BR112015009512B1

BR112015009512B1 - Processo de fabricação de um plso traseiro de um veículo automotivo, e, plso traseiro de um veículo automotivo

Info

Publication number: BR112015009512B1
Application number: BR112015009512-7A
Authority: BR
Inventors: Vero Emmanuel; Vivero Francois; Djekouane Karim
Original assignee: Renault S.A.S.
Priority date: 2012-10-29
Filing date: 2013-10-21
Publication date: 2020-12-15
Also published as: FR2997373A1; RU2015120321A; CN104755359B; RU2631356C2; CN104755359A; EP2911932A1; WO2014068215A1; EP2911932B1

Abstract

processo de fabricação de um piso traseiro de um veículo automotivo, e, piso traseiro de um veículo automotivo. o processo de fabricação de acordo com a invenção é destinado à criação de um piso (10a; 10b; 10c) traseiro de um veículo automotivo, produzido a partir de uma matriz de chapa de dimensões predeterminadas de acordo com a versão do piso (10a; 10b; 10c) traseiro considerado, o processo comportando diferentes operações sucessivas, cada operação sendo associada a, pelo menos, uma ferramenta determinada. o processo de fabricação é caracterizado em que, sendo destinado à criação de várias versões de piso (10a; lob; 10c) traseiro correspondendo cada a uma configuração diferente de veículo automotivo, o processo comporta, pelo menos, uma operação idêntica, qualquer que seja a versão do piso (10a; iob; 10c) a ser produzido, sendo a operação realizada com a ajuda de, peio menos, uma ferramenta comum para todas as versões de piso (l0a; lob; 10c) traseiro.

Description

DOMÍNIO TÉCNICO DA INVENÇÃO

[0001] A invenção refere-se a um processo de fabricação de um piso traseiro de um veículo automotivo.

[0002] A invenção refere-se mais particularmente a um processo de fabricação de um piso traseiro de um veículo automotivo, produzido a partir de uma matriz de chapa com dimensões predeterminadas de acordo com a versão do piso traseiro considerado, o processo comportando diferentes operações sucessivas, cada operação sendo associada a, pelo menos, uma ferramenta determinada.

[0003] A invenção refere-se igualmente a um piso traseiro obtido por tal processo de fabricação.

ESTADO DA TÉCNICA

[0004] Os veículos automotivos de um mesmo modelo são enumerados geralmente em várias versões ou faixas, notadamente o veiculo "clássico" de tipo sedan com quatro ou cinco portas, mas também no veículo de tipo "perua", o veículo do tipo “cupê esportivo", a versão "esportiva", etc. Para a concepção e a realização destas diferentes versões ou configurações de veiculo, o construtor automotivo modifica a estrutura externa do veículo, mas utilizando na medida do possível componentes comuns a todas as versões, em um objetivo de redução dos custos de fabricação.

[0005] Mais particularmente, o piso traseiro de um veiculo automotivo é um componente essencial da estrutura da base de rodagem do veiculo, o qual piso traseiro pode integrar um suporte para a roda de estepe. Ele participa, portanto, dos elementos que podem continuar comuns às diferentes versões de um mesmo veículo, para otimizar a redução dos custos. No entanto, existem variações de comprimento consideráveis entre as diferentes versões dos veículos em numerosos construtores. Atualmente, para cada versão de um veiculo automotivo, é necessário prever um processo de fabricação especifico a cada versão do piso, a fim de englobar todas as especificidades inerentes a cada versão e a cada tipo de veículo a ser produzido.

[0006] A título de exemplo, como representado nas Figuras 1a a 1c, uma mesma faixa de um veículo automotivo pode compreender uma primeira versão 1a de um piso traseiro, correspondendo notadamente a um piso de uma primeira configuração de veículo, por exemplo, de tipo sedan cinco portas (Figura 1a), uma segunda versão 1b de um piso traseiro, correspondendo notadamente a um piso de uma segunda configuração de veículo, por exemplo, de tipo sedan quatro portas (Figura 1b), e uma terceira versão 1c de um piso traseiro, correspondendo notadamente a um piso de uma terceira configuração de veiculo, por exemplo, de tipo monoespaço (Figura 1c). As três versões 1a, 1b e 1c dos pisos apresentam notadamente três comprimentos diferentes, o comprimento L1 da versão 1a sendo notadamente inferior ao comprimento L2 e ao comprimento L3 das duas outras versões, os comprimentos L2 e L3 podendo ser, por exemplo, idênticos.

[0007] Estas diferenças impõem aos construtores de automóveis criarem pisos traseiros diferentes para os diferentes tipos de veículos. Estes pisos sendo geralmente fabricados a partir de chapa de aço estampada, é necessário prever diferentes matrizes de estampagem para a realização dos diferentes pisos. Isto demanda assim a utilização de numerosas máquinas de estampagem e de numerosas ferramentas, o que representa um investimento muito grande. Os custos de fabricação e de manipulação resultantes revelam-se igualmente muito elevados.

OBJETO DA INVENÇÃO

[0008] A invenção tem por objetivo remediar o conjunto dos inconvenientes acima citados e tem por objeto um processo de fabricação de um piso traseiro de um veículo automotivo que permite a criação de diferentes configurações de veículos automotivos, sendo ao mesmo tempo econômico, simples de implementar e reduzindo os custos de utilização e de manutenção no máximo.

[0009] O objeto da invenção é caracterizado, mais particularmente, pelo fato de que, sendo destinado à realização de várias versões de pisos traseiros que correspondem cada a uma configuração diferente de veículo automotivo, o processo comporta, pelo menos, uma operação idêntica, qualquer que seja a versão do piso a ser produzido, a qual operação é realizada com a ajuda de pelo menos uma ferramenta comum para todas as versões de pisos traseiros.

[0010] Tal processo tem assim por vantagem principal poder utilizar pelo menos uma mesma ferramenta para a realização de diferentes tipos de pisos traseiros.

[0011] Outras vantagens e características da invenção podem ser consideradas isoladas ou em combinação: - sendo destinado à realização de três configurações diferentes de veículo automotivo, o processo pode comportar duas operações comuns para as três versões de piso traseiro. - o processo pode comportar uma operação comum para duas versões de piso traseiro. - sendo destinado á realização de três configurações diferentes de veículo automotivo, o processo pode comportar pelo menos as etapas sucessivas seguintes: - corte de uma matriz de chapa em dimensões correspondendo à versão do piso traseiro a ser produzido, - primeira operação comum às três configurações, realizada com pelo menos uma primeira ferramenta, idêntica qualquer que seja a versão do piso a ser produzido,

[0012] - segunda operação comum às três configurações, realizada com pelo menos uma segunda ferramenta, idêntica qualquer que seja a versão do piso a ser produzido.

[0013]- O processo pode comportar uma terceira operação, unicamente para uma primeira versão de um piso traseiro, correspondendo a uma primeira configuração de veículo automotivo, realizada com a ajuda de, pelo menos, uma terceira ferramenta específica à fabricação da primeira versão do piso traseiro.

[0014]- O processo pode comportar uma terceira operação, unicamente para uma segunda versão de um piso traseiro, correspondendo a uma segunda configuração de veiculo automotivo, realizada com a ajuda de, pelo menos, uma quarta ferramenta específica à fabricação da segunda versão do piso traseiro.

[0015]- O processo pode comportar uma quarta operação, comum á primeira e segunda configurações de veículo automotivo, realizada com a ajuda de, pelo menos, uma quinta ferramenta, idêntica para a fabricação das duas versões de piso traseiro correspondente.

[0016] - O processo pode comportar uma quinta operação, unicamente para uma terceira versão de um piso traseiro, correspondendo a uma terceira configuração de veiculo automotivo, realizada com a ajuda de, pelo menos, uma sexta ferramenta específica para a fabricação da terceira versão do piso traseiro.

[0017] A invenção tem igualmente por objeto a criação de um piso traseiro de um veículo automotivo que possa ser reproduzido de modo mais simples e mais rápido, com o máximo de partes comuns, para diferentes configurações de veículo automotivo.

[0018] Este objeto da invenção é caracterizado mais particularmente pelo fato de comportar pelo menos uma porção idêntica para todas as configurações de veículos automotivos e pelo menos uma porção específica, correspondendo a cada configuração de veículo automotivo.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[0019] Outras vantagens e características surgirão mais claramente a partir da descrição seguinte de modos particulares de realização da invenção dados a título de exemplos não limitativos e representados nos desenhos em anexo, nos quais:

[0020] As Figuras 1a a 1c representam cada um exemplo particular de piso traseiro de um veículo automotivo, realizado por um processo de fabricação de acordo com a arte anterior.

[0021] As Figuras 2a 2c representam cada um exemplo particular de um piso traseiro de um veículo automotivo, realizado por um processo de fabricação de acordo com a invenção.

[0022] A Figura 3 ilustra esquematicamente uma vista parcial em perspectiva da parte traseira da estrutura de um veículo automotivo, sobre a qual os três pisos de acordo com as Figuras 2a a 2c são representados em sobreposição.

[0023] As Figuras 4a a 4c representam cada esquematicamente um piso traseiro de acordo com a invenção, com zonas específicas e zonas comuns, realizado por um processo de fabricação de um piso traseiro de acordo com a invenção.

[0024] As Figuras 5a a 5e representam as diferentes etapas sucessivas de um primeiro modo de realização de um processo de fabricação de acordo com a invenção, de uma primeira versão de um piso traseiro correspondendo a uma primeira configuração de um veículo automotivo.

[0025] As Figuras 6a a 6e representam as diferentes etapas sucessivas de um segundo modo de realização de um processo de fabricação de acordo com a invenção, de uma segunda versão de um piso traseiro correspondendo a uma segunda configuração de um veículo automotivo.

[0026] As Figuras 7a a 7d representam as diferentes etapas sucessivas de um terceiro modo de realização de um processo de fabricação de acordo com a invenção, de uma terceira versão de um piso traseiro correspondendo a uma terceira configuração de um veículo automotivo.

DESCRIÇÃO DE MODOS PARTICULARES DE REALIZAÇÃO

[0027] Com referência às Figuras 2a a 7d, o processo de fabricação de acordo com a invenção é destinado à criação de um piso traseiro para as várias configurações diferentes de um veiculo automotivo (Figura 3), um piso traseiro correspondendo a uma configuração, com pelo menos uma operação, ou etapa, comum para todas as versões do veiculo, de modo notadamente a economizar as ferramentas de prensa. Mais particularmente, o processo de fabricação de acordo com a invenção permite a partir de uma matriz de chapa com dimensões predeterminadas poder escolher entre várias configurações diferentes de um veículo automotivo e poder realizar vários pisos diferentes com um máximo de ferramentas idênticas e as operações de estampagem comuns a todas as versões diferentes.

[0028] Como representado mais particularmente nas Figuras 2a 2c e na Figura 3, o processo de fabricação de acordo com a invenção é destinado à realização de um primeiro piso 10a, destinado a uma primeira configuração de um veículo automotivo, por exemplo do tipo sedan cinco portas (Figura 2a), de um segundo piso 10b, destinado a uma segunda configuração de um veículo automotivo, por exemplo do tipo sedan quatro portas (Figura 2b), ou de um terceiro piso 10c, destinado a uma terceira configuração de um veículo automotivo, por exemplo do tipo perua (Figura 2c).

[0029] Os três pisos 10a, 10b, 10c representados em sobreposição na Figura 3 comportam cada uma parte comum, respectivamente 11a, 11b, 11c, ou seja idêntica qualquer que seja a versão do piso 10a, 10b, 10c e, pelo menos, mais particularmente, várias partes específicas, respectivamente 12a, 12b, 12c, para cada piso 10a, 10b, 10c.

[0030] Mais particularmente, como representado nas Figuras 4a a 4c, o fato de que os pisos 10a, 10b, 10c comportam pelo menos uma parte comum 11a, 11b, 11c permite passar facilmente da realização de um primeiro tipo de piso 10c (Figura 4a) para um segundo tipo de piso 10b (Figura 4b), por uma simples operação suplementar, Como representado mais particularmente na Figura 4a, partindo do piso 10c, uma operação de recorte do contorno, ou de corte, da parte 13, delimitada por primeiros traços T1 em pontilhados na Figura 4a, permite passar à realização de uma segunda versão de piso, mais particularmente do piso 10b, como representado na Figura 4b, onde os traços em pontilhados T1 (representados agora em traços cheios na Figura 4b) delimitam agora a borda do piso 10b.

[0031] Do mesmo modo, partindo deste piso 10b (Figura 4b), por uma nova operação de corte de uma parte 14, no nível de segundos traços em pontilhados T2. permite assim passar à realização de uma terceira versão de piso, mais particularmente do piso 10a, como representado na Figura 4c, onde os traços em pontilhados T2 (representados agora em traços cheios na Figura 4c) delimitam agora a borda do piso 10a.

[0032] Modos particulares de realização do processo de fabricação de acordo com a invenção serão agora descritos em maiores detalhes com relação às Figuras 5a a 7d. Nas Figuras 5a a 5e. as diferentes etapas de um primeiro modo de realização de um processo de fabricação do piso 10a correspondendo a uma primeira configuração de um veículo são representadas. Nas Figuras 6a a 6e, as diferentes etapas de um segundo modo de realização de um processo de fabricação do piso 10b correspondendo a uma segunda configuração de um veículo são representadas. Nas Figuras 7a a 7d, as diferentes etapas de um terceiro modo de realização de um processo de fabricação do piso 10c correspondendo a uma terceira configuração de um veículo são representadas.

[0033] Para razões de clareza e para uma melhor ilustração do princípio da invenção, notadamente operações idênticas qualquer que seja a versão a fabricar, os diferentes modos de realização do processo de fabricação de acordo com a invenção foram representados em uma mesma página. É evidente que cada modo de realização é destinado a ser utilizado independentemente dos outros, isto é, quer o modo de realização de acordo com as Figuras 5a a 5e, quer o modo de realização de acordo com as Figuras 6a a 6e, quer o modo de realização de acordo com as Figuras 7a a 7d. Nenhum modo de realização pode ser implementado simultaneamente a outro, a escolha de um modo de realização devendo ser feita previamente ao início do processo de fabricação de acordo com a invenção.

[0034] Nas Figuras 5a, 6a e 7a, a primeira etapa do processo de fabricação de acordo com a invenção comporta o corte de uma matriz de chapa 15 nas dimensões predeterminadas de acordo com o piso 10 a ser produzido, de acordo com a configuração do veículo procurada. Na Figura 5a, a matriz de chapa 15a é destinada à criação do piso 10a de uma primeira configuração de um veículo. A título de exemplo, a matriz de chapa 15a é de forma sensivelmente trapezoidal, com um primeiro comprimento 11 (grande lado) do trapézio da ordem de 1340 mm, um segundo comprimento 12 (pequeno lado) do trapézio da ordem de 1230 mm e uma largura 13 do trapézio da ordem de 940mm. Na Figura 5a, tal matriz de chapa 15a com tais dimensões é destinada notadamente à criação de um piso 10a para um veículo de tipo sedan clássico.

[0035] Na Figura 6a, a matriz de chapa 15b é destinada à criação do piso 10b de uma segunda configuração de um veículo. Por exemplo, a matriz de chapa 15b é de forma sensivelmente trapezoidal, com um primeiro comprimento 14 (grande lado) do trapézio da ordem de 1360 mm, um segundo comprimento 15 (pequeno lado) do trapézio da ordem de 1230 mm e uma largura 16 do trapézio da ordem de 1110 mm. Na Figura 6a, tal matriz de chapa 15b com tais dimensões é destinada notadamente à criação de um piso 10b para um veículo de tipo sedan “três corpos” quatro portas, ou seja, cujas dimensões da mala são levemente maiores que para o veiculo precedente considerado.

[0036] Na Figura 7a, a matriz de chapa 15c é destinada à criação do piso 10c de uma terceira configuração de um veiculo. A título de exemplo, a matriz de chapa 15c é de forma sensivelmente trapezoidal, com um primeiro comprimento 17 (grande lado) do trapézio da ordem de 1360 mm, um segundo comprimento 18 (pequeno lado) do trapézio da ordem de 1230 mm e uma largura 19 do trapézio da ordem de 1110 mm. Na Figura 7a, tal matriz de chapa 15c com tais dimensões é destinada notadamente à criação de um piso 10c para um veiculo de tipo perua, ou seja cujas dimensões da mala são sensivelmente idênticas às dimensões do piso do veículo precedente.

[0037] Nas Figuras 5b, 6b e 7b, o processo de fabricação de acordo com a invenção comporta depois uma primeira operação OP1 de estampagem, a qual é idêntica qualquer que seja a versão do piso considerado e a configuração do veiculo correspondente, ou seja, realizada com pelo menos uma mesma ferramenta comum às três versões, qualquer que seja a matriz de chapa de partida (Figuras 5a, 6a, 7a), e qualquer que seja a versão do piso destinado a ser fabricado.

[0038] Esta operação OP1, com a utilização de uma única ferramenta para as três versões, permite assim aqui a realização de três versões diferentes de um veículo, o que permite, portanto, alcançar a economia de duas ferramentas e o que gera, portanto, ganhos em termos de preparação do processo, a saber, máquinas de prensas, gestão dos fluxos de peças, etc.

[0039] Como representado nas Figuras 5b, 6b e 7b, esta primeira operação OP1 de estampagem permite notadamente a formação das partes comuns 11a, 11b, 11 c, idênticas nas três versões dos pisos 10a, 10b, 10c.

[0040] Nas Figuras 5c, 6c e 7c, após ter previamente efetuado uma rotação de 180° da peça formada na etapa precedente, a etapa seguinte do processo de fabricação de acordo com a invenção comporta uma segunda operação OP2 de estampagem, mais particularmente a operação OP2 compreende com vantagem uma pluralidade de etapas diferentes, notadamente de recorte do contorno (corte das bordas periféricas da peça), perfuração (realização de furos comuns) e/ou de cunhagem (realização de pequenas formas complementares comuns às diferentes versões). A segunda operação OP2 de estampagem é igualmente idêntica qualquer que seja a versão do piso e a configuração do veiculo, ou seja, realizada com uma mesma ferramenta comum às três versões, qualquer que seja a matriz de chapa de partida (Figuras 5a, 6a, 7a), e qualquer que seja a versão do piso destinado a ser fabricado.

[0041] Como representado nas Figuras 5c, 6c e 7c, esta segunda operação OP2 permite notadamente o acabamento das partes comuns 11a, 11b, 11c, começadas quando da etapa precedente. Esta operação OP2 permite ainda aqui obter uma economia de duas ferramentas, porque esta operação é realizada por uma única ferramenta, qualquer que seja a configuração do veículo a ser produzido.

[0042] Na Figura 5d, na qual o processo de fabricação é destinado à criação do piso 10a, a etapa seguinte é uma terceira operação OP3, mais particularmente uma operação de recorte do contorno - elevação (a elevação consistindo em retificar as bordas de ancorar da peça para colocar a mesma em posição final e as operações de recorte do contorno complementares sendo adaptadas à necessidade específica de cada versão). Esta operação é realizada com a ajuda de uma ferramenta específico para esta configuração do veículo e. portanto, para o piso 10a. Esta operação permite mais especificamente começar a formar as partes específicas 12a do piso 10a.

[0043] Na Figura 6d, na qual o processo de fabricação é destinado à criação do piso 10b, a etapa seguinte é igualmente uma terceira operação OP3, mais particularmente uma operação de recorte do contorno - elevação (a elevação consistindo em retificar as bordas de ancorar a peça para colocar a mesma em posição final e as operações de recorte do contorno complementares adaptadas à necessidade específica de cada versão).

[0044] Esta operação é realizada com a ajuda de uma ferramenta específico para esta configuração do veículo e, portanto, para o piso 10b. Esta operação permite mais especificamente começar a formar as partes específicas 12b do piso 10b.

[0045] Nas Figuras 5e e 6e, a etapa seguinte do processo de fabricação de acordo com a invenção comporta uma quarta operação OP4, idêntica para as duas primeiras configurações de veículo, ou seja, quer para a criação do piso 10a quer para a criação do piso 10b A quarta operação OP4 compreende, por exemplo, etapas de descida - cunhagem - perfuração (a descida sendo a operação inversa à elevação segundo o sentido de trabalho da ferramenta e a cunhagem consistindo em fazer pequenas formas complementares específicas a esta versão).

[0046] Esta operação permite, portanto, aqui a realização de duas versões diferentes de um veículo, com a ajuda de um mesma ferramenta qualquer que seja a versão, o que permite, portanto, alcançar uma economia de uma ferramenta e o que gera assim outros ganhos em termos de preparação do processo, a saber, máquinas de prensas, gestão de fluxos de peças, etc.

[0047] Mais particularmente, esta quarta operação OP4 permite notadamente o acabamento de partes específicas 12a e 12b iniciadas quando das precedentes etapas respectivas (Figuras 5d e Figura 6d) para a fabricação dos pisos 10a ou 10b. Assim, esta operação representa, portanto, a etapa final de fabricação, de modo que o piso 10a, representado na Figura 5e, e o piso 10b, representado na Figura 6e, sejam assim os pisos acabados, como eles serão montados sobre a estrutura da base de rodagem do veiculo associado (nos últimos acabamentos e regulagens prontos).

[0048] Na Figura 7d, a etapa seguinte corresponde à última etapa de realização para o processo de fabricação de acordo com a invenção destinado à criação do piso 10c, correspondendo à terceira configuração do veículo (que dá, portanto, prosseguimento à operação representada na Figura 7c). O processo de fabricação de acordo com a invenção comporta, assim, uma quinta operação OP5 de estampagem, por exemplo, composta de diferentes etapas de descida - elevação - perfuração - cunhagem. Esta operação é realizada com a ajuda de uma ferramenta especifica para esta configuração do veículo e, portanto, para o piso 10c. Esta operação permite mais especificamente realizar as partes especificas 12c do piso 10c.

[0049] Assim, esta quinta operação OP5 representa, portanto, a etapa final de fabricação, de modo que o piso 10c, representado na Figura 7d , seja portanto o piso 10c acabado, como ele será montado sobre a estrutura da base de rodagem do veículo associado (nos últimos acabamentos e regulagens prontos).

[0050] Assim, a descrição acima das três variantes possíveis independentes do processo de fabricação de acordo com a invenção permite ilustrar o fato de que, para estas três configurações, uma economia de, pelo menos, três ferramentas foi alcançada. Mais particularmente, seis ferramentas são utilizadas para produzir independentemente as três versões, em vez de nove ferramentas se as etapas comuns não tivessem sido realizadas.

[0051] Qualquer que seja o modo de realização do processo de fabricação descrito acima, uma mesma faixa de estampagem com operações comuns a todas as versões permite assim ganhos consideráveis, por um lado, em termos de gestão das ferramentas e das prensas e, por outro lado, em termos de custos.

[0052] Além disso, tal processo de produção alcança também ganhos em termos de concepção e de modificações para os projetistas da peça. Do mesmo modo, tal concepção revela-se muito robusta no sentido em que uma modificação solicitada sobre a parte comum dos pisos será realizada automaticamente sobre todas as versões correspondentes das diferentes configurações do veículo.

[0053] A invenção não é limitada aos diferentes modos de realização descritos acima. Notadamente, o formato e as dimensões das matrizes de chapa necessários às diferentes variantes do processo de fabricação de acordo com a invenção não são limitativos e dependem notadamente do tamanho e do tipo de piso a ser produzido. Do mesmo modo, o formato e as dimensões dos pisos 10a, 10b e 10c não são limitativos e dependem notadamente das diferentes configurações consideradas dos veículos automotivos.

[0054] O número e o tipo das operações do processo de fabricação de acordo com a invenção podem ser diferentes, desde que o processo comporte, pelo menos, uma operação utilizando uma ferramenta idêntica para todas as versões, de modo a economizar um máximo de ferramenta e evitar sua multiplicação.

[0055] Mais particularmente, em variantes de realização não representadas, o processo de realização de acordo com a invenção pode ser destinado à produção de outras versões de pisos. Mais particularmente, as diferentes versões do piso 10, como descrito acima, podem ser enumeradas com motorizações adaptadas aos veículos do tipo a gás de petróleo liquefeito, mais geralmente chamado GPL Neste caso, o alojamento da roda de estepe, ou recipiente de roda de estepe, pode ser utilizado igualmente para implantar o reservatório de gás, as adaptações específicas sendo então realizadas no piso, por adição de novas operações específicas, com a mesma ferramenta comum, comportando eventualmente partes retráteis, ou de acordo com uma operação diferente.

[0056] A título de exemplo, após a operação OP2 de estampagem, como descrito em referência às Figuras 5c, 6c e 7c, é possível prever uma operação suplementar, por exemplo, OP2', em que a mesma ferramenta, da qual uma parte (punções comuns) foi previamente retraída, efetua uma operação suplementar correspondendo especificamente á versão GPL do piso, esta operação OP2’ sendo idêntica a qualquer versão considerada do piso.

[0057] Assim, o processo de realização de acordo com a invenção pode, então, produzir não menos de seis pisos diferentes, o que corresponde a seis configurações diferentes de um mesmo veículo automotivo e graças às mesmas operações de estampagem e às mesmas ferramentas utilizadas.

[0058] A invenção é aplicável mais particularmente à fabricação de um piso traseiro para um veículo automotivo que possa, devido ao projeto do veículo e o custo de fabricação considerado, ter um máximo de partes comuns de acordo com o tipo do veículo a fabricar.

Claims

1. Processo de fabricação de um piso (10a; 10b; 10c) traseiro de um veiculo automotivo, produzido a partir de uma matriz de chapa (15a; 15b; 15c) com dimensões predeterminadas de acordo com a versão do piso (10a; 10b; 10c) traseiro considerado, o processo comportando diferentes operações sucessivas, cada operação sendo associada a, pelo menos, uma ferramenta determinada. processo caracterizado pelo fato de que, sendo destinado à realização de várias versões de pisos (10a; 10b; 10c) traseiro correspondendo cada a uma configuração diferente de veículo automotivo, o processo comporta, pelo menos, uma operação (OP1; OP2) idêntica, qualquer que seja a versão do piso (10a; 10b; 10c) a ser produzido, a qual operação (OP1; OP2) sendo realizada com a ajuda de pelo menos uma ferramenta comum para todas as versões de pisos (10a; 10b; 10c) traseiro.

2. Processo de acordo com a reivindicação precedente, caracterizado pelo fato de que, sendo destinado à realização de três configurações diferentes de veículo automotivo, o processo comporta duas operações (OP1; OP2) comuns para as três versões de pisos (10a; 10b; 10c) traseiro.

3. Processo de acordo com a reivindicação precedente, caracterizado pelo fato de que ele comporta uma operação (OP4) comum para duas versões de pisos (10a; 10b) traseiro.

4. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que, sendo destinado à realização de três configurações diferentes de veículo automotivo, o processo comporta, pelo menos, as etapas sucessivas seguintes: - corte de uma matriz de chapa (15a; 15b; 15c) com dimensões correspondendo à versão do piso (10a; 10b; 10c) traseiro a ser produzido, - primeira operação (OP1) comum às três configurações, realizada com pelo menos uma primeira ferramenta, idêntica qualquer que seja a versão do piso (10a; 10b; 10c) a ser produzido, - segunda operação (OP2) comum ás três configurações, realizada com pelo menos uma segunda ferramenta, idêntica qualquer que seja a versão do piso (10a; 10b; 10c) a ser produzido.

5. Processo de acordo com a reivindicação precedente, caracterizado pelo fato de comportar uma terceira operação (OP3), unicamente para uma primeira versão de um piso (10a) traseiro, correspondendo a uma primeira configuração de veiculo automotivo, realizada com a ajuda de, pelo menos, uma terceira ferramenta especifica para a fabricação da primeira versão do piso (10a) traseiro.

6. Processo de acordo com a reivindicação precedente, caracterizado pelo fato de comportar uma terceira operação (OP3), unicamente para uma segunda versão de um piso (10b) traseiro, correspondendo a uma segunda configuração de veículo automotivo, realizada com a ajuda de, pelo menos, uma quarta ferramenta especifica á fabricação da segunda versão do piso (10b) traseiro.

7. Processo de acordo com a reivindicação precedente, caracterizado pelo fato de comportar uma quarta operação (OP4), comum à primeira e á segunda configurações de veículo automotivo, realizada com a ajuda de, pelo menos, uma quinta ferramenta, idêntica para a fabricação das duas versões de pisos (10a; 10b) traseiro correspondente.

8. Processo de acordo com a reivindicação precedente, caracterizado pelo fato de comportar uma quinta operação (OP5), unicamente para uma terceira versão de um piso (10c) traseiro, correspondendo a uma terceira configuração de veículo automotivo, realizada com a ajuda de, pelo menos, uma sexta ferramenta específica à fabricação da terceira versão do piso (10c) traseiro.

9. Piso traseiro (10a; 10b; 10c) de um veículo automotivo realizado por um processo de fabricação de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de comportar, pelo menos, uma porção idêntica (11a; 11b; 11c) para todas as configurações de veículos automotivos e pelo menos uma porção específica (12a; 12b; 12c), correspondendo a cada configuração de veículo automotivo.