BR112019014740B1 - Método para verificar o funcionamento correto de um dispositivo de pré-corte (pc) de uma unidade industrial para a produção de toras de material celulósico, e máquina de rebobinagem para a produção de toras de material celulósico - Google Patents

Abstract

um método para verificar o funcionamento correto de um dispositivo de pré-corte (pc) de uma unidade industrial para a produção de toras de material celulósico, o equipamento (pc) sendo provido com, pelo menos, um primeiro elemento rotativo ou primeiro rolo (rs) que interage com um segundo elemento ou contra-lâmina (fb) para formar, por meio de pelo menos uma lâmina (rb), uma sucessão de linhas de pré-corte em uma fita de material celulósico, o método compreendendo as seguintes etapas operacionais: realização e montagem do dispositivo de pré-corte (pc), com o posicionamento relativo e ajuste do referido primeiro (rs) e segundo elemento (fb); ativação do dispositivo de pré-corte (pc) com a medição das vibrações emitidas relacionadas com a interação entre o referido primeiro e o referido segundo elemento durante uma etapa de teste que precede o uso operacional do dispositivo; armazenamento de pelo menos um valor ou um conjunto de valores relacionados com a referida medição das vibrações, correspondentes a uma configuração ideal de funcionamento do dispositivo (pc), o referido armazenamento sendo executado durante a referida etapa de teste; medição, durante a operação da referida unidade industrial, dos valores das vibrações emitidas pela interação entre os referidos primeiro (rs) e segundo elemento (fb) e comparação com o referido valor ou conjunto de valores relacionados com a configuração operacional de referência, com a emissão de um sinal, se houver uma não correspondência entre os valores detectados e o valor de referência ou conjunto de valores de referência

Description

DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

[0001] A presente invenção está relacionada ao campo técnico de rebobinadeiras para a produção de toras feitas de

[0002] A presente invenção refere-se ao campo técnico de enroladores para a produção de toras feitas de materiais celulósicos e, em particular, refere-se a um método e a um equipamento para a verificação da execução correta das linhas de pré-corte.

[0003] Sabe-se que a produção de toras (bobinas massivas) feitas de material celulósico, a partir das quais são obtidos, por exemplo, rolos de papel higiênico, ou rolos de papel de cozinha, implica na alimentação de uma trama de material celulósico, que consiste em uma ou mais camadas sobrepostas, ao longo de um percurso predeterminado, onde diversas operações são realizadas antes de produzir as toras, incluindo incisão transversal na trama de modo a formar linhas de pré- corte que dividem a trama em folhas destacáveis separáveis. A formação das bobinas envolve o uso de material cartonado, comumente conhecidos como “núcleos” em cuja superfície é distribuída uma quantidade pré-determinada de cola para permitir a colagem da trama de papel sobre os núcleos introduzidos na máquina de formação de rolos que é usualmente denominada “enroladores”. A cola é distribuída sobre os núcleos quando eles passam ao longo de um percurso correspondente compreendendo uma extremidade usualmente chamada “berço”, devido à sua conformação côncava. A formação das toras implica ainda no uso de rolos de enrolamento a jusante do berço, os quais provocam a rotação de cada núcleo em torno de seu eixo longitudinal determinando assim o enrolamento da trama no mesmo núcleo. O processo termina quando um número predeterminado de folhas é enrolado sobre o núcleo, com a colagem de uma aba da última folha sobre a folha de base do rolo assim formado (a chamada “aba de fechamento” operação). Neste ponto, atora é descarregada do rebobinador e transportada até uma máquina de corte que a divide em rolos de comprimento predeterminado. A trama de material celulósico, antes de ser enrolada sobre os núcleos, é submetida à ação da unidade de pré-corte; isto é, é submetida à ação de um equipamento que produz sobre a trama uma série de linhas de incisão paralelas correspondentes para os assim chamados “rasgos”, determinando a formação, no produto acabado, de uma série de linhas paralelas de incisão que permitem o destaque das folhas.

[0004] Para a execução das linhas de pré-corte sobre a trama de papel que alimenta o rebobinador, a referida trama é passada entre um rolo provido de uma pluralidade de lâminas que se projetam radialmente e uma correspondente contra- lâmina. A correta execução das linhas de pré-corte implica que haja uma correta interferência das lâminas do cilindro com a contra-lâmina.

[0005] Possíveis desvantagens relacionadas com a execução das linhas de pré-corte podem ser relacionadas com o desgaste de uma ou mais lâminas, bem como ao desalinhamento entre os elementos pré-corte, ou a uma incorreta configuração de não- alinhamento e/ou incorreto espaçamento entre o cilindro e a contra-lâmina. De fato, as lâminas são sujeitas a desgaste e cada lâmina pode se desgastar a um nível diferente relativamente às demais lâminas do mesmo cilindro, provocando assim uma incorreta interação entre os elementos de pré- corte; a referida interação incorreta também pode ser determinada por uma possível variação do ajuste ideal da configuração de pré-corte durante a montagem da máquina, devido a diversos motivos. Consequentemente,o produto acabado pode apresentar defeitos consistindo de imprecisões ou em qualquer caso de linhas de pré-corte executadas de forma indevida que ensejam maiores dificuldades na separação por rasgamento das folhas individuais.

[0006] Mesmo pequenas variações no desgaste ou no posicionamento dos elementos pré-corte podem causar efeitos inaceitáveis não apenas para a realização de um alto nível de produção, mas também para a obtenção de padrões normais de qualidade de produção.

[0007] O principal objetivo da presente invenção é o de eliminar, ou em qualquer caso reduzir drasticamente, as desvantagens acima mencionadas.

[0008] Este resultado é alcançado de acordo com a presente invenção, mediante um método operativo e uma máquina possuindo as características indicadas nas reivindicações independentes. Outras características da presente invenção são o objeto das reivindicações dependentes.

[0009] Graças à presente invenção, é possível verificar o estado de funcionamento das lâminas rotativas e sinalizar automaticamente qualquer anomalia em relação a um padrão pré- definido, permitindo que os operadores, ou os dispositivos automáticos de controle, intervir na unidade de pré-corte antes de a anomalia detectada provocar defeitos nas toras a serem produzidas. Além disso, o sistema de controle usado para implementar o presente invento pode ser alcançado por meio de uma configuração simples e econômica do circuito, relativamente às demais vantagens oferecidas. Outra vantagem da presente invenção relaciona-se com o controle constante da interação das lâminas e a consequente regulagem de forma substancialmente contínua, o que determina maior durabilidade porque um desgaste anormal das lâminas é substancialmente evitado. Em outras palavras, a sinalização da anormalidade não é mais determinada pela detecção “a jusante” dos defeitos apresentados pela trama que chega proveniente da unidade de pré-corte, mas está baseada em um controle em tempo real das reais condições das lâminas, excluindo de forma quase que absoluta as condições incorretas de operação que possam levar a danos para as máquinas e/ou à produção de produtos qualitativamente inadequados.

[00010] Uma outra vantagem é que o método operativo e o equipamento objeto do invento podem ser aplicados às unidades industriais já existentes sem modificações estruturais e funcionais excessivamente importantes.

[00011] Estas e outras vantagens e características da presente invenção serão mais bem compreendidas por qualquer pessoa especialista na arte, graças à descrição seguinte e aos desenhos anexos, fornecidos como um exemplo, mas não para serem considerados no sentido limitativo, em que: A Figura 1 representa, esquematicamente, uma unidade de pré-corte equipada com uma possível modalidade de um dispositivo de controle de acordo com a presente invenção, em que os componentes não estão em escala, mas mostrados apenas esquematicamente ou com blocos; A Figura 2 representa uma vista parcial e esquemática de um detalhe de uma unidade de pré-corte relativamente ao cilindro de contra-lâmina; As Figuras 3 e 4 representam de forma esquemática uma modalidade possível de um cilindro de corte e uma contra- lâmina em uma possível modalidade de uma unidade de pré-corte de acordo com a invenção.

[00012] Reduzida à sua estrutura essencial e com referência aos desenhos representativos, um dispositivo de controle de acordo com a presente invenção pode ser disposto em um tipo conhecido de rebobinador.

[00013] Em particular, o dispositivo de controle está disposto e atuante na unidade de pré-corte (PC), que, convencionalmente, fica disposta a jusante da estação de desenrolamento (RW) dos rolos que alimentam a trama (W) a ser enrolada em torno do núcleos para produzir as toras e a montante dos meios (FL) que enrolam os núcleos em torno dos núcleos.

[00014] Para simplicidade, no diagrama da Figura 1 a estação de desenrolamento é representada por dois rolos opostos (RW), a trama (W) é representada por uma linha contínua e os meios de enrolamento são representados por um bloco (FL) disposto a jusante do unidade de pré-corte (PC), ao longo do percurso seguido pela trama (W), cuja direção de avanço é indicado pela seta (A).

[00015] A unidade de pré-corte (PC) compreende um rolo (RS) que gira a uma velocidade predeterminada em torno de um eixo relativo (X) e tem uma pluralidade de lâminas (RB) que se projetam radialmente a partir da sua superfície externa. As lâminas (RB) podem ser, por exemplo, lâminas de forma helicoidal que se estendem a partir de uma base até a outra do rolo (RS) e são mutuamente espaçadas por um valor predeterminado, conforme se acha esquematicamente representado nas Figuras 3 e 4. Em conformidade com o exemplo mostrado nos desenhos em anexo, a unidade de pré-corte (PC) compreende ainda uma contra-lâmina (FB) suportada e que se projeta a partir de um suporte relativo (2), e voltada para o rolo (RS). A contra-lâmina (FB) mostrada nas Figuras 2, 3 e 4 é do tipo proporcionado com uma pluralidade de contra-lâminas que podem ser usadas em diferentes momentos, por exemplo, durante a substituição devido ao desgaste.

[00016] O rolo (RS) e a contra-lâmina (FB) delimitam uma passagem para a trama de papel (W) que passa através da unidade (PC), tal como indicado pela seta “A” na Figura 1. Durante a fase de pré-corte, uma lâmina (RB) do rolo (RS) interfere com a contra-lâmina (FB) enquanto a trama (W) passa entre a lâmina e a contra-lâmina. Esta interferência, como nas unidades convencionais de pré-corte, provoca a formação de uma linha de pré-corte na trama (W) transversalmente ao sentido (A) da mesma trama que passa através do equipamento (PC).

[00017] A unidade de pré-corte (PC) é suportada pelos lados do rebobinador, ou seja, por suportes laterais (que podem ser formados pelos lados do rebobinador ou podem ser outros suportes adequados), sobre os quais o eixo do rolo (RS) e a contra-lâmina (FB) são sustentados. Por conseguinte, os referidos suportes laterais constituem a estrutura de suporte para a unidade de pré-corte (PC).

[00018] A interferência entre cada lâmina (RB) dos rolos (RS) e a contra-lâmina (FB) produz uma vibração que se propaga ao longo da estrutura de suporte da unidade de pré-corte (PC) sendo detectada por um dispositivo de detecção (AC) adaptado para converter a vibração propriamente num sinal elétrico analógico que, por sua vez, é convertido num sinal digital por meio de um conversor A/D sendo então transmitido para uma unidade de processamento programável (PU), a qual compara a amplitude do sinal assim recebido com um valor de referência armazenado numa seção de memória (MS), da mesma unidade programável (PU).

[00019] No geral, a unidade (PU) emite um sinal de alarme, se a amplitude do sinal recebido é menor ou maior do que o valor de referência predeterminado. Por exemplo, como será mais bem explicado adiante na presente descrição, se a amplitude do sinal recebido é menor que o valor de referência predeterminado, a unidade (PU) pode atribuir esta condição a uma insuficiente interferência entre a lâmina e a contra- lâmina, que pode ser devido, por exemplo, a um desgaste excessivo da lâmina. Se, por outro lado, a amplitude do sinal recebido é maior do que o predeterminado valor de referência, a unidade (PU) pode atribuir esta condição a uma excessiva interferência entre a lâmina e a contra-lâmina que pode ser devido, por exemplo, a uma montagem não correta da lâmina sobre o rolo ou a um defeito geométrico da lâmina.

[00020] O dispositivo de detecção (AC) pode compreender um acelerômetro do tipo SKF CMSS2200. Contudo, meios sensores (consistindo em um ou mais dispositivos sensores) de um outro tipo capaz de detectar vibrações e de emitir um sinal de acordo com a vibração detectada, pode ser provido. No geral, pode ser utilizado um dispositivo capaz de detectar as vibrações emitidas pela interação entre os rolos (RS) e (FB), por exemplo, mediante detectar a inércia de uma massa submetida à correspondente aceleração, transformando o deslocamento da referida massa num sinal elétrico utilizável pela unidade de processamento (PU).

[00021] Em outras palavras, pode ser utilizado qualquer sensor capaz de converter as vibrações resultantes da interação entre o rolo e contra-lâmina num sinal elétrico.

[00022] Além disso, mediante conectar um codificador (EN) ao eixo dos rolos (RS) e à unidade de processamento (PU), também é possível identificar qual das lâminas (RB) produz a vibração anormal. De fato, ao realizar este propósito, a unidade de processamento (PU) recebe tanto os sinais provenientes do dispositivo de detecção (CA) e os sinais de posição do rolo de (RS) e, portanto, das lâminas (RB), que vêm do codificador (EN).

[00023] Tabelas: A Tabela 1 e a Tabela 2 mostram dados obtidos experimentalmente através da medição das vibrações geradas por interferência entre o rolo (RB) e a contra-lâmina (FB). Em particular, as tabelas mostram os picos correspondentes à frequência da lâmina (f_blade) e às primeiras quatro bandas laterais esquerdas (valores de -1 a - 4), derivando-os desde os correspondentes valores espectrais, obtidos respectivamente a partir de uma medição preliminar feita sem uso de papel (Tabela 1) e uma medição preliminar feita usando o papel (tabela 2).

[00024] A medição preliminar é uma medição realizada na máquina sob as condições de operação para definir os assim chamados valores de referência; isto é, uma medição feita antes de operar a máquina, para estabelecer quais valores são detectados pelo sensor(s) nas predeterminadas condições operacionais que correspondem a pelo menos uma configuração correta e a uma série de configurações incorretas que podem ser devidas, por exemplo, ao não alinhamento entre o rolo e a contra-lâmina, a uma distância incorreta entre o rolo e a contra-lâmina, etc.

[00025] Em particular, com referência aos exemplos apresentados nas tabelas, os valores foram avaliados para as seguintes configurações: correta ou valor de referência, interferência excessiva, interferência insuficiente, rolos inclinando para o lado do serviço, rolos inclinando para o lado do operador, e interferência sem interferência da lâmina.

[00026] A parte superior de cada tabela fornece os valores como medidos, enquanto que a parte inferior da tabela fornece os valores em porcentagem com respeito ao valor de referência.

[00027] Na prática, os sinais detectados pelos meios sensores (e, de preferência, adequadamente transformados) são utilizados para definir um tipo de mapa das anomalias capaz de automaticamente permitir o reposicionamento da máquina aos valores corretos.

[00028] Quaisquer alarmes (com base num valor da amplitude ou um valor derivado dele ou relacionado a ele) que possam ser emitidos pela unidade (PU) podem ser diferenciados de forma vantajosa de acordo com o tipo de anomalia detectada.

[00029] Estes alarmes podem ser tanto alarmes acústicos e alarmes luminosos e podem incluir a emissão de uma mensagem de texto ou a produção de um símbolo gráfico específico em um display (D) ligado à unidade (PU). TABELA 1 TABELA 2

[00030] O método operativo objeto da invenção fornece uma etapa de ajuste dos valores de referência, os quais, armazenados (por exemplo, em um ou mais arquivos) na memória (MS), serão usados pela unidade de processamento (PU) para verificar o posicionamento correto dos elementos da unidade de pré-corte (PC).

[00031] Em particular, os meios sensores podem compreender detectores de vibração, dispostos sobre a estação de pré-corte numa posição conveniente. Por exemplo, eles podem ser fixos a uma parede da estação de pré-corte, lateralmente, ou em um ponto intermediário relativamente aos rolos (RS) e (FB).

[00032] Na prática, após a montagem da unidade industrial e da estação de pré-corte-(PC), a mesma unidade industrial é iniciada para medir os valores de vibração sob condições “normais”; ou seja, mediante fazer os rolos a interagir, por exemplo, sem ou (preferentemente, mas não exclusivamente) com a trama de papel (W) que passa entre os referidos rolos e é submetida ao pré-corte.

[00033] As vibrações detectadas são devidas aos contatos (ou colisões), que ocorrem devido à interação dos rolos. Os valores medidos podem ser utilizados diretamente pela unidade de processamento (PU), ou eles podem ser transformados utilizando, por exemplo, os harmônicos relativos, como nas tabelas descritas acima.

[00034] Por exemplo, os valores de referência podem compreender a soma de vários gráficos, relativos aos harmônicos sucessivos, de modo a produzir o espectro dos valores fornecidos os mais completos possíveis. Na prática, o método e o equipamento da invenção proporcionam uma espécie de “impressão digital” da vibração, que pode ser obtida diretamente a partir das vibrações detectadas ou através de uma adequada transformação e que é memorizada para a subsequente comparação durante a fase de produção da máquina.

[00035] Após a partida dos elementos de pré-corte e ajuste dos valores de referência, o sistema é operado no modo produção e os meios de detecção são ativados para prover a unidade de processamento com os dados relacionados.

[00036] De um modo vantajoso, o mesmo meio de detecção utilizado para fornecer os valores de referência durante a medição preliminar são também usados para controlar a correta operação da máquina. Deste modo, a detecção é tão precisa quanto possível porque os meios usados para a medição preliminar correspondem àqueles usados para monitorar a correta operação da máquina.

[00037] No caso das medições incorretas, mas mesmo assim incluídas numa faixa de valores “normais” que correspondem ao funcionamento não ideal, mas que podem ser corrigidas, a unidade (PU) emite um sinal de alarme que pode determinar, mesmo automaticamente, o reposicionamento dos elementos de pré-corte (PU) até que a detecção dos valores padrões de referência sejam alcançados.

[00038] Ao contrário, durante detecções não incluídas nessa faixa, a unidade (PU) emite um sinal de alarme que pode determinar, mesmo automaticamente, a paralisação dos elementos de pré-corte (PC) se os valores excederem os limites pré- estabelecidos.

[00039] Nos desenhos, os meios que permitem o reposicionamento automático da unidade de pré-corte (PC) são mostrados como meios de motorização (3) que atuam na contra- lâmina (FB) e são aptos para movimentá-la bidirecionalmente, por exemplo, de acordo com a seta dupla (F).

[00040] Os testes experimentais mostraram que tal pode ser mais eficaz para movimentar esse elemento (FB) que nos desenhos está esquematicamente mostrado como suportado por dois suportes movediços (31) juntamente com correspondentes elementos de guia, ou, preferentemente, é sustentado por meios de excêntricos que permitem a uma regulagem mais eficiente do posicionamento do referido rolo de suporte da lâmina.

[00041] Em particular, com referência ao exemplo não limitativo ilustrado nos desenhos, o reposicionamento dos elementos de pré-corte pode ter lugar através do envio de sinais de controle aos meios de posicionamento do rolo de suporte da lâmina (FB) que atua sobre duas faces opostas, indicado por (30A) e (30B) nos desenhos. Em outras palavras, a unidade de controle (PU) é capaz de acionar os meios de motorização destinados ao posicionamento/orientação desse rolo.

[00042] No diagrama da Figura 1 a unidade de controle (PU) também está conectada à estação de desenrolamento (RW) e aos meios de enrolamento (FL) dispostos a jusante. Isto significa que em caso de detecção de uma falha que não possa ser corrigida pelo reposicionamento dos rolos de pré-corte, o sistema de controle pode interromper a operação do rebobinador tanto a montante como a jusante da unidade de pré-corte. Em outras palavras, o sistema de controle tem a possibilidade de automaticamente remediar as anomalias de um certo tipo, tal como, por exemplo, a separação dos dois rolos ou o incorreto espaçamento incorreto deles, enquanto que a ocorrência das anomalias que não possam ser corrigidas pela ação dos meios (3) para posicionamento dos rolos (por exemplo, a ruptura ou o excessivo consumo de uma lâmina), é capaz de enviar um sinal de parada tanto aos meios de pré-corte e aos demais componentes do rebobinador.

[00043] Na prática, os detalhes de execução podem em qualquer caso variar em qualquer modo equivalente com respeito aos elementos individuais descritos e ilustrados, sem nos afastarmos do escopo da idéia solucional adotada e, portanto, permanecendo dentro dos limites de proteção conferidos pela presente patente.

Claims (12)

1. MÉTODO PARA VERIFICAR O FUNCIONAMENTO CORRETO DE UM DISPOSITIVO DE PRÉ-CORTE (PC) DE UMA UNIDADE INDUSTRIAL PARA A PRODUÇÃO DE TORAS DE MATERIAL CELULÓSICO, o equipamento (PC) sendo provido com, pelo menos, um primeiro elemento rotativo ou primeiro rolo (RS) que interage com um segundo elemento ou contra-lâmina (FB) para formar, por meio de pelo menos uma lâmina (RB), uma sucessão de linhas de pré-corte em uma fita de material celulósico, o método compreendendo as etapas operacionais de: realização e montagem do dispositivo de pré-corte (PC), com o posicionamento relativo e ajuste do referido primeiro (RS) e segundo elemento (FB); o método sendo caracterizado por compreender as seguintes etapas operacionais:; ativação do dispositivo de pré-corte (PC) com a medição das vibrações emitidas relacionadas com a interação entre o referido primeiro e o referido segundo elemento durante uma etapa de teste que precede o uso operacional do dispositivo; armazenamento de pelo menos um valor ou um conjunto de valores relacionados com a referida medição das vibrações, correspondentes a uma configuração ideal de funcionamento do dispositivo (PC), o referido armazenamento sendo executado durante a referida etapa de teste; medição, durante a operação da referida unidade industrial, dos valores das vibrações emitidas pela interação entre os referidos primeiro (RS) e segundo elemento (FB) e comparação com o referido valor ou conjunto de valores relacionados com a configuração operacional de referência, com a emissão de um sinal, se houver uma não correspondência entre os valores detectados e o valor de referência ou conjunto de valores de referência.

2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido conjunto de valores constituir uma faixa de valores de referência e por a referida comparação determinar se o valor está nessa faixa.

3. Método, de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o referido sinal emitido na não-correspondência entre o valor detectado e o valor de referência ou o conjunto de valores de referência, ser enviado para maios automáticos (3) para o ajuste da posição de um do referido primeiro (RS) e segundo elemento (FB), adaptado para fazer variar a distância e/ou a inclinação de um dos dois elementos, um relativamente ao outro.

4. Método, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por o ajuste do referido primeiro (RS) e segundo elemento (FB) ser executado por meio de pelo menos dois meios de posicionamento dispostos e/ou atuando em lados opostos com respeito ao desenvolvimento longitudinal dos referidos elementos.

5. Método, de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por a determinação do referido valor de referência ou um conjunto de valores de referência ser realizada mediante passar uma fita de material celulósico entre o referido primeiro (RS) e segundo elemento (FB) e mediante a medição dos valores das vibrações relacionadas.

6. Método, de acordo com uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por os valores das vibrações detectadas serem usados na forma de uma função do tempo ou das transformadas relativas.

7. Método, de acordo com uma das reivindicações 1 a 6, em que a ação do referido primeiro elemento rotativo ou primeiro rolo (RS) é realizada por uma pluralidade de lâminas (RB), caracterizado por ele compreender da detecção da posição do primeiro elemento pelos meios (EM) capazes de fornecer um sinal da posição do rolo para correlacionar a medição realizada a uma lâmina (RB) da referida pluralidade.

8. Método, de acordo com uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado por os meios (AC) usados para definir o referido valor de referência serem iguais àqueles usados durante a operação da máquina.

9. Método, de acordo com uma das reivindicações 1 a 8, em que a ação dos meios de pré-corte (PC) é realizada a jusante de uma estação de desenrolamento (RW) e a montante de um meio de enrolamento (FL), caracterizado por prender a referida estação de desenrolamento (RW) e/ou os referidos meios de enrolamento (FL) quando um valor detectado exceder a um limite.

10. MÁQUINA DE REBOBINAGEM PARA A PRODUÇÃO DE TORAS DE MATERIAL CELULÓSICO, compreendendo meios (RW) para a alimentação de uma trama de material celulósico (W) formada por uma ou mais tramas sobrepostas ao longo de um predeterminado percurso de alimentação, uma unidade de pré-corte (PC) disposta ao longo do referido percurso de alimentação e adaptada para produzir sobre a fita passante (W) uma série de linhas transversais de pré-corte, meios de enrolamento (FL), dispostos a jusante da unidade de pré-corte (PC), para o enrolamento da trama de material celulósico (W) na forma de tora ou rolo possuindo um comprimento pré-fixado numa estação de enrolamento, e meios para o descarregamento da tora a partir da estação de enrolamento, em que a unidade de pré-corte (PC) compreende um número predeterminado de lâminas (RB) que mediante interferência com uma contra-lâmina (FB) produz as referidas linhas de pré-corte (PC) sobre a fita (W), caracterizada por compreender: um dispositivo de detecção (AC) para detectar as vibrações produzidas pela interferência entre as lâminas (RB) e a contra-lâmina (FB) na fase de produção das linhas de pré- corte e adaptado para produzir sinais elétricos representativos da referidas vibrações; e uma unidade programável de processamento (PU) que recebe os sinais produzidos pelo dispositivo de detecção (AC) e compara os valores dos sinais detectados com os valores de referência adquiridos durante uma etapa de teste envolvendo o dispositivo de pré- corte para emitir um sinal de alarme se um dos referidos valores detectados estiver fora de um intervalo delimitado pelos valores de referência.

11. Máquina de rebobinagem para a produção de toras de material celulósico, de acordo com a reivindicação 10, caracterizada por a referida unidade de processamento programável (PU) ser conectada a meios de posicionamento (3) de um rolo de suporte da referida contra- lâmina (FB) e/ou do referido predeterminado número de lâminas (RB) de modo a automaticamente ajustar seu posicionamento como uma função das detecções realizadas pelo referido dispositivo de detecção (AC).

12. Máquina de rebobinagem para a produção de toras de material celulósico, de acordo com a reivindicação 10, caracterizada por a referida unidade de processamento programável (PU) ser conectada aos referidos meios (RW) para a alimentação de uma trama de material celulósico (W) e aos referidos meios de enrolamento (FL), de modo a desativar a operação em função das detecções realizadas pelo referido dispositivo de detecção (AC).