BR112019012590B1 - Dispositivo de transferência de ingredientes alimentares, e, método para transferência de um ingrediente alimentar - Google Patents

Dispositivo de transferência de ingredientes alimentares, e, método para transferência de um ingrediente alimentar Download PDF

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Abstract

É provido um dispositivo de transferência de ingredientes alimentares (100). O dispositivo de transferência de ingredientes alimentares compreende um dispositivo de dosagem (20a) configurado para receber um ingrediente alimentar (IA) e uma primeira câmara (110) que é provida com uma entrada (112a) e uma saída (114a) para permitir que o dispositivo de dosagem (20a) passe pela primeira câmara (110). O dispositivo de transferência de ingredientes alimentares compreende adicionalmente uma segunda câmara (120) arranjada adjacente à primeira câmara (110) para receber o dispositivo de dosagem (20) quando tiver passado pela primeira câmara (110), a segunda câmara (120) sendo provida com uma saída (124a) para permitir que o dispositivo de dosagem (20) passe pela segunda câmara (120) e para dentro de um recinto (40) que contém um produto alimentício (PA) para o qual o ingrediente alimentar (IA) deverá ser transferido.

Description

Campo Técnico
[001] A invenção refere-se a um dispositivo de transferência de ingredientes alimentares e a um método para transferência de ingrediente alimentar.
Fundamentos da Técnica
[002] A transferência de ingredientes alimentares é comumente utilizada na indústria de processamento de alimentos e bebidas. Em particular, tais transferências podem ser, por exemplo, realizadas quando um ingrediente alimentar específico será adicionado a uma quantidade existente de um produto base. Os exemplos incluem a adição de enzimas, corantes, agentes aromatizantes, vitaminas, soluções de sal e de coalho, etc, em uma quantidade relativamente pequena comparada à quantidade do produto base. Exemplos de produtos base incluem leite, iogurte, creme, suco, pudim e soja.
[003] Como o produto alimentício resultante é associado a altos padrões de higiene, a transferência asséptica do ingrediente alimentar para o produto base é normalmente exigida.
[004] Diversas técnicas para a transferência asséptica dos ingredientes alimentícios foram sugeridas. Por exemplo, em EP0918562, um dispositivo de transferência de ingrediente é descrito dispondo de uma agulha de dosagem sendo inserível em um tubo de fluxo por meio de uma membrana flexível. Uma vez que a agulha de dosagem é inserida dentro do tubo de fluxo, o ingrediente alimentar pode ser injetado no produto base que flui dentro do tubo de fluxo. Antes de penetrar a membrana flexível, a agulha de dosagem é jateada com um líquido esterilizante.
[005] Outro exemplo de um dispositivo de transferência é ensinado pelo US2015/0140183, também contando com o princípio de expor a agulha a um agente esterilizante antes de entrar em contato com o produto base.
[006] A técnica anterior descrita acima melhora com sucesso as condições de higiene de transferência de ingredientes alimentares. Entretanto, as condições assépticas são críticas e devem ser garantidas. Portanto, autoridades como a Food and Drug Administration (FDA, em português Administração de Alimentos e Medicamentos) nos Estados Unidos normalmente exigem medidas de segurança adicionais para reduzir ou até mesmo eliminar o risco de contaminação durante a dosagem dos ingredientes alimentares. Alguns outros estados da técnica relacionados são descritos nos documentos patentários US2011/008206A1, DE102013201209A1, WO2016/014584A1, US5167816A e US4919658A.
Sumário
[007] É um objetivo da invenção pelo menos parcialmente superar uma ou mais das limitações acima identificadas da técnica anterior. Em particular, é um objetivo prover uma solução simples, mas robusta, para a transferência asséptica de ingredientes alimentares que reduz ou praticamente elimina os riscos de contaminação.
[008] Para resolver estes objetivos, um dispositivo de transferência de ingredientes alimentares é provido. O dispositivo de transferência de ingredientes alimentares compreende um dispositivo de dosagem configurado para receber um ingrediente alimentar e uma primeira câmara que é provida com uma entrada e uma saída para permitir que o dispositivo de dosagem passe pela primeira câmara. O dispositivo de transferência de ingredientes alimentares compreende adicionalmente uma segunda câmara sendo arranjada adjacente à primeira câmara para receber o dispositivo de dosagem quando tiver passado pela primeira câmara, a segunda câmara sendo provida com uma saída para permitir que o dispositivo de dosagem passe pela segunda câmara e para dentro de um recinto que contém um produto alimentício para o qual o ingrediente alimentar deverá ser transferido.
[009] O dispositivo de transferência de ingredientes alimentares é vantajosa no fato de que o risco de contaminação é significativamente reduzido ou até mesmo eliminado uma vez que cada câmara pode contribuir para esterilização do dispositivo de dosagem.
[0010] De acordo com um segundo aspecto, um método para transferir um ingrediente alimentar é provido. O método compreende empurrar um dispositivo de dosagem por uma primeira câmara que é provida com uma entrada e uma saída para permitir que o dispositivo de dosagem passe primeira câmara, empurrar o dispositivo de dosagem por uma segunda câmara que é arranjada adjacente à primeira câmara e provida com uma saída para permitir que o dispositivo de dosagem passe primeira câmara, empurrar o dispositivo de dosagem para dentro de um recinto que é arranjado adjacente à segunda câmara e contém um produto alimentício que deverá receber o ingrediente alimentar, e passar o ingrediente alimentar pelo dispositivo de dosagem para o produto alimentício no recinto.
[0011] Além disso, outros objetivos, elementos, aspectos e vantagens da invenção aparecerão a partir da descrição detalhada a seguir, assim como a partir dos desenhos. Cada recurso descrito e implementado para o dispositivo de transferência de ingredientes pode ser implantado para o método de transferência de ingredientes, e vice versa.
Breve Descrição dos Desenhos
[0012] As modalidades da invenção serão agora descritas, a título de exemplo, com referência aos desenhos esquemáticos anexos, nos quais a Figura 1 é uma vista esquemática de um sistema de processamento de alimentos compreendendo um dispositivo de transferência de ingredientes alimentícios; a Figura 2 é uma vista esquemática de um dispositivo de transferência de ingredientes alimentícios mostrado em uma primeira posição; a Figura 3 é uma vista esquemática do um dispositivo de transferência de ingredientes alimentícios mostrado em uma segunda posição; a Figura 4 é uma vista esquemática do dispositivo de transferência de ingredientes alimentícios mostrado em uma terceira posição; a Figura 5 é uma vista esquemática do dispositivo de transferência de ingredientes alimentícios mostrado em uma quarta posição; e a Figura 6 é uma vista esquemática do método de transferência de ingredientes alimentícios.
Descrição Detalhada
[0013] Com referência à Figura 1, um sistema de processamento de alimentos 10 é mostrado esquematicamente. O sistema de processamento de alimentos 10 tem um dispositivo de dosagem 20 para passar um ingrediente alimentar IA pelo dispositivo de dosagem 20, em uma quantidade de produto alimentício PA provido em um recinto 40. O dispositivo de dosagem 20, aqui na forma de uma agulha de dosagem, forma parte de um dispositivo de transferência de ingredientes alimentícios 100.
[0014] O recinto 40 é representado como um conduto tubular. Como é facilmente entendido, o recinto 40 poderia também ser realizado como um tanque ou vaso, um conduto de fluido, ou qualquer outra estrutura adequada para encerrar ou transportar produtos alimentícios dentro de um sistema de processamento de alimentos 10.
[0015] O dispositivo de transferência de ingredientes alimentícios 100 é arranjado em proximidade ao recinto 40, de modo que o dispositivo de dosagem 20 possa ser inserido no recinto 40 por meio do dispositivo de transferência de ingredientes alimentícios 100. Qualquer técnica convencional e adequada pode ser usada para conectar assepticamente o dispositivo de transferência de ingredientes alimentares 100 para o recinto 40. Consequentemente, o dispositivo de transferência de ingredientes alimentares 100 forma um trajeto de passagem para o dispositivo de dosagem 20 no seu caminho para dentro do recinto 40.
[0016] O dispositivo de dosagem 20 fica em comunicação fluídica com um fornecimento de ingredientes alimentares 30, de modo que os ingredientes alimentares IA possam fluir do fornecimento 30 para dentro do recinto 40 por meio do dispositivo de dosagem 20.
[0017] Um controlador 70 é provido, e incluído no sistema de processamento de alimentos 10, para controlar a operação do dispositivo de transferência de ingredientes alimentares 100. O controlador 70 tem uma primeira unidade 72 configurada para controlar o movimento do dispositivo de dosagem 20, isto é, o movimento nas direções para perto e para longe do recinto 40. Por exemplo, a unidade 72 pode estar em comunicação fluídica com um motor linear 80 ou estrutura semelhante capaz de permitir tal movimento do dispositivo de dosagem 20. Deve ser reconhecido que apenas o dispositivo de dosagem 20 é móvel - normalmente o recinto 40, bem como partes adicionais do dispositivo de transferência de ingredientes alimentares 100, são estacionários.
[0018] O controlador 70 é configurado para controlar a operação de dois fornecimentos individuais 50, 60. Para isto, o controlador 70 é provido com duas unidades adicionais 74, 76. O primeiro fornecimento 50, sendo associado com a unidade de controlador 74, é configurada para fornecer um primeiro fluido para o dispositivo de transferência de ingredientes alimentares 100. De uma maneira semelhante, o segundo fornecimento 60, sendo associado com a unidade de controlador 76, é configurada para fornecer um segundo fluido para o dispositivo de transferência de ingredientes alimentares 100.
[0019] Como é prontamente entendido, as unidades 72, 74, 76 podem ser providas como uma unidade única do controlador 70, ou elas podem ser providas como módulos ou unidades separados(as) por meio das quais o controlador 70 representa a capacidade conjunta para controlar o movimento do dispositivo de dosagem 20, bem como a operação dos fornecimentos 50, 60.
[0020] Com referência agora à Figura 2, o dispositivo de transferência de ingredientes alimentares 100 será descrito em detalhes adicionais. Comparada com a ilustração esquemática do dispositivo de transferência de ingredientes alimentares 100 mostrada na Figura 1, a modalidade mostrada na Figura 2 difere no que diz respeito aos dois dispositivos de dosagem 20a, 20b estarem presentes. Estes dois dispositivos de dosagem 20a, 20b podem ser controlados individualmente por meio do controlador 70. O número exato de dispositivos de dosagem 20a, 20b podem ser alterados dependendo da aplicação particular.
[0021] Além dos dispositivos de dosagem 20a, 20b, o dispositivo de transferência de ingredientes alimentares 100 compreende um alojamento 105 sendo configurado para ser fixamente afixado ao recinto 40, conforme previamente descrito. Tal afixação pode, logo, ser alcançada por meio de, por exemplo, equipamentos padrão tais como parafusos, linguetas, etc (não mostrados).
[0022] O alojamento 105 é provido com uma primeira câmara 110 dispondo de pelo menos uma entrada 112a, 112b para permitir que os dispositivos de dosagem 20a, 20b entrem na primeira câmara 110. Além disso, a primeira câmara 110 é provida com número correspondente de saídas 114a, 114b para permitir que os dispositivos de dosagem 20a, 20b passem pela primeira câmara 110. Adicionalmente, o alojamento 105 é também provido com uma segunda câmara 120 sendo arranjada adjacente à primeira câmara 110 para receber o dispositivo de dosagem 20a-b quando tiver passado pela primeira câmara 110. A segunda câmara 120 é provida com uma saída 124a, 124b para permitir que o dispositivo de dosagem 20 passe pela segunda câmara 120 e para dentro do recinto 40 que contém um produto alimentício PA para o qual o ingrediente alimentar IA deverá ser transferido.
[0023] Como é evidente a partir da Figura 2, as saídas 114a, 114b da primeira câmara 110 também agem como entradas para a segunda câmara 120.
[0024] As entradas 112a, 112b formam parte de uma interface vedada 130 entre as condições de ambiente e a primeira câmara 110. As saídas 114a, 114b da primeira câmara 110 formam parte de uma interface vedada 140 entre a primeira câmara 110 e a segunda câmara 120, enquanto as entradas 124a, 124b da segunda câmara 120 formam uma interface vedada 150 entre a segunda câmara 120 e o recinto 40.
[0025] A fim de permitir que os dispositivos de dosagem 20a, 20b passem para dentro do recinto 40, o recinto 40 é provido com aberturas convencionais 42 sendo alinhadas com as saídas 124a, 124b da segunda câmara 120.
[0026] As interfaces vedadas 130, 140, 140 são formadas por membranas penetráveis. Consequentemente, uma primeira membrana penetrável 132 é arranjada para vedar uma entrada respectivamente 112a, 112b da primeira câmara 110. Uma segunda membrana penetrável 142 é arranjada para vedar uma saída respectiva 114a, 114b da primeira câmara 110, e uma terceira membrana penetrável 152 é arranjada para vedar uma saída respectiva 124a, 124b da segunda câmara 120.
[0027] Considerando as membranas 132, 142, 152 sendo arranjadas para serem penetradas pelo mesmo dispositivo de dosagem 20a, 20b, a primeira membrana penetrável 132, a segunda membrana penetrável 142 e a terceira membrana penetrável 152 são alinhadas em uma direção linear L que se estende a partir da primeira membrana penetrável 132 até a terceira membrana penetrável 152.
[0028] Durante a operação, um dispositivo de dosagem 20a, 20b é movido na direção do alojamento 105, penetra a primeira membrana 132 a fim de passar para dentro da primeira câmara 110 (ver Figura 3), penetra a segunda membrana 142 a fim de passar para dentro da segunda câmara 120 (ver Figura 4) e penetra a terceira membrana 152 a fim de passar para dentro do recinto 40 (ver Figura 5).
[0029] Cada câmara 110, 120 é configurada para contribuir com a esterilização do dispositivo de dosagem 20a, 20b antes de ser inserido dentro do recinto 40, onde entra em contato com o produto alimentício PA.
[0030] Para isto, a primeira câmara 110 compreende uma porta de entrada 116 e uma porta de saída 118 para receber respectivamente expelir um primeiro fluido, e a segunda câmara 120 compreende uma porta de entrada 126 e um porta de saída 128 para receber respectivamente expelir um segundo fluido S. A primeira câmara 110 fica, portanto, em comunicação fluídica com o primeiro fornecimento 50 (ver Figura 1) por meio da porta de entrada 116, e a segunda câmara 120 fica em comunicação fluídica com o segundo fornecimento 60 (ver Figura 1) por meio da porta de entrada 126. Opcionalmente, as respectivas portas de saída 118, 128 podem estar em comunicação fluídica com os condutos de retorno a fim de formar circuitos fechados para os respectivos fluidos.
[0031] O primeiro fluido, fluindo para dentro da primeira câmara 110 por meio da porta de entrada 116, podem ser peróxido de hidrogênio H2O2. Consequentemente, o fornecimento 50 pode prover um fluxo de peróxido de hidrogênio.
[0032] O segundo fluido, fluindo para dentro da segunda câmara 120 por meio da porta de entrada 126, podem ser vapor S, isto é, vapor quente formado por água. Consequentemente, o fornecimento 60 pode prover um fluxo de vapor.
[0033] O controlador 70 é configurado não apenas para controlar a funcionalidade de ligamento/desligamento do fornecimento do peróxido de hidrogênio e vapor, mas também para controlar os parâmetros do fluido respectivo como temperatura, pressão, e, no caso do peróxido de hidrogênio, concentração.
[0034] A operação do dispositivo de transferência de ingredientes alimentares 100 será descrita agora com referência às Figuras 2 a 5. Na Figura 2, já descrita, os dispositivos de dosagem 20a, 20b são posicionados em uma posição inativa na qual eles não foram ainda empurrados para dentro da primeira câmara 110. Antes da operação do dispositivo de transferência de ingredientes alimentares 100 ser iniciada, as primeira e segunda câmaras 110, 120 podem ser estéreis, uma vez que o dispositivo de transferência de ingredientes 100 pode ser montado em condições estéreis.
[0035] Quando for determinado que a dosagem do ingrediente alimentar IA deve ser iniciada, o controlador 70 é programado para iniciar o preenchimento da segunda câmara 120 com vapor S do segundo fornecimento 60. O aquecimento do vapor S está aumentando a temperatura da primeira câmara 110. O vapor também pode prover esterilização (adicional) da segunda câmara 120.
[0036] Na próxima etapa, mostrada na Figura 3, o dispositivo de dosagem 20b é empurrado para baixo até que uma extremidade distal 22 do dispositivo de dosagem 20b penetre na primeira membrana 132. Quando nesta posição, ou antes da penetração de fato da primeira membrana 132, o controlador 70 é programado para começar a prover peróxido de hidrogênio H2O2 à primeira câmara 110. Consequentemente, o peróxido de hidrogênio H2O2 é alimentado a partir do primeiro fornecimento 50 para a primeira câmara 110. A concentração do peróxido de hidrogênio H2O2 pode, por exemplo, ser 2000 a 3000 ppm, a pressão diferencial pode ser 100 Pa, e a temperatura pode ser em torno de 55°C. Preferivelmente, a posição mostrada na Figura 3 pode ser mantida durante um tempo predeterminado de aproximadamente 2 minutos, a fim de garantir a esterilização total da extremidade distal 22 do dispositivo de dosagem 20b, bem como da primeira câmara 100 completa.
[0037] O vapor na segunda câmara 120 provê calor para o dispositivo de transferência de ingredientes 100, incluído à primeira câmara 110 e ao peróxido de hidrogênio H2O2 dentro da câmara 110, de modo que o peróxido de hidrogênio H2O2 alcance uma temperatura que é a mais eficiente para obter as condições de esterilização apropriadas (por exemplo, em torno de 55°C). Adicional ou alternativamente, outros meios de aquecimento são usados para propiciar ao peróxido de hidrogênio H2O2 a temperatura desejada.
[0038] Antes do dispositivo de dosagem 20b ser empurrado para dentro da segunda câmara 120, a primeira câmara 110 é jateada com ar estéril a fim de evacuar o peróxido de hidrogênio H2O2 da primeira câmara 110.
[0039] Na Figura 4, a próxima posição é mostrada, na qual o dispositivo de dosagem 20b é movido para baixo na segunda câmara 120. Ao mesmo tempo, o outro dispositivo de dosagem 20a pode ser empurrado para dentro da primeira câmara 100, se necessário. Entretanto, para descrever o princípio de operação do dispositivo de transferência de ingredientes alimentares 100, o foco principal será no movimento do dispositivo de dosagem indicado pelo numeral de referência 20b.
[0040] Quando o dispositivo de dosagem 20b for puxado para dentro da segunda câmara 120, o dispositivo de dosagem 20b será controlado para vazar ou aerar, a fim de remover todo o ar dentro do dispositivo de dosagem 20b. Quando isto for feito, o dispositivo de dosagem 20b procede para baixo para dentro do recinto 40 pela penetração da terceira membrana 152. Isso é mostrado na Figura 5, também ilustrando a próxima posição do dispositivo de dosagem 20a.
[0041] Após a terceira membrana 152 ter sido penetrada, por meio da qual o dispositivo de dosagem 20b está posicionado para prover transferência do ingrediente alimentar IA associado, a segunda câmara 120 é novamente jateada com vapor S, formando um condensado estéril dentro da segunda câmara 120.
[0042] Quando a transferência do ingrediente alimentar IA tiver terminado, o dispositivo de dosagem 20b pode ser removido das primeira e segunda câmaras 110, 120, logo retornando para a posição mostrada na Figura 2.
[0043] Na Figura 6, uma vista mais detalhada de um método 200 para transferir um ingrediente alimentar IA é mostrada, conforme realizado por um dispositivo de transferência de ingredientes alimentares semelhante ao dispositivo 100 descrito acima.
[0044] Geralmente, o método 200 compreende empurrar 202 o dispositivo de dosagem 20b pela primeira câmara 110 que é provida com a entrada 112b e a saída 114b para permitir que o dispositivo de dosagem 20b passe pela primeira câmara 110. Subsequentemente, o método 200 compreende empurrar 204 o dispositivo de dosagem 20b pela segunda câmara 120 que é arranjada adjacente à primeira câmara 110 e provida com uma saída 124b para permitir que o dispositivo de dosagem 20b passe pela primeira câmara 120. O método 200 procede a empurrar 206 o dispositivo de dosagem 20b para dentro do encerramento 40 que é arranjado adjacente à segunda câmara 120 e contém um produto alimentício PA que deverá receber o ingrediente alimentar IA, e passar 208 o ingrediente alimentar IA pelo dispositivo de dosagem 20b para o produto alimentício PA no recinto 40.
[0045] Durante esta sequência, uma série de etapas de métodos adicionais podem ser realizadas. Por exemplo, o método 200 pode também compreender uma etapa de fornecimento 210 de um agente de esterilização, tal como vapor ou peróxido de hidrogênio H2O2, para qualquer uma dentre a primeira câmara 110 e a segunda câmara 120, e uma etapa de retenção 212 do dispositivo de dosagem 20b por um período predeterminado na câmara 110, 120 à qual o agente de esterilização foi fornecido na etapa 210, de modo que o dispositivo de dosagem 20b, ou mais especificamente a parte do dispositivo de dosagem 20b que está localizada dentro da câmara 110, 120, seja esterilizado antes de ser empurrado 206 para dentro do recinto 40 que contém o produto alimentício PA.
[0046] Conforme é mostrado na Figura 6, as etapas 210 e 212 (isto é, o fornecimento do agente de esterilização e retenção) podem ser realizadas para fornecer peróxido de hidrogênio para a primeira câmara 110 e manter o dispositivo de dosagem 20b estacionário por um período de tempo predeterminado, ou eles podem ser realizados para fornecer vapor à segunda câmara 120 e manter o dispositivo de dosagem estacionário por um período de tempo predeterminado.
[0047] No primeiro caso, indicado por uma linha sólida na Figura 6, o método 200 pode compreender adicionalmente a etapa 214 de fornecimento de vapor S para a segunda câmara 120.
[0048] Após passar, na etapa 208, o ingrediente alimentar IA para o produto alimentício PA, o método 200 pode continuar ao interromper 216 qualquer passagem do ingrediente alimentar pelo dispositivo de dosagem 20b, retraindo 218 o dispositivo de dosagem 20b do recinto 40, até que uma extremidade distal 22 do dispositivo de dosagem 20b esteja localizado na câmara 110, 120 à qual o agente de esterilização foi fornecido 210, e reter 220 o dispositivo de dosagem 20b um período de tempo predeterminado na câmara 110, 120 à qual o agente de esterilização foi fornecido 210, de modo que o dispositivo de dosagem seja esterilizado antes de ser novamente empurrado 206 para dentro do recinto 40.
[0049] Outros agentes de esterilização que não peróxido de hidrogênio podem ser usados. Também, um outro agente que não vapor pode ser usado. É também possível usar mais do que dois dispositivos de dosagem de alimentos com correspondentes aberturas e membranas no dispositivo de transferência de ingredientes alimentares.
[0050] Da descrição acima segue que, apesar de que várias modalidades da invenção tenham sido descritas e mostradas, a invenção não é restrita às mesmas, mas também pode ser incorporada de outras maneiras dentro do escopo da matéria definida nas reivindicações a seguir.

Claims (10)

1. Dispositivo de transferência de ingredientes alimentares (100), que compreende um dispositivo de dosagem (20b) configurado para receber um ingrediente alimentar (IA), e uma primeira câmara (110) que é provida com uma entrada (112b) e uma saída (114b) para permitir que o dispositivo de dosagem (20b) passe pela primeira câmara (110), uma segunda câmara (120) que é arranjada adjacente à primeira câmara (110) para receber o dispositivo de dosagem (20b) quando tiver passado pela primeira câmara (110), a segunda câmara (120) sendo provida com uma saída (124b) para permitir que o dispositivo de dosagem (20b) passe pela segunda câmara (120) e para dentro de um recinto (40) que contém um produto alimentício (PA) para o qual o ingrediente alimentar (IA) deverá ser transferido, caracterizado por uma primeira membrana penetrável (132) que é arranjada para vedar a entrada (112b) da primeira câmara (110), uma segunda membrana penetrável (142) que é arranjada para vedar a saída (114b) da primeira câmara (110), uma terceira membrana penetrável (152) que é arranjada para vedar a saída (124b) da segunda câmara (120), a primeira membrana penetrável (132), a segunda membrana penetrável (142) e a terceira membrana penetrável (152) sendo alinhadas em uma direção linear (L) que se estende a partir da primeira membrana penetrável (132) até a terceira membrana penetrável (152), a primeira câmara (110) compreendendo uma porta de entrada (116) e uma porta de saída (118) para receber respectivamente expelir um primeiro fluido (H2O2), e a segunda câmara (120) compreendendo uma porta de entrada (126) e um porta de saída (128) para receber respectivamente expelir um segundo fluido (S).
2. Dispositivo de transferência de ingredientes alimentares de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a primeira câmara (110) é provida com pelo menos duas entradas (112a, 112b) e um número correspondente de saídas (114a, 114b), e em que a segunda câmara (120) é provida com um número correspondente de saídas (124a, 124b) para permitir que pelo menos dois dispositivos de dosagem (20a, 20b), que são configurados para receber o ingrediente alimentar (IA), passem pelas primeira e segunda câmaras (110, 120) e para dentro do recinto (40) que contém o produto alimentício (PA) para o qual o ingrediente alimentar (IA) deverá ser transferido.
3. Dispositivo de transferência de ingredientes alimentares de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que compreende um fornecimento (50) de um agente de esterilização, tal como peróxido de hidrogênio, em comunicação fluídica com a primeira câmara (110).
4. Dispositivo de transferência de ingredientes alimentares de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que compreende um fornecimento (60) de vapor (S) em comunicação fluídica com a segunda câmara (120).
5. Dispositivo de transferência de ingredientes alimentares de acordo com a reivindicação 3 ou 4, caracterizado pelo fato de que compreende uma unidade de controle (70) configurada para controlar o fornecimento (50) do primeiro fluido (H2O2) para a primeira câmara (110), 6. fornecimento (60) do segundo fluido (S) para a segunda câmara (120), e 7. passagem do dispositivo de dosagem (20) pelas primeira e segunda câmaras (110, 120).
6. Dispositivo de transferência de ingredientes alimentares de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que a unidade de controle (70) é configurada para controlar qualquer um dentre temperatura, pressão e concentração de qualquer um dentre o primeiro fluido (H2O2) e o segundo fluido (S).
7. Método para transferência de um ingrediente alimentar (IA) com um dispositivo de transferência de ingredientes alimentares (100) como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 6, o método caracterizado pelo fato de que compreende: empurrar (202) um dispositivo de dosagem (20b) por uma primeira câmara (110) que é provida com uma entrada (112b) e uma saída (114b) para permitir que o dispositivo de dosagem (20b) passe pela primeira câmara (110), empurrar (204) o dispositivo de dosagem (20b) por uma segunda câmara (120) que é arranjada adjacente à primeira câmara (110) e provida com uma saída (124b) para permitir que o dispositivo de dosagem (20b) passe pela primeira câmara (120), empurrar (206) o dispositivo de dosagem (20b) para dentro de um recinto (40) que é arranjado adjacente à segunda câmara (120) e contém um produto alimentício (PA) que deverá receber o ingrediente alimentar (IA), e passar (208) o ingrediente alimentar (IA) pelo dispositivo de dosagem (20b) para o produto alimentício (PA) no recinto (40).
8. Método para transferência de um ingrediente alimentar (IA) de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que compreende: fornecer (210) um agente de esterilização (H2O2, S) para qualquer um dentre a primeira câmara (110) e a segunda câmara (120), reter (212) o dispositivo de dosagem (20b) um tempo predeterminado na câmara (110, 120) à qual o agente de esterilização (H2O2, S) foi fornecido (210), de modo que o dispositivo de dosagem seja esterilizado antes de ser empurrado (206) para dentro do recinto (40) que contém o produto alimentício (PA).
9. Método para transferência de um ingrediente alimentar (IA) de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que que o agente de esterilização (H2O2) é fornecido (210) à primeira câmara (110), em que o método compreende: fornecer (214) vapor (S) para a segunda câmara (120).
10. Método para transferência de um ingrediente alimentar (IA) de acordo com a reivindicação 8 ou 9, caracterizado pelo fato de que compreende: interromper (216) qualquer passagem (208) de ingrediente alimentício pelo dispositivo de dosagem (20), retrair (218) o dispositivo de dosagem (20) do recinto (40), até que uma extremidade distal (22) do dispositivo de dosagem (20) esteja localizado na câmara (110, 120) à qual o agente de esterilização foi fornecido (210), reter (220) o dispositivo de dosagem (20) um tempo predeterminado na câmara (110, 120) à qual o agente de esterilização foi fornecido (210), de modo que o dispositivo de dosagem seja esterilizado antes de ser novamente empurrado (206) para dentro do recinto (40).
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