BR112016009017B1 - Composições antimicrobianas - Google Patents

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Abstract

COMPOSIÇÕES ANTIMICROBIANAS. A invenção refere-se à divulgação de composições antimicrobianas e métodos correlacionados. As composições antimicrobianas incluem ácido glicólico, um surfactante aniônico e pelo menos um adicional surfactante selecionado dentre surfactantes aniônicos e não iônicos.

Description

PEDIDO DE PATENTE CORERELACIONADO
[0001] O presente Pedido de Patente reivindica os benefícios do Pedido de Patente Provisório U.S. No. 61/895.232, depositado em 24 de Outubro de 2013, o qual é aqui integralmente incorporado por referência.
FUNDAMENTOS 1. Campo da Invenção
[0002] A presente invenção está correlacionada ao campo técnico das composições antimicrobianas. Mais particularmente, a presente invenção é dirigida para composições antimicrobianas que podem controlar ou destruir micro-organismos patogênicos em uma ampla variedade de aplicações.
2. Descrição da Técnica Correlacionada
[0003] Os agentes antimicrobianos são geralmente usados para reduzir o risco de infecção em humanos e animais, por exemplo, mediante desinfecção de superfícies em diversas áreas correlacionadas a alimentos ou medicamentos, ou mediante controle de organismos patogênicos na pele. Os agentes antimicrobianos podem ser também usados em aplicações veterinárias, por exemplo, para o controle e prevenção de doenças de cascos de animais, mastite ou infecções tópicas. A prevenção da mastite é o principal objetivo da indústria leiteira ou de laticínios, onde a doença pode resultar do contato da glândula mamária bovina ou ovina com micro-organismos patogênicos. A mastite é uma infecção potencialmente grave, em que esses casos graves podem causar a morte de um animal leiteiro.
[0004] Para reduzir a mastite, composições comerciais para proteção de tetas têm sido desenvolvidas, que são geralmente produzidas para administração à teta, através de imersão, pulverização ou formação de espuma, antes e após a ordenha. As composições para proteção de tetas comercialmente disponíveis podem ser divididas em duas classificações principais, a saber, composições com proteção e sem proteção para tetas. As composições com proteção para tetas são estritamente antimicrobianas e são aplicadas para eliminar micro-organismos que já estão presentes no canal da teta ou na superfície da pele da teta. Numa situação de projeto, o efeito antimicrobiano é substancialmente imediato, almejando os organismos contagiosos que podem ser transferidos entre os animais durante os estágios de pré-ordenha, ordenha e pós-ordenha. As composições com proteção para tetas podem ser também antimicrobianas e serem aplicadas para formar um filme ou revestimento profilático que pode impedir os micróbios de contatar a teta.
[0005] As atuais composições comerciais para proteção de tetas podem ser problemáticas pelo fato de poder conter agentes ativos, tais como, iodo, hipoclorito, dióxido de cloro, clorexidina e ácido hipocloroso, que podem ser nocivos aos humanos e aos animais leiteiros. Além disso, o uso de desinfetantes altamente potentes, como, por exemplo, o hipoclorito, pode contribuir para o problema da mastite, pelo fato de que esses agentes podem causar irritação na pele da teta. Conquanto que existam agentes antimicrobianos mais brandos disponíveis, esses agentes não proporcionam um amplo espectro de proteção.
[0006] Além disso, os agentes antimicrobianos usados nas atuais composições comerciais para proteção de tetas podem ser problemáticos do ponto de vista de consumo. Assim, por exemplo, pequenas quantidades de iodo e clorexidina podem resultar em alterações na qualidade do leite. Além disso, os regulamentos que são aplicados aos alimentos e medicamentos levam em consideração o potencial para ingestão de agentes residuais da composição para proteção de tetas. Isso é especialmente problemático para o caso da clorexidina, que é um agente sintético e não um componente natural do alimento ou leite. O iodo também é associado com problemas alérgicos e alguns operadores/usuários desenvolvem sintomas alérgicos, tais como, irritação na pele e de serem sensíveis ao uso de produtos à base de iodo.
[0007] Portanto, existe a necessidade de composições antimicrobianas que ofereçam proteção contra um amplo espectro de micróbios e que não sejam irritantes para a pele.
RESUMO DA INVENÇÃO
[0008] Em uma modalidade da presente invenção, é proporcionada uma composição antimicrobiana que inclui ácido glicólico, um surfactante aniônico e um surfactante não iônico.
[0009] Em outra modalidade da presente invenção, é proporcionado um método para controle ou prevenção de mastite bovina. O método inclui contatar as tetas de uma vaca com uma composição para proteção de tetas, a qual inclui ácido glicólico, um surfactante aniônico e um surfactante não iônico. A composição para proteção de tetas é caracterizada por apresentar uma proporção de Lise/Desnaturação (L/D) superior a 100.
[0010] Em ainda outra modalidade da presente invenção, é proporcionada uma composição antimicrobiana que inclui ácido glicólico, octano sulfonato de sódio ou lauril sulfato de sódio, e pelo menos um adicional surfactante. O adicional surfactante é selecionado de surfactantes aniônicos, surfactantes não iônicos e misturas dos mesmos.
[0011] Em outra modalidade da presente invenção, é proporcionado um método para controle ou prevenção de mastite bovina. O método inclui contatar as tetas de uma vaca com uma composição para proteção de tetas, a qual inclui ácido glicólico, octano sulfonato de sódio ou lauril sulfato de sódio, e pelo menos um adicional surfactante. O adicional surfactante é selecionado de surfactantes aniônicos, surfactantes não iônicos e misturas dos mesmos. A composição para proteção de tetas é caracterizada por apresentar uma proporção de Lise/Desnaturação (L/D) superior a 100.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[0012] Diversas modalidades da presente invenção são concernentes a composições antimicrobianas que incluem um ácido orgânico, um surfactante aniônico e um surfactante não iônico.
[0013] Conforme aqui usado, o termo “ácido orgânico” significa um composto orgânico que é um ácido. Os exemplos mais comuns incluem os ácidos carboxílicos tendo uma acidez derivada de um grupo carboxila (-COOH). Outros grupos podem também impor uma fraca acidez, especialmente, os grupos hidroxila (-OH), grupos tiol (-SH), grupos enol (C=C(OH)-), grupos sulfato (OSO3H), grupos sulfonato (-SO3H) e fenóis. Os ácidos orgânicos preferidos apresentam um número de átomos de carbono inferior a vinte, esse número sendo preferivelmente inferior a dez. Os ácidos orgânicos podem ser alifáticos, arílicos, aromáticos, não substituídos ou substituídos por grupos funcionais. O(s) substituinte(s) pode ser fixado(s) em qualquer posição da cadeia de carbono ou do anel carbônico.
[0014] Em determinadas modalidades, o ácido orgânico pode incluir ácido láctico, ácido salicílico, ácido tartárico, ácido cítrico, ácido glicólico, ácido ascórbico, ácido maléico, ácido succínico, ácido mandélico, ácido dodecilbenzenossulfônico, ácido propiônico, ácido glucônico, ácido málico, ácido benzoico, ácido aspártico, ácido acético, ácido oxálico, ácido glutâmico, ácido adípico, ácido hexanóico, ácido octanóico, ácido nonanóico, ácido decanóico, ácido undecanóico e combinações dos mesmos. Em algumas outras modalidades, os ácidos inorgânicos tendo características de pKa próximas daquelas dos ácidos orgânicos podem também ser usados, como, por exemplo, o ácido sulfâmico. Em uma ou mais modalidades, o ácido glicólico é um ácido orgânico particularmente preferido para uso na presente invenção. Em algumas modalidades, o ácido glicólico é o único ácido orgânico presente nas composições da presente invenção.
[0015] Os surfactantes aniônicos adequados para uso na presente invenção incluem, sem que seja a isso limitado, alquil sulfonatos, alcano sulfonatos secundários, alquil sulfatos, alquil-éter sulfatos, aril sulfonatos, aril sulfatos, alquilaril sulfonatos, alquilaril sulfatos, e alquil-éter sulfonatos, e os correspondentes ácidos dos mesmos. Uma lista não limitativa de específicos surfactantes aniônicos adequados para uso na presente invenção inclui: lauril sulfatos alcalinos, por exemplo, lauril sulfato de sódio (SLS), dodecilbenzenossulfonatos alcalinos, octano sulfonatos alcalinos, por exemplo, octano sulfonato de sódio (SOS), alcano sulfonatos alcalinos secundários, lauril éter sulfatos alcalinos, e sais de amônio dos mesmos. Adicionais surfactantes aniônicos podem incluir: um alquil benzenossulfonato linear, um alquil α- sulfometil éster, um sulfonato de α-olefina, um sulfato de álcool éter, um alquilssulfo succinato, e um dialquilssulfo succinato. Específicos exemplos desses adicionais surfactantes aniônicos incluem ácido C10-C16-alquil benzenossulfônico linear, C10-C16-alquilbenzenossulfonato linear, ou sais de metal alcalino, metal alcalino terroso, amina e amônio dos mesmos, por exemplo, dodecilbenzenossulfonato de sódio, C14-C16 α-olefina sulfonato de sódio, metil α-sulfometil éster de sódio, e sais de ácido graxo de metil α-sulfometil dissódico. Em algumas modalidades, as composições antimicrobianas da presente invenção podem incluir uma mistura de quaisquer dos surfactantes aniônicos listados acima. Está dentro do escopo da presente invenção que todos os surfactantes aniônicos aqui divulgados podem se apresentar em uma forma ácida, ou na forma de um sal de metal alcalino, de metal alcalino terroso, de amina ou de amônio. Em algumas modalidades, é preferível que as composições de acordo com a presente invenção não compreendam um sulfonato de α- olefina como único surfactante aniônico. Em outras modalidades, quando o SOS compreende um surfactante aniônico, é preferível que o mesmo seja usado em conjunto com um adicional surfactante, tal como, outro surfactante, um surfactante aniônico, conforme discutido abaixo, ou ambos, surfactante aniônico e surfactante aniônico.
[0016] Em uma ou mais modalidades, o octano sulfonato de sódio é particularmente preferido para uso como surfactante aniônico nas composições antimicrobianas da presente invenção. Em algumas modalidades, o lauril sulfato de sódio é o surfactante aniônico preferido para uso nas composições antimicrobianas da presente invenção. Em uma ou mais modalidades, os alquil sulfonatos são os únicos surfactantes aniônicos presentes. Assim, por exemplo, em uma ou mais modalidades, o octano sulfonato de sódio é o único surfactante aniônico presente. Em algumas outras modalidades, os alquil sulfatos são os únicos surfactantes aniônicos presentes. Por exemplo, em diversas modalidades, o lauril sulfato de sódio é o único surfactante aniônico presente. Em algumas modalidades, um ou mais surfactantes aniônicos podem ser usados. Assim, por exemplo, nessas modalidades, uma mistura de alquil sulfonatos e alquil sulfatos pode ser usada, como, por exemplo, octano sulfonato de sódio e lauril sulfato de sódio.
[0017] Os surfactantes não iônicos adequados para uso na presente invenção incluem, sem que seja a isso limitado, alquil poliglicosídeos, alcoóis alquil etoxilados, alcoóis alquil polipropoxilados, alcoóis etoxilados-propoxilados, sorbitanos, ésteres de sorbitano, alcanolamidas, copolímeros em bloco de óxido de etileno- óxido de propileno, e misturas dos mesmos. Uma lista não limitativa de específicos surfactantes não iônicos inclui um álcool C9-C11, com uma média de aproximadamente 8 moles de óxido de etileno por mol de álcool (NEODOL® 91-8, disponível da Shell Chemicals), um álcool C8-C18, com cadeia de átomos de carbono de número impar ou número par, com uma média de 6 a 18 moles de óxido de etileno por mol de álcool, alquil poliglicosídeos (por exemplo, TRITON™ BG10, disponível da Dow Corp. ou LUTENSOL® GD 70, disponível da BASF Corp.), alcoóis etoxilados secundários ramificados (por exemplo, TERGITOL™ Série TMN, disponível da Dow Corp.), copolímeros de óxido de etileno/óxido de propileno (por exemplo, TERGITOL™ Série L, disponível da Dow Corp.), alcoóis etoxilados secundários (por exemplo, ECOSURF™ LF- 20 ou TERGITOL™ Série 15-S, disponível da Dow Corp.), poliéter polióis (por exemplo, TERGITOL™ L-61, disponível da Dow Corp.), nonilfenol etoxilados (por exemplo, TERGITOL™ Série NP, disponível da Dow Corp.), octilfenol etoxilados (por exemplo, TRITON™ Série X, disponível da Dow Corp.), surfactantes à base de óleo de semente (por exemplo, ECOSURF™ AS, disponível da Dow Corp.), alquil polissacarídeos (por exemplo, ALKADET®, Série da Huntsman Chemicals), alquilaminas etoxiladas (por exemplo, SURFONIC® Série T, disponível da Huntsman Chemicals), óxidos de amina (por exemplo, EMPIGEN® Série O, disponível da Huntsman Chemicals), copolímeros em bloco (por exemplo, EMPILAN® Série KCMP, disponível da Huntsman Chemicals), óleos de mamona etoxilados (por exemplo, SURFONIC® Série CO, disponível da Huntsman Chemicals), alcoóis ceto-oleil etoxilados (por exemplo, EMPILAN® Série KLA, disponível da Huntsman Chemicals), alcoóis ceto-estearil etoxilados (por exemplo, EMPILAN® Série KM, disponível da Huntsman Chemicals), alcoóis decil etoxilados, dinonilfenóis etoxilados (por exemplo, SURFONIC® Série DNP, disponível da Huntsman Chemicals), dodecilfenóis etoxilados (por exemplo, SURFONIC® Série DDP, disponível da Huntsman Chemicals), etoxilados de extremidade encapsulada (por exemplo, TERIC® 165, disponível da Huntsman Chemicals), alcanolamidas etoxiladas (por exemplo, EMPILAN® Série MAA, disponível da Huntsman Chemicals), ésteres de etilenoglicol (por exemplo, EMPILAN® Série EG, disponível da Huntsman Chemicals), alcanolamidas de ácido graxo (por exemplo, EMPILAN® Série CD, disponível da Huntsman Chemicals), alcoóis graxos alcoxilados (por exemplo, SURFONIC® Série LF, disponível da Huntsman Chemicals), alcoóis lauril etoxilados (por exemplo, TERIC® Série 12A, disponível da Huntsman Chemicals), monoalcoóis etoxilados ramificados (por exemplo, EMPILAN® Série KCA, disponível da Huntsman Chemicals), nonilfenóis etoxilados (por exemplo, SURFONIC® Série N, disponível da Huntsman Chemicals), octilfenóis etoxilados (por exemplo, SURFONIC® Série OP, disponível da Huntsman Chemicals), copolímeros aleatórios alcoxilados (por exemplo, HYDROL® Série da Huntsman Chemicals), ésteres de sorbitano etoxilados (por exemplo, ECOTERIC® Série T, disponível da Huntsman Chemicals), ácido esteárico etoxilado (por exemplo, TERIC® Série SF, disponível da Huntsman Chemicals), alcoóis sintéticos etoxilados (por exemplo, EMPILAN® Série KH, disponível da Huntsman Chemicals), ácido graxo de tall oil (líquido de resina) etoxilado (por exemplo, TERIC® Série T, disponível da Huntsman Chemicals), amina de sebo etoxilada (por exemplo, EMPILAN® Série AMT, disponível da Huntsman Chemicals), etoxilados de alcoóis oleoquímicos lineares (por exemplo, LUTENSOL® Grau A, disponível da BASF Corp.), etoxilados de oxo-alcoóis à base de alcoóis predominantemente lineares (por exemplo, LUTENSOL® Graus AO, disponível da BASF Corp.), alquilfenóis etoxilados (por exemplo, LUTENSOL® Graus AP, disponível da BASF Corp.), éteres de alquil polietilenoglicol feitos a partir de um álcool graxo linear saturado de cadeia C16-C18 (por exemplo, LUTENSOL® Graus AT, disponível da BASF Corp.), álcool C8-C10, com uma média de aproximadamente 6 ou 8 moles de óxido de etileno por mol de álcool (por exemplo, SURFONIC® L12-6 oU SURFONIC® L12-8, disponível da Huntsman Chemicals, respectivamente), nonilfenóxi poli(etilenóxi)etanol, com um grau de polimerização variando de 9 a 10 (por exemplo, SURFONIC® N- 95, disponível da Huntsman Chemicals), C8-C16 alquil- poliglicosídeo, com um grau de polimerização variando de 1 a 3, por exemplo, C8-C10 alquil-poliglicosídeo com um grau de polimerização variando de 1 a 3, por exemplo, C8-C10 alquil-poliglicosídeo com um grau de polimerização de 1,5 (por exemplo, GLUCOPON® 200), C8-C16 alquil-poliglicosídeo, com um grau de polimerização de 1,45 (por exemplo, GLUCOPON® 425), C12-C16 alquil-poliglicosídeo, com um grau de polimerização de 1,6 (por exemplo, GLUCOPON® 625) e copolímeros em bloco de polioxipropileno polietoxilado (poloxâmeros), incluindo, por exemplo, os poloxâmeros PLURONIC®, comercializados pela BASF Chemical Co. Numa modalidade preferida, os surfactantes não iônicos incluem um álcool etoxilado, tal como, NEODOL® 91-8 ou SURFONIC L2-8. Em algumas modalidades, um álcool etoxilado é o único surfactante não iônico presente.
[0018] Em algumas modalidades, a atividade antimicrobiana das composições da presente invenção pode ser devida à presença de uma específica combinação de um ácido orgânico, um surfactante aniônico e um surfactante não iônico. Nessas modalidades, o ácido orgânico pode ser o ácido glicólico, o surfactante aniônico pode ser um alquil sulfonato ou um alquil sulfato, e o surfactante não iônico pode ser um álcool etoxilado. Em uma ou mais modalidades, a atividade antimicrobiana das composições da presente invenção pode ser devida à presença do ácido glicólico, de octano sulfonato de sódio ou lauril sulfato de sódio, e um álcool etoxilado, como, por exemplo, NEODOL® 91-8.
[0019] Em uma ou mais modalidades, a atividade antimicrobiana das composições da presente invenção pode ser devida à presença de uma específica combinação de um ácido orgânico, um surfactante aniônico e um adicional surfactante selecionado de surfactantes aniônicos e não iônicos, e nessas modalidades, o ácido orgânico pode ser o ácido glicólico, o surfactante aniônico pode ser octano sulfonato de sódio e/ou lauril sulfato de sódio, e o adicional surfactante pode ser um alquil sulfonato e/ou um álcool etoxilado. Em algumas modalidades, a atividade antimicrobiana das composições da presente invenção pode ser devida à presença de: 1) ácido glicólico; 2) octano sulfonato de sódio ou lauril sulfato de sódio; e 3) um álcool etoxilado e/ou um sulfonato de alfa-olefina.
[0020] Em diversas modalidades, o ácido orgânico pode estar presente em uma quantidade de pelo menos cerca de 0,05, 0,1, 0,5, 1, 15, 2, 2,5, 3, 3,5, 4, 4,5, 5, 5,5, 6, 7, 8, 9, ou 10% em peso. Numa única ou em modalidades alternativas, o ácido orgânico pode estar presente numa quantidade de não mais que cerca de 30, 20, 15, 10, 9,5, 9, 8,5, 8, 7,5, 7, 6,5, 6, 5,5, 5, 4,5, ou 4% em peso. Assim, por exemplo, em uma ou mais modalidades, o ácido orgânico pode estar presente em uma quantidade de 0,05 a 30% em peso, 0,1 a 20% em peso, 0,5 a 15% em peso, 1 a 10% em peso, ou 1,5 a 7,5% em peso.
[0021] Em algumas modalidades, um ou mais surfactantes aniônicos (por exemplo, SOS, SLS e/ou sulfonato de alfa-olefina) podem estar presentes numa quantidade de pelo menos cerca de 0,01, 0,05, 0,1, 0,2, 0,5, 1, 1,5, 2, 2,5, 3, 3,5, 4, 4,5, 5, 6, 7, 8, 9, ou 10% em peso. Numa única ou em modalidades alternativas, um ou mais surfactantes aniônicos podem estar presentes numa quantidade não superior a cerca de 35, 30, 20, 15, 10, 9,5, 9, 8,5, 8, 7,5, 7, 6,5, 6, 5,5, 5, 4,5, 4, 3,5, 3, 2,5, ou 2% em peso. Assim, por exemplo, em algumas modalidades, um ou mais surfactantes aniônicos podem individualmente estar presentes numa quantidade de 0,01 a 35% em peso, 0,05 a 30% em peso, 0,1 a 20% em peso, 0,5 a 15% em peso, 1 a 10% em peso ou 1,5 a 7,5% em peso.
[0022] Em algumas modalidades, as composições da presente invenção compreendem dois ou mais surfactantes aniônicos. Em específicas modalidades, os surfactantes aniônicos são selecionados do grupo que consiste de SOS, SLS e sulfonato de alfa-olefina. Em modalidades particularmente preferidas, os surfactantes aniônicos compreendem um sulfonato de alfa-olefina e um dentre SOS e SLS. Nessas modalidades, a proporção em peso entre o sulfonato de alfa-olefina e o SOS ou SLS presentes dentro da composição pode ser de 0,025:1 a 1:0,25, de 0,05:1 a 1:1, ou de 0,15:1 a 1:2.
[0023] Em diversas modalidades, o surfactante não iônico pode estar presente numa quantidade de pelo menos cerca de 0,001, 0,005, 0,01, 0,05, 0,1, 0,2, 0,3, 0,4, 0,5, 1, 2, ou 5%. Numa única ou em modalidades alternativas, o surfactante não iônico pode estar presente numa quantidade não superior a cerca de 25, 20, 15, 10, 7,5, 6,5, 5,5, 5, 4,5, 4, 3,5, 3, 2,5, 2, 1,5, 1, 0,5, 0,4, ou 0,3% em peso. Assim, por exemplo, em uma ou mais modalidades, o surfactante não iônico pode estar presente numa quantidade de cerca de 0,001 a 25% em peso, 0,005 a 20% em peso, 0,01 a 15% em peso, 0,05 a 10% em peso, 0,1 a 5% em peso, ou 0,5 a 3,5% em peso.
[0024] Em algumas modalidades, a concentração total dos surfactantes aniônicos e não iônicos é de pelo menos cerca de 0,05, 0,1, 0,5, 0,75, 1, 1,25, 1,5, 1,75, ou 2% em peso. Numa única ou em modalidades alternativas, a concentração total dos surfactantes aniônicos e não iônicos não é superior a cerca de 40, 35, 30, 25, 20, 15, 10, 7,5, 5, 3, ou 2,5% em peso. Assim, por exemplo, em uma ou mais modalidades, a concentração total dos surfactantes aniônicos e não iônicos é de 0,05 a 25% em peso, 0,1 a 10% em peso, 0,5 a 5% em peso, ou 0,75 a 2,5% em peso.
[0025] Em uma ou mais modalidades, as composições da presente invenção compreendem pelo menos dois surfactantes aniônicos e um surfactante não iônico. Um dos surfactantes aniônicos está geralmente presente em maiores quantidades do que o outro surfactante aniônico. Por exemplo, um surfactante aniônico pode estar presente em um nível que é de pelo menos 1,5 vezes, 2 vezes, 2,5 vezes, 3 vezes, 3,5 vezes, 4 vezes, 4,5 vezes, ou 5 vezes maior do que o outro surfactante aniônico, em específicas modalidades, a maior parte do surfactante aniônico é constituída de SOS ou SLS, e a menor parte de surfactante é constituída de sulfonato de alfa-olefina. Conforme discutido abaixo, em algumas modalidades é desejável que as composições da presente invenção sejam não irritantes quando aplicadas à pele humana ou animal. Assim, pode ser desejado minimizar o uso de surfactantes que sejam capazes de causar irritação na pele quando usados acima de um determinado nível. O surfactante não iônico pode estar presente nas composições em níveis mais uniformes com a menor parte de surfactante aniônico. Nessas modalidades, a proporção em peso da menor parte de surfactante aniônico para o surfactante não iônico pode ser de 4:1 a 1:4, de 3:1 a 1:3, de 2:1 a 1:2, de 1,5:1 a 1:1,5, ou de 1,25:1 a 1:1,25. Em modalidades específicas, a proporção em peso entre a maior parte de surfactante aniônico para o surfactante não iônico pode ser de 10:1 a 1:1, de 7,5:1 a 1,5:1, de 6:1 a 2:1, ou de 5:1 a 2,5:1. Em específicas modalidades, a proporção em peso entre o ácido orgânico e a concentração total de surfactante aniônico e surfactante não iônico é de 12:1 a 1:2, de 8:1 a 1:1,5, de 5:1 a 1:1, ou de 3:1 a 1,5:1.
[0026] Em uma ou mais modalidades, um solvente pode estar presente nas composições antimicrobianas da presente invenção, numa quantidade variando de pelo menos 50, 60, 70, ou 75% em peso e/ou não superior a 99, 97, 95, ou 90% em peso. Por exemplo, em algumas modalidades, um solvente pode estar presente numa quantidade variando de 50 a 99% em peso, 60 a 97% em peso, 70 a 95% em peso, ou 75 a 90% em peso. Uma lista não limitativa de solventes inclui água, álcool, propilenoglicol, éteres e/ou alcoóis glicólicos. Em algumas modalidades, uma mistura de dois ou mais dos solventes acima mencionados pode ser usada.
[0027] As composições antimicrobianas da presente invenção podem incluir um ou mais aditivos, tais como, um agente tampão, um emoliente, um umectante, um conservante, um agente de formação de barreira, um surfactante ou agente de umedecimento, um agente de formação de espuma, um agente de controle de viscosidade, um agente de coloração, um agente opacificante, um agente condicionador da pele, e um adicional agente antimicrobiano.
[0028] Agentes de formação de barreira e de película podem ser usados nas composições formuladas para proteção de tetas, de modo que a composição permanece em contato com a teta durante os ciclos de ordenha. Os agentes formadores de barreira e película revestem a pele da teta e, opcionalmente, o úbere. Os agentes formadores de barreira formam um tampão na extremidade do canal aberto da teta. Agentes típicos formadores de barreira e de película incluem cremes viscosos ou emolientes (feitos com agentes de controle de viscosidade), películas, polímeros, látex e similares. Alguns surfactantes não iônicos podem ajudar ainda a intensificar as propriedades de barreira de uma composição, além de contribuir para umedecimento da superfície. Exemplos desses surfactantes podem incluir, sem nenhuma limitação, polioxietileno-polioxipropileno glicol (comercializado como PLURONIC® F108). Outro agente tipo barreira comumente usado é comercializado como PLURONIC® P105. Um material de látex que proporciona uma efetiva cobertura da teta é descrito na Patente U.S. No. 4.113.854, aqui incorporada por referência. Adequados agentes formadores de barreira incluem, por exemplo, látex, arabinoxilanos, glicomananas, goma guar, gomas de pinheiro de Johannis, celulose, metilcelulose, etilcelulose, hidroxietilcelulose, hidroximetilcelulose, carboxietilcelulose, carboximetilcelulose, amido, amido de hidroxietila, goma arábica, curdlana, pululana, dextrana, maltodextrana, ácido polissulfônico, poliacrilamida, poliacrilato de alto peso molecular, poliacrilato reticulado de alto peso molecular, carbômero, alginato de sódio, alginato de sódio reticulado com sal de cálcio, goma de xantano, álcool polivinílico (PVA) e poli(N- vinilpirrolidona) (PVP). Preferidas modalidades de agentes formadores de proteção incluem goma de xantano, carboximetilcelulose, alginato de sódio, alginato de sódio reticulado com sal de cálcio, PVA, hidroxietilcelulose, PVP, e (2,5-dioxo-4-imidazolidinil)-ureia (Alantoína).
[0029] Em algumas modalidades, as composições da presente invenção podem incluir um polissacarídeo modificado como agente formador de película protetora, para formar uma película protetora de longa duração, persistente, contínua e uniforme, quando aplicada à pele. Essas composições apresentam particular utilidade quando usadas como composições para proteção de tetas, as quais são usadas de forma profilática contra a mastite. Essas composições podem incluir, por exemplo, polissacarídeos de peso molecular relativamente baixo, ou podem ser derivadas especificamente de amido hidrolisado. Essas composições que são capazes de formar uma película protetora de longa duração, persistente, contínua e uniforme podem conter cerca de 0,1% a cerca de 20% em peso de um material de polissacarídeo modificado ou hidrolisado, para uso como agente formador de barreira. O material de polissacarídeo pode apresentar uma maior parte de componente de polissacarídeo, tal como, amido, amido modificado, amido hidrolisado, derivado de amido e combinações dos mesmos. Em algumas modalidades, a maior parte dos componentes de polissacarídeo pode apresentar um valor global ou médio de Equivalência de Dextrose (DE), variando de 2 a 50, esse valor, mais preferivelmente, variando de 3 a 27. Nesse sentido, o termo “maior parte do componente de polissacarídeo” é usado para descrever uma maior percentagem em peso de todos os polissacarídeos na composição, isto é, mais de 50% de todos os polissacarídeos na composição.
[0030] Em algumas modalidades, um agente espumante pode ser usado para inclusão nas divulgadas composições antimicrobianas. Um agente espumante promove a aeração de uma composição líquida para produzir uma espuma que pode aumentar a área superficial da composição e melhorar o contato com a superfície a ser tratada (por exemplo, um casco ou uma teta de um animal). Tipicamente, um agente espumante se apresenta na forma de um gás comprimido ou de um material que se decompõe para liberar gás sob determinadas condições. Adequados gases incluem, sem que seja a isso limitado, nitrogênio, argônio, ar, dióxido de carbono, hélio e misturas dos mesmos. Além disso, dióxido de carbono sólido (gelo seco), nitrogênio líquido, peróxido de hidrogênio ou outras substâncias que liberam gás através de uma mudança de estado ou através de decomposição são contempladas para uso com as presentes composições. Tipicamente, um surfactante de alta propriedade de formação de espuma, tal como, lauril sulfato de sódio, ácido dodecilbenzenossulfônico, alquilaril poliéter sulfato de sódio, lauril éter sulfato de sódio, decil-sulfato de sódio, óxido de cocamina, ou todas C12-C14 amido betaínas de coco podem ser usadas para gerar uma espuma estável. A espuma pode ser produzida quando uma agitação na forma de um gás comprimido é misturado com a solução, por meio de borbulhamento de gás dentro da solução ou atomização da solução, ou mediante uma mistura solução- gás através de um equipamento de pulverização. Em algumas modalidades, a espuma pode também ser gerada por uma ação mecânica ou por outro dispositivo mecânico que misture o ar atmosférico com a composição.
[0031] Os surfactantes são bem conhecidos no segmento da técnica para a geração de espuma e são amplamente usados como agentes espumantes, tanto em sabões manuais como em detergentes manuais de lavagem de pratos, podendo ser também usados como agentes espumantes em aplicações em que a formação de espuma intensifica o desempenho e aumenta o tempo de contato da composição para substratos específicos. Exemplos de adequados surfactantes aniônicos podem ser escolhidos de um ácido alquilbenzenossulfônico linear, um alquilbenzenossulfonato linear, um alquil α-sulfometil éster, um sulfonato de α- olefina, um álcool éter sulfato, um sulfato de alquila, um alquilssulfo succinato, um dialquilssulfo succinato, e seus sais de metal alcalino, metal alcalino terroso, amina e amônio. Exemplos específicos incluem ácido C10-C16 alquilbenzenossulfônico, C10-C16 alquilbenzenossulfonato linear, ou seus sais de metal alcalino, metal alcalino terroso, amina e amônio, por exemplo, dodecilbenzenossulfonato de sódio, C14-C16 α-olefina sulfonato de sódio, metil α-sulfometil éster de sódio, e sais de metil α-sulfo ácido graxo dissódico. Adequados surfactantes não iônicos podem ser escolhidos de um alquilpoliglicosídeo, um álcool alquílico etoxilado, um álcool alquílico propoxilado, um álcool etoxilado- propoxilado, sorbitano, éster de sorbitano, e uma alcanolamida. Exemplos específicos incluem C8-C16 alquil poliglicosídeo com um grau de polimerização variando de 1 a 3, por exemplo, C8-C10 alquil poliglicosídeo com um grau de polimerização de 1,5 (GLUCOPON® 200), C8-C16 alquil poliglicosídeo com um grau de polimerização de 1,45 (GLUCOPON® 425), C12-C16 alquil poliglicosídeo com um grau de polimerização de 1,6 (GLUCOPON® 625). Os surfactantes anfotéricos podem ser escolhidos de alquil-betaínas e alquil-anfoacetatos. Adequadas betaínas incluem cocoamidopropil betaína, e adequados anfoacetatos incluem cocoanfoacetato de sódio, lauroanfoacetato de sódio e cocoanfodiacetato de sódio. Óxidos de alquilamina baseados em matéria-prima de extensão de cadeia alquílica de C12-C14, tais como aqueles derivados de óleo de coco, óleo de semente de palma, podem ser também adequados como agentes de formação de espuma.
[0032] Em uma ou mais modalidades, agentes de controle de viscosidade podem ser adicionados para formular as composições antimicrobianas de acordo com um ambiente de uso pretendido. Em um exemplo, pode ser vantajoso para algumas composições se dispor de uma otimizada viscosidade de solução para se proporcionar um agarramento vertical do produto na teta. Esse tipo de produto viscoso, especialmente um produto tendo uma adequada força de gel tixotrópica, pseudoplástica ou viscoelástica, minimiza o gotejamento do produto, evitando o desperdício, dito produto sendo particularmente vantajoso nas composições para proteção de tetas. As composições para proteção de tetas podem se beneficiar de uma preferida viscosidade dinâmica, variando de 1 cPs a 3000 cPs. Outras aplicações que incluem os desinfetantes de superfície dura apresentam uma viscosidade dinâmica preferida variando de cerca de 1 cPs a 300 cPs. Em outro exemplo, a quantidade de agentes de controle de viscosidade pode ser substancialmente reduzida ou até mesmo eliminada em outras composições, tais como, desinfetantes de superfícies ou pisos em que uma fácil limpeza é desejada. Uma composição de viscosidade intermediária ou média pode ser de utilidade em um produto de limpeza manual ou produto de higiene pessoal. Está dentro do escopo da presente invenção que as composições antimicrobianas sejam formuladas para uma ampla variedade de aplicações, desde que se faça uma alteração da quantidade de viscosidade dos agentes de controle. A viscosidade referida em toda a presente divulgação é a viscosidade Brookfield, medida em cPs, através de viscosímetro Brookfield LV, à temperatura ambiente (25°C), com um eixo # 1 @ 60 - 100 rpm ou um eixo # 2 @ 15 a 30 rpm. Em diversas modalidades, um agente espessante pode ser adicionado para se obter uma faixa de viscosidade variando de 50 cPs a 10000 cPs, ou de 100 cPs a 4000 cPs.
[0033] Adequados agentes de controle de viscosidade incluem hemicelulose, por exemplo, arabinoxilanos e glucomananas; materiais de goma de plantas, por exemplo, goma guar e gomas de pinheiro de Johannis; celulose e seus derivados, por exemplo, metilcelulose, etilcelulose, hidroxipropilcelulose, hidroxietilcelulose ou carboximetilcelulose; amido e derivados de amido, por exemplo, hidroxietil-amido ou amido reticulado; polissacarídeos microbianos, por exemplo, goma de xantano, polissacarídeos de algas marinhas, por exemplo, alginato de sódio, carragenina, curdlana, pululana ou dextrana, sulfato de dextrana, trigo, gelatina, quitosana, derivados de quitosana, ácidos polissulfônicos e seus sais, poliacrilamida e glicerol. Agentes de controle de viscosidade preferidos incluem goma de xantano, diferentes tipos de celulose e derivados dos mesmos, particularmente, hidroxialquilcelulose, metilcelulose e glicerol. Além disso, agentes espessantes do tipo de ácido poliacrílico reticulado de alto peso molecular (Peso molecular (MW) > 1.000.000) podem ser usados, como, por exemplo, aqueles comercializados pela B.F. Goodrich (agora, Lubrizol), sob a sua marca registrada Carbopol®, especialmente, Carbopol® 941, que é o íon mais insensível dessa classe de polímeros, Carbopol® 940, e Carbopol® 934. As resinas de Carbopol®, também conhecidas por "Carbômero", são relatadas na Patente U.S. No. 5.225.096 (desse modo, incorporadas por referência no presente Pedido de Patente) e são polímeros de ácido acrílico reticulados, hidrofílicos e de alto peso molecular. A resina de Carbopol® 941 apresenta um peso molecular de cerca de 1.250.000; Carbopol® 940, um peso molecular de aproximadamente 4.000.000; e Carbopol® 934, um peso molecular de aproximadamente 3.000.000. As resinas de Carbopol® são reticuladas com polialquenil-poliéter, por exemplo, cerca de 1% de um polialil-éter de sacarose tendo uma média de 5,8 grupos alquila para cada molécula de sacarose. Adicional informação detalhada sobre as resinas de Carbopol® são disponíveis da B.F. Goodrich (Lubrizol), ver, por exemplo, o catálogo GC-67 da B.F. Goodrich, Carbopol® Water Soluble Resins. As argilas e argilas modificadas, tais como, bentonita ou laponita podem também ser usadas como agentes espessantes. Agentes auxiliares espessantes podem ser adicionados para melhorar a estabilidade da matriz de gel, por exemplo, alumina ou sílica coloidal, ácidos graxos ou seus sais, podem melhorar a estabilidade do gel. Além disso, o agente de controle de viscosidade pode incluir carboximetilcelulose, alginato de sódio, alginato de sódio reticulado com sal de cálcio, ácidos polissulfônicos e seus sais, poliacrilamida, álcool polivinílico (PVA), hidroxietilcelulose e poli(N- vinilpirrolidona (PVP).
[0034] Em uma ou mais modalidades, um agente tampão ou um agente de ajuste de pH podem ser adicionados às composições divulgadas. Um valor de pH de composição pode ser seletivamente ajustado pela adição de ingredientes acídicos ou básicos. Geralmente, um pH acídico é preferido. Adequados ácidos para uso como agentes de ajuste de pH podem incluir, por exemplo, ácido cítrico, ácido fórmico, ácido acético, ácido láctico, ácido fosfórico, ácido fosforoso, ácido sulfâmico, ácido nítrico, ácido nitroso e ácido clorídrico, mas, será também reconhecido por aqueles especialistas versados na técnica que o ácido orgânico, por exemplo, ácido glicólico, selecionado como agente antimicrobiano, irá também influenciar o pH e, desse modo, apresentar um efeito de ajuste, conforme discutido no presente parágrafo. Os ácidos minerais podem ser usados para drasticamente abaixar o pH. O pH pode ser elevado ou tornado mais alcalino pela adição de um agente alcalino, tal como, hidróxido de sódio, hidróxido de potássio, carbonato de sódio, bicarbonato de sódio, difosfonato de ácido monossódico ou suas combinações. Tradicionais agentes ácidos de tamponamento, tais como, ácido cítrico, ácido láctico e ácido fosfórico podem também ser usados para manter um desejado pH. O valor do pH da composição pode ser ajustado pela adição de materiais de tamponamento acídicos ou básicos.
[0035] A propriedade física do pH pode ser ajustada pela adição de ácido ou base, sendo uma propriedade física do pH amplamente preferida na faixa de cerca de 2,0 a cerca de 8,0, para uso nas composições de para proteção de tetas e outras composições que são pretendidas de contatar a pele. Faixas mais preferidas incluem valores de cerca de 2,0 a cerca de 7,5, cerca de 2,2 a cerca de 6,0, e cerca de 2,5 a cerca de 4,5. Desinfetantes de superfície dura e desinfetantes comerciais podem ser providos com valores de pH mais baixos, tais como, cerca de 2,0 ou cerca de 1,0.
[0036] Conforme discutido acima, em algumas modalidades, as composições da invenção podem incluir um agente umectante. Os agentes umectantes ou agentes de superfície ativa são também conhecidos como surfactantes. Agentes umectantes típicos são usados para umedecer a superfície da aplicação, reduzir a tensão superficial da superfície de aplicação, de modo que o produto possa penetrar facilmente na superfície e remover a sujeira indesejada. Os agentes umectantes ou surfactantes das composições aqui divulgadas podem aumentar a ação detergente global da fórmula, solubilizar ou emulsificar alguns dos ingredientes orgânicos que, de outro modo, não se dissolveriam ou se tornariam emulsificados, e facilitar a penetração profunda dos ingredientes ativos na superfície das superfícies de aplicação pretendidas, como, por exemplo, a pele da teta.
[0037] Adequados surfactantes usados como agentes umectantes na presente invenção incluem os surfactantes aniônicos, catiônicos, não iônicos, zwiteriônicos e anfotéricos. Os agentes umectantes e surfactantes usados nas aplicações da invenção podem ser de alta propriedade de formação de espuma, baixa propriedade de formação de espuma e de um tipo que não proporciona a formação de espuma. Adequados surfactantes aniônicos podem ser escolhidos de um ácido alquilbenzenossulfônico linear, um alquilbenzenossulfonato linear, um alquil α-sulfometil éster, um sulfonato de α-olefina, um álcool éter sulfato, um sulfato de alquila, um alquilssulfo succinato, um dialquilssulfo succinato, e seus sais de metal alcalino, metal alcalino terroso, amina e amônio. Exemplos específicos incluem ácido C10-C16 alquilbenzenossulfônico, ou seus sais de metal alcalino, metal alcalino terroso, amina e amônio, por exemplo, dodecilbenzenossulfonato de sódio, C14-C16 α-olefina sulfonato de sódio, metil α- sulfometil éster de sódio, e sais de metil α-sulfo ácido graxo dissódico. Adequados surfactantes não iônicos podem ser escolhidos de um alquilpoliglicosídeo, um álcool alquílico etoxilado, um álcool alquílico propoxilado, um álcool etoxilado-propoxilado, sorbitano, éster de sorbitano, e uma alcanolamida. Exemplos específicos incluem C8-C16 alquil poliglicosídeo com um grau de polimerização variando de 1 a 3, por exemplo, C8-C10 alquil poliglicosídeo com um grau de polimerização de 1,5 (GLUCOPON® 200), C8-C16 alquil poliglicosídeo com um grau de polimerização de 1,45 (GLUCOPON® 425), C12-C16 alquil poliglicosídeo com um grau de polimerização de 1,6 (GLUCOPON® 625) e copolímeros em bloco de polioxipropileno polietoxilado (poloxômeros), incluindo, por exemplo, os poloxâmeros PLURONIC®, comercializados pela BASF Chemical Co. Os surfactantes anfotéricos podem ser escolhidos de alquil-betaínas e alquil-anfoacetatos. Adequadas betaínas incluem cocoamidopropil betaína, e adequados anfoacetatos incluem cocoanfoacetato de sódio, lauroanfoacetato de sódio e cocoanfodiacetato de sódio.
[0038] Assim, poderá ser reconhecido pelos especialistas versados na técnica que pelo fato de pelo menos um surfactante aniônico e pelo menos um surfactante não iônico serem incluídos como agentes antimicrobianos sinergísticos nas composições antimicrobianas da presente invenção, esses surfactantes podem ter também uma influência nas propriedades de umectação da mistura.
[0039] Um agente opacificante ou corante, opcionalmente, pode ser incluído nas presentes composições. Por exemplo, uma coloração em uma teta indica para um fazendeiro que uma específica vaca foi tratada. Para excluir quaisquer problemas com uma possível contaminação do leite, é preferido que os corantes Certificados pela FD&C (grau de alimentação) sejam usados. Existem diversos corantes FD&C disponíveis, tais como, FD&C Vermelho #40, FD&C Amarelo #6, FD&C Amarelo #5, FD&C Verde #3, e FD&C Azul #1. Os corantes usados isoladamente ou em combinação são preferidos. O corante FD&C Laranja #4 pode também ser usado. O dióxido de titânio (TiO2) é amplamente usado como um opacificante e pode também ser usado em combinação com diversos corantes.
[0040] Em algumas modalidades, um conservante pode ser incluído nas composições da invenção. Uma lista não limitativa de conservantes inclui o ácido etilenodiaminotetraacético (EDTA), e seus sais alcalinos, parabano, metil parabano, etil parabano, glutaraldeído, álcool benzílico, e alcoóis de baixo peso molecular tendo um número de átomos de carbono inferior a 5, e em uma ou mais modalidades, mais de um tipo de conservante pode ser utilizado. É do conhecimento de um especialista versado na técnica que agentes quelantes, tais como, EDTA, funcionam como conservantes, pois estes agentes sequestram ou removem íons metálicos da água dura. Os íons metálicos, se não forem removidos da composição, servem como locais de reação para as enzimas dentro das bactérias; as reações de metal- enzima produzem energia para a replicação da célula bacteriana.
[0041] Em algumas modalidades, um ou mais agentes de condicionamento da pele podem ser incluídos nas composições da invenção. Os agentes de condicionamento da pele podem proporcionar uma proteção extra para a pele humana ou animal, antes ou depois de ser exposta a condições adversas. Por exemplo, os agentes de condicionamento de pele podem incluir agentes umidificadores, tais como, glicerina, sorbitol, propilenoglicol, D-pantenol, polietilenoglicol (PEG) 20010.000, ésteres de polietilenoglicol, lactilatos de acila, poliquaternium-7,cocoato/laurato de glicero, cocoato de glicerol PEG-7, ácido esteárico, peptídeo de seda hidrolisado, proteína de seda, gel de aloe vera (planta conhecida como babosa), cloreto de guar- hidroxipropiltriamônio, alquil poliglicosídeo/laurato de glicerila, manteiga de karité e manteiga de coco; agentes de proteção solar, tais como, dióxido de titânio, óxido de zinco, octil metoxicinamato (OMC), cânfora de 4- metilbenzilideno (4- BC), oxibenzona e homosalato; e agentes de alívio de coceira ou de entorpecimento, tais como, babosa, calamina, hortelã, mentol, cânfora, antiistaminas, corticosteroides, benzocaína e cloridrato de paroxima.
[0042] Conforme mostrado nos exemplos abaixo, as composições antimicrobianas da presente invenção que incluem um ácido orgânico, um surfactante aniônico e um surfactante não iônico exibem atividade antimicrobiana na ausência de outros agentes antimicrobianos. Entretanto, em uma ou mais modalidades, pode ser vantajoso incluir nas composições divulgadas um adicional agente antimicrobiano, por exemplo, um agente antimicrobiano tradicional. Por exemplo, em algumas modalidades, as composições antimicrobianas da presente invenção podem ser usadas em combinação com tradicionais agentes antimicrobianos para se obter taxas de eliminação com concentrações mais baixas dos tradicionais agentes antimicrobianos, em relação aos agentes tipicamente usados, quando os tradicionais agentes antimicrobianos proporcionam a única fonte de atividade antimicrobiana.
[0043] Os tradicionais agentes antimicrobianos incluem compostos iodóforos, compostos de amônio quaternário, compostos liberadores de hipoclorito (por exemplo, hipoclorito alcalino, ácido hipocloroso), compostos oxidantes (por exemplo, perácidos e hipoclorito), ácidos carboxílicos protonados (por exemplo, ácidos heptanóico, octanóico, nonanóico, decanóico, undecanóico), ácidos aniônicos (por exemplo, ácidos alquilarilssulfônicos, ácidos arilssulfônicos, ácidos alquilssulfônicos, ácido alquilarilssufúrico, ácido arilssulfúrico, ácido alquilssulfúrico, ácido alquilarilssulfúrico), dióxido de cloro de clorito alcalino através de um ativador ácido e bis-biguanidas, como, por exemplo, clorexidina. Os agentes antimicrobianos fenólicos podem ser escolhidos de 2,4,4'-tricloro-2"- hidroxidifenileter, que é comercialmente conhecido por triclosana, e que pode ser adquirido da Ciba Specialty Chemicals como IRGASAN™ e IRGASAN DP300™. Outro agente antimicrobiano é o 4-cloro-3,5-dimetilfenol, que é tb conhecido como PCMX, e que é comercialmente disponível como NIPACIDE PX e NIPACIDE PX-P. Outros tradicionais germicidas incluem compostos liberadores de formaldeído, tais como, glutaraldeído e 2-bromo-2-nitro-1,3-propanodiol (Bronopol), poliexametil biguanida (CAS 32289-58-0), sais de guanidina, tais como, cloridrato de poliexametileno guanidina (CAS 57028-96-3), hidrofosfato de poliexametileno guanidina (CAS 89697-78-9), e cloreto de poli[2-(2-etóxi)-etoxietil]- guanidinium (CAS 374572-91-5) e suas misturas.
[0044] Em uma modalidade, as composições antimicrobianas aqui divulgadas podem ser usadas em combinação com tradicionais agentes antimicrobianos, tais como, por exemplo, sulfato de cobre, sulfato de zinco, sulfametazina, compostos quaternários de amônio, peróxido de hidrogênio e/ou ácido peracético, para se obter uma efetiva eliminação, tendo como base concentrações mais baixas de tradicionais agentes antimicrobianos.
[0045] Em uma ou mais modalidades, as composições antimicrobianas da presente invenção não incluem peróxido de hidrogênio (ou compostos geradores de peróxido de hidrogênio), dióxido de cloro (ou compostos geradores de dióxido de cloro), clorexidina, iodóforos, e/ou iodo. Em uma ou mais modalidades, as composições antimicrobianas da presente invenção são isentas de iodo. Em algumas modalidades, as composições antimicrobianas da presente invenção são isentas de peróxido de hidrogênio. Em algumas modalidades, as composições antimicrobianas da presente invenção são isentas de clorexidina. Em algumas modalidades, as composições antimicrobianas da presente invenção são isentas de dióxido de cloro.
[0046] As composições antimicrobianas da presente invenção podem proporcionar uma substancial redução no número de bactérias Gram positivas e Gram negativas, assim como, numerosas outras classes de micróbios. Em modalidades específicas, a redução logarítmica pode ser de pelo menos cerca de três, quatro, cinco ou seis em bactérias Gram positivas e/ou Gram negativas. Em algumas modalidades, as composições antimicrobianas podem exibir uma eliminação substancialmente completa, que é de pelo menos uma redução de cinco log (99,999%) nas populações bacterianas. Nas modalidades, as composições antimicrobianas podem proporcionar quaisquer das anteriores reduções logarítmicas dentro de um minuto, 45 segundos, 30 segundos ou 15 segundos de tempo de contato, quando testadas de acordo com a Norma EN 1656, à temperatura de 25°C, conforme descrito nos exemplos apresentados abaixo.
[0047] Em algumas modalidades, as composições antimicrobianas podem ser usadas para tratamento profilático de tetas de animais leiteiros, para proporcionar uma película germicida protetora e persistente de longa duração, que demonstra persistência entre as etapas de ordenha, e que é reproduzível de modo controlado para produzir uma barreira persistente uniforme e contínua. Esse processo de tratamento pode incluir a ordenha do animal, com revestimento das tetas com a composição após a ordenha, permitindo à composição secar e, desse modo, formar uma camada de uma película protetora persistente sobre as tetas. Em determinadas outras modalidades, as composições da presente invenção podem ser usadas como germicida sobre as tetas de um animal, mas, não são capazes de formar uma película protetora persistente, de longa duração, sobre as tetas. Em diversas modalidades, a composição pode ser aplicada topicamente através de revestimento ou cobertura, formação de espuma, imersão ou pulverização. Além disso, o uso da composição não é limitado ao uso contra a mastite, pelo que, a composição pode ser usada, geralmente, para tratar ou proteger contra quaisquer condições de infecção da pele.
[0048] Em outras modalidades, as composições antimicrobianas da presente invenção podem ser usadas, por exemplo, em qualquer modo onde a aplicação da composição de agentes antimicrobianos é desejada. Em uma ou mais modalidades, as composições antimicrobianas da presente invenção podem ser usadas como um produto de higienização das mãos, um produto de limpeza da pele, um lavador/purificador cirúrgico, um agente de proteção de ferida, um desinfetante, um produto de lavagem da boca, um gel para banho, um produto de higienização de superfície dura e outros. As composições preferidas para aplicações na pele apresentam um pH de cerca de 2,0 a cerca de 8,0, e proporcionam uma substancial redução, por exemplo, superior a uma redução de cinco log (99.999%), em populações de bactérias Gram positivas e Gram negativas. Em algumas modalidades, as composições antimicrobianas da presente invenção podem ser aplicadas como um agente de cicatrização de feridas, em que a composição ajuda para que ocorra uma cicatrização mais rápida e qualitativamente aperfeiçoada das feridas, mediante redução do número de micro-organismos na vizinhança do ferimento.
[0049] Em uma ou mais modalidades, as composições antimicrobianas da presente invenção podem não ser irritantes, quando aplicadas topicamente à pele humana ou animal. Uma composição pode ser determinada para ser não irritante baseado na sua proporção de Lise/Desnaturação (L/D), conforme determinado pelo ensaio de Irritação de Célula do Sangue.
[0050] Os testes de Irritação de Célula do Sangue medem a proporção de (L/D) de uma composição específica e são usados para determinar se uma específica composição é branda o suficiente para aplicação tópica à pele humana ou animal. A medição da proporção (L/D) exige a medição de metade do valor de hemólise (H50) e medição do índice de desnaturação (DI). O valor de (H50) se refere à tendência de ruptura dos glóbulos vermelhos do sangue quando em contato com o produto do teste. O valor (DI) se refere à desnaturação da proteína causada pelo produto de teste.
[0051] Os Valores de Hemólise (H50), Valores do Índice de Desnaturação do Produto (DI) e as Proporções de Lise/Desnaturação (L/D) podem ser determinados para as composições usando métodos conhecidos. As descrições desses métodos são divulgadas no artigo de Wolfgang J. W. Pape, Udo Hoppe: In vitro Methods for the Assessment of Primary Local Effects of Topically Applied Preparations, Skin Pharmacol., (1991), 4, 205-212, que é aqui incorporado por referência.
[0052] Esses métodos envolvem a separação dos glóbulos vermelhos do sangue com seguinte exposição das mesmas às composições do ensaio. Para separar os glóbulos vermelhos do sangue, 50 mL de um tampão de citrato de sódio (17,03 g de citrato trissódico + 8,45 g de ácido cítrico, diluídas em 1 L de água deionizada isenta de bactéria) são adicionados a cada 450 mL de sangue fresco de bezerro, com seguinte procedimento de mistura. O sangue é então centrifugado para isolar os glóbulos vermelhos do sangue (RBC), as quais são depois lavadas com uma solução salina tamponada de fosfato (PBS) (3,15 g de Na2HPO4 + 0,762 g de KH2PO4 + 7,21 g de NaCl + 1,8 g de glicose diluída em 1 L de água deionizada isenta de bactéria), com seguinte centrifugação por diversas vezes, para remoção dos glóbulos brancos e do plasma, de acordo com um método conhecido. Os glóbulos vermelhos do sangue (“estoque de RBC”) são depois colocados dentro de frascos para uso nas composições de teste de interesse.
[0053] Além disso, uma Solução Surfactante Padrão é preparada, a qual inclui 1000 ppm de lauril sulfato de sódio em PBS. Além disso, essa Solução Surfactante Padrão é diluída para 0 ppm, 20 ppm, 30 ppm, e 40 ppm. Uma Solução de Produto Padrão é também preparada, a qual inclui 1000 ppm do produto de teste em PBS. Além disso, esse Produto de Teste é diluído para 0 ppm, 25 ppm, 50 ppm e 100 ppm.
[0054] Para medir o valor de (H50) de uma formulação de teste, o valor de (H50) da Solução Surfactante Padrão é primeiramente medido. Assim, 0,25 mL da suspensão estoque de RBC ajustada são misturados com 9,75 mL da Solução Surfactante Padrão diluída para 40 ppm. A mistura é depois agitada por 10 minutos e centrifugada por 3 minutos a 5000 rpm, para precipitar qualquer RBC intacto. A absorbância em 560 nm é medida usando a Solução Surfactante Padrão de teste diluída para 0 ppm como solução de partida. Esse procedimento é depois repetido para as Soluções Surfactantes tipo Padrão diluídas para 20 ppm e 30 ppm. Um gráfico da concentração em ppm vs. absorbância em 560 nm é plotado para a Solução Surfactante Padrão. A concentração (H50) é a concentração em que a absorbância é igual à metade da absorbância de 100% do valor de hemólise (H100), que é determinado pela mistura de 0,25 mL do estoque de RBC ajustado, com 9,75 mL de água deionizada, com seguinte agitação da mistura por 10 minutos e seguinte medição da absorbância em 560 nm. A metade da máxima concentração hemolítica do lauril sulfato de sódio é 22 + 4 ppm. A obtenção de um valor nessa faixa confirma que um apropriado procedimento está sendo seguido.
[0055] O valor de (H50) do Produto de Teste é então medido. Assim, 0,25 mL da suspensão estoque de RBC ajustada são misturados com 9,75 mL de uma das soluções do Produto de Teste. A mistura é depois agitada por 10 minutos e centrifugada por 3 minutos a 5000 rpm, para precipitar qualquer RBC intacto. A absorbância em 560 nm é medida usando a amostra de Produto de Teste diluída para 0 ppm como amostra de partida. Essas etapas são repetidas para cada concentração das soluções do Produto de Teste. Um gráfico da concentração em ppm vs. absorbância em 560 nm para o Produto de Teste é então plotado. A concentração (H50) é a concentração em que a absorbância é igual à metade da absorbância de (H100). Se necessário, adicionais concentrações do Produto de Teste podem ser preparadas, de modo que o (H50) pode ser medido precisamente.
[0056] Para determinar o valor de (DI), o valor (R2) do Índice de Desnaturação de Surfactante Padrão é medido. Assim, 0,25 mL da suspensão estoque de RBC ajustada são misturados com 9,75 mL da Solução Surfactante Padrão diluída para 1000 ppm. A mistura é depois agitada por 10 minutos e centrifugada por 3 minutos a 5000 rpm, para precipitar qualquer RBC intacto. Todo o estoque de RBC deve ser dissolvido. A absorbância em 575 nm e 540 nm é medida usando a Solução Surfactante Padrão de teste diluída para 0 ppm como solução de partida. A proporção de ABS575/ABS540 é igual a (R2). O valor de (R2) é aproximadamente igual a 0,8. A obtenção de um valor nessa faixa confirma que um adequado procedimento está sendo seguido.
[0057] O valor de (DI) do Produto de Teste é determinado, primeiramente, pela mistura de 0,25 mL da suspensão do estoque de RBC ajustada com 9,75 mL da solução de Produto de Teste diluída para 1000 ppm. A mistura é depois agitada por 10 minutos e centrifugada por 3 minutos a 5000 rpm, para precipitar qualquer RBC intacto. Todo o estoque de RBC deve ser dissolvido. Se o estoque de RBC não for completamente dissolvido, é feita a repetição com uma maior concentração do Produto de Teste. A absorbância em 575 nm e 540 nm é medida usando a solução de Produto de Teste diluída para 0 ppm como solução de partida. A proporção de ABS575/ABS540 é igual a (Ri). Os valores de (Ri) e (R2) são depois usados para calcular o valor de (D1) da fórmula (1) abaixo: %(Di) = 100 (1,05 - Ri)/(1,05 - R2) (Fórmula 1)
[0058] O valor de (H50), que mede a hemólise isoladamente, mostra, normalmente, uma similar correlação de irritação com a proporção de (L/D). Quanto maior o valor em ppm for para o (H50), menor será a condição de irritação do produto. Uma escala bruta é: H50>500 ppm (não irritante); 120-500 (um pouco irritante), 30-120 (irritação moderada), 0-30 (irritante), 0-10 (fortemente irritante). Em algumas modalidades, as composições antimicrobianas da presente invenção podem exibir um valor de (H50) de pelo menos 300, 400, 500, 600, 700, ou 800 ppm.
[0059] O valor de (DI) que mede a desnaturação da proteína, mostra também uma correlação com a proporção de (L/D). Uma escala bruta é: DI 0-5% (não irritante); 5-10% (um pouco irritante), 10-75% (irritação moderada), 75-100% (irritante), e >100% (fortemente irritante). Em algumas modalidades, aas composições antimicrobianas da presente invenção podem exibir um valor de (DI) inferior a cerca de 0, 7, 5, 3, 1, 0,5, ou 0,3%.
[0060] Entretanto, conforme discutido acima, a proporção de L/D é o valor principal, tipicamente usado para determinação da irritação. Um valor de (L/D) superior a 100 é uma indicação de que a composição não provoca irritação; níveis entre 10 e 100 são considerados como promotores de ligeira irritação; níveis entre 1 e 10 são considerados promotores de uma moderada irritação; níveis entre 0,1 e 1 são considerados como promotores de irritação; e níveis inferiores a 0,1 são considerados como promotores de forte irritação. Em algumas modalidades, as composições antimicrobianas da presente invenção exibem uma proporção de (L/D) de pelo menos 100, 150, 200, 250, ou 300. Em algumas modalidades, pelo fato de a combinação de um ácido orgânico, um surfactante aniônico e um surfactante não iônico não ser considerada como irritante para a pele, agentes de condicionamento e de umidificação de pele são, na melhor das hipóteses, desnecessários, podendo, pelo menos serem minimizados em um produto específico.
[0061] Os métodos de preparação das composições antimicrobianas da presente invenção podem envolver a dissolução de uma desejada concentração dos agentes antimicrobianos e, opcionalmente, de quaisquer desejados aditivos em um solvente selecionado. A solução é depois misturada, por exemplo, em um misturador, para formar uma composição antimicrobiana final.
[0062] Em algumas modalidades, os componentes das composições antimicrobianas aqui divulgadas se enquadram dentro das faixas estabelecidas nas Tabelas I(a)-I(c), apresentadas abaixo. Deverá ser entendido que as faixas de concentrações listadas para cada ampla categoria de componente nas Tabelas I(a)-I(c), em algumas modalidades, podem se aplicar para cada componente dentro da referida ampla categoria. Assim, por exemplo, com referência às faixas de concentração mais preferidas listadas na Tabela I(a), se dois surfactantes aniônicos estiverem presentes em uma específica modalidade, então, cada surfactante aniônico pode estar presente numa quantidade de 0,1-30% em peso. Tabela I(a): Faixas de Componentes (% peso/peso) das Composições Antimicrobianas
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[0063] Deverá ser entendido que as faixas de concentração listadas na Tabela I(a) podem ser aplicadas a uma formulação pronta para uso (RTU) ou como um concentrado que exige a diluição em um solvente antes do uso. Em algumas modalidades, as composições antimicrobianas aqui divulgadas, quando se apresentam na forma de um concentrado, podem ser diluídas numa proporção de pelo menos cerca de 1/1, 1/2, 1/3, 1/5, 1/10, 1/25, 1/50, 1/100, 1/200, ou 1/500, para formar uma composição pronta para uso (RTU). De acordo com diversas outras modalidades, As Tabelas I9b) e I(c) divulgam faixas específicas de concentração para as formulações prontas para uso e para as formulações concentradas, respectivamente. Tabela I(b): Faixas de Componentes (% peso/peso) das Composições Antimicrobianas nas Formulações RTU
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Tabela I(c): Faixas de Componentes (% peso/peso) das Composições Antimicrobianas na Forma Concentrada
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[0064] Mediante experimentação, conforme mostrado nos Exemplos abaixo, foi descoberto que um ácido orgânico em combinação com um surfactante aniônico e um surfactante não iônico proporciona um resultado sinergístico que possibilita uma redução maior que cinco log (99,999%) em ambas as bactérias Gram positiva e Gram negativa, ao mesmo tempo em que evita que convencionais oxidantes e outros convencionais agentes antimicrobianos possam ser prejudiciais à pele do animal.
EXEMPLOS
[0065] A presente invenção pode ainda ser ilustrada pelos seguintes Exemplos de modalidades, embora seja entendido que tais exemplos estão incluídos apenas para fins de ilustração e não se destinam a limitar o escopo da invenção, exceto indicação em contrário.
[0066] Deve ser reconhecido que nos Exemplos abaixo, cada concentração do componente é de 100% ativo, a menos que o componente seja expressamente identificado como tendo uma determinada percentagem de ingredientes ativos versus inertes. Por exemplo, se um componente for relacionado como "Ácido glicólico, 70%" e apresentado como presente com 4,28% em peso, isto significa que o ácido glicólico está presente naquela composição com 3% em peso (0,7 * 4,28% em peso). Exemplo 1: Atividades Antimicrobianas das Formulações Tendo Concentrações Variáveis de Surfactantes Aniônicos e Não Iônicos.
[0067] Vários métodos de ensaios padronizados são colocados para testar comparativamente a eficácia dos agentes antimicrobianos. O padrão preferido é definido como “AOAC Official Method 960.09”, conforme publicado pela “Association of Analytical Chemists” (AOAC International) em 2000 (Association of Official Analytical Chemists, 1990 (Official Methods of Analysis, páginas 138-140, Germicidal and Detergent Sanitizing Action of Disinfectants 960.09, Vol. I., 15a. edição, AOAC, Arlington, Va.). Os Europeus tendem a usar outros padrões para esta mesma finalidade, tais como, os métodos de ensaio EN 040, EN 1656, e EN 14885. Todos esses padrões estão aqui incorporados por referência, na mesma medida em que caso aqui estivessem totalmente divulgados. No presente Exemplo, foi utilizado o método de ensaio EN 1656.
[0068] De acordo com um método de neutralização por diluição modificado, o método EN1656, bactérias de E. Coli congeladas secas (ATCC 1 1229), S. aureus (ATCC 6538), Streptococcus uberis, Pseudomonas aeruginosa, Streptococcus dysgalactiae, e Streptococcus agalactiae foram hidratadas, cultivadas durante quatro dias e transferidas. Em seguida, as bactérias foram diluídas para formar uma suspensão tendo uma concentração inicial de cerca de 107 cfu/mL.
[0069] Leite desnatado esterilizado foi usado como uma substância de interferência em todos os testes, em vez de albumina bovina, conforme o protocolo EN 1656. Foram misturados 1 mL de leite e 1 mL de suspensão bacteriana, em seguida, a mistura foi deixada em contato durante 2 minutos a 25°C. Em seguida, foram adicionados à mistura 8 mL das formulações descritas abaixo na Tabela II, e a mistura foi deixada em contato durante 15 segundos à temperatura de 25°C. Foi retirado um mililitro da solução resultante e diluído com 9 mL de tampão de fosfato, com pH de 7,2, e depois, foram feitas quatro diluições sucessivas. Amostras de cada uma das diluições foram plaqueadas em duplicata e foi adicionado ágar. Um mililitro da mistura anterior foi adicionado a 9 mL de solução neutralizante e então misturado. Três diluições em série foram feitas desta solução e 1 mL de cada solução foi colocado em uma placa Petri, em duplicata. Também foram colocados 0,1 mL da solução mais diluída em duplicata. Cerca de 15 mL de extrato de ágar de triptona glicose estéril foram adicionados a cada placa Petri e então solidificado, e cada placa foi incubada a 37°C, durante 24 horas. Este procedimento foi repetido para todas as amostras a serem testadas.
[0070] Para controles, as suspensões de bactéria de concentração de 107 cfu/mL foram diluídas para concentrações de 104 e 103 cfu/mL. Um mililitro de diluições de 104 cfu/ml e 0,1 mL de diluições de 103 cfu/mL (feito em triplicata) foram colocados em placas Petri, e depois, foram adicionados aproximadamente 15 mL de extrato de ágar de triptona glicose estéril. Quando solidificadas, as placas foram incubadas à temperatura de 37°C, durante 24 horas. Uma média das contagens das placas para os plaqueamentos triplicados de diluição de 103 cfu/mL foi considerada como a contagem de números iniciais de controle.
[0071] As placas com as populações bacterianas entre 25 e 250 foram contadas e os resultados foram expressos como reduções logarítmicas de acordo com o método de ensaio EN 1656. A Tabela II, abaixo, apresenta os resultados do ensaio EN 1656 e as formulações testadas. Witconate AOS é um sulfonato C14-C16 de alfa-olefina sódica (ácidos sulfônicos, C14-C16 hidroxil alcano e C14-C16-alcano, (CAS# 68439-57-6)). O número do CAS para o octano sulfonato de sódio é 142-31-4, e o número do CAS para Neodol® 91-8 é 68439-46-3. A Tabela II também fornece os resultados dos testes de irritação da Formulação B. Os valores de H50, Dl, e L/D para o teste de irritação foram determinados conforme descrito acima. Tabela II: Formulações com Ácido Glicólico, com e sem Octano Sulfonato de Sódio
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[0072] Os resultados da Tabela II demonstram que as composições compreendendo ácido glicólico, um álcool etoxilado e octano sulfonato de sódio podem exibir atividade antimicrobiana que ocasiona uma redução logarítmica acima de 4 em diversos tipos de bactérias diferentes. Além disso, os resultados mostram que a eficiência antimicrobiana depende da presença do surfactante aniônico de octano sulfonato de sódio. Por exemplo, as Formulações A-D, que incluem octano sulfonato de sódio, todas exibem pelo menos uma redução logarítmica de 4 em todos os tipos de bactérias testadas, enquanto que as Formulações E e F, as quais não possuem octano sulfonato de sódio, exibem significativamente menor atividade antimicrobiana, por exemplo, cerca de uma redução logarítmica de 2, em diversos tipos de bactérias testadas. Além disso, ao se comparar as Formulações A e D, é mostrado que ao aumentar a concentração de octano sulfonato de sódio, o nível de atividade antimicrobiana aumenta para uma eficiência máxima, isto é, pelo menos uma redução logarítmica de 5 em todos os tipos de bactérias testadas. Exemplo 2: Atividade Antimicrobiana das Formulações Contendo Concentrações Variáveis de Octano sulfonato de Sódio.
[0073] Neste Exemplo, concentrações variáveis de octano sulfonato de sódio foram testadas quanto à eficiência antimicrobiana. As formulações foram submetidas ao método de ensaio EN 1856, conforme descrito no Exemplo 1, acima. Os resultados estão apresentados na Tabela III, abaixo. Tabela III: Formulações com Ácido Glicólico e Concentrações Variáveis de Octano Sulfonato de Sódio
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[0074] Os resultados da Tabela III demonstram que as formulações contendo concentrações variáveis de octano sulfonato de sódio (entre 0,7 a 1,5% em peso) exibem eficiência antimicrobiana máxima, isto é, pelo menos uma redução logarítmica de 5 em todos os tipos de bactérias testadas. Exemplo 3: Atividade Antimicrobiana das Formulações Contendo Concentrações Variáveis de Lauril Sulfato de Sódio.
[0075] Neste Exemplo, as formulações contendo concentrações variáveis de lauril sulfato de sódio foram testadas quanto à eficiência antimicrobiana. As formulações foram submetidas ao método de ensaio EN 1656, conforme descrito acima no Exemplo 1. Os resultados estão apresentados na Tabela IV, abaixo. O número do CAS do lauril sulfato de sódio é 151-21-3. A Tabela IV também fornece os resultados do teste de irritação da Formulação A. Os valores de H50, DI e L/D para o teste de irritação foram determinados conforme descrito acima. Tabela IV: Formulações com Ácido Glicólico e Lauril sulfato de sódio.
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*Os resultados germicidas para esta formulação não estavam em linha com os dados gerados para outras formulações sem AOS. Portanto, a eficiência germicida para E. Coli e S. Aureus foi novamente testada. As reduções logarítmicas para a E.Coli e S. aureus foram de 4,7 e 5,3, respectivamente. Esses resultados estão em linha com outros pontos de dados.
[0076] Os resultados da Tabela IV demonstram que composições antimicrobianas compreendendo ácido glicólico, um álcool etoxilado, AOS, e lauril sulfato de sódio podem exibir uma eficiência antimicrobiana máxima, isto é, pelo menos uma redução logarítmica de 5 em todos os tipos de bactérias testadas, desde que, mais de 0,25 % em peso (absoluto) de AOS tenha sido empregado. Exemplo 4: Atividade Antimicrobiana de Formulações Contendo Ácido Glicólico e Diversos Surfactantes.
[0077] Nesse Exemplo, as formulações contendo ácido glicólico e diversos surfactantes aniônicos, catiônicos e não iônicos foram testadas quanto à eficiência antimicrobiana. As formulações foram submetidas ao método de ensaio EN 1656, conforme descrito acima no Exemplo 1. Os resultados estão apresentados na Tabela V, abaixo. Glucopon® 225 DK é o nome comercial para C8-C10 alquilpoliglicosídeo (CAS# 68515-73-1). Xileno sulfonato de sódio tem um número de CAS de 1300-72-7. Barlox® 12 é o nome comercial para óxido de N-cocoalquil-N,N-dimetilamina (CAS# 61788-90-7). Colalipid C é o nome comercial para cocamidopropila PG - fosfato de cloreto de diamônio (CAS# 83682-78-4). Tabela V: Formulações com Ácido Glicólico e Diversos Surfactantes
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[0078] Os resultados da Tabela V demonstram que a eficiência antimicrobiana máxima, isto é, pelo menos uma redução logarítmica de 5 em todos os tipos de bactérias testadas, não pode ser obtida nas formulações contendo ácido glicólico e os surfactantes não iônicos, catiônicos e aniônicos testados acima. Os resultados, em combinação com os resultados dos Exemplos 1-3 e 5, demonstram que ácido glicólico não pode ser combinado com qualquer surfactante para exibir uma eficiência antimicrobiana máxima. Exemplo 5: Atividade Antimicrobiana das Formulações na Presença e na Ausência de Ácido Glicólico, Octano Sulfonato de Sódio e Lauril Sulfato de Sódio.
[0079] Nesse exemplo, uma série de experimentos de controle foi realizada, testando o efeito que o ácido glicólico, o octano sulfonato de sódio, e o lauril sulfato de sódio têm sobre a atividade antimicrobiana. Especificamente, as formulações testadas incluíam: aumentar as quantidades de ácido glicólico, porém, não aumentar as quantidades de octano sulfonato de sódio ou lauril sulfato de sódio (Formulações A-E); não incluir ácido glicólico, mas, sim, octano sulfonato de sódio ou lauril sulfato de sódio (Formulações F e G); e uma formulação de controle contendo ácido glicólico e octano sulfonato de sódio (Formulação H). As formulações foram submetidas ao método de ensaio EN 1656, conforme descrito acima no Exemplo 1. Os resultados estão apresentados na Tabela VI, abaixo. Tabela VI: Formulações com ou sem Ácido Glicólico, Octano sulfato de sódio, e Lauril Sulfato de Sódio
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[0080] Os resultados da Tabela VI demonstram que o ácido glicólico e um surfactante aniônico, como, por exemplo, octano sulfonato de sódio ou lauril sulfato de sódio, são necessários para se obter uma eficiência antimicrobiana máxima, isto é, pelo menos uma redução logarítmica de 5 em todos os tipos de bactérias testadas. Especificamente, as Formulações A-E demonstram que as Formulações compreendendo ácido glicólico, porém nenhum octano sulfonato de sódio ou lauril sulfato de sódio não exibe uma eficiência antimicrobiana máxima, mesmo com níveis elevados de ácido glicólico. Além disso, as Formulações F e G demonstram que as Formulações compreendendo octano sulfato de sódio ou lauril sulfato de sódio, porém, sem a presença de ácido glicólico, não exibem eficiência antimicrobiana máxima, enquanto que a Formulação H, que compreende ambos, ácido glicólico e octano sulfato de sódio, exibe a dita eficiência. Esses resultados demonstram o efeito antimicrobiano sinergético alcançado em uma composição compreendendo ácido glicólico, um surfactante aniônico, por exemplo, octano sulfato de sódio, e um surfactante aniônico, por exemplo, um álcool etoxilado. Exemplo 6: Atividade Antimicrobiana das Formulações Contendo Concentrações Variáveis de Surfactantes e Ácido Glicólico
[0081] Nesse exemplo, uma série de formulações contendo concentrações variáveis de ácido glicólico, Neodol 91-8, e Witconate AOS foi testada quanto à eficiência antimicrobiana. As formulações foram submetidas ao método de ensaio EN 1656, conforme descrito acima no Exemplo 1. Os resultados estão apresentados na Tabela VII, abaixo. Tabela VII: Formulações com Concentrações Variáveis de Surfactantes e Ácido Glicólico
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[0082] Os resultados da Tabela VII demonstram que todas as formulações testadas apresentaram redução logarítmica maior que 5 contra a E. coli. A Formulação A, contendo octano sulfonato de sódio e ácido glicólico, sem um surfactante aniônico ou não iônico adicional, não exibiu eficiência antimicrobiana máxima. A Formulação B, contendo ácido glicólico, octano sulfonato de sódio, Witconate AOS, e Sulfonic L12-8, um C8-C10 álcool, com uma média de aproximadamente 6 ou 8 moles de óxido de etileno por mol de álcool, exibiu eficiência antimicrobiana máxima. O número do CAS do Sulfonic L12-8 é 66455-15-0. As Formulações C e D contendo quantidades menores de ácido glicólico (2,5 e 20% em peso, respectivamente) exibiram eficiência antimicrobiana máxima; entretanto, nenhuma formulação exibiu uma total redução logarítmica de S. aureus (6,73% de redução logarítmica). A Formulação E, contendo 0,10% em peso do surfactante não iônico Neodol 91-8 exibiu eficiência antimicrobiana máxima, embora não tenha exibido uma redução logarítmica total de S. aureus (6,73% de redução logarítmica). A Formulação G demonstra que uma formulação contendo 0,2% em peso de Witconate AOS, ácido glicólico, octano sulfonato de sódio, e Neodol 91-8 não exibe eficiência antimicrobiana máxima, enquanto que a mesma formulação com 0,4% em peso de Witconate AOS (Formulação F) exibe uma eficiência antimicrobiana máxima. Exemplo 7: Atividade Antimicrobiana de Formulações Protetoras Contendo Octano Sulfonato de sódio e Concentrações Variáveis de Sorbitol e Glicerina.
[0083] Nesse exemplo, uma série de formulações protetoras foi testada quanto à eficiência antimicrobiana, contendo octano sulfonato de sódio e concentrações variáveis de sorbitol e glicerina. As formulações foram submetidas ao método de ensaio EN 1656, conforme descrito acima no Exemplo 1. Os resultados estão apresentados na Tabela VIII, abaixo. Tabela VIII: Formulações Protetoras com Octano Sulfonato de Sódio e Diversas Concentrações dos Emolientes (Glicerina e Sorbitol).
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[0084] Os resultados da Tabela VIII demonstram que variações na média dos emolientes, sorbitol e glicerina, presentes nas formulações testadas, não afetam de maneira adversa a eficiência antimicrobiana destas formulações. As Formulações A-D, todas, exibiram eficiência antimicrobiana máxima. Exemplo 8: Atividade Antimicrobiana de Formulações Protetoras Contendo Lauril Sulfato de Sódio e Concentrações Variáveis de Sorbitol e Glicerina.
[0085] Nesse exemplo, uma série de Formulações Protetoras foi testada quanto à eficiência antimicrobiana, contendo lauril sulfato de sódio e concentrações variáveis de sorbitol e glicerina. As formulações foram submetidas ao método de ensaio EN 1656, conforme descrito acima no Exemplo 1. Os resultados estão apresentados na Tabela IX, abaixo. Tabela IX: Formulações Protetoras com Lauril Sulfato de Sódio e Diversas Concentrações dos Emolientes (Glicerina e Sorbitol).
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[0086] Os resultados da Tabela IX demonstram que as variações na média dos emolientes, sorbitol e glicerina, presentes nas formulações testadas não afetam de modo adverso a eficiência antimicrobiana, na medida em que estas formulações exibem eficiência antimicrobiana máxima. Exemplo 9: Atividade Antimicrobiana de Formulações Protetoras com Ácido Glicólico e Diversos Surfactantes.
[0087] Nesse exemplo, uma série de formulações protetoras foi testada quanto à eficiência antimicrobiana, contendo ácido glicólico e diversos surfactantes. Natrosol 250H é uma hidroxietilcelulose comercializada por Ashland Corp. As formulações foram submetidas ao método de ensaio EN 1656, conforme descrito acima no Exemplo 1. Os resultados estão apresentados na Tabela X, abaixo. Tabela X: Formulações Protetoras com Ácido Glicólico e Diversos Surfactantes
Figure img0022
[0088] Os resultados da Tabela X demonstram que eficiência antimicrobiana máxima, isto é, pelo menos uma redução logarítmica de 5 em todos os tipos de bactérias testadas, não pôde ser obtida nas formulações protetoras contendo ácido glicólico e os surfactantes não iônicos, catiônicos e aniônicos, testados acima nas concentrações listadas, sem a inclusão de octano sulfonato de sódio. Exemplo 10: Atividade Antimicrobiana de Composição para Proteção de Tetas Contendo Octano Sulfonato de Sódio, Sulfonato de alfa-Olefina e Ácido Glicólico.
[0089] Nesse exemplo, as concentrações de SOS, AOS e ácido glicólico foram variadas, de modo a estabelecer quantidades alvo de cada componente requerido para fornecer a eficácia germicida máxima. A eficiência antimicrobiana foi testada de acordo com o método de ensaio EM 1656, realizado conforme descrito acima no Exemplo 1. Os micro- organismos testados foram S. aureus (ATCC 6538) e E. Coli (ATCC 10536) . A atividade antimicrobiana superior a uma redução logarítmica de 5 foi considerada aceitável. Os resultados desse teste estão apresentados na Tabela XI. Tabela XI: Composição para Proteção de Tetas Contendo Octano Sulfonato de Sódio, Sulfonato de a-01efina e Ácido Glicólico
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Tabela XI (continuação): Composição para Proteção de Tetas Contendo Octano Sulfonato de Sódio, Sulfonato de oc-Olefina e Ácido Glicólico.
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[0090] Os dados demonstram que a eficiência germicida diminui conforme a concentração de SOS diminui. Abaixo de uma concentração de SOS de 0,5%, a composição não fornece níveis aceitáveis de eficiência germicida. A eficiência germicida também é dependente da concentração de ácido glicólico. Abaixo de uma concentração a 0,5% de ácido glicólico, a eficiência germicida reduz os níveis aceitáveis para E. Coli. Uma redução na eficiência germicida também foi observada quando a concentração total de surfactantes (SOS, AOS e Neodol) reduziu para menos de 1,0%. Exemplo 11: Atividade Antimicrobiana de Composição para Proteção de Tetas e Composição Protetora Contendo Octano Sulfato de Sódio, Sulfonato de α-Olefina e Ácido Glicólico
[0091] Nesse exemplo, a eficiência germicida de diversas composições para proteção de tetas e uma composição protetora foi determinada. O nível de AOS empregado variou ligeiramente entre as formulações da composição para proteção de tetas. A eficiência germicida foi determinada mediante o microteste EN 1656 modificado, descrito no Exemplo 1. Os resultados desse teste são apresentados na Tabela XII. Tabela XII: Composição para Proteção de Tetas Contendo Octano Sulfonato de sódio, Sulfonato de α-Olefina e Ácido Glicólico
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* LV Viscosímetro, Eixo # 1, 100 rpm ** LV Viscosímetro, Eixo # 2, 30 rpm
[0092] Todas as formulações da Tabela XII forneceram a eliminação total dos diversos micro-organismos em 15 segundos. Exemplo 12: Atividade Antimicrobiana das Formulações Contendo Lauril sulfato de sódio
[0093] Nesse exemplo, as composições contendo lauril sulfato de sódio (SLS) foram formuladas e foi determinada a eficiência germicida das mesmas. A eficiência antimicrobiana foi testada de acordo com EN 1656, realizada conforme descrito acima no Exemplo 1. Os micro-organismos testados foram S. aureus (ATCC 6538) e E. coli (ATCC 10536). Uma atividade antimicrobiana maior que uma redução logarítmica de 5 foi considerada aceitável. A Formulação E, para fins comparativos, foi formulada sem quaisquer surfactantes, ilustrando o efeito do ácido glicólico isolado na eficiência germicida. Os resultados desse teste estão apresentados na Tabela XIII. Tabela XIII: Composições para Proteção de Tetas Contendo Lauril Sulfato de Sódio, Sulfonato de α-Olefina e Ácido Glicólico
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[0094] Todas as formulações testadas contendo SLS exibem uma redução logarítmica maior que 5 para S. aureus. Entretanto, nenhuma das formulações atingiu o mesmo nível de desempenho da E. coli. Estes resultados contrastam com os resultados identificados na Tabela IV e, em particular, com as Formulações C e D. Ambas as Formulações C e D da Tabela IV exibiram eficiência antimicrobiana aceitável para os referidos patógenos testados. A Formulação C da Tabela IV utilizou aproximadamente o dobro do nível de AOS (e a Formulação D aproximadamente seis vezes o nível de AOS) com relação a qualquer das formulações listadas na Tabela XIII. Desse modo, um declínio na eficiência antimicrobiana é observado quando os valores de AOS caem para 0,25% em peso (absoluto), e quando o SLS é empregado a 1% em peso (absoluto). A Formulação E ilustra a eficiência antimicrobiana da composição sem a presença de SLS, AOS, ou Neodol 91-8 (isto é, quando o ácido glicólico isolado está presente a 3% em peso absoluto). A composição apresenta um desempenho bastante insatisfatório, ilustrando a situação crítica dos surfactantes. Exemplo 13: Atividade Antimicrobiana das Composições Compreendendo Ácido Glicólico e um Surfactante
[0095] Nesse exemplo, a eficiência antimicrobiana de certas formulações preparadas apenas com octano sulfonato de sódio (SOS), sulfonato de α-olefina (AOS), ou Neodol 91-8, foi determinada. A eficiência antimicrobiana foi testada de acordo com o método de ensaio EN 1656, realizado conforme descrito acima no Exemplo 1. Os microorganismos testados foram S. aureus (ATCC 6538) e E. coli (ATCC 10536). Uma atividade antimicrobiana maior que uma redução logarítmica de 5 foi considerada aceitável. Os resultados foram apresentados na Tabela XIV. Tabela XIV: Composição para Proteção de Tetas Contendo Ácido Glicólico e um Surfactante
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[0096] Cada uma das Formulações A-C é baseada na Formulação A da Tabela XII, a qual contém cada um dos surfactantes nas quantidades individuais empregadas no presente exemplo. A eficiência antimicrobiana das Formulações A-C pode ser diretamente comparada com a eficiência antimicrobiana da Formulação A, da Tabela XII. As Formulações desse Exemplo não apresentam resultados aceitáveis para todos os patógenos testados. Enquanto que as Formulações A e B apresentam uma redução logarítmica maior que 6 para a E. coli, nenhuma formulação teve desempenho adequado para S. aureus. Entretanto, conforme evidenciado pelos resultados apresentados na Tabela XII, quando todos os três surfactantes são colocados juntos, surpreendentemente a formulação resulta em uma eliminação total das bactérias S. aureus e E. coli.
DEFINIÇÕES
[0097] Deve ser entendido que o que se segue não tem a intenção de ser uma lista exclusiva de termos definidos. Outras definições podem ser fornecidas na descrição seguinte, tal como, por exemplo, quando acompanhando o uso de um termo definido no contexto.
[0098] Conforme aqui usados, os termos "um", "uma”, e "o" significam um ou mais.
[0099] Conforme aqui usado, o termo "e/ou" quando usado em uma lista de dois ou mais itens, significa que qualquer dos itens listados pode ser empregado isoladamente, ou que qualquer combinação de dois ou mais itens listados pode ser empregada. Por exemplo, caso uma composição seja descrita como contendo componentes A, B, e/ou C, a composição pode conter apenas A; apenas B; apenas C; A e B em combinação; A e C em combinação, B e C em combinação; ou A, B, e C em combinação.
[0100] Conforme aqui usados, os termos "compreendendo," "compreende" e "compreender" são termos de transição aberta, usados para a transição de um sujeito relatado antes do termo, para um ou mais elementos relatados após o termo, e em que o elemento ou elementos relatados após o termo da transição não são necessariamente os únicos elementos que compõem o assunto.
[0101] Conforme aqui usados, os termos "contendo", "contem" e "tem" apresentam os mesmos significados abertos, tal como, "compreendendo" "compreende" e "compreender", indicados acima.
[0102] Conforme aqui usados, os termos "incluindo", "inclui" e "incluído" apresentam os mesmos significados abertos, tal como, "compreendendo", "compreende" e "compreender", indicados acima.
FAIXAS NUMÉRICAS
[0103] A presente descrição usa faixas numéricas para quantificar certos parâmetros correlacionados com a invenção. Deve ser entendido que quando faixas numéricas são fornecidas, tais faixas devem ser interpretadas como fornecendo apoio literal para as limitações de reivindicação que apenas enumeram o valor inferior da faixa, assim como, apoio para as limitações de reivindicação que apenas enumeram o valor superior da faixa. Por exemplo, uma faixa numérica informada de 10 a 100 fornece apoio literal para uma reivindicação enumerando "maior que 10" (sem limites superiores) e uma reivindicação enumerando "menor que 100" (sem limites inferiores).
REIVINDICAÇÕES NÃO LIMITADAS ÀS MODALIDADES DIVULGADAS
[0104] As modalidades preferidas da invenção descrita acima devem ser usadas apenas como ilustrativas, não devendo ser usadas com sentido limitativo para interpretar o escopo da presente invenção. As modificações às modalidades exemplificativas estabelecidas acima podem ser facilmente feitas por aqueles especialistas versados na técnica, sem que haja afastamento do espírito da presente invenção.
[0105] Pela presente, os inventores declaram suas intenções de confiar na Doutrina dos Equivalentes para determinar e avaliar o razoavelmente justo escopo da presente invenção, no que se refere a qualquer dispositivo que materialmente não esteja fora, mas, que está fora do escopo literal da invenção, a qual é definida nas reivindicações que se seguem.

Claims (6)

1. Composição antimicrobiana caracterizada por compreender: - ácido glicólico; - octano sulfonato de sódio ou lauril sulfato de sódio; - um tensoativo de álcool etoxilado C9-C11; e - um tensoativo aniônico adicional, em que o dito tensoativo aniônico adicional compreende um sulfonato de alfa-olefina C14-16.
2. Composição, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o dito tensoativo aniônico é octano sulfonato de sódio.
3. Composição, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o dito tensoativo aniônico é lauril sulfato de sódio.
4. Composição, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o dito tensoativo aniônico compreende octano sulfonato de sódio, e o dito tensoativo não iônico compreende um álcool etoxilado C9-11.
5. Composição, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o ácido glicólico, o tensoativo aniônico, e o tensoativo não aniônico estão, cada um, presentes em uma quantidade que varia de 0,01 a 40% em peso.
6. Uso de uma composição, conforme definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 5 caracterizado por ser na fabricação de uma composição antimicrobiana de tetina para controlar ou prevenir mastite bovina.
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