencialmente 15 a 35%, em peso, com base no fosfolipídeo total.
[050] A fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende glicoesfingolipídeos. O termo glicoesfingolipídeos, no presente contexto, refere-se particularmente a glicolipídeos com um amino álcool esfingosina. O esqueleto de esfingosina é o O-ligado a um grupo de cabeça carregado como esqueleto de etanolamina, serina ou colina. O esqueleto também é amida ligada a um grupo acila graxo. Glicoesfingolipídeos são ceramidas com um ou mais resíduos de açúcar unidos em uma ligação beta- glicosídica na posição 1-hidroxila, e incluem gangliosídeos. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento contém gangliosídeos, mais preferencialmente pelo menos um gangliosídeo selecionado a partir do grupo que consiste em GM3 e GD3.
[051] Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende 0,5 a 20%, em peso, de fosfolipídeo com base no lipídeo total, mais preferencialmente 0,5 a 10%, em peso, mais preferencialmente 0,75 a 8%, em peso, até mais preferencialmente 1,0 a 8%, em peso, até mais preferencialmente 1,5 a 5%, em peso, de fosfolipídeo com base no lipídeo total. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende 0,1 a 10%, em peso, de glicoesfingolipídeos com base no lipídeo total, mais preferencialmente 0,5 a 5%, em peso, até mais preferencialmente 2 a 4%, em peso, com base no lipídeo total.
[052] A fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende colesterol. A fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende pelo menos 0,005%, em peso, de colesterol com base nos lipídeos totais, mais preferencialmente pelo menos 0,02%, em peso, mais preferencialmente pelo menos 0,05%, em peso, até mais preferencialmente pelo menos 0,1%, em peso. Preferencialmente, a quantidade de colesterol não pode exceder 10%, em peso, com base nos lipídeos totais, mais preferencialmente não excede 5%, em peso, até mais preferencialmente não excede 1%, em peso, com base no lipídeo total na fórmula infantil ou fórmula de seguimento.
[053] Fontes preferenciais para fornecer o fosfolipídeo, glicoesfingolipídeo e/ou colesterol são lipídeos de ovo, gordura do leite, gordura do leitelho (buttermilk) e gordura de soro de manteiga (como gordura de soro beta). Uma fonte preferencial para fosfolipídeo, particularmente PC, é a lecitina de soja e/ou lecitina de girassol. A fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende fosfolipídeo derivado de leite de mamífero. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende fosfolipídeo e glicoesfingolipídeo derivados a partir do leite. Preferencialmente, o colesterol também é obtido a partir do leite. Fosfolipídeo derivado a partir de leite inclui fosfolipídeo que é isolado a partir de lipídeo de leite, lipídeo de creme de leite, lipídeo de soro de creme de leite, lipídeo de soro de manteiga (lipídeo de soro beta), lipídeo de soro do leite, lipídeo de queijo e/ou lipídeo de leitelho. O lipídeo de leitelho é tipicamente obtido durante a fabricação de leitelho. O lipídeo de soro de manteiga ou lipídeo de soro beta é tipicamente obtido durante a fabricação da gordura anidra de leite a partir de manteiga. Preferencialmente, o fosfolipídeo, glicoesfingolipídeo e/ou colesterol são obtidos a partir de creme de leite. A fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende fosfolipídeo, glicoesfingolipídeo e/ou colesterol a partir de leite de vacas, mula, ovelhas, cabras, búfalas, éguas e camelas. É da máxima preferência usar um extrato de lipídeo isolado a partir de leite de vaca. O uso de fosfolipídeo a partir de gordura do leite compreende vantajosamente o uso de membranas de glóbulo de gordura do leite, que são mais reminiscentes à situação no leite humano. O uso concomitante de fosfolipídeo derivado de leite de animais domésticos e triglicerídeos derivados de lipídeos vegetais permite, portanto, a fabricação de glóbulos lipídicos revestidos com um revestimento mais similar ao leite humano, enquanto que, ao mesmo tempo, fornecendo um ótimo perfil de ácido graxo. Fontes adequadas comercialmente disponíveis para fosfolipídeo de leite são BAEF, SM2, SM3 e SM4 em pó da Corman, Salibra da Glanbia e LacProdan MFGM-10 ou PL20 da Arla. Preferencialmente, o fosfolipídeo é derivado a partir de lipídeo do leite, mais preferencialmente a partir de membrana do glóbulo de gordura do leite (MFGM). Preferencialmente, o fosfolipídeo é derivado a partir de lipídeo do leite de vaca, mais preferencialmente a partir de MFGM de vaca. Preferencialmente, a presente composição nutricional compreende fosfolipídeos e glicoesfingolipídeos e em uma realização preferencial, a razão, em peso, de fosfolipídeos:glicoesfingolipídeos é de 2:1 a 10:1, mais preferencialmente 2:1 a 5:1.
[054] Métodos para obter glóbulos lipídicos com um tamanho aumentado e/ou revestimento com fosfolipídeo são divulgados, por exemplo, nos documentos WO 2010/0027258 e WO 2010/0027259.
[055] Lipídeo sob a forma de glóbulos lipídicos grandes e compreendendo um revestimento que compreende fosfolipídeo, juntamente com uma composição ótima de ácidos graxos da fórmula infantil ou fórmula de seguimento e a presença de uma quantidade melhorada de ácido palmítico sn- 2, mostrou um aprimoramento adicional inesperado de comportamento alimentar.
Carboidratos Digeríveis
[056] A fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende carboidrato digerível. O carboidrato digerível preferencialmente fornece 30 a 80% das calorias totais da fórmula infantil ou fórmula de seguimento. Preferencialmente, o carboidrato digerível fornece 40 a 60% das calorias totais. Com base nas calorias, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende de 5 a 20 g de carboidratos digeríveis por 100 kcal, mais preferencialmente 7,5 a 15 g. Quando na forma líquida, por exemplo, como um líquido pronto para alimentação, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento, preferencialmente compreende 3,0 a 30 g de carboidrato digerível por 100 mL, mais preferencialmente 6,0 a 20 g, até mais preferencialmente 7,0 a 10,0 g por 100 mL. Com base no peso seco, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende 20 a 80%, em peso, mais preferencialmente 40 a 65%, em peso, de carboidratos digeríveis.
[057] Fontes de carboidrato digerível preferenciais são lactose, glicose, sacarose, frutose, galactose, maltose, amido e maltodextrina. A lactose é o principal carboidrato digerível presente no leite humano. A lactose vantajosamente tem um índice glicêmico baixo. A fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende lactose. A fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende carboidrato digerível, em que pelo menos 35%, em peso, mais preferencialmente pelo menos 50%, em peso, mais preferencialmente pelo menos 75%, em peso, até mais preferencialmente pelo menos 90%, em peso, com a máxima preferência pelo menos 95%, em peso, do carboidrato digerível é lactose. Com base no peso seco, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende pelo menos 25%, em peso, de lactose, preferencialmente pelo menos 40%, em peso.
Proteína
[058] A fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende proteína. A proteína preferencialmente fornece 5 a 15% das calorias totais. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende proteína que fornece 6 a 12% das calorias totais. Mais preferencialmente, a proteína está presente na fórmula infantil ou fórmula de seguimento abaixo de 3,5 gramas por 100 kcal, mais preferencialmente a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende entre 1,8 e 2,1 g de proteína por 100 kcal, até mais preferencialmente entre 1,85 e 2,0 g de proteína por 100 kcal. Uma baixa concentração de proteína é vantajosamente mais próxima ao leite humano, já que o leite humano compreende uma quantidade mais baixa de proteína com base nas calorias totais do que o leite de vaca. A concentração de proteína em uma fórmula infantil ou fórmula de seguimento é determinada pela soma de proteínas, peptídeos e aminoácidos livres. Com base no peso seco, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende menos de 12%, em peso, de proteína, mais preferencialmente entre 9,6 a 12%, em peso, até mais preferencialmente entre 10 e 11%, em peso. Com base em um produto líquido pronto para beber, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende menos de 1,5 g de proteína por 100 mL, mais preferencialmente entre 1,2 a 1,5 g, até mais preferencialmente entre 1,25 e 1,35 g.
[059] A fonte da proteína deve ser selecionada de tal forma que os requisitos mínimos para o conteúdo de aminoácidos essenciais sejam satisfeitos e o crescimento satisfatório seja assegurado. Então, fontes de proteína com base nas proteínas do leite de vaca, como soro de leite, caseína e misturas das mesmas e proteínas com base na soja, batata ou ervilha são preferenciais. No caso de serem usadas proteínas de soro do leite, a fonte de proteína é preferencialmente baseada no soro do leite ácido ou soro do leite doce, isolado de proteína de soro do leite ou misturas dos mesmos. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende pelo menos 3%, em peso, de caseína com base no peso seco. Preferencialmente, a caseína está intacta e/ou não hidrolisada. Para a presente invenção proteína inclui peptídeos e aminoácidos livres.
Carboidratos Não Digeríveis
[060] Em uma realização, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende oligossacarídeos não digeríveis. Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende oligossacarídeos não digeríveis com um grau de polimerização (DP) entre 2 e 250, mais preferencialmente 3 e 60. Os oligossacarídeos não digeríveis vantajosamente ainda promovem o comportamento alimentar aprimorado em um lactente, em particular, ainda promovem o aprimoramento de uma responsividade alimentar diminuída e um apetite geral diminuído.
[061] Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende fruto-oligossacarídeos, galacto-oligossacarídeos e/ou oligossacarídeos de ácido galacturônico, mais preferencialmente, fruto- oligossacarídeos e/ou galacto-oligossacarídeos, até mais preferencialmente galacto-oligossacarídeos, com a máxima preferência transgalacto- oligossacarídeos. Em uma realização preferencial, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende uma mistura de galacto-oligossacarídeos e fruto- oligossacarídeos, mais preferencialmente transgalacto-oligossacarídeos e fruto- oligossacarídeos. Oligossacarídeos não digeríveis adequados são, por exemplo, Vivinal®GOS (FrieslandCampina DOMO), Raftilin®HP ou Raftilose® (Orafti).
[062] Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento compreende 80 mg a 2 g de oligossacarídeos não digeríveis por 100 mL, mais preferencialmente 150 mg a 1,50 g, até mais preferencialmente 300 mg a 1 g por 100 mL. Com base no peso seco, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende 0,25%, em peso, a 20%, em peso, mais preferencialmente 0,5, em peso, a 10%, em peso, até mais preferencialmente 1,5%, em peso, a 7,5%, em peso. Uma quantidade mais baixa de oligossacarídeos não digeríveis será menos efetiva na promoção de comportamento alimentar aprimorado, enquanto que uma quantidade muito alta resultará em efeitos colaterais de inchaço e desconforto abdominal.
Fórmula
[063] O método ou uso de acordo com a presente invenção requer a administração de uma fórmula infantil ou uma fórmula de seguimento. Isto significa que a composição que é administrada não é leite humano. Também significa que a composição que é administrada não é leite nativo de vaca ou leite nativo de outro mamífero. Alternativamente, o termo “fórmula”, significa que ela se refere a uma composição que é feita artificialmente ou, em outras palavras, que ela é sintética. Portanto, em uma realização, a composição que é administrada é uma fórmula infantil artificial ou uma fórmula de seguimento artificial, uma fórmula infantil sintética ou uma fórmula de seguimento sintética. No presente contexto, fórmula infantil refere-se a composições nutricionais feitas artificialmente, destinados a lactentes de 0 a cerca de 4 a 6 meses de idade e são destinadas como um substituto para leite humano. Tipicamente, fórmulas para lactentes são adequadas para serem usadas como única fonte de nutrição. Essas fórmulas também são conhecidas como fórmula de partida. Fórmula de partida para lactentes com 4 a 6 meses de vida até 12 meses de vida destinam- se a ser alimentação suplementar para lactentes que iniciam o desmame com outros alimentos. Essas fórmulas também são conhecidas como fórmulas de seguimento. Fórmulas infantis e fórmulas de seguimento estão sujeitas a regulamentos rigorosos, por exemplo, para a Comissão Diretiva da UE 2006/141/EC.
[064] A fórmula infantil ou fórmula de seguimento preferencialmente compreende 3 a 7 g de lipídeo/100 kcal, preferencialmente 4 a 6 g de lipídeo/100 kcal, mais preferencialmente 4,5 a 5,5 g de lipídeo/100 kcal, e preferencialmente compreende 1,7 a 5 g de proteína/100 kcal, preferencialmente 1,8 a 3,5 g de proteína/100 kcal, mais preferencialmente 1,8 a 2,1 g de proteína/100 kcal, mais preferencialmente 1,8 a 2,0 g de proteína/100 kcal e preferencialmente compreende 5 a 20 g de carboidrato digerível/100 kcal, de preferência 6 a 16 g de carboidrato digestível/100 kcal, mais preferencialmente 10 a 15 g de carboidrato digerível/100 kcal.
[065] Preferencialmente, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento, quando pronta para beber tem uma densidade de energia de 60 kcal a 75 kcal/100 mL, mais preferencialmente 60 a 70 kcal/100 mL. Esta densidade assegura um ótimo equilíbrio entre hidratação e ingestão calórica.
[066] Em uma realização, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento é um pó. De maneira adequada, a fórmula infantil ou fórmula de seguimento está sob a forma de pó, que pode ser reconstituída com água ou outro líquido aquoso de grau alimentício, para formar um líquido pronto para beber, ou está em uma forma concentrada líquida, que deve ser diluída com água para um líquido pronto para beber. Descobriu-se que os glóbulos lipídicos mantiveram seu tamanho e revestimento quando reconstituídos.
[067] Neste documento e nas suas reivindicações, o verbo “compreender” e suas conjugações é usado em seu sentido não limitante para significar que itens após a palavra estão incluídos, mas itens não especificamente mencionados não estão excluídos. Além disso, referência a um elemento pelo artigo indefinido “um” ou “uma” não exclui a possibilidade de que mais do que um elemento esteja presente, a menos que o contexto claramente exija que haja um e somente um dos elementos. O artigo indefinido “um” ou “uma”, dessa forma, geralmente significa “pelo menos um”.
Exemplos Exemplo 1 O Comportamento Alimentar Difere em Lactentes Recebendo fórmula Experimental em Comparação com a Fórmula de Controle na Semana 17
[068] Um ensaio randomizado, controlado, duplo-cego foi realizado para investigar os efeitos de uma fórmula infantil experimental sobre o crescimento, tolerância e segurança em lactentes a termo saudáveis.
[069] Lactentes a termo saudáveis < 35 dias de idade que foram exclusivamente alimentados por fórmula pelo tempo do cadastramento (linha de base/visita 1) foram randomizados para receber tanto produto experimental como o controle. Sujeitos na intenção de tratar (ITT) e população por protocolo (PP) foram bem equilibrados sobre os grupos experimentais e de controle em relação a fatores de estratificação de sexo e idade na Visita 1/linha de base (< 14 dias, > 14 dias) e continente (Europa versus Ásia). A média de idade na linha de base (Visita 1) foi de 9 dias em ambos os grupos randomizados. A maior parte dos sujeitos randomizados eram caucasianos (90,59%). O peso de nascimento variou de 2335 a 4180 gramas, em ambos os grupos randomizados. A idade gestacional média foi de 39,4 semanas em ambos os grupos. A fórmula foi tomada até a idade de 17 semanas.
[070] Os dois estudos de produto usados neste estudo tinham fórmula infantil a base de leite de vaca padrão completa que compreendeu por 100 mL de fórmula pronta para beber 66 kcal, 1,3 g de proteína (proteína intacta com uma razão caseína/soro de 40/60), 7,3 g de carboidratos digeríveis (principalmente lactose), 3,4 g de gordura e 0,8 g de galacto-oligossacarídeos de cadeia curta, (fonte Vivinal®GOS) e fruto-oligossacarídeos de cadeia longa (fonte RaftilinHP®) em uma razão p/p de 9/1, e minerais, elementos traço de vitaminas e outros micronutrientes conforme conhecidos na técnica e, em conformidade com as diretivas para fórmula infantil. A fórmula é fornecida como um pó com a instrução para reconstituir com água. Cerca de 13,6 g de pó foi reconstituído para beber 100 mL de fórmula infantil pronta para beber.
Dieta 1 Fórmula Infantil Experimental
[071] O componente gordura consistiu em cerca de 51%, em peso, de gordura vegetal (mistura de óleo de semente de colza com baixo teor de ácido erúcico, óleo de coco, óleo de girassol com alto teor oleico, óleo de girassol), cerca de 44%, em peso, de gordura anidra de leite bovino, 1,5%, em peso, óleo contendo LC-PUFA (óleo de peixe e óleo microbiano), 0,13%, em peso, de lecitina de soja, cerca de 3,6%, em peso, de gordura do leite derivada de leitelho rico em fosfolipídeos de leite ou membranas de glóbulo de gordura (fosfolipídeos de leite são cerca de 1,5%, em peso, com base no lipídeo total).
[072] Os glóbulos lipídicos tinham um diâmetro modal, com base no volume, de cerca de 5,6 μm, e a %, em volume, de glóbulos lipídicos com um modal entre 2 e 12 μm estava abaixo de 45. Os fosfolipídeos estavam presentes no revestimento na superfície dos glóbulos lipídicos.
Dieta 2 Fórmula de Controle
[073] Os glóbulos lipídicos tinham um diâmetro modal, com base no volume, de cerca de 0,5 μm, e a %, em volume, de glóbulos lipídicos com um modal entre 2 e 12 μm estava abaixo de 10. Não foram adicionadas gordura do leite ou leite derivado de fosfolipídeos.
[074] O componente gordura compreendeu principalmente gordura vegetal (mistura de óleo de palma, óleo de semente de colza com baixo teor de ácido erúcico, óleo de coco, óleo de girassol com alto teor oleico, óleo de girassol, uma quantidade pequena de lecitina de soja (0,13%, em peso) e cerca de 1,5%, em peso, de uma pré-mistura de LC-PUFA (óleo de peixe e óleo microbiano).
[075] A composição de ácido graxo é muito similar entre a dieta 1 e 2, em ácidos saturados, mono insaturados e poli insaturados, e teor de n3- e n6- PUFA. A quantidade de ácido palmítico foi de 18,1%, em peso, e 17,7%, em peso (com base nos ácidos graxos totais) para a dieta 2 e 1, respectivamente. Para a dieta 1 cerca de 36%, em peso, dos resíduos de ácido palmítico estava na posição sn2, para a dieta 2 estava cerca de 12%, em peso. A quantidade de C4:0 (ácido butírico) foi de 0,10%, em peso, na dieta 2 e 1,39%, em peso, na dieta 1, C6:0 (ácido caproico) foi de 0,24%, em peso, na dieta 2 e 0,98%, em peso, na dieta 1. Ambas as fórmulas compreendiam ácidos graxos poli- insaturados de cadeia longa: ácido docosahexaenoico (DHA) e ácido araquidônico (ARA) em uma razão de 0,20:0,35. Ácido linoleico (LA) foi de 14%, em peso, o ácido alfa-linolênico foi de 2,6%, em peso. As %, em peso, são com base no lipídeo total na fórmula infantil.
[076] 223 sujeitos foram randomizados (ASR), 115 para o grupo experimental e 108 para o grupo de controle. O conjunto de dados ITT consistiu em todos os sujeitos do grupo ASR (ITT = ASR). A análise PP restringe a análise para os sujeitos que cumpriram o protocolo no que diz respeito à elegibilidade, intervenções, instruções/restrições e avaliação de resultados, e compreendeu 91 sujeitos no grupo experimental e 83 no grupo de controle.
[077] Em 17 semanas, em um estudo clínico, os questionários de comportamento alimentar do bebê (Llewellyn et al., 2011, Appetite, 57:388-96) foram preenchidos pelos pais. O Questionário de Comportamento Alimentar do Bebê (BEBQ) é uma ferramenta amplamente validada que demonstrou ser capaz de avaliar o comportamento alimentar em lactentes. O BEBQ gera escores nas escalas a seguir: responsividade ao alimento, prazer pelo alimento, responsividade à saciedade, lentidão em se alimentar e apetite geral. O Questionário de Comportamento Alimentar do Bebê (BEBQ) tem 18 perguntas com respostas em uma escala de 5 pontos (nunca, raramente, às vezes, muitas vezes, sempre). Os itens são usados para computar escores nas seguintes escalas: responsividade ao alimento (6 itens), prazer pelo alimento (4 itens), responsividade à saciedade (3 itens), lentidão em se alimentar (4 itens) e apetite geral (item 1).
[078] Observou-se diferença significativa no comportamento alimentar entre o grupo experimental e de controle, consulte a Tabela 1.
[079] Nenhum efeito estatisticamente significativo sobre o prazer pelo alimento foi observado. Foi observada uma redução na responsividade ao alimento, um aumento na responsividade à saciedade, uma lentidão em se alimentar aumentada e apetite geral diminuído. Em particular, foi observada uma redução na responsividade ao alimento e apetite geral diminuído. Os valores d de Cohen são cerca de 0,2, indicando um pequeno efeito, mas não trivial. O d de Cohen para responsividade ao alimento foi maior: 0,27. O V de Cramer para apetite geral foi 0,204, que indica um efeito médio de tamanho. Tendências similares foram obtidas em análises adicionais da população PP. Estes dados são indicativos de um comportamento alimentar aprimorado em lactentes que recebem a fórmula experimental. Tabela 1 Resultado do BEBQ de Lactentes que Receberam Fórmula Experimental em Comparação a Lactentes que Receberam Fórmula de Controle na Semana 17, ITT Escala: 1 = nunca, 2 = raramente, 3 = às vezes, 4 = muil tas vezes, 5 = sempre. (N) = Número de sujeitos da população de análise, (n) = número de sujeitos não ausentes, (Nmiss) = número de sujeitos ausentes. *: P < 0,05 fórmula experimental em comparação à fórmula de controle na semana 17, teste de Wilcoxon-Mann-Whitney.

Claims (13)

1. USO DE LIPÍDEO, PROTEÍNA E CARBOIDRATOS DIGERÍVEIS, caracterizado por ser para a fabricação de uma fórmula infantil para promover comportamento alimentar aprimorado em um lactente por meio da alimentação do lactente pelo menos durante os primeiros 4 meses de vida até um máximo de 12 meses de vida, em que o lipídeo compreende: i) 30 a 90%, em peso, de gordura vegetal com base no lipídeo total, e ii) 10 a 70%, em peso, com base no lipídeo total, de lipídeo de leite de mamífero derivado a partir do grupo que consiste em manteiga, gordura butírica de manteiga (butter fat), óleo butírico de manteiga (butter oil) e gordura anidra de leite, em que o comportamento alimentar aprimorado é selecionado do grupo que consiste em uma lentidão aumentada em se alimentar, uma responsividade aumentada à saciedade, uma responsividade diminuída ao alimento, um ótimo prazer pelo alimento e um ótimo apetite, e é determinado com o uso do Questionário de Comportamento Alimentar do Bebê (BEBQ); e em que o comportamento alimentar aprimorado é comparado ao comportamento alimentar em lactentes alimentados com fórmula infantil que compreende gordura vegetal que está presente sob a forma de glóbulos lipídicos com um diâmetro modal, com base no volume, de 0,5 μm, mas que não compreende lipídeo de leite de mamífero derivado a partir do grupo que consiste em manteiga, gordura butírica de manteiga, óleo butírico de manteiga e gordura anidra de leite em que o lipídeo contém pelo menos 10%, em peso, de ácido palmítico com base nos ácidos graxos totais, e pelo menos 15%, em peso, de ácido palmítico, com base no ácido palmítico total, está localizado na posição sn-2 de um triglicerídeo.
2. USO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo comportamento alimentar ser selecionado a partir do grupo que consiste em uma responsividade diminuída ao alimento e um apetite geral diminuído.
3. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, caracterizado pelo lipídeo compreender pelo menos 0,5%, em peso, de ácido alfa-linolênico com base nos ácidos graxos totais e pelo menos 5%, em peso, de ácido linoleico, com base nos ácidos graxos totais.
4. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pela quantidade de ácido palmítico ser de 15 a 30%, em peso, com base nos ácidos graxos totais, e 25 a 40%, em peso, do ácido palmítico estar na posição sn-2 em um triglicerídeo.
5. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo lipídeo compreender pelo menos 0,1%, em peso, de ácido docosahexaenoico com base nos ácidos graxos totais.
6. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo lipídeo compreender pelo menos 0,5%, em peso, de fosfolipídeo, com base no lipídeo total.
7. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo lipídeo compreender pelo menos 5%, em peso, de esfingomielina com base nos fosfolipídeos totais.
8. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo lipídeo estar sob a forma de glóbulos lipídicos, os quais têm um diâmetro modal, com base no volume, de pelo menos 1 μm, e/ou pelo menos 45%, em volume, dos glóbulos lipídicos terem um diâmetro de 2 a 12 μm.
9. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelos glóbulos lipídicos compreenderem um revestimento que compreende fosfolipídeo.
10. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pela fórmula infantil compreender 0,25% a 20%, em peso, de oligossacarídeos não digeríveis com base no peso seco da fórmula.
11. USO, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelos oligossacarídeos não digeríveis compreenderem galacto-oligossacarídeos e/ou fruto-oligossacarídeos.
12. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pela fórmula infantil compreender 1,8 a 3,5 g de proteína/100 kcal, preferencialmente 1,8 a 2,1 g de proteína/100 kcal, 4 a 6 g de lipídeo/100 kcal, 5 a 20 g de carboidratos digeríveis/100 kcal.
13. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado pela fórmula infantil, quando pronta para beber, compreender 60 a 70 kcal por 100 mL.
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