BR112016017643B1

BR112016017643B1 - Bomba de distribuição

Info

Publication number: BR112016017643B1
Application number: BR112016017643-0A
Authority: BR
Inventors: Matteo CAPORALE; Marco Zavarella
Original assignee: Aptar Italia S.P.A.
Priority date: 2014-02-26
Filing date: 2014-10-20
Publication date: 2021-03-30
Also published as: BR112016017643A2; CN106029239B; CN106029239A; US9296003B2; WO2015128692A1; US20150238989A1; EP3110559A1; EP3110559B1

Abstract

bomba de distribuição. uma bomba de distribuição (1) compreende um invólucro (2) que se estende ao longo de um eixo (x) longitudinal e configurado para ser inserido em um frasco, em que o invólucro (2) define uma câmara de dosagem (8) e compreende um furo de ventilação (31). um anel de retenção (9) está fixado ao invólucro (2) e inserido no mesmo. a haste oca (19) está associada a um pistão (27) e inserida em um furo (10) do anel de retenção (9), deixando uma passagem (p). a haste oca (19) e o pistão (27) são móveis entre uma posição abaixada e uma posição levantada correspondente a diferentes volumes da câmara de dosagem (8). um caminho de ventilação (30) compreende pelo menos a passagem (p) entre a haste oca (19) e o anel de retenção (9) e o furo de ventilação (31). através do caminho de ventilação (30) um volume de ar entra no frasco através do furo de ventilação (31) durante o acionamento da bomba para substituir o líquido bombeado para fora do frasco pela bomba de distribuição. uma válvula de ventilação (32) é interposta entre a haste oca (19) e o anel de retenção (9), ao longo do caminho de ventilação (30). a válvula de ventilação (32) é configurada para permitir apenas o fluxo a partir do ambiente externo para o frasco, o que permite o retorno do ar para dentro do frasco, e para evitar o vazamento do líquido.

Description

Campo Técnico

[0001] A presente invenção refere-se a uma bomba de distribuição, isto é, a uma bomba de distribuição ou de um dispositivo de dosagem capaz de ser aplicado ao gargalo de um frasco para distribuir o líquido nele contido.

Estado da Técnica

[0002] De modo a distribuir um líquido contido em um frasco é conhecida a utilização de uma assim chamada bomba de distribuição de “bloqueio”, que quando aplicada ao frasco e colocada no mercado, está em uma posição bloqueada.

[0003] Em particular em bombas de distribuição "atmosféricas", o invólucro da bomba de distribuição tem no seu lado um furo de ventilação cuja função é permitir a ventilação, isto é, a admissão de ar na garrafa. Em particular, durante o acionamento da bomba, um volume de ar entra no frasco através do furo de ventilação a fim de substituir o líquido bombeado para fora do frasco pela bomba.

[0004] Uma bomba de distribuição deste tipo é conhecida, por exemplo, a partir dos Patentes EP0990595 ou WO2011/074024. Quando esta bomba de distribuição está na sua posição bloqueada, que é a condição em que a bomba de distribuição deve ser aplicada ao frasco e colocada no mercado, o líquido contido dentro do frasco pode ser acumulado em algumas áreas do caminho de ventilação. Por exemplo, com referência à Patente WO2011/074024, o invólucro pode ser preenchido na área sobre o pistão por uma certa quantidade de líquido que pode fluir através do furo de ventilação do invólucro durante o transporte. Sistemas de prevenção normalmente não são considerados.

[0005] Assim, uma vez que a bomba de distribuição é aberta pela primeira vez, o pistão empurra para cima esta quantidade de líquido, forçando-o então a fluir para fora através das passagens de ventilação existentes entre o anel de retenção e a haste oca da bomba de distribuição. O líquido pode, portanto, chegar a entrar em contato com a mola de metal, com um risco potencial de corrosão, ou mesmo fluir para fora da bomba de distribuição, de modo a criar problemas inestéticos, contaminação do líquido e confusão.

[0006] Além disso, o líquido que vaza das passagens de ventilação e para lá por um tempo também poderia secar e entupir as passagens de ventilação.

Descrição da invenção

[0007] Neste contexto, a tarefa técnica na base da presente invenção é propor uma bomba de distribuição que supere as desvantagens da técnica anteriores acima mencionadas. Em particular, um objetivo da presente invenção é disponibilizar uma bomba de distribuição adequada para evitar fugas de líquido através do caminho de ventilação sem influenciar a fase de trabalho durante cada curso da haste oca.

[0008] Além disso, um objetivo da presente invenção é disponibilizar uma bomba de distribuição que seja estruturalmente simples e que permita uma montagem simples e eficaz. Por fim, um objetivo da presente invenção é proporcionar uma bomba de distribuição que possua dimensões contidas, que seja leve para usar e econômica de fabricar.

[0009] A tarefa técnica especificada e os objetivos estabelecidos acima são substancialmente alcançados por uma bomba de distribuição que compreende as características técnicas expostas em uma ou mais das reivindicações anexas. As reivindicações dependentes referem-se a novas alterações da invenção.

Breve descrição dos desenhos

[0010] Outras características e vantagens da presente invenção serão tornadas mais evidentes a partir da descrição indicativa, e, portanto não limitativa, de uma modalidade preferida, mas não exclusiva, de uma bomba de distribuição, tal como ilustrada nos desenhos anexos, nos quais: - A Figura 1 é uma vista em corte de uma bomba de distribuição, de acordo com a presente invenção, em uma configuração bloqueada; - A Figura 2 mostra a bomba de distribuição da Figura 1 em uma configuração levantada; - A Figura 3 mostra a bomba de distribuição da Figura 1 em uma configuração intermediária durante uma fase descendente; - A Figura 4 é uma vista ampliada de um detalhe A da Figura 3; - A Figura 5 é uma vista em perspectiva de um componente da bomba de distribuição da Figura 1; - A Figura 6 é uma vista em corte do componente da Figura 5.

Descrição detalhada das modalidades preferidas da invenção

[0011] Com referência aos desenhos anexos, uma bomba de distribuição de acordo com a presente invenção é indicada com o número 1. A bomba de distribuição pode ser fixada a uma porca (não mostrada) capaz de ser enroscada no gargalo do frasco.

[0012] A bomba de distribuição 1 compreende um invólucro 2, sob a forma de um corpo de contenção oco que se prolonga ao longo de um eixo X longitudinal, capaz de ser inserido em um frasco (não mostrado). A bomba de distribuição 1 está descrita com referência à sua posição de funcionamento, isto é, quando o eixo X longitudinal está vertical. Termos tais como "superior" ou "inferior" e semelhantes são usados com referência a posição de funcionamento da bomba de distribuição correspondente a posição representada nas figuras.

[0013] O invólucro 2 tem geometria axial-simétrica e compreende uma porção superior 3 e uma porção inferior 4, tendo geometrias com diâmetros diferentes.

[0014] O invólucro 2 apresenta uma geometria substancialmente em forma de funil.

[0015] A parte superior 3 do invólucro 2 é aberta e a sua função é permitir a inserção no invólucro 2 dos elementos (descrito mais adiante) que formam a bomba de distribuição 1. Preferencialmente, o invólucro 2 compreende uma borda anelar 5 posicionada na porção superior 3 do invólucro 2 e em torno da abertura superior do invólucro 2. A borda anelar 5 é configurada para assentar sobre o gargalo do frasco. Preferencialmente, uma junta isolante é posicionada entre a borda anelar 5 e a extremidade do gargalo do frasco.

[0016] A parte inferior 4 é provida com um orifício 6, através do qual o líquido contido na garrafa entra no invólucro 2. Preferencialmente, o orifício 6 está ligado, com interferência, à um tubo de imersão (não mostrado).

[0017] Em particular, o invólucro 2 compreende uma primeira seção 2a que se desenvolve a partir da porção superior 3 na direção da porção inferior 4, e uma segunda seção 2b posicionada debaixo da primeira seção 2a.

[0018] A primeira seção 2a compreende internamente filetes 7a e um sistema anti-rotação 7b.

[0019] A segunda seção 2b define uma câmara de dosagem 8 para a bomba de distribuição 1.

[0020] Debaixo da câmara de dosagem 8 desenvolve-se uma terceira seção 2c do corpo 2, a partir da qual o orifício 6 se estende. As três seções acima mencionadas 2a-2c têm dimensões transversais mutuamente diferentes, de modo a definir a configuração de funil acima mencionada do invólucro 2.

[0021] Em particular, a segunda seção 2b, a que define a câmara de dosagem 8, é substancialmente cilíndrica.

[0022] A bomba de distribuição 1 compreende um anel de retenção 9 fixado no invólucro 2 e inserido no mesmo. O anel de retenção 9 é posicionado na primeira seção 2a do invólucro 2 e tem um furo 10.

[0023] O anel de retenção 9 tem uma geometria substancialmente axial-simétrica com referência ao eixo longitudinal X.

[0024] O anel de retenção 9 apresenta uma porção superior 9a e uma porção inferior 9b delimitada por um flange 9c. A porção superior 9a está configurada como uma aba superior que compreende pelo menos duas guias verticais 11, que se projetam radialmente para dentro do furo 10.

[0025] Além disso, o anel de retenção 9 apresenta internamente, na base das guias verticais 11, pelo menos dois filetes 12 bloqueadores, posicionados em lados diametralmente opostos.

[0026] Preferencialmente, o anel de retenção 9 compreende, na porção inferior 9b, uma aba externa 13a, uma aba intermediária 13b e uma aba interna 13c. A aba externa 13a, a aba intermediária 13b e a aba interna 13c são coaxiais e têm diâmetros diferentes com respeito ao eixo longitudinal X. A aba externa 13a compreende filetes 14 configurados para cooperar com os filetes 7a da primeira seção 2a. Além disso, a aba externa 13a aloja o sistema anti-rotação 7b da primeira seção 2a. Quando o anel de retenção 9 é inserido axialmente dentro do invólucro, a aba externa 13a do anel de retenção 9 e a primeira seção 2a do invólucro 2 cooperam para fixar mutuamente o anel de retenção 9 e o invólucro 2, impedindo o seu desprendimento axial e uma rotação relativa em torno do eixo longitudinal X.

[0027] Um assento anelar 15 é definido entre a aba intermediária 13b e aba interna 13c. A aba intermediária 13b e a aba interna 13c estão ligadas por meio de uma base 16 fechando o assento anelar 15 ao lado da câmara de dosagem 8. A base 16 compreende um assento cônico 16a ao lado da câmara de dosagem 8. A aba interna 13c compreende uma projeção anelar superior 17a e uma projeção anelar inferior 17b que se projetam radialmente para dentro do furo 10.

[0028] Uma válvula de entrada 18 apropriadamente posicionada no interior do invólucro 2, na base da porção inferior 4, se abre e fecha o orifício 6 em maneiras que serão esclarecidas mais adiante. Em particular, a válvula de entrada 18 desliza axialmente no interior do invólucro 2 entre uma configuração aberta e uma fechada do orifício 6. Preferencialmente, a válvula de entrada 18 compreende um plugue 18a formado por nervuras (preferencialmente quatro nervuras) configuradas para manter a válvula de entrada no eixo durante o deslizamento. A válvula de entrada compreende uma superfície plana 18b, a qual se acopla à uma superfície plana 4a na porção inferior 4 do invólucro 2 para garantir a vedação na posição de bloqueio e na utilização.

[0029] De acordo com uma modalidade, a parte superior da válvula de entrada 18c compreende uma superfície modelada (Figura 2) rodeada por uma parede anelar 18d.

[0030] A bomba de distribuição 1 compreende uma haste oca 19 que se estende ao longo do eixo longitudinal X. Quando montada no interior do invólucro 2, em particular dentro do anel de retenção 9, a haste oca 19 é disposta ao longo do eixo longitudinal X e é capaz de deslizar axialmente no interior do invólucro 2 entre uma posição levantada (Figura 2) e uma posição abaixada (Figura 1). Em particular, a haste oca 19 é capaz de deslizar axialmente no interior do orifício 10 do anel de retenção 9, e é guiada por meio da porção superior 9a e da aba interna 13c.

[0031] A haste oca 19 compreende uma parte tubular superior 19a e uma cabeça inferior 19b. A parte tubular superior 19a define um canal 20 configurado para transferir o líquido presente dentro da câmara de dosagem 8 para um dispositivo de distribuição, por exemplo um bico de distribuição (não representado), que distribui o líquido para fora do frasco.

[0032] Preferencialmente, a parte tubular superior 19a da haste oca 19 é conectada ao dispositivo de distribuição, permitindo que o líquido dentro do canal 20 seja transferido para fora da bomba de distribuição. Mais preferencialmente, a parte tubular superior 19a da haste oca 19 define, preferencialmente dentro do canal 20, um assento de recepção 21 configurado para receber uma porção de ligação do dispositivo de distribuição (não mostrado). Em particular, o assento de recepção 21 compreende pelo menos um entre: - filetes 21a para assegurar a retenção do dispositivo de distribuição; - uma porção de vedação 21b configurada para cooperar com o dispositivo de distribuição; - um sistema anti-rotação 21c.

[0033] A parte tubular superior 19a da haste oca 19 compreende barbatanas deslizantes 22 que se projetam radialmente a partir de um flange anelar 23 da haste oca 19. Durante a utilização, as barbatanas deslizantes 22 são guiadas pelas guias verticais 11 do anel de retenção 9 durante o curso da haste oca. Além disso, na posição bloqueada (Figura 1), as barbatanas 22 da haste oca 19 estão engatadas por interferência abaixo dos dois filetes bloqueadores 12 para manter a haste oca 19 na posição abaixada e a bomba de distribuição 1 fechada.

[0034] A cabeça 19b da haste oca 19 é afunilada.

[0035] A haste oca 19, preferencialmente a cabeça 19b, compreende pelo menos uma janela 24, preferencialmente duas janelas opostas uma à outra, para colocar o canal 20 da haste oca 19 seletivamente em comunicação fluída com o interior do invólucro 2, em particular com a câmara de dosagem 8. As janelas 24 são obtidas na parede lateral da haste oca 19 e a cabeça 19b é fechada axialmente, de modo que o líquido na câmara de dosagem 8 possa entrar no canal 20 da haste oca 19 somente através da janela 24.

[0036] A cabeça fechada da haste oca interage com a superfície moldada 18c da válvula de entrada 18, quando a haste oca 19 empurra a válvula de entrada 18 para baixo para assegurar a vedação com o invólucro 2.

[0037] A cabeça 19b da haste oca 19 compreende batentes superiores e inferiores 25a, 25b.

[0038] A superfície externa da haste oca 19 compreende uma primeira (superior) superfície cônica 26a e uma segunda (inferior) superfície cônica 26b, diminuindo o diâmetro da haste oca a partir da porção superior até a cabeça.

[0039] Durante a utilização, a haste oca 19 desliza axialmente dentro do furo 10 do anel de retenção 9, em particular dentro da aba interna 13c deixando uma passagem P entre a haste oca 19 e o anel de retenção 9. A passagem P está em comunicação fluida com o exterior por meio, por exemplo, da parte superior do anel de retenção (Figura 4).

[0040] A projeção anelar superior 17a da aba interna 13c é configurada para tocar a primeira superfície cônica 26a da haste oca 19 para proporcionar uma vedação estanque quando a haste oca está na posição de bloqueio (Figura 1).

[0041] A haste oca 19 é associada inferiormente a um pistão 27 e superiormente ao dispositivo de distribuição para comandar o funcionamento do pistão 27 e distribuir o fluido contido no frasco. O pistão 27 é axialmente inserido na cabeça 19b da haste oca 19. Em particular, a cabeça afunilada 19b da haste oca 19 facilita a sua montagem e acoplamento ao pistão 27. Mais particularmente a haste oca 19 está inserida em um furo de passagem 28 do pistão 27.

[0042] O pistão 27 compreende duas zonas de vedação 27a com a haste oca 19.

[0043] A haste oca 19 comanda a operação do pistão 27, ou seja, ela aciona o pistão 27 móvel entre uma posição levantada (Figura 2) e uma posição abaixada (Figura 1) no interior da câmara de dosagem 8.

[0044] O pistão 27 compreende uma superfície externa em condições de entrar em contato com a parede interna da câmara de dosagem 8. A superfície externa do pistão 27 desliza dentro da câmara de dosagem 8 entre a posição levantada acima mencionada, em que o volume da câmara de dosagem é maior, e a posição abaixada acima mencionada, em que o volume da câmara de dosagem 6 é menor. O curso do pistão 27 é delimitado superiormente pela posição de interferência entre o pistão 27 e o anel de retenção 9 (Figura 2), e inferiormente pela posição de interferência entre a haste oca 19 e a válvula de entrada 18 que se abre e fecha o orifício 6 do invólucro 2.

[0045] A superfície externa do pistão 27 desliza proporcionando impermeabilidade aos fluidos ao longo da parede interna do invólucro 2, de modo que o líquido presente na câmara de dosagem 8 não possa escapar através do acoplamento deslizante entre o pistão 27 e a câmara de dosagem 8.

[0046] A haste oca 19 pode deslizar em relação ao pistão 27, de modo que a janela 24 seja tapada ou desobstruída pelo pistão 27. Preferencialmente, o movimento relativo entre a haste oca 19 e o pistão 27 é delimitado por batentes superiores e inferiores 25a, 25b posicionados na haste oca 19.

[0047] O pistão 27 compreende um assento de vedação 28a, configurado para receber a parede anelar 18d da válvula de entrada 18 quando a haste oca 19 está na sua posição abaixada.

[0048] A bomba de distribuição 1 compreende meios elásticos 29, preferencialmente uma mola, para contrastar o livre deslizamento da haste oca 19 (e, consequentemente, do pistão) no interior do invólucro 2. Preferencialmente, a mola está alojada no interior do assento anelar 15, entre a aba intermediária 13b e a aba interna 13c. Por conseguinte, o anel de retenção 9 contém a mola entre duas paredes (aba intermediária 13b e aba interna 13c), mantendo-a separada do líquido e impedindo que o líquido entre em contato com a mesma. Além disso, a mola está alojada dentro de um assento definido superiormente pelo flange anelar 23 da haste oca 19 e inferiormente pela base 16 disposta entre a aba intermediária 13b e a aba interna 13b.

[0049] A mola tem a função de levar a haste oca 19 e o pistão 27 para cima, a fim de causar a fase de sucção na qual o líquido é transferido do frasco para a câmara de dosagem 8.

[0050] A bomba de distribuição 1 compreende um caminho de ventilação 30, através do qual, durante o acionamento da bomba, um volume de ar entra no frasco através de um furo de ventilação 31 do invólucro 2, a fim de substituir o líquido bombeado para fora do frasco pela bomba de distribuição. Em particular, o caminho de ventilação compreende a passagem P entre a haste oca 19, o anel de retenção 9 e o orifício de ventilação 31 (Figura 4). Uma válvula de ventilação 32 é inserida no anel de retenção 9, e com a haste oca 19, que desliza para dentro durante o funcionamento. Em particular, a válvula de ventilação 32 é disposta pelo menos parcialmente no interior do anel de retenção 9 e fora da haste oca 19, que o rodeiam. Mais particularmente, a válvula de ventilação 32 está interposta entre a haste oca 19 e o anel de retenção 9, ao longo do caminho de ventilação 30.

[0051] A válvula de ventilação 32 pode ser deslocada entre uma posição superior/fechada e uma posição inferior/aberta, quando a haste oca e o pistão percorrem seu curso de trabalho. Quando a haste oca e o pistão se movem em direção a sua posição superior, a válvula é deslocada para a posição superior/fechada; quando a haste oca e o pistão se movem para baixo, a válvula é deslocada na sua posição inferior/aberta. A válvula de ventilação 32 é uma válvula de uma via. A mesma permite apenas o fluxo a partir do ambiente externo para o frasco, o que permite o retorno do ar para dentro do frasco, mas evita a possível fuga do líquido contido no interior da embalagem.

[0052] Com referência às Figuras 5-6, a válvula de ventilação 32 compreende uma capa 33 que está associada à haste oca 19, em torno da mesma, e que pode deslizar sobre a mesma.

[0053] A capa 33 compreende um anel de vedação 33a na interface interna com a haste oca 19. O anel de vedação está disposto com interferência na interface interna com a haste oca em que a válvula de ventilação é arrastada pela haste oca durante o seu curso entre a e posição levantada e posição abaixada.

[0054] Preferencialmente, a válvula de ventilação 32 é substancialmente axial-simétrica.

[0055] Quando montada, a capa 33 está disposta no interior da projeção anelar inferior 17b do anel de retenção 9 que se projeta radialmente para dentro do furo 10.

[0056] De acordo com uma modalidade possível, a capa 33 compreende pelo menos um corte 34 (preferencialmente dois cortes mutuamente opostos) para permitir a passagem do ar para ventilar. De acordo com uma modalidade possível, a válvula de ventilação 32 compreende uma superfície de vedação inferior 35 que se estende radialmente a partir da capa 33 e configurada para fechar o caminho de ventilação 30 na posição superior/fechada da válvula de ventilação 32. Em particular, a superfície de vedação inferior 35 é configurada para criar uma vedação com o anel de retenção 9, em particular com a projeção inferior 17b, do lado de fora do anel de retenção 9.

[0057] Em particular o anel de vedação 33a disposto com interferência em uma interface interna com a haste oca 19 coopera com a superfície de vedação inferior 35 para fechar a passagem P entre a haste oca 19 e o anel de retenção 9. Preferencialmente, o anel de vedação 33a corresponde a uma projeção radial interna da superfície de vedação inferior 35.

[0058] De acordo com uma modalidade possível, a superfície de vedação inferior 35 compreende uma porção plana 35a configurada para encostar no anel de retenção 9, fechando a passagem P entre a haste oca 19 e o anel de retenção 9. Preferencialmente, a superfície de vedação inferior 35 ainda compreende uma porção inclinada 35b que se estende a partir da porção plana 35a e configurada para encostar no assento cônico 16a do anel de retenção 9.

[0059] Em particular, a superfície de vedação inferior 35 e, eventualmente, o anel de vedação 33a estão dispostos do lado de fora do anel de retenção 9. Preferencialmente, a superfície de vedação inferior 35 é configurada para encostar na parte inferior 17b da projeção anelar do anel de retenção 9 que se projeta radialmente para dentro do furo 10.

[0060] Preferencialmente, a válvula de ventilação 32 compreende uma parte anelar inferior 36 que compreende a superfície de vedação inferior 35. Em particular, a porção de anel inferior 36 tem uma configuração de copo, adequada para receber uma porção do pistão 27 na sua posição levantada. De acordo com uma modalidade possível, a válvula de ventilação compreende uma superfície de vedação superior 37 que se estende radialmente a partir da capa 33, oposta à superfície de vedação inferior 35. A superfície de vedação superior 37 está disposta no interior do anel de retenção 9 e está configurada para encostar na projeção anelar inferior 17b do anel de retenção 9.

[0061] Preferencialmente, a superfície de vedação superior 37 compreende uma porção plana 37a configurada para encostar na projeção anelar inferior 17b do anel de retenção 9. Quando a superfície de vedação superior 37 encosta no anel de retenção 9, uma porção da passagem P entre a válvula de ventilação 32 e a haste oca 19 permanece aberta.

[0062] De acordo com uma modalidade possível, a válvula de ventilação 32 compreende uma porção anelar superior 38 que compreende a superfície de vedação superior 37. Preferencialmente, a porção anelar superior 38 compreende uma superfície de vedação cônica 39 configurada para tocar e para criar uma vedação com a haste oca 19, nomeadamente com a segunda superfície cônica 26b, quando a haste oca está na posição abaixada.

[0063] A superfície de vedação inferior 35 e a superfície de vedação superior 37 criam alternativamente uma vedação com o anel de retenção 9.

[0064] Em utilização, a haste oca e o pistão percorrem o seu curso de "funcionamento", para bombear o líquido, entre a posição elevada, delimitada pelo anel de retenção e a posição abaixada delimitada pela válvula de entrada que se abre seletivamente e fecha o orifício do invólucro, respectivamente durante o curso de sucção/ascendente e curso de bombeamento/descendente.

[0065] Quando a haste oca está na sua posição levantada, exercendo pressão sobre o dispositivo de distribuição (atuador), a haste oca inicia o curso no sentido descendente e abre a janela, deslizando no pistão. Com efeito, em uma primeira fase do curso descendente, o pistão permanece imóvel por causa da fricção da parede do pistão com a parede da câmara de dosagem. Em outras palavras, nesta fase a haste oca faz um movimento de translação em relação ao pistão voltado para a janela situada na extremidade inferior da haste oca.

[0066] Logo depois de o pistão é puxado para baixo pela haste oca, de modo que o mesmo cria uma compressão no interior da câmara de dosagem que fecha primeiramente a válvula de entrada e em seguida, obriga o líquido a fluir através da janela dentro da haste oca, e através do canal da haste oca e do dispositivo de distribuição até que flua para o exterior. Durante esta fase, a mola é comprimida no seu assento.

[0067] Como um resultado da libertação do dispositivo de distribuição pelo usuário, todo o sistema retorna para a posição de repouso, graças ao impulso da mola. Em particular, a mola traz de volta a haste oca para sua posição elevada, onde a câmara de dosagem é preenchida novamente após a fase de sucção.

[0068] Durante a fase de ascensão, a haste oca se move em direção ao pistão (mantido pelo atrito com as paredes da câmara de dosagem) fechando então a janela da haste oca. Desta forma, o líquido presente na haste oca é impedido de ser aspirado para dentro da câmara de dosagem mais uma vez.

[0069] O movimento de translação durante o curso de retorno do pistão na câmara de dosagem cria uma depressão no interior da câmara de dosagem, que determina a aspiração de líquido através do tubo de imersão e do orifício do invólucro. O líquido preenche a câmara de dosagem.

[0070] O curso de retorno termina quando o pistão está bloqueado pelo limite imposto pelo anel de retenção.

[0071] Em cada operação de distribuição, um volume de ar igual ao de líquido distribuído entra no frasco através da passagem P, que se desenvolve parcialmente entre a haste oca e o anel de retenção e parcialmente no interior do invólucro (Figura 4). A passagem P é colocada em comunicação fluida com o furo de ventilação perfurado no invólucro e voltado para o interior do frasco.

[0072] Quando a bomba de distribuição está na posição de bloqueio (Figura 1) a válvula de ventilação veda tanto com a haste oca e quanto com o anel de retenção, assegurando uma vedação mais segura juntamente com o principal ponto de vedação, representada pelo acoplamento entre a projeção anelar superior 17a da aba interna 13c e a primeira superfície cônica 26a da haste oca 19. Em particular, a superfície de vedação superior 37 cria uma vedação com a projeção anelar inferior 17b do anel de retenção 9 e a superfície de vedação cônica 39 cria uma vedação com a haste oca 19, em particular com a segunda superfície cônica 26b.

[0073] Para desbloquear a bomba distribuidora, um giro de 90° no sentido horário da haste oca é necessário. Uma vez que a bomba de distribuição é aberta, a mola empurra a haste oca para cima. No bloqueio da bomba de distribuição, o volume acima do pistão pode ser preenchido pelo líquido através do orifício de ventilação. A válvula de ventilação impede que o líquido passe sobre a haste oca e saia da bomba de distribuição quando a bomba de distribuição é aberta. Quando a haste oca começa seu curso superior, o atrito presente entre a haste oca e a válvula de ventilação arrasta a válvula para cima até parar contra o anel de retenção, fechando toda a passagem para o fluido através de fora, restringindo-o a fluir de volta no frasco através do furo de ventilação 31. Por isso, o furo de ventilação tem tais dimensões para permitir uma descarga fácil do líquido dentro deste volume.

[0074] Em particular, a válvula de ventilação está em interferência com a haste oca por meio do anel de vedação 33a. Além disso, o anel de vedação 33a garante também a vedação entre a haste oca e a válvula.

[0075] Assim que a haste começa a se mover para cima, a superfície de vedação inferior 35 veda sobre o anel de retenção 9 e impede que o líquido saia durante todo o curso para cima. A haste oca 19 pode deslizar através da válvula de ventilação 32 pois a interferência é apenas o suficiente para impedir a passagem do líquido. Em outras palavras, a válvula de ventilação atua como um anel raspador na haste oca. No fim do curso, o pistão para sobre o anel de retenção 9 encostando na válvula de ventilação 32 e termina o curso. Durante o acionamento (curso descendente) a válvula de ventilação 32 é arrastada para baixo pela haste oca de vedação até que a superfície superior 37 toque a projeção anelar inferior 17b (Figura 3) impedindo o abaixamento adicional da válvula de ventilação. O curso descendente da válvula de ventilação abre a passagem para o ar, para que o frasco seja recarregado para a compensação. Em particular, o ar é livre para entrar na garrafa através do espaço presente entre a válvula de ventilação e a haste oca (Figura 4) e através dos cortes 34.

[0076] A invenção atinge o objetivo proposto por meio da válvula de ventilação 32, que impede que o líquido passe sobre a haste oca e saia da bomba de distribuição quando a bomba de distribuição é aberta. Além disso, a válvula de ventilação 32 atua, durante a utilização normal, sem necessidade de gestos adicionais, e é montada internamente durante o processo de montagem normal, livre para flutuar sobre o anel de retenção.

[0077] A bomba de distribuição com a válvula de ventilação pode ser utilizada da mesma maneira que as bombas distribuidoras conhecidas são utilizadas.

Claims

1. Bomba de distribuição (1) compreendendo: um invólucro (2) que se estende ao longo de um eixo longitudinal (X) e configurado para ser inserido em um frasco, em que o invólucro (2) define uma câmara de dosagem (8) e compreende um furo de ventilação (31), um anel de retenção (9) fixado no invólucro (2) e inserido no mesmo, uma haste oca (19) associada a um pistão (27) e inserida em um orifício (10) do anel de retenção (9) deixando uma passagem (P), a haste oca (19) e o pistão (27) sendo móveis entre uma posição abaixada e uma posição levantada correspondendo a diferentes volumes da câmara de dosagem (8), um caminho de ventilação (30) através do qual, durante o acionamento da bomba, um volume de ar entra no frasco através do furo de ventilação (31) para substituir o líquido bombeado para fora do frasco pela bomba de distribuição, em que o caminho de ventilação (30) compreende pelo menos a passagem (P) entre a haste oca (19) e o anel de retenção (9) e o furo de ventilação (31), caracterizada pelo fato de que compreende: uma válvula de ventilação (32) interposta entre a haste oca (19) e o anel de retenção (9), ao longo do caminho de ventilação (30), a válvula de ventilação (32) sendo configurada para permitir apenas o fluxo a partir do ambiente externo para o frasco, o que permite a troca de ar para dentro o frasco, e para evitar fugas do líquido, em que a válvula de ventilação (32) cerca a haste oca (19), que desliza no interior da válvula de ventilação (32), e em que a válvula de ventilação (32) pode ser deslocada entre uma posição superior/fechada e uma posição inferior/aberta seguindo o curso da haste oca (19), em que quando a haste oca (19) se movimenta em direção à sua posição elevada, a válvula de ventilação (32) é deslocada para a sua posição superior/fechada e, quando a haste oca (19) se movimenta para baixo em direção à sua posição abaixada, a válvula de ventilação (32) é deslocada na sua posição inferior/aberta, a válvula de ventilação (32) compreendendo uma capa (33) que envolve a haste oca (19), e a capa (33) compreendendo um anel de vedação (33a) disposto com interferência em uma interface interna com a haste oca (19), em que a válvula de ventilação (32) é arrastada pela haste oca (19) durante o seu curso entre a posição levantada e abaixada.

2. Bomba de distribuição (1), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a capa (33) está disposta dentro de uma projeção anelar inferior (17a) do anel de retenção (9) que se projeta radialmente para dentro do furo (10).

3. Bomba de distribuição (1), de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de que a capa (33) compreende pelo menos um corte (34) para permitir a passagem (P) do ar para ventilar.

4. Bomba de distribuição (1), de acordo com a reivindicação 3, caracterizada pelo fato de que a válvula de ventilação (32) compreende uma superfície de vedação inferior (35) estendendo-se radialmente a partir da capa (33) e configurada para fechar o percurso de ventilação (30) na posição superior/fechada da válvula de ventilação (32).

5. Bomba de distribuição (1), de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de que o anel de vedação (33a) disposto com interferência em uma interface interna com a haste oca (19) coopera com a superfície de vedação inferior (35) para fechar a passagem (P) entre a haste oca (19) e o anel de retenção (9).

6. Bomba de distribuição (1), de acordo com a reivindicação 5, caracterizada pelo fato de que o anel de vedação (33a) disposto com interferência em uma interface interna com a haste oca (19) corresponde a uma projeção radial interna da superfície de vedação inferior (35).

7. Bomba de distribuição (1), de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de que a superfície de vedação inferior (35) compreende uma porção plana (35a) configurada para encostar no anel de retenção (9) fechando a passagem (P) entre a haste oca (19) e o anel de retenção (9).

8. Bomba de distribuição (1), de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato de que a superfície de vedação inferior (35) compreende uma porção inclinada (35b) estendendo-se a partir da porção plana (35a) e configurada para encostar em um assento cônico (16a) do anel de retenção (9).

9. Bomba de distribuição (1), de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de que a superfície de vedação inferior (35) e o anel de vedação (33a) disposto com interferência em uma interface interna com a haste oca (19), são dispostos fora do anel de retenção (9), a superfície de vedação inferior (35) sendo configurada para encostar na projeção anelar inferior (17a) do anel de retenção (9) que se projeta radialmente para dentro do furo (10).

10. Bomba de distribuição (1), de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de que a válvula de ventilação (32) compreende uma porção anelar inferior (36) compreendendo a superfície de vedação inferior (35).

11. Bomba de distribuição (1), de acordo com a reivindicação 10, caracterizada pelo fato de que a porção de anel inferior (36) tem uma configuração de copo apropriada para receber uma porção do pistão (27) na sua posição levantada.

12. Bomba de distribuição (1), de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de que a válvula de ventilação (32) compreende uma superfície de vedação superior (37) que se estende radialmente a partir da capa (33), oposta à superfície de vedação inferior (35), a superfície de vedação superior (37) sendo disposta no interior do anel de retenção (9) e sendo configurada para encostar internamente na projeção anelar inferior (17a) do anel de retenção (9).

13. Bomba de distribuição (1), de acordo com a reivindicação 12, caracterizada pelo fato de que a superfície de vedação superior (37) compreende uma porção plana (37a) configurada para encostar no anel de retenção (9) sem fechar a passagem (P) entre a haste oca (19) e o anel de retenção (9).

14. Bomba de distribuição (1), de acordo com a reivindicação 12, caracterizada pelo fato de que a válvula de ventilação (32) compreende uma porção de anel superior (38) compreendendo a superfície de vedação superior (37).

15. Bomba de distribuição (1), de acordo com a reivindicação 14, caracterizada pelo fato de que a porção de anel superior (38) compreende uma superfície de vedação cônica (39) configurada para tocar uma segunda superfície cônica (26b) da haste oca (19) na posição abaixada da haste oca (19).

16. Bomba de distribuição (1), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o anel de retenção (9) compreende um assento anelar (15) configurado para receber meios elásticos (29), o assento anelar (15) sendo definido entre uma aba intermediária (13b) e uma aba interna (13c) do anel de retenção (9).

17. Bomba de distribuição (1), de acordo com a reivindicação 16, caracterizada pelo fato de que a aba intermediária (13b) e a aba interna (13c) do anel de retenção (9) estão ligadas por meio de um fecho de base (16) do assento anelar (15) no lado da câmara de dosagem (8) do invólucro (2).