BR112017005775B1 - Pneu para rodas de veículo, material semi-finalizado, processos para produção e armazenamento de um material semifinalizado e para produção de pneus para rodas de veículo - Google Patents

Pneu para rodas de veículo, material semi-finalizado, processos para produção e armazenamento de um material semifinalizado e para produção de pneus para rodas de veículo Download PDF

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Abstract

“pneu para rodas de veículo, material semifinalizado, processos para produção e armazenamento de um material semifinalizado e para produção de pneus para rodas de veículo”. a presente invenção se refere a um pneu para rodas de veículo compreendendo pelo menos um elemento que compreende um material elastomérico reticulado obtido por reticulação de uma composição elastomérica reticulável que compreende uma base de polímero que consiste em: (a) borracha natural de cis-1,4-poli-isopreno; (b) um (co)polímero de butadieno; (c) pelo menos um polímero dieno selecionado do grupo que consiste em trans-1,4-poli-isopreno e trans-1,4-polibutadieno.

Description

DESCRIÇÃO
[001] A presente invenção se refere a um pneu para rodas de veículo.
[002] Um pneu para rodas de veículo compreende tipicamente uma estrutura de carcaça, uma estrutura de cinta arranjada em uma posição radialmente externa com relação à estrutura de carcaça e uma banda de rodagem arranjada em uma posição radialmente externa com relação à estrutura de cinta, através da qual o pneu faz contato com o leito da estrada.
[003] Tanto a estrutura de carcaça como a estrutura de cinta compreendem tipicamente uma pluralidade de cordas de reforço, feitas de material de artigo têxtil ou metálico, incorporadas em uma matriz de material elastomérico.
[004] O pneu cru é feito pela montagem dos respectivos materiais semifinalizados de mistura de elastômero. Seguinte a produção do pneu cru, um tratamento de moldagem e vulcanização é realizado geralmente com o propósito de estabilização estrutural do pneu pela reticulação de misturas de elastômero, assim como, impressão de um padrão de rodagem desejado na banda de rodagem.
[005] Os materiais semifinalizados podem ser produzidos na forma de elementos alongados como tiras contínuas de material elastomérico, opcionalmente reforçadas com elementos metálicos e/ou de artigos têxteis de formato alongado. Tipicamente, antes deles serem usadas para a fabricação do pneu, alguns materiais semifinalizados podem ser armazenados pelo enrolamento em voltas concêntricas superpostas, realizado, por exemplo, nas bobinas.
TÉCNICA ANTECEDENTE
[006] Um problema conectado com o armazenamento de materiais semifinalizados em tiras feitos de polímeros elastoméricos (cru) não vulcanizados enrolados nas bobinas está conectado com a pegajosidade típica do polímero elastomérico cru que leva a adesão de voltas do material semifinalizado colocado em contato, tornando difícil - se não completamente não prático industrialmente - desenrolar todo o material semifinalizado das bobinas de armazenamento.
[007] O requerente observou que para evitar a desvantagem mencionada acima, durante o desenrolamento de um material semifinalizado armazenado nas bobinas, é recomendável prover a interposição de um material de separação termoplástico entre as voltas ou incorporar um ingrediente antiadesão na mistura de elastômero.
[008] O problema de reduzir a adesão entre as voltas de um material semifinalizado enrolado nas bobinas já foi enfrentado, por exemplo, em WO 99/62695, US 5.004.635 e mais recentemente em WO 2002102566, no nome do requerente.
[009] WO 2002102566 descreve um material semifinalizado, obtido pela reticulação de uma composição de elastômero reticulável compreendendo um polialcenâmero, que exibe pouca adesividade quando armazenado na forma de tiras contínuas nas bobinas.
[0010] Além do mais, composições de elastômeros para pneus foram descritas, por exemplo, em US20140088240, US20130133803, US5284195, GB1151679, GB1199825, US3484405 e US3639525.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[0011] Embora o pneu obtido de acordo com os preceitos de WO 2002102566 no nome do requerente dê resultados satisfatórios, tanto do ponto de vista de baixa adesividade do material semifinalizado usado na fabricação do produto cru, como do ponto de vista de desempenho do pneu, com vista no melhoramento contínuo da produção e desempenho do pneu, o requerente enfrentou o problema de melhorar a resistência no estado bruto dos materiais semifinalizados usados na fabricação do pneu (em particular os materiais semifinalizados armazenados na forma de tira contínua nas bobinas), ao mesmo tempo mantendo ou possivelmente melhorando os bons resultados em termos de desempenho do pneu, mas sem estar sujeito as desvantagens associadas com materiais semifinalizados durante o armazenamento dos mesmos.
[0012] O requerente descobriu que o uso de uma composição de elastômero reticulável compreendendo trans-1,4-poli-isopreno torna possível resolver o problema mencionado acima.
[0013] Os documentos da técnica antecedente sugerem o uso de trans- 1,4-poli-isopreno em composições com baixa adesividade para aumentar a adesividade da composição simultaneamente com a resistência no estado bruto.
[0014] O requerente em vez disso observou, surpreendentemente, que tiras de material elastomérico obtidas pelo revestimento de cordas de reforço com uma composição reticulável, compreendendo borracha natural, um copolímero de butadieno, e trans-1,4-poli-isopreno, mostraram uma adesividade reduzida mútua, mesmo inferior a adesividade exibida pela composição descrita em WO 2002102566. Esta característica torna esta composição particularmente apropriada para a preparação de materiais semifinalizados a serem armazenados nas bobinas, usados no processo de construção do pneu.
[0015] Além do mais, a composição reticulável compreendendo trans- 1,4-poli-isopreno da invenção exibiu após a vulcanização, inesperadamente em vista dos resultados obtidos quando não vulcanizada, adesividade melhorada com relação às cordas de reforço. Esta característica torna esta composição particularmente apropriada para a preparação de materiais semifinalizados (por exemplo, tira) compreendendo cordas de reforço.
[0016] O requerente observou finalmente que o pneu compreendendo um elemento feito com a composição reticulável da invenção mostrou excelente desempenho em termos de resistência a altas velocidades e resistência a fadiga.
[0017] O requerente observou que, do mesmo modo trans-1,4-poli- isopreno, trans-1,4-polibutadieno também tem um ponto de fusão bem abaixo das temperaturas normalmente alcançadas durante a misturação dos polímeros elastoméricos (tipicamente pelo menos 110°-120°C). Os dois polímeros dieno têm pontos de fusão relativamente similares (67°C e 44°C respectivamente). Por esse motivo estes polímeros dieno podem fundir quando misturados intimamente com outros polímeros em uma mistura devido às altas temperaturas de misturação, e então recristalizam pelo menos parcialmente a temperatura ambiente. O requerente teorizou que devido a este mecanismo, junto com a possibilidade de reticulação típica de polímeros dieno, seria possível obter em uma mistura, com trans-1,4-poli-isopreno e/ou com trans- 1,4-polibutadieno, adesividade muito baixa e alta resistência no estado bruto.
[0018] Em um primeiro aspecto, a presente invenção se refere a um pneu para rodas de veículo que compreende pelo menos um elemento feito de m material semifinalizado na forma de tira que compreende um material elastomérico reticulado obtido pela reticulação de uma composição de elastômero reticulável compreendendo uma base de polímero que consiste em: (a) borracha natural de cis-1,4-poli-isopreno; (b) um (co)polímero de butadieno; (c) pelo menos um polímero dieno selecionado do grupo que consiste em trans-1,4-poli-isopreno e trans-1,4-polibutadieno.
[0019] Preferivelmente, dito elemento é feito na forma de tira contínua de dita composição de elastômero.
[0020] Preferivelmente dito elemento incorpora cordas de reforço.
[0021] De acordo com uma modalidade, o pneu para rodas de veículo compreende pelo menos: - uma estrutura de carcaça tendo bordas laterais opostas associadas com estruturas de talão correspondentes; - uma estrutura de cinta aplicada em uma posição radialmente externa com relação à dita estrutura de carcaça; e - uma banda de rodagem aplicada em uma posição radialmente externa com relação à dita estrutura de cinta.
[0022] Preferivelmente, dito elemento é uma camada de reforço da estrutura de cinta arranjada em uma posição radialmente externa de dita estrutura de cinta.
[0023] Vantajosamente, dita camada de reforço compreende uma pluralidade de ditas cordas de reforço.
[0024] Preferivelmente, dita camada de reforço compreende cordas de reforço arranjadas com um ângulo substancialmente zero, preferivelmente com um ângulo entre 0° e 6°, com relação a uma direção paralela a um plano equatorial do pneu.
[0025] Preferivelmente, as cordas de reforço são arranjadas substancialmente paralelas e lado a lado para formar uma pluralidade de voltas. Estas voltas são substancialmente orientadas na direção circunferencial (tipicamente com um ângulo entre 0° e 6°), esta direção sendo usualmente especificada como "zero-graus" com referência à sua disposição em relação ao plano equatorial do pneu.
[0026] Preferivelmente, dito elemento que compreende o material elastomérico descrito acima é a camada de reforço zero-graus da estrutura de cinta.
[0027] Preferivelmente, ditas cordas de reforço são cordas de artigos têxteis. Mais preferivelmente, ditas cordas são de fibras de raiom, náilon, poliéster, por exemplo, tereftalato de polietileno (PET) ou naftalato de polietileno (PEN), poliamidas aromáticas (aramidas) e/ou cordas híbridas que compreendem combinações de ditas fibras. Alternativamente ditas cordas são metálicas.
[0028] Tipicamente, na camada de reforço zero-graus da estrutura de cinta, náilon e/ou cordas híbridas são usadas (por exemplo, náilon-aramida ou náilon-raiom ou aramida-raiom).
[0029] Preferivelmente, o trans-1,4-poli-isopreno e o trans-1,4- polibutadieno usados na presente invenção são polímeros dieno de trans de alto grau, com um grau elevado de unidades de monômero representadas respectivamente pelas fórmulas seguintes.
Figure img0001
trans-1,4-poli-isopreno trans-1,4-polibutadieno
[0030] A expressão "trans de alto grau" significa que pelo menos 80% das unidades de monômero são dispostas na posição trans como ilustrado nas fórmulas acima.
[0031] Preferivelmente, dita borracha natural (a) está presente em uma quantidade de 20 a 80 phr, preferivelmente de 30 a 60 phr.
[0032] Preferivelmente, dito (co)polímero de butadieno (b) está presente em uma quantidade de 10 a 60 phr, preferivelmente de 30 a 50 phr.
[0033] Preferivelmente, dito pelo menos um polímero dieno (c) está presente em uma quantidade de 5 a 30 phr, mais preferivelmente de 5 a 25 phr.
[0034] Preferivelmente, o (co)polímero de butadieno (b) que pode ser usado na presente invenção pode ser selecionado, por exemplo, dentre: polibutadieno (em particular polibutadieno com um alto teor de 1,4-cis), copolímeros de 1,3-butadieno/acrilonitrila, copolímeros de estireno/1,3- butadieno, copolímeros de estireno/isopreno/1,3-butadieno, copolímeros de estireno/1,3-butadieno/acrilonitrila, ou misturas dos mesmos.
[0035] Vantajosamente, o (co)polímero de butadieno (b) que pode ser usado na presente invenção pode ser selecionado, por exemplo, dentre copolímeros de estireno/1,3-butadieno e copolímeros de estireno/isopreno/1,3-butadieno.
[0036] Vantajosamente, o polímero dieno (c) que pode ser usado na presente invenção é trans-1,4-poli-isopreno, preferivelmente trans-1,4-poli- isopreno TP-MV60 ou TP-MV40 produzido pela Exsino Chemical Co. Ltd. (Shanghai, China) ou TP-301 produzido pela Kurakai Co. Ltd. (Tokyo, Japan).
[0037] Em um segundo aspecto, a presente invenção se refere a um material semifinalizado na forma de tira apropriado para a produção de pneus para rodas de veículo, que compreende uma composição de elastômero reticulável que compreende uma base de polímero que consiste em: (a) borracha natural de cis-1,4-poli-isopreno; (b) um (co)polímero de butadieno; (c) pelo menos um polímero dieno selecionado do grupo que consiste em trans-1,4-poli-isopreno e trans-1 ,4-polibutadieno.
[0038] Preferivelmente, o material semifinalizado da presente invenção compreende pelo menos uma corda de reforço revestida com, ou incorporada na, dita composição de elastômero reticulável.
[0039] De acordo com um terceiro aspecto, a presente invenção também se refere a um processo para produzir e armazenar um material semifinalizado na forma de tira feito de material elastomérico reticulável, que inclui: - preparar uma composição elastomérica; - formar dita composição elastomérica para obter um material semifinalizado na forma de tira; - enrolar dito material semifinalizado na forma de tira em uma bobina de armazenamento; caracterizado em que dita composição elastomérica compreende uma base polimérica que consiste de: (a) borracha natural de cis-1,4-poli-isopreno; (b) um (co)polímero de butadieno; e (c) pelo menos um polímero diênico selecionado dentre o grupo que consiste de trans-1,4-poli-isopreno e trans-1,4-polibutadieno.
[0040] De acordo com um aspecto adicional, a presente invenção se refere a um processo para a produção de pneus para rodas de veículo, dito processo compreendendo os estágios seguintes: - fabricar um pneu bruto que compreende pelo menos um elemento feito de material elastomérico reticulável, dito elemento sendo obtido desenrolando um material semifinalizado na forma de tira de uma bobina de armazenamento e então bobinando dito material em um cilindro rotativo de construção; - moldar o pneu cru em uma cavidade de moldagem definida em um molde de vulcanização; - reticular o material elastomérico pelo aquecimento do pneu para uma dada temperatura durante um dado tempo; em que dito elemento feito de material elastomérico reticulável compreende uma base polimérica que consiste de: (a) borracha natural de cis-1,4-poli-isopreno; (b) um (co)polímero de butadieno; e (c) pelo menos um polímero diênico selecionado do grupo que consiste em trans-1,4-poli-isopreno e trans-1,4-polibutadieno.
[0041] "Plano equatorial" do pneu significa um plano perpendicular ao eixo de rotação do pneu e divide o pneu em duas partes iguais simetricamente.
[0042] Os termos "radial" e "axial" e as expressões "radialmente interna/externa" e "axialmente interna/externa"são usadas com referência a uma direção perpendicular e em uma direção paralela ao eixo de rotação do pneu, respectivamente. Inversamente, os termos "circunferencial" e "circunferencialmente"são usados com referência a direção de desenvolvimento anular do pneu, isto é, para a direção de rodagem do pneu, que corresponde a uma direção situada em um plano coincidente com ou paralelo ao plano equatorial do pneu.
[0043] O termo "material elastomérico"significa uma composição que compreende pelo menos um polímero elastomérico e pelo menos uma carga de reforço. Preferivelmente, esta composição compreende adicionalmente aditivos tais como, por exemplo, um agente de reticulação e/ou um plastificante. Devido à presença do agente de reticulação, este material pode ser reticulado por aquecimento.
[0044] O termo "corda" ou a expressão "corda de reforço"significa um elemento que consiste de um ou mais elementos filiformes (também chamados "filamentos" nas partes que se seguem). Dependendo das circunstâncias e das aplicações específicas, os elementos filiformes mencionados acima podem ser feitos de material de artigo têxtil e/ou metálico.
[0045] Em uma modalidade preferida, dita composição de elastômero reticulável pode compreender adicionalmente pelo menos uma carga de reforço.
[0046] A carga de reforço pode ser selecionada dentre aquelas comumente usadas neste setor, por exemplo, negro de fumo, alumina, sílica, aluminossilicatos, carbonato de cálcio, caulim e similares ou misturas dos mesmos.
[0047] De acordo com uma modalidade preferida, a carga de reforço é negro de fumo, selecionado dentre aqueles tendo uma área de superfície maior do que 40 m2/g, preferivelmente maior do que 50 m2/g, mais preferivelmente maior do que 60 m2/g (determinada por STSA (área de superfície de espessura estatística) de acordo com o padrão ISO 18852:2005). Preferivelmente, dita área de superfície é menor do que 150 m2/g, mais preferivelmente menor do que 120 m2/g. O requerente verificou que pelo uso de negro de fumo com área de superfície nas faixas dadas acima nas presentes composições de elastômero vulcanizáveis, um aumento no efeito de reforço conferido pela carga é obtido.
[0048] Exemplos apropriados de negro de fumo são negro de fumo da classe ASTM tal como N220, N234, N326, N375 comercializados por vários fabricantes tais como Columbian, Cabot ou Evonik.
[0049] De acordo com uma modalidade preferida, dita carga de reforço de negro de fumo está presente na composição de elastômero em uma quantidade entre 0,1 phr e 120 phr, preferivelmente entre 20 phr e 90 phr, mais preferivelmente entre 40 e 80 phr.
[0050] De acordo com uma modalidade, a sílica que pode ser usada pode ser uma sílica pirogênica ou, preferivelmente, uma sílica precipitada, tendo uma área de superfície BET (medida de acordo com o padrão ISO 5794/1) geralmente entre 50 e 300 m2/g.
[0051] De acordo com outra modalidade preferida, dita composição de elastômero reticulável pode compreender adicionalmente um agente de copulação de silano. Dito agente de copulação de silano é capaz de interagir com sílica e ligar a mesma ao polímero elastomérico durante a vulcanização.
[0052] Preferivelmente, dito agente de copulação de silano está presente na composição de elastômero reticulável em uma quantidade de 0 phr a cerca de 10 phr, preferivelmente de cerca de 0,5 phr a cerca de 5 phr.
[0053] Agentes de copulação que são usados preferivelmente são aqueles à base de silano, que podem ser identificados, por exemplo, pela fórmula estrutural (I) seguinte:
Figure img0002
na qual os grupos R, que podem ser idênticos ou diferentes, são selecionados dentre: grupos alquila, alcóxi ou arilóxi ou dentre átomos de halogênio, desde que pelo menos um dos grupos R seja um grupo alcóxi ou arilóxi; t é um número inteiro entre 1 e 6 inclusivo; X é um grupo selecionado dentre: nitroso, mercapto, amino, epóxido, vinila, imida, cloro, -(S)uCtH2t-Si- (R)3 ou -S-COR em que u e t são números inteiros de 1 a 6 inclusivo, e os grupos R são definidos como acima.
[0054] Os agentes de copulação que são particularmente preferidos incluem bis(3-trietoxisililpropil)tetrasulfeto e bis(3-trietoxisililpropil) dissulfeto. Ditos agentes de copulação podem ser usados como eles são ou como uma mistura apropriada com uma carga inerte (por exemplo, negro de fumo) a fim de facilitar sua incorporação na composição de elastômero reticulável.
[0055] As composições de elastômero reticulável podem ser vulcanizadas por técnicas conhecidas, em particular com sistemas de vulcanização à base de enxofre comumente usados para polímeros elastoméricos. Para este propósito, nas composições de elastômero, após uma ou mais etapas de tratamento termomecânico, um agente de vulcanização à base de enxofre é incorporado junto com aceleradores e ativadores de vulcanização. Na etapa final de tratamento, a temperatura é mantida geralmente abaixo de 120°C e preferivelmente abaixo de 100°C, a fim de evitar qualquer fenômeno de pré-reticulação indesejável.
[0056] O agente de vulcanização usado mais vantajosamente é enxofre, ou moléculas contendo enxofre (doadoras de enxofre), com ativadores e aceleradores conhecidos pelos versados na técnica.
[0057] Vantajosamente, dita composição de elastômero reticulável compreende uma quantidade de agente de vulcanização, expressa em phr de enxofre, maior do que 0,5 phr, preferivelmente maior do que ou igual a 1,5 phr. Preferivelmente, a quantidade de agente de vulcanização, expressa em phr de enxofre, é menor do que ou igual a 8 phr, mais preferivelmente menor do que ou igual a 5 phr.
[0058] Os ativadores que são particularmente efetivos são compostos de zinco e em particular ZnO, ZnCO3, sais de zinco de ácidos graxos saturados e insaturados contendo de 8 a 18 átomos de carbono, tal como, por exemplo, estearato de zino, que são formados preferivelmente in situ na composição de elastômero de ZnO e ácido graxo, assim como, BiO, PbO, Pb3O4, PbO2, ou misturas dos mesmos.
[0059] Os aceleradores que são comumente usados podem ser selecionados dentre: ditiocarbamatos, guanidina, tiureia, tiazóis, sulfenamidas, tiuranos, aminas, xantatos ou misturas dos mesmos.
[0060] A quantidade total do sistema de vulcanização e dos agentes que compõe o mesmo pode ser modificada como é conhecido na técnica como uma função da densidade de reticulação final exigida.
[0061] Ditas composições de elastômero podem compreender outros aditivos comumente usados, selecionados com base na aplicação específica para a qual a composição é planejada. Por exemplo, os seguintes podem ser adicionados a ditos materiais: antioxidantes, agentes antienvelhecimento, plastificantes, adesivos, agentes antiozônio, resinas modificadoras, ou misturas dos mesmos.
[0062] Em particular, com o propósito de melhorar adicionalmente a processabilidade, um plastificante pode ser adicionado à dita composição de elastômero, selecionado geralmente dentre óleos minerais, óleos vegetais, óleos sintéticos ou misturas dos mesmos, tais como, por exemplo, óleo aromático, óleo naftênico, ftalatos, óleo de soja ou misturas dos mesmos. A quantidade de plastificante é geralmente entre 0 phr e 70 phr, preferivelmente entre 3 phr e 20 phr.
[0063] Na presente invenção, dito material elastomérico reticulável compreende preferivelmente pelo menos um composto doador de metileno.
[0064] De acordo com uma modalidade preferida, dito pelo menos um composto doador de metileno pode ser qualquer composto que, quando aquecido durante a vulcanização, é capaz de reagir com o aceptor de metileno usado na composição de elastômero.
[0065] Exemplos de doadores de metileno apropriados compreendem, mas não estão limitados a, hexametilenotetramina (HEXA ou HMT), hexametoximetilenomelamina (HMMM), hexametilol melamina, N,N'- dimetilolureia, N-metilol dicianamida, N-alildioxazina, N-fenildioxazina, N- metilol-acetamida, N-metilol-butiramida, N-metilol-acrilamida, N-metilol- succinimida, cloreto de lauril oximetilpiridina, cloreto de etoximetilpiridina, trioxano hexametoximetilmelamina, como descrito, por exemplo, em US3751331 , preferivelmente HMMM.
[0066] O doador de metileno está usualmente presente em concentrações de cerca de 0,5 a 15 phr, preferivelmente de 0,5 a 10 phr.
[0067] Na presente invenção, dito material elastomérico reticulável compreende preferivelmente pelo menos um composto aceptor de metileno.
[0068] De acordo com uma modalidade preferida, dito pelo menos um composto aceptor de metileno pode ser qualquer composto capaz de reagir durante a vulcanização com o doador de metileno usado na composição de elastômero.
[0069] Exemplos de aceptores de metileno apropriados compreendem, mas não estão limitados a, resinas fenólicas derivadas da reação de fenol e/ou fenóis substituídos com formaldeído.
[0070] O termo "resina fenólica"significa a classe de polímeros obtidos pela reação entre fenol e formaldeído.
[0071] As composições de elastômero mencionadas acima podem ser preparadas misturando junto os componentes poliméricos e a carga de reforço e os outros aditivos opcionalmente presentes, de acordo com as técnicas conhecidas neste campo. A misturação pode ser realizada, por exemplo, usando um misturador aberto do tipo "moinho aberto" ou um misturador interno do tipo com rotores tangenciais (Banbury™) ou com rotores do tipo penetrante (Intermix®), ou em misturadores contínuos do tipo Ko-Kneader™ ou do tipo parafuso duplo ou múltiplos parafusos.
[0072] Uma vez que a composição elastomérica reticulável tenha sido preparada, dita composição é formada a fim de obter um material semifinalizado na forma de tira, por exemplo, na forma de uma fita ou faixa. A formação do material elastomérico pode ser realizada por esticamento, perfilagem, calandragem ou extrusão. As condições sob as quais o processo é realizado dependem do material semifinalizado particular que é desejado de se obter e são conhecidas pelos versados na técnica. No caso de formação de uma faixa é necessário efetuar o acoplamento entre o material elastomérico e os elementos de reforço (filamentos, cordas ou fibras): neste caso também, as técnicas usadas e as condições operacionais sob as quais o processo é realizado dependem do material semifinalizado particular que é desejado de se obter e são conhecidas pelos versados na técnica.
[0073] O material semifinalizado na forma de tira feito de material elastomérico reticulável que é desse modo obtido e então submetido a um estágio de resfriamento que pode ser realizado de várias formas tais como, por exemplo: submergindo dito material semifinalizado em um líquido de resfriamento, por exemplo, água a temperatura ambiente; ou passando dito material semifinalizado sobre uma série de tubos de bobinamento nos quais água fria circula.
[0074] Uma vez resfriado, o material semifinalizado na forma de tira feito de material elastomérico é enrolado em uma bobina de armazenamento.
[0075] No momento de uso, o material semifinalizado mencionado acima enrolado na bobina de armazenamento pode ser desenrolado e usado sem que quaisquer problemas surjam, e, quando usado para a fabricação de pneus, ele pode aderir aos elementos subjacentes tanto durante a fabricação como no pneu finalizado.
[0076] Características e vantagens adicionais se tornarão mais claras a partir da descrição detalhada de uma forma de realização preferida, mas não exclusiva, de um pneu para rodas de veículo, de acordo com a presente invenção.
[0077] A descrição será apresentada abaixo, com referência aos desenhos, fornecidos meramente com propósitos ilustrativos, e, por esse motivo, não limitantes, em que: -a figura 1 ilustra um pneu para rodas de veículo, em meia semi-seção radial.
[0078] Na figura 1, "at" indica uma direção axial e "r" indica uma direção radial. Para simplicidade, a fig. 1 mostra apenas uma porção do pneu, a outra porção não mostrada sendo idêntica e arranjada simetricamente em relação a direção radial "r" que define o traço do plano equatorial do pneu.
[0079] O pneu 100 compreende pelo menos uma estrutura de carcaça 101, que compreende por sua vez pelo menos uma camada de carcaça 101a.
[0080] A seguir, para simplicidade da apresentação, será feita referência a uma modalidade do pneu 100 que compreende apenas uma camada de carcaça 101a, sendo entendido, no entanto, que o que é descrito encontra aplicação análoga em pneus que compreendem mais do que uma camada de carcaça.
[0081] A camada de carcaça 101a tem bordas na extremidade axialmente oposta encaixadas com estruturas de ancoragem anulares 102, chamadas fios de talão, opcionalmente associadas com uma carga elastomérica 104. A zona do pneu que compreende o fio de talão 102 e a carga elastomérica 104 formam uma estrutura de reforço anular 103 chamada "talão", planejada para permitir a ancoragem do pneu 100 em uma montagem correspondente do aro, não mostrado.
[0082] A camada de carcaça 101a compreende uma pluralidade de elementos de reforço (não mostrados) revestidos com material elastomérico ou incorporados em uma matriz de material elastomérico reticulado.
[0083] A estrutura de carcaça 101 é do tipo radial, isto é, os elementos de reforço da camada de carcaça 101a estão localizados nos planos que compreendem o eixo de rotação do pneu 100 e substancialmente perpendicular ao plano equatorial do pneu 100. Ditos elementos de reforço geralmente consistem de cordas de artigos têxteis, por exemplo, de raiom, náilon, poliéster, naftalato de polietileno (PEN), mas não está excluído que eles podem consistir de cordas metálicas.
[0084] Cada estrutura de reforço anular 103 é ligada a estrutura de carcaça 101 dobrando para trás (ou sobrepondo) as bordas laterais opostas de pelo menos uma camada de carcaça 101a ao redor do fio de talão 102, a fim de formar as chamadas dobras traseiras da estrutura de carcaça 101.
[0085] Em uma modalidade, o acoplamento entre a estrutura de carcaça 101 e a estrutura de reforço anular 103 pode ser alcançado com uma segunda camada de carcaça (não mostrada na fig. 1) aplicada em uma posição axialmente externa em relação à camada de carcaça 101a.
[0086] Uma tira antiabrasiva 105 é arranjada a fim de sobrepor a estrutura de reforço anular 103 ao longo das zonas axialmente internas e externas e radialmente internas da estrutura de reforço anular 103, sendo desse modo interposta entre a última e o aro da roda quando o pneu 100 é montado no aro. Esta tira antiabrasiva 105, no entanto, pode não ser provida.
[0087] Uma estrutura de cinta 106 que compreende uma ou mais camadas de cinta 106a, 106b arranjadas em superposição radial em relação uma a outra é provida em uma posição radialmente externa com relação à estrutura de carcaça 101.
[0088] As camadas 106a, 106b compreendem uma pluralidade de cordas de reforço. Estas cordas de reforço têm preferivelmente uma orientação transversal em relação à direção circunferencial do pneu 100.
[0089] Em uma posição radialmente mais externa com relação às camadas de cinta 106a, 106b, pelo menos uma camada de reforço 106c é provida, comumente conhecida como "cinta zero-graus".
[0090] Esta camada incorpora uma pluralidade de cordas de reforço orientadas em uma direção substancialmente circunferencial. Estas cordas formam desse modo um ângulo de uns poucos graus (tipicamente menos do que cerca de 10°, por exemplo, entre cerca de 0° e cerca de 6°) em relação a uma direção paralela ao plano equatorial do pneu 100. A camada de reforço 106c é produzida preferivelmente enrolando um material semifinalizado ao redor das camadas de cinta 106a, 106b previamente colocadas em um suporte, não mostrado. O material semifinalizado pode ser uma única corda emborrachada ou uma tira de material elastomérico compreendendo uma pluralidade de cordas lado a lado axialmente. Preferivelmente, o número de cordas em uma tira é entre 5 e 15.
[0091] As voltas podem estar próximas uma da outra correspondendo as próprias bordas longitudinais ou podem estar parcialmente superpostas ao longo de uma direção axial do pneu.
[0092] Os materiais de artigos têxteis mais comumente usados como constituintes de cordas para estruturas de cinta de pneus podem ser fibras de polímero de origem natural tal como, por exemplo, raiom e liocel, ou fibras sintéticas tais como, por exemplo, as poliamidas alifáticas (náilon), os poliésteres e as poliamidas aromáticas (conhecidas genericamente como aramidas), sozinhos ou combinados uns com os outros para formar fios híbridos. Tipicamente, cordas de náilon e/ou híbridas (por exemplo, náilon- aramida ou náilon-raiom ou aramida-raiom) são usadas na camada de reforço zero-graus 106c da estrutura de cinta.
[0093] Estes materiais podem ser selecionados em relação ao elemento em que eles serão incorporados e o tipo de pneu (para veículos como duas ou quatro rodas; para veículos pesados) e dependendo do desempenho exigido, por exemplo, HP (alto desempenho), UHP (ultra alto desempenho), competição, on-road ou off-road.
[0094] As cordas usadas na camada de reforço zero-graus 106c são embebidas em uma matriz de elastômero obtida pela reticulação de uma composição de elastômero reticulável que compreende uma base de polímero que consiste de: (a) borracha natural de cis-1,4-poli-isopreno; (b) um (co)polímero de butadieno; (c) um polímero dieno selecionado do grupo que consiste em trans-1,4-poli-isopreno e trans-1,4-polibutadieno.
[0095] Uma banda de rodagem 109 de material elastomérico é aplicada em uma posição radialmente externa com relação à estrutura de cinta 106.
[0096] Paredes laterais correspondentes 108 de material elastomérico são, além do mais aplicadas nas superfícies laterais da estrutura de carcaça 101, na posição axialmente externa com relação à própria estrutura de carcaça 101. Cada parede lateral 108 se estende de uma das bordas laterais da banda de rodagem 109 até que ela esteja em alinhamento com a respectiva estrutura de reforço anular 103.
[0097] A banda de rodagem 109 tem, em uma posição radialmente externa, uma superfície de rolagem 109a que é planejada para entrar em contato com o solo. Ranhuras circunferenciais são formadas na superfície de rolagem 109a, e estão conectadas por cortes transversos (não mostrados na fig. 1) para definir uma pluralidade de blocos de vários formatos e dimensões na superfície de rolagem 109a. Para simplicidade, a superfície de rolagem 109a é mostrada na fig. 1.
[0098] Uma subcamada 111 é arranjada entre a estrutura de cinta 106 e a banda de rodagem 109.
[0099] Em algumas modalidades específicas, tal como aquela ilustrada e descrita aqui, uma tira que consiste de material elastomérico 110, comumente conhecida como "miniparede lateral", pode estar opcionalmente presente na zona de conexão entre as paredes laterais 108 e a banda de rodagem 109. A miniparede lateral é obtida geralmente por coextrusão com a banda de rodagem 109 e dá um melhoramento na interação mecânica entre a banda de rodagem 109 e as paredes laterais 108.
[00100] Preferivelmente, uma porção da extremidade da parede lateral 108 cobre diretamente a borda lateral da banda de rodagem 109.
[00101] No caso de pneus sem câmara, uma camada de borracha 112, conhecida geralmente como um "forro", também pode ser provida em uma posição radialmente interna com relação à estrutura de carcaça 101 para prover a impermeabilidade necessária para o ar inflando o pneu 100. Uma camada de subforro de material elastomérico 112a, também pode ser provida em uma posição radialmente externa com relação a dito forro 112.
[00102] A fabricação do pneu 100 como descrita acima é realizada pela montagem dos materiais semifinalizados respectivos em pelo menos um cilindro rotativo de construção, não mostrado, por pelo menos um dispositivo de montagem.
[00103] Por exemplo, uma instalação para produção de pneus 100 compreende uma linha de fabricação de carcaça, em correspondência com cilindros rotativos de construção que são movidos entre várias estações para o fornecimento de materiais semifinalizados pré-arranjados para formação, em cada cilindro rotativo de construção, uma manga de carcaça que compreende: o forro 112, a estrutura de carcaça 101, as estruturas de ancoragem anulares 102 e opcionalmente pelo menos uma parte das paredes laterais 108.
[00104] Simultaneamente, em uma linha para fabricação de luvas externas, um ou mais cilindros auxiliares são movidos sequencialmente entre várias estações de trabalho organizadas para formar, em cada cilindro auxiliar, uma manga externa que compreende pelo menos a estrutura de cinta 106, a banda de rodagem 109, e opcionalmente pelo menos uma parte das paredes laterais 108.
[00105] A instalação compreende adicionalmente uma estação de montagem, para unir a manga externa à manga da carcaça.
[00106] Alguns dos materiais semifinalizados mencionados acima são produzidos na forma de tira contínua, e antes de serem usados na produção industrial de pneus eles podem ser enrolados na forma de voltas concêntricas superpostas ao redor da superfície cilíndrica, por exemplo, o núcleo de uma bobina de armazenamento.
[00107] O enrolamento das bobinas de armazenamento pode ser realizado usando meios de separação de material não pegajoso (por exemplo, folhas de polietileno ou de poliéster) o que evita a aderência das voltas enroladas uma na outra, tornando extremamente difícil, se não impossível, separar as mesmas uma da outra especialmente após armazenamento prolongado. Além do mais, a separação das voltas superpostas, entre as quais forças adesivas consideráveis se desenvolveram, tornaria necessário exercer uma alta força de tração, que poderia alterar as dimensões geométricas dos próprios materiais semifinalizados, ou mesmo fazer com que eles se rompessem.
[00108] Em outros casos, por exemplo, na produção da camada de reforço zero-graus 106c, é possível usar materiais semifinalizados na forma de tira enrolada em uma bobina sem interposição de meios de separação.
[00109] Em tais casos, o material elastomérico deve ter adesividade reduzida. Este problema é resolvido pelo material elastomérico descrito acima, que compreende trans-1,4-poli-isopreno e/ou trans-1,4-polibutadieno.
[00110] Na etapa de construção do pneu, a tira incorporando as cordas de reforço é desenrolada e é disposta na forma de voltas adjacentes ou pelo menos parcialmente superpostas em uma posição radialmente externa com relação às camadas de cinta 106a, 106b, previamente posicionadas em um suporte de construção apropriado tal como, por exemplo, um cilindro ou manga previamente posicionados, a fim de arranjar as cordas de reforço substancialmente em paralelo e circunferencialmente.
[00111] Seguinte a fabricação do pneu cru 100, um tratamento de moldagem e vulcanização é realizado com o propósito de prover estabilização estrutural do pneu 100 pela reticulação de compostos de elastômero, assim como, impressão de um padrão de rodagem desejado na banda de rodagem 109 e impressão de quaisquer símbolos gráficos distintos nas paredes laterais 108.
[00112] A presente invenção será ilustrada adicionalmente abaixo por meio de diversos exemplos de preparação, que são providos meramente com propósitos de ilustração e não limitam esta invenção de modo algum.
Exemplo 1 -Preparação das misturas
[00113] Misturas A-E tendo as composições mostradas na tabela 1 foram preparadas como se segue.
[00114] Todos os componentes, com exceção de enxofre e acelerador, foram misturados em um misturador interno (modelo Pomini PL 1.6) durante cerca de 5 minutos (1a etapa), mantendo a temperatura na faixa de 145 ± 5°C até descarga. Então o enxofre e acelerador foram adicionados, e a misturação foi realizada em um misturador de rolo aberto (2a etapa).
[00115] As quantidades mostradas na tabela 1 são expressas em phr. Tabela 1
Figure img0003
Figure img0004
[00116] A viscosidade Mooney ML (1+4) a 100°C foi medida de acordo com o padrão ISO 289-1:2005.
[00117] As propriedades mecânicas estáticas (módulo a 50% de alongamento [E50%], módulo a 100% de alongamento [E100%], resistência a tração [TS], alongamento até ruptura [EB]) foram medidas de acordo com o padrão UNI 6065:2001 em amostras dos materiais elastoméricos mencionados acima, vulcanizados a 170°C durante 10 minutos.
[00118] A resistência no estado bruto foi medida de acordo com o padrão ISO 9026:2007, módulo de avaliação a 50% de alongamento [E50%], módulo a 100% de alongamento [E100%], módulo secante [E(1-10%)], resistência a tração [TS], alongamento até ruptura [EB].
[00119] Finalmente, a adesividade no estado bruto foi avaliada. O teste consiste de medição manual da força de separação entre duas superfícies no estado bruto da mesma mistura, tendo dimensões de 200x100x1 mm, mantidas em contato manualmente durante 10 segundos. Às amostras testadas foram atribuídos valores qualitativos indicando baixa tendência a aderir positivamente ("=" para adesão igual a referência e de + a +++ em proporção a diminuição na adesividade, de um valor + equivalente a um resultado que identificou adesão levemente menor do que a referência até +++ identificando adesão bem abaixo da referência).
[00120] Os resultados são dados na tabela 2 seguinte. Tabela 2
Figure img0005
[00121] Os resultados dos testes mostraram que as misturas B, C, D e E por um lado exibiram, no estado bruto, propriedades melhores do que a referência (A), por exemplo, nos valores de resistência no estado bruto dos módulos de alongamento a 50% e a 100% (E 50%, E 100%) e de resistência a tração (TS) e no valor de adesividade no estado bruto (quanto maior a quantidade de TPI melhor), e por outro lado mostraram comportamento em linha com a referência (A) nas propriedades estáticas do material vulcanizado.
[00122] Com referência particular a mistura C, foi observado que no estado bruto esta mostrou o melhor equilíbrio entre aumento na resistência no estado bruto (E100%), não excessivo, e adesividade, com relação à mistura de referência A, e provou ter boa processabilidade. Após a vulcanização, a mistura C mostrou propriedades mecânicas em linha com aquelas da referência.
Exemplo 2 -Avaliação de defeitos de adesão durante armazenamento
[00123] A amostra do elemento formado em tira usado para a camada de reforço, compreendendo a composição de elastômero como descrita acima compreendendo o polímero dieno TP-MV60 (mistura C), e um elemento formado em tira comparativo usado para a camada de reforço na produção normal de pneus compreendendo o polioctenâmero (mistura A), foram obtidos na forma de 2 tiras respectivamente, cada com um comprimento de 1440 metros e espessura de 0,9±0,05 mm e largura de 12,7+0,5 mm, por extrusão do material elastomérico ao redor das cordas de artigos têxteis feitas de náilon, cada corda sendo um monofilamento com densidade linear de 1400 dtex (140 g/km). As tiras enroladas nas bobinas foram então armazenadas durante 3 dias, antes de serem usadas para a construção do pneu.
[00124] Durante o desenrolamento das bobinas, as seções com pegajosidade excessiva e com desemborrachamento das cordas foram cortadas, o comprimento foi medido e descartadas. Os resultados são resumidos na tabela 3 seguinte. Tabela 3
Figure img0006
[00125] Os resultados obtidos demonstraram, através da presença reduzida de defeitos, que a amostra do elemento formado em tira compreendendo a mistura C como descrita acima mostrou adesividade reduzida durante o desenrolamento após o armazenamento enrolado nas bobinas durante um determinado período, em relação à camada de reforço obtida com uma composição (mistura A) compreendendo polioctenâmero, dando melhor processabilidade em termos de alimentação do dispositivo para dispor o material semifinalizado no cilindro devido à presença reduzida de restos.
Exemplo 3 -Teste de descascamento
[00126] A força de adesão entre a borracha e as cordas de artigo têxtil foi determinada medindo, com um dinamômetro, a força exigida para separar duas camadas de tecido emborrachado, vulcanizadas em condições conhecidas.
[00127] Duas camadas deste tecido emborrachado foram superpostas ao longo da direção principal das cordas e foram covulcanizadas durante 40 minutos a 143°C, após introdução, durante cerca dos primeiros 3 cm na direção transversal das cordas, uma folha de película inerte (por exemplo, Mylar™) que é para constituir, no final da vulcanização, uma zona de entrada para a abertura das duas camadas de tecido emborrachado por meio de um dinamômetro.
[00128] O compósito vulcanizado desse modo obtido foi dividido com uma máquina de corte automática, na direção principal das cordas, em três tiras de 20x210 mm.
[00129] Estas tiras, condicionadas na temperatura do laboratório (20°C, 65% RH), foram separadas, começando da zona de entrada, puxando com um dinamômetro Zwick Roell Z020, a uma velocidade de 50 mm/min.
[00130] O gráfico das cargas foi registrado através da tração.
[00131] A carga média de destacamento foi determinada para cada tira. A média dos valores para três amostras de teste, expressas em newton (N), representa o valor do dano estático por descascamento.
[00132] Os resultados são dados na tabela 4 seguinte. Tabela 4
Figure img0007
[00133] Os resultados obtidos demonstraram que a camada de reforço compreendendo uma mistura C mostrou, inesperadamente em vista dos resultados para adesividade no estado bruto descritos acima, melhor adesão entre a borracha e as cordas de artigos têxteis em relação à camada de reforço obtida com uma composição compreendendo a mistura A com polioctenâmero.
Exemplo 4 -Teste de integridade a alta velocidade
[00134] O teste de integridade a alta velocidade foi realizado usando dois tipos diferentes de pneu compreendendo as cintas zero-graus feitas com material elastomérico compreendendo a mistura C como descrita acima.
[00135] O primeiro teste foi realizado em pneus 245/45 R18 100Y, inflados para uma pressão de 3,2 bar, girando o pneu em um cilindro com diâmetro de 2 metros sob uma carga de 662 kg. O teste é realizado com um ângulo de cambamento igual a 2°.
[00136] A velocidade do pneu foi aumentada para 240 km/h e mantida durante 60 minutos; então a velocidade foi aumentada para 10 km/h a cada 10 minutos, até o rompimento do pneu.
[00137] O segundo teste foi realizado em pneus 205/65 R15 94H, inflados para uma pressão de 2,7 bar, girando o pneu em um cilindro com diâmetro de 2 metros sob uma carga de 543-kg. O teste é realizado com um ângulo de cambamento igual a 2°.
[00138] A velocidade do pneu foi aumentada para 210 km/h e mantida durante 60 minutos; então a velocidade foi aumentada em 10km/h a cada 10 minutos, até o rompimento do pneu.
[00139] Os testes terminaram quando o pneu mostrou danos ou mostrou defeitos tais como lacerações ou rupturas.
[00140] Os resultados são dados na tabela 5 seguinte. Tabela 5
Figure img0008
Exemplo 5 -Teste de resistência a fadiga
[00141] O teste de resistência a fadiga foi realizado em pneus 245/45 R18 100Y e 205/65 R15 94H compreendendo as cintas zero-graus feitas com material elastomérico compreendendo a mistura C como descrita acima.
[00142] Os pneus foram inflados a uma pressão de 3,2 bar, e o teste foi realizado girando cada pneu em um cilindro com um diâmetro de 2 metros a uma velocidade fixa de 120 km/h. A carga aplicada nos pneus foi 1215 kg e 1018 kg, respectivamente.
[00143] O teste foi realizado iniciando o aparelho de teste e parando o mesmo a cada 12 horas para verificar se os pneus tinham qualquer dano. Os resultados são expressos como o total de horas de resistência a fadiga. O teste foi considerado terminado no caso de danos sérios ou rompimento do pneu.
[00144] Os resultados são dados na tabela 6 seguinte. Tabela 6
Figure img0009
[00145] Os resultados obtidos proveram evidência de alta integridade à velocidade alta e resistência a fadiga dos pneus da presente invenção compreendendo as cintas zero-graus feitas com material elastomérico compreendendo a mistura C como descrita acima.
[00146] Os valores alcançados nos testes estavam bem além dos limites estabelecidos para integridade a alta velocidade e resistência a fadiga estabelecidos para produção normal.
[00147] A presente invenção foi descrita acima com referência a alguns exemplos de modalidades, mas várias mudanças podem ser feitas enquanto permanecendo dentro do escopo de proteção definido pelas reivindicações. Por exemplo, o requerente considera que na composição de elastômero compreendida no elemento do pneu, trans-1,4-polibutadieno pode ser usado além de, ou, como uma alternativa para trans-1,4-poli-isopreno, à medida que ele tem um ponto de ebulição similar ao do trans-1,4-poli-isopreno e bem abaixo das temperaturas normalmente alcançadas durante a misturação de polímeros elastoméricos (tipicamente pelo menos 110-120°C), a fim de prover substancialmente os mesmos efeitos. Além do mais, não é excluído que outros elementos do pneu, com ou sem cordas de reforço, podem ser feitos com o material elastomérico descrito acima compreendendo trans-1,4- poli-isopreno e/ou trans-1,4-polibutadieno.

Claims (12)

1. Pneu (100) para rodas de veículo, compreendendo pelo menos um elemento feito de um material semifinalizado na forma de tira compreendendo um material elastomérico reticulado obtido pela reticulação de uma composição elastomérica reticulável, caracterizadopelo fato de que dita composição elastomérica reticulável compreende uma base de polímero que consiste em: (a) borracha natural de cis-1,4-poli-isopreno; (b) um (co)polímero de butadieno; e (c) pelo menos um polímero dieno selecionado do grupo que consiste em trans-1,4-poli-isopreno e trans-1,4-polibutadieno; em que o dito elemento incorpora cordas de reforço.
2. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com a reivindicação 1, caracterizadopelo fato de que dito pneu para rodas de veículo compreende pelo menos: - uma estrutura de carcaça (101) tendo bordas laterais opostas associadas com estruturas de talão correspondentes (102); - uma estrutura de cinta (106) aplicada em uma posição radialmente externa com relação à dita estrutura de carcaça (101); e - uma banda de rodagem (109) aplicada em uma posição radialmente externa com relação à dita estrutura de carcaça (101).
3. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com a reivindicação 2, caracterizadopelo fato de que dito elemento é uma camada de reforço da estrutura de cinta (106) arranjada em uma posição radialmente externa de dita estrutura de cinta (106).
4. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com a reivindicação 3, caracterizadopelo fato de que dito elemento compreende cordas de reforço arranjadas com um ângulo que varia de 0° a 6°, com relação a uma direção paralela a um plano equatorial do pneu (100).
5. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 4, caracterizado pelo fato de que ditas cordas de reforço compreendem cordas de reforço de artigos têxteis em fibras de raiom, náilon, poliéster (tereftalato de polietileno (PET) ou naftalato de polietileno (PEN)), poliamidas aromáticas (aramidas) e/ou cordas híbridas que compreendem combinações de ditas fibras.
6. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com qualquer umas das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que dita base polimérica compreende dita borracha natural (a) em uma quantidade de 20 a 80 phr.
7. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com qualquer umas das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que dita base polimérica compreende dito (co)polímero de butadieno (b) em uma quantidade de 10 a 60 phr.
8. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com qualquer umas das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que dita base polimérica compreende dito polímero dieno (c) em uma quantidade de 5 a 30 phr.
9. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com qualquer umas das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que dito polímero dieno (c) é trans de alto grau em que pelo menos 80% das unidades de monômero estão dispostas em posição trans.
10. Material semifinalizado na forma de tira adequado para produção de pneus (100) para rodas de veículo como definidos em qualquer uma das reivindicações 1 a 9, compreendendo uma composição elastomérica reticulável, caracterizado pelo fato de que a dita composição elastomérica reticulável compreende uma base de polímero que consiste em: (a) borracha natural de cis-1,4-poli-isopreno; (b) um (co)polímero de butadieno; e (c) pelo menos um polímero dieno selecionado do grupo que consiste em trans-1,4-poli-isopreno e trans-1,4-polibutadieno; em que o dito material semifinalizado compreende pelo menos uma corda de reforço revestida com, ou incorporada na dita composição elastomérica reticulável.
11. Processo para produção e armazenamento de um material semifinalizado na forma de tira feito de material elastomérico reticulável e compreendendo pelo menos uma corda de reforço revestida com, ou incorporada na dita composição elastomérica reticulável como definida na reivindicação 10, que inclui: - preparar uma composição elastomérica; - formar dita composição elastomérica para obter um material semifinalizado na forma de tira; - enrolar dito material semifinalizado na forma de tira em uma bobina de armazenamento; caracterizado pelo fato de que dita composição elastomérica compreende uma base polimérica que consiste em: (a) borracha natural de cis-1,4-poli-isopreno; (b) um (co)polímero de butadieno; e (c) pelo menos um polímero diênico selecionado do grupo que consiste em trans-1,4-poli-isopreno e trans-1,4-polibutadieno.
12. Processo para produção de pneus (100) para rodas de veículo como definidos em qualquer uma das reivindicações 1 a 9, dito processo compreendendo os seguintes estágios: - fabricar um pneu cru compreendendo pelo menos um elemento feito de material elastomérico reticulável, dito elemento sendo obtido pelo desenrolamento de um material semifinalizado na forma de tira, compreendendo pelo menos uma corda de reforço revestida com, ou incorporada na dita composição elastomérica reticulável, de uma bobina de armazenamento e então bobinando dito material em um cilindro rotativo de construção; - moldar o pneu cru em uma cavidade de molde definida em um molde de vulcanização; - reticular o material elastomérico aquecendo o pneu a uma dada temperatura por um dado tempo; caracterizado pelo fato de que o dito elemento feito de material elastomérico reticulável compreende uma base polimérica que consiste em: (a) borracha natural de cis-1,4-poli-isopreno; (b) um (co)polímero de butadieno; e (c) pelo menos um polímero diênico selecionado do grupo que consiste em trans-1,4-poli-isopreno e trans-1,4-polibutadieno.
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