BR112014023298B1 - Embreagem sobreposta bidirecional do tipo pino e lingueta - Google Patents

Abstract

EMBREAGEM SOBREPOSTA BIDIRECIONAL DO TIPO PINO E LINGUETA. A presente invenção refere-se a uma embreagem sobreposta que tem membros interno e externo dispostos ao redor de um eixo geométrico rotacional com o membro externo radialmente para fora do membro interno. A embreagem inclui adicionalmente uma pluralidade de pinos que se projetam a partir de uma superfície radialmente interna do membro externo e uma superfície radialmente externa do membro interno. A embreagem inclui adicionalmente uma ou mais linguetas acopladas a um dos membros interno e externo. Cada uma das linguetas é móvel entre uma posição de engate, em que a lingueta está engatada a um dos pinos para transmitir torque entre os membros interno e externo e uma posição de desengate, em que a lingueta está desengatada do pino para permitir a rotação relativa dos membros interno e externo. Em uma modalidade, diferentes linguetas assumem sua respectiva posição de engate dependendo da direção giratória do um membro.

Description

Antecedentes da Invenção Campo da Invenção

[001] A presente invenção refere-se a uma embreagem sobreposta. Em particular, a presente invenção refere-se a uma embreagem que tem uma estrutura que permite controle aprimorado de engate de embreagem e cargas menores distribuídas de maneira mais igualitária nas superfícies de engate de embreagem. Antecedentes da Técnica

[002] As embreagens são usadas em muitas aplicações para engatar e desengatar de maneira seletiva um dispositivo de acionamento tal como um motor com um dispositivo acionado (por exemplo, um transportador ou um carretel para uma mangueira ou cabo) a fim de transferir torque do dispositivo de acionamento para o dispositivo acionado. Em muitas embreagens, o engate e/ou o desengate ocorrem através de atuação eletromagnética ou fluida ou mesmo manualmente pelo usuário. Esses métodos de atuação aumentam a complexidade operacional e o custo da embreagem. Para abordar esse problema, em outras embreagens, o engate e/ou o desengate ocorrem mecanicamente através, por exemplo, do uso de molas e/ou em resposta a forças externas que operam sobre a embreagem tal como força centrífuga.

[003] Um tipo convencional de embreagem que depende de atuação mecânica é uma embreagem centrífuga. Em uma embreagem centrífuga, um membro radialmente interno da embreagem é acoplado ao dispositivo de acionamento. Quando a velocidade de rotação do dispositivo de acionamento alcança um nível predeterminado, as sapatas ligadas ao membro interno da embreagem se movem radialmente para fora contra a indução das molas e engatam um membro radialmente externo da embreagem acoplada ao membro acionado. No entanto, as embreagens centrífugas têm diversas desvantagens. Em primeiro lugar, conforme as sapatas engatam a superfície do membro radialmente externo, as sapatas deslizam até que a força centrífuga alcance um nível suficiente para transmitir torque. Esse movimento deslizante resulta em atrito que aumenta temperaturas dentro da embreagem e o desgaste sobre as superfícies da embreagem. O desgaste gera partículas de metal que abrasam as superfícies da embreagem e causam desgaste ainda maior. Em segundo lugar, para alcançar força centrífuga suficiente, a velocidade angular e a massa das sapatas devem ser relativamente altas. Como um resultado, a embreagem é relativamente grande.

[004] Outro tipo convencional de embreagem que depende de atuação mecânica é uma embreagem de lingueta e cremalheira. Nesse tipo de embreagem, as linguetas são trazidas para engate com sulcos formados na superfície de um dos membros de embreagem tanto por carregamento da mola quanto por força centrífuga. Esse tipo de embreagem, no entanto, também têm diversas desvantagens. A formação dos sulcos exige produção especializada e tratamento a quente para aumentar a rigidez do material, aumentando, assim, os custos de produção e a complexidade. Os sulcos também têm bordas e cantos afiados que agem como elevadores de tensão e reduzem a durabilidade e resistência da embreagem. Adicionalmente, as superfícies relativamente planas do sulco dificultam o controle da posição exata de engate pelas linguetas e, quando linguetas múltiplas estão envolvi-das, é comum para uma ou mais linguetas engatar antes que outras causem divisão de carga desigual. Ainda adicionalmente, o desengate das linguetas dos sulcos exige movimento relativo reverso entre os membros de embreagem para fornecer afastamento suficiente. Em embreagens de catraca e lingueta em que o engate de embreagem resulta da força centrífuga, ainda há desvantagens adicionais. Em particular, conforme a velocidade de rotação aumenta e as linguetas se movem para fora, é difícil impedir contato indesejado entre as bordas afiadas das linguetas e os sulcos e o dano resultante a ambos. Adicionalmente, as linguetas engatam as superfícies dos sulcos a velocidades relativamente altas e, através disso, geram cargas de alto impacto. Para neutralizar essas cargas, as embreagens tendem a ser relativamente grandes e produzidas a partir de materiais de alta resistência, através disso, aumentando os custos.

[005] O inventor, no presente documento, reconheceu uma necessidade de uma embreagem sobreposta que minimizará e/ou eliminará uma ou mais das deficiências identificadas acima.

Breve Sumário da Invenção

[006] Uma embreagem aprimorada é fornecida. Em particular, é fornecida uma embreagem sobreposta que permite controle aprimorado de engate e desengate de embreagem e cargas menores distribuídas mais uniformemente sobre superfícies de engate de embreagem.

[007] Uma embreagem sobreposta de acordo com uma modalidade da presente invenção inclui um membro interno disposto sobre um eixo geométrico rotacional e um membro externo disposto sobre o eixo geométrico rotacional radialmente para fora do membro interno. A embreagem inclui adicionalmente uma pluralidade de pinos que se projetam a partir de uma dentre uma superfície radialmente interna do membro externo e uma superfície radialmente externa do membro interno. Finalmente, a embreagem inclui uma lingueta acoplada a um dos membros interno e externo. A lingueta é móvel entre uma posição de engate em que a lingueta é engatada com um pino da pluralidade de pinos para transmitir torque entre os membros interno e externo e uma posição de desengate em que a lingueta é desengatada do pino para permitir rotação relativa dos membros interno e externo. Em uma modalidade, a embreagem inclui adicionalmente um atuador disposto entre os membros interno e externo e configurado para engatar a lingueta mediante rotação do um membro e estimula a lingueta em direção à posição de engate.

[008] Uma embreagem sobreposta de acordo com outra modalidade da presente invenção inclui um membro interno disposto sobre um eixo geométrico rotacional e um membro externo disposto sobre o eixo geométrico rotacional radialmente para fora do membro interno. A embreagem inclui adicionalmente uma pluralidade de pinos que se projetam a partir de uma dentre uma superfície radialmente interna do membro externo e uma superfície radialmente externa do membro interno. A embreagem inclui adicionalmente uma primeira lingueta acoplada a um dos membros interno e externo. A primeira lingueta é móvel em resposta à rotação do um membro em uma primeira direção giratória de uma primeira posição de desengate em que a primeira lingueta é desengatada da pluralidade de pinos para permitir rotação relativa dos membros interno e externo para uma primeira posição de engate em que a primeira lingueta é engatada com um primeiro pino da pluralidade de pinos para ocasionar rotação de outro membro dos membros interno e externo na primeira direção giratória. A embreagem inclui adicionalmente uma segunda lingueta acoplada a um membro. A segunda lingueta é móvel em resposta à rotação do um membro em uma segunda direção giratória oposta à primeira direção giratória de uma segunda posição de desengate em que a segunda lingueta é desengatada da pluralidade de pinos para permitir rotação relativa dos membros interno e externo para uma segunda posição de engate em que a segunda lingueta é engatada com um do primeiro pino e um segundo pino da pluralidade de pinos para ocasionar rotação do outro membro na segunda direção giratória. De acordo com uma modalidade, a embreagem pode novamente incluir adicionalmente um atuador disposto entre os membros interno e externo e configurado para engatar a primeira lingueta mediante rotação do um membro na primeira direção giratória e impele a primeira lingueta em direção à primeira posição de engate e configurada para engatar a segunda lingueta mediante rotação do um membro na segunda direção giratória e impele a segunda lingueta em direção à segunda posição de engate.

[009] Uma embreagem sobreposta de acordo com a presente invenção é vantajosa em relação a embreagens elétricas convencionais acionadas manualmente ou por fluido devido ao fato de que a embreagem é menos complexa e menos dispendiosa. A embreagem é também vantajosa em relação a embreagens convencionais acionadas mecanicamente. Conforme comparada a embreagens centrífugas convencionais, nenhum atrito de deslize é criado e, através disso, reduz calor e desgaste na embreagem. Adicionalmente, devido ao fato da embreagem inventiva não ser dependente da velocidade do dispositivo de acionamento, a embreagem é menor que embreagens centrífugas convencionais enquanto transmite o mesmo torque. Conforme comparada a embreagens convencionais de catraca e lingueta, a embreagem inventiva não exige sulcos afiados na superfície de um dos membros de embreagem tampouco movimento relativo entre os membros de embreagem para permitir que as linguetas para afastar os sulcos. Como um resultado, a embreagem é mais fácil e menos dispendiosa de ser produzida e sofre menos tensão em engate. Adicionalmente, as linguetas engatam os pinos em uma localização relativamente precisa e, através disso, garante divisão de carga relativamente igual.

[0010] O antecedente e outros aspectos, recursos, detalhes, utilidades e vantagens da presente invenção serão aparentes a partir da leitura das reivindicações e descrição seguintes e a partir da análise dos desenhos em anexo.

Breve Descrição dos Desenhos

[0011] A Figura 1 é uma vista diagramática de um sistema que incorpora uma embreagem de acordo com os presentes ensinamentos.

[0012] As Figuras 2A a 2B são vistas em perspectiva de uma embreagem de acordo com uma modalidade dos presentes ensinamentos.

[0013] A Figura 3 é uma vista em corte transversal da embreagem das Figuras 2A a 2B tirada ao longo das linhas 3-3 da Figura 2A.

[0014] A Figura 4 é uma vista em perspectiva explodida de diversos componentes da embreagem das Figuras 2 a 3.

[0015] As Figuras 5A a 5B são vistas em corte transversal da embreagem das Figuras 2 a 3 tiradas ao longo das linhas 5-5 na Figura 3 e que ilustram o desengate e o engate da embreagem.

[0016] As Figuras 6A a 6B são vistas em perspectiva de uma embreagem de acordo com outra modalidade dos presentes ensinamentos.

[0017] A Figura 7 é uma vista em perspectiva explodida da embreagem das Figuras 6A a 6B.

[0018] A Figura 8 é uma vista em corte transversal da embreagem da Figura 6 tirada ao longo das linhas 8-8 na Figura 6.

[0019] As Figuras 9A a 9B são vistas em corte transversal da embreagem das Figuras 6 a 8 tiradas ao longo das linhas 9-9 na Figura 8 e que ilustram o desengate e o engate da embreagem.

[0020] A Figura 10 é uma vista em perspectiva de uma mola usada na embreagem das Figuras 6 a 8.

[0021] A Figura 11 é uma vista em corte transversal ampliada de uma porção da embreagem das Figuras 6 a 8.

Descrição Detalhada das Modalidades da Invenção

[0022] Agora, em referência aos desenhos em que números de referência similares são usados para identificar componentes idênticos nas várias vistas, a Figura 1 ilustra uma geração de energia e um sistema de transmissão 10. O sistema 10 inclui um dispositivo de acionamento 12 para gerar energia usada para acionar um dispositivo acionado 14. O dispositivo de acionamento 12 pode compreender um motor convencional que inclui, por exemplo, um motor elétrico, um motor hidráulico ou um motor pneumático. O dispositivo 12 pode incluir adicionalmente uma caixa de engrenagem convencional ou um redutor de velocidade (que pode ser combinado com o motor para formar um motor de engrenagem tradicional) para controlar a velocidade de saída e o torque entregue ao dispositivo acionado 14. O dispositivo 12 pode emitir torque de rotação através de um membro de saída 16 tal como um eixo ou outro corpo de rotação tal como uma engrenagem, uma polia ou uma roda dentada. O dispositivo de acionamento 14 pode compreender, por exemplo, um transportador ou um carretel nos quais é montada uma mangueira, um cabo elétrico ou um cabo de aço. Deve- se entender que a forma do dispositivo 14 dependerá da aplicação e de qual dispositivo 14 pode compreender qualquer um de uma ampla variedade dos dispositivos configurados para receber um torque de entrada. O dispositivo 14 pode inserir torque de entrada de rotação através de um membro de entrada 18 tal como um eixo ou outro corpo de rotação tal como uma engrenagem, uma polia ou uma roda dentada. O sistema 10 pode incluir adicionalmente uma embreagem 20 de acordo com a presente invenção. A embreagem 20, de maneira seletiva, acopla dispositivos 12, 14 para fornecer emissão de torque por dispositivo 12 para dispositivo 14. Em particular, a embreagem 20 recebe torque do membro de saída 16 do dispositivo 12 e, de maneira seletiva, transfere torque para o membro de entrada 18 do dispositivo 14. Deve-se entender que o membro de saída 16 pode ser formado no dispositivo 12 ou na embreagem 20 e, de maneira similar, aquele membro de entrada 18 pode ser formado no dispositivo 14 ou na embreagem 20.

[0023] Agora, em referência às Figuras 2 a 4, uma modalidade de uma embreagem 20 de acordo com a presente invenção é ilustrada. A embreagem 20 compreende uma embreagem sobreposta e, em particular, uma embreagem sobreposta bidirecional. Uma embreagem sobreposta é um tipo de embreagem mecânica que é projetada para acionamento em uma direção enquanto gira livremente ou se sobrepõe na direção oposta. Na direção de acionamento, a embreagem também gira livremente se a velocidade de rotação do dispositivo acionado exceder a velocidade de rotação do dispositivo de acionamento. As embreagens sobrepostas bidirecionais têm capacidade para acionamento e sobreposição em ambas as direções. Um dos benefícios de uma embreagem sobreposta é que a mesma permite que a sobreposição de cargas de inércia grandes em frenagem e impede qualquer dano de acionamento de recuo que possa ocorrer ao dispositivo de acionamento 12. A embreagem 20 pode incluir um membro interno 22, um membro externo 24, uma pluralidade de pinos de engate de mola 26, uma pluralidade de pinos de montagem 28, uma pluralidade de molas 30, uma pluralidade de pinos de engate de embreagem 32 e uma pluralidade de linguetas 34.

[0024] O membro interno 22 é configurado para receber um torque de entrada do membro de saída 16 do dispositivo de acionamento 12 que pode ser, de maneira seletiva, transferido para o membro externo 24 de embreagem 20 conforme descrito em maiores detalhes abaixo no presente documento. O membro 22 é anular em construção e configurado para receber um eixo (não mostrado) que se estende a partir de ou para o dispositivo 12 (por exemplo, o eixo pode compreender membro de entrada 16 ou pode ser acoplado ao membro de entrada 16). O membro 22 pode definir um rasgo de chaveta 36 ou chave configurada para engatar uma chave compatível ou rasgo de chaveta, respectivamente, no eixo a fim de acoplar o membro 22 ao eixo para rotação sobre um eixo geométrico rotacional 38. O diâmetro da superfície radialmente externa do membro 22 varia, tal que o membro 22 define um flange que se estende radialmente para fora 40 disposto em uma extremidade axial ou longitudinal do membro 22 e outro flange que se estende radialmente para fora 42 disposto entre as extremidades axial e longitudinal de membro 22. O flange 42 pode definir uma ou mais passagens espaçadas de maneira circunferencial que se estendem radialmente 44 configuradas para receber parafusos de ajuste (não mostrados) usados para reter a embreagem 10 sobre um eixo. Em referência à Figura 4, os flanges 40, 42, definem orifícios alinhados axialmente 46, 48 e 50, 52 configurados para receber extremidades longitudinais opostas de pinos 26, 28, respectivamente. Novamente em referência à Figura 3, uma porção de diâmetro reduzida 54 de membro 22 entre os flanges 40, 42, define um recesso 56 através do qual os pinos 26, 28 se estendem e que é configurado para receber molas 30 e linguetas 34 dispostas nos pinos 26 e 28, respectivamente. Outra porção de diâmetro reduzida 58 de membro 22 é disposta na extremidade axial oposta de membro 22 e configurada para dar suporte a uma porção de membro externo 24 na mesma.

[0025] O membro externo 24 é configurado para transferir torque para o dispositivo acionado 14. O membro 24 é anular em construção e disposto sobre o eixo geométrico 38 radialmente para fora do membro interno 22. O membro 24 define uma porção de diâmetro reduzida 60 em uma extremidade axial ou longitudinal de membro 24 configurada para ser recebida na porção 58 de membro interno 22. Uma película fina de lubrificante pode ser disposta entre a porção 60 de membro 24 e a porção 58 de membro 22. De maneira alternativa, um rolamento (por exemplo, rolamento de manga ou rolamento de cilindro) pode estar disposto entre os membros 58, 60. O diâmetro da superfície radialmente externa da porção 60 pode variar para definir um ombro 62 contra o qual uma engrenagem ou roda dentada 64 pode ser montada para se conectar ao membro de entrada 18 do dispositivo acionado 14 tanto diretamente quanto, por exemplo, através de uma correia. O membro 24 também define uma porção de diâmetro ampliada 66 em uma extremidade axial ou longitudinal oposta do membro 24. O diâmetro interno da porção 66 é dimensionado para receber flanges 40, 42 de membro interno 22 enquanto permitem espaço para os pinos 32 que estão dispostos radialmente para fora dos flanges 40, 42. A porção 66 define um par de paredes que se estendem radialmente 68, 70 em extremidades longitudinais opostas da porção 66. As paredes 68, 70 definem uma pluralidade de orifícios axialmente alinhados espaços de maneira circunferencial 72, 74, respectivamente, configurada para receber extremidades longitudinais opostas de pinos 32 tal que uma porção de cada pino 32 é intermediária às extremidades longitudinais do pino 32 e que está voltada para as linguetas 34 é exposta.

[0026] Os pinos de engate de mola 26 fornecem meios para reter uma extremidade de cada mola 30, de modo que as molas 30 possam ser expandidas e retornadas para um estado de não tensionado. As extremidades longitudinais de pinos 26 podem ser recebidas dentro de orifícios 46, 48, respectivamente, em flanges 40, 42 do membro interno 22. Na modalidade ilustrada, há metade do número de pinos de engate de mola 26 uma vez que há pinos de montagem 28 e os pinos 26, 28 são dispostos de modo que um único pino de engate de mola 26 seja disposto de maneira circunferencial entre dois pinos de montagem 28. Cada pino de engate de mola 26 pode ser configurado para reter uma extremidade de duas molas 30 (isto é, a extremidade de uma mola sustentada em cada um dos pinos de montagem adjacentes 28).

[0027] Os pinos de montagem 28 fornecem meios para molas de montagem 30 e linguetas 34 no membro interno 22. As extremidades longitudinais dos pinos 26, 28 podem ser recebidas dentro de orifícios 48, 52, respectivamente, em flanges 40, 42 de membro interno 22. Cada pino de montagem 28 é configurado para dar suporte a uma única mola 30 e uma única lingueta 34 e define um eixo geométrico 76 sobre o qual a lingueta 34 pode pivotar conforme discutido em maior detalhe abaixo no presente documento.

[0028] As molas 30 são fornecidas para direcionar linguetas 34 para uma posição de desengate (consulte a Figura 5A). As molas 30 podem compreender molas de bobina convencional. Uma mola 30 pode estar disposta sobre cada pino de montagem 28. Em referência à Figura 4, as molas 30 podem estar dispostas em ambos os lados de uma lingueta correspondente 34 com o lado determinado pela orientação da lingueta 34. Cada mola 30 pode ter uma primeira extremidade acoplada ao pino de engate de mola 26 e uma segunda extremidade acoplada à lingueta 34. De maneira alternativa, a extremidade acoplada ao pino de engate de mola 26 pode ser acoplada a uma superfície de membro 22.

[0029] Os pinos de engate de embreagem 32 fornecem meios para que as linguetas 34 engatem de maneira seletiva o membro externo 24 a fim de acoplar membros externo e interno 22, 24 para rotação. Os pinos 32 podem compreender pinos de encaixe. As extremidades longitudinais opostas de cada pino 32 são recebidas dentro de orifícios 72, 74 nas paredes 68, 70, respectivamente, do membro 24 de modo que uma superfície arredondada de cada pino 32 intermediária às extremidades longitudinais do pino 32 possa ser engatada por linguetas 34. O uso de pinos 32 com superfícies arredondadas como opostos aos sulcos convencionais formados na superfície de membro externo 24 representam um aprimoramento significativo em relação às embreagens convencionais. O uso de pinos 32 torna a produção de membro externo 24 menos complexa e elimina a necessidade por tratamento a quente da superfície de membro 24. A eliminação das bordas e cantos afiados encontrados nos sulcos típicos reduz a tensão na embreagem, aumentando, assim, a durabilidade e a resistência da embreagem e torna mais fácil impedir contato indesejado entre as linguetas 34 e o membro externo 24 e qualquer dano resultante. Adicionalmente, as superfícies arredondadas de pinos 32 tornam mais fácil controlar a posição de engate por linguetas 34, promovendo, assim, a divisão de carga ainda mais igual e uma redução em cargas de impacto, reduzindo, assim, o tamanho e o custo de produção da embreagem. Ainda adicionalmente, o uso de pinos 32, em vez de sulcos convencionais, reduz a distância exigida para desengatar as linguetas 34 e, portanto, eliminar a necessidade por movimento relativo entre os membros interno e externo da embreagem para desengatar a embreagem.

[0030] As linguetas 34 são fornecidas para engatar pinos 32 a fim de transferir torque do membro interno 22 para o membro externo 24. Cada lingueta 34 é sustentada em um pino de montagem 28 e gira ao redor do eixo geométrico rotacional 76 que se estende através do pino 28. Em referência à Figura 5A, cada lingueta 34 pode, em corte transversal, definir superfícies internas e externas de maneira radial 78, 80 que são substancialmente retas e se estendem de maneira substancial em paralelo uma a outra. As superfícies 78, 80 se estendem de maneira circunferencial em relação ao eixo geométrico 38 ou eixo geométrico 76 quando a lingueta 34 está em uma posição de desengate conforme mostrado na Figura 5A e a superfície radialmente externa 80 pode ser maior que a superfície radialmente interna 78. A lingueta 34 pode definir adicionalmente uma superfície 82 que se estende em uma direção geralmente radial em relação ao eixo geométrico 38 ou ao eixo geométrico 76 entre as superfícies 78, 80, que é substancialmente reta, mas se curva em ambas as extremidades para encontrar as superfícies 78, 80. A lingueta 34 pode definir adicionalmente uma superfície côncava curvada 84 que tem uma extremidade que se estende de uma extremidade da superfície 78 oposta à extremidade na qual a superfície 78 encontra a superfície 82. Finalmente, a lingueta 34 pode definir superfície de engate 86 que se estende entre a extremidade oposta da superfície côncava 84 e a superfície 80. A superfície de engate 86 pode ser curvada e definir um segmento arcado de um círculo que é concêntrico com o orifício na lingueta 34 através da qual o pino de montagem 28 se estende (isto é, é centralizado sobre o eixo geométrico 76) e, através disso, permite o desengate da embreagem sem movimento relativo entre os membros 22, 24. De maneira alternativa, a superfície de engate 86 necessita não ser concêntrica com o orifício (com um aumento resultante em densidade de torque) se o movimento relativo for aceitável para desengate da embreagem. Embora uma configuração particular para a lingueta 34 tenha sido descrita no presente documento, deve-se entender que a lingueta 34 pode ser configurada em uma variedade de maneiras. As linguetas 34 podem ser configuradas ou conformadas tal que um centro de gravidade (ilustrado por ponto 88 na Figura 5A) está afastado do eixo geométrico 76 e, em particular, tal que uma distância radial do eixo geométrico rotacional 38 para o centro de gravidade 88 é maior do que uma distância radial do eixo geométrico 38 para o eixo geométrico 76 sobre o qual a lingueta 34 pivota. Conforme a velocidade de rotação do dispositivo de acionamento 12 aumenta - e, portanto, a velocidade de rotação do membro interno 22 da embreagem 16 aumenta -- a aceleração angular (isto é, a taxa na qual a velocidade é aumentada) é transferida através de pinos de montagem 28 para linguetas 34 que criam um vetor de força 90 que tem uma origem no eixo geométrico 76. Um vetor de força de reação correspondente 92 é criado na direção oposta com uma origem no centro de gravidade 88 da lingueta 34. Devido ao fato de que as origens estão afastadas, a combinação dos vetores de força se combina para ocasionar rotação da lingueta 34 até que a superfície de engate 86 de lingueta 34 seja trazida para engate com um dos pinos 32 em uma posição de engate, conforme mostrado na Figura 5B. Uma vez engatado, o atrito entre a lingueta 34 e o pino 32 mantém o engate até que o torque de acionamento seja removido. Devido ao fato de que as linguetas 34 são ativadas pela aceleração angular em vez de velocidade como em uma embreagem centrífuga ou uma embreagem convencional de lingueta e cremalheira, as linguetas 34 engatam mais rapidamente e antes que o dispositivo de acionamento 12 alcance sua velocidade de operação normal. Como um resultado, cargas de impacto são reduzidas em relação àquelas encontradas em embreagens convencionais de catraca e lingueta de centrífuga e o tamanho geral da embreagem pode ser reduzido.

[0031] As linguetas 34 são dispostas em dois grupos para fornecer engate bidirecional. Em particular, pares de linguetas 34A, 34B estão localizados de maneira circunferencial e adjacentes uns aos outros em pinos de montagem 28 que estão dispostos em cada lado de um pino de engate de mola 26. As linguetas 34A, 34B são dispostas em orientações opostas. A rotação do membro 22 em uma direção giratória (sentido anti-horário na modalidade ilustrada) faz com que a lingueta 34A se mova (por rotação em sentido horário sobre o eixo geométrico 76) de uma posição de desengate mostrada na Figura 5A em que a lingueta 34A é desengatada dos pinos 32 para permitir rotação relativa dos membros interno e externo 22, 24 para uma posição de engate mostrada na Figura 5B em que lingueta 34A é engatada com um dos pinos 32 para ocasionar rotação do membro 24 na mesma (sentido anti- horário) direção giratória. Devido à orientação oposta da lingueta 34B, a rotação em sentido horário da lingueta 34B transmitida por vetor de forças 90, 92 impede que a lingueta 34B se mova para uma posição de engate. A rotação do membro 22 na direção giratória oposta (sentido horário na modalidade ilustrada) faz com que a lingueta 34B se mova (por rotação em sentido anti-horário sobre o eixo geométrico 76) de uma posição de desengate mostrada na Figura 5A em que lingueta 34B é desengatada dos pinos 32 para permitir rotação relativa dos membros interno e externo 22, 24 para uma posição de engate em que lingueta 34B é engatada com um dos pinos 32 para ocasionar rotação do membro 24 na mesma (sentido horário) direção giratória. Novamente, devido à orientação oposta da lingueta 34A, a rotação em sentido anti- horário da lingueta 34A transmitida por vetor de forças 90, 92 impede a lingueta 34A de se mover para uma posição de engate.

[0032] Deve-se entender que a orientação e operação da embreagem 20 devem ser modificadas de diversas maneiras. Por exemplo, na modalidade ilustrada, as molas 30 direcionam linguetas 34 para uma posição de desengate e aceleração angular que resulta da rotação do membro interno 22 que faz com que as linguetas 34 se movam para uma posição de engate com pinos 32. Em uma modalidade alternativa configurada para uso como uma embreagem não reversível, as molas 30 podem direcionar linguetas 34 para uma posição de engate enquanto a aceleração angular que resulta da rotação do membro interno 22 faz com que as linguetas 34 se movam para uma posição de desengate. Nessa modalidade, as linguetas 34 são configuradas de tal modo que um centro de gravidade esteja afastado de eixo geométrico 76 e, em particular, de tal modo que uma distância radial do eixo geométrico rotacional 38 para o centro de gravidade 88 seja menor que uma distância radial do eixo geométrico 38 para o eixo geométrico 76 sobre o qual a lingueta 34 pivota. Como um resultado, a combinação de vetores de força 90, 92 impulsiona as linguetas 34 para uma posição desengatada. Em uma variação dessa configuração, as linguetas 34 podem todas ter a mesma orientação (conforme opostas às orientações opostas das linguetas 34A, 34B na modalidade ilustrada) de tal modo que a embreagem possa funcionar como uma embreagem não reversível em vez de uma embreagem sobreposta bidirecional. A embreagem teria várias vantagens em relação à embreagem não reversível de rolamento em rampa ou unidirecional devido ao fato de que a embreagem forneceria uma densidade de torque mais alta ainda que seja mais simples em construções e menos dispendiosa. Em outra modalidade alternativa, os pinos 32 podem ser dispostos em uma superfície radialmente externa do membro interno 22 enquanto as linguetas 34 são montadas sobre o membro externo 24. As linguetas 34 podem ser novamente configuradas de modo que o centro de gravidade ocasione uma rotação desejada das linguetas 34 para engatar ou desengatar pinos 32 (dependendo, novamente, se as linguetas são direcionadas para uma posição de desengate ou posição de engate, respectivamente).

[0033] Agora, em referência às Figuras 6 a 8, uma embreagem 94 de acordo com outra modalidade da presente invenção é ilustrada. A embreagem 94 pode incluir um membro interno 96, um membro externo 98, um atuador 100, uma pluralidade de pinos de engate de mola 102, uma pluralidade de pinos de montagem 104, uma pluralidade de molas 106, uma pluralidade de pinos de engate de embreagem 108 e uma pluralidade de linguetas 110. A embreagem 94 é destinada para uso em aplicações de velocidade mais baixa conforme comparada à embreagem 20 em que assistência pode ser exigida para mover linguetas 110 de uma posição de desengate para uma posição de engate.

[0034] O membro interior 96 é configurado para transferir torque ao membro de entrada 18 do dispositivo de acionamento 14. O membro 96 é anular em construção e configurado para receber um eixo (não mostrado) que se estende a partir de ou para o dispositivo 14 (por exemplo, o eixo pode compreender membro de saída 18 ou pode ser acoplado ao membro de entrada 18). O membro 96 pode definir uma pluralidade de ranhuras 112 (consulte a Figura 6) configurada para engatar um conjunto compatível de ranhuras no eixo a fim de acoplar o membro 96 ao eixo para rotação sobre um eixo geométrico rotacional 114. O diâmetro da superfície radialmente externa do membro 96 varia de tal modo que o membro 96 defina os flanges que se estendem radialmente para fora 116, 118 dispostos em extremidades axial e longitudinal opostas do membro 96. Os flanges 116, 118 definem uma pluralidade de orifícios axialmente alinhados espaçados de maneira circunferencial 120, 122 respectivamente, configurados para receber extremidades longitudinais opostas de pinos 108 de tal modo que uma porção de cada pino 108 seja intermediária às extremidades longitudinais do pino 108 e esteja voltada para as linguetas 110 expostas.

[0035] O membro externo 98 é configurado para receber um torque de entrada do membro de saída 16 do dispositivo de acionamento 12 que pode ser transferido de maneira seletiva para o membro interno 96 da embreagem 94 conforme descrito em maior detalhe abaixo no presente documento. O membro 98 é anular em construção e configurado para receber o membro interno 96 e uma porção do atuador 100 no mesmo. O membro 98 é disposto sobre o eixo geométrico 114 radialmente para fora do membro interno 96. O membro 98 define um orifício 124 configurado para receber um eixo (não mostrado) que se estende a partir de ou para o dispositivo 12 (por exemplo, o eixo pode compreender membro de entrada 16 ou pode ser acoplado ao membro de entrada 16). No entanto, deve-se entender que o membro 98 pode incluir de maneira alternativa uma polia ou engrenagem de acionamento ligada ao membro externo 98. O membro 98 é adicionalmente configurado para receber pinos de engate de mola 102 e pinos de montagem 104. Em particular, uma parede que se estende radialmente 126 define orifícios 128, 130 configurados para receber uma extremidade longitudinal de pinos 102, 104, respectivamente. A superfície radialmente interna do membro 98 define adicionalmente uma pluralidade de recessos que se estendem axial ou longitudinalmente 132 configurados para receber pinos 104.

[0036] O atuador 100 é fornecido para forçar as linguetas 110 para engate com os pinos 108 sob rotação do membro externo 98 em resposta a um torque de acionamento fornecido pelo dispositivo de acionamento 12 ou em resposta a uma força externa que age sobre o atuador 100. O atuador 100 é anular em construção e disposto sobre o eixo geométrico 114. Uma pluralidade de imãs 134 pode de estender de um lado do atuador 100 para uso em criação de rotação relativa entre o atuador 100 e o membro externo 98 (por exemplo, por aplicação de uma força externa). Uma pluralidade de garras 136 se estende do lado oposto do atuador 100 e é recebida dentro do membro externo 98. Em particular, e com referência às Figuras 9A a B, as garras 136 estão dispostas de maneira circunferencial entre duas linguetas 110 de tal modo que, sob rotação relativa entre o membro externo 98 e o atuador 100, as garras 136 engatem as linguetas 110 e impilam as linguetas 110 para engate com os pinos 108. Embora as garras 136 mostrem-se substancialmente retilíneas em corte transversal na modalidade ilustrada, deve-se entender que o formato das garras 136 pode ser variado e pode, por exemplo, compreender pinos arredondados. O atuador 100 pode ser colocado em engate de atrito com um membro fixo em dispositivos acionados ou de acionamento 12, 14 ou outro objeto fixo de tal modo que a rotação do membro externo 98 resulte em um período da rotação relativa em que as linguetas 110 são trazidas para engate com as garras 136 por virtude de rotação do membro externo 98. Mediante o engate das linguetas 110 com as garras 136, o atuador 100 gira com o membro externo 98. O atuador 100 pode ser colocado em engate de atrito com o membro fixo por força eletromagnética ou força magnética (força de fluido ou força de mola). O atuador 100 pode ser retornado para essa posição quando o torque de acionamento não for mais fornecido pelas ações das molas 106 que forçam as linguetas 110 e, através disso, as garras 136 de volta para uma posição desengatada. De maneira alternativa, uma mola separada (não mostrada) ou rotação reversa do membro 98 podem ser usadas para retornar o atuador 100 para uma posição em que as garras 136 são desengatadas das linguetas 110.

[0037] Os pinos de engate de mola 102 fornecem meios para reter molas 106, de modo que as molas 106 possam ser expandidas e retornadas para um estado não tensionado. As extremidades longitudinais dos pinos 102 podem ser recebidas dentro de orifícios 128 na parede 126 do membro externo 98. Na modalidade ilustrada, existe metade de um número de pinos de engate de mola 102 quanto existem pinos de montagem 104 e os pinos 102, 104 são dispostos de modo que um único pino de engate de mola 102 esteja disposto de maneira circunferencial entre dois pinos de montagem 104.

[0038] Os pinos de montagem 104 fornecem meios para montar as linguetas 110 sobre o membro externo 98. As extremidades longitudinais dos pinos 104 podem ser recebidas dentro dos orifícios 130 na parede 126 do membro externo 98 e podem ser adaptadas dentro de orifícios 130. Cada pino de montagem 104 é configurado para dar suporte a uma única lingueta 110 e definir um eixo geométrico sobre o qual a lingueta 110 possa pivotar conforme discutido em maior detalhe abaixo no presente documento.

[0039] As molas 106 são fornecidas para induzir as linguetas 110 para uma posição de desengate (consulte a Figura 9A). Em referência às Figuras 10 a 11, as molas 106 podem compreender um feixe de molas que tem um lado radialmente interno configurado para receber o pino 102 e um lado radialmente externo configurado para engatar as linguetas 110 em cada lado do pino 102 para reter as linguetas 110 e direcionar as linguetas 110 para uma posição de desengate. O engate de uma lingueta 110 por uma garra 136 do atuador 100 impulsiona a lingueta 110 para uma posição de engate (consulte a Figura 9B) contra a força da mola 106. Deve-se entender que as molas 106 podem assumir uma variedade de formas. Por exemplo, as molas 106 podem compreender molas de bobina dispostas sobre pinos de montagem 104 e acopladas a uma extremidade a uma lingueta correspondente 110 e em outra extremidade a um pino de engate de mola como na embreagem 20 ou a uma superfície do membro 98.

[0040] Os pinos de engate de embreagem 108 fornecem meios para que linguetas 110 seletivamente engatem o membro interno 96 a fim de acoplar os membros externo e interno 96, 98 para rotação. Os pinos 108 podem compreender pinos de encaixe. As extremidades longitudinais opostas de cada pino 108 são recebidas dentro de orifícios 120, 122 nos flanges 116, 118, respectivamente, do membro 96 de modo que uma superfície arredondada de cada pino 108 intermediário às extremidades longitudinais do pino 108 possa ser engatada por linguetas 110. Novamente, o uso de pinos 108 com superfícies arredondadas em oposição aos sulcos convencionais formados na superfície do membro interno 96 representa um aprimoramento significativo em relação às embreagens convencionais. O uso de pinos 108 torna a produção do membro interno 96 menos complexa e elimina a necessidade de tratamento térmico da superfície do membro 96. A eliminação das bordas e cantos afiados encontrados em sulcos típicos reduz a tensão na embreagem, aumentando, assim, a resistência e a durabilidade da embreagem e torna mais fácil impedir contato indesejado entre as linguetas 110 e o membro interno 96 e qualquer dano resultante. Adicionalmente, as superfícies arredondadas de pinos 108 tornam mais fácil controlar a posição de engate por linguetas 110, promovendo, assim, divisão de carga mais uniforme e uma redução em cargas de impacto, reduzindo, assim, o tamanho e o custo de produção da embreagem. Ainda adicionalmente, o uso de pinos 108 em vez de sulcos convencionais reduz a distância exigida para desengatar as linguetas 110 e, portanto, elimina a necessidade por movimento relativo entre os membros interno e externo da embreagem para desengatar a embreagem.

[0041] As linguetas 110 são fornecidas para engatar pinos 108 a fim de transferir torque do membro externo 98 para o membro interno 96. Cada lingueta 110 é sustentada em um pino de montagem 104 e pivota ao redor do eixo geométrico rotacional que se estende através do pino 104. Em referência à Figura 9A, cada lingueta 110 pode, em corte transversal, definir superfícies internas e externas de maneira radial 138, 140 que são substancialmente retas e se estendem substancialmente paralelas entre si. As superfícies 138, 140 se estendem de maneira circunferencial em relação ao eixo geométrico 114 e ao eixo geométrico rotacional do pino de montagem 104 quando a lingueta 110 está em uma posição de desengate conforme mostrado na Figura 9A. A superfície radialmente externa 140 é menor que a superfície radialmente interna 138 e está localizada de maneira intermediária às extremidades circunferenciais da lingueta 110. A lingueta 110 define adicionalmente uma superfície côncava 142 configurada para receber o pino de montagem 104 e que está disposta em um lado circunferencial da superfície externa 140. A lingueta 110 define adicionalmente uma superfície curvada ou arcada 144 configurada para engatar uma garra 136 no atuador 100 que está disposto no lado circunferencial oposto da superfície externa 140. A lingueta 110 define adicionalmente uma superfície de engate 146 que se estende entre a superfície curvada 144 e a superfície externa 140. A superfície de engate 146 pode ser curvada e define um segmento arcado de um círculo que é concêntrico com um círculo definido pela superfície 142 centralizada sobre o eixo geométrico que se estende através do pino 104, permitindo, assim, o desengate da embreagem sem o movimento relativo entre os membros 96, 98. De maneira alternativa, a superfície de engate 146 não precisa ser concêntrica com a superfície 142 (com um aumento resultante na densidade de torque) se o movimento relativo for aceitável para desengate da embreagem. Embora uma configuração particular para lingueta 110 tenha sido descrita no presente documento, deve ser novamente entendido que as linguetas 110 podem ser configuradas em uma variedade de maneiras. Conforme referido acima no presente documento, mediante rotação do membro externo 98 em resposta a um torque de acionamento, o movimento relativo é criado entre o membro externo 98 e o atuador 100. Conforme mostrado na Figura 9B, a superfície 144 engata uma garra correspondente 136 que força a lingueta 110 a pivotar sobre um eixo geométrico rotacional do pino de montagem 104. Essa ação força a superfície de engate 146 para engate com pino 108 para transferir torque ao membro interno 96 e ao dispositivo acionado 14. Uma vez engatado, o atrito entre a lingueta 110 e o pino 108 mantém o engate até que o torque de acionamento seja removido ou até que uma condição de sobreposição ocorra. As molas 106, então, impelem as linguetas 110 de volta para uma posição de desengate conforme mostrado na Figura 9A.

[0042] As linguetas 110 são novamente dispostas em dois grupos para fornecer engate bidirecional. Em particular, pares de linguetas 110A, 110B estão localizados, de maneira circunferencial, adjacentes uns aos outros sobre os pinos de montagem 104 que estão dispostos em cada lado de um pino de engate de mola 102. As linguetas 110A, 110B são dispostas em orientações opostas. A rotação do membro 98 em uma direção giratória (sentido horário na modalidade ilustrada) faz com que a lingueta 110A se mova (por rotação em sentido horário sobre o eixo geométrico do pino 104) de uma posição de desengate mostrada na Figura 9A em que lingueta 110A é desengatada dos pinos 108 para permitir rotação relativa dos membros interno e externo 96, 98 para uma posição de engate mostrada na Figura 9B em que a lingueta 110A é engatada com um dos pinos 108 para ocasionar a rotação do membro 96 na mesma (sentido horário) direção giratória. A rotação do membro 98 na direção giratória oposta (sentido anti-horário na modalidade ilustrada) faz com que a lingueta 110B se mova (por rotação em sentido anti-horário sobre o eixo geométrico do pino 104) de uma posição de desengate mostrada na Figura 9A em que a lingueta 110B é desengatada dos pinos 108 para permitir rotação relativa dos membros interno e externo 96, 98 para uma posição de engate em que a lingueta 110B é engatada com um dos pinos 108 para ocasionar rotação do membro 96 na mesma (sentido anti-horário) direção giratória.

[0043] Uma embreagem sobreposta 20 ou 94 de acordo com a presente invenção é vantajosa em relação às embreagens elétricas convencionais acionadas manualmente ou por fluido devido ao fato de que a embreagem 20 ou 94 é menos complexa e menos dispendiosa. A embreagem 20 ou 94 é também vantajosa em relação às embreagens convencionais acionadas mecanicamente. Em comparação às embreagens centrífugas convencionais, nenhum atrito de deslize é criado, reduzindo, assim, calor e desgaste na embreagem. Adicionalmente, devido ao fato de que a embreagem inventiva 20 ou 94 não é dependente da velocidade do dispositivo de acionamento, a embreagem é menor que as embreagens centrífugas convencionais enquanto transmite o mesmo torque. Em comparação às embreagens convencionais de catraca e lingueta, a embreagem inventiva não exige sulcos afiados na superfície de um dos membros de embreagem tampouco movimento relativo entre os membros de embreagem para permitir que as linguetas afastem os sulcos. Como um resultado, a embreagem 20 ou 94 é mais fácil e menos dispendiosa para ser produzida e sofre menos tensão sob engate. Adicionalmente, as linguetas 34 de 110 engatam os pinos 32 ou 108 em uma localização relativamente precisa, garantindo, assim, uma divisão de carga relativamente igual.

[0044] Apesar de a invenção ter sido mostrada e descrita com referência a uma ou mais modalidades particulares da mesma, será entendido por aqueles versados na técnica que várias mudanças e modificações podem ser feitas sem afastamento do espírito e do escopo da invenção.

Claims (19)

1. Embreagem sobreposta (20, 94) que compreende: um membro interno (22, 96) disposto ao redor de um primeiro eixo geométrico rotacional (38, 114), um membro externo (24, 98) disposto ao redor do dito primeiro eixo geométrico rotacional (38, 114) radialmente para fora do dito membro interno (22, 96), caracterizada pelo fato de que uma pluralidade de pinos (32, 108) que se projetam a partir de uma dentre uma superfície radialmente interna do dito membro externo (24, 98) e uma superfície radialmente externa do dito membro interno (22, 96); uma primeira lingueta (34A, 110A) acoplada a um dos ditos membros interno e externo (22, 24, 96, 98), em que a dita primeira lingueta (34A, 110A) é móvel entre uma primeira posição de engate, em que a dita primeira lingueta (34A, 110A) está engatada a um primeiro pino (32, 108) da dita pluralidade de pinos (32, 108) para transmitir torque entre os ditos membros interno e externo (22, 24, 96, 98) e uma primeira posição de desengate, em que a dita primeira lingueta (34A, 110A) está desengatada do dito primeiro pino (32, 108) para permitir a rotação relativa dos ditos membros interno e externo (22, 24, 96, 98).

2. Embreagem sobreposta (20, 94), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a dita primeira lingueta (34A, 110A) é sustentada em um pino de montagem (28, 104) que se estende do dito um membro (22, 24, 96, 98), em que o dito pino de montagem (28, 104) define um ponto de pivô para a dita primeira lingueta (34A, 110A).

3. Embreagem sobreposta (28, 104), de acordo com a reivin-dicação 1, caracterizada pelo fato de que compreende adicionalmente uma mola (30, 106) que direciona a dita primeira lingueta (34A, 110A) para uma dentre a dita primeira posição de engate e a dita primeira posição de desengate.

4. Embreagem sobreposta (20, 94), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a dita primeira lingueta (34A, 110A) gira ao redor de um segundo eixo geométrico rotacional (76) e um centro de gravidade (88) da dita primeira lingueta (34A, 110A) está deslocado do dito segundo eixo geométrico rotacional (76).

5. Embreagem sobreposta (20, 94), de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de que uma distância radial do dito primeiro eixo geométrico rotacional (38, 114) para o dito centro de gravidade (88) é maior do que uma distância radial do dito primeiro eixo geométrico rotacional (38, 114) para o dito segundo eixo geométrico rotacional (76).

6. Embreagem sobreposta (94), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que compreende adicionalmente um atuador (100) disposto entre os ditos membros interno e externo (96, 98), em que o dito atuador (100) está configurado para se engatar na dita primeira lingueta (110A) mediante rotação do dito um membro (96, 98) e impelir a dita primeira lingueta (110A) na direção da dita primeira posição de engate.

7. Embreagem sobreposta (20, 94), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que compreende adicionalmente uma segunda lingueta (34B, 110B) acoplada ao dito um membro (22, 24, 96, 98), em que a dita segunda lingueta (34B, 110B) é móvel entre uma segunda posição de engate em que a dita segunda lingueta (34B, 110B) está engatada a um dentre o dito primeiro pino (32, 108) e um segundo pino (32, 108) da dita pluralidade de pinos (32, 108) para transmitir torque entre os ditos membros interno e externo (22, 24, 96, 98) e uma segunda posição de desengate, em que a dita segunda lingueta (34B, 110B) está desengatada do dito um pino (32 oi 108) para permitir a rotação relativa dos ditos membros interno e externo (22, 24, 96, 98).

8. Embreagem sobreposta (20, 94), de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato de que a rotação do dito um membro (22, 24, 96, 98) em uma primeira direção giratória faz com que a dita primeira lingueta (34A, 110A) assuma a dita primeira posição de engate e a dita segunda lingueta (34B, 110B) assuma a dita segunda posição de desengate.

9. Embreagem sobreposta (20, 94), de acordo com a reivindicação 8, caracterizada pelo fato de que a rotação do dito um membro (22, 24, 96, 98) em uma segunda direção giratória oposta à dita primeira direção giratória faz com que a dita primeira lingueta (34A, 110A) assuma a dita primeira posição de desengate e a dita segunda lingueta (34B, 110B) assuma a dita segunda posição de engate.

10. Embreagem sobreposta (20, 94), de acordo com a reivin-dicação 7, caracterizada pelo fato de que a rotação do dito um membro (22, 24, 96, 98) em uma primeira direção giratória faz com que a primeira lingueta (34A, 110A) se mova da primeira posição de desengate para a primeira posição de engate para ocasionar a rotação de outro membro (24, 22, 98, 96) dos ditos membros interno e externo (24, 22, 96, 98) na dita primeira direção giratória e a rotação do dito um membro (22, 24, 96, 98) em uma segunda direção giratória oposta à dita primeira direção giratória faz com que a segunda lingueta (34B, 110B) se mova da segunda posição de desengate para a segunda posição de engate para ocasionar a rotação do dito outro membro (24, 22, 98, 96) na dita segunda direção giratória.

11. Embreagem sobreposta (20, 94), de acordo com a reivin-dicação 1 ou 10, caracterizada pelo fato de que o dito membro interno (22, 96) está acoplado a um dispositivo de acionamento (12) e o dito membro externo (24, 98) está acoplado a um dispositivo acionado (14).

12. Embreagem sobreposta (20, 94), de acordo com a reivin-dicação 1 ou 10, caracterizada pelo fato de que o dito membro externo (24, 98) está acoplado a um dispositivo de acionamento (12) e o dito membro interno (22, 96) está acoplado a um dispositivo acionado (14).

13. Embreagem sobreposta (20, 94), de acordo com a reivin-dicação 1 ou 10, caracterizada pelo fato de que a dita primeira lingueta (34A, 110A) se engata a uma superfície arredondada do dito primeiro pino (32, 108) intermediária à primeira e à segunda extremidades longitudinais do dito primeiro pino (32, 108) quando a dita primeira lingueta (34A, 110A) está na dita primeira posição de engate.

14. Embreagem sobreposta (20, 94), de acordo com a reivin-dicação 10, caracterizada pelo fato de que a dita primeira e segunda linguetas (34A, 34B, 110A, 110B) são sustentadas em pinos de montagem (28, 104) que se estendem a partir do dito um membro (22, 24, 96, 98), em que os ditos pinos de montagem (28, 104) definem pontos de pivô para a dita primeira e segunda linguetas (34A, 34B, 110A, 110B).

15. Embreagem sobreposta (20, 94), de acordo com a reivin-dicação 10, caracterizada pelo fato de que compreende adicionalmente uma primeira mola (30, 106) que direciona a dita primeira lingueta (34A, 110A) para uma dentre a dita primeira posição de engate e a dita primeira posição de desengate e em que uma dentre a dita primeira mola (30, 106) e uma segunda mola (30, 106) direciona a dita segunda lingueta (34B, 110B) para uma dentre a dita segunda posição de engate e a dita segunda posição de desengate.

16. Embreagem sobreposta (20, 94), de acordo com a reivin-dicação 10, caracterizada pelo fato de que a dita primeira lingueta (34A, 110A) gira ao redor de um segundo eixo geométrico rotacional (76) e um centro de gravidade (88) da dita primeira lingueta (34A, 110A) é deslocado do dito segundo eixo geométrico rotacional (76) e a dita segunda lingueta (34B, 110B) gira ao redor de um terceiro eixo geométrico rotacional (76) e um centro de gravidade (88) da dita segunda lingueta (34B, 110B) está afastado do dito terceiro eixo geométrico rotacional (76).

17. Embreagem sobreposta (20, 94), de acordo com a reivin-dicação 16, caracterizada pelo fato de que uma distância radial do dito primeiro eixo geométrico rotacional (38, 114) para o dito centro de gravidade (88) da dita primeira lingueta (34A, 110A) é maior do que uma distância radial do dito primeiro eixo geométrico rotacional (38, 114) para o dito segundo eixo geométrico rotacional (76) e uma distância radial do dito primeiro eixo geométrico rotacional (38, 114) para o dito centro de gravidade (88) da dita segunda lingueta (34B, 110B) é maior do que uma distância radial do dito primeiro eixo geométrico rotacional (38, 114) para o dito terceiro eixo geométrico rotacional (76).

18. Embreagem sobreposta (94), de acordo com a reivindicação 10 caracterizada pelo fato de que compreende adicionalmente um atuador (100) disposto entre os ditos membros interno e externo (96, 98), em que o dito atuador (100) está configurado para se engatar à dita primeira lingueta (110A) mediante rotação do dito um membro (96, 98) na dita primeira direção giratória e impelir a dita primeira lingueta (110A) na direção da dita primeira posição de engate e configurado para se engatar à dita segunda lingueta (110B) mediante rotação do dito um membro (96, 98) na dita segunda direção giratória e impelir a dita segunda lingueta (110B) na direção da dita segunda posição de engate.

19. Embreagem sobreposta (20, 94), de acordo com a reivin-dicação 1 ou 10, caracterizada pelo fato de que a dita primeira lingueta (34A, 110A) define uma superfície de engate (86, 146) configurada para se engatar ao dito primeiro pino (32, 108), em que a dita superfície de engate (86, 146) define uma porção arcada de um círculo centralizado em um segundo eixo geométrico rotacional (76) ao redor do qual a dita primeira lingueta (34A, 110A) gira.

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