BR112014029230B1

BR112014029230B1 - Implante vertebral fornecido com um meio de travamento e destravamento automático

Info

Publication number: BR112014029230B1
Application number: BR112014029230-2A
Authority: BR
Inventors: Pierre Dominique Richerme; Stéphane Ramare; Christophe Tamburini
Original assignee: Yellowsteps
Priority date: 2012-05-25
Filing date: 2013-05-24
Publication date: 2021-08-10
Also published as: FR2990845A1; EP2854714B1; WO2013175147A1; JP2015520645A; BR112014029230A2; WO2013175147A9; JP6240173B2; EP2854714A1; US20150142115A1; FR2990845B1; US9693871B2; ES2844152T3

Abstract

implante vertebral fornecido com um meio de travamento e destravamento automático a invenção se refere a um implante vertebral (1) concebido para ser implantado no espaço intersomático de um paciente e compreendendo uma caixa intersomática (2) e pelo menos um parafuso de fixação (10) concebido para ser aparafusado na massa óssea através de uma cavidade (7) da dita caixa (2) para estabilizar a posição da dita caixa (2) dentro do espaço intersomático, o dito implante (1) sendo caracterizado por a cavidade (7) e o parafuso (10) formarem um sistema para o autotravamento do parafuso (10) na cavidade (7), tal sistema compreendendo um meio macho fixado ao parafuso (1) e um meio fêmea formado pelas paredes (72) da cavidade (7), o meio macho sendo travado na posição pelo meio fêmea.

Description

CAMPO TÉCNICO

[001] A presente invenção se refere ao campo técnico e geral de sistemas de fixação para a osteossíntese da coluna vertebral e se refere, em particular, aos implantes destinados a serem implantados no espaço intersomático de um paciente.

[002] A presente invenção se refere mais particularmente a um implante vertebral planejado para ser implantado no espaço intersomático de um paciente e que compreende uma caixa intersomática e pelo menos um parafuso de fixação planejado para ser aparafusado na massa óssea através de uma cavidade da dita caixa para estabilizar a posição da dita caixa dentro do espaço intersomático.

[003] A invenção também se refere a um implante vertebral planejado para ser implantado ao longo do espaço intersomático de um paciente e que compreende uma placa intersomática e pelo menos um parafuso de fixação planejado para ser aparafusado na massa óssea através de uma cavidade da dita placa para estabilizar a posição da dita placa ao longo do espaço intersomático.

[004] Estes implantes têm por objeto o tratamento de diversas patologias da coluna vertebral, tal como fraturas vertebrais por compressão, escoliose, lordose, cifose ou instabilidades vertebrais. Estas patologias são, naturalmente, mencionadas a título de exemplo ilustrativo e não limitativo.

[005] Estes implantes são, em particular, na forma de caixas intersomáticas. Estes são implantes ocos destinados a acomodar um material de indução óssea, tal como um enxerto ósseo, e se destinam a ser implantados cirurgicamente no espaço intersomático vertebral de um paciente, após uma preparação adequada, para a consolidação do osso ou fusão de dois segmentos da coluna vertebral. Tais caixas também podem ser usadas como próteses para recuperar uma altura de disco adequada.

[006] O bom desempenho dessas caixas é baseado, em particular, na manutenção da sua posição ao longo do tempo. Qualquer migração da caixa dentro do espaço intersomático pode ter consequências particularmente prejudiciais para o paciente.

[007] Se a caixa não tiver sido posicionada corretamente durante a intervenção cirúrgica, esta pode criar um conflito radicular imediato ou ser expelida mais tarde, como resultado de micro-movimentos. Existem também situações em que a pressão intradiscal residual pode expulsar o implante. Tais situações são, desde esse momento, sinônimo de uma disfunção do implante e também podem exigir uma reparação cirúrgica, o que deve, obviamente, ser evitado devido, em particular, aos riscos bem conhecidos associados a qualquer intervenção cirúrgica.

[008] Assim, para evitar todos esses problemas, qualquer caixa intersomática também deve incluir meios para estabilização da sua posição. Além disso, nos casos de grandes migrações ou problemas específicos relacionados com o implante, por vezes é desejável a remoção do implante. Assim, estes meios de estabilização, de preferência, não devem impedir a remoção do implante no caso de necessidade absoluta.

ESTADO DA TÉCNICA

[009] Convencionalmente, certos meios de estabilização para caixas intersomáticas são implementados por uma instrumentação pedicular posterior e podem incluir uma placa ortopédica. Isto se traduz na colocação de uma placa cervical ou uma placa lombar, que é instalada na parede vertebral e presa por parafusos implantados nas vértebras.

[010] Tal solução permite estabilizar eficazmente a posição da caixa intersomática, mas tem a desvantagem de adicionar um acréscimo de espessura nas paredes vertebrais e também complica a colocação da caixa tornando a intervenção cirúrgica mais invasiva. Com efeito, o tamanho da placa, bem como a distância relativa entre as diferentes posições de aparafusamento, localizadas nas vértebras em diferentes estágios, envolve uma operação cirúrgica bastante significativa.

[011] Qualquer solução que utilize meios de estabilização pouco invasivos que permitam prender a caixa na posição, ao mesmo tempo em que não impeçam a possível remoção da mesma constituem, por conseguinte, um grande avanço no campo dos implantes da coluna vertebral.

DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

[012] Consequentemente, os objetos atribuídos à presente invenção visam corrigir as diferentes desvantagens listadas acima e propor um novo implante vertebral cuja posição seja estabilizada e cuja implementação seja simplificada.

[013] Outro objeto da presente invenção visa propor um novo implante vertebral facilmente implantável dentro do espaço intersomático.

[014] Outro objeto da presente invenção visa propor um novo implante vertebral cujos dispositivos de estabilização da posição sejam implementados de uma forma pouco invasiva para o paciente.

[015] Outro objeto da presente invenção visa propor um novo implante vertebral cujos meios de estabilização sejam seguros e fáceis de implementar.

[016] Outro objeto da presente invenção visa propor um novo implante vertebral incluindo meios de estabilização e que possa ser facilmente removido.

[017] Outro objeto da presente invenção visa propor um novo implante vertebral que permita uma melhor osteossíntese.

[018] Finalmente, a invenção tem como objetivo propor um novo kit médico que permita a implantação de forma rápida e eficiente do implante vertebral.

[019] Os objetos atribuídos à invenção são alcançados por um implante vertebral planejado para ser implantado no espaço intersomático de um paciente e compreendendo uma caixa intersomática e pelo menos um parafuso de fixação planejado para ser aparafusado na massa óssea através de uma cavidade da dita caixa para estabilizar a posição da dita caixa dentro do espaço intersomático, tal implante sendo caracterizado por a cavidade e o parafuso formarem um sistema para o autotravamento do parafuso na cavidade, o dito sistema compreendendo um meio macho integral com o parafuso e um meio fêmea formado pelas paredes da cavidade, os ditos meios macho e fêmea sendo colocados com relativa flexibilidade que permite, durante o aparafusamento do parafuso na massa óssea pela cavidade, um tensionamento mútuo e progressivo dos meios macho e fêmea até alcançar uma posição final de travamento do parafuso, na qual o meios macho e fêmea são mutuamente liberados, o meio macho sendo travado na posição pelo meio fêmea, o dito parafuso compreendendo pelo menos uma cabeça e um corpo principal, o dito meio fêmea sendo fixo e o dito meio macho sendo móvel e incluindo um sistema retrátil para modificar a circunferência da dita cabeça permitindo, durante o aparafusamento, a flexibilidade relativa entre os ditos meios macho e fêmea.

[020] Os objetos atriouidos à invenção são alcançados por um implante vertebral planejado para ser implantado ao longo do espaço intersomático de um paciente e compreendendo uma placa intersomática e pelo menos um parafuso de fixação planejado para ser aparafusado na massa óssea através de uma cavidade da dita placa para estabilizar a posição da dita placa ao longo do espaço intersomático, tal implante sendo caracterizado por a cavidade e o parafuso formarem um sistema para o autotravamento do parafuso na cavidade, o dito sistema compreendendo um meio macho integral com o parafuso e um meio fêmea formado pelas paredes da cavidade, os ditos meios macho e fêmea sendo colocados com relativa flexibilidade que permite, durante o aparafusamento do parafuso na massa óssea pela cavidade, um tensionamento mútuo e progressivo dos meios macho e fêmea até alcançar uma posição final de travamento oo parafuso, na qual o meios macho e fêmea são mutuamente liberados, o meio macho sendo travado na posição pelo meio fêmea, o dito parafuso compreendendo pelo menos uma cabeça e um corpo principal, o dito meio fêmea sendo fixo e o dito meio macho sendo móvel e incluindo um sistema retrátil para modificar a circunferência da dita cabeça permitindo, durante o aparafusamento, a flexibilidade relativa entre os ditos meios macho e fêmea.

[021] Os objetos atribuídos à invenção também são alcançados graças a um kit médico formado por um implante vertebral de acordo com a invenção e um acessório para a colocação do dito implante vertebral no espaço intersomático de um paciente.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[022] Outros objetos e vantagens da invenção serão compreendidos melhor a partir da descrição seguinte, considerada em conjunto com os desenhos anexos, fornecidos apenas a título de exemplo ilustrativo e não limitativo.

[023] A Figura 1 ilustra, em uma vista em perspectiva lateral da parte frontal, um exemplo de implante vertebral de acordo com a invenção, consistindo dos seus diferentes elementos.

[024] A Figura 2 mostra, em uma vista lateral parcial em perspectiva da parte posterior, uma caixa intersomática de acordo com a invenção.

[025] A Figura 3 ilustra, em uma vista em corte longitudinal, um exemplo de um parafuso de fixação de acordo com a invenção.

[026] A Figura 4 mostra um exemplo de um parafuso de fixação visto de cima, em um plano perpendicular ao eixo de rotação do parafuso.

[027] A Figura 5 mostra, em uma vista lateral, um implante vertebral de acordo com a invenção, equipado com parafusos de fixação aparafusados através da caixa.

[028] A Figura 6 mostra, em uma vista frontal em perspectiva, o implante vertebral de acordo com a invenção da Figura 5 equipado com parafusos de fixação aparafusados através da caixa.

[029] A Figura 7 mostra, em uma vista frontal em perspectiva, uma variante do implante vertebral de acordo com a invenção, equipado com quatro parafusos de fixação aparafusados através da caixa.

[030] A Figura 8 mostra, em uma vista frontal em perspectiva, uma variante da caixa intersomática equipada com meios para ajustar a altura da dita caixa de acordo com a invenção.

[031] A Figura 9A mostra, em uma vista lateral, dois módulos separáveis planejados para serem montados para formar a caixa intersomática de acordo com a invenção.

[032] A Figura 9B mostra, em uma vista frontal em perspectiva, os dois módulos da figura 9A montados juntos, formando a caixa intersomática de acordo com a invenção.

[033] A Figura 10 mostra, em uma vista em perspectiva, um implante vertebral de acordo com a invenção, incluindo uma placa intersomática equipada com dois parafusos de fixação.

[034] A Figura 11 mostra, em uma vista em perspectiva, uma variante do parafuso de acordo com a invenção, que inclui uma rosca de cabeça.

MELHOR FORMA DE IMPLEMENTAÇÃO DA INVENÇÃO

[035] Um exemplo de um implante vertebral 1 de acordo com a invenção é ilustrado na Figura 1. Este compreende uma caixa intersomática 2 e três parafusos de fixação 10. O número de parafusos corresponde, naturalmente, apenas a uma configuração e pode ser inferior ou superior a três. Cada parafuso 10 consiste em uma cabeça de parafuso 11 e um corpo principal 20. A cabeça 11 se prolonga da base superior do parafuso 10 até o início de uma rosca helicoidal 21 em torno do corpo principal 20. Um recesso 13 é formado na sua espessura na base superior da cabeça 11 do parafuso 10. Isto permite aparafusar o parafuso 10 graças a um objeto que tem uma forma recíproca, do tipo chave de fenda. Um recesso Torx 13 é mostrado nas diferentes figuras 1, 3, 4 e 6. Naturalmente, qualquer outro recesso 13 com uma forma diferente (Phillips, hexagonal) pode ser usado. O parafuso se prolonga, então, pelo corpo principal 20 que consiste na rosca helicoidal 21, que é terminada por uma ponta 22. A rosca 21 e a ponta 22 são, portanto, particularmente adaptadas para um aparafusamento através da massa óssea de um paciente. Os parafusos 10 definem um eixo de rotação co, que é representado, em particular, por uma linha cheia na Figura 3. O comprimento do parafuso 10, a partir da base superior da cabeça 11 até a ponta 22 está, por exemplo, compreendido na faixa entre 10 e 22 mm.

[036] De um modo vantajoso, a caixa 2 tem uma forma substancialmente paralelepipédica, que pode ser comparada a um arco. Por isso, ela compreende uma face frontal 3, uma face posterior 5 e duas faces laterais 4. As dimensões da caixa 2, dependem, em particular, do local onde a mesma deverá ser implantada. Com efeito, o implante 1 de acordo com a invençáo pode ser concebido para ser implantado no espaço intersomático, no nível cervical ou lombar.

[037] No caso de uma caixa cervical 2, a distância entre as faces dianteira 3 e traseira 5 está compreendida entre 11 e 16 mm, e a distância entre as duas faces laterais está compreendida entre 12 e 20 mm. A altura da caixa 2 está diretamente relacionada com a patologia do paciente e está compreendida entre 4,7 e 18 mm. Por outro lado, para uma caixa lombar, a distância entre as faces dianteira 3 e traseira 5 da caixa 2 está compreendida entre 20 e 36 mm, e a distância entre as duas faces laterais está compreendida entre 10 e 36 mm. E a altura da caixa 2 está compreendida entre 7 e 18 mm.

[038] A altura da caixa 2 é escolhida em função da patologia do paciente e em função do espaço intersomático dentro do qual a caixa 2 será acomodada. Uma variante da invenção em que a caixa 2 tem uma altura menor do que a distância entre as faces dianteira 3 e traseira 5 é mostrada na Figura 1. Uma variante da invenção em que a caixa 2 tem uma altura substancialmente igual ou maior que a distância entre as faces dianteira 3 e traseira 5 é mostrada na Figura 7.

[039] A caixa 2 compreende também um alojamento 6, no centro do paralelepípedo, dentro do qual um material de indução óssea pode ser depositado antes da introdução da caixa 2 no espaço intersomático de um paciente. Este alojamento 6, de preferência, não compreende piso ou cobertura alguma de modo que o material de formação óssea que ele deverá receber possa estar em contato com a massa óssea do paciente. Assim, a caixa 2 é semelhante a um arco, a face frontal 3 correspondendo ao vértice do arco, as faces laterais 4 às colunas do arco e a face posterior 5 ao piso. O alojamento 6, portanto, corresponde à abertura de um tal arco.

[040] Portanto, pode ser definido facilmente um plano vertical médio πvda caixa 2, mostrado esquematicamente na Figura 6, que é o plano que divide a caixa 2 em uma porção esquerda e uma porção direita, de dimensões horizontais semelhantes. Também pode ser definido um plano horizontal médio πhda caixa 2, mostrado esquematicamente na Figura 5, que é o plano que divide a caixa 2 em uma porção superior e uma porção inferior, de dimensões verticais semelhantes.

[041] É possível conceber uma variante da invenção, mostrada na Figura 8, na qual a caixa 2 tem altura variável. Para esse fim, o implante vertebral 1 compreende um meio 100 para ajustar a altura da caixa 2.

[042] De preferência, o meio de ajuste 100 inclui um elemento de alongamento 103, disposto perto de um plano horizontal médio πhda caixa 2 e que separa uma porção superior 101 e uma porção inferior 102 da caixa 2, o acionamento do tal elemento de alongamento 103 permitindo afastar a porção superior 101 da porção inferior 102 e mantê-la afastada na distância desejada desta última, de modo a variar a altura da dita caixa 2.

[043] O elemento de alongamento 103 pode, por exemplo, compreender um sistema de parafuso, ou um sistema de cremalheira. O elemento de alongamento 103 permite que a caixa 2 assuma vários tamanhos diferentes de modo a ser adaptável a diversas situações patológicas do paciente.

[044] É possível conceber outra variante da invenção, mostrada nas Figuras 9A e 9B, na qual a caixa 2 é modular e compreende vários módulos separáveis, de preferência pelo menos dois módulos separáveis, por um lado um módulo superior 110 compreendendo um meio de conexão macho 112 e, por outro lado, um módulo inferior 111 compreendendo um meio de conexão fêmea 113, tal meio de conexão fêmea 113 sendo projetado para cooperar com o meio de conexão macho 112 de modo a montar o módulo superior 110 com o módulo inferior 111 para formar a dita caixa 2.

[045] A partir disso, é possível associar, pela sua montagem, o módulo superior 110 com o módulo inferior 111, de modo a obter a caixa 2 cujas propriedades, tal como a forma, a altura e/ou o número de cavidades 7, dependerão das propriedades combinadas dos módulos superior 110 e inferior 111 associados.

[046] De preferência, o meio de conexão macho 112 compreende uma corrediça em forma de L, o meio de conexão fêmea 113 compreende uma ranhura em forma de L, cuja forma é complementar àquela da corrediça em forma de L, a corrediça e a ranhura sendo projetadas para cooperarem de modo deslizante uma com a outra, de modo que a montagem do módulo inferior 111 e do módulo superior 110 é feita por uma ação de deslizamento.

[047] Para estabilizar a posição da caixa 2, o(s) parafuso(s) 10 deve(m) passar através desta última para fixá-la firmemente na massa óssea. Assim, a caixa 2 compreende um ou mais orifícios 71 que formam cavidades 7 na espessura da caixa 2.

[048] Vantajosamente, a face frontal 3 da caixa 2 mostrada, por exemplo, em primeiro plano na Figura 6, é fornecida com tais orifícios 71 que formam cavidades 7 na espessura da face frontal 3. De preferência, a cavidade 7 tem um eixo de revolução Q com paredes simétricas 72 em relação à este eixo. Este eixo de revolução Q é mostrado, em particular, no orifício central da caixa 2 da Figura 2. Uma vez que o parafuso 10 seja posicionado na caixa 2 através da cavidade 7, o eixo de revolução Q da cavidade 7 e o eixo de rotação ® do parafuso 10 se fundem um com o outro. De forma vantajosa, este eixo de revolução Q forma um ângulo α compreendido entre 0 e 45 graus, mais de preferência entre 20 e 40 graus, com o plano horizontal médio πhda caixa 2, conforme ilustrado na Figura 5.

[049] A face frontal 3 está ligada à face posterior 5 graças às faces laterais 4 que, de preferência, compreendem dentes de retenção 41 formados nas bordas das mesmas. Estes dentes de retenção 41 ajudarão na estabilização da caixa dentro do espaço intersomático. Estes dentes de retenção 41 são, em particular, mostrados em perfil na Figura 5. Eles são em forma de dentes serrilhados com um ângulo compreendido entre 35 e 50 graus e uma altura vertical compreendida entre 0,5 e 1,6 mm.

[050] Finalmente, a face posterior 5 é constituída por uma placa, por exemplo, de forma retangular, que liga as duas faces laterais 4 e solidifica toda a estrutura da caixa.

[051] Além disso, os diferentes elementos do implante vertebral 1 de acordo com a invenção são feitos de materiais tal como titânio, PEEK, PEKK, fibras de carbono ou de um material reabsorvível.

[052] De forma vantajosa, a caixa 2 de acordo com a invenção é feita de titânio usinado e/ou de um material à base de titânio provido de poros que aumentam a superfície de troca entre a caixa e o lado de fora, sendo os ditos poros obtidos pela técnica de soldagem a laser do titânio. Esta técnica permite a criação de materiais com poros capazes de se comunicar uns com os outros. A precisão do laser permite a obtenção de um controle preciso da macroestrutura do material (tamanho, morfologia, distribuição da porosidade). O aumento da superfície de troca entre a caixa 2 e os tecidos do paciente permite melhorar substancialmente a osteossíntese e, portanto, a eficiência do implante no tratamento da patologia do paciente.

[053] O implante 1 de acordo com a invenção compreende pelo menos um parafuso de fixação 10 destinado a ser aparafusado na massa óssea através da cavidade 7 da caixa 2, para estabilizar a posição da caixa 2 dentro do espaço intersomático. Esta estabilização é, portanto, assegurada pelo parafuso de fixação 10 que impede qualquer movimento do implante 1. Para assegurar a manutenção da posição da caixa 2 ao longo do tempo, é essencial evitar o desaparafusamento do parafuso 10 que poderia ocorrer como resultado dos micro-movimentos que o paciente pode gerar durante deslocamentos diários ou movimentos particulares.

[054] Para esse fim, a cavidade 7 e o parafuso 10 de acordo com a invenção são feitos de modo a formar um sistema para o autotravamento do parafuso 10 na cavidade 7, o dito sistema compreendendo um meio macho integral com o parafuso 10 e um meio fêmea formado pelas paredes 72 da cavidade 7. Os ditos meios macho e fêmea são colocados com uma relativa flexibilidade que permite, durante o aparafusamento do parafuso 10 na massa óssea através da cavidade 7, um tensionamento mútuo e progressivo dos meios macho e fêmea até alcançar uma posição final de travamento do parafuso 10, na qual o meios macho e fêmea são mutuamente liberados, o meio macho sendo travado na posição pelo meio fêmea.

[055] Assim, as paredes 72 da cavidade 7 e o meio macho ligado ao parafuso de fixação 10 entram em contato durante o aparafusamento do parafuso 10 através da cavidade 7 da caixa 2. Desse contato resulta uma tensão aplicada ao meio macho pelo meio fêmea, e reciprocamente. As respectivas formas geométricas de ambos os meios macho e fêmea criam, de preferência, um aumento contínuo dessa tensão durante a progressão do parafuso 10 na cavidade 7.

[056] A partir desta tensão resulta uma força que irá colocar o meio macho e/ou o meio fêmea em movimento em um determinada sentido respectivo graças à flexibilidade de uma ou mais partes móveis integrais com um e/ou outro meio. Este movimento continua até que o meio macho atinja a posição final onde a elasticidade da(s) parte(s) móvel(eis) permite que o meio macho e/ou fêmea realizem um movimento no sentido oposto para se posicionar em uma posição liberada.

[057] A posição final é, por conseguinte, uma posição em que o meio macho está travado pelo meio fêmea. Este travamento é feito apenas pelo aparafusamento do parafuso 10 na cavidade 7 da caixa 2. Nesta posição, o parafuso 10 é integral com a caixa 2, o que permite a manutenção da sua posição ao longo do tempo. Este travamento evita, portanto, qualquer migração do implante.

[058] De preferência, os meios macho e fêmea são colocados com uma relativa flexibilidade que permite, durante o desaparafusamento do parafuso, quando os meios macho e fêmea estão na dita posição final, um tensionamento mútuo dos meios macho e fêmea até o destravamento do meio macho do meio fêmea.

[059] Assim, a flexibilidade entre o meio macho e fêmea que permitiu o auto-travamento é suficiente para realizar a operação inversa, em seguida a uma ação de desaparafusamento. As porções móveis do meio macho e/ou fêmea são, por conseguinte, suficientemente elásticas para permitir que o parafuso 10 saia da posição final de travamento por uma ação de desaparafusamento simples. As propriedades de flexibilidade, bem como a forma dos meios macho e fêmea são escolhidas com cuidado de modo a permitir este movimento de vaivém, sinônimo de travamento e destravamento por operações de aparafusamento e desaparafusamento, respectivamente.

[060] Esta ação de destravamento é, portanto, implementada apenas por uma ação de desaparafusamento.

[061] Vantajosamente, o dito parafuso 10 compreende pelo menos uma cabeça 11 e um corpo principal 20, o dito meio fêmea é fixo e o dito meio macho é móvel e inclui um sistema retrátil para modificar a circunferência da dita cabeça 11 permitindo, durante o aparafusamento, a relativa flexibilidade entre os ditos meios macho e fêmea.

[062] Durante o aparafusamento, as paredes 72 da cavidade 7 ficarão, portanto, apoiadas sobre o sistema retrátil e modificarão a circunferência da cabeça 11 do parafuso 10. Este sistema retrátil constitui, por conseguinte, uma parte móvel do meio macho.

[063] De preferência, as paredes 72 da cavidade 7 formam, a partir do orifício 71 da cavidade 7 e na direção do aparafusamento, uma primeira área de redução da seção transversal da cavidade 7, a dita primeira área permitindo uma compressão radial centrípeta do dito sistema retrátil até um ressalto 7 que aumenta a seção transversal da cavidade e que define uma segunda área que permite a expansão radial centrífuga do dito sistema retrátil, o dito ressalto 73 formando também um local de apoio circular 74, perpendicular à direção de aparafusamento, e destinado a estar em contato com o dito sistema retrátil quando este está em expansão radial . Nesta configuração, o meio fêmea não tem porções flexíveis. A flexibilidade é, portanto, assegurada apenas pelo meio retrátil.

[064] A redução do diâmetro da cavidade 7 é, de preferência, contínua. A cavidade 7 tem, portanto, uma forma cônica a partir do seu orifício 71 até o ressalto 73, conforme mostrado em particular na Figura 2. As paredes 72 da cavidade 7 aplicarão, portanto, uma força de amplitude crescente no meio retrátil. Esta força será máxima no ressalto 73, pouco antes de atingir a posição final.

[065] O ressalto 73 é o local onde o diâmetro da cavidade 7 passa, de forma descontínua, de um valor de diâmetro mínimo do ressalto 73 para um valor de diâmetro máximo do ressalto 73. Portanto, a cavidade 7 inclui assim um local de apoio 74 que forma uma coroa em torno do eixo de revolução Q da cavidade 7. A profundidade radial desta coroa é, portanto, igual à diferença entre o diâmetro máximo e o diâmetro mínimo do ressalto 73.

[066] Este ressalto 73 permite a liberação do meio macho, proporcionando um aumento da circunferência da cabeça 11 do parafuso 10. Assim, o meio retrátil da cabeça 11 permite que esta tenha um diâmetro maior do que o diâmetro mínimo do ressalto 73. Vantajosamente, a porção superior do meio retrátil está em contato com o local de apoio 74 que permite realizar o travamento da posição do parafuso 10. A diferença do valor da tensão aplicada ao meio retrátil antes e depois da passagem do ressalto 73 constitui, portanto, uma barreira energética que permite caracterizar esta posição final como sendo a posição de equilíbrio do parafuso 10 dentro da caixa 2. Nesta situação, o parafuso 10 não pode ser facilmente desalojado da caixa 2. Portanto, a posição de retenção/fixação da caixa 2 é garantida.

[067] Por outro lado, durante o desaparafusamento do parafuso 10 por uma ferramenta adequada, a elasticidade do meio retrátil pode permitir que este último seja curvado o suficiente para permitir a passagem do ressalto 73. Este meio retrátil é, portanto, suficientemente flexível para permitir o destravamento do parafuso por uma ação de desaparafusamento simples, mas suficientemente rígido para permitir a sua manutenção na posição quando este é submetido apenas aos micro-movimentos induzidos pelos deslocamentos do paciente.

[068] De acordo com uma configuração preferida, o dito sistema retrátil pode ser formado por pelo menos uma aba longitudinal 14 conectada pela sua base 15 à dita cabeça 11 e, portanto, formando pelo menos uma pétala que se estende radialmente sobre a dita cabeça 11, a tal pelo menos uma aba 14 sendo colocada de forma elasticamente móvel e tendo uma posição de descanso elástico. As Figuras 1, 3 e 4 permitem ilustrar com clareza a configuração preferida da invenção.

[069] A Figura 3 mostra, em uma vista em corte, o parafuso 10 cuja cabeça 11 é fornecida com uma aba 14 que está conectada ao parafuso 10 apenas na base 15 deste. Esta conexão permite que a aba 14 seja capaz de se mover na direção radial (perpendicular ao eixo de rotação co do parafuso 10), que tem o efeito de modificar a circunferência da cabeça 11 do parafuso 10. Esta aba 14 também é elástica, porque ela assume uma posição natural de descanso elástico quando não sofre tensionamento.

[070] Vantajosamente, na posição de descanso elástico, a aba longitudinal 14 está afastada do eixo de rotação co do parafuso 10 por um ângulo δ compreendido entre 0 e 25 graus, de preferência entre 0 e 9 graus, conforme mostrado em particular na Figura 3. Assim, esta aba 14 pode ser afastada angularmente do eixo de rotação co do parafuso 10 ou pode ser substancialmente paralela a este eixo co. Quanto maior for este ângulo δ, maior será o afastamento em relação ao centro do parafuso 10 entre a base 15 e a ponta da aba 14. Se esta aba 14 for substancialmente paralela ao eixo de rotação co do parafuso 10, o afastamento em relação ao centro do parafuso 10 será constante em qualquer ponto da aba 14 na posição de descanso elástico.

[071] O ajuste deste ângulo δ de separação entre a aba 14 e o eixo de rotação w do parafuso 10 permite, em particular, o ajuste das propriedades de elasticidade da aba móvel 14 para permitir que esta trave e destrave o parafuso 10 e a cavidade 7.

[072] Por construção, existe um espaço oco 16 que separa a aba 14 da cabeça 11 do parafuso 10. Assim, quando uma aba 14 é tensionada pelas paredes da cavidade, ela se move para mais perto do eixo de rotação do parafuso 10, graças à elasticidade desta porção móvel e à presença do espaço oco 16. Quanto maior for este espaço 16, maior será a amplitude potencial de deslocamento do parafuso. Naturalmente, outros parâmetros têm uma influência sobre a amplitude deste deslocamento, tal como a altura, de acordo com o eixo de rotação co do parafuso 10, da aba 14 ou o ângulo de separação δ definido anteriormente.

[073] Vantajosamente, o lado externo da aba 14 é arredondado para permitir um tensionamento fácil do parafuso pelas paredes 72 da cavidade 7 durante a rotação induzida pelo aparafusamento.

[074] De preferência, a aba 14 é feita de um material que proporciona propriedades de flexibilidade, de modo que esta possa ser móvel o suficiente sob tensão, ao mesmo tempo que mantém uma certa rigidez para garantir a qualidade do travamento.

[075] Vantajosamente, tal parafuso de fixação 10 inclui três abas longitudinais 14 dispostas sobre a sua cabeça 11, conforme mostrado em particular nas Figuras 1,3 e 4.

[076] A Figura 4 mostra, em particular, um parafuso 10 de acordo com a invenção, na qual três abas 14 estão distribuídas angularmente equidistantes em torno da cabeça 11 do parafuso 10. Cada aba 14 se estende angularmente em torno do parafuso 10 por um ângulo compreendido entre 60 e 120 graus. O número destas abas 14 é ajustado de modo a permitir uma boa estabilidade do parafuso 10, quando ele está travado na referida posição final. Um parafuso 10, incluindo mais ou menos abas 14 terá, naturalmente, um princípio de operação semelhante.

[077] Os parafusos 10 são aparafusados na massa óssea do paciente através da caixa 2. As direções de aparafusamento são determinadas com o objetivo de estabilizar melhor a posição da caixa 2 dentro do espaço intersomático.

[078] Vantajosamente, o implante vertebral 1 de acordo com a invenção inclui vários parafusos de fixação 10 e várias cavidades 7, de preferência, três parafusos e três cavidades. De fato, o número de parafusos 10 tem uma influência direta na fixação da caixa 2 dentro do espaço intersomático pelo aumento dos pontos de fixação.

[079] De preferência, este eixo de revolução Q das cavidades 7 forma um ângulo α compreendido entre 0 e 45 graus, mais de preferência entre 20 e 40 graus, com o plano horizontal médio πh da dita caixa 2, conforme mostrado em particular na Figura 5.

[080] Ele permite definir claramente o ângulo de penetração do parafuso 10 na massa óssea do paciente. Nesta configuração, os parafusos 10 se apoiam na massa óssea localizada acima e abaixo do implante 1. Esta multiplicidade de pontos de fixação ajuda na estabilização da caixa 2.

[081] De preferência, os orifícios 71 das cavidades 7 são formados na face frontal 3 da caixa 2 para permitir que o médico introduza e aparafuse os parafusos 10 com facilidade na massa óssea do paciente, devido à posição dos orifícios ser facilmente acessível. As ditas cavidades 7 têm um formato tal, de modo que a maior parte dos ditos parafusos 10 é colocada alternadamente acima e abaixo do plano médio horizontal πhda dita caixa 2.

[082] Vantajosamente, o eixo de revolução Q das cavidades 7 forma um ângulo β com o plano vertical médio da dita caixa compreendido entre 0 e 20 graus, conforme mostrado em particular na Figura 6. Os parafusos 10 que passam através destas cavidades 7 são orientados de tal maneira que as pontas 22 estão mais próximas do plano médio vertical πvdo que as cabeças 11. Isto permite assegurar que os parafusos 10 penetram corretamente na massa óssea.

[083] De acordo com uma variante da invenção ilustrada na Figura 7, o implante vertebral 1 tem, de preferência, quatro parafusos de fixação 10 e quatro cavidades 7.

[084] De fato, o aumento do número de parafusos 10 pode permitir um aumento da fixação da caixa 2 no espaço intersomático pelo aumento do número de pontos de fixação, em particular no caso em que a caixa 2 tem um tamanho suficiente para acomodar quatro cavidades 7 e quatro parafusos de fixação 10.

[085] De preferência, os quatro parafusos de fixação 10 e as quatro cavidades 7 são colocados sobre a caixa 2 e orientados simetricamente dois-a- dois.

[086] Um número par de parafusos de fixação 10 permite distribuir simetricamente os pontos de fixação, em que os parafusos de fixação 10 podem ser dispostos e orientados dois-a-dois com, por exemplo, ângulos de penetração complementares respectivos, de modo a melhorar a fixação da caixa no espaço intersomático.

[087] Alternativamente, o meio macho formado pela cabeça 11 do parafuso 10 e as paredes 72 da cavidade 7 têm porções móveis que permitem uma modificação da circunferência da cavidade 7 fornecendo, durante o aparafusamento, a dita flexibilidade relativa entre o dito meio macho e fêmea. Tal alternativa não é mostrada nas diferentes figuras.

[088] Em tal situação, o aparafusamento do parafuso 10 através da cavidade 7 permitirá o deslocamento das partes móveis das paredes 72 da cavidade 7. A passagem do parafuso 10 permitirá então a liberação destas paredes móveis e, consequentemente, o travamento do parafuso 10 dentro da caixa 2. Esta configuração exemplar não preferida não será detalhada, mas ilustra bem todas as variantes possíveis da presente invenção.

[089] O implante vertebral 1 de acordo com a invenção mostrado na Figura 1 é concebido para ser implantado de preferência entre dois ossos da coluna vertebral do paciente, de preferência no nível cervical ou lombar. A forma da caixa 2 é particularmente adaptada para um tal implante.

[090] A invenção também se refere a um implante vertebral 1 concebido para ser implantado ao longo do espaço intersomático de um paciente e compreendendo uma placa intersomática 120 e pelo menos um parafuso de fixação 10 concebido para ser aparafusado na massa óssea através de uma cavidade 7 da dita placa 120 para estabilizar a posição da dita placa 120 ao longo do espaço intersomático, tal implante 1 sendo caracterizado por a cavidade 7 e o parafuso 10 formarem um sistema para o autotravamento do parafuso 10 na cavidade 7, o dito sistema compreendendo um meio macho integral com o parafuso 10 e um meio fêmea formado pelas paredes 72 da cavidade 7, os ditos meios macho e fêmea sendo colocados com relativa flexibilidade que permite, durante o aparafusamento do parafuso 10 na massa óssea através da cavidade 7, um tensionamento mútuo e progressivo dos meios macho e fêmea até alcançar uma posição final de travamento do parafuso 10, na qual o meios macho e fêmea são mutuamente liberados, o meio macho sendo travauo na posição pelo meio fêmea, o dito parafuso 10 compreendendo pelo menos uma cabeça 11 e um corpo principal 20, o dito meio fêmea sendo fixo e o dito meio macho sendo móvel e incluindo um sistema retrátil para modificar a circunferência da dita cabeça 11 permitindo, durante o aparafusamento, a flexibilidade relativa entre os ditos meios macho e fêmea.

[091] A placa intersomática 120 está particularmente adaptada para que o implante vertebral 1 possa ser implantado na massa óssea da coluna vertebral de um paciente por via lateral, via posterior ou via anterior. A placa intersomática 120 é, por exemplo, uma placa cervical ou, de preferência, uma placa tóraco-lombar.

[092] De preferência, os meios macho e fêmea são colocados com uma relativa flexibilidade que permite, durante o desaparafusamento do parafuso 10, a partir da dita posição final, um tensionamento mútuo dos meios macho e fêmea até o destravamento do meio macho do meio fêmea.

[093] De preferência, as paredes 72 da cavidade 7 formam, a partir do orifício 71 da cavidade 7 e na direção do aparafusamento, uma primeira área de redução da seção transversal da cavidade 7, a dita primeira área permitindo uma compressão radial centrípeta do dito sistema retrátil até um ressalto 7 que aumenta a seção transversal da cavidade e que define uma segunda área que permite a expansão radial centrífuga do dito sistema retrátil, o dito ressalto 73 formando também um local de apoio circular 74, perpendicular à direção de aparafusamento, e destinado a estar em contato com o dito sistema retrátil quando este está em expansão radial.

[094] De preferência, o sistema retrátil pode ser formado por pelo menos uma aba longitudinal 14 conectada pela sua base 15 à dita cabeça 11 e, portanto, formando pelo menos uma pétala que se estende radialmente sobre a dita cabeça 11, a tal pelo menos uma aba 14 sendo colocada de forma elasticamente móvel e tende uma posição de descanso elástico.

[095] De preferência, o parafuso 10 inclui três abas longitudinais 14 dispostas em torno da sua cabeça 11.

[096] De preferência, na posição de descanso elástico, a aba longitudinal 14 está afastada do eixo de rotação co do parafuso 10 por um ângulo δ compreendido entre 0 e 25 graus, de preferência entre 0 e 9 graus.

[097] De preferência, o implante vertebral 1 inclui vários parafusos 10 e várias cavidades 7, de preferência três parafusos e três cavidades.

[098] De preferência, o parafuso 10 compreende ainda pelo menos uma cabeça 11 e um corpo principal 20, o dito meio macho sendo formado pela referida cabeça 11, e as paredes 72 da cavidade 7 incluindo as porções móveis que permitem uma modificação da circunferência da cavidade 7, proporcionando, durante o aparafusamento, a dita flexibilidade relativa entre os ditos meios macho e fêmea.

[099] De acordo com a variante mostrada nas Figuras 10 e 11, a cavidade 7 inclui uma rosca interna 121 planejada para cooperar com uma rosca 122 da cabeça do parafuso, a dita rosca da cabeça 122 estando localizada na cabeça do parafuso 11.

[100] Quando o parafuso é introduzido na cavidade 7, a interação da rosca interna 121, com a rosca da cabeça 122 contribui para o travamento do dito parafuso 10 na cavidade 7.

[101] Assim, um mesmo parafuso de fixação 10 pode ser associado tanto com uma caixa intersomática 2 como com uma placa intersomática 120, de modo a formar um implante vertebral 1 capaz de ser adaptado com as diferentes situações patológicas do paciente.

[102] Portanto, a invenção também se refere a um implante vertebral 1 compreendendo uma caixa intersomática 2 destinada a ser implantada no espaço intersomático de um paciente ou compreendendo uma placa intersomática 120 destinada a ser implantada ao longo do espaço intersomático de um paciente e pelo menos um parafuso de fixação 10 planejado para ser aparafusado na massa óssea através de uma cavidade 7 da dita caixa 2 ou da dita placa 120 para estabilizar a posição da dita caixa 2 no espaço intersomático ou da dita placa 120 ao longo do espaço intersomático, tal implante 1 sendo caracterizado por a cavidade 7 e o parafuso 10 formarem um sistema para o autotravamento do parafuso 10 na cavidade 7, o dito sistema compreendendo um meio macho integral com o parafuso 10 e um meio fêmea formado pelas paredes 72 da cavidade 7, os ditos meios macho e fêmea sendo colocados com relativa flexibilidade que permite, durante o aparafusamento do parafuso 10 na massa óssea através da cavidade, um tensionamento mútuo e progressivo dos meios macho e fêmea até alcançar uma posição final de travamento do parafuso 10, na qual o meios macho e fêmea são mutuamente liberados, o meio macho sendo travado na posição pelo meio fêmea, o dito parafuso 10 compreendendo pelo menos uma cabeça 11 e um corpo principal 20, o dito meio fêmea sendo fixo e o dito meio macho sendo móvel e incluindo um sistema retrátil para modificar a circunferência da dita cabeça 11 permitindo, durante o aparafusamento, a flexibilidade relativa entre os ditos meios macho e fêmea.

MÉTODO DE COLOCAÇÃO DO IMPLANTE 1

[103] As diferentes etapas que permitem a colocação de um implante vertebral 1 compreendendo uma caixa intersomática 2 e pelo menos um parafuso de fixação 10, no espaço intersomático de um paciente, no nível cervical ou lombar, serão descritas a seguir.

[104] O implante vertebral 1 se destina a ser implantado no espaço intersomático de um paciente por via anterior ou posterior.

[105] De preferência, pode ser colocado um material de indução óssea no alojamento 6 da caixa 2, tal como um enxerto ósseo e/ou um substituto, que irá permitir a reconstrução do osso.

[106] Para introduzir a caixa 2 no espaço intersomático do paciente é utilizado um acessório específico. Vantajosamente, a dita caixa 2 inclui um ou vários entalhes correspondentes às formas do acessório de modo a garantir que a caixa seja segura com firmeza. Para que esta ação de segurar entre o acessório e a caixa 2 seja eficiente e para evitar, em particular, qualquer liberação prematura, a caixa 2 inclui uma ou várias áreas de aperto (não mostradas). De preferência, estas áreas estão localizadas nas faces laterais da caixa 2 e consistem em um ou em vários entalhes que possuem uma forma idêntica à do contra-entalhe presente no acessório adaptado. De preferência, estes entalhes são assimétricos em cada face lateral 4 da caixa 2 para assegurar que a caixa 2 seja implantada corretamente pelo médico no espaço intersomático, permitindo apenas uma direção de aperto. Isto permite evitar uma aplicação invertida do implante 1 e constitui, portanto, um sistema a prova de falhas.

[107] A invenção também se refere, a partir disso, a um kit médico formado por um implante vertebral 1 de acordo com a invenção e a um acessório para a colocação do dito implante vertebral 1 no espaço intersomático de um paciente.

[108] Após ter segurado com firmeza a caixa 2, graças ao acessório específico, a caixa 2 é colocada no espaço intersomático do paciente. A área de aplicação da caixa 2 deve ter sido previamente manuseada pelo médico para permitir que a mesma receba o implante 1.

[109] Em seguida, pelo menos um parafuso de fixação 10 é aparafusado através de um orifício 71 da referida caixa na massa óssea do paciente, a etapa de aparafusamento garantindo o aparafusamento do parafuso 10 na massa óssea e, em seguida, o travamento do parafuso 10 na posição final dentro da caixa 2.

[110] Na configuração preferida da invenção, quando a cabeça 11 do parafuso 10 alcança a cavidade 7 durante o seu aparafusamento, as paredes 72, em particular, se apoiam nas abas longitudinais 14, que são montadas elasticamente móveis. Durante a progressão do parafuso 10, as abas longitudinais 14 se dobram e se aproximam do centro do parafuso 10 e, consequentemente, reduzem o diâmetro da cabeça 11 do parafuso 10, até atingir o ressalto 73. Neste nível, a progressão do parafuso 10 tem, como consequência, uma expansão radial das abas 14 e, portanto, um aumento do diâmetro da cabeça 11 do parafuso 10. O local de apoio 74 formado pelo ressalto 73 impede o desaparafusamento do parafuso 10 colocado nesta posição de travamento final. Isto permite, portanto, assegurar a estabilidade da posição da caixa 2 dentro do espaço intersomático.

[111] O implante 1 também pode ser removido do espaço intersomático de um paciente caso seja necessário. Para esse fim, o(s) parafuso(s) de fixação 10 colocado(s) na referida posição final na massa óssea do paciente é(são) removido(s) por uma ação de desaparafusamento, a dita ação de desaparafusamento começando pelo destravamento dos parafusos 10.

[112] De acordo com a configuração preferida da invenção, a ação de desaparafusamento irá criar uma força sobre as abas 14, em particular pelo apoio na massa óssea do paciente pela rosca 21 do parafuso 10. Isto gerará uma força suficiente, maior do que as forças habitualmente experimentadas, sobre as abas 14 para utilizar a sua elasticidade e movê-las na direção do centro do parafuso 10, de modo que o diâmetro da cabeça 11 do parafuso 10 se torne menor que o diâmetro mínimo do ressalto 73. Uma vez que este ressalto 73 tenha passado, o parafuso 10 pode ser facilmente removido através da continuação da ação de desaparafusamento.

[113] Uma vez que todos os parafusos 10 tenham sido removidos, a caixa 2 é removida do espaço intersomático do paciente.

[114] Além disso, a placa intersomática 120 é particularmente adaptada de modo que o implante vertebral 1 possa ser implantado na massa óssea da coluna vertebral de um paciente por via lateral, via posterior ou via anterior.

[115] Assim, o implante vertebral 1 de acordo com a invenção propõe uma solução pouco invasiva para assegurar a manutenção da posição ao longo do tempo de uma caixa 2 no espaço intersomático de um paciente.

[116] O implante vertebral 1 de acordo com a invenção também oferece a possibilidade de ser facilmente removível do corpo do paciente, caso venha a ser necessário.

POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO INDUSTRIAL

[117] A invenção encontra a sua aplicação industrial no projeto e na fabricação de implantes vertebrais e de seus respectivos sistemas de fixação nos ossos de um paciente.

Claims

1. Implante vertebral (1) planejado para ser implantado no espaço intersomático de um paciente compreendendo uma caixa intersomática (2) e pelo menos um parafuso de fixação (10) planejado para ser aparafusado na massa óssea através de uma cavidade (7) da dita caixa (2) para estabilizar a posição da dita caixa (2) dentro do espaço intersomático, tal implante (1) sendo caracterizado por a cavidade (7) e o parafuso (10) formarem um sistema para o autotravamento do parafuso (10) na cavidade (7), o dito sistema compreendendo um meio macho integral com o parafuso (10) e um meio fêmea formado pelas paredes (72) da cavidade (7), os ditos meios macho e fêmea sendo colocados com relativa flexibilidade que permite, durante o aparafusamento do parafuso (10) na massa óssea pela cavidade (7), um tensionamento mútuo e progressivo dos meios macho e fêmea até alcançar uma posição final de travamento do parafuso (10), na qual o meios macho e fêmea são mutuamente liberados, o meio macho sendo travado na posição pelo meio fêmea, o dito parafuso (10) compreendendo pelo menos uma cabeça (11) e um corpo principal (20), o dito meio fêmea sendo fixo e o dito meio macho sendo móvel e incluindo um sistema retrátil para modificar a circunferência da dita cabeça (11) permitindo, durante o aparafusamento, a flexibilidade relativa entre os ditos meios macho e fêmea , caracterizado poros ditos meios macho e fêmea serem colocados com uma relativa flexibilidade que permite, durante o desaparafusamento do parafuso (10), a partir da dita posição final, um tensionamento mútuo dos meios macho e fêmea até o destravamento do meio macho do meio fêmea.

2. Implante vertebral (1) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado poras paredes (72) da cavidade (7) formarem, a partir do orifício (71) da cavidade (7) e na direção do aparafusamento, uma primeira área de redução da seção transversal da cavidade (7), a dita primeira área permitindo a compressão radial centrípeta do dito sistema retrátil até um ressalto (73) que aumenta a seção transversal da cavidade (7) e que define uma segunda área que permite a expansão radial centrífuga do dito sistema retrátil, tal ressalto (73) formando também um local de apoio circular (74), perpendicular à direção de aparafusamento, e concebido para estar em contato com o dito sistema retrátil quando este está em expansão radial.

3. Implante vertebral (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, caracterizado poro referido sistema retrátil ser formado por pelo menos uma aba longitudinal (14) conectada pela sua base (15) à dita cabeça (11) e, portanto, formando pelo menos uma pétala que se estende radialmente sobre a dita cabeça (11), a tal pelo menos uma aba (14) sendo colocada de forma elasticamente móvel e tendo uma posição de descanso elástico.

4. Implante vertebral (1) de acordo com a reivindicação 3, caracterizado poro referido parafuso (10) incluir três abas longitudinais (14) dispostas na sua cabeça (11).

5. Implante vertebral (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por, na posição de descanso elástico, a aba longitudinal (14) estar afastada do eixo de rotação (co) do parafuso (10) por um ângulo (δ) compreendido entre 0 e 25 graus, de preferência entre 0 e 9 graus.

6. Implante vertebral (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pora dita cavidade (7) ter um eixo de revolução (H) que forma um ângulo (α) compreendido entre 0 e 45 graus, mais de preferência entre 20 e 40 graus, com o plano médio horizontal (πh) da dita caixa.

7. Implante vertebral (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado porincluir vários parafusos (10) e várias cavidades (7), de preferência, três parafusos (10) e três cavidades (7).

8. Implante vertebral (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pora dita caixa (2) incluir um ou vários entalhes correspondentes às formas de um acessório específico, de modo a assegurar um aperto firme da caixa.

9. Implante vertebral (1) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado poro dito parafuso (10) compreender pelo menos uma cabeça (11) e um corpo principal (20), o dito meio macho sendo formado pela referida cabeça (11) e as paredes (72) da cavidade (7), incluindo as porções móveis que permitem uma modificação da circunferência da cavidade (7), proporcionando, durante o aparafusamento, a dita flexibilidade relativa entre os ditos meios macho e fêmea.

10. Implante vertebral (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado poros seus diferentes elementos serem feitos de materiais como titânio, PEEK, PEKK, fibras de carbono ou de um material reabsorvível.

11. Implante vertebral (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pora referida caixa (2) ser feita de um material à base de titânio provida de poros que aumentam a superfície de troca entre a caixa (2) e o lado de fora, tais poros sendo obtidos pela técnica de soldagem a laser do titânio.

12. Implante vertebral (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado por compreender um meio (100) para ajustar a altura da caixa (2).

13. Implante vertebral (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado por o meio de ajuste (100) incluir um elemento de alongamento (103) disposto perto de um plano médio horizontal (πh) da caixa (2) e separando uma porção superior (101) e uma porção inferior (102) da caixa, o acionamento do elemento de alongamento (103) permitindo afastar a porção superior (101) da porção inferior (102) e mantê-la afastada na distância desejada desta última, de modo a variar a altura da dita caixa (2).

14. Implante vertebral (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado pora referida caixa (2) ser modular e compreender vários módulos separáveis.

15. Implante vertebral (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado pora referida caixa (2) compreender pelo menos dois módulos separáveis, por um lado um módulo superior (110) compreendendo um meio de conexão macho (112) e, por outro lado, um módulo inferior (111) compreendendo um meio de conexão fêmea (113), tal meio de conexão fêmea (113) sendo projetado para cooperar com o meio de conexão macho (112) de modo a montar o módulo superior (110) com o módulo inferior (111) para formar a referida caixa (2).

16. Implante vertebral (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 15, caracterizado poro meio de conexão macho (112) compreender uma corrediça em forma de L, o meio de conexão fêmea (113) compreender uma ranhura em forma de L cuja forma é complementar àquela da corrediça em forma de L, a corrediça e a ranhura sendo projetadas para cooperarem de modo deslizante uma com a outra, de modo que a montagem do módulo inferior (111) e do módulo superior (110) é feita por uma ação de deslizamento.

17. Implante vertebral (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 16, caracterizado porser concebido para ser implantado de preferência entre dois ossos da coluna vertebral do paciente, de preferência no nível cervical ou lombar.

18. Implante vertebral (1) concebido para ser implantado no espaço intersomático de um paciente compreendendo uma placa intersomática (120) e pelo menos um parafuso de fixação (10) concebido para ser aparafusado na massa óssea através de uma cavidade (7) da dita placa (120), para estabilizar a posição da dita placa (120) ao longo do espaço intersomático, tal implante (1) sendo caracterizado por a cavidade (7) e o parafuso (10) formarem um sistema para o autotravamento do parafuso (10) na cavidade (7), o dito sistema compreendendo um meio macho integral com o parafuso (10) e um meio fêmea formado pelas paredes (72) da cavidade (7), os ditos meios macho e fêmea sendo colocados com relativa flexibilidade que permite, durante o aparafusamento do parafuso (10) na massa óssea através da cavidade (7), um tensionamento mútuo e progressivo dos meios macho e fêmea até alcançar uma posição final de travamento do parafuso (10), na qual o meios macho e fêmea são mutuamente liberados, o meio macho sendo travado na posição pelo meio fêmea, o dito parafuso (10) compreendendo pelo menos uma cabeça (11) e um corpo principal (20), o dito meio fêmea sendo fixo e o dito meio macho sendo móvel e incluindo um sistema retrátil para modificar a circunferência da dita cabeça (11) permitindo, durante o aparafusamento, a flexibilidade relativa entre os ditos meios macho e fêmea, caracterizado poros ditos meios macho e fêmea serem colocados com uma relativa flexibilidade que permite, durante o desaparafusamento do parafuso (10) a partir da dita posição final, um tensionamento mútuo dos meios macho e fêmea até o destravamento do meio macho do meio fêmea.

19. Implante vertebral (1) de acordo com a reivindicação 18, caracterizado poras paredes (72) da cavidade (7) formarem, a partir do orifício (71) da cavidade (7) e na direção do aparafusamento, uma primeira área de redução da seção transversal da cavidade (7), a dita primeira área permitindo uma compressão radial centrípeta do dito sistema retrátil até um ressalto (73) que aumenta a seção transversal da cavidade (7) e que define uma segunda área que permite a expansão radial centrífuga do dito sistema retrátil, o dito ressalto (73) formando também um local de apoio circular (74), perpendicular à direção de aparafusamento, e concebido para estar em contato com o dito sistema retrátil quando este está em expansão radial .

20. Implante vertebral (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 18 a 19, caracterizado poro referido sistema retrátil ser formado por pelo menos uma aba longitudinal (14) conectada pela sua base (15) à dita cabeça (11) e, portanto, formando pelo menos uma pétala que se estende radialmente sobre a dita cabeça (11), a dita pelo menos uma aba (14) sendo montada de forma elasticamente móvel e tendo uma posição de descanso elástico.

21. Implante vertebral (1) de acordo com a reivindicação 20, caracterizado poro referido parafuso (10) incluir três abas longitudinais (14) dispostas na sua cabeça (11).

22. Implante vertebral (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 21, caracterizado por, na posição de descanso elástico, a dita aba longitudinal (14) estar afastada do eixo de rotação (co) do parafuso (10) por um ângulo (δ) compreendido entre 0 e 25 graus, de preferência entre 0 e 9 graus.

23. Implante vertebral (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 18 a 22, caracterizado por incluir vários parafusos (10) e várias cavidades (7), de preferência, três parafusos (10) e três cavidades (7).

24. Implante vertebral (1) de acordo com a reivindicação 18, caracterizado poro dito parafuso (10) compreender pelo menos uma cabeça (11) e um corpo principal (20), o dito meio macho sendo formado pela referida cabeça (11) e as paredes (72) da cavidade (7) incluindo as porções móveis que permitem uma modificação da circunferência da cavidade (7), proporcionando, durante o aparafusamento, a dita flexibilidade relativa entre os ditos meios macho e fêmea.

25. Implante vertebral (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 18 a 24, caracterizado pora cavidade (7) incluir uma rosca interna (121) concebida para cooperar com uma rosca da cabeça (122) do parafuso, a dita rosca da cabeça (122) estando localizada na cabeça do parafuso (11).

26. Kit médico caracterizado porser formado por um implante vertebral (1) tal como descrito em qualquer uma das reivindicações 1 a 25, e um acessório para o ajuste do dito implante vertebral no espaço intersomático de um paciente.