BR112017000459B1 - Métodos para repelir pássaros de um local - Google Patents

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Abstract

pelo uso de agentes de isca visual que demonstrem características espectrais suficientemente similares às de um tratamento repelente anteriormente aplicado, a quantidade dos agentes repelentes usados em aplicações subsequentes ou repetidas pode ser significativamente reduzida, enquanto ainda repele efetivamente os pássaros. o método para repelir pássaros de um local inclui a aplicação de um primeiro tratamento de um agente repelente de pássaros no local em uma quantidade efetiva para repelir os pássaros de interesse. subsequentemente, um ou mais tratamento (s) adicional (is) é/são aplicados no local, incluindo um agente de isca visual que exibe um espectro ou cor de absorbância ultravioleta que seja suficientemente similar ao tratamento repelente anteriormente aplicado. nessas aplicações subsequentes, o agente repelente de pássaros pode ser aplicado em uma quantidade significativamente menor que a do primeiro tratamento.

Description

REFERÊNCIA CRUZADA COM O PEDIDO ANTERIOR
[0001] O presente pedido reivindica o benefício da 35 U.S.C. 1.19(e) com número provisório dos Estados Unidos 62/021,393, depositado em 7 de julho de 2014, cujo teor individual segue incorporado à presente por referência.
HISTÓRICO DA INVENÇÃOCampo da invenção
[0002] A invenção se refere a composições e métodos para repelir pássaros selvagens de determinados alimentos ou locais.
Descrição da Técnica Anterior
[0003] Várias espécies de pássaros provocam perdas monetárias para a produção na agricultura em todos os Estados Unidos. Por exemplo, pássaros pretos de asas vermelhas [Agelaius phoeniceus], gralhas comuns (Quiscalus quiscula), e chupins de cabeça marrom [Molothrus ater] provocaram aproximadamente 13,4 milhões de dólares em danos para a produção norte- americana de arroz em 2001 (Cummings et al. 2005, Economic impacts of blackbird damage to the rice industry. Wildlife Damage Management Conference. 11:317-322). Perdas econômicas significativas devidas aos pássaros também ocorreram em várias outras lavouras, incluindo, entre outras, de milho, frutas, grãos, gramíneas, legumes, alface, painço, aveia, arroz, lavouras alinhadas, sorgo, girassol, frutos de casca rija, turfa, vegetais e trigo. Os esforços para a administração dos danos ao arroz e demais lavouras incluíram o uso de uma variedade de repelentes e outras alternativas não letais de administração (Werner et al. 2005, Evaluation of Bird Shield™ as a blackbird repellent in ripening rice and sunflower fields. Wildlife Society Bulletin. 33: 251257). Por exemplo, podem ser usados repelentes químicos como tratamentos de sementes para reduzir os impactos dos pássaros às recém-plantadas lavouras ou em aplicações aéreas para reduzir o consumo dos pássaros nas lavouras em amadurecimento.
[0004] O antranilato de metila e o dimetilantranilato (MA e DMA, respectivamente) são derivados do éster do ácido antranílico (também conhecido como ácido ortoaminobenzoico), MA, DMA e outros derivados do ácido antranílico assim como ésteres do ácido fenilacético, são conhecidos como sendo agentes de aversão a pássaros com realizações preferidas como aditivos alimentares para deter a perda de alimentos (Patente Norte-Americana números, 2,967,128 e 4,790,990), e como um composto antipastoreio para gansos e cisnes (Mason, J. R. et al., “Anthranilate Repellency to Starlings: Chemical Correlates and Sensory Perception”, JOURNAL OF WILDLIFE MANAGEMENT, 53:55-64 (1989)). A cianamida também demonstrou ser um agente de aversão a pássaros (Crocker & Perry, PLANT CHEMISTRY AND BIRD REPELLENTS, 132: 300- 308 (1990)).
[0005] A Patente Norte-Americana número 2,967,128 revela a incorporação de MA e de outros derivados do éster do ácido antranílico como agentes de aversão a pássaros em alimentos ou aditivos para pesticidas, ou em líquidos a serem aspergidos no material. A Patente Norte-Americana número 4,790,990 ensina que o agente de aversão pode ser pelo menos parcialmente escondido em um veículo sólido para melhorar sua persistência. O veículo sólido pode ser um amido modificado, um óleo ou um polímero que microencapsula o agente de aversão.
[0006] Schafer et al. (1983, The acute oral toxicity, repellency, and hazard potential of 998 chemicals to one or more species of wild and domestic birds. Archives of Environmental Contamination and Toxicology. 12:355-382) identificou a cafeína como um potencial repelente aviário de relativamente baixa toxicidade (LD50 = 316 mg/kg para estorninhos europeus [Sturnus vulgaris]), Avery e Cummings (2003, Chemical repellents for reducing crop damage by blackbirds. Pages 41-48 in Linz G. M. Proceedings of the management of North American blackbirds symposium. The Wildlife Society Ninth Annual Conference, 27 September 2002, Bismarck, North Dakota, USA) achou que 2.500 ppm de cafeína reduziu o consumo de arroz em 76% entre pássaros pretos de asas vermelhas machos em cativeiro. Os pássaros pretos consumiram <10% de sementes de arroz tratadas com 10.000 ppm de cafeína e >80% de sementes não tratadas de arroz em condições de campo no sudoeste da Louisiana, USA (Avery et al. 2005, Caffeine for reducing bird damage to newly seeded rice. Crop Protection. 24: 651-657).
[0007] Para ampliar a efetividade de alguns repelentes, os agentes repelentes foram combinados com iscas ou cores visuais. Essas iscas visuais ou cores servem como alertas pré-ingestivos para os pássaros. Os pássaros aprendem prontamente a associar essas iscas visuais com experiências de alimentação desagradável [Mason, Direct and observational avoidance learning by redwinged blackbirds (Agelaius phoeniceus): the importance of complex visual stimuli. In: T. Zentall e B.G. Galef, Editors, Social Learning: A Biopsychological Approach, Lawrence Erlbaum, Hillsdale, N.J. (1988), pp. 99-115],
[0008] Apesar de serem provavelmente os paladares os estímulos condicionais mais potentes no processo do consumo alimentar dos mamíferos [Garcia, Food for Tolman: cognition and cathexis in concert. In: T. Archer and L. Nilsson, Editors, Aversion, avoidance and anxiety, Erlbaum, Hillsdale (1989), pp. 45-85], a preferência alimentar entre as codornizes (Colinus virginianus) é afetada pela cor do alimento, e os estímulos visuais podem realmente encobrir os gostos salientes após o condicionamento das aversões induzidas pela doença [Wilcoxon et al. 1971, Illness-induced aversions in rat and quail: relative salience of visual and gustatory cues, Science, 171:826-828]. As aversões alimentares podem ser condicionadas de forma confiável nos pássaros pretos de asas vermelhas (Agelaius phoeniceus) usando alimentação forçada tóxica (metiocarbe e cloreto de lítio) pareada com aveia colorida [Mason and Reidinger, 1983, Importance of color for methiocarb-induced food aversions in red-winged blackbirds, J Wildl Manage, 47:383-393]: a aveia colorida de forma diferente da cor pareada com LiCl foi preferida nas 4 semanas de testes pós- tratamento. Além disso, os conspecíficos que observaram eventos de condicionamento de aversão formaram, de forma similar, aversão às cores pareadas com toxicose, mesmo que não tivessem eles próprios ingerido a toxina [Mason et al. 1984, Comparative assessment of food references and aversions acquired by blackbirds via observational learning, Auk, 101:796-803], Similarmente, o pássaro asiático de bico preto (Quelea) [Elmahdi et al. 1985, Calcium carbonate enhancement of methiocarb repellency for quelea, Trop Pest Manage, 31:67-72] e andorinhas de orelha {Zenaida auriculata) [Rodriguez et al. An integrated strategy to decrease eared dove damage in sunflower crops. In: J.R. Mason, Editor, Repellents in wildlife management: proceedings of a symposium, National Wildlife Research Center, Fort Collins (1997), pp. 409-421] evitaram as lavouras tratadas com carbonato de cálcio quando na presença do pó branco esteve associado à toxicose induzida por metiocarbe. Assim, pelo menos para os pássaros granívoros, a cor pode ser a isca cognitiva dominante durante o processo de consumo alimentar e os estímulos visuais podem ampliar a eficácia dos repelentes químicos usados para reduzir os danos dos pássaros na produção agrícola [Avery and Mason, 1997, Feeding responses of red-winged blackbirds to multisensory repellents, Crop Prot, 16:159-164] e [Nelms e Avery, 1997, Reducing bird repellent application rates by the addition of sensory stimuli, Int J Pest Manage, 43:187190].
[0009] Entretanto, apesar desses e de outros avanços, permanece a necessidade de um melhor sistema para repelir pássaros. As aplicações de repelentes químicos são tipicamente restritas por uma variedade de fatores, incluindo os custos, os efeitos ambientais e a segurança dos alimentos e alimentar. Assim, a repelência efetiva de longo prazo de pássaros de um local (isto é, de alimento ou local) tipicamente exige repetidas aplicações dos repelentes químicos. Entretanto, as aplicações repetidas não somente aumentam os custos, mas essas aplicações repetidas podem ser limitadas a concentrações de agregados legalmente permitidas do agente repelente por estação.
Sumário da invenção
[0010] Composições e métodos para repelir pássaros foram revelados usando agentes repelentes de pássaros em combinação com agentes de isca visual. Com o uso dos agentes de isca visual que demonstram características espectrais suficientemente similares aos tratamentos de repelentes anteriormente aplicados que os pássaros não diferenciam visualmente entre os tratamentos, a quantidade do agente repelente pode ser significativamente reduzida e, ainda assim repelir efetivamente os pássaros. O método da presente invenção para repelir pássaros de um local compreende a aplicação de um primeiro tratamento de um agente repelente de pássaros no local em uma quantidade efetiva para repelir os pássaros de interesse. Subsequentemente, um ou mais tratamento (s) adicional (is) é/são aplicado (s) no local, incluindo um agente de isca visual que demonstre características espectrais suficientemente similares às do tratamento repelente anteriormente aplicado. Nessas aplicações subsequentes, o agente repelente de pássaros pode ser omitido ou aplicado em uma quantidade significativamente menor que a do primeiro tratamento, e o agente de isca visual é aplicado em uma quantidade efetiva para ser visualmente reconhecido pelos pássaros.
[0011] De acordo com esta revelação, é um objetivo da presente invenção prover melhores métodos e composições para repelir pássaros de um local.
[0012] Outro objetivo da presente invenção, é prover melhores métodos e composições para repelir pássaros usando quantidades significativamente reduzidas de agentes repelentes de pássaros aplicados por todo o período necessário de repelência.
[0013] Outro objetivo da presente invenção é prover melhores métodos e composições para repelir pássaros usando múltiplas aplicações de agentes repelentes de pássaros, em que a quantidade dos agentes repelentes pode ser significativamente reduzida após a aplicação inicial.
[0014] Outros objetivos e vantagens da presente invenção serão tornados prontamente aparentes a partir da seguinte descrição.
Breve Descrição dos Desenhos
[0015] A Figura 1 ilustra a preferência basal de pássaros individualmente presos em gaiolas pelo alimento tratado (isto é, isca absorvente de ultravioleta) versus alimento não tratado (Exemplo 1). Os resultados basais indicam as preferências independentes das consequências dos repelentes. O consumo do alimento tratado e do não tratado não diferiu entre 11 pássaros durante o teste de 4 dias (P = 0,234).
[0016] A Figura 2 ilustra a preferência basal do grupo de pássaros presos em gaiolas pelo alimento tratado (isto é, isca absorvente de ultravioleta) versus o alimento não tratado (Exemplo 1). Os resultados basais indicam as preferências independentes das consequências dos repelentes. O consumo do alimento tratado e do não tratado não diferiu entre 5 gaiolas de pássaros (5 pássaros por gaiola) durante o teste de 4 dias (P = 0,419).
[0017] A Figura 3 ilustra a preferência do grupo de pássaros presos em gaiolas pelo alimento tratado (isto é, isca absorvente de ultravioleta) versus o alimento não tratado subsequente ao condicionamento repelente (Exemplo 1). O consumo do alimento tratado foi significativamente menor que o do alimento não tratado entre 10 gaiolas de pássaros (5 pássaros por gaiola) durante o teste de 4 dias (P < 0,001).
[0018] A Figura 4 ilustra o consumo do teste entre os pássaros individualmente presos em gaiolas, subsequente ao condicionamento repelente (Exemplo 2). Os grupos de condicionamento 1-3 receberam uma vasilha de sementes de girassol tratadas com uma isca absorvente de ultravioleta (grupo de controle), um repelente baseado em antraquinona (grupo de condicionamento em antraquinona), ou um repelente baseado em antranilato de metila (grupo de condicionamento em antranilato de metila); todos os pássaros receberam também alimentação forçada com 2 g de sementes de girassol tratadas de acordo com seus grupos de condicionamento durante o período de condicionamento de 1 dia para garantir o condicionamento de consequência pré-ingestiva/pós-ingestiva da isca. Todos os pássaros (grupos 1-3) receberam subsequentemente a oferta de sementes de girassol tratadas somente com a isca absorvente de ultravioleta durante um teste de 4 dias. O consumo de girassol entre os pássaros condicionados com os repelentes baseados em antraquinona ou repelentes baseados em antranilato de metila foi significativamente menor que o demonstrado entre os pássaros no grupo de controle (P < 0,001).
[0019] A Figura 5 ilustra comparativamente a repelência de aves pelo alimento tratado com 0,02-0,5% do repelente e 0,2% da isca ultravioleta (“repelente + isca”) e o alimento tratado somente com 0,02-0,5% do repelente (“repelente”) como descrito no Exemplo 3. A repelência do tratamento “repelente + isca” foi de 49% para 0,02% e 0,035% das concentrações visadas do repelente; em contraste, a repelência do tratamento “repelente” foi de somente 23% e 34% para as 0,02% e 0,035% concentrações visadas do repelente, respectivamente. Considerando que a própria isca ultravioleta não é repelente para os pássaros testados (Example 1; Werner et al. 2012, The role of a generalized ultraviolet cue for blackbird food selection. Physiology & Behavior. 106:597-601), uma repelência sinérgica se manifesta a partir da adição da isca ultravioleta em concentrações relativamente baixas do tratamento com alimento repelente.
Descrição Detalhada da Invenção
[0020] Em contraste às iscas visuais descritas na técnica anterior, que são de cores distintas (isto é, diferentes das do agente repelente) que os pássaros aprendem a associar com uma resposta negativa (causada pelo agente repelente coaplicado) e, portanto, as evitando, as iscas visuais da presente invenção demonstram características espectrais suficientemente similares às do tratamento repelente anteriormente aplicado que os pássaros não diferenciam visivelmente entre os dois agentes ou tratamentos. O uso combinado da isca visual da presente invenção com o agente repelente permite que a concentração do agente repelente seja reduzida subsequente à primeira aplicação (Werner et al. 2008, Food color, flavor, and conditioned avoidance among red-winged blackbirds. Physiology & Behavior. 93: 110-117, cujo conteúdo segue incorporado à presente por referência).
[0021] Os métodos e composições da invenção são efetivos para repelir uma variedade de pássaros de qualquer local (isto é, alimento ou local) de interesse. A invenção é usada preferencialmente para repelir pássaros selvagens incluindo, entre outros, espécies de pássaros pretos (Icteridae), incluindo pássaros pretos de asas vermelhas (Agelaius phoeniceus), gralhas (Quiscalus spp.), pássaros pretos de cabeça amarela (Xanthocephalus), e chupins de cabeça marrom (Molothrus ater); estorninhos, incluindo estorninhos europeus (Sturnus vulgaris); gansos, incluindo gansos do Canadá (Branta canadensis), gansos cacarejantes (B. hutchinsii), e gansos das neves (Chen caerulescens); corvos, grous, cisnes, faisões, perus selvagens, pombos, pardais, pica-paus, cotovias, tordos, tentilhões, e ampélis,
[0022] Os agentes repelentes de pássaros que são adequados para uso na invenção são aqueles eficazes como repelentes primários e/ou secundários. Os repelentes primários possuem uma qualidade (por exemplo, gosto, odor não palatável e irritação) que provoca uma saída reflexiva ou comportamento de escape em um animal. Em contraste, os repelentes secundários provocam um efeito fisiológico adverso (por exemplo, doença, dor), que, por sua vez, está associado a um estímulo sensorial subsequentemente evitado (por exemplo, gosto, odor, isca visual; Werner & Clark 2003, Understanding blackbird sensory systems and how repellent applications work. In: Linz, G. M., ed. Management of North American Blackbirds. Washington, D.C.: United States Department of Agriculture; p31-40).
[0023] Foi anteriormente descrita uma variedade de repelentes de pássaros que são adequados para uso na presente, e incluindo entre outros as antraquinonas, o flutolanil, os antranilatos (incluindo antranilato de metila e dimetila), metiocarbe, cafeína, clorpirifos, (mais cialotrina), metil fenil acetato, etil fenil acetato, o-amino acerofenona, 2-amino-4,5-dimetil ecetofenona, veratroil amina, aldeído cinâmico, ácido cinâmico, cinamida e quitosana. Esses agentes podem ser usados individualmente ou em combinação. Similarmente, as técnicas para a aplicação desses agentes são também bem conhecidas e já foram descritas, incluindo formulações, taxas de aplicação, e técnicas de aplicação. Ver, por exemplo, Hermann (Patente Norte-Americana número 3,941,887) que descreve o uso de antraquinonas, Wilson (Pedido norte- americano publicado 2007/0178127 Al) que descreve o uso de flutolanil, Kare (Patente Norte-Americana número 2,967,128) e Mason (Patente Norte- Americana número 4,790,990) que descrevem o uso de antranilatos e ésteres do ácido fenilacético, Crocker e Perry (1990, ibid) que descrevem o uso def cinamida, Schafer et al. (1983, ibid) e Werner et al. (2005, Caffeine Formulation for Avian Repellency. J Wildlife Management, 71:1676-1681) que descrevem o uso de cafeína mais benzoato, respectivamente e Preiser (Patente Norte- Americana número 5,549,902) que descreve o uso de qualquer dos antranilatos, metil fenil acetato, etil fenil acetato, o-amino acerofenona, 2- amino-4,5-dimetil ecetofenona, veratroil amina, aldeído cinâmico, ácido cinâmico ou cinamida, cujo teor individual das citações segue incorporado por referência na presente. Muitas formulações desses repelentes existem também comercialmente, incluindo entre outros, 9,10- antraquinona (AVIPEL, FLIGHT CONTROL PLUS, AV-1011, e AV- 2022, comercializados pela Arkion Life Sciences, New Castle, DE), flutolanil (GWN-4770 e GWN-4771, comercializado pela Gowan Company, Yuma, AZ), metil antranilato (BIRD SHIELD, comercializado pela Bird Shield repellent Corp., Spokane, WA), metiocarbe (MESUROL, comercializado pela Gowan Company, Yuma, AZ), cafeína (Flavine North America, Inc., Closter, NJ), e clorpirifos (mais cialotrina; COBALT, comercializados pela Dow AgroSciences, Indianapolis, IN).
[0024] Como acima notado, os agentes adequados de isca visual da presente invenção demonstram características espectrais suficientemente similares às do tratamento repelente anteriormente aplicado, que os pássaros de interesse não diferenciam visualmente entre o agente de isca visual e o agente repelente de pássaros ou a formulação do primeiro tratamento contendo o agente repelente. Por exemplo, como ilustração e sem limitações ao fato, os repelentes preferidos de pássaros, antraquinona, flutolanil, antranilato, metiocarbe, cafeína e clorpirifos (mais cialotrina) demonstram absorbância UVA (320-400 nm) e/ou UV-B (280-320 nm). Assim, os agentes adequados de isca visual devem demonstrar absorbância ultravioleta nesses comprimentos de onda ou suficientemente próxima a esses comprimentos de onda. Uma variedade de agentes de isca visual é adequada para uso na presente, e pode ser identificada pela determinação dos espectros de absorção UV do agente repelente de pássaros de interesse (ou a formulação do primeiro tratamento na qual é aplicado o agente repelente) e compostos ou agentes candidatos de absorção de UV, e selecionando como agentes de isca visual aqueles agentes de absorção UV que possuam um espectro ou cor de absorbância UV que seja substancialmente o mesmo que o do agente repelente de pássaros ou do primeiro tratamento. O espectro de absorção UV de outros agentes repelentes de pássaros e agentes de isca visual pode ser prontamente determinado usando técnicas convencionais de análise espectroscópica. Apesar de o agente de isca visual poder ser efetivo individualmente como um repelente, tipicamente, os agentes de isca visual não demonstrarão nível estatisticamente significativo de repelência ou de atração de pássaros não condicionados quando usados individualmente. Os agentes preferidos de isca visual para uso na presente incluem, entre outros, o óxido de titânio (IV) (TiO2), os trisiloxanos, siloxanos, e outros agentes absorventes de UV-B e/ou UV-A.
[0025] A quantidade do agente repelente de pássaros usada varia entre a aplicação inicial e as aplicações subsequentes. Na aplicação inicial (assim como em quaisquer das aplicações subsequentes na ausência do agente de isca visual), a quantidade do agente repelente é selecionada para repelir efetivamente os pássaros do local tratado (isto é, do alimento ou local). Assim, como usado na presente, uma “quantidade efetiva” é definida como a quantidade que resulte em uma repelência significativa dos pássaros de um local tratado em comparação com um controle não tratado (local sem repelente). A quantidade efetiva real varia com o determinado agente repelente selecionado, com sua formulação, com a praga do pássaro, com o local, e com fatores ambientais, e pode ser prontamente determinada por meio de experimentação controlada por rotina. As quantidades e formulações adequadas são descritas na técnica anterior como acima notado, sendo também providas pelos fabricantes e fornecedores do repelente. Como exemplo e sem limitação a este, em uma aplicação inicial, as quantidades preferidas de antraquinona (AVIPEL, FLIGHT CONTROL PLUS, AV-1011 ou AV-2022) são de aproximadamente de 2.000 ppm do princípio ativo (p.a.) para a maioria dos pássaros, mas podem ser tão baixas quanto 600 ppm do p.a. para cotovias, as quantidades preferidas de flutolanil são 35.000 ppm (GWN- 4770) ou 15.000 ppm (GWN-4771), as quantidades preferidas de antranilato (BIRD SHIELD) são 80.000 ppm p.a., as quantidades preferidas de metiocarbe (MESUROL 75-W) variam de 1.250 ppm p.a. para pássaros pretos até 30 ppm p.a. para cotovias e 15 ppm p.a. para pintarroxos, estorninhos, gralhas, tentilhões, e ampélis, as quantidades preferidas de cafeína (1:1 cafeína mais benzoato de sódio) são 3.500 ppm p.a., e as quantidades preferidas de clorpirifos (mais cialotrina) (COBALT) são 2.,500 ppm p.a. É também entendido que apesar de o agente de isca visual poder ser usado com a aplicação inicial de repelente, sua aplicação nessa ocasião não proporciona vantagens e pode ser omitida até as aplicações subsequentes.
[0026] Nas aplicações subsequentes em que o agente repelente de pássaros é aplicado conjunto com o agente de isca visual, a quantidade do agente repelente é significativamente reduzida. Nessas aplicações posteriores, as quantidades adequadas do agente repelente podem estar entre cerca de 2% a cerca de 60% da quantidade usada na aplicação inicial, preferencialmente entre cerca de 10% a cerca de 60% da quantidade usada na aplicação inicial, mais preferencialmente entre cerca de 25% a cerca de 60% da quantidade usada na aplicação inicial, e mais preferencialmente entre cerca de 40% a cerca de 60% da quantidade usada na aplicação inicial. Também achamos de forma inesperada que nas aplicações em que a quantidade do agente repelente é bastante reduzida, isto é, menor que 10% da quantidade usada na aplicação inicial, particularmente entre 4% a 9%, e mais preferencialmente entre 4% a 7%, é observado um aumento sinérgico na repelência após a adição do agente de isca visual como demonstrado no Exemplo 3. Entretanto, a eficiência total, medida em % de repelência, permanece menor que às das formulações contendo altos níveis de agente repelente (Figura 5). A quantidade aplicada do agente de isca visual eficaz pode ser prontamente determinada por experimentação controlada por rotina. A quantidade também varia com o determinado agente visual, com sua formulação e com o local. Como exemplo, e sem limitações, as quantidades preferidas de óxido de titânio (IV) podem variar de 2.000 a 5.000 ppm (AEROXIDE P25, Evonik Goldschraidt Corp., Hopewell, VA) a 3.500 a 5.000 ppm (Número de catálogo 232033 disponível na Aldrich, St. Louis, MO) a 4.000 até 7.000 ppm (Número de catálogo 808 disponível na Merck & Co., Whitehouse Station, NJ; HOMBIKAT UV 100 disponível na Sachtleben, Duisburg, Alemanha; Número de catálogo 89490 disponível na Aldrich, St. Louis, MO.; Número de catálogo T315-500 disponível na Fisher Scientific, Pittsburgh, PA). As quantidades preferidas de trisiloxano podem variar entre 300 a 500 ppm, e o siloxano pode variar entre 3.500 a 5.000 ppm.
[0027] Na prática, é antecipado que o agente repelente de pássaros será formulado com um veículo inerte adequado como conhecido na técnica. As formulações do agente repelente de pássaros e do agente de isca visual podem variar com o local determinado e com o método de aplicação. Os agentes, por exemplo, podem ser formulados como soluções, emulsões, concentrados emulsificantes, concentrados de suspensões, pós umectantes, poeiras, grânulos, pós aderentes ou grânulos e aerossóis. De maior interesse são aqueles veículos que sejam aceitáveis agronomicamente e aqueles adequados para aplicação em estruturas, lavouras ou campos de agricultura, sementes, mudas de plantas, pomares, parreirais, alimentação de gado, fertilizantes, pesticidas, iscas para animais ou insetos e suas combinações. O veículo selecionado não é crítico, podendo ser usada uma variedade de veículos de fases líquida e sólida, incluindo entre outros a água, misturas surfactantes aquosas, álcoois, éteres, hidrocarbonetos, hidrocarbonetos halogenados, glicóis, cetonas, ésteres, óleos (naturais ou sintéticos), argilas, caolinita, sílicas, celulose, borracha, talco, vermiculado, e polímeros sintéticos. O agente repelente de pássaros e o agente de isca visual também podem ser formulados em uma única composição ou formulados em diferentes composições e aplicados separadamente. O agente repelente e/ou o agente de isca visual também podem ser formulados em mistura com outros agentes agriculturamente benéficos, incluindo entre outros, estabilizadores ultravioleta, antioxidantes, iscas, adjuvantes, agentes herbicidas, fertilizantes e pesticidas, incluindo inseticidas e fungicidas.
[0028] O método da invenção pode ser usado para repelir pássaros em qualquer lugar em que representem um problema ou, de forma mais importante, para evitar ou minimizar danos econômicos, particularmente em produtos agrícolas. O agente repelente e o agente de isca visual podem ser aplicados em qualquer local ou localização espacial em que sejam necessários, pelos quais s pássaros sejam repelidos. De acordo com esta invenção, os locais preferidos para a aplicação incluem, entre outros, um ou mais entre estruturas, lavouras ou campos de agricultura, sementes, mudas de plantas, pomares, parreirais, alimentação de gado, fertilizantes, pesticidas, iscas para animais ou insetos, e suas combinações. As lavouras incluem, entre outras, uma ou mais de milho, frutas, grãos, gramíneas, legumes, alface, painço, aveia, arroz, lavouras alinhadas, sorgo, girassol, frutos de casca rija, turfa, vegetais e trigo.
[0029] Os tratamentos subsequentes do local com o agente repelente e o agente de isca visual recebem tipicamente a aplicação em qualquer ocasião seguida pela aplicação inicial desejada pelo usuário. Por exemplo, em uma realização antecipada, os tratamentos subsequentes são aplicados quando a eficácia da aplicação inicial for significativamente reduzida ou durante os períodos em que sejam previstos maiores danos pelos pássaros. Na prática, o tratamento subsequente é tipicamente aplicado pelo menos uma semana após o primeiro tratamento (na mesma estação de cultura).
[0030] O seguinte exemplo se destina somente a melhor ilustrar a invenção e não pretende limitar o escopo da invenção, que é definido pelas reivindicações.Exemplo 1
[0031] No primeiro dos três experimentos, foi oferecida a 11 pássaros pretos de asas vermelhas uma vasilha de sementes de girassol tratadas com uma isca absorvente de ultravioleta (TiO2, AEROXIDE P25, Evonik Goldschmidt Corp., Hopewell, VA) e uma vasilha de sementes de girassol não tratadas dentro de gaiolas individuais. Foi medido o consumo alimentar diário. Esta linha de base (isto é, controle) experimentou preferências avaliadas, independente do condicionamento do repelente para pássaros individualmente presos em gaiolas. O consumo do alimento tratado e não tratado não diferiu durante o teste de 4 dias (P = 0,234; Figura 1).
[0032] No segundo dos três experimentos, 5 pássaros pretos de asas vermelhas dentro de cada uma das 5 gaiolas receberam uma vasilha de sementes de girassol tratadas com uma isca absorvente de ultravioleta (AEROXIDE P25, Evonik Goldschmidt Corp., Hopewell, VA) e uma vasilha de sementes de girassol não tratadas. Foi medido novamente o consumo alimentar diário. Essa linha de base (isto é, controle) experimentou as preferências avaliadas, independente do condicionamento do repelente para o grupo de pássaros presos em gaiolas. O consumo do alimento tratado e não tratado não diferiu durante o teste de 4 dias (P = 0,419; Figura 2).
[0033] No experimento final, 5 pássaros pretos de asas vermelhas que nunca passaram por experimentos no interior de cada uma das 10 gaiolas receberam duas vasilhas de sementes de girassol tratadas com um repelente ultravioleta para pássaros (a antraquinona, AVIPEL, ARKION Life Sciences LLC, Wilmington, DE) durante um único dia de condicionamento de repelente. Todos os pássaros receberam subsequentemente a oferta de uma vasilha de sementes de girassol tratadas com uma isca absorvente de ultravioleta (AEROXIDE P25, Evonik Goldschmidt Corp., Hopewell, VA) e uma vasilha de sementes de girassol não tratadas. Esse experimento de repelência a pássaros avaliou as preferências subsequentes ao condicionamento do repelente para o grupo de pássaros presos em gaiolas. O consumo do alimento tratado foi significativamente menor que o do alimento não tratado durante o teste de 4 dias (P < 0,001; Figura 3).
[0034] Esses dados demonstram que, na ausência de condicionamento do repelente, o consumo de alimentos tratados com a Isca absorvente de UVA e UVB não foi diferente daquele do alimento não tratado. Subsequente ao condicionamento com um repelente de pássaros absorvente de UV-A e UV- B, entretanto, os pássaros significativamente evitaram a isca absorvente de ultravioleta durante o teste do experimento final. Assim, usando agentes de isca visual que demonstram características espectrais suficientemente similares às do tratamento repelente anteriormente aplicado, a quantidade do agente repelente pode ser significativamente reduzida e ainda assim repelir efetivamente os pássaros.Exemplo 2
[0035] Neste experimento, 35 pássaros pretos de asas vermelhas que nunca passaram por experimentos dentro de gaiolas individuais foram designados randomicamente para 1 de 3 grupos de condicionamento. Todos os pássaros no grupo de controle (n = 13) receberam uma vasilha de sementes de girassol tratadas com uma isca absorvente de ultravioleta (AEROXIDE P25, Evonik Goldschmidt Corp., Hopewell, VA); todos os pássaros no grupo de condicionamento em antraquinona (n = 11) receberam uma vasilha de sementes de girassol tratadas com uma repelente para pássaros absorvente de ultravioleta baseado em antraquinona (AVIPEL, ARKION Life Sciences LLC, New Castle, DE); e todos os pássaros no grupo de condicionamento em antranilato de metila (n = 11) receberam uma vasilha de sementes de girassol tratadas repelente para pássaros absorvente de ultravioleta baseado em antranilato (FOG FORCE, Natural Forces LLC, Davidson, NC) durante um único dia de condicionamento de repelente. Todos os pássaros receberam também alimentação forçada com 2 g de sementes de girassol tratadas com a isca AEROXIDE P25 (grupo de controle), o repelente baseado em antraquinona (grupo de condicionamento em antraquinona), ou o repelente baseado em antranilato de metila (grupo de condicionamento em antranilato de metila) para garantir o condicionamento de consequência pré-ingestiva/pós- ingestiva da isca. Todos os pássaros receberam subsequentemente uma vasilha de sementes de girassol tratada com a isca absorvente de ultravioleta (AEROXIDE P25, Evonik Goldschmidt Corp., Hopewell, VA) durante um teste de 4 dias. Este experimento de repelência aos pássaros avaliou o consumo das sementes de girassol absorventes de ultravioleta subsequente à isca (isto é, controle) e condicionamento ao repelente para pássaros individualmente presos em gaiolas. O consumo de girassol entre os pássaros condicionados com a antraquinona ou os repelentes baseados em antranilato de metila foram significativamente menor que o exibido entre os pássaros no grupo de controle durante o teste de 4 dias (P < 0,001; Figura 4).
[0036] Esses dados demonstram que, na ausência de condicionamento do repelente, o consumo de alimento tratado com a Isca absorvente de UVA e UVB não foi diferente daquele do alimento não tratado (experimentos de linha de base). Subsequente ao condicionamento com um repelente contra pássaros absorvente de UVA e UVB, entretanto, os pássaros significativamente evitaram a isca absorvente de ultravioleta durante o teste do experimento final (Exemplo 1). Mais ainda, os resultados do Exemplo 2 demonstraram que a absorbância ultravioleta dos repelentes de pássaros testados permite evitar subsequentemente as sementes de girassol absorventes de ultravioleta durante o teste de 4 dias (Figura 4). Assim, usando os agentes de isca visual que demonstram características espectrais suficientemente similares às do tratamento repelente anteriormente aplicado, a quantidade do agente repelente pode ser significativamente reduzida e, ainda assim, efetivamente repelir os pássaros.Exemplo 3
[0037] Como demonstrado no Exemplo 1 e em Werner et al. (2112. ibid, cujo conteúdo segue incorporado à presente por referência), a isca de alimentação ultravioleta não é, por si só, repelente dos pássaros testados. Este exemplo demonstra a repelência sinérgica da isca ultravioleta adicionada ao tratamento com alimentos repelentes. Neste experimento, 110 pássaros pretos de asas vermelhas que nunca haviam sido testados experimentalmente dentro de gaiolas individuais receberam sementes de girassol tratadas com (a) um repelente de pássaros ultravioleta baseado em antraquinona (AVIPEL, ARKION Life Sciences LLC, New Castle, DE) e uma isca absorvente de ultravioleta (AEROXIDE P25, Acros Organics, Fair Lawn, NJ; “repelente + isca”) ou (b) somente o repelente (AVIPEL; “repelente”). Todos os pássaros receberam uma vasilha de girassol não tratado, diariamente por meio de um pré-teste de três dias. No dia subsequente, todos os pássaros no grupo “repelente + isca” (N = 55) receberam uma vasilha de girassol tratado com uma das seis concentrações do repelente (0,02-0,5% repelente, em peso) e 0,2%, em peso, da isca ultravioleta (n = 9-10 pássaros por grupo de teste); todos os pássaros no grupo “repelente” (Δ7 = 55) receberam uma vasilha de girassol tratado somente com uma das seis concentrações do repelente (0,02-0,5% repelente; n = 9-10 pássaros por grupo de teste). O consumo alimentar foi medido diariamente por meio de pré-teste e teste. Foi calculada a repelência porcentual como consumo de teste relativo à média do consumo de pré-teste (Figura 5).
[0038] O Exemplo 1 demonstrou que, na ausência do repelente, o consumo do alimento tratado com a isca ultravioleta não foi diferente daquele do alimento não tratado (isto é, a isca ultravioleta não é por si repelente dos pássaros testados; Werner et al. 2012). Comparado à repelência do alimento tratado somente com 0,02% ou 0,035% do repelente, a adição de 0,2% da isca ultravioleta a essas concentrações relativamente baixas do repelente aumentou sinergicamente a repelência em 45-115% (Figura 5). Assim, a adição da isca ultravioleta ao tratamento do repelente aumentou sinergicamente a repelência do agente repelente em concentrações relativamente baixas de repelente.
[0039] É entendido que a descrição acima detalhada é fornecida simplesmente como ilustração e que modificações e variações podem ser feitas à presente sem se afastar do espírito e o escopo da invenção.

Claims (11)

1. MÉTODO PARA REPELIR PÁSSAROS DE UM LOCAL, caracterizado pelo fato de que compreende:a. aplicação de um primeiro tratamento compreendendo um agente antraquinona repelente de pássaros no dito local em uma quantidade efetiva para repelir os ditos pássaros, eb. aplicação de um ou mais tratamentos subsequentes compreendendo um agente de isca visual que demonstre características espectrais de absorção UV suficientemente similares às da dita antraquinona de modo que os ditos pássaros não diferenciem visualmente entre o dito primeiro tratamento e os ditos tratamentos subsequentes, em que a dita antraquinona é aplicada em uma quantidade significativamente menor que a do dito primeiro tratamento, e o dito agente de isca visual é aplicado em uma quantidade efetiva para ser visualmente reconhecido pelos ditos pássaros,em que pelo menos um dos tratamentos subsequentes inclui (i) antraquinona e (ii) a antraquinona e o agente de isca visual são fornecidos em uma quantidade sinérgica, em que a quantidade sinérgica resulta em uma melhora de pelo menos 15% na repelência em relação ao uso apenas da antraquinona e em que o dito agente de isca visual é selecionado do grupo que consiste de óxido de titânio (IV), trisiloxanos e siloxanos.
2. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que ditos pássaros são pássaros selvagens.
3. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que ditos locais compreendem estruturas, lavouras ou campos de agricultura, sementes, mudas de plantas, pomares, parreirais, alimentação de gado, fertilizantes, pesticidas, iscas para animais ou insetos, ou suas combinações.
4. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que ditas lavouras compreendem milho, frutas, grãos, gramíneas, legumes, alface, painço, aveia, arroz, lavouras alinhadas, sorgo, girassol, frutos de casca rija, turfa, vegetais ou trigo.
5. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que dito primeiro tratamento ainda compreende o dito agente de isca visual.
6. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que dito primeiro tratamento não compreende substancialmente nenhum dito agente de isca visual.
7. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que dito agente de isca visual compreende óxido de titânio (IV).
8. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que dita baixa quantidade da dita antraquinona no dito tratamento subsequente está entre cerca de 10% a cerca de 60% da dita quantidade no dito primeiro tratamento.
9. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que dita baixa quantidade da dita antraquinona no dito tratamento subsequente está entre cerca de 25% a cerca de 60% da dita quantidade no dito primeiro tratamento.
10. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que dita baixa quantidade da dita antraquinona no dito tratamento subsequente está entre cerca de 40% a cerca de 60% da dita quantidade no dito primeiro tratamento.
11. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que dita antraquinona compreende entre 0,02% e 0,035% em peso do dito tratamento subsequente e o dito óxido de titânio (IV) compreende 0,2% em peso do dito tratamento subsequente.
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