BR112018014863B1

BR112018014863B1 - Aparelho para controlar a fermentação de material natural

Info

Publication number: BR112018014863B1
Application number: BR112018014863-6A
Authority: BR
Inventors: Nadine Pesonen; Roland Guerre
Original assignee: Quanturi Oy
Priority date: 2016-01-22
Filing date: 2017-01-20
Publication date: 2022-12-13
Also published as: RU2018127554A3; CN109072165A; CN109072165B; NZ745475A; US11421197B2; AU2017209958B2; RU2018127554A; CA3011909A1; EP3405561A1; EP3405561C0; AU2017209958A1; CA3011909C; BR112018014863A2; EP3405561B1; ES2962268T3; WO2017125648A1; US20210198614A1; RU2718731C2

Abstract

A presente invenção refere-se a um aparelho (100) para controlar a fermentação de material natural. O aparelho (100) inclui um ou mais sensores (102) configurados para medir pelo menos uma propriedade do material natural (150), um recipiente (104) configurado para conter um agente reativo químico (106), reduzindo ou limitando um processo de fermentação do material natural (150); uma válvula (108) acoplada com o recipiente (104); e um controlador (110) configurado para processar pelo menos uma propriedade medida do material natural (150) e, se o processamento preencher uma condição predeterminada, controlar a válvula (108) para que seja aberta de modo que o agente reativo químico (106) seja liberado no material natural (150) a fim de limitar o processo de fermentação do material natural (150).

Description

Campo da Invenção

[0001] A presente invenção refere-se a um aparelho para controlar a fermentação de material natural.

Antecedentes da Invenção

[0002] Mais de 20 produtos naturais (tais como o feno, a palha, os cereais, o algodão, o óleo à base de peixe e a turfa) são suscetíveis à combustão espontânea, ou autocombustão, o resultado de um processo químico que ocorre quando um material úmido se aquece e inflama.

[0003] O método mais comum para prevenir a combustão espontânea consiste em remover a umidade do material ao deixar que ele seque naturalmente. No entanto, isto é frequentemente um desafio, uma vez que o processo de secagem depende bastante das condições meteorológicas se o material for deixado ao relento. Alguns materiais tais como o feno ou a palha requerem vários dias para atingir uma secagem completa, um intervalo de tempo frequentemente interrompido por condições chuvosas.

[0004] Um outro método de prevenção é o uso de secadores elétricos para remover a umidade ao circular ar aquecido para evaporar a umidade. No entanto, essa solução elétrica não é aplicável para todos os produtos (por exemplo, a turfa) e é cara porque requer a instalação de uma infraestrutura dedicada para o processo.

[0005] A fermentação, que causa a combustão espontânea, pode ser reduzida ou até mesmo interrompida com agentes químicos. Essas soluções são soluções globais, uma vez que eles são espalhados sobre todo o material independentemente da distribuição da umidade do material.

[0006] Só existem sondas manuais para ler a temperatura e a umidade. Essas sondas não proveem nenhum monitoramento contínuo com o passar do tempo nem proveem nenhuma ação positiva no processo de fermentação.

[0007] Consequentemente, há uma necessidade quanto a uma solução mais refinada para controlar a fermentação de material natural. Breve Descrição

[0008] O objetivo da presente invenção consiste na provisão de um aparelho aperfeiçoado para controlar a fermentação de material natural.

[0009] De acordo com um aspecto da presente invenção, é provido um aparelho tal como especificado na reivindicação 1.

[0010] A presente invenção controla ativamente um processo de fermentação de material natural, por meio do qual pelo menos uma das vantagens a seguir pode ser obtida: as propriedades desejadas e a qualidade do material natural podem ser mantidas, e/ou uma combustão espontânea do material natural pode ser inibida.

Lista dos Desenhos

[0011] As modalidades exemplificadoras da presente invenção são descritas a seguir, apenas a título de exemplo, com referência aos desenhos anexos, nos quais as Figuras 1 e 2 ilustram as modalidades exemplificadoras de um aparelho.

Descrição das Modalidades

[0012] As modalidades a seguir são apenas exemplos. Embora o relatório descritivo possa se referir a "uma" modalidade em vários locais, isso não significa necessariamente que cada uma de tais referências diz respeito à mesma modalidade, ou que a característica se aplica somente a uma única modalidade. As características individuais de modalidades diferentes também podem ser combinadas para prover outras modalidades. Além disso, as palavras "que compreende" e "que inclui" devem ser compreendidas como não limitadoras das modalidades descritas para consistir somente nas características que foram mencionadas, e tais modalidades também podem conter características/estruturas que não foram mencionadas especificamente.

[0013] A Figura 1 ilustra um aparelho 100 para controlar a fermentação de material natural, e a Figura 2 ilustra a operação do aparelho 100: a operação começa em 200 e é interrompida em 210.

[0014] O aparelho 100 compreende um ou mais sensores 102 configurados para medir 202 pelo menos uma propriedade do material natural 150.

[0015] Em uma modalidade exemplificadora, o material natural 150 compreende pelo menos um dos seguintes: um produto agrícola, feno, palha, cereal, fardo de feno, algodão, turfa.

[0016] Em uma modalidade exemplificadora, pelo menos uma propriedade compreende pelo menos um dos seguintes: uma temperatura do material natural 150, uma umidade do material natural 150, um pH do material natural 150.

[0017] Em uma modalidade exemplificadora, o sensor 102 é um transdutor que detecta uma forma de energia (por exemplo, a temperatura), e a relata em uma outra forma (tal como a voltagem de um sinal elétrico). Quando o sensor 102 mede 202 a propriedade do material natural 150, ele gera um valor 130 que representa uma quantidade da propriedade.

[0018] O aparelho 100 também compreende um recipiente 104 configurado para conter um agente reativo químico 106 que reduz ou limita um processo de fermentação do material natural 150.

[0019] Em uma modalidade exemplificadora, o recipiente 104 é um tanque para um fluido de agente reativo químico 106.

[0020] Em uma modalidade exemplificadora, o agente reativo químico 106 compreende pelo menos um dos seguintes: carbonato de potássio, carbonato de sódio, ácido propiônico, ácido fórmico, ácido acético, diacetato de sódio, amônia anidra, sulfito, sorbato de potássio. Além disso, outros agentes reativos químicos que reduzem ou limitam o processo de fermentação do material natural 150 podem ser aplicados.

[0021] O aparelho 100 também compreende uma válvula 108 acoplada com o recipiente 104. Com a válvula 108, o fluxo do agente reativo químico (na forma de fluido, isto é, gás, líquido, sólido fluidizado, ou pasta) é regulado e dirigido mediante a abertura/o fechamento de várias passagens de saída do recipiente 104.

[0022] Em uma modalidade exemplificadora, o recipiente 104 é pressurizado, por meio do que a abertura da válvula 108 faz com que o agente reativo químico 106 flua para o material natural 150 devido à pressão.

[0023] Em uma modalidade exemplificadora, o recipiente 104 é posicionado acima da válvula 108, por meio do que a abertura da válvula 108 faz com que o agente reativo químico 106 flua para o material natural 150 devido à gravidade da Terra.

[0024] Em uma modalidade exemplificadora, a válvula 108 é acoplada com uma bomba, por meio do que a abertura da válvula 108 faz com que o agente reativo químico 106 flua para o material natural 150 devido a uma ação de bombeamento executada pela bomba.

[0025] Em uma modalidade exemplificadora, a válvula 108 é acoplada com um bocal, com o que a direção ou as características de um fluxo de fluido podem ser controladas: para aumentar a velocidade do fluxo, ou atomizar o fluido a fim de distribuir o mesmo de modo mais uniforme, por exemplo.

[0026] O aparelho 100 também compreende um controlador 110,acoplado de maneira comunicativa com um ou mais sensores 102 e acoplado de maneira operativa com a válvula 108, configurado para processar 204 pelo menos uma propriedade medida 130 do material natural 150 e, se o processamento preencher uma condição predeterminada SIM 206, controla 132, 208 a válvula 108 para que seja aberta de modo que o agente reativo químico 106 seja liberado no material natural 150 a fim de limitar o processo de fermentação do material natural 150.

[0027] Em uma modalidade exemplificadora, sob determinadas condições, definidas pela natureza do material natural 150 e seu comportamento com o passar do tempo, a ativação da válvula 108 do recipiente 104 é acionada. Tal condição predeterminada pode ser relacionada a uma ou mais propriedades medidas: à temperatura, e/ou à umidade, e/ou ao pH (acidez/alcalinidade), por exemplo.

[0028] Desta maneira, o aparelho 100 controla ativamente o processo de fermentação do material natural 150, por meio do que as propriedades e a qualidade desejadas do material natural 150 são mantidas, e/ou uma combustão espontânea do material natural 150 é inibida. O aparelho 100 desse modo satisfaz a necessidade de monitorar mudanças das propriedades dos produtos naturais 150 com o passar do temo a fim de obter dados sobre o desenvolvimento e a evolução de uma possível fermentação, e controlar ativamente esse processo de fermentação a fim de impedir qualquer perigo de combustão espontânea. Além disso, o controle do processo de fermentação do material natural 150 irá assegurar a manutenção das suas propriedades e qualidade. De fato, quaisquer materiais naturais 150 que passarem por uma fermentação intensa terão o seu valor reduzido.

[0029] Se o processamento não preencher a condição predeterminada NÃO 206, a operação 202 é reiniciada.

[0030] Em uma modalidade exemplificadora, a válvula 108 pode ser fechada depois de ser administrada somente uma parte do agente reativo químico armazenado 106, ao que a operação 202 pode ser reiniciada.

[0031] A decisão de acionar a abertura do recipiente 104 pode ser tomada ao nível do aparelho 100 ou ao um nível de um sistema (= aparelho 100 interagindo com uma entidade externa 160).

[0032] Em uma modalidade exemplificadora, o controlador 110 é configurado de modo que o processamento satisfaça a condição predeterminada (SIM 204 e 206), se o controlador 110 detectar de maneira autônoma que pelo menos uma propriedade satisfaz um limite predeterminado. "De maneira autônoma" significa que o controlador 110 executa independentemente a verificação em 206.

[0033] Em uma modalidade exemplificadora alternativa, o aparelho 100 também compreende um rádio transceptor 112, e o controlador 110 é configurado de modo que o processamento satisfaça a condição predeterminada (SIM 204 e 206) se, em resposta a uma transmissão 212 de pelo menos uma propriedade medida com o rádio transceptor 112 a uma entidade externa 160, uma indicação 134 que a condição predeterminada é satisfeita é recebida com o rádio transceptor 112 da entidade externa 160.

[0034] Em uma modalidade exemplificadora, o controlador 110 é um detector de limite simples implementado com componentes eletrônicos apropriados configurado para detectar se pelo menos uma propriedade medida satisfaz a condição predeterminada (ao satisfazer um valor limite, por exemplo).

[0035] Em uma modalidade exemplificadora alternativa, o controlador 110 é um processador, isto é, um dispositivo que tem a capacidade de processar dados.

[0036] Uma lista não exaustiva de técnicas de implementação para o processador 110 inclui, mas sem ficar a eles limitada: componentes lógicos, circuitos integrados padrão, circuitos integrados específicos de aplicativos (ASIC), sistema em um chip (SoC), produtos padrão específicos de aplicativos (ASSP), microprocessadores, microcontroladores, processadores de sinal digital, chips de computadores de finalidades especiais, arranjos de portas programáveis no campo (FPGA), e outras estruturas eletrônicas apropriadas.

[0037] Em uma modalidade exemplificadora, o processador 110 pode ser implementado como um microprocessador que executa funções de uma unidade central de processamento (CPU) em um circuito integrado. A CPU é uma máquina lógica que executa um código de programa de computador que implementa a funcionalidade 204, 206, 208. O código de programa de computador pode ser codificado como um programa de computador ao usar uma linguagem de programação, que possa ser uma linguagem de programação de alto nível, tal como C, ou Java, ou uma linguagem de programação de baixo nível, tal como uma linguagem de máquina, ou assembler. A CPU pode compreender um conjunto de registos, uma unidade lógica aritmética (ALU) e uma unidade de controle (CU). A unidade de controle é controlada por uma sequência do código de programa de computador transferida de uma memória (operante) à CPU. A unidade de controle pode conter um número de microinstruções para operações básicas. A implementação das microinstruções pode variar, dependendo do desenho da CPU. O microprocessador 110 também pode ter um sistema operacional (um sistema operacional dedicado de um sistema encastrado, um sistema operacional em tempo real, ou até mesmo um sistema operacional de finalidades gerais), que pode fornecer ao código de programa de computador serviços de sistema.

[0038] Em uma modalidade exemplificadora, a funcionalidade do processador 110 pode ser projetada por uma linguagem de descrição de hardware apropriada (tal como Verilog ou VHDL), e ser transformada em uma lista de nível de porta (descrevendo células padrão e as conexões elétricas entre elas), e após outras fases o chip que implementa o processador, a memória, e o código do processador 110 pode ser fabricado com fotomáscaras que descrevem os circuitos.

[0039] Em uma modalidade exemplificadora, o processador 110 é implementado como um microcontrolador, que é um computador encastrado em um único circuito integrado que contém um núcleo do processador, uma memória e periféricos de entrada/saída programáveis (para controlar a válvula 108, por exemplo). Em uma modalidade exemplificadora, tal microcontrolador 110 também pode incluir um rádio transceptor interno 112.

[0040] Em uma modalidade exemplificadora, o aparelho 100 também compreende um rádio transmissor 112, e o controlador 110 é configurado para transmitir os dados 136 a uma entidade externa 160, em que os dados compreendem 136 um ou mais dos seguintes: pelo menos uma propriedade medida, informações sobre a operação do aparelho 100, um alarme que é relacionado a uma situação anormal.

[0041] Em uma modalidade exemplificadora, o radio transmissor/transceptor 112 utiliza baixas frequências da faixa ISM (por exemplo, mas sem limitação, 13,56 MHz, 26 a 28 MHz, 430 a 435 MHz, 860 a 930 MHz, 2,45 GHz ou 5,8 GHz) para uma melhor penetração da rádio frequência dentro do material úmido. Uma antena do módulo de comunicação via rádio 112 pode ser projetada para combinar com o circuito de comunicação via rádio e para a irradiação em um possível ambiente úmido.

[0042] Em uma modalidade exemplificadora, o rádio transceptor 112 é implementado como um rádio transceptor celular e/ou um rádio transceptor não celular. Em uma modalidade exemplificadora, o rádio transceptor celular 112 pode ser interoperável com várias redes de rádio celular padrão/não padrão/proprietárias sem fio, tais como qualquer rede de telefonia móvel, que pode ser acoplada com uma rede com fios tal como a Internet.

[0043] Em uma modalidade exemplificadora, a rede de comunicação sem fio compreende qualquer rede de telefonia móvel, independentemente da geração (tal como 2G, 3G, 4G, além de 4G, 5G etc.), tal como GSM (Global System for Mobile Communications), GPRS (General Packet Radio Service), EGPRS (Enhanced GPRS), WCDMA (Wide Band Code Division Multiple Access), UMTS (Universal Mobile Telephone System), 3GPP ( The 3rd Generation Partnership Project), IMT (International Mobile Telecommunication), LTE (Long Term Evolution, LTE-A (LTE-Advanced), Mobile WiMAX, e outros sistemas de rádio (em suas formas atuais e/ou em suas formas em evolução).

[0044] Em uma modalidade exemplificadora, a rede de comunicação suporta o uso do módulo de identidade de subscritor (SIM), que pode ser um circuito integrado que armazena os dados do subscritor, que são as informações específicas de rede usadas para autenticar e identificar o subscritor na rede celular. O módulo de identidade do subscritor pode ser encastrado em um cartão SIM removível. Consequentemente, o aparelho 100 pode incluir o cartão SIM (e um leitor de cartão SIM). Alternativamente, o aparelho 100 pode incluir um cartão SIM virtual ou de software.

[0045] Em uma modalidade exemplificadora, a rede de comunicação sem fio compreende uma rede de área local sem fio (WLAN), um hotspot, ou um ponto de acesso, todos os quais podem prover acesso à Internet para o aparelho 100 através do uso de um roteador conectado a uma link para um provedor de serviços na Internet.

[0046] Em uma modalidade exemplificadora, o rádio transceptor não celular 112 pode utilizar uma tecnologia sem fio de curto alcance, um padrão Bluetooth, um padrão de baixa energia Bluetooth (BLE), um padrão de rede de área local sem fio (WLAN), um padrão Wi-Fi (ou WiFi), um padrão IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) 57.11, , ou as suas versões em evolução (IEEE 802.11ac, etc.), por exemplo), uma tecnologia de rádio de curto alcance proprietária.

[0047] As células proveem uma cobertura de rádio sobre uma ampla área geográfica, desse modo permitindo uma situação em que a distância física entre o aparelho 100 e o aparelho externo 160 pode ser bastante pequena, isto é, o aparelho 100 fica localizado na mesma célula que a entidade externa 160, ou bastante grande, isto é, o aparelho 100 não fica localizado na mesma célula que a entidade externa 160. Na prática, a distância entre o aparelho 100 e a entidade externa 160 pode variar de metros a milhares de quilômetros. No entanto, a distância típica pode ser de dezenas de metros a quilômetros ou a algumas centenas de quilômetros. É retratado o seguinte cenário, por exemplo: os aparelhos 100 ficam dentro de fardos de feno em um celeiro, e a entidade externa 160 fica em um escritório de um fazendeiro 168.

[0048] Em uma modalidade exemplificadora, o aparelho 100 também compreende uma memória 114, e o controlador 110 também é configurado para armazenar os dados 138 na memória 114.

[0049] O termo 'memória' 114 refere-se a um dispositivo que tem a capacidade de armazenar os dados durante a operação (= memória operacional) ou permanentemente (= memória não volátil). A memória operacional e a memória não volátil podem ser implementadas por uma memória de acesso aleatório (RAM), uma RAM dinâmica (DRAM), uma RAM estática (SRAM), uma memória flash, um disco de estado sólido (SSD), uma PROM (memória só de leitura programável), um semicondutor apropriado, ou quaisquer outros meios de implementar uma memória de computador elétrico.

[0050] Em uma modalidade exemplificadora, a entidade externa 160 pode compreender uma única entidade ou uma pluralidade de entidades de comunicação. Em uma modalidade exemplificadora, a entidade externa 160 compreende uma leitora externa, uma estação base ou mais geralmente um nó de rede 162 para comunicar os dados monitorados. O nó 162 pode transmitir os dados diretamente a um aparelho do usuário final 166 ou através de um servidor 164. Alternativamente, a entidade externa 160 pode compreender somente o servidor 164 e/ou o aparelho do usuário 166. O papel do nó 162 e/ou do servidor 164 é o de controlar uma pluralidade de aparelhos 100 operados no campo.

[0051] Em uma modalidade exemplificadora, o aparelho do usuário 166 pode compreender um aparelho de comunicação do usuário final 168. Uma lista não exaustiva dos tipos do aparelho de comunicação 166 inclui: um relógio inteligente, um telefone móvel, um smartphone, um computador do tipo tablet, um fablet, um dispositivo de computação móvel de finalidades gerais, um computador, um laptop. Em uma modalidade exemplificadora, o aparelho de comunicação 166 é um dispositivo de computação do tipo off-the-shelf de finalidades gerais, ao contrário de um equipamento proprietário destinado a uma finalidade, por meio do que os custos de pesquisa e desenvolvimento serão mais baixos, uma vez que somente o software de finalidade especial (e não o hardware) precisa ser projetado, implementado e testado. O aparelho de comunicação 166 pode empregar um sistema operacional apropriado, tal como iOS, Android, ou Windows Phone, por exemplo. Em uma modalidade exemplificadora, o aparelho do usuário 166 executa um aplicativo de software específico, o qual é usado para controlar o aparelho 100.

[0052] Em uma modalidade exemplificadora, o aparelho do servidor 164 implementa um serviço de provisão de serviço da rede para o usuário 168 (ao receber a informação do aparelho 100, e fornece a informação ao aparelho do usuário 166, por exemplo).

[0053] Em uma modalidade exemplificadora, o aparelho do servidor 164 pode ser implementado por um recurso de computação apropriado ou uma combinação de vários recursos de computação. Em uma modalidade exemplificadora, o recurso de computação 164 pode ser implementado como um único computador servidor ou como um conjunto de computadores. O servidor é uma parte do modelo de computação de cliente-servidor que age como aplicativo distribuído que divide tarefas ou cargas de trabalho entre o provedor de um recurso ou serviço, chamado servidor, e o solicitante do serviço, chamado cliente. O servidor 164 pode servir um número de aparelhos 100 e aparelhos do usuário 166. O computador do servidor 164 pode ser um hospedeiro que está rodando um ou mais programas do servidor que compartilham os seus recursos com os clientes 100, 166. O cliente 100, 166 pode solicitar uma função de serviço ou conteúdo do servidor 164. Além disso, o cliente 100, 166 pode iniciar uma sessão de comunicação com o servidor 164 que aguarda os pedidos de entrada.

[0054] Em uma modalidade exemplificadora, o aparelho do servidor 164 também pode operar de acordo com o modelo de computação de nuvem, pelo menos em parte. Naturalmente que, além destas modalidades exemplificadoras do aparelho do servidor 164, outras arquiteturas de computação praticáveis também podem ser utilizadas para implementar o hardware e o software. Consequentemente, além de operar de acordo com a arquitetura do cliente/servidor, a tecnologia de impulso também pode ser utilizada. Na tecnologia de impulso, o pedido para uma transação é iniciado pelo aparelho do servidor 164, ao passo que com a tecnologia de tração o pedido para a informação é iniciado pelo cliente 100, 166.

[0055] Em uma modalidade exemplificadora, o aparelho 100 é configurado para ser inserível no material natural 150 de modo que o aparelho 100 também compreenda uma fonte de energia autossuficiente 118 é configurada para fornecer energia elétrica para o aparelho 100, e um invólucro impermeável 116 que encapsula o aparelho 100.

[0056] Em uma modalidade exemplificadora, o invólucro 116 é feito de plásticos sintéticos. Estes incluem, mas sem ficar a eles restringidos, o estireno butadieno acrilonitrilo (ABS), o tereftalato de polietileno (PET), o poliuretano, o policarbonato, a Poliimida (PI), que não são suscetíveis à oxidação quando em contato com material úmido. O invólucro 100 é impermeável. O invólucro 116 também pode ser à prova de poeira e à prova de choque. O invólucro 116 pode ser de qualquer formato apropriado. O invólucro 116 pode ser feito de material fluorescente ou bem visível para o reconhecimento.

[0057] Em uma modalidade exemplificadora, a fonte de energia autossuficiente ou independente 118 pode ser uma bateria elétrica que converte a energia química armazenada em energia elétrica. A bateria elétrica 118 pode ser recarregável. Em uma modalidade exemplifica- dora, o aparelho 100 pode compreender uma interface de energia para receber a energia elétrica para carregar a bateria 118. A interface de energia pode acoplar o aparelho 100 à rede de eletricidade, a um conector carregador em um veículo, ou a alguma outra fonte de energia que permite que a bateria 118 seja carregada. Além de, ou em vez da bateria 118, o aparelho 100 pode compreender uma outra fonte de energia portátil tal como uma célula solar que converte a energia da luz diretamente em eletricidade pelo efeito fotovoltaico, ou uma célula de combustível que converte a energia química de um combustível em eletricidade através de uma reação química com o oxigênio ou um outro agente de oxidação.

[0058] Em uma modalidade exemplificadora, o aparelho 100 pode operar em um modo de economia de energia para ativar/desativar os sensores durante/depois de um período de medição.

[0059] Em uma modalidade exemplificadora, a cada aparelho 100 é atribuído um identificador singular, que também pode ser usado em comunicação 134, 136 com a entidade externa 160. Desta maneira, uma pluralidade de aparelhos 100 é mais fácil de controlar pela entidade externa 160.

[0060] Em uma modalidade exemplificadora, o aparelho 100 é uma sonda, a qual é inserida dentro do material natural 150 por ocasião da coleta ou da armazenagem.

[0061] Será óbvio a uma pessoa versada no estado da técnica que, à medida que a tecnologia avança, o conceito inventivo pode ser implementado de várias maneiras. A invenção e suas modalidades não são limitadas às modalidades exemplificadoras descritas acima, mas podem variar dentro do âmbito das reivindicações.

Claims

1. Aparelho (100) para controlar a fermentação de material natural, caracterizado pelo fato de que compreende: um invólucro impermeável à água (116) configurado para en-capsular o aparelho (100) e fazer do aparelho uma sonda inserível em um único fardo feito de um material natural (150); uma fonte de energia autossuficiente (118) configurada para fornecer energia elétrica para o aparelho (100); um recipiente (104) configurado para conter um agente reativo químico (106) que limita um processo de fermentação do material natural (150) do único fardo; uma válvula (108) acoplada com o recipiente (104); um ou mais sensores (102) configurados para medir uma propriedade do material natural (150) do único fardo; e um controlador (110), acoplado de maneira comunicativa com um ou mais sensores (102) e acoplado de maneira operativa com a válvula (108), configurado, se o controlador (110) detectar de maneira autônoma que a propriedade satisfaz um limite predeterminado, indicando que o processo de fermentação do material natural do único fardo se desenvolveu de modo que o perigo de uma combustão espontânea do material natural dentro do único fardo é possível, para controlar a válvula (108) para que seja aberta de modo que o agente reativo químico (106) seja liberado do material natural (150) dentro do único fardo, sendo que o recipiente (104) é posicionado acima da válvula (108), por meio do que a abertura da válvula faz com que o agente químico reativo (106) flua para o material natural (150) dentro do fardo único devido à gravidade da terra e/ou a válvula (108) é acoplada a uma bomba, por meio do que a abertura da válvula (108) faz com que o agente químico reativo (106) flua para o material natural (150) dentro o fardo único devido à ação de bombeamento executada pela bomba.

2. Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o aparelho (100) também compreende um rádio transmissor (112), e o controlador (110) é configurado para transmitir os dados (136) a uma entidade externa (160), em que os dados (136) compreendem um ou mais dos seguintes: a propriedade medida, informações sobre a operação do aparelho (100), um alarme que é relacionado a uma situação anormal.

3. Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a propriedade compreende um dos seguintes: uma temperatura do material natural (150), uma umidade do material natural (150), um pH do material natural (150).

4. Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o material natural (150) compreende um dos seguintes: um produto agrícola, feno, palha, cereal, algodão e turfa.

5. Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o agente reativo químico (106) compreende um dos seguintes: carbonato de potássio, carbonato de sódio, ácido propiônico, ácido fórmico, ácido acético, diacetato de sódio, amônia anidra, sulfito, sorbato de potássio.

6. Aparelho, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a válvula (108) é acoplada a um bocal para controlar as características de um fluxo de fluido do agente químico reativo.