BR112015030172B1 - Método para proporcionar um documento de segurança com um recurso de segurança, documento de segurança, e, método de autenticação de um documento de segurança - Google Patents

Abstract

método para proporcionar um documento de segurança com um recurso de segurança, documento de segurança, e, método de autenticação de um documento de segurança método para proporcionar um documento de segurança com um recurso de segurança, que compreende a etapa de proporcionar uma camada condutora (22), e a etapa de remoção de parte da dita camada condutora (22), de modo a converter pelo menos uma porção da dita camada condutora em um metamaterial (31, 32) selecionado para tratar da autenticação do documento de segurança. a invenção também diz respeito a um documento de segurança obtido com este método, e a um método de autenticação de um tal documento de segurança.

Description

CAMPO TÉCNICO

[001] A presente invenção se refere ao campo dos documentos de segurança.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[002] Documentos de segurança, incluindo documentos de valor, tais como cédulas bancárias e cheques, e documentos de identidade, tais como passaportes e cédulas de identidade, estão frequentemente sujeitos a fraudes. A fim de aumentar a segurança e para tornar mais difícil a falsificação, os documentos de segurança são frequentemente fornecidos com os chamados elementos de segurança, aplicados sobre ou inseridos no dito documentos de segurança. Os elementos de segurança podem, por exemplo, fornecer respostas controladas a estímulos externos, e/ou fornecer certos efeitos visuais, permitindo, assim, a verificação da autenticidade do documento no qual foram incorporados.

[003] A configuração, projeto e composição de um elemento de segurança são, muitas vezes, destinados a permanecer inalterados, uma vez que tenham sido incorporados no documento de segurança, por exemplo, aplicados ou inseridos em um substrato de documento de segurança, tal como um substrato de papel do documento de segurança. Geralmente, o elemento de segurança é destinado a manter as suas propriedades até o fim do ciclo de vida do documento de segurança, embora, por vezes, podem ocorrer alterações devido, por exemplo, ao desgaste causado pelo uso do documento.

[004] Elementos de segurança podem estar na forma de, por exemplo, fios de segurança ou tiras, fibras luminescentes, tiras iridescentes ou plaquetas, etiquetas holográficas, remendos ou tiras, micropartículas sólidas, agentes químicos reativos ou tintas de segurança impressas. Sabe-se que colocar este tipo de elementos dentro do substrato de papel de um documento ou dentro da polpa a partir da qual o substrato é produzido (o que é frequentemente o caso com os filetes de segurança, tiras, fibras, micropartículas ou agentes químicos reativos) ou na superfície do substrato (isto é frequentemente o caso com remendos, tiras holográficas, agentes químicos reativos ou tiras impressas). É conhecido colocar elementos de segurança em posições específicas de um substrato e/ou em registro com outras características de um substrato de segurança (este é frequentemente o caso com fios de segurança e tiras, tiras holográficas e tintas de impressão), mas os elementos de segurança também podem ser distribuídos aleatoriamente sobre ou no interior do substrato (isto é frequentemente o caso com fibras, micropartículas sólidas, e agentes químicos reativos).

[005] A incorporação dos elementos de segurança para o documento de segurança contribui para tornar difícil a falsificação em pelo menos duas maneiras diferentes, a saber: devido à dificuldade de fabricação dos elementos de segurança; devido à dificuldade de incorporar o elemento ao substrato (especialmente se colocado em registro com outras características). O nível de dificuldade pode ser ainda melhorado se vários elementos de segurança são incorporados no mesmo documento de segurança, e, especialmente, de que são colocados muito próximos uns dos outros.

[006] A posição em registro ou o posicionamento preciso de cada elemento de segurança em um substrato faz com que seja possível incorporar uma quantidade relativamente grande de elementos de segurança no substrato. Pelo contrário, quando existem tolerâncias substanciais no posicionamento de um elemento de segurança em um substrato, que pode ser necessário para aumentar o espaço entre os elementos de segurança, de modo a reduzir o risco de interação ou sobreposição não desejada entre elementos de segurança; isto implica em uma restrição na quantidade de elementos de segurança que podem ser incorporados e/ou sobre o substrato de documento de segurança.

[007] Um grande número de referências da técnica anterior descreve diferentes aspectos relacionados com a incorporação de fios de segurança ou fitas em substratos de papel.

[008] Por exemplo, o documento GB-1095286-A descreve a utilização de fitas finas de segurança, as quais são incorporadas um papel de segurança. As ditas fitas contêm, antes da sua incorporação no papel, diferentes desenhos gráficos, sob a forma de caracteres ou símbolos que também podem ser visualmente detectados, por meio do uso de lentes e microscópios, uma vez incorporados no papel.

[009] O documento WO-2004/050991-A1 divulga um método para a fabricação de um papel de segurança em que uma tira de segurança é parcialmente incorporada de tal forma que existem áreas da dita tira de segurança que permanecem expostas. Os motivos gráficos holográficos ou metalizados podem, assim, ser vistos a olho nu, do mesmo modo em que pode ser visto na linha antes de ser inserido dentro do substrato de papel. Além disso, é descrito que esta discussão será posicionada a uma distância específica a partir de (isto é, em correspondência com) uma marca de água, a fim de facilitar o controle da posição.

[010] Um problema frequentemente envolvido com a utilização de fios de segurança é que o substrato é deformado pela tira de segurança, à medida que a presença da tira de segurança no substrato aumenta a espessura do substrato localmente, como a espessura da tira de segurança é adicionada à espessura do papel como tal. Esta é a razão pela qual, em cédulas bancárias, a posição da tira de segurança, muitas vezes, varia entre diferentes cédulas bancárias individuais do mesmo tipo: frequentemente, a posição da tira de segurança na cédula bancária, na direção transversal (isto é, a direção perpendicular à direção de máquina, o que corresponde à direção do eixo da tira de segurança), pode variar de alguns mm se diferentes cédulas bancárias são comparadas. Isso impede que o aumento da espessura das cédulas bancárias individuais no local da tira de segurança para acumular e produzir um abaulamento excessivo de uma pilha de cédulas bancárias que compreende um grande número de cédulas bancárias sobrepostas do mesmo tipo.

[011] No entanto, isto implica em uma dificuldade quando uma certa característica de segurança de uma tira de segurança, tal como uma imagem, símbolo, marcação, ou outras características da tira de segurança, ou a própria tira de segurança, está para ser colocada em registro com uma característica de segurança que faz parte do substrato de documento, tal como uma imagem, símbolo ou outra marca impressa sobre um substrato de papel. Por exemplo, se uma imagem impressa sobre uma tira de segurança é para ser colocada em registro com uma imagem impressa sobre um substrato, em que a fita é para ser inserida, pode ser difícil ou impossível se a posição da tira de segurança não for a mesma em todos os substratos, tais como, por exemplo, nos substratos de papel de uma pluralidade de cédulas bancárias.

[012] Além disso, quando os substratos para documentos de segurança são produzidos por corte a partir de uma folha ou bobina de material de substrato que já contém a tira de segurança (tal como uma folha ou tira de papel ou outro material à base de celulose), as tolerâncias no processo de corte podem afetar a posição da tira de segurança dentro do substrato individual, por exemplo, em relação à borda do substrato. Isto é, se ao comparar uma pluralidade de substratos de corte, a tira de segurança pode não estar sempre na mesma posição em relação a uma borda ou lado do substrato, por exemplo, no caso de cédulas bancárias, normalmente em relação a um dos os lados mais curtos, que, muitas vezes, são paralelas com a tira de segurança.

[013] Por vezes, uma variação pretendida na posição da tira de segurança (por exemplo, como no caso de cédulas bancárias, com o propósito de prevenir todas as fitas de segurança de serem exatamente sobrepostas em cima umas das outras quando se empilham cédulas bancárias, de modo a evitar a pilha de abaulamento excessivo) pode adicionar-se com uma variação devida às tolerâncias dos processos de inserção das fitas de segurança para os substratos e/ou corte dos substratos, dando, assim, origem a uma variação substancial da posição da tira de segurança em relação a um ponto de referência de um substrato, tal como uma borda do substrato.

[014] Isto é, para evitar a espessura aumentada localmente do substrato para acumular excessivamente, quando muitos substratos são colocados uns em cima dos outros, e, a fim de evitar o risco de substratos "não válidos", devido às tolerâncias na inserção das fitas e/ou o corte dos substratos de uma grande folha ou banda, é conhecido variar a posição da tira de segurança de uma forma controlada dentro de um intervalo predeterminado, de modo que, se ao comparar um certo número de substratos, o segmento não estiver sempre na mesma posição dentro do documento (por exemplo, em relação a uma borda ou lado do substrato ou documento de segurança): a fita vai ser colocada em uma posição que pode variar dentro de uma determinada faixa, por exemplo, com +/- alguns mm de uma posição de referência. No entanto, esta posição variável da fita pode levantar dúvidas em relação à validade ou a autenticidade do documento, por exemplo, quando um leigo examina duas cédulas bancárias e observa que as fitas de segurança não são colocadas na mesma posição.

[015] Além disso, como indicado acima, um outro problema envolvido com uma falta de registro entre um elemento de segurança e um substrato é que restringe a possibilidade de adicionar outros elementos de segurança, devido ao risco de interferência entre os diferentes elementos de segurança quando estão muito próximos uns dos outros, quando eles se sobrepõem uns aos outros.

[016] O documento EP-1872965-A1 descreve uma tira de segurança, tira ou faixa que compreende um suporte de celulose, que pode atuar como um veículo para os elementos de segurança, tais como pigmentos, elementos sintéticos e/ou fibras de segurança, e que pode ser inserido em um substrato de papel, pelo qual o substrato de celulose da tira de segurança pode ser integrado completamente na polpa do papel, embora sem desaparecer como um elemento independente. O fato de que tanto o substrato da tira de segurança, como o substrato de papel em que está integrado, ou seja, o substrato de documento de segurança, de forma substancial, serem feitos de fibras de celulose, facilita a integração entre o substrato de documento de segurança (daqui em diante também dito como o "substrato de documento") e o substrato de elemento de segurança (daqui em diante também dito como o "substrato de documento"). Devido a esta integração, uma tal tira de celulose não contribui para um aumento da espessura do substrato de documento da mesma maneira como, por exemplo, uma tira de metal ou de plástico. A tira pode ser fornecida com símbolos detectável ou outras características de segurança.

[017] Uma maneira conhecida de providenciar um recurso de segurança de um elemento de segurança em registro com um substrato consiste em forçar, de forma controlada, a variação do aspecto visual do elemento de segurança, depois de ter sido aplicado ao substrato.

[018] Por exemplo, o documento US-2008/0191462- A1 descreve um documento de segurança com um substrato de papel, que possui um revestimento sobre uma porção da sua superfície. O revestimento inclui uma camada metálica, que é modificada por luz laser, marcando assim o revestimento. Esta marcação pode ser feita em correspondência com as marcações no papel do lado de fora do revestimento, como mostrado no documento US-2008/0191462-A1. No entanto, um problema com este método é que a marcação é efetuada na superfície do documento, pelo que as porções marcadas podem estar facilmente sujeitas a um desgaste e degradação durante o uso do documento, o que pode levar a dúvidas sobre a sua autenticidade. Além disso, marcas superficiais, às vezes, pode estar sujeitas a alterações fraudulentas.

[019] O uso de luz laser para a produção de características de segurança em documentos de segurança ou elementos é bem conhecido na técnica.

[020] Por exemplo, o documento US-2010/0164217 ensina um método para a fabricação de um recurso de segurança para um elemento de segurança, um papel de segurança ou um suporte de dados, que exibe um substrato no qual pelo menos uma abertura de passagem e marcação, em registro com pelo menos uma abertura de passagem está a ser introduzida.

[021] O documento US-2010/0272313-A1 ensina um meio de prevenção de falsificação que compreende uma camada de holograma de volume, na qual um padrão de interferência é registrado depois de ser exposto a pelo menos um feixe de laser emitido; uma camada de informações de marca d'água digital, na qual as informações de marca d'água digital são gravadas; e uma película de substrato.

[022] O documento WO-2009/106066-A1 descreve um documento de segurança que inclui uma camada com componentes sensíveis a uma fonte de luz laser, permitindo a marcação do documento de laser.

[023] O documento JP-2005-279940-A divulga uma folha de impressão de segurança, que compreende uma estrutura de papel multicamada com uma camada de resina interior que pode ser alterada por luz laser.

[024] O documento US-2005/0142342-A1 descreve um processo para aumentar o nível de segurança de documentos em papel. Aplicado ao documento de papel é um filme de película de transferência ou laminação tendo uma camada sensível a laser, e a marcação é produzida na camada sensível a laser, por exemplo, por branqueamento induzido por laser, mudança de cor induzida por laser ou escurecimento induzido por laser. É ensinado que a respectiva individualização do documento pode ser efetuada por meio da marcação induzida por laser.

[025] O documento US-2008/0187851 A1 divulga a marcação de um material com marcas de identificação. Um branqueador óptico é incorporado no material, ou a marcação é realizada através da redução do brilho do material em um local selecionado, orientando o aquecimento local para este local, a marca produzida, assim, aparece com uma tonalidade mais escura do que o seu ambiente em luz ultravioleta. A marcação é baseada na destruição parcial ou completa do efeito de branqueamento do branqueador óptico sob aquecimento. A invenção é adequada para proporcionar, por exemplo, papel revestido e cartão que contém um branqueador óptico com marcas de identificação para a prevenção de falsificações.

[026] O documento WO-02/101147-A1 descreve uma tira de segurança com uma camada opaca na qual sinais, figuras ou caracteres que foram gerados por meio de uma luz laser, antes da inserção da tira de segurança em um substrato de papel.

[027] O documento EP-1291827-B1 divulga um método para a personalização de documentos de segurança sobre a superfície da qual existem materiais superpostos que têm resistências diferentes à luz laser. Estes materiais são tratados com luz laser, produzindo uma marcação.

[028] O documento EP-2284015-B1 divulga um elemento de segurança com uma camada refletora que, por meio de radiação laser, é marcada com marcas perceptíveis visualmente na forma de padrões, letras, números ou imagens.

[029] O documento EP-2271501 -B1 ensina o tratamento a laser de documentos de segurança que envolve a perfuração e marcação simultânea usando um laser. Um substrato de papel tem uma região de marcação com uma substância sensível a laser, e um elemento de segurança está presente na região de marcação. O elemento de segurança é enfraquecido pela luz do laser, a fim de gerar, simultaneamente e em registro perfeito, linhas fracas no elemento de segurança e marcas no substrato de papel por alteração da substância sensível.

[030] O documento WO-2013/037473-A1 ensina a marcação da superfície dianteira e/ou traseira de um substrato, ou no interior de um substrato, com luz laser. A superfície de um cilindro que está em contato com o substrato está disposta de modo a ocupar partículas com ablação, de modo que estas partículas submetidas à ablação não aderem ao substrato ou um substrato seguinte.

[031] Por outro lado, o documento WO- 2008/10775-A11 ensina uma marca de segurança que compreende um metamaterial de tal modo que as propriedades do metamaterial fornecem autenticação da marca de segurança. Este tipo de marca pode ser detectado utilizando um infravermelho (IR) ou uma fonte de radiação de tera-hertz. Os metamateriais tipicamente incluem padrões de materiais condutores, tais como matrizes de buracos de sub-comprimento de onda, como ensinado por W. Zhang, “Resonant terahertz transmission in plasmonic arrays of subwaelength holes”, Eur. Phys. J. Appl. Phys. 43, 1-18 (2008) e TW Ebbesen et al., “Extraordinary optical transmission through sub-wavelength hole arrays”, Nature, Vol. 391, páginas 667-669 (12 de fevereiro de 1998), ou outros meios artificiais estruturados em um tamanho menor do que o comprimento de onda de estímulos externos. A sua aplicação em detecção é discutida por Tao Chen, et al., “Metamaterials Application in Sensing”, Sensors 2012, 12, 2742-2765.

[032] O documento US-2012/015118-A1 divulga um método e um dispositivo para mudar a cor de uma superfície de metal em uma determinada parte do espectro eletromagnético, criando um relevo de superfície como uma matriz de elementos repetidos levantados ou recuados sem romper a continuidade da superfície de metal.

[033] O documento DE-102004043064-A1 se refere a elementos de segurança para documentos de segurança, documentos de valor, etc., com um recurso de autenticidade legível por máquina que inclui pelo menos uma área com um elemento de superfície condutora periódico apresentando efeitos de ressonância, quando submetida à radiação eletromagnética dentro de um alcance de frequência predeterminada.

[034] O documento EP-2138322-A2 descreve um valor ou documento de segurança com pelo menos um elemento estrutural para a formação de um metamaterial.

[035] O documento WO-2012/094436-A2 refere a componentes eletrônicos em substratos à base de papel. É feita referência a estruturas condutoras modeladas e a efeitos especiais em diferentes frequências, incluindo a faixa de Tera-hertz.

[036] O documento WO-2004/081545-A1 divulga uma etiqueta de segurança que é opticamente lida por radiação de Tera-hertz.

DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

[037] Um primeiro aspecto da invenção se refere a um método para proporcionar um documento de segurança com uma característica de segurança, que compreende a etapa de proporcionar uma camada condutora, e a etapa de remoção de parte da dita camada condutora, de modo a converter a dita camada condutora, ou uma parte ou uma porção da mesma, em uma ou metamaterial selecionado disposto para tratar da autenticação do documento de segurança. Deste modo, é fornecido um metamaterial que pode proporcionar a autenticação do documento de segurança. Isto é, o metamaterial pode ser fornecido apenas através da remoção de parte da camada condutora, por exemplo, por remoção da dita parte da dita camada condutora, de modo a deixar partes da dita camada condutora separadas das outras partes da dita camada condutora, ou por remoção da dita parte da dita camada condutora, de modo a formar aberturas (isto é, através dos furos) na dita camada condutora. A remoção pode ser selecionada de modo a personalizar o documento de segurança, através do fornecimento de uma resposta pré-selecionada para um determinado tipo de radiação.

[038] O metamaterial obtido desta forma pode compreender uma matriz substancialmente bidimensional de material condutor, uma matriz de acordo com a repetição de uma célula base em linhas e colunas. Em algumas modalidades da invenção, o metamaterial é fornecido para fornecer uma resposta característica à radiação, tal como a radiação na faixa de Tera-hertz (THz, isto é, 1012 Hz). A característica de resposta pode ser na forma de picos de ressonância eletromagnética, transmissão extraordinária na faixa de THz, os efeitos de polarização, etc. Por exemplo, a transmissão óptica extraordinária (EOT) é um fenômeno de transmissão muito maior da luz através de aberturas de sub-comprimento de onda em um filme metálico opaco de outro modo, que foi modelado com uma estrutura periódica regular repetitiva, tal como com as aberturas de sub-comprimento de onda. O fenômeno tem sido atribuído à presença de ressonâncias de plasmon de superfície e interferência construtiva. EOT pode ser utilizado para a autenticação de documentos de segurança por irradiação do metamaterial com radiação na faixa de THz e detectar a radiação por meio de sensores ou detectores colocados no outro lado do documento de segurança, ou usando reflexão e sensores colocados no mesmo lado do documento de segurança, como a fonte de radiação. Além disso, este tipo de equipamento pode ser usado para verificar uma resposta correta do metamaterial à radiação durante a produção do documento de segurança, isto é, testando a resposta do metamaterial uma vez que tenha sido estabelecido pela remoção de parte da camada condutora.

[039] Em algumas modalidades da invenção, a camada condutora pode ser aplicada sobre um substrato de elemento de segurança, tal como uma tira ou remendo, por exemplo, antes de inserir o substrato de elemento de segurança em um substrato de documento de segurança. Em algumas modalidades da invenção, a camada condutora é aplicada à superfície de um substrato de documento de segurança, tal como sobre uma superfície de um papel de segurança.

[040] Qualquer camada condutora adequada pode ser utilizada. Por exemplo, uma camada de metal, ou uma camada de óxido de metal, ou uma camada de um ou mais polímeros condutores, tais como polianilina, poli (etilenodioxitiofeno) PEDOT, 3,4-etilenodioxitiofeno ou poli (3,4-etilenodioxitiofeno) poli (estirenossulfonato) A camada condutora pode ser aplicada, por exemplo, por técnicas de impressão ou metalização convencionalmente utilizadas na especialidade. Em algumas modalidades da invenção, a camada condutora é menor do que 5 μm de espessa, e, em algumas modalidades da invenção, a densidade óptica da camada condutora está na faixa de 1,2 a 2,6.

[041] Em algumas modalidades da invenção, o metamaterial é utilizado para personalizar o documento de segurança. Em algumas modalidades da invenção, o metamaterial pode ser selecionado para identificar um proprietário do documento de segurança. Por exemplo, o metamaterial pode corresponder ao nome do proprietário, ou uma imagem do proprietário, ou um código indicativo dos dados biométricos do titular, etc.

[042] Em algumas modalidades da invenção, a dita parte da dita camada condutora é removida utilizando luz laser, por exemplo, por sublimação ou perfuração. Deste modo, a camada condutora, tal como uma camada que compreende metal e/ou óxido de metal ou óxidos e/ou um ou mais material condutor, tal como polímeros condutores, pode ser removida, em parte, de uma maneira controlada, e a maneira em que ela é removida pode ser facilmente controlada e adaptada por adaptação do software que controla a maneira na qual a luz laser é aplicada sobre a camada condutora. Por exemplo, os documentos de segurança subsequentes podem ser marcados com marcas diferentes, e/ou as marcas podem ser usadas para personalizar o documento de segurança, por exemplo, com dados relativos ao titular do documento de segurança. Além disso, o uso do laser foi verificado ser apropriado para remover o material condutor, tal como metal ou óxidos de metal, também dentro de um documento de segurança, por exemplo, formando parte de um elemento de segurança integrado em um substrato de papel do documento de segurança. Assim, o uso de luz laser para a remoção de parte da camada condutora para criar um metamaterial prevê uma certa flexibilidade e uma grande número de possibilidades no que diz respeito em que fase de fabricação do documento de segurança o metamaterial é criado. Em algumas modalidades da invenção, apenas a camada condutora é parcialmente removida, por exemplo, por sublimação, mas, em outras modalidades da invenção, também o substrato subjacente pode ser perfurado, por exemplo, a criação de aberturas que facilitam a capilaridade.

[043] Em algumas modalidades da invenção, a dita parte da dita camada condutora é removida mecanicamente, por exemplo, por perfuração, estampagem, ou semelhantes. Perfuração ou estampagem podem implicar em menos flexibilidade do que o uso de luz laser, mas podem ser apropriadas para muitas implementações práticas. Em algumas modalidades da invenção, a dita parte da dita camada condutora é removida quimicamente; remoção química pode ser especialmente apropriada quando a camada condutora foi aplicada por metalização. Por exemplo, a remoção química pode ser realizada por processos de impressão com uma tinta com base em NaOH, a qual se dissolve o metal, tal como alumínio, em que a tinta é aplicada sobre a camada de metal. Este processo só pode geralmente ser realizado antes de introduzir o elemento de segurança em um substrato de documento de papel.

[044] Em algumas modalidades da invenção, a dita camada condutora é aplicada a um substrato de elemento de segurança, e o substrato de elemento de segurança é subsequentemente incorporado em um substrato de documento de segurança. Desse modo, o metamaterial pode ser integrado dentro do substrato de documento de segurança, pelo que serão mais bem protegidos contra o uso e manipulação.

[045] Em algumas modalidades da invenção, a dita parte da dita camada condutora é removida depois que o dito substrato de elemento de segurança foi incorporado, por exemplo, totalmente embutido ou parcialmente embutido com as partes do dito substrato de elemento de segurança visível através das janelas no dito substrato de documento de segurança. Desse modo, o metamaterial é criado depois que o substrato de elemento de segurança ou o elemento de segurança tenha sido incorporado no substrato de documento de segurança. Isto pode ser vantajoso, uma vez que permite, por exemplo, personalização de um substrato de documento ou a documento de segurança já produzido. Em algumas modalidades da invenção, isto pode ser feito sem perfurar o substrato de documento de segurança. Em algumas modalidades da invenção, prefere-se que nenhum furo ou semelhante deve ser queimado no substrato de documento devido à luz laser usada para remover a parte da camada condutora, e o substrato de documento não deve, de preferência, ser marcado ou substancialmente marcado pela dita luz laser.

[046] Por meio da remoção de parte da camada condutora com luz laser, as propriedades do elemento de segurança podem ser alteradas depois da inserção do elemento de segurança no substrato de documento de segurança, tal como um substrato de documento de papel. Isto é, o documento de segurança pode ser fornecido com o metamaterial por dirigir a luz laser sobre ele e, mais especificamente, sobre o substrato de documento e para o material condutor incorporado no mesmo. Isso foi encontrado para envolver vantagens importantes. Por exemplo, permite a personalização de um documento de segurança por marcação do elemento de segurança, por exemplo, com um nome, número de identificação, número de série, código, ou outros símbolos ou marcas que, após a incorporação do elemento de segurança ao substrato de papel do documento de segurança. Assim, o substrato de papel pode ser produzido incorporando o elemento de segurança, por exemplo, nas premissas do fabricante de papel, e personalização do elemento de segurança pode ser realizada em uma fase posterior, utilizando a luz laser. Por exemplo, um passaporte pode ser personalizado com os detalhes do proprietário quando está sendo emitido, e cédulas bancárias podem ser personalizadas não apenas imprimindo o número de série na superfície do papel, mas também - ou alternativamente - marcando o elemento de segurança, tal como uma banda ou tira de segurança incorporada no interior do substrato da cédula bancária, com o dito número de série e/ou com o metamaterial indicativo, por exemplo, do dito número de série. Esta marcação pode ocorrer em qualquer fase do processo de fabricação e de edição/processamento do documento de segurança, por exemplo, durante a fabricação do substrato de documento em papel, com o elemento de segurança incorporado no seu interior, ou imediatamente ou pouco tempo após a fabricação do substrato de documento, e/ou em uma fase posterior, por exemplo, antes da impressão do substrato de documento e/ou durante a impressão do mesmo e/ou uma vez que o substrato de documento tiver sido impresso, e/ou uma vez que tenha sido ainda adaptado para formar parte de um documento de segurança, tal como um passaporte em branco ou semelhantes. Isto é, a marcação pode ocorrer em qualquer fase, a partir do momento em que o elemento de segurança tenha sido incorporado no substrato de documento até a emissão final de um documento de segurança tal como um passaporte, e até mesmo em estágios posteriores. Por exemplo, um documento de segurança pode ser atualizado durante o seu tempo de vida através da adição de outras marcações a laser através da remoção de parte da camada condutora, e/ou através da criação de porções adicionais de metamaterial por remoção da parte da camada condutora.

[047] Uma outra vantagem é que a marcação do elemento de segurança pode ser realizada em alinhamento com o substrato de documento, por exemplo, de modo que a marcação do elemento de segurança (por exemplo, com um metamaterial) é posicionada em uma relação pré-determinada com uma característica do substrato de documento, tal como uma marca de água no interior do substrato de documento, uma marcação impressa na superfície do substrato de documento - tal como uma porção de uma imagem impressa sobre o substrato de documento -, ou um lado ou borda do substrato de documento. Isto pode ser vantajoso, uma vez que permite a marcação do elemento de segurança seja colocada em uma posição muito específica, em relação ao substrato de documento, independentemente das tolerâncias envolvidas com a colocação do elemento de segurança, como tal, no interior do substrato de documento, contanto como esta é possível, levando em conta as dimensões do elemento de segurança, tais como a largura de uma banda de segurança.

[048] A presença do elemento de segurança dentro do substrato de documento pode ser vantajosa para proteger o elemento de segurança contra o desgaste e para tornar mais difícil a falsificação.

[049] A possibilidade de garantir que a marcação de segurança tal como um metamaterial está em registro com o substrato de documento torna possível otimizar a incorporação de novos recursos de segurança e os elementos dentro ou sobre o substrato de documento, sem o risco de uma interação não desejada com a marcação de segurança do elemento de segurança, por exemplo, devido à sobreposição acidental.

[050] Além disso, garantir que a marcação de segurança do elemento de segurança está em registro perfeito ou quase perfeito com certas características do substrato, tais como marcas ou marcas d'água impressas, pode ajudar a evitar dúvidas quanto à autenticidade do documento de segurança.

[051] A marcação do elemento de segurança pode, portanto, incluir a remoção parcial da camada de material condutor para criar o metamaterial, mas pode, adicionalmente, também incluir a adição de outras marcações para o elemento de segurança, por exemplo, através da remoção de partes do material condutor para formar símbolos ou códigos, tais como códigos de barras ou códigos de pontos QR. Obviamente, além da marcação feita após a inserção do elemento de segurança no substrato de documento, o elemento de segurança pode também compreender ainda marcações de segurança ou funções de segurança, estabelecidas antes da inserção do elemento de segurança no substrato de documento.

[052] Verificou-se que é possível fazer as marcações em um elemento de segurança também depois de ter sido inserido ou incorporado em um substrato de papel, por exemplo, por eliminação, por exemplo, por sublimação ou por ablação de metal ou outros materiais que fazem parte do elemento de segurança, por exemplo, sob a forma de uma ou mais camadas sobre ou dentro de um substrato não metálico. Verificou-se que isto pode ser conseguido sem danificar ou substancialmente danificar o substrato de documento de papel. Diferentes materiais tendem a absorver a luz ou radiação de forma diferente, dependendo do comprimento de onda da luz ou radiação. Assim, por exemplo, um material que faz parte do elemento de segurança, por exemplo, como uma camada condutora do elemento de segurança, pode sofrer facilmente ablação ou sublimação por luz laser, sem danificar o substrato de documento de papel circundante, se o material tem uma alta absorvência de luz laser no comprimento de onda substancialmente diferente do(s) comprimento(s) de onda em que o substrato de papel (que compreende substancialmente átomos de carbono) tem uma elevada absorvência. Assim, escolhendo adequadamente os materiais e os comprimentos de onda, a remoção do material condutor pode ser conseguida, por exemplo, por sublimação ou ablação, sem danificar substancialmente o substrato de documento de papel. Assim, o laser pode sublimar o material, tal como metal, e, assim, eliminar uma parte da parte originalmente do material do elemento de segurança, tal como uma camada de metal, sem afetar substancialmente o substrato de documento de papel e, também, sem afetar substancialmente o substrato de elemento de segurança, que, em algumas modalidades da invenção, é também um substrato de papel, ou outro tipo de substrato à base de celulose. A extensão da remoção de, por exemplo, por sublimação ou ablação, pode depender da forma em que o laser é aplicado e também na maneira em que o elemento de segurança compreende o material, tal como partículas de metal e/ou uma camada de metal, e também nas características do substrato de documento de papel e nas características do substrato de elemento. No entanto, o perito na técnica não terá qualquer dificuldade em ajustar o tratamento a laser, de modo a alcançar uma marcação desejada do elemento de segurança, uma marcação que pode ser detectada, por exemplo, visualmente, por outros meios ópticos, magneticamente, eletromagneticamente, ou em qualquer outra forma. Por exemplo, a marcação pode residir em deixar certas áreas do elemento de segurança, sem a metalização originalmente presente, assim dando origem a um metamaterial que pode ser detectado usando radiação na faixa de Tera-hertz (também conhecido como raios T).

[053] Em algumas modalidades da invenção, a dita parte da dita camada condutora é removida antes do dito substrato de elemento de segurança ter sido incorporado no dito substrato de documento de segurança. Ou seja, o metamaterial pode ser fornecido antes do elemento de segurança ser adicionado ao substrato de documento, por exemplo, nas instalações de uma entidade responsável pela produção de elementos de segurança. Em algumas modalidades da invenção, a remoção de parte da camada condutora pode ser realizada para aumentar a capilaridade. Por exemplo, a remoção de parte da camada condutora pode envolver a perfuração do elemento de segurança, incluindo a camada condutora e o substrato de elemento de segurança, aumentando, assim, a capilaridade, o que pode ser útil para melhorar a integração entre o elemento de segurança e o substrato de documento, tal como um substrato de documento em papel.

[054] Em algumas modalidades da invenção, o método compreende a etapa de produção de perfurações ou microperfurações na camada condutora e, opcionalmente, também em um substrato de elemento, após a incorporação da dita camada condutora sobre ou dentro do dito substrato de elemento, mas antes da incorporação do elemento de segurança em um substrato de documento. Isto pode ser útil para o estabelecimento de uma capilaridade adequada do elemento de segurança, melhorando, assim, a sua integração com o substrato de documento de papel. As perfurações podem ser produzidas usando a luz laser, de modo a sublimar a camada condutora e, opcionalmente, também o substrato de elemento (tal como um substrato de celulose, a ser descrito abaixo) que contém e/ou é portador da dita camada condutora, assim, perfurando completamente o elemento de segurança e, assim, melhorando a sua capacidade de se integrar com o substrato de documento de papel. Uma fonte de laser adequada pode ser uma entre as seguintes: Laser de fibra; Nd: YAG; Ho: YAG; Er: IAG; Tm: IAG; Corante orgânico; Excimer; e CO2. Laser de fibra Nd: YAG e CO2 são considerados preferíveis. Os comprimentos de onda na faixa de 100 a 11000 nm são preferidos, e os comprimentos de onda na faixa de 1000 a 11000 nm são os mais preferidos. O diâmetro do ponto de laser pode ser tipicamente na faixa de 0,01 a 1,000 mm, de preferência, de 0,01 -0,1 mm. Os pulsos podem ter, de um modo preferido, uma duração na faixa de femtossegundos para microssegundos, mais preferencialmente na faixa de nanossegundos para microssegundos. A duração influencia o impacto térmico. A potência média do laser, o que influencia a velocidade de perfuração, pode, de preferência, estar na faixa de 100-2000 W, mais preferencialmente na faixa de 125250 W.

[055] Em algumas modalidades da invenção, o substrato de elemento de segurança compreende, consiste em, ou tem a forma de uma tira ou remendo, preferivelmente compreendendo ou consistindo em papel, celofane, poliéster, propileno, ou policarbonato. Ou seja, os tipos convencionais de elementos de segurança ou substratos de elemento de segurança podem ser utilizados como veículos ou suportes para o metamaterial. Estes elementos de segurança ou substratos elemento podem ser completamente ou parcialmente embutidos no substrato de um documento, tal como substratos de documentos de papel, como é conhecido na técnica.

[056] O elemento de segurança pode ter uma estrutura substancialmente laminar, que podem ser contínuos ou com perfurações, como microperfurações. O elemento de segurança pode ser preparado começando com uma estrutura laminar de celulose sob a forma de uma teia ou folha, que depois de ser fornecida com as características apropriadas (por exemplo, a camada condutora, quaisquer microperfurações, etc, como descrito acima) é cortada em tiras ou entalhes possuindo uma largura adequada.

[057] Em algumas modalidades da invenção, o elemento de segurança compreende (ou o substrato de elemento é) um substrato de celulose (por exemplo, o elemento de segurança pode compreender um substrato sob a forma de uma teia de suporte de celulose de acordo com o descrito no documento EP-1.872.965 -A1), de preferência, um substrato de papel ou celofane. Uma vantagem envolvida com um substrato de celulose, isto é, um substrato à base de fibras de celulose, é que ela tende a se integrar bem com o substrato original de papel, na qual se destinam a ser incorporado, como explicado no documento EP-1872965-A1. Isto pode servir para reduzir a espessura do substrato de documento, na posição do elemento de segurança, e pode ainda tornar mais difícil de remover o elemento de segurança, sem danificar o documento de segurança. Também contribui para tornar possível a utilização de elementos de segurança com dimensões relativamente grandes, tais como uma tira de segurança relativamente larga ou banda, tal como uma tira com uma largura na faixa de 5-250 mm, sem comprometer a integridade do substrato de documento de papel em que o elemento de segurança está incorporado. O material de celulose do substrato de celulose pode compreender fibras de celulose de origem vegetal, que foram transformadas por processos físicos, tais como as utilizadas para a fabricação de papel, ou que tenham sido transformadas por processos químicos, tais como s usadas para fabricar acetato de celulose ou celofane.

[058] Em algumas modalidades da invenção, o substrato de elemento de celulose é um substrato baseada em papel que foi fabricado com resina de resistência a úmido, na sua polpa, para evitar que o substrato de celulose desintegre, quando inserido no substrato de documento, por exemplo, quando inserido entre duas camadas de papel molhadas, por exemplo, duas camadas de papel molhadas proveniente das respectivas malhas de arame cilíndrico de uma máquina de fabricação de papel. A água contida nas ditas camadas tende a destruir as ligações de hidrogênio entre as fibras de celulose, mas não as ligações covalentes entre a resina de resistência a úmido e as fibras de celulose. Pode ser preferível que o substrato de elemento de celulose contém apenas quantidades relativamente pequenas de resina de resistência a úmido, apenas o suficiente para evitar que o substrato elemento de celulose de desintegrar ou quebrar durante a sua inserção entre as duas camadas de papel molhado.

[059] O substrato de elemento de celulose é, de preferência, poroso ou muito poroso, com capilaridade que facilita a penetração no substrato de elemento de celulose do líquido contido nas camadas de papel entre as quais o substrato de elemento de celulose é para ser incorporado. À medida que o substrato de documento será também geralmente fabricado com a resina de resistência a úmido da polpa, devido à capilaridade do substrato de elemento de celulose, os fluidos presentes nas camadas molhadas do substrato de documento, que contêm tais resinas de resistência a úmido, podem entrar no substrato de elemento de celulose. O fato do substrato de elemento de celulose conter apenas quantidades relativamente pequenas de resina de resistência a úmido implica que as fibras de celulose retêm a capacidade de criar novas ligações químicas covalentes com a resina de resistência a úmido proveniente da polpa das camadas de papel do substrato de documento. Devido a esta capacidade, e devido à infiltração da resina de resistência a úmido adicional a partir das camadas de papel molhado, novas ligações covalentes são criadas entre as fibras no substrato de elemento de celulose e a resina de resistência a úmido contida nas camadas molhadas, após a inserção do substrato de elemento, quando a resina de resistência a úmido é curada ou ativada durante o processo de secagem do papel. Isto proporciona uma melhor integração do substrato de elemento com o substrato de documento.

[060] Quando o elemento de segurança compreende um substrato de papel de celulose, este substrato pode ser obtido através de processos de fabricação de papel convencionais, em que as fibras de papel de celulose de origem vegetal são processadas mecanicamente, a fim de formar uma pasta de celulose, e em que os agentes químicos, corantes e agentes de enchimento minerais são adicionados à dita pasta, após o qual a polpa está sujeita a processos de formação de folha, prensagem e secagem nas máquinas de papel, seguido por dimensionamento para conseguir uma capacidade de impressão desejada. De um modo preferido, para permitir uma integração adequada do substrato de elemento no substrato de documento de papel, o substrato de elemento feito de celulose deve ter determinadas características, tais como as seguintes:

[061] A largura do substrato de elemento, o que pode influenciar a sua capacidade de ser incorporado, pode estar tipicamente na faixa de 5 a 250 mm, de preferência, 10 a 35 mm.

[062] A espessura do substrato de elemento pode também afetar a sua capacidade de se tornar incorporada. Uma espessura apropriada pode estar no intervalo de 33 a 66 mícrons, de preferência, 44 a 55 mícrons.

[063] Uma boa capilaridade pode ser preferida. Por exemplo, o substrato de elemento pode, de um modo preferido, apresentar uma porosidade de Bendtsen (x4sheets) > 2000 ml/minuto, de preferência, > 2.500 ml/minuto.

[064] Para fins de incorporação, um peso de base do substrato de elemento de 15 a 30 g/m2 pode ser preferido, e um peso de base de 20 a 25 g/m2 pode ser mais preferido, especialmente quando o substrato de documento tem um peso base na faixa de 70 a 110 g/m2; isto é considerado para proporcionar uma capilaridade adequada no caso de substratos de celulose, e uma proporcionalidade adequada para a espessura do substrato de documento.

[065] Apesar da espessura relativamente baixa e peso base do substrato de elemento, a força de tensão do substrato de elemento deve ser suficiente para evitar quebras durante a incorporação. Considera-se que os valores adequados podem estar nas seguintes faixas:

FORÇA DE TENSÃO A SECO

[066] Direção de máquina (MD): 20 a 35 N/15 mm, de preferência, de 25 a 30 N/15 mm

[067] Direção transversal (CD): 8 a 25 N/15 mm, de preferência, de 10 a 20 N/15 mm

FORÇA DE TENSÃO EM ÚMIDO

[068] Direção de máquina (MD): 0 a 5 N/15 mm (ou 0,1 a 5 N/15 mm), de preferência, 0 a 2 N/15 mm (ou 0,1 a 2 N/15 mm)

[069] Uma força de tensão em úmido baixa pode ser útil para melhorar ou facilitar a adaptação das fibras de celulose no substrato de elemento para as camadas de substrato de documento de papel em que o substrato de elemento é para ser incorporado. Por exemplo, um substrato de elemento de celulose pode incluir uma pequena proporção, em vez de resinas resistentes à umidade, apenas o suficiente para evitar que o substrato se desintegre quando incorporado entre as camadas de papel úmidas provenientes da máquina de fabricação de papel. Durante o processo de implantação, quando o substrato de elemento reúne as camadas que formam o substrato de documento em papel, ou as camadas que, quando unidas, formarão o substrato de documento de papel, estas camadas contêm ainda quantidades substanciais de água na zona onde o substrato de elemento se encontra com as camadas de papel. Além disso, as resinas resistentes à umidade contidas nas ditas camadas (e que, geralmente, aumentam a força de tensão em úmido) ainda não foram ativadas, tal como as camadas de papel recentemente formadas nas malhas de arame cilíndricas que ainda não tenham sido submetidas às etapas de prensagem e de secagem. Nesta fase, a porosidade e a capilaridade do substrato de elemento proporcionam uma melhor penetração no interior do dito substrato de líquidos contidos nas camadas de papel úmidas, incluindo as resinas de resistência à umidade das ditas camadas de papel. Isso ajuda a reforçar a integração entre o substrato de documento de papel e o substrato de elemento.

[070] Quando o substrato de elemento é um celofane ou substrato de acetato de celulose, que pode ser obtido através de processos de fabricação de filme convencional de celofane ou de acetato de celulose, em que as fibras de celulose de origem vegetal são tratadas com ácido acético e anidrido de modo a formar uma polpa de tri-etilo, a qual se transforma em acetato de celulose depois de uma hidrólise parcial do tri-etilo suspenso em uma solução aquosa de ácido acético. Durante um processo de secagem, o acetato de celulose granula. Por último, os grânulos são aquecidos para fundir e em seguida laminados, obtendo-se, assim, uma película laminar transparente, o qual é permeável à água, flexível e não termoplástico. Tal película laminar pode ser útil como um substrato de elemento para ser incorporado em um substrato de documento de papel, por exemplo, sob a forma de uma tira ou banda de segurança.

[071] Para compatibilidade com o processo de inserção, é considerado como adequado que o substrato de elemento à base de celofane tenha as seguintes características:

[072] Uma largura no intervalo de 5-250 mm, de preferência, 10-35 mm.

[073] Uma espessura na faixa de 10-40 mícrons, de preferência, 15-25 mícrons. Uma força de tensão em seco como a seguir: MD: 20-35 N/15 mm, de preferência, de 25-30 N/15 mm CD: 8-25 N/15 mm, de preferência, 10-20 N/15 mm

[074] A camada condutora pode ser, de preferência, sob a forma de partículas, tais como partículas de metal, que podem ser adicionadas à massa e/ou sobre a superfície do substrato de elemento.

[075] No caso de um substrato de elemento de papel de celulose, as partículas podem, por exemplo, ser adicionadas na fase em que são adicionados os materiais de enchimento minerais.

[076] No caso de um substrato de celofane ou de acetato de celulose, as partículas podem, por exemplo, ser adicionadas, uma vez que os grânulos de acetato foram obtidos, e misturados com os grânulos durante o processo.

[077] Em ambos os casos, a incorporação das partículas sobre uma ou ambas as superfícies do substrato de elemento pode ser conseguida, por exemplo, os processos de impressão que incluem estas partículas metálicas, ou, no caso de partículas de metal ou metal, por meio de processos de metalização com deposição em vácuo.

[078] As partículas devem ter uma capacidade de sublimação adequada. Por exemplo, os metais e os óxidos metálicos podem ser utilizados, de preferência, mas não exclusivamente, alumínio, níquel, cobre, ferro, tungstênio ou cobalto. Além disso, polímeros condutores, tais como polianilina, podem ser utilizados.

[079] Se um processo de impressão for usado, os seguintes parâmetros podem ser preferidos:

[080] Portador (a escolha do portador influencia a qualidade da impressão e a ancoragem das partículas de metal ao substrato): tinta opaca e refletora.

[081] Técnica de impressão (a escolha da técnica de impressão pode influenciar a distribuição e espessura da camada impressa): Heliogravura, serigrafia, offset; Heliogravura pode ser a mais preferida.

[082] A espessura da camada impressa (isto influencia o volume das partículas aplicadas): 0,1 a 5 mícrons, mais preferivelmente 0,5 a 1 mícrons.

[083] Linework (a escolha de qual influencia a distribuição e espessura da camada impressa): 10-80 linhas/cm, mais preferivelmente 24-32 linhas/cm.

[084] Além disso, processos convencionais de metalização podem ser usados.

[085] O uso de um substrato à base de elemento de celulose, tal como um papel ou celofane/substrato de acetato de celulose, envolve vantagens sobre o metal tradicional ou polímero (por exemplo, poliéster ou polipropileno) substratos, devido à compatibilidade química com o substrato original de papel. No entanto, quando as partículas metálicas ou outras partículas são incorporadas sobre as superfícies e/ou aos substratos à base de celulose, a capilaridade pode ser reduzida, o que pode afetar negativamente a maneira pela qual o substrato de elemento será incorporado em e integrado com o substrato de papel original. A fim de manter ou restabelecer, na medida do possível, um nível adequado de capilaridade, de modo a promover uma incorporação correta, pode ser preferível efetuar uma perfuração ou microperfuração do substrato de elemento, uma vez que as partículas do material de que é sensível à luz laser foram incorporadas, como descrito acima. Se desejado, podem ser feitas microperfurações tão pequenas que não serão visíveis a olho nu, quer por reflexão ou por transmissão. Estas microperfurações, por exemplo, furos ou aberturas espaçadas regularmente, tais como aqueles circulares ou elípticos, podem contribuir para estabelecer o metamaterial.

[086] Em algumas modalidades da invenção, o substrato de elemento de segurança é uma tira de polímero, que, de preferência, tem uma largura de 1-5 mm, mais preferivelmente 2-4 mm, e uma espessura de preferência, 10-40 μm, mais preferencialmente 20-30 μm. Para uma boa adaptação a quaisquer deformações do substrato de documento no qual é para ser inserida, uma força de tensão de 0,2-1 0,8 Kgf pode ser preferida, e uma força de tensão de 0,5-1 0,6 Kgf pode ser mais preferida, e um alongamento de 65-250 % pode ser preferido, enquanto um alongamento de 90-200 % pode ser mais preferido. O ângulo de contato para inserção em um substrato de papel está, de preferência, na faixa de 70°-110°, mais preferencialmente 85°-100°.

[087] Em algumas modalidades da invenção, a tira é uma tira de polímero aplicada como uma película de segurança sobre um substrato de documento de segurança, tal como um substrato de documento de papel. Nestes casos, a tira tem, de preferência, uma largura na faixa de 5-50 mm, mais de preferência, na faixa de 8-20 mm, e uma espessura na faixa de 10-50 μm, mais preferencialmente 25-35 μm. Uma força de tensão de 0,2-1 0,8 Kgf pode ser preferida e uma força de tensão de 0,5-1 0,6 Kgf pode ser mais preferida, e um alongamento de 50-100 % pode ser preferido, 70-80 % mais preferido.

[088] Em algumas modalidades da invenção, a camada condutora é aplicada sobre um substrato de documento de segurança, após o qual a dita parte da dita camada condutora é removida. Isto é, a camada condutora pode ser aplicada ao substrato de documentos, tais como a uma superfície do substrato de documento, como para uma superfície de um substrato de documento em papel, de modo que um metamaterial superficialmente localizado é obtido. Um substrato de documento de papel pode ser apropriado para muitas aplicações práticas, tais como cédulas bancárias, passaportes, etc., e pode ser vantajoso quando se pretende criar o metamaterial no interior do substrato, como explicado acima, em que o papel permite a sublimação de material condutor tal como partículas de metal ou metal, sem danificar o papel, como tal.

[089] Quando o substrato é um documento de substrato de papel e o elemento de segurança compreende um substrato de elemento de celulose, o substrato de documento pode, de um modo preferido, apresentar certos parâmetros para facilitar uma incorporação adequada do elemento de segurança de celulose. O substrato de documento pode, por exemplo, ter um peso de base de 70-110 g/m2, mais preferivelmente 80-90 g/m2, e uma espessura de 85-132 mícrons, mais preferivelmente 96-108 mícrons. Para visibilidade óptica melhorada, a opacidade do substrato de documento pode estar, de preferência, na faixa de 80 %-98 %, mais preferivelmente 90 %-94 %. O papel do substrato de documento pode, preferencialmente, ser formado por 2 q 4camadas, mais preferencialmente 2 camadas, em que o elemento de segurança pode ser inserido entre duas dessas camadas. A velocidade de fabricação de papel, o que irá afetar a tensão no substrato de elemento durante a inserção do substrato de elemento para o substrato de documento, pode, por exemplo, ser da ordem de 40-100 m/minuto, mais preferencialmente de 50-65 m/minuto. A inserção de uma tira de segurança de celulose em um substrato de papel é discutida no documento EP-1872965-A1, e os ensinamentos do presente documento podem ser aplicados à presente invenção.

[090] Sob estas condições, é possível assegurar uma inserção adequada da tira de celulose entre duas camadas de papel que formará o substrato de documento, em um momento em que as respectivas camadas de papel já estão formadas e indo para os processos de prensagem e de secagem, deixando as tramas da máquina de papel. Deste modo, a tira de celulose se tornará integrada no substrato de documento sem produzir um aumento significativo na espessura do substrato de documento, onde o substrato de elemento está posicionado, devido às interações físico-químicas geradas entre o substrato de documento e o substrato de elemento, que são, basicamente, devido à capilaridade do substrato de elemento de celulose. No entanto, apesar desta integração substancial, tanto o substrato de documento e o substrato de elemento permanecem como diferentes entidades físicas, isto é, o substrato de elemento geralmente não "desintegra" e desaparece dentro do substrato de documento, e pode ser observado como um elemento substancialmente independente em, por exemplo, uma seção transversal do substrato de documento.

[091] Esta é a diferença, se comparado com as fitas de segurança convencionais, por exemplo, substratos poliméricos sintéticos, tais como substratos de poliéster ou polipropileno, que são geralmente não porosos e impermeáveis e carecem de capilaridade; Assim, tais substratos não irão se integrar com a celulose do substrato de documento. Quando uma faixa convencional de segurança impermeável é inserida no substrato de documento de papel durante a sua fabricação, as fibras de celulose do substrato de documento simplesmente se acumulam acima e abaixo da tira de segurança, o que implica que a espessura do substrato de documento será aumentada na posição do tira de segurança: não há integração entre a tira de segurança e o substrato de documento, mas uma mera justaposição da celulose do substrato de documento e do material da tira de segurança. Esta é a razão porque, na fabricação de substratos que serão empilhados uns sobre os outros quando em utilização, tal como, por exemplo, na fabricação de substratos para cédulas bancárias, a tira de segurança é geralmente alimentada de modo que a sua posição na direção transversal vai ser diferente em diferentes substratos, em que a tira de segurança, não irá estar em registro com, por exemplo, as bordas laterais ou a impressão da cédula bancária, isto é, a relação entre a posição da tira de segurança e, por exemplo, uma borda da cédula bancária, ou um elemento impresso na cédula bancária, ou uma marca d'água na cédula bancária, não será a mesma para todas as cédulas bancárias do mesmo tipo. Também esta desvantagem pode ser evitada quando se utiliza um substrato de celulose para o elemento de segurança.

[092] Além disso, como o elemento de segurança de celulose não aumenta substancialmente a espessura do substrato de documento, a área em que o elemento de segurança está presente no substrato de documento, o substrato de documento pode ser processado, tal como impresso e cortado, tal como se o elemento de segurança não tivesse sido incorporado. Isto simplifica a produção do documento de segurança final.

[093] Em algumas modalidades da invenção, o substrato de elemento pode incluir, em uma ou ambas das suas superfícies, quer de forma contínua ou descontínua, sobrepor ou não com aquelas áreas com o metamaterial, um verniz adesivo que é ativado com a temperatura e/ou umidade, e que aumenta a ligação entre o substrato de elemento e o substrato de documento, tornando, assim, a extração do elemento de segurança mais difícil.

[094] Em algumas modalidades da invenção, o metamaterial é criado em registro com um recurso do substrato de documento. Por exemplo, em algumas modalidades da invenção, o metamaterial é feito em correspondência com uma marcação sobre ou dentro do substrato de documento, tal como uma marca ou outra característica impressa sobre o substrato de documento, ou uma marca d'água no interior do substrato de documento. Em algumas modalidades da invenção, o metamaterial é feito em correspondência com um lado ou borda do substrato de documento.

[095] Em algumas modalidades da invenção, a dita parte da dita camada condutora é removida de modo a deixar partes da dita camada condutora separada das outras partes da dita camada condutora, formando um padrão regular. Isto é, o padrão regular pode ser formado pelas partes condutoras que são deixadas após a remoção de parte do material condutor.

[096] Em algumas modalidades da invenção, a dita parte da dita camada condutora é removida de modo a formar aberturas na dita camada condutora, as ditas aberturas formando um padrão regular. Isto é, são formadas aberturas que dão origem ao dito padrão regular. Em algumas modalidades da invenção, as aberturas são formadas tendo uma forma circular ou elíptica, as formas que são facilmente alcançadas utilizando luz laser, devido à seção transversal natural dos feixes de luz laser.

[097] Em algumas modalidades da invenção, o dito padrão regular corresponde a uma matriz tendo um tamanho de célula de 0,05 mm maior do que, porém menor do que 2 mm, tal como menor do que 1 mm. Este tipo de matriz foi considerado adequado para a criação de um metamaterial tendo uma resposta pré-determinada na faixa de THz.

[098] Em algumas modalidades da invenção, o metamaterial está disposto para fornecer autenticação por uma resposta característica para a radiação na faixa de THz, de preferência, a radiação na faixa de 25 GHz a l00 THz, mais preferivelmente na faixa de 100 GHz para l00 THz, tal como na faixa de 300 GHz para 30 THz ou 300 GHz para 3 THz. Este tipo de radiação atravessa facilmente grandes quantidades de material, tal como papel, tecido e plástico, pelo que uma resposta característica pelo metamaterial a este tipo de radiação pode ser facilmente verificada por meio de irradiação de um documento de segurança, por exemplo, um documento de segurança com um substrato de documento de plástico ou de papel, com este tipo de radiação, por exemplo, com radiação na faixa de infravermelho.

[099] Um segundo aspecto da invenção se refere a um documento de segurança obtido ou que pode ser obtido por um método tal como descrito acima.

[0100] Um terceiro aspecto da invenção se refere a um documento de segurança, que compreende um substrato de documento, o dito substrato de documento sendo um substrato de papel, o dito documento de segurança, compreendendo ainda um elemento de segurança incorporado no dito substrato de documento, o dito elemento de segurança que compreende um substrato de elemento. De acordo com esta modalidade da invenção, o dito substrato de elemento é fornecido com a porção de material condutor formando um metamaterial disposto para proporcionar a autenticação do documento de segurança. O que foi dito acima sobre metamateriais se aplica, mutatis mutandis. Em algumas modalidades da invenção, o substrato de elemento é um substrato sob a forma de uma tira ou remendo de celulose, tal como uma tira de papel ou celofane ou remendo. Esse tipo de faixa ou remendo pode permitir uma maior integração com um substrato de documento em papel, como explicado acima.

[0101] Um outro aspecto da invenção se refere a um método de autenticação de um documento de segurança, tal como dito acima, compreendendo as etapas de submeter o documento de segurança à radiação na faixa de THz, de preferência, a radiação na faixa de 25 GHz a l00 THz, mais preferencialmente na faixa de 100 GHz a 100 THz, tal como na faixa de 300 GHz a 300 a 30THz ou 300 GHz a 3THz, e detectar e analisar uma resposta do documento de segurança para a dita radiação. Em algumas modalidades da invenção, a EOT (transmissão óptica extraordinária) ou THz-TDS (Espectroscopia no domínio do tempo) pode ser usada para detectar a resposta do documento de segurança à radiação. A análise da resposta pode incluir a análise do conteúdo de informação, por exemplo, a detecção de códigos ou outros dados que podem identificar um documento de segurança ou o seu proprietário, ou simplesmente a análise de um ou mais parâmetros de resposta que, quando dentro de intervalos pré- determinados, confirmam que o documento de segurança é autêntico.

[0102] Tal como indicado acima, a remoção de parte da camada condutora pode ser realizada utilizando luz laser. Um laser pode ser utilizado operando a um comprimento de onda, ou a comprimentos de onda adequados para a remoção, por ablação/sublimação, de material condutor, e a remoção pode ser efetuada de modo que o material condutor, tal como partículas de metal, é sublimado e, assim, removido, sem causar danos ao substrato de documento de papel ou o substrato de elemento. Além disso, a impressão sobre o substrato de documento pode permanecer intacta, isto é, não tintas ou semelhantes não são removidos.

[0103] Quando a camada condutora é constituída por partículas de metal a serem removidas, por sublimação, as seguintes fontes de laser podem ser preferidas para produzir a sublimação: Laser de fibra; Nd: YAG; Ho: YAG; Er: IAG; Tm: IAG; e CO2. Destes, Laser de fibra Nd: YAG; e CO2 são mais preferidos. Para a sublimação de partículas de metal, comprimentos de onda na faixa de 1000 a 11000 nm são de preferência, utilizados. Os pulsos podem ter uma duração de um modo preferido na faixa de femtossegundos para microssegundos, mais preferencialmente na faixa de nanossegundos para microssegundos. A duração influencia o impacto térmico. A potência média do laser, o que influencia a velocidade de sublimação, pode, de preferência, estar na faixa de 100 a 2000 W, mais preferencialmente na faixa de 125 a 250 W.

[0104] O uso de luz laser torna possível não só criar o metamaterial, mas também marcar o papel de segurança impresso com símbolos, caracteres, figuras ou códigos que permanecem localizados no interior do papel de segurança. Assim, um documento de segurança impresso pode ser fornecido com recursos de segurança adicionais ou informação que não possam ser removidos, modificados ou desativados sem destruir ou invalidar o próprio documento.

[0105] Além disso, o uso de luz laser para produzir a marcação torna possível a obtenção de uma precisão muito elevada na posição da marcação e nos detalhes da marcação, utilizando equipamento de laser comercialmente disponível. Isto também reduz as tolerâncias no posicionamento da marcação e permite um aumento do número de elementos de segurança que podem ser incorporados no documento de segurança.

[0106] Dependendo do desenho gráfico da marcação, além da possibilidade de detectar visualmente a marcação, é possível gerar códigos com informação escondida, que só podem ser detectados com os dispositivos de inspeção da imagem ou leitores específicos. Esses códigos incluem códigos de barras ou matrizes de pontos.

[0107] Por outro lado, se as partículas metálicas que permanecem no documento, após sublimação, também são magnéticas ou, mais genericamente, dando origem a respostas dentro do espectro da onda eletromagnética quando sujeitas a estímulos específicos, é possível adicionar uma propriedade adicional para ser detectada durante um processo de autenticação, utilizando detectores apropriados. Isto permite aumentar ainda mais o nível de segurança.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[0108] Para completar a descrição e a fim de proporcionar uma melhor compreensão da invenção, um conjunto de desenhos é fornecido. Os ditos desenhos formam uma parte integral da descrição e ilustram algumas modalidades da invenção, que não deve ser interpretadas como limitando o escopo da invenção, mas apenas como exemplos de como a invenção pode ser realizada. Os desenhos compreendem os seguintes números:

[0109] A Figura 1 é uma vista em perspectiva esquemática que ilustra um substrato contendo um substrato de documento do elemento, de acordo com uma modalidade da invenção.

[0110] A Figura 2 ilustra, esquematicamente, a inserção de tiras de celulose em um papel, durante a etapa de fabricação de papel, de acordo com uma modalidade possível da invenção.

[0111] As Figuras 3A e 3B são vistas em perspectiva esquemática que ilustram uma sequência do processo de acordo com uma modalidade da invenção.

[0112] As Figuras 4A-4C são vistas em perspectiva esquemática que ilustram uma sequência do processo de acordo com uma outra modalidade da invenção.

[0113] A Figura 5 ilustra esquematicamente um sistema para a autenticação de um documento de segurança de acordo com modalidades da invenção.

DESCRIÇÃO DAS MANEIRAS DE LEVAR A CABO A INVENÇÃO

[0114] A Figura 1 é uma vista em perspectiva de uma parte de um documento de segurança 1, tal como uma cédula bancária ou cédulas bancárias em branco, ou um artigo a ser usado para a fabricação de um passaporte, ou parte de um passaporte em branco. O documento compreende um suporte de documentos 11 de papel, e um elemento de segurança 2 incorporado no papel 11. O elemento de segurança compreende um elemento de suporte 21 na forma de uma tira de papel, coberto com uma camada de partículas de metal 22. O elemento de segurança 2 se estende na direção de máquina ao longo de todo o suporte 11 do documento, a partir de um dos lados mais compridos 13 para um oposto dos lados mais longos do suporte do documento 11, em paralelo com os lados mais curtos 12 do suporte de documento. O suporte do documento pode ser impresso, mas a impressão não é mostrada na figura 1, por simplicidade. A camada de metal pode, opcionalmente, ser perfurada, tal como com microperfurações, para aumentar a capilaridade. Além disso, por exemplo, se o substrato de elemento é um substrato de papel celofane, vantajosamente também o substrato é dotado de perfurações, para aumentar a capilaridade.

[0115] A Figura 3A é uma vista superior de um documento de segurança, tal como uma cédula bancária. O substrato de documento de segurança 11 é uma folha retangular que tem dois lados curtos 12 e dois lados mais compridos 13. Incorporado no interior da folha de papel retangular está um elemento de segurança 2, que compreende um substrato de elemento de celulose 21 parcialmente coberto com uma camada de metal 22. O elemento de segurança foi inserido no substrato de documento 11 durante a fabricação da folha de papel. Por exemplo, uma folha de papel de grandes dimensões ou teia pode ser fabricada em que várias tiras de segurança 2, que são inseridos em paralelo, e a dita folha ou teia maior pode então ser cortada para produzir o suporte de documentos individuais. Devido às tolerâncias no processo de inserção das faixas de segurança 12, e devido às tolerâncias do corte, a posição do elemento de segurança 2 pode variar na direção X, isto é, na chamada direção transversal, paralela com os lados mais longos 13. Assim, o elemento de segurança, como tal, não pode estar em registro perfeito com, por exemplo, os lados mais curtos 12 ou com a matéria impressa sobre o substrato de documento, por exemplo, símbolos impressos 5 (tais como o dígito "2" na Figura 3A). No entanto, quando se aplica a luz do laser para criar as marcações 3 (os números moldados pelos recessos na camada metálica 22 do elemento de segurança 2), como mostrado na Figura 3b, este laser de marcação pode ser realizado para se certificar de que esses símbolos estejam em registro com, por exemplo, o lado curto 13 do substrato de documento, e/ou com a matéria impressa 5 sobre o substrato de documento, ou com uma marca de água no interior do substrato de documento, etc, independentemente de um certo desalinhamento da tira de segurança 2, como tal na direção "X", especialmente porque a largura da tira de segurança é suficientemente grande para permitir a marcação do número, mesmo que a tira de segurança esteja ligeiramente deslocada na direção "X".

[0116] O mesmo se aplica para o alinhamento da marcação 3 do elemento de segurança na direção Y, isto é, a direção de máquina: como a adição da marcação 3, que é, o número de série, para o elemento de segurança 2 ocorre após a inserção da tira de segurança 2 no substrato de documento 11, é possível ter a certeza que os dígitos do número de série são colocados corretamente também na direção "Y", que é, na direção axial da tira de segurança 2. Isso pode ser mais difícil de alcançar quando uma tira de segurança pré-marcada é inserida em um substrato de documento.

[0117] A Figura 3B ilustra esquematicamente como uma fonte de raios de laser 4 é usada para gerar e dirigir um feixe de luz laser 41 em direção ao suporte do documento 11 e o elemento de segurança 2. A luz laser é projetada sobre a camada de partículas de metal 22 e sublima as partículas de metal ao longo do caminho analisado pelo feixe de luz laser, criando, assim, recessos na dita camada de partículas de metal 22. Pode ser visto como uma marcação na forma de série de recessos 3 moldada como dígitos foi estabelecida no elemento de segurança 2 incorporado no papel do suporte de documentos 11. Nem o suporte de documentos 11 nem o suporte de elemento 21 foram danificados, de modo que o elemento de suporte 21 ainda está incorporado no papel do suporte de segurança. Os recessos 3 podem ser facilmente observados pela transparência, mas não são facilmente visíveis por refletância, assim como no caso com tiras de segurança convencionais do tipo que, já antes da inserção no substrato de documento, são fornecidos com símbolos/caracteres na forma ou recessos em uma camada opaca. De acordo com algumas modalidades da invenção, os recessos 3 podem ser colocados em registro com os lados do documento de suporte 11, ou em registro com uma característica impressa na superfície do suporte de documentos, ou em registro com uma marca de água no interior da suporte de documentos, etc.

[0118] Além da marcação 3, a fonte de raios laser 4 também foi utilizada para criar um metamaterial 31 sob a forma de uma matriz de células de base 31a, cada uma contendo uma porção de metal elíptica 31b, em que as ditas porções de metal elípticas são separadas umas das outras por áreas não condutoras em que a camada de metal 22 foi eliminada usando luz laser. Este metamaterial pode ser organizado em registro com os lados 12, 13 do substrato de documento e/ou em registro com outras características do substrato de documento, como uma característica impressa ou uma marca d'água, e podem ter uma resposta predeterminada à radiação, como a radiação na faixa de THz, servindo, assim, como um meio adicional para autenticação da nota.

[0119] As Figuras 4A-4C ilustram outra modalidade da invenção. A Figura 4A ilustra um elemento de segurança 2, que compreende um substrato de elemento de celofane 21 com uma camada de metal 22. O substrato de celofane foi tratado com luz laser para criar uma pluralidade de perfurações 9 para aumentar a capilaridade, de modo a facilitar a integração com o substrato de documento. Além disso, a luz laser tem sido usada para criar um metamaterial 32, que compreende uma matriz de células de base quadrada 32b, cada célula base alojando uma perfuração 32a na camada de metal, tal como uma perfuração elíptica ou uma perfuração circular que tem um diâmetro d/2, quando a célula base tem um lado com um comprimento d. Estas perfurações perfuram a camada de metal dando assim origem a um metamaterial tendo uma resposta pré-determinada a uma frequência na faixa de THz, e a perfuração adicional perfura o substrato de elemento de celofane contribuindo, assim, para uma maior porosidade e capilaridade.

[0120] Na Figura 4B, este elemento de segurança 2 foi incorporado em um substrato de documento de papel 11 e um documento de segurança 1 foi assim formado, que, além disso, inclui um ou mais símbolos impressos 5. Quando um passaporte deve ser emitido para um proprietário específico, e os dados pessoais e biométricos do proprietário são conhecidos, um código de ponto QR pode ser gerado a partir dos dados biométricos, e este código e os outros símbolos 3 específicos para o proprietário podem ser introduzidos no elemento de segurança sublimando parte da camada de metal remanescente, tal como ilustrado na Figura 4C, em que o código de ponto QR 3 é colocado em registro com os símbolos 5 impressos no substrato de documento de papel 11. Em outras modalidades da invenção, um metamaterial pode ser utilizado para personalizar o documento.

[0121] A invenção pode, por exemplo, ser realizada de acordo com os exemplos a seguir:

EXEMPLO 1

[0122] Produção de uma nota bancária personalizada com um número de série.

1A. Fabricação do elemento de segurança:

[0123] Uma bobina de papel adequado pode ser obtida a partir de Papelera de Brandia, S.A., de acordo com as seguintes especificações: peso base de 22 g/m2, espessura de 48 mícrons, porosidade de Bendtsen (folhas X4) 2600 ml/min, a força de tensão seca 28 N/15 mm e 17 N/15 mm (direção de máquina e na direção transversal, respectivamente).

[0124] Esta bobina pode, posteriormente, ser impressa em uma máquina de impressão de Heliogravura fabricada pela Giave, dotada de um cilindro de impressão fabricado pela Artcyl e gravado por Ziraba. Uma tinta adequada pode ser obtida a partir de SICPA, com uma viscosidade de 32 s CP4 e contendo partículas metálicas de alumínio. O cilindro de impressão pode ser quimicamente gravado com uma tela de 36 linhas/cm e uma profundidade de célula de 34 mícrons com blocos de modo a imprimir, na bobina de papel, tiras longitudinalmente contínuas impressas em paisagem com 8 mm de largura, separadas na direção transversal de forma que a distância em na direção transversal, entre os centros das tiras adjacentes é de 18 mm. Isto pode ser realizado com uma velocidade da máquina de 80 m/min, uma temperatura de túnel de secagem de 45 oC e uma tensão de enrolamento de 150 N. Sob estas condições, uma camada de espessura de 0,6 mícron pode ser obtida na área de impressão. Uma vez que a bobina foi impressa, ela pode ser cortada em tiras de largura de 18 mm que pode ser enrolada em bobinas independentes.

1B - Fabricação do substrato de documento com incorporação do elemento de segurança:

[0125] Uma máquina de papel convencional com duas malhas de arame cilíndrico 6, como mostrado na Figura 2 pode ser utilizada, em conjunto com uma dispersão aquosa de fibras de celulose 7 branqueada e refinada. A máquina de papel pode ser adaptada para a fabricação de papel de segurança de duas camadas 11A e 11B a uma velocidade de 75 m/min para obter um papel 11C, com as seguintes características: peso de base de 90 g/m2, espessura 95 mícrons, opacidade 80 %. As tiras de celulose que constituem os elementos de segurança 2 são encaixadas entre as duas camadas 11A e 11B, como mostrado na figura 2. O desenrolamento das bobinas 8 com as tiras de celulose que constituem os elementos de segurança 2 tem que ser efetuado adequadamente para atingir uma incorporação correta dos elementos de segurança 2. Por exemplo, as tiras podem ser movidas com de ar comprimido de 0,75 Bar, de modo a aproximar as tiras até 8 mm, com respeito a uma das duas camadas de papel, após o qual o contato ocorrerá automaticamente. Uma vez que a aderência do elemento de segurança 2 entre as duas camadas de papel 11A e 11B foi conseguida devido aos fenômenos de capilaridade e transferência de fluidos a partir de polpa de celulose, a tensão na tira de elementos de segurança é mantida à mesma velocidade de desenrolamento que as camadas de papel 11A e 11B, e com uma pressão de ar de propulsão de 0,3 bar para manter a tira suspensa no ar. Sob as condições descritas, não é necessário microperfurar o elemento de segurança antes da inserção, a fim de que possa ser corretamente incorporado, como as tiras de metal impressos não são muito amplas e, como a impressão não elimina a porosidade do papel, de modo que as tiras continuam a apresentar uma capilaridade suficiente.

[0126] O rolo de papel de segurança obtido pode, subsequentemente, ser cortado longitudinalmente e transversalmente de modo a obter folhas de papel que podem ser utilizadas para imprimir cédulas bancárias. Estas folhas de papel pode ser configuradas com elementos de segurança 5 de celulose, incorporados, sem aumentar a espessura do papel, onde eles são incorporados, e distanciados, por exemplo, 160 mm uns dos outros.

[0127] 1C- Fabricação de uma cédula bancária usando o papel de segurança:

[0128] As folhas de papel podem ser impressas em máquinas de impressão de serigrafia, em baixo relevo, offset, etc., e providas de planos de fundos, imagens, números e detalhes típicos de um desenho de cédulas bancárias.

[0129] Em seguida, elas podem ser submetidas ao tratamento a laser da presente invenção. Uma máquina Notamark pode ser utilizada, fabricada pela empresa KBA-Giori, com uma cabeça de dois eixos, com uma fonte de laser de Nd: YAG, que emite um feixe de luz laser pulsado de 1060 nm com uma potência média de 125 W e um diâmetro de ponto de 0,2 mm. Sob estas condições, as folhas impressas podem ser processadas a uma velocidade de 10.000 folhas por hora e 40 cédulas bancárias por folha. A radiação laser produz uma sublimação das partículas metálicas contidas no elemento de segurança, produzindo uma marcação 3 sob a forma de recessos na camada de metal, recessos que correspondem ao número de série de cada cédula bancária, tais como os números de OCR 13 com uma altura de 2,8, tal como esquematicamente ilustrado na figura 3B. Estes recessos podem ser observados como áreas mais claras contra um fundo escuro, quando a cédula bancária é mantida contra uma luz, ou seja, quando vista por transparência; o fundo mais escuro corresponde à parte da camada de partículas de metal que não foi sublimado pela fonte de laser. Os números podem assim ser observados por transparência em contraste claro com o resto em torno do bloco de 8 mm em cada cédula bancária. Como explicado acima, os números podem ser colocados em uma determinada posição; um exemplo de uma cédula bancária obtida desta forma é mostrado na Figura 3B. A cédula bancária tem um lado mais curto 12 e um lado mais comprido 13, e compreende um substrato de papel 11 que foi impresso com diferentes símbolos 5, e que contém, incorporado no interior do substrato, a tira de segurança 2 com os números 3, obtida por sublimação do camada de metal, tal como descrito acima. Além disso, um metamaterial 31 com células de base 31a que aloja porções de metal elípticas 31 b pode ser criado, usando a luz laser para remover parte da camada de metal, de modo a criar uma matriz com tais células de base, as porções de metal elípticas correspondem à parte da camada de metal que não foi eliminada nesta área. Este metamaterial 31 pode servir como mais um meio de autenticação da nota.

EXEMPLO 2

[0130] Produção de um passaporte com um número e um código QR interno, incluindo os dados biométricos do proprietário.

2A. FABRICAÇÃO DO ELEMENTO DE SEGURANÇA COM PARTÍCULAS METÁLICAS

[0131] O material de partida pode ser uma bobina de película de celofane ou de acetato de celulose fabricado pela Coopercel; a película pode ter um peso base de 30 g/m2 e uma espessura de 22 mícrons. Esta bobina pode, subsequentemente, ser metalizada em 100 % da sua superfície com partículas de alumínio em uma máquina Leybold Optics ProM 1300 a uma velocidade de 12 m/s e uma pressão de 4 x 10-4 mbar. Sob estas condições, uma espessura de camada com uma densidade óptica de 2,1 é obtida. A película metalizada pode, subsequentemente, ser microperfurada regularmente com uma fonte de laser Nd: YAG ajustada a um comprimento de onda de 10.000 nm e uma potência de 250 W, a produção de furos circulares com um diâmetro de 0,2 mm e colocados a uma distância de 2 mm uns dos outros, e com uma configuração escalonada. Mais microperfurações circulares ou elípticas podem ser realizadas para estabelecer um metamaterial 32 tal como ilustrado na figura 4A, o qual pode contribuir tanto a capilaridade e a autenticação pelo fornecimento de uma resposta pré-determinada à radiação, para exemplo, na faixa de THz. Uma vez metalizada e perfurada, a bobina pode ser cortada longitudinalmente em tiras de largura de 18 mm que podem ser enroladas em bobinas independentes.

2B - FABRICAÇÃO DO SUBSTRATO DE DOCUMENTO COM INCORPORAÇÃO DO ELEMENTO DE SEGURANÇA

[0132] Uma máquina de papel, como descrita no Exemplo 1 pode ser usada. A máquina de papel pode ser adaptada para a fabricação de um papel de segurança de duas camadas, a uma velocidade de 85 m/min, com as seguintes características: Peso de base 85 g/m2, espessura de 90 mícrones, 80 % de opacidade. A inserção do elemento de segurança entre as duas camadas do papel pode ser realizada, tal como sugerido na figura 2. Um dispositivo para o desenrolamento das bobinas contendo cada tira de segurança pode ser utilizado a fim de obter o encaixe correto do elemento de segurança. As tiras podem ser impelidas com ar comprimido de 1,50 bar, de modo a aproximar as tiras até 8 mm, com respeito a uma das duas camadas de papel após o qual o contato ocorrer automaticamente. Uma vez que a aderência do elemento de segurança entre as duas camadas de papel foi realizada devido aos fenômenos de capilaridade, transferência de fluidos a partir de polpa de celulose e o elemento de segurança, a tensão no elemento de segurança pode ser mantida à mesma velocidade de desenrolamento da velocidade de fabricação do substrato e com uma pressão de ar de propulsão de 0,3 bar para manter as tiras em suspensão. O rolo de papel de segurança obtido pode, subsequentemente, ser cortado longitudinalmente e transversalmente, a fim de se obter as folhas de papel a partir da qual os espaços em branco do passaporte podem ser fabricados. As folhas podem ser configuradas com 6 tiras de celulose incorporadas sem aumentar a espessura do papel na área em que elas são incorporadas, e posicionadas de acordo com a disposição desejada das páginas do passaporte.

2c. Fabricação do passaporte

[0133] As folhas de papel obtidas na etapa anterior podem ser impressas de uma forma convencional, utilizando máquinas de impressão de serigrafia, em baixo relevo, offset, etc., com as quais os planos de fundo, imagens, números e detalhes típicos de um projeto de passaporte podem ser impressos. Os espaços em branco do passaporte podem ser produzidos e entregues à entidade ou organização responsável pela emissão do passaporte.

[0134] Quando um passaporte está sendo emitido, e os dados pessoais e biométricos do proprietário são conhecidos, um código de pontos QR pode ser gerado a partir dos dados biométricos. Este código de pontos QR pode, então, ser armazenado no elemento de segurança por meio de uma fonte de laser Nd: YAG que emitem um feixe de luz laser de 1060 nm com 125 W pulsos e um diâmetro do ponto 0,2 mm, sublimando, assim, as partículas metálicas do elemento de segurança e, assim, removendo parte da camada de metal a partir do elemento de segurança 2, deixando, assim, uma marcação 3 sob a forma de um número de passaporte e o dito código de ponto QR no interior do substrato de documento 11 do documento de segurança 1, como se ilustra esquematicamente na Figura 4C. Opcionalmente, o código de pontos 3 pode ser colocado em registro com 5 símbolos impressos sobre a superfície do suporte de documento. Como uma alternativa ou em adição ao código de pontos QR, uma codificação de metamaterial poderia ser usada para personalizar o passaporte com dados pertencentes a ou indicativos do seu proprietário.

[0135] No exemplo acima, o metamaterial faz parte de um elemento de segurança integrado em um substrato de documento em papel, mas em outras modalidades da invenção, o metamaterial pode ser incorporado em uma camada condutora colocada sobre uma superfície de um substrato de documento, ou em um condutor dentro de uma camada de substrato de documento de camadas múltiplas.

[0136] A Figura 5 ilustra esquematicamente um sistema adequado para a implementação de um método, de acordo com algumas das modalidades da invenção, em que a espectroscopia de transmissão no domínio do tempo THz (TTDTS) é utilizada para a autenticação de um documento de segurança com um metamaterial. Um pulso de sub-picossegundos de radiação eletromagnética passa através do documento de segurança, e o perfil de tempo do pulso é alterado em comparação com o de um pulso de referência. O pulso de referência pode ser um pulso de propagação livre ou um pulso transmitido através de um meio com propriedades conhecidas. Através de uma análise das alterações no espectro de Fourier complexo, que são introduzidas pelo documento de segurança, o espectro do índice de refração do material do documento de segurança é obtido, e este espectro pode ser determinado pela presença de um metamaterial no documento de segurança para ser autenticado.

[0137] O sistema compreende uma fonte 101 de luz no intervalo de THz, que emite um feixe de luz de THz que é dividido por um divisor de feixe 102, dividindo o feixe em duas partes. Uma primeira parte do feixe continua para um dispositivo temporizador 103, que, por exemplo, utilizando uma pluralidade de espelhos 104, modifica a fase da luz atrasando-a em relação à outra parte do feixe.

[0138] A outra parte do feixe chega, depois de sair do divisor de feixe 102, em um comutador fotocondutivo 105 que transforma a radiação em pulsos muito curtos de alta intensidade. Estes pulsos podem ser guiados por espelhos parabólicos 106 até chegar ao documento de segurança 1, ou a uma parte do documento de segurança que pode conter o metamaterial. A presença do metamaterial pode, em algumas modalidades da invenção, dar origem a uma transmissão óptica extraordinária dos pulsos.

[0139] Por outro lado, o sistema compreende um dispositivo detector 107, o qual pode compreender um retificador óptico 108, uma placa de quarto de onda 109, um prisma de Wollaston 110 e um sistema de fotodiodos balanceados 111. O retificador 108 consiste de um cristal eletro-óptico (por exemplo, cristal ZnTe) e está disposto para receber a luz que foi transmitida através do documento de segurança 1, bem como a luz que vem do dispositivo temporizador 103.

[0140] Ao passar pelo retificador 108, o feixe óptico inicialmente polarizado linearmente ganha uma pequena polarização elíptica. Este elipticidade é aproximadamente proporcional ao campo elétrico aplicado ao retificador, ou seja, ao pulso de THz em cada dado momento de tempo. Porque o campo de THz é muito mais longo do que o pulso óptico (vários os contra 150 fs), o campo elétrico de THz como experimentado pelo pulso de amostragem pode ser considerado como um campo de polarização de CC. Por conseguinte, variando o atraso entre o THz e o pulso óptico, todo o perfil de tempo do primeiro pode ser rastreado.

[0141] A placa de quarto de onda 109 é colocada por trás do retificador para produzir uma polarização circular sobre o feixe óptico de entrada. O prisma de Wollaston 110 separa este feixe óptico em dois feixes, que são polarizados ortogonalmente um em relação ao outro. Um detector diferencial que consiste em dois fotodiodos balanceados 111 ligados a um pré-amplificador e um amplificador lock-in (não mostrado na Figura 5, para simplicidade) é usado para detectar estes dois feixes. Sem THz presente, os dois componentes têm a mesma intensidade e o sinal diferencial é zero. Quando o campo THz é aplicado, uma diferença de fase diferente de zero entre os dois componentes polarizados ortogonalmente aparece.

[0142] No presente texto, os termos têm o significado geral que eles têm geralmente na técnica de documentos de segurança, e são para ser interpretados como eles seriam interpretados pelo perito na técnica de documentos de segurança e de papel de segurança. Em relação a alguns dos termos utilizados, alguns esclarecimentos são definidos a seguir:

[0143] "Papel": Neste documento, o termo "papel" se refere preferencialmente a um material em forma de folha com um peso base de menos de 250 g/m2 e que compreende mais de 50 % em peso de fibras de celulose.

[0144] "Documento de Segurança": O termo "documento de segurança" se refere a um documento que tem características especiais que garantam a sua origem e autenticidade. Documentos de segurança incluem documentos utilizados pelas administrações públicas e organizações públicas, bem como os utilizados no setor privado, e que contenham identificação, autenticação ou meios ou dispositivos anti-falsificação. Documentos de segurança incluem documentos de identificação (tais como carteiras de identificação, passaportes, passes e semelhantes) e documentos de valor (tais como contas, cheques, selos, certificados e outros). Um documento de segurança pode ser na forma de um papel de segurança, um documento de identificação, uma cédula bancária, um cheque, um selo ou um papel impresso selado, um rótulo e um bilhete. Às vezes, o termo "artigo de segurança" pode ser usado para mais geralmente incluir não apenas documentos de segurança, mas também objetos que não são "documentos" como tal, mas que são fornecidos com meios de segurança para garantir a sua autenticidade. No presente texto, o "documento de segurança" expressão deve ser entendido em um sentido amplo, isto é, não apenas como documento "acabado" retido por um usuário final, mas também como abrangendo produtos intermediários, tais como espaço em branco a partir do qual um documento final pode ser produzido, por exemplo, uma matriz em branco para produzir um passaporte, a dita matriz em branco compreendendo substrato de documento e, no seu interior, o elemento de segurança.

[0145] "Elemento de segurança": O termo "elemento de segurança" se refere a um elemento que está integrado ou aplicado a um documento de segurança ou artigo, a fim de autenticá-lo. O elemento de segurança pode ser integrado ao substrato de um documento, tal como em um substrato de papel, tal como o substrato de papel de uma cédula bancária ou um substrato de papel fazendo-se uma ou mais páginas de um passaporte ou outro documento de identidade; este é frequentemente o caso com elementos de segurança sob a forma de fios de segurança, tiras, fitas, faixas, adesivos, fibras de segurança, marcas d'água, e elementos que produzem efeitos tácteis. Em alternativa, o elemento de segurança pode ser aplicado à superfície do substrato de documento de segurança; este é frequentemente o caso com os elementos de segurança na forma de hologramas adicionados a cédulas bancárias e cartões de crédito, tintas de segurança, folhas de plástico ou outros elementos normalmente usados.

[0146] "Substrato de elemento de segurança" ou "substrato de elemento": Às vezes o material que proporciona uma característica de segurança detectável ou mensurável, tal como uma tinta, uma camada de metal, etc, necessita de uma portadora. A expressão "substrato de elemento de segurança" ou "substrato de elemento" se refere ao dito suporte, basicamente, o material de base do qual o dito elemento é constituído. Frequentemente, o elemento de suporte tem uma forma substancialmente laminar, tal como a forma de uma faixa ou remendo, embora substratos de elemento também possam ser fibrilares, com a forma de micropartículas ou de dispersões em líquidos tais como tintas. Por exemplo, os fios de segurança e tiras holográficas são geralmente fabricados usando substratos poliméricos sintéticos, tais como substratos de poliéster ou polipropileno. É também conhecida na técnica a utilização de substratos de celulose, na forma de substratos de papel (basicamente obtidos por tratamento mecânico das fibras de celulose de origem natural) ou substratos de celofane (basicamente obtidos por tratamento químico das ditas fibras de celulose natural).

[0147] "Substrato de um documento" ou "substrato de documento": Este termo se refere normalmente ao suporte utilizado para a impressão ou a fabricação do documento de segurança, que pode conter recursos de segurança. Por exemplo, no contexto de cédulas bancárias, passaportes e outros documentos de valor ou de identidade, o substrato de documento é frequentemente um substrato de papel.

[0148] "Tira", "banda", "nervura" e "faixa" geralmente se referem a elementos substancialmente alongados, por exemplo, do tipo frequentemente organizados que se estendem ao longo de todo o substrato de documento, de um lado ou borda para o outro lado ou borda, frequentemente o lado oposto ou borda. O termo "tira" não pretende implicar qualquer limitação no que diz respeito à forma da seção transversal do elemento, ao passo que os termos "banda", "fita" e "tira" são geralmente destinados para implicar em uma forma substancialmente plana, isto é, com uma seção transversal substancialmente maior em uma direção do que na direção perpendicular.

[0149] "Sublimação": Este termo se refere a um processo físico em virtude do qual um material modifica para estado gasoso a partir do estado sólido, sem passar pelo estado líquido. No contexto do presente texto, aplica-se a sublimação do material presente em e/ou sobre um substrato de elemento de segurança, tal como partículas metálicas presentes em e/ou sobre um substrato de elemento de segurança, tais como fixados na sua superfície por meio de técnicas de impressão ou de metalização por vácuo.

[0150] "Personalização": No presente texto, "personalização" de um documento de segurança se refere a uma determinada fase do processo de fabricação de um documento de segurança, em virtude de que o documento de segurança é dotado de uma característica ou funcionalidade que faz com que seja original e único em comparação a outros documentos do mesmo tipo. Fornecer um passaporte ou bilhete de cuidados de saúde com dados de identificação do usuário, ou o fornecimento de uma cédula bancária ou cheque com um número, são exemplos de personalização. A personalização pode envolver a adição de uma característica de segurança adicional, por exemplo, quando da adição de um recurso de personalização, tal como o número de uma cédula bancária é efetuada de uma forma que envolve uma dificuldade técnica, em que a presença da funcionalidade de personalização ajuda a garantir a autenticidade do documento.

[0151] "Em registro": posicionamento no registro implica que um item é posicionado em uma posição definida em relação a outro item. Por exemplo, um elemento de segurança ou uma característica de um elemento de segurança pode ser posicionado em registro com, por exemplo, uma característica de um substrato em que o elemento de segurança é inserido, por exemplo, em relação a uma aresta do substrato, ou em relação a uma marca sobre ou no substrato, tal como uma marca impressa na superfície do substrato, ou uma marca d'água no substrato. Uma vez que processos industriais exigem sempre tolerâncias, a colocação de um item em registro com outro item pode tornar a falsificação mais difícil. Além disso, a redução das tolerâncias também torna possível aumentar o número de elementos de segurança que podem ser incluídos em um documento de segurança, tornando-se, assim, ainda mais difícil de falsificar o documento.

[0152] "Marcação": Uma "marcação" é entendida como consistindo em uma ou mais marcas, e uma marcação detectável pode servir como um recurso de segurança e/ou personalização de um documento. Por exemplo, a marcação pode conter um ou mais símbolos, tais como letras, números ou outros símbolos, ou um ou mais padrões. Assim, uma marcação pode, por exemplo, incluir um número de série de uma cédula bancária ou de um passaporte, e/ou o nome de um proprietário de um documento de identidade, ou uma imagem ou imagem codificada do proprietário, etc.

[0153] "Metamaterial": um metamaterial é geralmente entendido como sendo um meio artificial estruturado em uma escala de comprimento de onda menor do que o tamanho de um estímulo externo. No presente texto, o metamaterial é, de preferência, entendido como um material que apresenta uma resposta característica para a radiação na faixa de THz, de preferência, a radiação na faixa de 25 GHz a 100 THz, mais preferivelmente na faixa de 100 GHz a 100 THz, tal como no intervalo a partir de 300 GHz a 30 THz ou de 300 GHz a 3 THz, ou a radiação tendo um comprimento de onda na faixa de 0,05 a 1 mm, de preferência, em uma ou mais frequências dentro do dito intervalo. De preferência, o metamaterial é entendido para ser um padrão de um material condutor, tal como um padrão de material condutor, no qual foram feitas aberturas regularmente distribuídas, ou um padrão regularmente distribuído que compreende partes de material condutor sobre um substrato. As aberturas ou as partes condutoras que formam o padrão podem ser moldadas como círculos, elipses, quadrados, retângulos, polígonos, e/ou outros formatos arbitrários, tais como símbolos, letras, tais como estrelas, etc. A maior dimensão das ditas aberturas ou partes condutoras (tais como o diâmetro de uma abertura circular ou uma parte condutora circular, ou a diagonal de um quadrado ou retângulo) é de preferência, inferior a 1,00 mm, tal como entre 0,05 e 1,00 mm, e o espaçamento entre os centros de aberturas adjacentes/partes condutoras é, de preferência, não menor do que a dita maior dimensão e não mais do que duas vezes a dita maior dimensão. As aberturas ou as partes condutoras são, de preferência, dispostas em linhas e colunas, formando uma matriz. O material condutor, em que as aberturas são formadas, ou os elementos condutores do metamaterial, têm, de preferência, uma espessura inferior a 5 μm. Quando as aberturas ou as partes condutoras são dispostas em linhas e colunas, o tamanho de célula se refere ao tamanho médio das ditas colunas e linhas ou a distância média entre os centros das ditas aberturas ou das partes condutoras nas colunas e linhas. As linhas e colunas podem ser perpendiculares entre si, ou em outros ângulos entre si.

[0154] Nas figuras, as dimensões não se destinam a estar em escala com modalidades típicas da invenção da vida real. Tipicamente, a relação de espessura/largura do elemento de segurança será muito maior, uma vez que as tiras são normalmente muito finas, por exemplo, na ordem de 50 mícrons, e bastante amplas, por exemplo, tendo uma largura na ordem de 10 a 35 mm.

[0155] Neste texto, o termo "compreende" e suas derivações (tais como "compreendendo", etc.) não devem ser entendidos em um sentido excluindo, ou seja, estes termos não devem ser interpretados como excluindo a possibilidade de que o que está descrito e definido pode incluir outros elementos, etapas, etc.

[0156] No presente texto, sempre que intervalos ou faixas sejam dados, os pontos finais estão incluídos, a menos que o contrário seja indicado.

[0157] Por outro lado, a invenção não é obviamente limitada à(s) modalidade(s) específica(s) aqui descrita(s), mas também abrange quaisquer variações que possam ser consideradas por qualquer pessoa versada na técnica (por exemplo, no que diz respeito à escolha dos materiais, dimensões, componentes, configuração, etc.), dentro do escopo geral da invenção, como definido nas reivindicações.

Claims (19)

1. MÉTODO PARA PROPORCIONAR UM DOCUMENTO DE SEGURANÇA (1) COM UM RECURSO DE SEGURANÇA, que compreende a etapa de proporcionar uma camada condutora (22), caracterizado por compreender ainda a etapa de remoção de parte da dita camada condutora (22), de modo a converter pelo menos uma parte da dita camada condutora em um metamaterial (31, 32) selecionado para tratar da autenticação do documento de segurança, e em que a dita etapa de remoção de parte da dita camada condutora (22), de modo a converter pelo menos uma porção da dita camada condutora em um metamaterial (31, 32) compreende a remoção da dita parte da dita camada condutora, de modo a deixar partes da dita camada condutora separadas das outras partes da dita camada condutora, ou remover a dita parte da dita camada condutora, de modo a formar furos transversais na dita camada condutora, em que o dito metamaterial (31, 32) está disposto para fornecer autenticação por uma resposta característica para a radiação na faixa de 300 GHz a 30 THz.

2. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela dita parte da dita camada condutora (22) ser removida utilizando luz laser (41).

3. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela dita parte da dita camada condutora (22) ser removida mecanicamente.

4. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela dita parte da dita camada condutora (22) ser removida quimicamente.

5. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pela dita camada condutora (22) ser aplicada a um substrato de elemento de segurança (21), e em que o dito substrato de elemento de segurança é subsequentemente incorporado em um substrato de documento de segurança (11).

6. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pela dita parte da dita camada condutora (22) ser removida depois do dito substrato de elemento de segurança (21) ter sido incorporado no dito substrato de documento de segurança (11).

7. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pela dita parte da dita camada condutora (22) ser removida antes do dito substrato de elemento de segurança (21) ser incorporado no dito substrato de documento de segurança (11).

8. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 5 a 7, caracterizado pelo dito substrato de elemento de segurança (21) compreender uma tira ou remendo, preferivelmente compreendendo ou consistindo em papel, celofane, poliéster, propileno, ou policarbonato.

9. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pela dita camada condutora (22) ser aplicada sobre um substrato de documento de segurança (11), após o qual a dita parte da dita camada condutora é removida.

10. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 5 a 9, caracterizado pelo dito substrato de documento de segurança (11) ser um substrato de papel.

11. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pela dita parte da dita camada condutora (22) ser removida de modo a deixar as partes (31b) da dita camada condutora separadas das outras partes (31b) da dita camada condutora, formando um padrão regular.

12. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pela dita parte da dita camada condutora (22) ser removida de modo a formar aberturas (32a) na dita camada condutora, as ditas aberturas (32a), formando um padrão regular.

13. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 11 e 12, caracterizado pelo dito padrão regular corresponde a uma matriz tendo um tamanho de célula (d) maior do que 0,05 mm, mas menor do que 2 mm.

14. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado pela dita camada condutora (22) ser aplicada a um substrato de elemento de segurança (21), e em que o dito substrato de elemento de segurança (21) é subsequentemente incorporado em um substrato de documento de segurança (11), em que parte da dita camada condutora (22) é removida após o dito substrato de elemento de segurança (21) ter sido incorporado no dito substrato de documento de segurança (11), em que o dito substrato de documento de segurança (11) é um substrato de papel, em que dita parte da dita camada condutora (22) é removida usando luz laser (41), direcionando luz laser sobre o substrato de documento de segurança e sobre o material condutor incorporado no mesmo.

15. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pela etapa de dirigir luz laser sobre o substrato de documento incluir ainda passar a luz laser através do substrato de documento onde o substrato de documento recobre o elemento de segurança de forma que parte da camada condutora é removida onde o elemento de segurança é incorporado ao substrato de documento.

16. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 15, caracterizado pelo dito metamaterial (31, 32) estar disposto para fornecer autenticação por uma resposta característica para a radiação na faixa 300 GHz a a 3 THz.

17. DOCUMENTO DE SEGURANÇA, caracterizado por ser obtido ou obtenível por um método, tal como definido em qualquer uma das reivindicações anteriores.

18. DOCUMENTO DE SEGURANÇA, compreendendo um substrato de documento (11), o dito substrato de documento sendo um substrato de papel, o dito documento de segurança compreendendo ainda um elemento de segurança (2) incorporado no dito substrato de documento (11), o dito elemento de segurança compreendendo um substrato de elemento (21), caracterizado pelo dito substrato de elemento (21) ser proporcionado com uma porção de material condutor formando um metamaterial (31, 32) disposto de modo a tratar da autenticação do documento de segurança e em que o dito substrato de elemento (21) é um substrato sob a forma de uma tira ou remendo de celulose, tal como um papel ou tira ou remendo de celofane, em que o dito metamaterial (31, 32) está disposto para fornecer autenticação por uma resposta característica para a radiação na faixa de 300 GHz a 30 THz.

19. MÉTODO DE AUTENTICAÇÃO DE UM DOCUMENTO DE SEGURANÇA, caracterizado por ser obtido ou obtenível por um método, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 16 ou conforme definido na reivindicação 18, que compreende as etapas de submeter o documento de segurança (1) à radiação na faixa de 300 GHz a 30 THz ou 300 GHz a 3 THz, e detectar e analisar uma resposta do documento de segurança para a dita radiação.

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