BR112014016250B1 - fita de fibras de bambu, método para a obtenção de uma lamela fibrosa e dispositivo para a implementação do referido método - Google Patents

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Abstract

FITA DE FIBRAS DE BAMBU, MÉTODO PARA A OBTENÇÃO DE UMA LAMELA FIBROSA E DISPOSITIVO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO REFERIDO MÉTODO A invenção refere-se a um método para a obtenção de uma lamela fibrosa (420) apta a constituir uma fita de espessura compreendida entre 0,1 mm e 1 mm e de largura compreendida entre 2 mm e 10 mm, método este que compreende as etapas que consistem em: a. cortar os nós ou canas (200) de madeira em pranchas (300) de comprimento definido; b. separar a lamela (420) de uma superfície da prancha (300) por um corte ortogonal de encaixe igual à espessura da lamela e cuja velocidade de corte (450) é paralela à formação de fibras da prancha (300). A invenção refere-se igualmente a um reforço fibroso obtido por tal método e a um dispositivo para implementar este método.

Description

[001]A invenção refere-se a um método e um dispositivo para a fabricação de um reforço para material compósito à base de fibras naturais, sobretudo de bambu, e a um reforço obtido por tal método. A invenção é mais especificamente, mas não exclusivamente, adaptada à fabricação de um tecido de reforço, constituído de bambu sob a forma de fibras em fita. A invenção é igualmen-teaplicável à obtenção de reforços, sobretudo sob a forma de um tecido, oriundo de todo tipo de fibras de madeira.
[002]A utilização de fibras naturais para a constituição de reforços de ma-teriaiscompósitos é conhecida da técnica anterior. Tais fibras, sobretudo de bambu, são utilizadas sob a forma de aparas em painéis laminados. O documento US 2007 0116 940 descreve tal painel laminado que compreende aparas extraídas de canas por um processo de corte. Tal aplicação não necessita de grande precisão nem de grande reprodutibilidade nas dimensões das aparas nem na orientação das aparas com relação às fibras do bambu.
[003]O documento US 2009/308528 descreve a obtenção de um objeto a partir da estratificação de lamelas espessas de bambu, de um corte da ordem de 160 mm2 para um comprimento da ordem de 250 mm. As lamelas são sufi-cientemente espessas e rígidas para serem obtidas por técnicas de serrar sem engendrar deformação significativa delas no decorrer da operação de corte. Estas lamelas são rígidas demais para serem adaptadas à constituição de um tecido de reforço para um material compósito.
[004]O documento WO 2008/066386 descreve um método de obtenção de um tapete de bambu, tapete este que é obtido pela montagem de lamelas suficientemente espessas e rígidas para poder sofrer, depois da sua extração da cana, uma operação de calibragem em espessura por usinagem. Assim, as la-melastêm, de acordo com esta técnica anterior, uma espessura estritamente superior a 1 mm e é de preferência compreendida entre 1 mm e 2,5 mm, para uma largura da ordem de 15 mm.
[005]Assim, estes documentos da técnica anterior descrevem a obtenção de objetos à base de fibras de bambu cujas características mecânicas são dadas pelas fibras, no caso montadas. A presente invenção visa à obtenção de um reforço à base de fibras de bambu apto a ser integrado sob a forma de um reforço fibroso em uma matriz a fim de se constituir um material compósito, isto é, um material cujas características resultam de uma sinergia entre o reforço e a matriz tanto para a sua implementação quanto para suas características técnicas.
[006]A utilização de fibras naturais para a constituição de um reforço des-tinadoà constituição de um material compósito de alto desempenho necessita ao mesmo tempo de fibras suficientemente compridas para constituir reforços contínuos e de uma constância ao mesmo tempo dimensional e em termos de propriedades mecânicas que permitam prever a resposta do compósito a alte-rações às quais ele é submetido em função da taxa de reforços e de sua orientação.
[007]As tecnologias de desfibramento, por explosão ou esmagamento de produtos de madeira, misturam e danificam as fibras dos produtos, produzindo portanto fibras de propriedades variáveis e que podem apresentar defeitos de superfície suscetíveis de deteriorar suas características mecânicas.
[008]A invenção visa a resolver os inconvenientes da técnica anterior e re-fere-se, para isso, a uma fita de fibras de madeira que consiste em um conjunto de lamelas de fibras de espessura calibrada compreendida entre 0,1 mm e 1 mm de largura igualmente calibrada entre 2 mm e 10 mm, as lamelas sendo calibradas em comprimento, densidade e orientação e sendo extraídas por um processo de corte que compreende o deslocamento de uma ponta de corte em sentido paralelo ao sentido da formação de fibras. Assim, a fita de fibras, objeto da invenção, é perfeitamente orientada com relação à formação de fibras e pode alcançar um comprimento infinito, qualquer que seja a dimensão das toras das quais são extraídas as lamelas. A utilização de um método de corte por uma ferramenta que comporta uma ponta de corte definida permite obter lamelas calibradas, cujas fibras são isentas de cortes em arrancadas, sobretudo sobre a superfície da fita.
[009]A invenção refere-se igualmente a um método para a obtenção de uma lamela fibrosa apta a entrar na constituição da fita objeto da invenção, método esse que compreende as etapas que consistem em: cortar os nós ou canas de madeira em pranchas de comprimento definido; separar a lamela da superfície da prancha por um corte ortogonal de encaixe sensivelmente igual à espessura da lamela e, portanto, à velocidade de corte que é paralela à formação de fibras da prancha.
[010]Assim, a operação de corte permite a separação de lamelas isentas de torção e sem ruptura de fibra consecutiva à operação de corte no interior das lamelas.
[011]O termo “corte ortogonal” designa convencionalmente uma operação de levantamento de material efetuado por uma ferramenta de corte de ponta definida, o ângulo de corte e o ângulo de perfuração constantes ao longo de toda a ponta perfurante, a ponta sendo perpendicular à direção da velocidade de corte, as condições geométricas do contato entre o material sendo tais que o perfil de velocidade em uma seção da lasca, de acordo com o plano perpendicular à superfície de corte da ferramenta, é sensivelmente constante. Assim, a ausência de gradiente de velocidade na largura da lasca evita a torção da lasca.
[012]O termo “encaixe” define a profundidade de penetração da ponta da ferramenta no material. Em um processo de corte ortogonal, este encaixe é medido de acordo com uma direção perpendicular ao mesmo tempo à ponta e ao vetor velocidade de corte. A espessura da lasca que corresponde à espessura da lamela é sensivelmente igual ao encaixe, uma vez que o processo de separação da lasca do material é, notadamente, executado no modo I. Assim, a espessura das lamelas é facilmente calibrada pelo controle do encaixe.
[013]A invenção refere-se igualmente a um dispositivo para a implementação do método objeto da invenção, dispositivo este que compreende: - . uma lâmina de corte que compreende uma ponta perfurante e meios para manter a lâmina na posição; - i. meios para deslocar a lâmina de corte em um movimento de translação alternativo de direção perpendicular à ponta perfurante; - ii. meios para manter a prancha e se opor aos esforços engendrados quando do corte; - v. meios para deslocar, de acordo com o movimento de encaixe, a lâmina em sentido perpendicular à ponta e em sentido perpendicular ao movimento de corte.
[014]Assim, o dispositivo objeto da invenção permite, pela combinação dos movimentos de corte e de encaixe combinados à geometria da ponta per- furante, obter lamelas perfeitamente calibradas em largura, comprimento e espessura.
[015]A invenção pode ser implementada de acordo com as modalidades vantajosas expostas a seguir, as quais podem ser consideradas individualmente ou de acordo com toda combinação tecnicamente operante.
[016]Vantajosamente, a fita objeto da invenção é constituída por fibras de bambu. Estas fibras possuem características mecânicas elevadas e as características de cruzamento rápido da planta permitem dispor de quantidades significativas de matéria prima.
[017]De acordo com uma modalidade preferida da fita objeto da invenção, sua espessura é compreendida entre 0,1 mm e 1 mm. Assim, a rigidez da fita pode ser adaptada em função da aplicação visada, a fita compreendendo pelo menos uma fibra espessa.
[018]Vantajosamente, a largura da fita objeto da invenção é compreendida entre 2 mm e 10 mm. Esta gama de larguras pode ser obtida pela extração de lamela e compreendida em canas de pouco diâmetro, de maneira que a largura da fita corresponde à largura de uma única lamela.
[019]Vantajosamente, o processo objeto da invenção compreende, no de-correr da etapa b), uma etapa que consiste em selecionar as lamelas em função de sua profundidade de corte na prancha. Esta seleção permite obter reforços de propriedades uniformes e reproduzíveis.
[020]De acordo com uma primeira modalidade do método objeto da in-venção, adaptado à implementação de lamelas de largura superior a 1 mm, o método compreende, depois das etapas a) e b), etapas que consistem em: alinhar as lamelas de acordo com seu sentido de formação de fibras; montar as lamelas de modo a se constituir uma fita.
[021]Assim, o método permite obter fitas infinitas e resistentes a partir de lamelas curtas, portanto de propriedades uniformes à escala da lamela.
[022]De acordo com uma primeira modalidade vantajosa das etapas c) e d), as lamelas sendo alinhadas no decorrer da etapa c) de acordo com duas camadas superpostas, a fita é obtida na etapa d) ligando-se, por suas superfícies, as duas camadas de lamelas de maneira que cada lamela de uma camada seja ligada a duas lamelas, as interfaces de ligação de uma mesma lamela com as duas outras lamelas sendo situadas sobre a mesma superfície em cada extremidade da lamela. Esta modalidade permite obter uma fita particularmente resistente.
[023]De acordo com uma segunda modalidade vantajosa das etapas c) e d), as lamelas são montadas em fita de maneira que, no seio da fita, cada lamela seja montada em duas lamelas em superposição em cada uma de suas extremidades, as interfaces de ligação de uma mesma lamela com as duas outras lamelas sendo situadas sobre superfícies opostas a cada extremidade da lamela. Esta modalidade permite obter uma fita mais flexível.
[024]De acordo com uma terceira modalidade das etapas c) e d), as lame-lassão alinhadas em justaposição no decorrer da etapa c) e montadas por suas extremidades no decorrer da etapa d) de modo a se obter a fita. Esta modalidade permite obter uma fita de espessura uniforme ao longo de todo o seu comprimento.
[025]De acordo com outra modalidade vantajosa que permite obter uma fita de espessura sensivelmente uniforme ao longo do seu comprimento, as lamelas justapostas são montadas por compressão em suas extremidades superpostas. Esta modalidade permite igualmente aumentar a densidade das fibras na zona de montagem.
[026]Vantajosamente, o método objeto da invenção compreende, em se-guidaà etapa d), uma etapa que consiste em: enrolar em bobina a fita obtida na etapa d).
[027]Assim, a fita pode ser utilizada em máquinas automáticas de tecelagem ou na fabricação de pré-impregnados.
[028]Vantajosamente, o método objeto da invenção compreende, em se-guidaà etapa e), uma etapa que consiste em: tecer a fita de modo a se obter um tecido de reforço.
[029]De acordo com uma segunda modalidade do método objeto da in-venção, as lamelas têm uma espessura e uma largura compreendidas entre 0,1 mm e 0,5 mm e compreende, em seguida à etapa b) uma etapa que consiste em: dimensionar as lamelas obtidas na etapa b); girar as lamelas dimensionadas de maneira a se obter uma fibra contínua.
[030]Assim, o método objeto da invenção permite, de acordo com esta modalidade, a fabricação de reforços sob a forma de fibras contínuas.
[031]Vantajosamente, a ponta perfurante da lâmina do dispositivo objeto da invenção compreende uma série de segmentos de corte paralelos. Assim, várias lamelas podem ser obtidas em um único curso da lâmina.
[032]Vantajosamente, a ponta perfurante da lâmina do dispositivo objeto da invenção sendo materializada pela interseção de uma superfície de corte e de uma superfície com folga, a superfície com folga é paralela à direção da velocidade de corte e da ponta perfurante. Assim, a espessura da lamela extraída é regulada pelo contato da lâmina com a superfície de corte da prancha independentemente da forma desta.
[033]Vantajosamente, o dispositivo objeto da invenção compreende: - . meios para medir a soma dos encaixes desde a primeira lamela extraída da prancha; - i. meios para coletar as lamelas produzidas e selecioná-las em função da soma dos encaixes correspondente à sua produção.
[034]Assim, o dispositivo permite selecionar as lamelas em função de suas propriedades a partir da sua extração da prancha.
[035]A invenção é exposta em seguida de acordo com suas modalidades preferidas, de modo algum limitadoras, e com referência às Figuras 1 a 11, nas quais: - a Figura 1 representa um organograma do método objeto da invenção; - a Figura 2 mostra em perspectiva uma cana de bambu utilizada como matéria prima de acordo com uma modalidade da invenção; - a Figura 3 é um exemplo da prancha (300) extraída da matéria prima da Figura 2, a Figura 3A de acordo com uma vista de superfície antes da imple-mentação do método objeto da invenção, a Figura 3B de acordo com uma vista em perspectiva no decorrer da implementação do método objeto da invenção; - a Figura 4 mostra, de acordo com uma vista em perspectiva, um exemplo de um método de corte ortogonal implementado para a extração de uma lamela de uma prancha de acordo com um exemplo de modalidade do método objeto da invenção; - a Figura 5 representa, de acordo com uma vista de perfil e em corte AA, definida a Figura 3A, um método de corte ortogonal com um modo de separação do tipo I da lamela; - a Figura 6 mostra, de acordo com uma vista de perfil, um exemplo de modalidade esquemática do dispositivo objeto da invenção; - a Figura 7 é uma vista em perspectiva de um exemplo de modalidade de uma lâmina que compreende uma série de pontas perfurantes; - a Figura 8 é uma vista em perspectiva de um exemplo de modalidade de uma lâmina adaptada à extração de fibras de reforço; - a Figura 9 é uma vista em perspectiva de um exemplo de modalidade al-ternativa de uma lâmina adaptada à extração de lamelas; - a Figura 10 representa, em uma vista de perfil de acordo com a ponta perfurante da fita, três modos de realização, as Figuras 10A, 10C de uma fita a partir de lamelas montadas por superposição, de acordo com exemplo de mo-dalidade do objeto da invenção; - a Figura 11 mostra, em uma vista de cima, um exemplo de fita obtido de acordo com o exemplo de modalidade do método objeto da invenção, no qual as lamelas são mostradas em justaposição; e - a Figura 12 representa, em vista de perfil, um exemplo de fita obtido de acordo com uma modalidade do método objeto da invenção na qual as extre-midades montadas das lamelas são comprimidas.
[036]A Figura 1, de acordo com o exemplo de progresso global do método objeto da invenção, após a recepção (110) da matéria prima, esta é cortada em pranchas no decorrer de uma etapa de corte (120). As pranchas são então des-fibradas no decorrer de uma etapa de desfibramento (130) mecânico que consiste em extrair lamelas por um processo de corte ortogonal por meio de uma lâmina de ponta perfurante geometricamente definida. De acordo com a natureza da lâmina e as condições de corte utilizadas para este desfibramento, as lamelas obtidas são de dois tipos: - lamelas cuja largura é sensivelmente maior que a sua espessura, isto é, uma largura pelo menos dez vezes superior à espessura; - lamelas cuja largura é da mesma ordem de grandeza que a espessura.
[037]Cada um destes dois semi-produtos compreende uma série de fibras de madeira da matéria prima.
[038]O primeiro tipo de lamela é montado no decorrer de uma etapa de montagem (142) de maneira a se constituir uma fita. De acordo com este exemplo de modalidade, a fita é então colocada em bobina, no decorrer de uma etapa de condicionamento (160), outros modos de condicionamento podendo ser utilizados.
[039]No caso do segundo tipo de lamelas, estas são dimensionadas no de-correr de uma etapa (141) de dimensionamento. Elas são em seguida fiadas no decorrer de uma etapa de fiação (151) de maneira a se constituir um reforço fibroso sob a forma de fios contínuos ou fibras de reforço, antes de serem igualmente condicionadas (170).
[040]As fitas e as fibras de reforço podem então ser submetidas a operações de tecelagem ou de montagem diversas (180) com a finalidade de se constituírem reforços adaptados à constituição de materiais compósitos.
[041]Na Figura 2, de acordo com o exemplo de modalidade do método ob-jeto da invenção, a matéria prima utilizada se apresenta sob a forma de uma cana de bambu (200). No decorrer da etapa de corte, a cana (200) é cortada em pedaços grandes e fendida de acordo com planos (211, 212, 213) sensivelmente ortogonais de modo a se constituírem pranchas. O número de planos de rasgo (212, 213) é função do diâmetro da cana (200). Assim, para as canas de pou-codiâmetro, estas são simplesmente fendidas em duas. Para as canas de diâmetro mais elevado, estas podem ser fendidas em 4,6, e mesmo para as canas ou os nós de diâmetro muito elevado.
[042]Na Figura 3, as lamelas são separadas das pranchas (300) por um mé-todo de corte mecânico em estratos (310, 311, 312) sucessivos, de modo que a superfície de corte (315) seja sensivelmente paralela ao sentido da formação de fibras.
[043]Na Figura 4, as lamelas (420) são separadas da prancha (300) por um processo de corte ortogonal. Este processo de corte é executado por uma fer-ramenta de corte (410), ou lâmina, que comporta uma ponta perfurante (411). Este processo de corte é definido por sua orientação com relação à direção global de formação de fibras da prancha (300), esta orientação sendo de 90-0, isto é, a ponta perfurante (411) é orientada de acordo com um ângulo (415) de 90° com relação à direção de formação de fibras e a velocidade de corte (450), a velocidade de deslocamento relativa entre a ferramenta e a prancha sendo paralela à direção de formação de fibras.
[044]A direção de formação de fibras designa aqui a orientação majoritá- ria das fibras da seção, a prancha sendo constituída por um produto natural e as fibras de madeira podem, a título individual e local, se afastar sensivelmente da direção de formação de fibras. Em todo o texto, os termos “sentido de formação de fibras” e “direção de formação de fibras” têm a mesma significação.
[045]As condições cinemáticas e geométricas de corte são fixadas em função do material e sobretudo de sua taxa de umidade, de maneira a se efetuar a extração da lamela (420) por um modo de separação denominado de tipo I. Assim, a lamela não sofre cisalhamento de acordo com sua espessura, espessura esta (e2) da lamela (420) que é igual ao encaixe (e1) da lâmina (410) na prancha (300). Para se permitir este modo de separação do material, o ângulo de corte (412) medido com relação à normal à superfície de corte é superior a 20° e preferencialmente superior a 30°. A velocidade de corte (450) é compreendida entre 0,015 m.s-1 e 1 m.s-1, de preferência compreendida entre 0,025 m.s-1 e 0,05 m.s-1. Estas condições permitem a separação de lamelas de acordo com o modo de tipo I, sem deteriorar as fibras nas lamelas para encaixes (e1) compreendidos entre 0,1 mm e 1 mm, correspondentes às espessuras visadas. As condições cinemáticas e geométricas de corte ortogonal permitem obter um campo de velocidade de fluxo uniforme de acordo com a largura (b) da lamela (420), lamela esta que é assim isenta de torção.
[046]Na figura 5, de acordo com uma seção perpendicular à ponta perfu- rante (411) e paralela à velocidade de corte (450), o modo de separação de tipo I é executado pela separação da lamela (420) da superfície de corte pela propagação de uma abertura (520) diante da ponta perfurante (411) da lâmina (410). A ponta perfurante (411) é definida pela interação da superfície de corte (512) e da superfície com folga (511) da lâmina. A superfície com folga é orientada por um ângulo de folga (515) medido entre a superfície com folga e a superfície de corte (315). O ângulo (516) entre a superfície de corte e a superfície com folga define o ângulo de perfuração da lâmina. Em cada seção perpendicular à ponta perfurante, a soma do ângulo de corte (412), do ângulo de perfuração (516) e do ângulo de folga (515) é igual a 90°. De acordo com o processo de corte ortogonal utilizado na extração de uma lamela (420) implementado pelo método objeto da invenção, os ângulos de corte (412) e de folga (515) da lâminasão constantes ao longo da largura da lamela extraída.
[047]Na Figura 6, o dispositivo (600) objeto da invenção compreende um carrinho (620) apto a sustentar a lâmina (420). Meios (631) de motorização e de guia permitem deslocar o carrinho (620) de acordo com o movimento de corte, controlando-se a velocidade de corte. Meios (632) de guia e de motorização permitem comunicar ao carrinho (620) o movimento de encaixe. O ciclo de corte compreende um movimento (651) de encaixe, seguido de um movimento de corte (661) de ida e volta ao longo da prancha (300) à velocidade de corte definida. A lamela é produzida durante o movimento de ida. O carrinho (620) que sustenta a lâmina (410) tendo voltado à sua posição de partida, um novo movimento (652) de encaixe é aplicado ao carrinho, que efetua uma nova ida e volta sobre a prancha (300) de maneira a se produzir uma nova lamela e assim imediatamente. De acordo com esta modalidade, o comprimento da lamela produzida é igual ao comprimento da prancha. Este comprimento pode ser controlado executando-se um ciclo quadrado, com um movimento de desencaixecontrário ao movimento de encaixe (651, 652) ao fim do curso de ida e antes do curso de volta. O dispositivo compreende igualmente meios para medir o acúmulo (650) dos encaixes. As propriedades mecânicas das fibras sendo variáveis de acordo com sua posição em uma cana de bambu, as lamelas são vantajosamente selecionadas em função de sua posição de extração com a utilização desta informação (650) relativa ao acúmulo dos encaixes.
[048]A prancha (300) é colocada no dispositivo objeto da invenção e man- tida na posição por meios (641) que se opõem aos esforços de corte. Estes meios de manutenção em posição não efetuam uma ligação completa da prancha (300) com o dispositivo. De acordo com este exemplo de modalidade, o ângulo de folga da lâmina (410) é de 0°, de maneira que a superfície com folga fica em contato com a superfície de corte de acordo com uma superfície sensivelmente plana. A prancha não estando fixada, ela se orienta naturalmente de acordo com sua direção de formação de fibras de maneira que o corte é efetuado de acordo com o modo 90-0 que corresponde ao modo de corte mais fácil. Um rolete (642) que se desloca ao mesmo tempo que o carrinho porta-lâmina (640) coopera com a superfície com folga e os meios (641) de manutenção em posição da prancha para estabilizar esta no decorrer do corte.
[049]Na Figura 7, de acordo com uma modalidade, a lâmina (710) do dis-positivo objeto da invenção compreende uma série de pontas perfurantes (711) de maneira a extrair várias lamelas por um processo de corte ortogonal ou semi-ortogonal, no decorrer de um mesmo curso da lâmina (711) sobre a prancha. As pontas perfurantes (711) da série são separadas umas das outras por pontas (712) de separação que se estendem em projeção da superfície de corte ou da superfície com folga e que cortam lateralmente as lamelas, a montante do corte de extração, de maneira que este corte de extração seja sempre um corte ortogonal. Assim, a largura das lamelas é função do comprimento de cada ponta perfurante (711) da série. Para a obtenção de fitas, a largura das lamelas é compreendida entre 1 mm e 10 mm, o encaixe sendo agora selecionado inferior a 1/10ésimo da largura da lamela.
[050]Na Figura 8, de acordo com outra modalidade, a lâmina (810) com-preende pontas perfurantes cujo comprimento é compreendido entre 0,1 mm e 0,5 mm, tal lâmina (810) combinada com encaixes da mesma ordem de grandeza permitindo extrair fibras de reforço.
[051]Na Figura 9, de acordo com outro exemplo de modalidade, a lâmina (910) compreende uma série de pontas perfurantes (911) separadas por espaços de largura I1. O corte é então semi-ortogonal, mas a agudeza dos cantos das pontas e a simetria de corte permitem conservar um modo de separação do tipo I e a ausência de torção ou de cisalhamento na espessura da lamela. A fim de se conservar uma superfície de corte plana, a utilização deste tipo de lâmina (910) compreende, de acordo com uma modalidade específica, a obtenção de cursos no decorrer dos quais a lâmina (910) é deslocada lateralmente, paralelamente às pontas de corte (911) em um valor pelo menos igual à I1.
[052]Na Figura 10, de acordo com um primeiro exemplo de modalidade, em um caso de extração de lamelas largas (421, 422), estas são montadas em duas camadas face contra face de maneira a constituir fitas (1021, 1022, 1023). Na Figura 10A, de acordo com uma primeira variante da fita (1021) objeto da invenção, as lamelas (421, 422) das duas camadas são montadas face contra face em quincôncio de maneira que a montagem é efetuada sobre a integrali- dade da superfície facial das lamelas. Esta modalidade privilegia a resistência mecânica da fita (1021).
[053]Na Figura 10B, de acordo com uma segunda variante da fita (1022) objeto da invenção, as lamelas (421, 422) são montadas face contra face alter-nando-se a superfície de montagem em cada extremidade de cada lamela. Comparativamente à variante da modalidade precedente (Figura 10A), o reco- brimento das lamelas na interface de montagem é reduzido mais ou menos a mais de 0,5mm. Esta variante de modalidade privilegia a flexibilidade da fita (1022).
[054]Na Figura 10C, de acordo com uma terceira variante de modalidade da fita (1023) objeto da invenção, as lamelas (421, 422) das duas camadas são montadas não unidas, mas de maneira que cada lamela seja ligada a duas ou- tras por pelo menos a metade da sua superfície facial. De acordo com este exemplo, a interface de montagem é colocada sobre a mesma superfície de uma mesma lamela em suas duas extremidades. Esta variante de modalidade oferece um meio termo entre a flexibilidade da fita e suas propriedades mecânicas.
[055]O método de montagem das duas camadas de lamela (421, 422) é escolhido em função da aplicação visada do reforço. Métodos de montagem por colagem ou compressão são, por exemplo, adaptados à obtenção de tal montagem sem que esta lista seja limitadora.
[056]Na Figura 11, de acordo com uma segunda modalidade da fita (1112) objeto da invenção, as lamelas (421, 422) que constituem a fita são montadas por suas extremidades. Esta modalidade permite a obtenção de uma fita muito flexível e de espessura reduzida, a espessura sendo sensivelmente constante ao longo de todo o comprimento da fita (1120). Esta montagem é efetuada de preferência por colagem.
[057]Na figura 12, de acordo com outro exemplo de modalidade da fita (1220) objeto da invenção, as lamelas (421, 422) são montadas por suas extre-midades de acordo com uma zona (1230) de compressão, que permite aumentar a densidade das fibras na zona (1230) comprimida e obter uma fita de espessura uniforme.
[058]Qualquer que seja a modalidade, a fita resultante da montagem das lamelas pode ser enrolada.
[059]No caso da extração de reforço sob a forma de fibras, estas são fia-dasapós o dimensionamento no meio de produtos graxos, de modo a se constituir uma fibra de reforço contínua.
[060]As fibras de reforço e as fitas podem agora ser utilizadas para consti-tuirreforços, por exemplo sob a forma de tecidos, adaptados à obtenção de um material compósito de matriz termo-endurecível ou termoplástica. A flexi-bilidade das fibras é suficiente para a utilização das técnicas de implementação destes materiais, notadamente por revestimento automático com panos, estra-tificaçãode pregas pré-impregnadas, termo-moldagem ou injeção ou infusão de resina em pré-moldes denominados de secos.

Claims (13)

1. Fita (1021, 1022, 1023, 1120, 1220) de fibras de bambu caracterizada pelo fato de que consiste em um conjunto de uma pluralidade de lamelas (421, 422) fibrosas de espessura e comprimento uniforme, sendo cada lamela de uma espessura calibrada compreendida entre 0,1 mm e 1 mm e de uma largura, igualmente calibrada, compreendida de 2 mm e 10 mm e superior ou igual a 10 vezes a espessura, sendo as referidas lamelas calibradas em comprimento, densidade e orientação, sendo o seu sentido de formação de fibra orientado ao longo do comprimento das lamelas, sendo as referidas lamelas extraídas de uma prancha por um processo de corte ortogonal compreendendo o deslocamento de uma ponta de corte (411, 711) em sentido paralelo ao sentido de formação de fibras.
2. Método para a obtenção de uma lamela fibrosa (420) capaz de entrar na constituição da fita conforme definida na reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que compreende as etapas que consistem em: a. cortar (120) os troncos ou bastões (200) lenhosos em pranchas de comprimento definido; b. separar (130) de uma superfície da prancha (300) uma lamela de uma espessura compreendida de 0,1 mm e 1 mm e de uma largura compreendida entre 2 mm e 10 mm por um processo de corte ortogonal de encaixe sensivelmente igual à espessura da lamela e cuja velocidade de corte (450) é paralela ao sentido de formação de fibra da prancha (300) para a extração da lamela na qual o ângulo de corte (412) medido em relação à normal para a superfície de corte é superior a 20° e preferencialmente superior a 30°, a velocidade de corte (450) sendo compreendida entre 0,015 m.s-1 e 1 m.s-1.
3. Método, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por compreender, no decorrer da etapa b), uma etapa que consiste em selecionar as lamelas em função de sua profundidade (650) de corte na prancha.
4. Método, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que, a largura das lamelas sendo superior a 1 mm, compreende, no final das etapas a) e b), etapas que consistem em: c. alinhar as lamelas (421, 422) de acordo com seu sentido de formação de fibras; d. montar as referidas lamelas (421, 422) de maneira a se constituir uma fita (1021, 1022, 1023, 1120, 1220).
5. Método, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que, as lamelas (421, 422) sendo alinhadas no decorrer da etapa c) de acordo com duas camadas superpostas, a fita (1021, 1023) é obtida na etapa d) ligando- se, por suas superfícies, as duas camadas de lamelas (421, 422), de maneira que, cada lamela de uma camada seja ligada a duas lamelas, as interfaces de ligação de uma mesma lamela com as duas outras lamelas sendo situadas sobre a mesma superfície em cada extremidade da referida lamela.
6. Método, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que as lamelas (421, 422) são montadas em fita (1022), de tal maneira que, no seio da referida fita, cada lamela é montada em duas lamelas em superposição em cada uma de suas extremidades, as interfaces de ligação de uma mesma lamela com as duas outras lamelas sendo situadas sobre superfícies opostas a cada extremidade da referida lamela.
7. Método, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que as lamelas (421, 422) são alinhadas em justaposição no decorrer da etapa c) e montadas por suas extremidades no decorrer da etapa d), de maneira a se obter a fita (1120).
8. Método, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que as lamelas justapostas (421, 422) são montadas por compressão (1230) em suas extremidades superpostas de maneira que a espessura da fita (1220) seja uniforme ao longo de seu comprimento.
9. Método, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que compreende, em seguida à etapa d), uma etapa que consiste em: e. enrolar (160) em bobina a fita (1021, 1022, 1023, 1120) obtida na etapa d).
10. Método, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que compreende, em seguida à etapa e), uma etapa que consiste em: f. tecer a fita de maneira a se obter um tecido de reforço.
11. Dispositivo (600) para a implementação do método conforme definido na reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que compreende: i. uma lâmina de corte (410, 710, 810) compreendendo uma ponta perfurante (411, 711) materializada pela interseção de uma superfície de corte (512) e uma superfície de folga (511) e meios para manter a referida lâmina na posição, a superfície de folga (511) da lâmina sendo paralela ao sentido da velocidade de corte (450) e à ponta perfurante (411); ii. meios (620) para deslocar a referida lâmina de corte (410) em um movimento de translação (661, 662) alternativo de sentido perpendicular à referida ponta perfurante; iii. meios (641, 642) para manter a prancha e opor-se aos esforços gerados durante o corte; iv. meios (620, 631, 632) para deslocar, de acordo com um movimento denominado de encaixe, a lâmina sendo perpendicular à ponta perfurante e em sentido perpendicular ao movimento de corte; em que a ponta perfurante da lâmina sendo materializada pela interseção de uma superfície de corte (512) e uma superfície de folga (511) da lâmina, a referida superfície de folga (511) é paralela à direção da velocidade de corte (450) e na direção da ponta perfurante (411), o ângulo de folga da lâmina (410) sendo 0° de maneira que a superfície de folga, em contato com a superfície de corte de acordo com uma superfície sensivelmente plana, os meios de manter na posição a prancha, deixando-a orientar-se naturalmente de acordo com o sentido de formação de fibra durante o corte.
12. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que a ponta perfurante (411) da lâmina compreende uma pluralidade (711) de segmentos de corte paralelos.
13. Dispositivo de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que compreende: v. meios para medir a soma (650) dos encaixes desde a primeira lamela extraída da prancha; vi. meios para coletar as lamelas produzidas e selecioná-las em função da soma dos encaixes correspondentes à sua produção.
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