BR112019016767B1 - Método para a determinação de influências de processamento no valor nutricional de matérias-primas de alimentos para animais, método implementado por computador para a avaliação das influências de processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais e processo para a preparação de um alimento para animais - Google Patents

Método para a determinação de influências de processamento no valor nutricional de matérias-primas de alimentos para animais, método implementado por computador para a avaliação das influências de processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais e processo para a preparação de um alimento para animais Download PDF

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Abstract

A presente invenção se refere a um método para a determinação de influências de processamento na qualidade de matérias-primas de alimentos para animais e/ou alimento para animais, em que o indicador de condições de processamento das matérias-primas de alimentos para animais e/ou alimento para animais é determinado e o coeficiente de digestibilidade específico de um aminoácido de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais em uma espécie de animal é determinado. A presente invenção também se refere a um processo para a otimização de alimentos para animais considerando as influências de processamento determinadas e os alimentos para animais então obtidos e/ou obteníveis.

Description

[0001] A presente invenção se refere a um método para a determinação de influências de processamento no valor nutricional de matérias-primas de alimentos para animais e/ou alimento para animais, um processo para a otimização de alimentos para animais considerando as influências de processamento determinadas e os alimentos para animais então obtidos e/ou obteníveis.
[0002] Devido a muitos motivos, alimentos para animais podem ter influências negativas em animais e nos respectivos produtos animais, como carne e leite, e no pior caso possível, também em seres humanos como consumidores. Exemplos disso são uma seleção equivocada dos alimentos para animais e a seleção de ração e a nutrição e o abastecimento energético então resultantes, uma contaminação de alimentos para animais, uma carga microbiana (bioburden) e/ou carga de toxina (micotoxina) em alimentos deteriorados e os denominados fatores antinutricionais em alimentos para animais de base vegetal.
[0003] Os fatores antinutricionais são resultantes do metabolismo secundário de plantas e estão presentes apenas em espécies de planta particulares. Não realizam nenhuma função essencial no metabolismo primário. Em vez disso, sua função é a defesa de vermes e pragas, a regulação e a função como corantes e fragrâncias. Os efeitos negativos de fatores antinutricionais no animal consistem na ingestão de alimentos, um desempenho reduzido do animal, uma mudança na digestibilidade dos nutrientes, transtornos metabólicos e sua toxicidade.
[0004] Fatores antinutricionais podem ser agrupados nos grupos de substâncias de carboidratos, proteínas, fenóis e derivados de fenol, glucosídeos e glicosídeos, quelantes e glucosinolatos, bem como goitrogênios, sendo que compostos singulares podem ser agrupados em mais de uma classe de substâncias.
[0005] Exemplos de fatores antinutricionais do grupo de substâncias de carboidratos são: - Os polissacarídeos não amido, os quais estão presentes como parte das paredes celulares, como os pentosanos, os quais estão presentes em lupinos, cevada, milho e centeio, os beta-glucanos, os quais estão presentes em cevada e centeio, e as pectinas, as quais estão presentes em girassóis. Devido à sua habilidade de intumescer, esses carboidratos resultam na incorporação de água em animais, em particular, em aves jovens, um aumento na viscosidade dos quimos, uma diminuição de densidade de energia no alimento para animais, uma diminuição na digestibilidade, e uma diminuição de crescimento e desempenho; e - oligossacarídeos indigeríveis, para alfa- galactosídeos, como a rafinose, estaquiose, verbascose e ajugose, os quais estão presentes em lupinos, feijões-sojas e colza e são rapidamente convertidos microbianamente no ceco/cólon, o que leva a flatulências e diarreia.
[0006] Exemplos de fatores antinutricionais do grupo de substâncias de proteínas são: - Inibidores de proteinase, encontrados em feijões-fava, ervilhas, lupinos, feijões-sojas, guar e arroz (usados para galinhas (jovens), leitões e carnívoros), os quais inibem a atividade de tripsina e quimotripsina e diminuem, desse modo, a digestibilidade de proteína; e - as lectinas (hemaglutininas) encontradas em espécies phaesolus (feijões-fava, ervilhas, feijões-sojas e lupinos (usados para animais monogástricos) e que são ligadas aos receptores da mucosa intestinal, o que leva a transtornos de reabsorção e in vitro a uma aglutinação de hemácias.
[0007] O documento WO 2011/109624 A1 revela feijões- sojas que possuem um alelo genético para a produção de teor reduzido de inibidor de tripsina em sementes. Este documento também revela que as plantas de feijão-soja progenitoras dos feijões-sojas de inibidor com teor ultrabaixo de inibidor de tripsina, em que a progênie compreende uma combinação de pelo menos duas plantas de feijão-soja de traços do documento WO 2011/109624 A1, para que a dita planta de feijão-soja progenitora não seja significativamente diferente para os ditos traços do que as plantas de feijão-soja do documento WO 2011/109624 A1 como determinado no nível de significância de 5 % quando cultivadas nas mesmas condições ambientais.
[0008] Exemplos de fatores antinutricionais do grupo de substâncias de fenóis e derivados de fenol são: - Taninos (derivado de fenol), encontrados em feijões- fava e ervilhas (usados para aves, porcos e cavalos), os quais diminuem a ingestão de alimentos, inibem enzimas proteolíticas e diminuem a digestibilidade de proteína, o que resulta em constipações; - alquil resorcinóis, encontrados no cevada, frequentemente em triticale e muito frequentemente em trigo (usado para animais monogástricos), os quais resultam em uma supressão de ingestão de alimentos e crescimento; e - gossipol, encontrado em sementes de algodão (usado para todos os tipos de animais), o qual tem um efeito hemolítico já que se liga a ferro e resulta em uma descoloração da gema, transtornos do metabolismo da proteína e a espermatogênese, bem como danos ao fígado e aos rins.
[0009] Exemplos de fatores antinutricionais do grupo de substâncias de glucosídeos e glicosídeos são: - Pirimidina-glucosídeos (vicina, convicina etc.), encontrados em feijões-fava e ervilhacas (usados para galinhas poedeiras e porcas), os quais resultam em transtornos do metabolismo de gordura, um desempenho reduzido de postura de ovos e eclodibilidade e transtornos de fertilidade e lactação; - alfa-galactosídeos, encontrados em lupinos, feijões- fava e ervilhas; - glucosídeos cianogênicos, encontrados em espécies de phaesolus (ervilhacas, linhaça, tapioca e lupinos) (usados para cavalos e todos os tipos de gado), os quais resultam em sintomas de intoxicação devido à liberação de ácido prússico (veneno respiratório); e - saponinas, encontradas em feijões-fava, ervilhas e lupinos (usados para: galinhas (jovens)), as quais conferem um sabor amargo, o que leva a uma redução de ingestão de alimentos, e têm um efeito hemolítico e também são um antagonista de vitamina D.
[0010] Exemplos de fatores antinutricionais do grupo de substâncias de alcaloides são: - Os alcaloides esparteína, lupinina, hidroxilupanina, angustifolina, solanina, encontrados em lupinos e, em particular, em tomates e batatas (usados para: animais monogástricos, porcos e gado), alcaloides de esporão, encontrados, em particular, em centeio, os quais conferem um sabor amargo, o que resulta em supressão de ingestão de alimentos, porém, de modo mais notável, alcaloides são tóxicos, os alcaloides de esporão podem resultar em abortos, - paralisações e cólcias, no campo de gado, alcaloides resultam, portanto, em uma diminuição na produção de leite; e - sinapina, encontrada em colza (usada para: galinhas poedeiras, em particular poedeiras de ovos marrons), que as bactérias intestinais convertem em trimetilamina (TMA), a qual é enriquecida no fígado quando a atividade de TMA oxidase no fígado não é suficientemente alta e produz um odor de peixe nos ovos.
[0011] Exemplos de fatores antinutricionais do grupo de substâncias de quelantes são: - Ácido fítico, encontrado, por exemplo, em milho, legumes de milho e aparas de extrações (usado para: animais monogástricos, porcos e aves), o qual diminui a disponibilidade de íons de carga dupla, como Ca2+, Zn2+ e Fe2+, no organismo quelando esses íons; e - gossipol, encontrado em sementes de algodão (usado para todos os tipos de animais), o qual tem um efeito hemolítico já que se liga a ferro e resulta em uma descoloração da gema, transtornos do metabolismo da proteína e a espermatogênese, bem como danos ao fígado e aos rins.
[0012] Exemplos de fatores antinutricionais dos grupos de substâncias de glucosinolatos são: - Glucobrassicina, gluconapina, glucobrassiconapina e progoitrina, todos encontrados em colza (usados para: animais reprodutores, em particular, porcos, aves e bezerros, vacas leiteiras) são enzimaticamente clivados sob liberação de compostos tóxicos de isotiocianato, tiocianato e nitrila; demais glucosinolatos e seus produtos de clivagem resultam em uma redução de ingestão de alimentos, interferem na eficácia de fertilidade e na produção de hormônios da tireoide, promovem a formação de bócio e causam a transição de goitrogênios para o leite.
[0013] Também os goitrogênios (encontrados em feijões- sojas, linhaça e repolho) resultam em um aumento da glândula tireoide (= bócio).
[0014] A lista não limitante acima de fatores antinutricionais e seus efeitos negativos nos animais ilustra que fatores antinutricionais têm um grande impacto na práxis de alimentação. Então, a fim de evitar os efeitos negativos de fatores antinutricionais no animal, os fatores antinutricionais devem ser removidos das matérias-primas usadas para preparar alimentos para animais. Caso não seja possível remover completamente os fatores antinutricionais das matérias-primas de alimentos para animais, o fornecimento de fatores antinutricionais aos animais deve ser limitado, a fim de evitar os efeitos prejudiciais nos animais.
[0015] Para a remoção de fatores antinutricionais das matérias-primas de alimentos para animais ou a redução de sua presença em matérias-primas de alimentos para animais, as matérias-primas usada no preparo de alimentos são submetidas a um processamento em que são submetidas a tratamento térmico, como cozimento ou torrefação, o que leva a uma remoção, dentre outros, de inibidores de proteinase e lectinas, ou um tratamento com álcali, o qual, por exemplo, leva a uma remoção de sinapina. Portanto, muitas matérias-primas de alimentos para animais são submetidas a um tratamento térmico. Além disso, produtos de alimentação também são submetidos a um tratamento térmico a fim de remover umidade. Por exemplo, o artigo “Feed extrusion process description” de Galen J. Rokey et al. (Revista Brasileira de Zootecnia, vol. 39, pp. 510-518, 2010) revela que cozimento por extrusão para a produção de muitos produtos surgiu há muito tempo nas últimas três décadas e fornece uma ferramenta muito útil e econômica para dietas de animais de processamento. Esse processo permite uma melhor utilização de grãos cereais disponíveis e proteínas vegetais e animais para permitir dietas com bom custo-benefício e nutricionalmente adequadas com características de alimentação melhoradas e únicas. Os artigos revelam adicionalmente que alimentos para animais palatáveis, funcionais e personalizados podem ser fabricados lucrativamente de formulação de matéria-prima, configuração de sistema e condições de processamento.
[0016] No entanto, tal tratamento térmico pode levar a um dano aos aminoácidos presentes nas matérias-primas de alimentos para animais. Por exemplo, os compostos com um grupo amino, como aminoácidos e proteínas, são submetidos à reação de Maillard na presença de compostos redutores, em particular, de açúcares redutores. Esse é o caso, em particular, de lisina com um grupo ε-amino, o qual pode reagir com uma multitude de ingredientes em matérias-primas de alimentos para animais. Os compostos resultantes dessas reações podem ser parcialmente absorvidos no intestino do animal, porém não têm nenhum valor nutricional. Por exemplo, o grupo ε-amino livre de moléculas de lisina ou proteínas contendo lisina pode reagir com um grupo carbonila de açúcares redutores, em particular, de hexoses como glicose, em uma reação de condensação reversível que produz inicialmente uma base de Schiff que é subsequentemente reagida em uma redisposição de Amadori irreversível sob formação de ε-N-desoxicetosil lisina que é, por vezes, denominada produto de Amadori ou produto precoce de Maillard. A ε-N-desoxicetosil lisina pode reagir adicionalmente sob formação de pigmentos marrons ou melanoidinas, os quais são compostos orgânicos contendo nitrogênio com a cor amarelo acastanhado a quase preto. As bases de Schiff, pelo menos aquelas formadas por aldeídos alifáticos e açúcares redutores, podem ser absorvidos quase completamente no intestino de mamíferos. Em comparação, o metabolismo do produto de Amadori ε-N-desoxicetosila é desprezível. A condições empregadas no processamento de matérias-primas de alimentos para animais, em particular, altas temperaturas em cozimento ou torrefação, valores extremos de pH e altas concentrações de reagente, favorecem a reação de Maillard. No entanto, uma parte dos derivados de lisina reagidos é ácido-lábil e pode se reverter para lisina durante a etapa de hidrólise ácida da análise química convencional de aminoácido a úmido. Isso não ocorre, no entanto, no trato digestivo. Consequentemente, as concentrações de aminoácido nos alimentos para animais, determinadas por análise convencional de aminoácido, serão enganosas e superestimarão o teor real de aminoácido e disponibilidade nos alimentos para animais danificados por calor.
[0017] A reação de Maillard é considerada o principal motivo para a degradação de aminoácidos e proteínas contendo aminoácido em matérias-primas de alimentos para animais, em particular, de lisina ou proteínas contendo lisina. No entanto, além da reação de Maillard, há outras reações que resultam na degradação de aminoácidos e proteínas contendo aminoácido. Por exemplo, o aquecimento forte de proteínas na ausência de gorduras ou açúcares (redutores) leva à reação de moléculas de lisina com as cadeias de aminoácido de aminoácidos, como asparagina e glutamina, sob formação de ligações peptídicas internas, denominados isopeptídeos. Além das reações que produzem isopeptídeos, outras reações também ocorrem, como a formação de lisino-alanina, a reação de moléculas de lisina com polifenóis oxididados, a acilação de aminoácidos e a racemização de aminoácidos. Além da modificação de moléculas de lisina, o processamento de matérias-primas de alimentos para animais também leva à desnaturação de proteínas e à formação de reticulação extensiva de proteína, intra- bem como intermolecular, e também com outros aminoácidos diferentes de lisina. As reações mencionadas acima, incluindo a reação de Maillard, pode levar a uma perda geral de aminoácidos e à redução da digestibilidade dos aminoácidos e proteínas nas matérias- primas de alimentos para animais e então a uma redução da absorção de aminoácidos, em particular, lisina, e proteínas.
[0018] Um processamento adicional de alimentos também pode levar a uma diminuição na disponibilidade ou solubilidade de proteínas. Por exemplo, o documento US 5.783.238 revela uma fonte mesclada de nitrogênio orgânico e inorgânico de solubilidades variáveis na forma de nitrogênio não proteína, peptídeos, aminoácidos e proteína intacta derivada na modalidade preferencial do aditivo de alimentação do documento US 5.783.238 dos solúveis de fermentação de ácido glutâmico e/ou solúveis de fermentação de milho aos quais um carreador, aminoácidos adicionais e enzimas podem ser adicionados e os quais são superiores a composições da técnica anterior. Esse documento revela adicionalmente que uma análise química normal das dietas baseadas em aditivo de alimentação reflete um valor de solubilidade que seria obtido com materiais não processados, já que a análise química normal de ingredientes de alimentação é incapaz de distinguir modificações em taxas de solubilidade. Quimicamente, a modificação em solubilidade de nitrogênio que ocorre no aditivo de alimentação do documento US 5.783.238 como resultado de processamento pode ser medida medindo-se cloro livre. Essa análise indicou que apenas 33 % dos componentes de nitrogênio não proteína na mescla do documento US 5.783.238 eram imediatamente solúveis.
[0019] Os documentos WO 97/02489 A1 e NZ 312221 A revelam um método para determinar o coeficiente de digestibilidade de lisina reativa de um alimento para animais. Esse método compreende as etapas de a) introduzir um marcador no alimento para animais a ser analisado, b) fornecer o alimento para animais a um indivíduo não humano por um período de tempo predeterminado, c) obter uma amostra da digesta do alimento para animais do indivíduo, d) determinar o teor de lisina reativa digerível do alimento para animais ao: i) introduzir um agente derivatizador de lisina no alimento para animais e ii) determinar o teor de lisina reativa digerível do alimento para animais medindo o teor de lisina derivatizada equivalente no alimento para animais, e) determinar o teor de lisina reativa digerível no digesta de alimento para animais ao i) introduzir um agente derivatizador de lisina para o grupo épsilon-amino de lisina na digesta de alimento para animais e ii) determinar o teor de lisina reativa digerível da digesta de alimento para animais medindo o teor de lisina derivatizada equivalente na digesta de alimento para animais, f) medindo a concentração de marcador tanto no alimento para animais quanto na digesta de alimento para animais, g) expressar o teor de lisina reativa tanto do alimento para animais quanto da digesta de alimento para animais por grama do marcador, e h) calcular o coeficiente de digestibilidade de lisina reativa.
[0020] A exposição ao calor também tem uma influência significativa no teor de aminoácido de outros alimentos, os quais são obtidos a partir de processos com alta exposição ao calor, como os denominados GSDS (grãos secos de destilaria com solúveis). Tipicamente, o GSDS é obtido em plantas para a preparação de bioetanol com base em cereais contendo amido, como milho, trigo, cevada e sorgo após destilação do etanol e secagem da vinhaça de subproduto restante. As proteínas, fibras e óleos contidos na vinhaça são nutrientes, o que define seu uso como alimentos. No entanto, apenas o subproduto seco é armazenável e também pode ser fornecido a outras espécies diferentes de ruminantes. Tipicamente, o subproduto seco é peletizado após a secagem e o alimento então obtido é tipicamente denominado GSDS. Cerca de um terço dos cereais usados para produção de bioetanol resultam em GSDS. Cada alqueire dos cereais usados na produção de bioetanol (um alqueire americano de cereais é igual a 35.2391 litros) produz cerca de 2,7 galões de etanol (1 galão é igual a 4.54609 litros), 18 libras de GSDS (1 libra é igual a 453.59237 g) e 18 libras de dióxido de carbono. O GSDS tem um alto teor de resíduos de cereal e resíduos de proteínas de levedura, minerais e vitaminas e então um alto valor energético residual. Devido a seu alto teor de proteína de cerca de 30 % e seu valor energético adicional, o GSDS é uma fonte de proteínas e energia que pode ser facilmente digerida por gado bovino e vacas leiteiras. Além disso, o GSDS pode ser usado para a alimentação de aves e porcos. O uso de GSDS para alimentar ruminantes é particularmente comum e bem documentado nos EUA. Na América do Norte, cerca de 80 % do volume de GSDS são usados para alimentar gado. No entanto, a exposição ao calor na destilação do etanol formado durante a fermentação e na secagem do subproduto restante leva a um forte estresse por calor nos aminoácidos no subproduto, o que pode resultar na reação de Maillard de aminoácidos e proteínas, na formação de isopeptídeos e lisino-alaninas, na reação de aminoácidos com polifenóis oxidados, na acilação de aminoácidos, na racemização de aminoácidos, na desnaturação de proteínas e na formação de reticulação extensiva de proteína.
[0021] Tipi camente, as quantidades de aminoácidos em uma matéria-prima de alimentos para animais são determinadas pelo uso de métodos padrão de análise de aminoácido ou avaliadas pelo uso de espectroscopia no infravermelho próximo. Os métodos padrão para análise de aminoácido são métodos químicos a úmido, em que os aminoácidos presentes nas matérias-primas de alimentos para animais são primeiramente fervidos em ácido clorídrico para livrar os aminoácidos das proteínas às quais são principalmente ligados, antes da separação cromatográfica do hidrolisado, ou são primeiramente oxidados, antes da hidrólise e finalmente o hidrolisado é submetido a uma separação cromatográfica. A primeira alternativa é aplicável a todos os aminoácidos com a exceção de triptofano, que é destruído na hidrólise, e metionina e cistina, as quais são parcialmente degradadas por hidrólise. No entanto, os aminoácidos contendo enxofre metionina, cistina e cisteína podem ser quantitativamente determinados se são oxidados a 0 °C com ácido perfórmico a metionina sulfona e ácido cisteico antes da hidrólise e se esses derivados são analisados após a hidrólise. Cistina e cisteína são ambas determinadas como ácido cisteico em hidrolisados de uma amostra oxidada. Durante a hidrólise, os aminoácidos asparagina e glutamina são completamente convertidos em ácido aspártico e glutâmico e podem ser determinados como esses. Portanto, glutamina e asparagina são sempre determinadas juntamente com o ácido glutâmico e o ácido aspártico de ocorrência natural. Consequentemente, os valores determinados para ácido glutâmico e ácido aspártico são parâmetros de soma. A segunda alternativa é aplicável a todos os aminoácidos com a exceção de tirosina, que, no entanto, é degradada na etapa de oxidação. Ambas as alternativas permitem uma determinação precisa dos teores de aminoácido. No entanto, uma grande desvantagem é que ambas as alternativas são muito demoradas e trabalhosas. Portanto, esses métodos não são adequados para análises rápidas, em particular, não o são como métodos de rotina. Em comparação, a espectroscopia no infravermelho próximo não é adequada para uma determinação precisa, ou mesmo altamente precisa, dos teores de aminoácido em uma amostra. Em vez disso, esse método apenas permite a avaliação ou previsão dos teores de aminoácido em uma amostra - sendo isso, no entanto, muito fácil e muito rápido.
[0022] A Evonik produz aminoácidos para alimentos para animais e tem mais de 50 anos de experiência em analisar aminoácidos. Em 2012, testaram cerca de 15000 amostras por ano por meio de química a úmido (consultar o artigo “Evonik’s Amino NIR - NIR for the feed industry” de Richard Mills (http://nirperformance.com/2012/10/24/evoniks-amino- nir/). Embora os métodos de referência de química a úmido ainda sejam o padrão de excelência para analisar aminoácidos, porém testes rápidos com NIR têm se tornado cada mais importantes na entrega de resultados oportunos a clientes para auxiliar na criação das melhores dietas possíveis. Os instrumentos de NIR são conectados a uma rede, com o laboratório da Evonik no hub. Essa rede está em constante crescimento e agora inclui cerca de 870 instrumentos de NIR localizados em moinhos de alimentos para animais e laboratórios analíticos em todo o mundo.
[0023] Os documentos WO 01/15548 A1 e EP 1145645 A1 revelam um método para analisar, selecionar e melhorar matérias-primas para uso em produtos de alimentação para animais de um modo que elimina a superformulação sistemática, enquanto garante um nível desejado de nutrientes no produto suplementado. Em detalhes, esses documentos revelam um método que compreende as etapas de analisar a composição nutricional de bateladas de matéria- prima para uso em um produto de alimento para animais que compreende medir a quantidade de pelo menos aminoácidos na matéria-prima por espectroscopia de refletância no infravermelho próximo, comparar a composição nutricional a uma composição nutricional predeterminada, calcular a quantidade de nutrientes suplementares necessários para levar a composição da batelada à composição nutricional predeterminada, determinar um valor limite para o qual os agrupamentos da matéria-prima existem que são favoráveis econômica e nutricionalmente, triar as bateladas para rejeitar aquelas para as quais a quantidade de nutrientes suplementares necessários é maior que um valor limite e para aceitar aquelas para as quais a quantidade de nutrientes suplementares necessários é menor que um valor limite, e suplementar apenas as bateladas aceitas de matérias-primas com a quantidade calculada de nutrientes suplementares.
[0024] Uma multitude de parâmetros para a caracterização de influências de processamento em matérias-primas de alimentos para animais é conhecida, porém experimentos mostraram que nenhum dos parâmetros conhecidos na literatura é adequado para a caracterização adequada de influências de processamento relevantes para alimentos em matérias-primas de alimento para animais. Entre outros, isso se dá devido ao fato de que os parâmetros individuais levam a diferentes constatações. Por exemplo, a determinação da atividade de urease é o teste mais comum para avaliar a qualidade de processamento de feijão-soja. No entanto, esse teste apenas permite detectar um subprocessamento da matéria-prima de alimentos para animais, porém não é adequado para detectar um superprocessamento de matérias-primas de alimentos para animais. Em comparação, a solubilidade de proteínas de uma amostra em álcali em princípio permite distinguir produtos superprocessados de produtos processados adequadamente. No entanto, essa distinção exige que se faça suposições para o grau de danos por calor em valores específicos para a solubilidade de proteínas em álcali. Desse modo, as suposições já têm uma grande influência na categorização de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais. Além disso, esse método por si só também leva a constatações contraditórias quanto à qualidade de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais.
[0025] Portanto, não é surpreendente que nem parâmetros conhecidos individuais nem uma combinação específica de parâmetros já foram aceitos na indústria alimentícia como suficientes ou mesmo como obrigatórios para a caracterização de características relevantes para alimentos.
[0026] Então, há uma necessidade de um método que permite a caracterização de influências de processamento no valor nutricional de matérias-primas de alimentos para animais em uma escala global e independentemente do significado específico e, em particular, as forças e fraquezas dos métodos individuais.
[0027] De acordo com a presente invenção, esse problema é solucionado obtendo-se um conjunto de parâmetros que são complementares em seu significado e são então combináveis. Esses parâmetros são, entre outros, a atividade de inibidor de tripsina, a atividade de urease, a solubilidade de proteína em álcali, o índice de dispersibilidade de proteína e/ou a razão entre a quantidade reativa de lisina e a quantidade total de lisina. Um parâmetro adicional é pelo menos um aminoácido selecionado a partir do grupo que consiste em metionina, cisteína, cistina, treonina, leucina, arginina, isoleucina, valina, histidina, fenilalanina, tirosina, triptofano, glicina, serina, prolina, alanina, ácido aspártico e ácido glutâmico. Esses parâmetros são obtidos por análise quantitativa de uma série de amostras de uma matéria-prima de alimentos para animais de diferentes pontos no tempo de processamento da matéria-prima de alimentos para animais específica. Para cada um dos parâmetros determinados, o denominado indicador de condições de processamento (ICP) é determinado, o qual descreve todas as condições de processamento concebíveis de uma matéria-prima de alimentos para animais, isto é, subprocessamento, processamento adequado ou superprocessamento. O indicador de condições de processamento então obtido é então plotado em uma escala para facilitar a categorização de uma matéria-prima de alimentos para animais como subprocessada, processada adequadamente ou superprocessada.
[0028] Esse procedimento não é limitado a nenhuma matéria-prima de alimentos para animais particular e então também pode ser usado para a determinação de influências de processamento em alimentos, como grãos secos de destilaria com solúveis (GSDS).
[0029] Um objeto da presente invenção é, portanto, um método para a determinação de influências de processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais que compreende as etapas de a) submeter uma amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais processado a a1) uma análise quantitativa de pelo menos um parâmetro selecionado a partir do grupo que consiste em atividade de inibidor de tripsina, atividade de urease, solubilidade de proteína em álcali e índice de dispersibilidade de proteína; a2) uma determinação da razão entre a quantidade reativa de lisina e a quantidade total de lisina que compreende uma análise quantitativa da quantidade reativa de lisina e a quantidade total de lisina, sucedida pela formação da razão entre a quantidade reativa de lisina e a quantidade total de lisina; e a3) uma análise quantitativa da quantidade de pelo menos um aminoácido selecionado a partir do grupo que consiste em metionina, cisteína, cistina, treonina, leucina, arginina, isoleucina, valina, histidina, fenilalanina, tirosina, triptofano, glicina, serina, prolina, alanina, ácido aspártico e ácido glutâmico; b) plotar os parâmetros obtidos nas etapas a1) a a3) como uma função dos pontos no tempo de processamento da amostra na etapa a); c) determinar a área na plotagem da etapa b), em que o valor da atividade de inibidor de tripsina, expresso como mg de tripsina por g de amostra, é de mais de 4, o aumento do valor de pH na determinação da atividade de urease é de mais de 0,35, o valor da solubilidade de proteína em álcali, expresso como o percentual de proteína na amostra que é solúvel em uma solução alcalina, é de mais de 85 %, e/ou o valor do índice de dispersibilidade de proteína, expresso como o percentual do teor original de nitrogênio da amostra, é de mais de 40 %, e atribuir a área então obtida como subprocessada; d) determinar a área na plotagem da etapa b), em que o valor da razão entre a quantidade reativa de lisina e a quantidade total de lisina é de menos de 90 %, o valor do índice de dispersibilidade de proteína, expresso como o percentual do teor original de nitrogênio da amostra, é de menos de 15 %, e/ou o valor da solubilidade de proteína em álcali, expresso como o percentual de proteína na amostra que é solúvel em uma solução alcalina, é de menos de 73 %, e atribuir uma área então obtida como superprocessada; e) determinar a área na plotagem da etapa b), em que o valor da atividade de inibidor de tripsina, expresso como mg de tripsina por g de amostra, é de menos de 4, o valor da solubilidade de proteína em álcali, expresso como o percentual de proteína na amostra que é solúvel em uma solução alcalina, está entre 73 e 85 %, o valor do índice de dispersibilidade de proteína, expresso como o percentual do teor original de nitrogênio da amostra, está entre 15 e 40 % e o valor da razão entre a quantidade reativa de lisina e a quantidade total de lisina é de pelo menos 90 %, e atribuir a área então obtida como processada adequadamente; e/ou subtrair as áreas determinada nas etapas c) e d) da plotagem de b) e atribuir a área então obtida como processada adequadamente; f) gerar uma escala de processamento padronizando as áreas obtidas nas etapas c) a e) em tamanho igual, classificando-as de superprocessamento a subprocessamento ou vice-versa e atribuindo uma escala contínua para as áreas padronizadas e classificadas; g) inserir os valores dos parâmetros obtidos nas etapas a1) a a3) em uma série de pós, e formar a média dos valores obtidos de cada série de pós, em que a dita média é atribuída como o indicador de condições de processamento (ICP), e i) plotar o indicador de condições de processamento obtido na etapa g) na escala de processamento obtido na etapa f) para indicar se uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais são superprocessados, processados adequadamente ou subprocessados.
[0030] No contexto da presente invenção, o termo a quantidade reativa de lisina é usado para denotar a quantidade de lisina, a qual está de fato disponível para o animal, em particular, para a digestão no animal. Em comparação, o termo a quantidade total de lisina é usado no contexto da presente invenção para a soma da quantidade de lisina, a qual está de fato disponível para o animal, em particular, para a digestão no animal, e da quantidade de lisina, a qual não está disponível para o animal, em particular, não para a digestão no animal. A última quantidade de lisina se dá tipicamente devido a reações de degradação de lisina, como a reação de Maillard já mencionada.
[0031] No contexto da presente invenção, um processamento, o qual leva a danos em matérias-primas de alimentos para animais e/ou alimento para animais e, em particular, a quantidades diminuídas de aminoácidos, é denominado superprocessamento. Em comparação, um processamento, o qual não produz uma remoção completa ou pelo menos aceitável de fatores antinutricionais de matérias-primas de alimentos para animais e/ou alimento para animais, é denominado subprocessamento. Finalmente, um processamento, o qual leva a uma destruição completa ou pelo menos aceitável de fatores antinutricionais sem uma destruição de aminoácidos e/ou proteínas, é denominado processamento adequado ou processamento apropriado.
[0032] A análise quantitativa da atividade de inibidor de tripsina é baseada na habilidade dos inibidores de formar um complexo com a enzima tripsina e então reduzir sua atividade. A tripsina catalisa a hidrólise dos substratos sintáticos N-alfa-benzoil-D,L-arginina-p- nitroanilida (DL-BAPNA, nome IUPAC N-[5- (diaminometilidenoamino)-1-(4-nitroanilino)-1-oxopentan-2- il]benzilamida) e N-alfa-benzoil- L-arginina-p-nitroanilida (L-BAPNA, nome IUPAC N-[5-(diaminometilidenoamino)-1-(4- nitroanilino)-1-oxopentan-2-il]benzilamida). Essa hidrólise catalisada libera o produto de cor amarela p-nitroanilina livre e então leva a uma alteração de absorvância. A atividade de tripsina é proporcional à cor amarela. A concentração da p-nitroanilina pode ser determinada por meio de espectroscopia a um comprimento de onda de 410 nm. L-BAPNA é tipicamente usado no método ISO 14902 (2001) e DL-BAPNA é tipicamente usado no método AACC 22.40-01 (uma modificação do método originalmente inventado por Hamerstrand em 1981).
[0033] No método ISO 14902, a amostra é, em primeiro lugar, finamente triturado com uma peneira de 0,50 mm. Durante a trituração, qualquer evolução de calor deve ser evitada. A amostra triturada é misturada com solução alcalina aquosa, por exemplo, 1 g de amostra em 50 ml de solução de hidróxido de sódio (0,01 N), e a solução, suspensão, dispersão ou emulsão então obtida é então armazenada por um período de até cerca de 24 horas a uma temperatura de 4 °C no máximo. A mistura então obtida tem um pH de 9 a 10, especialmente de 9,4 a 9,6. A solução resultante é diluída com água e deixada descansar. Uma amostra dessa solução, por exemplo, 1 ml, é obtida e diluída como indicado por seu teor de atividade de inibidor de tripsina presumido ou previamente aproximado para que 1 ml de solução diluída cause uma inibição de 40 a 60 % da reação enzimática. A solução de finalização de tripsina, por exemplo, 1 ml, é adicionada a uma mistura de L-BAPNA, água e a solução de extrato de amostra diluída, por exemplo, 5 ml de L-BAPNA, 2 ml de água (destilada) e 1 ml da solução de extrato de amostra adequadamente diluída. As amostras são então incubadas por exatamente 10 minutos a 37 °C. A reação é interrompida por adição de 1 ml de ácido acético (30 %). Uma amostra em bruto é preparada como acima, porém a tripsina é adicionada após o ácido acético. Após a centrifugação a 2,5 g, a absorbância é medida a um comprimento de onda de 410 nm.
[0034] No método AACC 22-40.01, a amostra é, em primeiro lugar, finamente triturada com uma peneira de 0,15 mm. Durante a trituração, qualquer evolução de calor deve ser evitada. A amostra triturada é misturada com solução alcalina aquosa, por exemplo, 1 g de amostra em 50 ml de solução de hidróxido de sódio (0,01 N), e vagarosamente agitada por 3 horas a 20 °C. O pH da solução, suspensão, dispersão ou emulsão então obtida deve estar entre 8 e 11, preferencialmente entre 8,4 e 10. A solução, suspensão, dispersão ou emulsão resultante é diluída com água, agitada e deixada descansar. Uma amostra dessa solução, por exemplo, 1 ml, é obtida e diluída como indicado por seu teor de atividade de inibidor de tripsina presumido ou previamente aproximado para que 1 ml de solução diluída cause uma inibição de 40 a 60 % da reação enzimática. A solução de finalização de tripsina, por exemplo, 2 ml, é adicionada a uma mistura de D,L-BAPNA, água e a solução de extrato de amostra diluída, por exemplo, 5 ml de L-BAPNA, 1 ml de água (destilada) e 1 ml da solução de extrato de amostra adequadamente diluída. As amostras são então incubadas por exatamente 10 minutos a 37 °C. A reação é interrompida por adição de 1 ml de ácido acético (30 %). Uma amostra em bruto é preparada como acima, porém a tripsina é adicionada após o ácido acético. Após a centrifugação a 2,5 g, a absorbância é medida a um comprimento de onda de 410 nm.
[0035] Independentemente do método usado, a atividade de inibidor de tripsina é calculada como mg de inibidor de tripsina por g de tripsina, com a seguinte fórmula:
Figure img0001
i = percentual de inibição (%); Ar = absorbância da solução com padrão; Abr = absorbância da amostra em bruto com padrão; As = absorbância da solução com amostra;
Figure img0002
AIT = atividade de inibidor de tripsina (mg/g); i = percentual de inibição (%); m0 = massa da amostra de teste (g); m1 = massa de tripsina (g); f1 = fator de diluição do extrato de amostra; e f2 = fator de conversão com base na pureza de tripsina.
[0036] Uma unidade de tripsina é definida como a quantidade de enzima, a qual irá aumentar a absorbância a 410 nm em 0,01 unidade após 10 minutos de reação para cada 1 ml de volume de reação. A atividade de inibidor de tripsina é definida como o número de unidades de tripsina inibidas (UTI). A UTI por ml é
Figure img0003
em que Aamost ra em bruto = amostra em bruto de absorbância Aamostra = amostra de absorbância Vam. dil. = volume da solução de amostra diluída em ml.
[0037] A UTI então obtida é plotada contra os volumes da solução de amostra diluída, em que o valor extrapolado do volume de inibidor a 0 ml produz a UTI final [ml]. Finalmente, a UTI por g de amostra é calculada com a fórmula
Figure img0004
em que d = fator de diluição (volume final dividido pela quantidade obtida).
[0038] Os resultados desse método analítico não devem exceder 10 % do valor médio para amostras repetidas.
[0039] A análise quantitativa de atividade de inibidores de tripsina compreende preferencialmente, portanto, as etapas i) dissolver uma amostra de um alimento para animais e/ou matéria-prima de alimentos para animais em uma solução alcalina; ii) diluir uma alíquota da solução obtida na etapa i) para fornecer uma mistura em que a concentração de inibidor de tripsina é suficiente para aproximadamente 40 a 60 % de inibição de tripsina; iii) adicionar um volume específico de uma solução de tripsina à mistura obtida na etapa ii); iv) adicionar BAPNA à mistura obtida na etapa iii) para iniciar a reação de hidrólise de BAPNA com tripsina; v) interromper a reação de hidrólise; vi) medir a absorbância para a mistura obtida na etapa v) a um comprimento de onda de 410 nm e calcular o número de unidades de tripsina inibidas (UTI) com a fórmula
Figure img0005
em que Aamost ra em bruto = amostra em bruto de absorbância Aamostra = amostra de absorbância Vam. dil. = volume da solução de amostra diluída em ml; e plotar a UTI obtida na etapa viii) contra os volumes da solução de amostra diluída, em que o valor extrapolado do volume de inibidor a 0 ml produz a UTI final [ml]; e/ou vii) a UTI por g de amostra de acordo com a fórmula
Figure img0006
em que d = fator de diluição (volume final dividido pela quantidade obtida).
[0040] A enzima urease catalisa a degradação de ureia em amônia e dióxido de carbono. Já que a urease ocorre naturalmente em feijões-sojas, a análise quantitativa dessa enzima é o teste mais comum para avaliar a qualidade de feijões-sojas processados. Preferencialmente, a análise quantitativa de urease é feita de acordo com o método de ISO 5506 (1988) ou AOCS Ba 9-58. O método de AOCS Ba 9-58 determina a atividade residual de urease como um indicador indireto para avaliar se os inibidores de protease foram destruídos no processamento de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais. A dita atividade residual de urease é medida como o aumento do valor de pH no teste como consequência da liberação da amônia de composto alcalino nos meios. O nível recomendado para o dito aumento do valor de pH é de 0,01 a 0,35 de aumento de unidade (NOPA, 1997). Uma análise quantitativa típica da atividade de urease de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais é feita desse modo: Primeiramente, uma solução de ureia em um tampão que compreende NaH2PO4 e KH2PO4 é preparada, por exemplo, 30 g de ureia são adicionados a 1 l de uma solução tampão composta por 4,45 g de Na2HPO4 e 3,4 g de KH2PO4 e o valor de pH do que foi obtido é medido. Subsequentemente, uma amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais, por exemplo, 0,2 g de uma amostra de feijão-soja, é adicionada a essa solução. Um tubo de teste ou béquer com a solução, suspensão, dispersão ou emulsão então obtida é colocado em um banho de água, por exemplo, a uma temperatura de 30 +/- 5 °C, preferencialmente 30 °C, por 20 a 40 minutos, preferencialmente 30 minutos. Finalmente, o valor de pH dessa solução, suspensão, dispersão ou emulsão é medida, em comparação com o valor de pH da solução de ureia original, e a diferença é dada como o aumento de pH.
[0041] A análise quantitativa da atividade de urease compreende preferencialmente, portanto, as etapas de i) preparar uma solução de ureia em um tampão que compreende Na2HPO4 e KH2PO4; ii) medir o valor de pH da solução da etapa i); iii) adicionar uma amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais à solução compreendendo ureia; iv) manter a solução, suspensão, dispersão ou emulsão então obtida a uma temperatura constante por um certo período de tempo, antes de medir o valor de pH da solução, suspensão, dispersão ou emulsão; e v) expressar a diferença entre os valores de pH medidos nas etapas ii) e iv) como o aumento de pH.
[0042] A solubilidade de proteínas em álcali, doravante no presente documento também denominada solubilidade de proteínas em uma solução alcalina ou a solubilidade alcalina de proteínas, é um método eficaz para distinguir os produtos superprocessados de produtos processados corretamente, por exemplo, de acordo com DIN EN ISO 14244.
[0043] A solubilidade de proteínas em álcali ou a solubilidade alcalina de proteínas compreende a determinação do percentual de proteína que é solubilizada em uma solução alcalina. Antes da solubilização da amostra de um peso conhecido da matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais, o teor de nitrogênio de uma amostra com um peso específico é determinado com o uso de um método padrão para a determinação de nitrogênio, como o método Kjeldahl ou Dumas. O teor de nitrogênio determinado é denominado teor de nitrogênio no total. Posteriormente, uma amostra do mesmo peso e da mesma fonte é suspensa em uma solução alcalina de uma concentração definida, preferencialmente em uma solução de hidróxido alcalino, em particular, em uma solução de hidróxido de potássio. Uma alíquota da suspensão então obtida é selecionada e centrifugada. Novamente, uma alíquota da suspensão então obtida é selecionada. O teor de nitrogênio nessa fração líquida é determinada com o uso de um método padrão para a determinação de nitrogênio, como o método Kjeldahl ou Dumas. O teor de nitrogênio então determinado é comparado ao teor de nitrogênio no total e expresso como o percentual do teor original de nitrogênio da amostra.
[0044] A análise quantitativa da solubilidade alcalina de proteínas compreende preferencialmente as etapas de i) determinar o teor de nitrogênio de uma amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais, preferencialmente por um método, como algum de acordo com Kjeldahl ou Dumas; ii) colocar uma alíquota da amostra da etapa i) em uma solução alcalina, preferencialmente uma solução de hidróxido de sódio ou hidróxido de potássio, antes de agitação; iii) centrifugar a suspensão, solução, dispersão ou emulsão obtida na etapa ii); iv) determinar o teor de nitrogênio em uma alíquota da solução ou do sobrenadante da suspensão, solução, dispersão ou emulsão obtida na etapa iii) preferencialmente por um método como algum de acordo com Kjeldahl ou Dumas; e v) calcular a solubilidade alcalina de proteínas como a razão entre o teor de nitrogênio determinada na etapa iv) e o teor de nitrogênio determinado na etapa i).
[0045] Preferencialmente, a solução alcalina usada na etapa ii) tem um valor de pH de 11 a 14, em particular, de 12 a 13, por exemplo, 12,5. A quantidade de álcali, como hidróxido de sódio ou hidróxido de potássio, usada para a preparação da solução alcalina depende do volume da solução a ser preparada.
[0046] Uma solução alcalina típica para a determinação da solubilidade alcalina de proteínas tem um valor de pH de 12,5, por exemplo, e uma solução de hidróxido de potássio com uma concentração de 0,036 mol/l ou 0,2 % em peso. Na etapa ii), 1,5 g de uma amostra de feijão-soja são, por exemplo, colocados em 75 ml de uma solução de hidróxido de potássio, antes de agitação a 8500 rpm (rotações por minuto) por 20 minutos a 20 °C. Subsequentemente, uma alíquota, por exemplo, cerca de 50 ml, da suspensão, solução, dispersão ou emulsão então obtida é selecionada e imediatamente centrifugada a 2500 g por 15 min. Posteriormente, uma alíquota, por exemplo, 10 ml, do sobrenadante da suspensão, solução, dispersão ou emulsão então obtida é selecionada e o teor de nitrogênio na dita alíquota é determinada por meio de métodos padrão para a determinação de nitrogênio, como o método de Kjeldahl ou Dumas. Finalmente, os resultados são expressos como o percentual do teor de nitrogênio da amostra.
[0047] A determinação do índice de dispersibilidade de proteína (IDP) mede a solubilidade de proteínas em água após mesclar uma amostra com água. Esse método também envolve a determinação do teor de nitrogênio em uma amostra de um peso conhecido, o que é feito tipicamente de acordo com o mesmo procedimento da análise química a úmido de proteínas. O teor de nitrogênio então obtido também é denominado teor total de nitrogênio. Além disso, o método também compreende a preparação de uma suspensão de uma amostra do mesmo peso que na determinação do teor de nitrogênio que é suspensa em água, o que é tipicamente feito com o uso de um mesclador de alta velocidade. A suspensão então obtida é filtrada e o filtrado é submetido a uma centrifugação. O teor de nitrogênio no sobrenadante então obtido é determinado com o uso novamente de um método padrão para a determinação, como o método Kjeldahl ou Dumas, descrito acima. O teor de nitrogênio então obtido também é denominado teor de nitrogênio em solução. A índice de dispersibilidade de proteína é finalmente calculada como a razão entre o teor de nitrogênio em solução e o teor total de nitrogênio e expresso como o percentual do teor original de nitrogênio da amostra.
[0048] A análise quantitativa do índice de dispersibilidade de proteína compreende preferencialmente as etapas de i) determinar o teor de nitrogênio de uma amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais, preferencialmente por um método, como algum de acordo com Kjeldahl ou Dumas; ii) colocar uma alíquota da amostra da etapa i) em água; iii) determinar o teor de nitrogênio na dispersão obtida na etapa ii) preferencialmente por um método como algum de acordo com Kjeldahl ou Dumas; e iv) calcular o índice de dispersibilidade de proteína como a razão entre o teor de nitrogênio determinado na etapa iii) e o teor de nitrogênio determinado na etapa i).
[0049] Já que os valores para o índice de dispersibilidade de proteína aumenta ao diminuir o tamanho de partícula, os resultados obtidos na determinação do índice de dispersibilidade de proteína dependem do tamanho de partícula da amostra. É preferencial, portanto, triturar a amostra a ser submetida à determinação do índice de dispersibilidade de proteína, em particular, com um tamanho de malha de 1 mm.
[0050] O procedimento descrito acima está de acordo com o Método Oficial Ba 10-65 da Sociedade Americana de Químicos de Óleo (A.O.C.S.), sendo que, de acordo com a mesma, a determinação do índice de dispersibilidade de proteína é preferencialmente realizada. O teor de nitrogênio de, por exemplo, uma amostra de soja é determinada por meio de métodos padrão para a determinação de nitrogênio, como o método de Kjeldahl ou Dumas. Uma alíquota, por exemplo, 20 g, da amostra de soja é colocada em um mesclador e água (desionizada), por exemplo, 300 ml, são adicionadas a 25 °C, antes de agitação, por exemplo, a 8500 rpm por 10 minutos. A suspensão, solução, dispersão ou emulsão então obtida é filtrada e a solução, dispersão ou emulsão então obtida é centrifugada, por exemplo, a 1000 g por 10 minutos. Finalmente, o teor de nitrogênio no sobrenadante é determinado por meio de métodos padrão para a determinação de nitrogênio, como o método de Kjeldahl ou Dumas.
[0051] Muitos alimentos para animais são processados, o que resulta em possíveis danos aos aminoácidos. Isso pode tornar alguns dos aminoácidos indisponíveis para seu uso em nutrição. Esse é particularmente o caso da lisina, a qual tem um grupo ε-amino que pode reagir com o grupo carbonila de outros compostos, por exemplo, açúcares redutores, presentes na dieta para produzir compostos que podem ser parcialmente absorvidos no intestino, porém que não têm nenhum valor nutricional para o animal. A reação do grupo ε-amino de lisina livre e/ou ligada à proteína com açúcares redutores durante o tratamento térmico é conhecida como a reação de Maillard. Essa reação produz produtos de Maillard precoces e tardios. Os produtos de Maillard precoces são derivados de lisina estruturalmente alterados que são denominados compostos de Amadori, enquanto os produtos de Maillard tardios são denominados melanoidinas. As melanoidinas não interferem na análise normal de lisina e não têm nenhuma influência nos valores de digestibilidade que são calculadas. Apenas resultam em concentrações mais baixas da lisina sendo absorvida. Portanto, as melanoidinas são tipicamente não identificadas na análise regular de aminoácido. Em comparação, os compostos de Amadori interferem na análise de aminoácido e produzem concentrações imprecisas de lisina para a amostra sendo analisada. A lisina ligada nesses compostos é denominada “lisina bloqueada” e está biologicamente indisponível já que é resistente a qualquer degradação enzimática gastrointestinal.
[0052] O teor de lisina reativa em uma amostra pode ser determinado com o uso do reagente de Sanger, isto é, 1- fluoro-2,4-dinitrobenzeno (FNDB). A lisina determinada por meio desse método também é, portanto, denominada FDNB- lisina. O reagente de Sanger converte lisina na dinitrofenil (DNP)-lisina amarela, a qual pode ser extraída e medida espectrofotometricamente a um comprimento de onda de 435 nm ou por cromatografia líquida de alta eficiência.
[0053] Alternativamente, o teor de lisina reativa em uma amostra também pode ser determinado com a reação de guanidinação com o uso do reagente moderado O- metilisoureia. Nesse método, a O-metilisoureia reage apenas com o grupo ε-amino de lisina, porém não reage com o α- grupo amino de lisina. Portanto, a reação de guanidinação pode ser usada para determinar lisina livre e lisina ligada a peptídeo. É dada preferência, portanto, para a reação de guanidação para a determinação da lisina reativa. A reação de guanidinação de lisina produz uma homoarginina, a qual é adicionalmente derivatizada com ninidrina e a alteração resultante em absorção pode ser medida em um comprimento de onda de 570 nm. Subsequentemente, a amostra derivatizada é hidrolisada para produzir novamente a homoarginina. A determinação de lisina reativa também pode ser feita por meio da reação de guanidação da lisina ligada à proteína não danificada em um meio alcalino para produzir homoarginina. Nesse tipo de reação, a guanidação é tipicamente realizada através da ação de O-metilisoureia (OMIU).
[0054] Já que é um método mais fácil de usar, é dada preferência ao uso da reação de guanidinação para a determinação de lisina reativa. A reação de guanidação envolve a incubação de uma amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais em O- metilisoureia. Preferencialmente, a razão entre O- metilisoureia e lisina é maior que 1000. A amostra então tratada obtida na etapa i) é seca e analisada para homoarginina, preferencialmente com o uso de cromatografia líquida de alta eficiência de troca iônica. Subsequentemente, a dita amostra é derivatizada com ninidrina e a absorbância da amostra derivatizada é medida a um comprimento de onda de 570 nm. Posteriormente, a dita amostra é submetida a uma hidrólise, sucedida pela remoção do solvente até a secura da amostra. O peso e a quantidade molar de honoarginina na amostra são determinados. Finalmente, a quantidade de lisina reativa é calculada a partir da quantidade molar de homoarginina.
[0055] A reação de guanidação para a determinação de lisina reativa compreende preferencialmente, portanto, as etapas de i) incubar uma amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais em O- metilisoureia; ii) analisar a amostra obtida na etapa i) para homoarginina; iii) derivatizar a amostra obtida na etapa ii) com ninidrina; iv) medir a absorbância da amostra obtida na etapa iii) a um comprimento de onda de 570 nm; v) submeter a amostra da etapa iv) a uma hidrólise; vi) determinar o peso e a quantidade molar de homoarginina na amostra hidrolisada; e vii) determinar a quantidade de lisina reativa da quantidade molar de homoarginina obtida na etapa vi).
[0056] No entanto, não apenas a lisina é submetida a danos térmicos no processamento de matérias-primas de alimentos para animais e/ou alimento para animais, porém também outros aminoácidos. De acordo com o método da presente invenção, os aminoácidos metionina, cisteína, cistina, treonina, leucina, arginina, isoleucina, valina, histidina, fenilalanina, tirosina, triptofano, glicina, serina, prolina, alanina, ácido aspártico e ácido glutâmico são quantitativamente analisados em uma amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais. Até certo grau, os aminoácidos não estão apenas presentes como compostos únicos, porém também como oligopeptídeos, por exemplo, dipeptídeos, tripeptídeos ou peptídeos superiores, formados em uma reação de equilíbrio de dois, três ou ainda mais aminoácidos. O grupo amino de um aminoácido é usualmente muito fraco como um nucleófilo para reagir diretamente com um grupo carboxila de outro aminoácido ou está presente em forma protonada (-NH3+). Portanto, o equilíbrio dessa reação está usualmente no lado esquerdo sob condições padrão. Não obstante, dependendo dos aminoácidos individuais e da condição de uma solução de amostra, alguns aminoácidos a serem determinados podem não estar presentes como compostos únicos, porém, até certo grau, como oligopeptídeos, por exemplo, dipeptídeo, tripeptídeo ou peptídeo superior, formados por dois, três ou ainda mais aminoácidos. Portanto, a amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais deve ser submetida a um tratamento de hidrólise, preferencialmente uma hidrólise ácida ou básica, com o uso, por exemplo, de ácido clorídrico ou hidróxido de bário. A fim de facilitar a separação dos aminoácidos livres e/ou a identificação e determinação dos aminoácidos, os aminoácidos livres são derivatizados com um reagente cromogênico, se necessário. Os reagentes cromogênicos adequados são conhecidos pela pessoa versada na técnica. Subsequentemente, os aminoácidos livres ou os aminoácidos livres derivatizados são submetidos a uma separação cromatográfica, na qual os diferentes aminoácidos são separados uns dos outros devido a diferentes períodos de retenção devido a diferentes grupos funcionais dos aminoácidos individuais. As colunas de cromatografia, por exemplo, colunas de fase reversa, e solvente de eluente adequado para a separação cromatográfica de aminoácidos são conhecidos pela pessoa versada na técnica. Os aminoácidos separados são finalmente determinados nos eluatos da etapa de cromatografia por comparação com um padrão calibrado, preparado para a análise. Tipicamente, os aminoácidos, os quais são eluídos a partir da coluna de cromatografia, são detectados com um detector adequado, por exemplo, com um detector de condutividade, um detector específico de massa ou um detector de fluorescência ou um detector de UV/VIS dependendo de quando os aminoácidos foram derivatizados com um reagente cromogênico. Isso produz um cromatograma com áreas de pico e alturas de pico para os aminoácidos individuais. A determinação dos aminoácidos individuais é realizada comparando as áreas de pico e alturas de pico com um padrão calibrado ou curva de calibração para cada aminoácido. Já que a cistina (HO2C(-H2N)CH-CH2-S-S-CH2- CH(NH2)-CO2H) e a cisteína (HS-CH2-CH(NH2)-CO2H) são ambas determinadas como ácido cisteico (HO3S-CH2-CH(NH2)-CO2H), a análise quantitativa não faz nenhuma distinção entre os dois aminoácidos. No entanto, isso não parece ter nenhuma influência na precisão da análise quantitativa, já que a cisteína é tipicamente muito suscetível a oxidações e está, portanto, usualmente presente como cistina.
[0057] A análise quantitativa de pelo menos um aminoácido diferente de lisina reativa compreende preferencialmente as etapas de: i) colocar uma amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais em uma solução ácida aquosa; ii) hidrolisar os aminoácidos contidos na dita amostra a fim de libertá-los; iii) opcionalmente, derivatizar os aminoácidos livres obtidos na etapa ii) com um reagente cromogênico que melhora a separação e propriedades espectrais dos aminoácidos; iv) separar os aminoácidos livres obtidos na etapa ii) e/ou iii) com o uso de cromatografia em coluna; e v) determinar as quantidades dos aminoácidos separados nos eluatos obtidos na etapa iv).
[0058] O procedimento descrito acima é, em geral, usado para a análise quantitativa da quantidade total de lisina, o que é exigido para a determinação da razão entre a quantidade reativa de lisina e a quantidade total de lisina, e para a análise quantitativa de pelo menos um aminoácido selecionado a partir do grupo que consiste em metionina, cisteína, cistina, treonina, leucina, arginina, isoleucina, valina, histidina, fenilalanina, tirosina, triptofano, glicina, serina, prolina, alanina, ácido aspártico e ácido glutâmico.
[0059] O ponto mais crítico na análise quantitativa de aminoácidos é a preparação de amostra, a qual difere em relação ao tipo de ingredientes e aos aminoácidos de maior interesse. A maioria dos aminoácidos pode ser hidrolisada por uma hidrólise em ácido clorídrico (6 mol/l) por um período de tempo de até 24 horas. Para os aminoácidos contendo enxofre metionina, cisteína e cistina, a hidrólise é precedida por uma oxidação com ácido perfórmico. Para a análise quantitativa de triptofano, a hidrólise é realizada com hidróxido de bário (1,5 mol/l) por 20 horas.
[0060] Antes da análise quantitativa dos aminoácidos, a amostra da matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais é preferencialmente finamente triturada. Durante a dita trituração da matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais, qualquer evolução de calor deve ser evitada a fim de evitar qualquer influência adicional de calor nos teores da matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais, em particular, em relação ao parâmetro que é submetido à análise quantitativa da etapa a) do método de acordo com a presente invenção.
[0061] Os valores obtidos para os parâmetros da análise quantitativa realizada nas etapas a1) a a3) de acordo com a presente invenção são plotados na etapa b) do método de acordo com a presente invenção como uma função do tempo de processamento das amostras que são submetidas à análise quantitativa.
[0062] A seguir, na etapa c) do método de acordo com a presente invenção, a área na plotagem da etapa b) é determinada, em que - o valor da atividade de inibidor de tripsina, expresso como mg de tripsina por g de amostra, é de mais de 4, - o aumento do valor de pH é de mais de 0,35, - o valor da solubilidade de proteína em álcali, expresso como o percentual de proteína na amostra que é solúvel em uma solução alcalina, é de mais de 85 %, e/ou - o valor do índice de dispersibilidade de proteína, expresso como o percentual do teor original de nitrogênio na amostra, é de mais de 40 %, e as áreas na plotagem da etapa b), em que pelo menos uma dessas provisões é dada, são atribuídas como subprocessadas.
[0063] A seguir, na etapa d) do método de acordo com a presente invenção, a área na plotagem da etapa b) é determinada, em que - o valor da razão entre a quantidade reativa de lisina e a quantidade total de lisina é de menos de 90 %, - o valor do índice de dispersibilidade de proteína, expresso como o percentual do teor original de nitrogênio da amostra, é de menos de 15 %, e/ou - o valor da solubilidade de proteína em álcali, expresso como o percentual de proteína na amostra que é solúvel em uma solução alcalina, é de menos de 73 %, e as áreas na plotagem da etapa b), em que pelo menos uma dessas provisões é dada, são atribuídas como superprocessadas.
[0064] Finalmente, na etapa e) do método de acordo com a presente invenção, a área na plotagem da etapa b) é determinada, em que - o valor da atividade de inibidor de tripsina, expresso como mg de tripsina por g de amostra, é de menos de 4, - o valor da solubilidade de proteína em álcali, expresso como o percentual de proteína na amostra que é solúvel em uma solução alcalina, está entre 73 e 85 %, - o valor do índice de dispersibilidade de proteína, expresso como o percentual do teor de nitrogênio da amostra, está entre 15 e 40 %, e - o valor da razão entre a quantidade reativa de lisina e a quantidade total de lisina é de pelo menos 90 %, e as áreas na plotagem da etapa b), em que pelo menos uma dessas provisões é dada, são atribuídas como processadas adequadamente.
[0065] Além disso ou alternativamente, na etapa e) do método de acordo com a presente invenção, as áreas obtidas nas etapas c) e d) são subtraídas da plotagem da etapa b) e a área então obtida é atribuída como processada adequadamente.
[0066] No caso raro em que o desempenho de ambas as alternativas na etapa e) produz diferentes áreas, o tamanho médio é determinado para essas áreas.
[0067] A fim de facilitar uma classificação da matéria- prima de alimentos para animais e/ou dos alimentos para animais submetidos ao método de acordo com a presente invenção como superprocessados, subprocessados ou processados adequadamente, também é necessário gerar uma escala de processamento, na qual o indicador de condições de processamento da etapa f) é finalmente plotado. O tamanho das áreas determinadas nas etapas c) a e) do método de acordo com a presente invenção podem diferir em tamanho, em particular, em relação à sua altura (extensão das áreas na direção y ou ao longo da ordenada) e/ou ao seu comprimento (extensão das áreas na direção x ou ao longo da abscissa). Portanto, na etapa f) do método de acordo com a presente invenção, as áreas determinadas nas etapas c) a e) são padronizadas em tamanho igual e as áreas padronizadas são subsequentemente classificadas de superprocessamento a subprocessamento ou vice-versa. Além disso, uma escala contínua é atribuída às áreas padronizadas e classificadas.
[0068] De acordo com a presente invenção, os valores dos parâmetros obtidos nas etapas a1) a a3) do método de acordo com a presente invenção são inseridos na etapa g) do método de acordo com a presente invenção em uma série de pós e os valores então obtidos são usados para determinar o valor médio, o qual é denominado indicador de condições de processamento (ICP).
[0069] Uma série de pós típica corresponde à fórmula
Figure img0007
com i = número máximo dos parâmetros analisados; n = parâmetro específico; xn = valor de um parâmetro específico; e an = fator de ponderação para o parâmetro.
[0070] No contexto da presente invenção, o fator de ponderação é preferencialmente um número inteiro. Preferencialmente, o fator de ponderação é um número inteiro de 1 a 10.
[0071] Considerando a formação do valor médio para os valores da série de pós, o denominado indicador de condições de processamento (ICP) é obtido por meio da fórmula
Figure img0008
com i = número máximo dos parâmetros analisados; n = parâmetro específico; xn = valor de um parâmetro específico; e an = fator de ponderação para o parâmetro.
[0072] Finalmente, o indicador de condições de processamento obtido na etapa g) é então finalmente plotagem na etapa h) do método de acordo com a presente invenção na escala de processamento obtida na etapa f) para indicar se a matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais é superprocessado, processado adequadamente ou subprocessado.
[0073] Preferencialmente, uma série de amostras de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais processado de diferentes pontos no tempo de processamento é submetida ao método de acordo com a presente invenção para fornecer uma população de amostras abrangente. Preferencialmente, a dita série de amostras compreende pelo menos 100 amostras, em particular, 200, 300, 400, 500 ou mais amostras. No caso de uma série de amostras, o tipo de matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais é preferencialmente do mesmo tipo. É adicionalmente preferencial submeter mais uma série de amostras preferencialmente do mesmo tipo de matéria- prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais ao método de acordo com a presente invenção. Assim, tem-se a vantagem de que também a série de amostras de diferentes regiões do mundo pode ser submetida ao método de acordo com a presente invenção. Isso permite que se adquira um conjunto de dados abrangente, o que também permite que se determine a influência de influências de processamento no valor nutricional de um matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais de diferentes regiões do mundo. Então, o método de acordo com a presente invenção também considera as diferentes condições climáticas nas várias regiões do mundo, as quais, juntamente ao processamento, também têm uma influência no valor nutricional de matérias-primas de alimentos para animais e/ou alimento para animais.
[0074] O crescimento do animal exige uma suplementação dietária de aminoácidos. No entanto, os aminoácidos presentes no alimento para animais não são completamente digeríveis. Em vez disso, a digestibilidade de um aminoácido varia entre as matérias-primas de alimentos para animais ou alimentos para animais e, além disso, também varia entre os aminoácidos. Por exemplo, os teores de fatores antinutritivos ou de fibras na matriz da matéria- prima de alimentos para animais pode diminuir a digestibilidade de aminoácidos em uma espécie de animal. Aminoácidos são digeridos no intestino delgado. Os aminoácidos digeríveis são absorvidos pelas paredes do intestino delgado. Os materiais não digeridos passam pelo intestino grosso e são excretados nas fezes, pelo menos teoreticamente. No entanto, a microflora no intestino grosso pode metabolizar alguns dos aminoácidos não digeridos para seu próprio crescimento e desenvolvimento. Como consequência, a absorção de aminoácidos em uma espécie de animal não pode ser determinada por uma simples subtração do teor de aminoácidos nas fezes do teor de aminoácidos na dieta fornecida ao animal. Para evitar a manipulação por micróbios da parte posterior do intestino, a digestibilidade de aminoácidos por animais monogástricos é mais corretamente medida no final do intestino delgado. Essa parte do intestino também é denominada íleo. Portanto, no campo de nutrição animal, a respectiva digestibilidade de aminoácido também é denominada digestibilidade ileal de aminoácidos ou coeficiente de digestibilidade ileal. O método de análise ileal mede a diferença entre a quantidade de cada um dos aminoácidos na dieta e na digesta ileal, dividida pela quantidade de cada um dos aminoácidos na dieta. No entanto, a digesta coletada no final do intestino delgado contém grandes quantidades de proteínas endógenas e, dependendo da contribuição relativa de perdas endógenas de aminoácido, os coeficientes de digestibilidade de aminoácido ileal aparente são realizados em diferentes extensões. A expressão aparente no contexto com a digestibilidade de aminoácido ileal reflete, portanto, o fato de que os coeficientes não são ajustados pelas perdas endógenas de nitrogênio e aminoácido. Os denominados coeficientes de digestibilidade de aminoácido ileal aparente ou digestibilidade ileal aparente (DIA) são calculados de acordo com a equação:
Figure img0009
com AAingestão = a quantidade do aminoácido individual, dado ao animal como parte da dieta, e AAexcretada = a quantidade do aminoácido individual em digesta ileal.
[0075] As perdas endógenas de proteína e aminoácido podem ser separadas em uma perda basal (mínima) e uma perda específica adicional. A perda basal é não específica e relacionada à ingestão de matéria seca, enquanto a perda específica é relacionada a fatores inerentes nos alimentos para animais, por exemplo, fatores de fibra e antinutritivos, como inibidores de tripsina, lectinas e taninas. As secreções endógenas são originadas de várias fontes, incluindo saliva, secreções pancreáticas, células epiteliais descamadas e mucina. As quantidades de perdas endógenas de proteína e aminoácido basais na digesta ileal podem ser determinadas por diferentes métodos. Esses métodos incluem dietas sem proteína para alimentação, dietas de alimentações contendo fontes de proteína que são presumidas como completamente (100 %) digeríveis com absorção completa de aminoácidos e a técnica de regressão.
[0076] As imperfeições da digestibilidade ileal aparente são superadas quando os coeficientes de digestibilidade ileal aparente são padronizadas corrigindo-as para perdas endógenas de aminoácido basais. Os coeficientes de digestibilidade ileal padronizadas ou padrão então obtidos são independentes do nível de aminoácido dietário. A questão principal para a determinação de digestibilidade de aminoácido ileal padronizada é a quantificação do nível das perdas endógenas de aminoácido basais na digesta coletada do fim do intestino delgado. Os coeficientes de digestibilidade de aminoácido ileal padrão ou coeficientes de digestibilidade ileal padrão (padronizada) (DIP) são calculados de acordo com a equação:
Figure img0010
com AAingestão = a quantidade do aminoácido individual, dada ao animal como parte da dieta, AAexcretada = a quantidade do aminoácido individual na digesta ileal, e AAend. bas. = a quantidade da perda endógena de aminoácido basal.
[0077] Atualmente, apenas um coeficiente de digestibilidade padrão único de um aminoácido específico em uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais para uma espécie de animal é usado na prática para a avaliação do valor nutricional da dita matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais para uma espécie de animal, independentemente da origem da matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais. Consequentemente, os coeficientes de digestibilidade padrão da prática atual não consideram nenhum impacto regional no valor nutricional nem consideram nenhum impacto das diferenças no processamento da matéria- prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais.
[0078] No entanto, sem a consideração das influências adicionais no valor nutricional, a prática atual de usar um coeficiente de digestibilidade padrão único não permite uma avaliação confiável e significativa do valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais.
[0079] Em comparação, o método de acordo com a presente invenção considera essa influência devido ao fato de que se correlaciona ao coeficiente ileal padrão de um aminoácido em uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais na espécie de animal com o indicador de condições de processamento obtido para a mesma matéria- prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais, o qual já reflete as influências do processamento no valor nutricional da matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais.
[0080] Em uma modalidade, o método de acordo com a presente invenção compreende adicionalmente as etapas de i) determinar o coeficiente de digestibilidade ileal padronizada (DIP) de um aminoácido em uma matéria- prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais para uma espécie de animal por i1) análise quantitativa da quantidade do dito aminoácido (AAingestão) na mesma amostra da na etapa a); i2) administrar a dita amostra a uma espécie de animal e determinar a perda endógena do dito aminoácido (AAbasal,excret.) e o efluxo de aminoácido ileal (AAileal,efluxo); e 13) inserir os valores dos parâmetros obtidos nas etapas i1) e i2) na fórmula geral (II)
Figure img0011
j) plotar o coeficiente de digestibilidade ileal padronizada obtido na etapa i) como uma função do indicador de condições de processamento obtido na etapa g) e/ou expressar o dito coeficiente de digestibilidade ileal padrão em uma equação como uma função do indicador de condições de processamento obtido na etapa g).
[0081] Exemplos para as equações de calibração que produzem o coeficiente de digestibilidade ileal (DIPAA) como uma função do ICP são dados abaixo. Essas equações produzem o coeficiente de digestibilidade ileal para um aminoácido específico em feijão-soja integral em aves ou porcos: - Coeficiente de digestibilidade ileal padrão de metionina (DIPMet) de feijões-sojas integrais em aves R2P=et =-0,3581 X ICP= + 8,679 X ICP + 33,624 R2 = 0,9399, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de cistina (DIPcys) de feijões-sojas integrais em aves R2P=stoia R R 0-442 X R2P2 + 11,983 X ICP - 13,905 R2 = 0, 9405, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de metionina e cistina (DIPMet + Cistina) de feijões-sojas integrais em aves R2 PMet+cistina = _ 0,3861 X ICP2 + 9,8435 X ICP + 13,53 R2 = 0,9391, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de lisina (DIPLys) de feijões-sojas integrais em aves R2P=ys R R o,4187 X ICP2 + 11,462 X R2P + 5,6474 R2 = 0,9139, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de treonina (DIPThr) de feijões-sojas integrais em aves DZPrhr = -0,368 XZ’CZ2 +9,2054 XZCP +21,772 R2 = 0, 9469, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de triptofano (DIPTrp) de feijões-sojas integrais em aves D^rrp =-0,4046 X RCZ2 + 9,7674 X RCZ+ 23,052 R2 = 0, 9431, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de arginina (DIPArg) de feijões-sojas integrais em aves 0ZP4râ =-0,3033 X ZCP2 + 7,3008 X ICP + 41,512 R2 = 0, 9494, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de isoleucina (DIPIle) de feijões-sojas integrais em aves = -0,3974 X ZCP2 +9,211 XZCZ’ + 29,802 R2 = 0, 9657, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de leucina (DIPLeu) de feijões-sojas integrais em aves = -0,3639 XZCZ?2+ 8,3187 R ICP 0 35,843 R2 = 0, 9651, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de valina (DIPVal) de feijões-sojas integrais em aves R2P=ai =- 0,388 X ZCP2 + 9,0608 X ZCP + 29,464 R2 = 0, 9639, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de histidina (DIPHis) de feijões-sojas integrais em aves R2P=S R- 0,3554 X /CP2 + 9,1547 X 1CP= 25,938 R2 = 0, 9376, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de fenilalanina (DIPPhe) de feijões-sojas integrais em aves R2P=e = - 0,3523 X /CP2 + 8,0374 X ICP + 37,432 R2 = 0,9719, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de metionina (DIPMet) de feijões-sojas integrais em porcos R2P=et R- 0,3286 X ICP= + 7,3561 R ICP +43,444 R2 = 0, 8625, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de cistina (DIPCys) de feijões-sojas integrais em porcos R2?cys= -0,4982 X /CP2 +13,115 R ICP - 11,392 R2 0,7687, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de metionina e cistina (DIPMet+Cistina) em feijões-sojas integrais para porcos RIDMet+ctstina = - 0,4237 X /CP2 + 10,534 X /CP + 14,77 R2 0,8026, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de lisina (DIPLys) em feijões-sojas integrais para porcos D/PIys = -0,4397 X /CP2 + 11,359 X/CP + 11,75 R2 = 0, 8209, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de treonina (DIPThr) em feijões-sojas integrais para porcos DI PThr R -0,291 X /CP2 +6,2769 X/CP +44,594 R2 = 0,8414, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de triptofano (DIPTrp) em feijões-sojas integrais para porcos R2Prrp = -0,3167 X /CP2 + 6,6559 X ICP + 45,534R2 = 0, 8544, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de arginina (DIPArg) em feijões-sojas integrais para porcos R2^=rg R —0,261 X ICP2 + 5,3573 RlCP + 63,685 R2 = 0, 8894, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de isoleucina (DIPIle) em feijões-sojas integrais para porcos R2P=e R -0,3204 X/CP2 +6,7739 X ICP + 48,135 R2 = 0, 8789, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de leucina (DIPLeu) em feijões-sojas integrais para porcos DI PLβu = - 0,2901 X /CP2 + 5,7556 X /CP + 55,925 R2 = 0,8801, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de valina (DIPVal) em feijões-sojas integrais para porcos DIPVal = -0,2801 X /CP2 +5,8136 X/CP + 52,234 R2 = 0,868, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de histidina (DIPHis) em feijões-sojas integrais para porcos D/PHIS = -0,2915 X /CP2+ 6,548 X/CP + 48,067 R2 = 0, 8501, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de fenilalanina (DIPPhe) em feijões-sojas integrais para porcos D/Pphe = —0,2676 X /CP2 +4,9292 X/CP + 62,59 R2 = 0,8914, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de glicina (DIPGly) em feijões-sojas integrais para porcos D/PGly = - 0,3377 X /CP2 + 7,7741 X/CP + 35,285 R2 = 0, 7481, Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de serina (DIPSer) em feijões-sojas integrais para porcos R2Psey 0 -0,3257 X ICP2 +6,9689 X ICP + 44,913 R2 = 0, 8 601, - Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de prolina (DIPPro) em feijões-sojas integrais para porcos DIPPro R - 0,4428 X RCP2 + 10,473 X ICP + 36,719 R2 = 0,6098, - Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de alanina (DIPAla) em feijões-sojas integrais para porcos R2P=ia R -0,3002 X ZCP2 + 6,6179 X ICP + 44,817 R2 = 0,8469, - Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de ácido aspártico (DIPAsp) em feijões-sojas integrais para porcos R2P=p= -0,4159 X R2P= + 10,765 X ICP + 9,9347 R2 = 0,8487, e - Coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de ácido glutâmico (DIPGlu) em feijões-sojas integrais para porcos DIPGlu R -0,3041 X ZCP2 + 6,9635 XZZ.T+ 44,434 R2 = 0,8545.
[0082] Para cada calibração, o respectivo coeficiente de determinação, denotado R2, é fornecido. Nas estatísticas, o coeficiente de determinação é um número que indica o quão bem os dados se encaixam um modelo estatístico - às vezes simplesmente uma linha ou curva. Um R2 de 1 indica que a linha de regressão se encaixa bem nos dados, enquanto um R2 de 0 indica que as linhas não se encaixam nos dados de modo algum. Em todos os casos, a digestibilidade ileal padronizada dos aminoácidos tem um R2 que é muito próximo de 1. Consequentemente, o modelo estatístico se encaixa nos dados muito bem.
[0083] A análise quantitativa das etapas a1) a a3) do método de acordo com a presente invenção é bastante demorada e dispendiosa. Medições no infravermelho próximo (NIR) da respectiva matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais seriam uma alternativa mais eficiente do ponto de vista do tempo e do custo para determinar as influências de processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais. No entanto, espectroscopia no infravermelho próximo não produz os resultados com a precisão desejada; em vez disso, leva frequentemente a resultados contraditórios. Consequentemente, nem a análise quantitativa nem a espectroscopia no infravermelho próximo por si sós são adequadas para uma determinação eficiente do ponto de vista de tempo e custo das influências de processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais.
[0084] De acordo com a presente invenção, esse problema é solucionado devido às absorções de infravermelho próximo obtidas para uma amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais serem correlacionadas aos valores correspondentes da análise quantitativa das mesmas. A correlação então obtida dos valores da análise quantitativa com as absorções da medição no NIR é preferencialmente mostrada ou plotada como um gráfico de calibração, o que facilita a equiparação das absorções das medições no NIR de outra amostra com os valores exatos correspondentes para os parâmetros com base na análise quantitativa.
[0085] Out ro objetivo da presente invenção é, portanto, um método para a avaliação do influência do processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais que compreende as etapas de A) submeter uma amostra da mesma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais como na etapa a) do método para a determinação do influência do processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais à espectroscopia no infravermelho próximo; B) equiparar as intensidades de absorção nos respectivos comprimentos de onda ou números de onda no espectro de NIR obtidas na etapa A) com os parâmetros correspondentes e seus valores determinados nas etapas a1) a a3); e C) plotar a equiparação da etapa B) como um gráfico de calibração e/ou expressar os parâmetros determinados nas etapas a1) a a3) em uma equação de calibração como uma função das intensidades de absorção nos respectivos comprimentos de onda ou números de onda equiparados na etapa B).
[0086] Dependendo do espectrômetro usado, os espectros de infravermelho próximo (NIR) da etapa A) podem ser registrados em comprimentos de onda entre 400 e 2500 nm com quaisquer espectroscópios de infravermelho adequados que funcionam com o princípio de monocromador ou no princípio de transformada de Fourier. Preferencialmente, os espectros de NIR são registrados entre 1000 e 2500 nm. Os comprimentos de onda são facilmente convertidos nos respectivos números de onda e, portanto, os espectros de NIR evidentemente também podem ser registrados nos números de onda correspondentes. Já que os compostos orgânicos a serem determinados no método de acordo com a presente invenção, isto é, proteínas e aminoácidos, são ricos em ligações O-H, ligações C-H e ligações N-H, os mesmos são adequados para a detecção por meio de espectroscopia no infravermelho próximo. No entanto, uma amostra biológica como um alimento para animais contém uma multitude de diferentes compostos orgânicos e então representa uma matriz complexa. Não obstante, cada substância biológica tem um espectro de infravermelho próximo único, comparável a uma impressão digital individual. Consequentemente, pode- se presumir que duas substâncias biológicas que têm exatamente o mesmo espectro podem ter a mesma composição física e química e então são idênticas. Por outro lado, se duas substâncias biológicas têm diferentes espectros, pode- se presumir que são diferentes, em termos de suas características físicas ou químicas ou em ambos os termos. Devido às suas bandas de absorção individuais e altamente específicas, os sinais de compostos orgânicos e suas intensidades em espectros no NIR podem ser facilmente atribuídas e correlacionadas a um composto orgânico específico e sua concentração em uma amostra de peso conhecido. Então, a espectroscopia no NIR permite uma previsão ou avaliação confiável, por exemplo, da quantidade de aminoácidos e proteínas em uma amostra. Já que a mesma amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais específicos é submetida à análise quantitativa na etapa a) e à espectroscopia no NIR na etapa A), também é possível atribuir e correlacionar absorções e suas intensidades em um espectro de NIR a parâmetros, como a atividade de inibidor de tripsina, atividade de urease, solubilidade de proteína em álcali e índice de dispersibilidade de proteína, e a seus valores e alterações. Após as intensidades de absorção nos respectivos comprimentos de onda ou números de onda terem sido equiparadas com sucesso, isto é, atribuídas e correlacionadas aos parâmetros de interesse e seus valores, a espectroscopia no NIR permite uma previsão ou avaliação confiável das influências de processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais. Para esse propósito, um grande número de espectros de NIR, por exemplo 100, 200, 300, 400, 500 ou mais, de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais é registrado, e as intensidades de absorção nos respectivos comprimentos de onda ou números de onda são equiparados aos parâmetros correspondentes e seus valores. Quando a amostra da amostra da etapa A) não é translúcida, a refletância da luz emitida pela amostra é medida e a diferença entre a luz emitida e a luz refletida é dada como absorção. As intensidades de absorção então obtidas são usadas nas seguintes etapas, por exemplo, etapa B) acima e, etapas D) e G) abaixo.
[0087] Em uma modalidade, o método para a avaliação da influência do processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais compreende adicionalmente as etapas de D) equiparar as intensidades de absorção nos respectivos comprimentos de onda ou números de onda no espectro de NIR de uma amostra obtida na etapa B) com o indicador de condições de processamento obtido para a mesma amostra na etapa g) do método para a determinação da influência do processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais; e E) plotar a equiparação da etapa D) como um gráfico de calibração e/ou expressar o indicador de condições de processamento em uma equação de calibração como uma função das intensidades de absorção nos respectivos comprimentos de onda ou números de onda equiparados na etapa D).
[0088] Após a conclusão das calibrações de NIR, a espectroscopia no NIR pode ser usada como um método de rotina para avaliar a influência do processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais.
[0089] Em uma modalidade adicional, o método para a avaliação das influências do processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais compreende adicionalmente as etapas de A) submeter uma amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais como na etapa a) do método para a determinação do processamento influência no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais à espectroscopia no NIR; G) ler os valores de pelo menos um dos parâmetros das etapas a1) a a3) equiparados às absorções no espectro de NIR obtido na etapa F) do gráfico de calibração da etapa C), e/ou inserir as intensidades de absorção nos respectivos comprimentos de onda ou números de onda no espectro de NIR obtido na etapa F) na equação de calibração da etapa C) para obter os valores para os parâmetros das etapas a1) a a3); H) inserir os valores para os parâmetros obtidos na etapa G) na série de pós e formar a média dos valores obtidos a partir de cada série de pós, em que a dita média é designada como o indicador de condição de processamento (ICP); e/ou I) ler o ICP do gráfico de calibração da etapa E) e/ou inserir as intensidades de absorção nos respectivos comprimentos de onda ou números de onda na equação de calibração da etapa E) para obter o indicador de condições de processamento; e J) plotar o indicador de condições de processamento obtido na etapa H) e/ou I) na escala de processamento do método para a determinação da influência do processamento no valor nutricional de uma matéria- prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais para indicar se uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais é superprocessado, processado adequadamente ou subprocessado.
[0090] Preferencialmente, na etapa G), os mesmos parâmetros das etapas a1) a a3) são obtidos.
[0091] Com base nas calibrações já obtidas para o indicador de condições de processamento e do coeficiente de digestibilidade específico, o método de acordo com a presente invenção também permite determinar o coeficiente de digestibilidade específico por meio de espectroscopia no NIR.
[0092] Em outra modalidade, o método para a avaliação das influências de processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais compreende adicionalmente, portanto, a etapa de K) inserir o indicador de condições de processamento obtido na etapa H) na equação de calibração da etapa j) e/ou ler o valor funcional para o indicador de condições de processamento obtido na etapa I) para obter um coeficiente de digestibilidade específico de um aminoácido (DAA) na matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais da etapa F).
[0093] Com base no conjunto de dadose nas respectivas calibrações obtidas nos métodos de acordo com a presente invenção, o método de acordo com a presente invenção também permite realizar uma avaliação das influências de processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais de uma origem desconhecida. Alternativamente, a amostra na etapa F) do método para a avaliação das influências de processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais é da mesma origem que na etapa a) do método para a determinação das influências de processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais.
[0094] Em uma modalidade, a amostra usada na etapa F) do método para a avaliação das influências de processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais é de origem desconhecida ou é da mesma origem que na etapa a) do método para a determinação de influências de processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais.
[0095] Para uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais que é considerado superprocessado, o método também permite determinar a diferença entre o valor desejado e o valor real do teor de um aminoácido em uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais comparando o máximo do coeficiente de digestibilidade ileal do aminoácido da matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais em uma espécie de animal com o coeficiente de digestibilidade específico do aminoácido como obtido no método de acordo com a presente invenção para uma amostra específica.
[0096] O método para avaliar as influências de processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais de acordo com a presente invenção compreende adicionalmente, portanto, a etapa de L) determinar a quantidade diferencial entre o valor desejado e o valor real para a quantidade de um aminoácido em uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais da diferença entre o máximo do coeficiente de digestibilidade ileal do dito aminoácido do método para a determinação das influências de processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais e o coeficiente de digestibilidade específico do dito aminoácido obtido na etapa K). Por meio do coeficiente de digestibilidade específico (DAA), obtido pelo método de acordo com a presente matéria, para um aminoácido específico em uma amostra específica de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais, também é possível determinar a quantidade digerível de um aminoácido na dita amostra. A dita quantidade digerível de um aminoácido pode ser simplesmente obtida multiplicando a quantidade de um aminoácido de uma amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais como obtido na etapa G) com o indicador de condições de processamento obtido na etapa K)
[0097] Em uma modalidade adicional, o método para avaliar as influências de processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais de acordo com a presente invenção compreende adicionalmente, portanto, a etapa de M) determinar a quantidade digerível de um aminoácido em uma amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais multiplicando a quantidade do dito aminoácido na amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais obtida na etapa G) ao coeficiente de digestibilidade específico obtido na etapa K).
[0098] A matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais que é usada nos métodos de acordo com a presente invenção é preferencialmente soja, feijões- sojas, preferencialmente feijões-sojas integrais e/ou produtos de feijão-soja, preferencialmente farinha de feijão-soja e torta/bagaços de feijão-soja. Isso ocorre porque a soja, os feijões-sojas e os produtos de feijão- soja são as matérias-primas de alimentos para animais e/ou alimentos para animais mais relevantes.
[0099] Em uma modalidade dos métodos de acordo com a presente invenção, a matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais é soja, feijões-sojas ou um produto de feijão-soja.
[0100] A determinação do coeficiente de digestibilidade ileal padrão e do coeficiente de digestibilidade específico obtido pelos métodos de acordo com a presente invenção não é submetida a nenhuma limitação referente a uma espécie de animal. Em vez disso, esses métodos podem ser usados para a determinação e/ou avaliação do coeficiente de digestibilidade ileal padronizada e do coeficiente de digestibilidade específico para qualquer espécie de animal concebível. Não obstante, a espécie de animal preferencial no contexto da presente invenção são animais monogástricos, isto é, animais que têm um estômago de câmara única, incluindo onívoros, como porcos, aves, por exemplo, perus e galinhas, carnívoros, como gatos, e herbívoros, como cavalos, veados e coelhos, e ruminantes, como vacas, cabras e ovelhas.
[0101] Em uma modalidade dos métodos de acordo com a presente invenção, a espécie de animal é um onívoro, carnívoro, herbívoro e/ou ruminante.
[0102] O método de acordo com a presente invenção pode ser realizado em um computador. Isso permite que se realize o método de acordo com a presente invenção como um método de rotina. Nesse caso, as equações de calibração obtidas nas etapas C) e j) dos métodos de acordo com a presente invenção são armazenadas no computador, para que o computador apenas realize as etapas F) a J) e opcionalmente a etapa K) do método de acordo com a presente invenção. Preferencialmente, o computador também opera o espectrômetro do infravermelho próximo para a etapa F) do método. Adicional ou alternativamente, o computador que realiza as etapas F) a J) e opcionalmente a etapa K) do método de acordo com a presente invenção e o computador em que as equações de calibração são armazenadas não são idênticos. Nesse caso, o primeiro computador que realiza as etapas F) a J) e opcionalmente a etapa K) do método de acordo com a presente invenção e o segundo computador em que a equação de calibração são armazenadas formam uma rede. Adicional ou alternativamente, o conjunto de dados e a curva de calibração são armazenados em uma nuvem à qual o primeiro computador tem acesso e, nesse caso, o primeiro computador e a nuvem formam um tipo de rede.
[0103] Um objetivo adicional da presente invenção consiste, portanto, em um processo implementado por computador para determinar as fluências de processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais, em que as etapas F) a J) são realizadas por um computador e as equações de calibração da etapa C) e/ou da etapa E) são armazenadas no computador ou uma nuvem.
[0104] Em uma modalidade, o processo implementado por computador de acordo com a presente invenção compreende adicionalmente que as etapas K) adicionais e/ou qualquer uma das etapas L) e M) do método de acordo com a presente invenção também sejam realizadas pelo computador.
[0105] Assim, tem-se a vantagem de que o processo implementado por computador não apenas indique se a matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais examinado é subprocessado, processado adequadamente ou superprocessado, porém também indica quais quantidades de um aminoácido específico são necessárias para fornecer uma dieta ideal para uma espécie de animal específica no caso de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais inadequadamente processado. Isso também permite que se opere uma usina para a preparação ou mistura de alimentos por um computador.
[0106] Um objetivo adicional da presente invenção também é, portanto, um processo para a preparação de um alimento para animais que compreende as etapas F) a L) do método de acordo com a presente invenção, em que o processo compreende adicionalmente pelo menos uma das etapas N) processar adicionalmente a matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais, se a matéria- prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais forem indicados como subprocessados, e/ou O) suplementar a quantidade diferencial de um aminoácido obtido de acordo com a etapa L) ao material bruto de alimentos e/ou alimentos, se o material bruto de alimentos e/ou alimentos forem indicados como superprocessados.
[0107] O dito processo facilita a provisão de alimentos que não contêm uma quantidade crítica de fatores antinutritivos, preferencialmente menos de 4 mg de inibidores de tripsina por g de alimentos para animais e, por outro lado, contêm a quantidade desejada de aminoácidos para a espécie de animal para a qual são dados. A quantidade desejada de aminoácidos para a espécie de animal é ajustada por meio da etapa N).
Figuras:
[0108] As figuras 1 a 12 mostram os coeficientes de digestibilidade ileal de aminoácidos (DIPAA) em feijões- sojas integrais para aves como uma função do indicador de condições de processamento (o termo entre parênteses é a equação matemática para a equação de calibração correspondente). Os losangos nessa figura (indicados como série estatística 1) correspondem aos valores individuais para os ICPs dos respectivos feijões-sojas integrais processados e a linha reta (indicada como polinominal) representa o gráfico da função para o DIP individual para o respectivo aminoácido. Fig. 1: Coeficiente de digestibilidade ileal de metionina em feijões-sojas integrais para aves (DIPMet = - 0,3581 x ICP2 + 8, 679 x ICP + 33, 624) Fig. 2: Coeficiente de digestibilidade ileal de cistina em feijões-sojas integrais para aves (DIPcistina = - 0,442 :: ICP2 + 11,983 :: ICP + 13,905) Fig. 3: Coeficiente de digestibilidade ileal de metionina e cistina em feijões-sojas integrais para aves (DIPMet+Cistina = - 0,3861 x ICP2 + 9, 8435 x ICP + 13,53) Fig. 4: Coeficiente de digestibilidade ileal de lisina em feijões-sojas integrais para aves (DIPLys = - 0,4187 :: ICP2 + 11,462 :: ICP + 5, 6474) Fig. 5: Coeficiente de digestibilidade ileal de treonina em feijões-sojas integrais para aves (DIPThr = - 0,368 :: ICP2 + 9, 2054 :: ICP + 12,772) Fig. 6: Coeficiente de digestibilidade ileal de triptofano em feijões-sojas integrais para aves (DIPTrp = - 0,4046 x ICP2 + 9, 7674 x ICP + 23, 052) Fig. 7: Coeficiente de digestibilidade ileal de arginina em feijões-sojas integrais para aves (DIPArg = - 0,3033 :: ICP2 + 7,3008 :: ICP + 41,512) Fig. 8: Coeficiente de digestibilidade ileal de isoleucina em feijões-sojas integrais para aves (DIPzle = - 0,3974 x ICP2 + 9,211 :: ICP + 29, 802) Fig. 9: Coeficiente de digestibilidade ileal de leucina em feijões-sojas integrais para aves (DLeu = - 0,3639 x ICP2 + 8,3187 x ICP + 35, 843) Fig. 10: Coeficiente de digestibilidade ileal de valina em feijões-sojas integrais para aves (DIPVal = - 0,388 :: ICP2 + 9, 0608 :: ICP + 29,464) Fig. 11: Coeficiente de digestibilidade ileal de histidina em feijões-sojas integrais para aves (DIPHÍS= - 0,3554 x ICP2 + 9, 1547 x ICP + 25, 938) Fig. 12: Coeficiente de digestibilidade ileal de fenilalanina em feijões-sojas integrais para aves (DIPPhe = - 0,3523 x ICP2 + 8,0374 x ICP + 37,432)
[0109] As figuras 13 a 30 mostram os coeficientes de digestibilidade ileal de aminoácidos (DIPAA) em feijões- sojas integrais para porcos como uma função do indicador de condições de processamento (o termo entre parênteses é a equação matemática para a equação de calibração correspondente). Os losangos nessas figuras (indicados como série estatística 1) correspondem aos valores individuais para os ICPs dos respectivos feijões-sojas integrais processados e a linha reta (indicada como polinominal) representa o gráfico da função para o DIP individual para o respectivo aminoácido. Fig. 13: Coeficiente de digestibilidade ileal padrão de metionina (DIPMet) em feijões-sojas integrais para porcos (DIPMet = - 0,3286 x ICP2 + 7,3561 x ICP + 43,444) Fig. 14: Coeficiente de digestibilidade ileal padrão de cistina (DIPCys) em feijões-sojas integrais para porcos (DIPCys = - 0,4982 x ICP2 + 13,115 x ICP - 11,392) Fig. 15: Coeficiente de digestibilidade ileal padrão de lisina (DIPMet+Cistina) em feijões-sojas integrais para porcos (DIPMet+Cistina = - 0,4237 x ICP2 + 10,534 x ICP + 14,77) Fig. 16: Coeficiente de digestibilidade ileal padrão de lisina (DIPLys) em feijões-sojas integrais para porcos (DIPLys = - 0,4397 x ICP2 + 11,359 x ICP + 11,75) Fig. 17: Coeficiente de digestibilidade ileal padrão de treonina (DIPLys) em feijões-sojas integrais para porcos (DIPThr = - 0,291 x ICP2 + 6,2769 x ICP + 44,594) Fig. 18: Coeficiente de digestibilidade ileal padrão de triptofano (DIPTrp) em feijões-sojas integrais para porcos (DIPTrp = - 0,3167 x ICP2 + 6,6559 x ICP + 45,534) Fig. 19: Coeficiente de digestibilidade ileal padrão de arginina (DIPArg) em feijões-sojas integrais para porcos (DIPArg = - 0,261 x ICP2 + 5,3573 x ICP + 63,685) Fig. 20: Coeficiente de digestibilidade ileal padrão de isoleucina (DIPIle) em feijões-sojas integrais para porcos (DIPIle = - 0,3204 x ICP2 + 6,7739 x ICP + 48,135) Fig. 21: Coeficiente de digestibilidade ileal padrão de leucina (DIPLeu) em feijões-sojas integrais para porcos (DIPLeu = - 0,2901 x ICP2 + 5,7556 x ICP + 55,925) Fig. 22: Coeficiente de digestibilidade ileal padrão de valina (DIPVal) em feijões-sojas integrais para porcos (DIPVal = - 0,2801 x ICP2 + 5,8136 x ICP + 52,234) Fig. 23: Coeficiente de digestibilidade ileal padrão de histidina (DIPHis) em feijões-sojas integrais para porcos (DIPHis = - 0,2915 x ICP2 + 6,548 x ICP + 48,067) Fig. 24: Coeficiente de digestibilidade ileal padrão de histidina (DIPPhe) em feijões-sojas integrais para porcos (DIPPhe = - 0,2676 x ICP2 + 4,9292 x ICP + 62,59) Fig. 25: Coeficiente de digestibilidade ileal padrão de glicina (DIPGly) em feijões-sojas integrais para porcos (DIPGly = - 0,3377 x ICP2 + 7,7741 x ICP + 35,285) Fig. 26: Coeficiente de digestibilidade ileal padrão de serina (DIPSer) em feijões-sojas integrais para porcos (DIPSer = - 0,3257 x ICP2 + 6,9689 x ICP + 44,913) Fig. 27: Coeficiente de digestibilidade ileal padrão de prolina (DIPPro) em feijões-sojas integrais para porcos (DIPPro = - 0,4428 x ICP2 + 10,473 x ICP + 36,719) Fig. 28: Coeficiente de digestibilidade ileal padrão de alanina (DIPAla) em feijões-sojas integrais para porcos (DIPAla = - 0,3002 x ICP2 + 6,6179 x ICP + 44,817) Fig. 29: Coeficiente de digestibilidade ileal padrão de ácido aspártico (DIPAsp) em feijões-sojas integrais para porcos (DIPAsp = - 0,4159 x ICP2 + 10,756 x ICP + 9,9347) Fig. 30: Coeficiente de digestibilidade ileal padrão de ácido glutâmico (DIPGlu) em feijões-sojas integrais para porcos (DIPGlu = - 0,3041 x ICP2 + 6,9635 x ICP + 44,434)
Exemplos: 1. Determinar as influências de processamento no valor nutricional de feijões-sojas integrais e o coeficiente de digestibilidade ileal padronizada de aminoácidos em aves
[0110] Os feijões-sojas integrais (FFSB) fabricados a partir de única batelada foram usados para determinar o efeito de diferentes procedimentos de tratamento térmico na composição nutricional e a digestibilidade ileal padronizada (DIP) de aminoácidos em aves. Os FFSB em bruto (K0) foram submetidos a um processamento curto com o uso de aquecimento a úmido a 80 °C por 1 minuto (K1) ou um processamento longo a 100 °C por 6 minutos (K2) ou a 100 °C por 16 minutos (K3), sucedido por expansão adicional a 115 °C por 15 segundos (K1/K2/K3-115) ou a 125 °C por 15 segundos com o uso de uma extrusora HL OEE 15.2 da Amandus Kahl GmbH & Co. KG, Hamburgo, Alemanha. As subamostras de K3 foram adicionalmente submetidas a um tratamento térmico em um autoclave a 110 °C por 15 minutos (Z1), 30 minutos (Z2), 45 minutos (Z3), 60 minutos (Z4), 120 minutos (Z5), 180 minutos (Z6), 240 minutos (Z7), 300 minutos (Z8) ou 360 minutos (Z9). Ao sair do expansor, os FFSB processados são transferidos a uma temperatura de aproximadamente 90 °C por 20 segundos a um secador, em que os FFSB são secos por 5 minutos com um gradiente de temperatura de 85 °C a 40 °C. Após o estágio de secagem, permite-se que os FFSB resfriem a uma temperatura de 20 °C por 5 minutos.
[0111] As quantidades totais dos aminoácidos e a quantidade de lisina reativa nos diferentes FFSB processados e o indicador de condições de processamento (ICP) de aminoácidos em aves foram determinados com o uso do método de acordo com a presente invenção.
[0112] Os diferentes FFSB processados, as quantidades determinadas dos aminoácidos individuais e o indicador de condições de processamento (ICP) de aminoácidos em aves são resumidos na tabela 1.
[0113] A digestibilidade ileal padronizada (DIP) para cada aminoácido em aves como uma função do ICP é mostrada nas figuras 1 a 12.
[0114] O ICP dos FFSB é comparado à curva da DIP para cada aminoácido das figuras 1 a 12. Essa comparação mostra que os ICPs dos FFSB indicam como Z1 ou Z2 sempre uma DIP que está em ou pelo menos próxima ao máximo da curva individual. Então, os FFSB indicados como Z1 ou Z2 são considerados como processados adequadamente. Em comparação, os FFSB indicados como K0, K1-115/125, K2-115/125 e K3- 115/125 sempre têm uma DIP que está à direita do máximo da curva individual e então são considerados como subprocessados. Além disso, a DIP dos FFSB indicados como Z3 a Z9 está sempre à esquerda do máximo da curva individual e então são considerados como superprocessados.
[0115] Um estudo dos coeficientes de digestibilidade ileal padronizada de aminoácidos resumidos na tabela 1 prova que a classificação dos FFSB indicados como Z1 e Z2 como processados adequadamente, dos FFSB indicados como K0, K1-115/125, K2-115/125 e K3-115/125 como subprocessados e dos FFSB indicados como Z3 a Z9 como superprocessados é correto, já que os FFSB indicados como Z1 e Z2 contêm os coeficientes de digestibilidade mais altos. Em comparação, todos os outros FFSB contêm os coeficientes de digestibilidade mais baixos. Isso prova que o uso do ICP é uma ferramenta útil para a descrição da influência das condições de processamento na qualidade da matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais.
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2. Determinar as influências de processamento no valor nutricional de feijões-sojas integrais e o coeficiente de digestibilidade ileal padrão de aminoácidos in porcos
[0116] Os feijões-sojas integrais (FFSB) fabricados a partir de única batelada foram usados para determinar o efeito de diferentes procedimentos de tratamento térmico na composição nutricional e a digestibilidade ileal padronizada (DIP) de aminoácidos em porcos. Os FFSB em bruto (K0) foram submetidos a um processamento curto com o uso de aquecimento a úmido a t 80 °C por 1 minuto sucedido por expansão a 125 °C por cerca de 15 segundos (K4), um processamento longo a 100 °C por 6 minutos sucedido por expansão adicional a 125 °C por cerca de 15 segundos (K5), ou um processamento longo a 100 °C por 16 minutos sucedido por expansão adicional a 125 °C por cerca de 15 segundos (K6), com o uso de uma extrusora OEE 15.2 da Amandus Kahl GmbH & Co. KG, Hamburgo, Alemanha. Subamostras de K6 foram processadas adicionalmente em um autoclave a 110 °C por 15 minutos (Z10), 30 minutos (Z11), 45 minutos (Z12) e 60 minutos (Z13). Ao sair do expansor, os FFSB processados são transferidos a uma temperatura de aproximadamente 90 °C por 20 segundos a um secador, em que os FFSB são secos por 5 minutos com um gradiente de temperatura de 85 °C a 40 °C. Após o estágio de secagem, permite-se que os FFSB resfriem a uma temperatura de 20 °C por 5 minutos. Outra parte dos FFSB brutos (K0) foi submetida a um tratamento térmico a 110 °C em um autoclave por 15 minutos (Z14) ou por 30 minutos (Z15), ou a um tratamento térmico a 150 °C em um autoclave por 3 minutos (Z16), 6 minutos (Z17), 9 minutos (Z18) ou 12 minutos (Z19).
[0117] As quantidades totais dos aminoácidos e as quantidades de lisina reativa nos FFSB processados diferentemente e o indicador de condições de processamento (ICP) de aminoácidos em porcos foram determinados com o uso do método de acordo com a presente invenção.
[0118] Os FFSB processados diferentemente, a quantidade reativa determinada dos aminoácidos individuais e o indicador de condições de processamento (ICP) de aminoácidos em porcos estão resumidos na tabela 2.
[0119] O coeficiente de digestibilidade ileal padronizada (DIP) para cada aminoácido em porcos como uma função do ICP é mostrado nas figuras 13 a 30.
[0120] O ICP dos FFSB é comparado à curva da DIP para cada aminoácido das figuras 13 a 30. Essa comparação mostra que os ICPs dos FFSB indicados como Z11 e Z12 sempre têm uma DIP que está no máximo ou pelo menos próxima ao máximo da curva individual. Então, os FFSB indicados como Z11 a 12 são considerados como processados adequadamente. Em comparação, os FFSB indicados como K0 e K4 a K6 sempre têm uma DIP que está à direta do máximo da curva individual e então são considerados como subprocessados. Adicionalmente, a DIP dos FFSB indicados como Z13 a 19 está sempre à esquerda do máximo da curva individual e então são considerados superprocessados.
[0121] Um estudo dos coeficientes de digestibilidade ileal padronizada de aminoácidos resumido na tabela 2 prova que a classificação dos FFSB indicados como Z11 e Z12 como processados adequadamente, dos FFSB indicados commo K0 e K4 a K6 como subprocessados e dos FFSB indicados como Z13 a Z19 como superprocessados está correta, já que os FFSBs indicados como Z11 e Z12 contêm os maiores coeficientes de digestibilidade dos aminoácidos. Em comparação, todos os outros FFSB contêm os coeficientes de digestibilidade mais baixos de aminoácidos. Isso prova que o uso do ICP é uma ferramenta útil para a descrição da influência das condições de processamento na qualidade da matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais.
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Claims (13)

1. Método para a determinação de influências de processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais caracterizado por compreender as etapas de a) submeter uma amostra de uma matéria-prima de alimento para animais processada e/ou alimento para animais a a1) uma análise quantitativa de pelo menos um parâmetro selecionado a partir do grupo que consiste em atividade de inibidor de tripsina, atividade de urease, solubilidade de proteína em álcali e índice de dispersibilidade de proteína; a2) uma determinação da razão entre a quantidade reativa de lisina e a quantidade total de lisina que compreende uma análise quantitativa da quantidade reativa de lisina e a quantidade total de lisina, sucedida pela formação da razão entre a quantidade reativa de lisina e a quantidade total de lisina; e a3) uma análise quantitativa da quantidade de pelo menos um aminoácido selecionado a partir do grupo que consiste em metionina, cisteína, cistina, treonina, leucina, arginina, isoleucina, valina, histidina, fenilalanina, tirosina, triptofano, glicina, serina, prolina, alanina, ácido aspártico e ácido glutâmico; b) plotar os parâmetros obtidos nas etapas a1) a a3) como uma função dos pontos no tempo de processamento da amostra na etapa a); c) determinar a área na plotagem da etapa b), em que o valor da atividade de inibidor de tripsina, expresso como mg de tripsina por g de amostra, é mais de 4, o aumento no valor de pH na determinação da atividade de urease é de mais de 0,35, o valor da solubilidade de proteína em álcali, expresso como o percentual de proteína na amostra que é solúvel em uma solução alcalina, é de mais de 85 %, e/ou o valor do índice de dispersibilidade de proteína, expresso como o percentual do teor original de nitrogênio da amostra, é de mais de 40 %, e atribuir a área então obtida como subprocessada; d) determinar a área na plotagem da etapa b), em que o valor da razão entre a quantidade reativa de lisina e a quantidade total de lisina é de menos de 90 %, o valor do índice de dispersibilidade de proteína, expresso como o percentual do teor original de nitrogênio da amostra, é de menos de 15 %, e/ou o valor da solubilidade de proteína em álcali, expresso como o percentual de proteína na amostra que é solúvel em uma solução alcalina, é de menos de 73 %, e atribuir a área então obtida como superprocessada; e) determinar a área na plotagem da etapa b), em que o valor da atividade de inibidor de tripsina, expresso como mg de tripsina por g de amostra, é de menos de 4, o valor da solubilidade de proteína em álcali, expresso como o percentual de proteína na amostra que é solúvel em uma solução alcalina, está entre 73 e 85 %, o valor do índice de dispersibilidade de proteína, expresso como o percentual do teor original de nitrogênio da amostra, está entre 15 e 40 % e/ou o valor da razão entre a quantidade reativa de lisina e a quantidade total de lisina é de pelo menos 90 %, e atribuir a área então obtida como processada adequadamente; e/ou subtrair as áreas determinada nas etapas c) e d) da plotagem de b) e atribuir a área então obtida como processada adequadamente; f) gerar uma escala de processamento padronizando as áreas obtidas nas etapas c) a e) em tamanho igual, classificando-as de superprocessamento a subprocessamento ou vice-versa e atribuir uma escala contínua às áreas padronizadas e classificadas; g) inserir os valores dos parâmetros obtidos nas etapas a1) a a3) em uma série de pós, e formar a média dos valores obtidos a partir de cada série de pós, em que a dita média é projetada como o indicador de condição de processamento (PCI); e h) plotar o indicador de condições de processamento obtido na etapa g) na escala de processamento obtido na etapa f) para indicar se uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais são superprocessados, processados adequadamente ou subprocessados.
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por compreender adicionalmente as etapas de i) determinar o coeficiente de digestibilidade ileal padronizada (SID) de um aminoácido em uma matéria- prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais para uma espécie de animal por i1) análise quantitativa da quantidade do dito aminoácido (AAingestão) na mesma amostra como na etapa a), conforme definido na reivindicação 1; i2) administrar a dita amostra a uma espécie de animal e determinar a perda endógena do dito aminoácido (AAbasal,excret.) e o efluxo de aminoácido ileal (AAileal,efluxo); e i3) inserir os valores dos parâmetros obtidos nas etapas i1) e i2) na fórmula geral (II)
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j) plotar o coeficiente de digestibilidade ileal padronizada obtido na etapa i) como uma função do indicador de condições de processamento obtido na etapa g), conforme definido na reivindicação 1, e/ou expressar o dito coeficiente de digestibilidade ileal padrão em uma equação de calibração como uma função do indicador de condições de processamento obtido na etapa g), conforme definido na reivindicação 1.
3. Método implementado por computador para a avaliação das influências de processamento no valor nutricional de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais caracterizado por compreender as etapas de A) submeter uma amostra da mesma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais como na etapa a), conforme definido na reivindicação 1, a espectroscopia no infravermelho próximo; B) equiparar as intensidades de absorção nos respectivos comprimentos de onda ou números de onda no espectro de NIR obtido na etapa A) aos parâmetros correspondentes e seus valores determinados nas etapas de submeter a amostra a a1) uma análise quantitativa de pelo menos um parâmetro selecionado a partir do grupo que consiste em atividade de inibidor de tripsina, atividade de urease, solubilidade de proteína em álcali e índice de dispersibilidade de proteína; a2) uma determinação da razão entre a quantidade reativa de lisina e a quantidade total de lisina que compreende uma análise quantitativa da quantidade reativa de lisina e a quantidade total de lisina, sucedida pela formação da razão entre a quantidade reativa de lisina e a quantidade total de lisina; e a3) uma análise quantitativa da quantidade de pelo menos um aminoácido selecionado a partir do grupo que consiste em metionina, cisteína, cistina, treonina, leucina, arginina, isoleucina, valina, histidina, fenilalanina, tirosina, triptofano, glicina, serina, prolina, alanina, ácido aspártico e ácido glutâmico; e C) plotar a equiparação da etapa B) como um gráfico de calibração e/ou expressar os parâmetros determinados nas etapas a1) a a3) em uma equação de calibração como uma função das intensidades de absorção nos respectivos comprimentos de onda ou números de onda equiparados na etapa B).
4. Método implementado por computador, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por compreender adicionalmente as etapas de D) equiparar as intensidades de absorção nos respectivos comprimentos de onda ou números de onda no espectro de NIR de uma amostra obtida na etapa B), conforme definido na reivindicação 3, com o indicador de condições de processamento obtido para a mesma amostra na etapa g), conforme definido na reivindicação 1; e E) plotar a equiparação da etapa D) como um gráfico de calibração e/ou expressar o indicador de condições de processamento em uma equação de calibração como uma função das intensidades de absorções nos respectivos comprimentos de onda ou números de onda equiparados na etapa D).
5. Método implementado por computador, de acordo com a reivindicação 3 ou 4, caracterizado por compreender adicionalmente as etapas de F) submeter uma amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais de origem desconhecida ou da mesma origem como na etapa a), conforme definido na reivindicação 1, à espectroscopia NIR; G) ler os valores de pelo menos um dos parâmetros das etapas a1) a a3) equiparados às absorções no espectro de NIR obtido na etapa F) do gráfico de calibração da etapa C), e/ou inserir as intensidades de absorção nos respectivos comprimentos de onda ou números de onda no espectro de NIR obtido na etapa F) na equação de calibração da etapa C) para obter os valores para os parâmetros das etapas a1) a a3); H) inserir os valores para os parâmetros obtidos na etapa G) na série de pós e formar a média dos valores obtidos de cada série de pós, em que a dita média é designada como o indicador de condição de processamento (PCI); e/ou I) ler o PCI do gráfico de calibração da etapa E) e/ou inserir as intensidades de absorção nos respectivos comprimentos de onda ou números de onda na equação de calibração da etapa E) para obter o indicador de condições de processamento; e J) plotar o indicador de condições de processamento obtido na etapa H) e/ou I) na escala de processamento, conforme definido na reivindicação 1, para indicar se uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais são superprocessados, processados adequadamente ou subprocessados.
6. Método implementado por computador, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que na etapa G) os mesmos parâmetros que as etapas a1) a a3) são obtidos.
7. Método implementado por computador, de acordo com a reivindicação 5 ou 6, caracterizado por compreender adicionalmente a etapa de K) inserir o indicador de condição de processamento obtido na etapa H) na equação de calibração da etapa j) e/ou ler o valor funcional para o indicador de condições de processamento obtido na etapa I) para obter um coeficiente de digestibilidade específico (DAA) de um aminoácido na matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais da etapa F).
8. Método implementado por computador, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por compreender adicionalmente a etapa de L) determinar a quantidade diferencial entre o valor desejado e o valor real para a quantidade de um aminoácido em uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais da diferença entre o máximo do coeficiente de digestibilidade ileal do dito aminoácido, conforme definido na reivindicação 2, e o coeficiente de digestibilidade específico do dito aminoácido obtido na etapa K).
9. Método implementado por computador, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado por compreender as etapas de M) determinar a quantidade digerível de um aminoácido em uma amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais multiplicando a quantidade do dito aminoácido na amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais obtida na etapa G) ao coeficiente de digestibilidade específico obtido na etapa K).
10. Método implementado por computador, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que a matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais são soja, feijões-sojas ou um produto de feijão-soja.
11. Método implementado por computador, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que a espécie de animal é um onívoro, carnívoro, herbívoro e/ou um ruminante.
12. Método implementado por computador, de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 11, caracterizado pelo fato de que os gráficos de calibração e/ou as equações de calibração da etapa C), conforme definido na reivindicação 3, e/ou da etapa E), conforme definido na reivindicação 4, são armazenados no computador ou uma nuvem.
13. Processo para a preparação de um alimento para animais caracterizado por compreender as etapas F) submeter uma amostra de uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais de origem desconhecida ou da mesma origem como na etapa a), conforme definido na reivindicação 1, à espectroscopia NIR; G) ler os valores de pelo menos um dos parâmetros das etapas a1) a a3) equiparados às absorções no espectro de NIR obtido na etapa F) do gráfico de calibração da etapa C), e/ou inserir as intensidades de absorção nos respectivos comprimentos de onda ou números de onda no espectro de NIR obtido na etapa F) na equação de calibração da etapa C) para obter os valores para os parâmetros das etapas a1) a a3); H) inserir os valores para os parâmetros obtidos na etapa G) na série de pós e formar a média dos valores obtidos de cada série de pós, em que a dita média é designada como o indicador de condição de processamento (PCI); e/ou I) ler o PCI do gráfico de calibração da etapa E) e/ou inserir as intensidades de absorção nos respectivos comprimentos de onda ou números de onda na equação de calibração da etapa E) para obter o indicador de condições de processamento; J) plotar o indicador de condições de processamento obtido na etapa H) e/ou I) na escala de processamento, conforme definido na reivindicação 1, para indicar se uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais são superprocessados, processados adequadamente ou subprocessados; K) inserir o indicador de condição de processamento obtido na etapa H) na equação de calibração da etapa j) e/ou ler o valor funcional para o indicador de condições de processamento obtido na etapa I) para obter um coeficiente de digestibilidade específico (DAA) de um aminoácido na matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais da etapa F); e L) determinar a quantidade diferencial entre o valor desejado e o valor real para a quantidade de um aminoácido em uma matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais da diferença entre o máximo do coeficiente de digestibilidade ileal do dito aminoácido, conforme definido na reivindicação 2, e o coeficiente de digestibilidade específico do dito aminoácido obtido na etapa K); em que o processo compreende adicionalmente pelo menos uma das etapas de N) processar adicionalmente a matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais, se a matéria- prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais forem indicados como subprocessados, e/ou O) suplementar a quantidade diferencial de um aminoácido obtido na etapa L) aa matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais, se a matéria-prima de alimentos para animais e/ou alimento para animais forem indicados como superprocessados.
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