BR112013032894B1 - Método e reprodutor de mídia para processar um fluxo de transporte de multimídia - Google Patents

Método e reprodutor de mídia para processar um fluxo de transporte de multimídia Download PDF

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Abstract

MÉTODO PARA REPRODUZIR EVENTOS REPETÍVEIS EM UM REPRODUTOR DE MÍDIA Uma concretização da presente invenção pode ser implementada em um reprodu-tor/gravador de vídeo pessoal. De acordo com diferentes concretizações da presente inven-ção, possibilita-se a reprodução de um conteúdo pré-armazenado alternativo em vez de um tipo particular de conteúdo recebido pelo reprodutor dentro de um fluxo de transporte com-preendendo uma pluralidade de tipos de conteúdo. As concretizações da invenção podem ser úteis para oferecer publicidade direcionada, onde, quando combinada com técnicas de definição de perfil, o conteúdo alternativo de interesse para um espectador pode ser substi-tuído no fluxo de transporte no lugar do conteúdo recebido com o tipo particular. De acordo com outras concretizações da presente invenção, é possível economizar recursos de com-putação e largura de banda de computação mediante a reprodução do conteúdo pré- armazenado em vez do conteúdo recebido do tipo particular. As concretizações da presente invenção proporcionam a manutenção do material pré-armazenado mediante o armazena-mento do conteúdo apropriado à medida que é recebido no fluxo de transporte ou por meio da exclusão do conteúdo pré-armazenado, quando tal ação for considerada apropriada.

Description

DOMÍNIO TÉCNICO
A presente invenção refere-se ao domínio da distribuição de mídia digital a reprodutores de mídia digital, em especial reprodutores de mídia digital compreendendo meios para armazenamento de conteúdo de mídia. Mais particularmente, ela é especialmente aplicável a um ambiente de TV paga onde a mídia digital é recebida de uma rede de distribuição no formato criptografado e é visualizável mediante o pagamento de uma taxa. O equipamento de recepção em tal domínio, portanto, geralmente compreende um módulo de acesso condicional (CAM) e pode ser do tipo Interface Comum. De acordo com algumas concretizações, a invenção é facilitada dentro do CAM de modo que a invenção possa ser praticada em qualquer reprodutor de mídia configurado para operar com o CAM.
ESTADO DA TÉCNICA
A publicidade desempenha um importante papel na economia da programação de entretenimento, dado que a inclusão de anúncios durante uma transmissão pode viabilizar o subsídio do custo de desenvolvimento de pelo menos parte do conteúdo de transmissão. No entanto, se o espectador da transmissão não tiver qualquer interesse em assistir aos anúncios da transmissão, ele pode se sentir inclinado a pular as chamadas para comerciais mudando do canal atualmente assistido para um canal diferente.
De modo a desencorajar tal mudança de canal, é comum no estado da técnica o uso do módulo de acesso condicional, que geralmente está compreendido em um dispositivo de recepção de TV Paga convencional, para armazenar um perfil para o usuário do dispositivo de recepção, o perfil gravando um conjunto de interesses relacionados a esse espectador em particular e para direcionar o material de publicidade específico a esse usuário baseado no perfil dele.
De modo a substituir o conteúdo de publicidade pelo conteúdo de publicidade dire-cionado, é necessário conseguir detectar onde o conteúdo de publicidade a ser substituído ocorre dentro da transmissão. No estado da técnica, há diversas formas de detectar a presença do material de publicidade dentro de uma transmissão, e estas incluem, por exemplo: detectar uma alteração na intensidade de luz média do sinal de vídeo; detectar uma taxa de alteração no nível de luminância entre dois conjuntos diferentes de quadros; detectar a taxa de corte aumentada e a presença de texto de tamanho variável; ou detectar o nível de preto no sinal de vídeo. Esses tipos de técnicas de detecção fornecem uma indicação de que existe uma pausa na programação, com isso sugerindo um possível local onde o material de publicidade poderia ocorrer. Tais métodos são descritos na Publicação de Patente europeia número 1149491B1.
Outra técnica para identificar sequências de vídeo sucessivas consiste em detectar uma queda no nível de tensão no sinal de entrada abaixo de um limiar predeterminado, como descrito na Publicação do Pedido de Patente dos Estados Unidos de número 4314285. Ainda outra técnica é revelada na Publicação de Patente dos Estados Unidos número 5668917 e consiste em identificar imagens correspondentes.
As técnicas descritas acima não são práticas em um sistema de transmissão de TV moderno, pois levam à detecção não-confiável do material de publicidade. Por exemplo, um quadro preto pode aparecer no meio de um filme e poderia ser confundido como uma indicação do início de uma sequência de publicidade. Além do mais, tais dispositivos e métodos não permitem que o material de publicidade particular seja direcionado a espectadores específicos, e, portanto, não permitiriam que uma sequência de publicidade fosse substituída por uma sequência de publicidade direcionada.
A Publicação do Pedido de Patente Europeu 1111924A1 revela um método para controlar o uso de um sinal de programa compreendendo segmentos de conteúdo para con-teúdo de programa e segmentos de publicidade para conteúdo de publicidade. A invenção permite que um difusor de sinais de programa venda segmentos de publicidade dentro do sinal de programa, em que o segmento de publicidade será preenchido com conteúdo de publicidade direcionado para atender às preferências do espectador. O controle do uso do sinal de programa é feito no dispositivo de recepção do espectador, que compreende, além dos módulos usuais encontrados no equipamento de recepção de acesso condicional, um meio de armazenamento para armazenar o conteúdo de publicidade. De fato, o meio de armazenamento, sendo adaptado para armazenar horas de vídeo, também pode armazenar o conteúdo de programa. Dessa forma, o receptor pode ser adaptado para simular um serviço de difusão, condicionado pelo perfil de um espectador, em que uma sequência contínua de material é apresentada ao espectador, dependendo do perfil deste. Esse documento não trata de como gerenciar o dispositivo de armazenamento, seja em termos de tipo de conteúdo (conteúdo de publicidade ou conteúdo de programa), da pertinência do conteúdo, ou como manter o uso eficiente do espaço de armazenamento.
A distribuição do conteúdo de publicidade para reprodutores de mídia digital foi descrita na técnica anterior no campo de difusão digital. Por exemplo, a Publicação do Pedido de Patente Internacional número WO 2009/152 447 A2 descreve um método para controlar a exibição de material de publicidade juntamente com outro conteúdo em um dispositivo móvel. O método envolve pré-carregar anúncios no dispositivo móvel. Os anúncios são selecionados durante a reprodução do outro conteúdo graças a uma marca especial compreendendo uma instrução para carregar um segmento de publicidade particular. A invenção descrita neste documento visa à solução do problema de oferecer material de publicidade direcionado e de alto impacto para visualização em um dispositivo móvel juntamente com o conteúdo que é solicitado pelo usuário do dispositivo, uma vez que não existia padrão ante- riormente para isto.
Na Publicação do Pedido de Patente dos Estados Unidos número US 2007/0 294 722 A1, descreve-se um método para exibir uma publicidade armazenada anteriormente durante uma transmissão. O objetivo da presente invenção é maximizar o efeito de uma publicidade por meio da distribuição seletiva de anúncios apropriados a um usuário específico durante um tempo de comercial entre programas regulares, e é particularmente adaptado para reprodutores de vídeo pessoais. De fato, de acordo com uma concretização da invenção descrita aqui, a exibição de uma publicidade particular pode ser condicionada à localização específica do dispositivo (móvel) em um momento particular. De acordo com outra concretização, é a identidade do usuário em particular que condiciona quais anúncios são exibidos.
A Patente dos Estados Unidos número US 6 810 527 B1 descreve um sistema para a distribuição de conteúdo para exibição em um aparelho de recepção / visualização. Neste sistema, é possível exibir conteúdo pseudo-ao vivo ou conteúdo pré-gravado (inclusive anúncios). O sistema é particularmente adaptado para a distribuição de conteúdo distribuído via satélite e infra-estruturas com base no solo para passageiros em aviões comerciais. Embora esse pedido de patente abranja especialmente questões que lidam com o fornecimento de cobertura global em uma aeronave, ele também lida com questões relacionadas ao ge-renciamento da exibição de conteúdo ao vivo e pré-gravado. A invenção lida com questões como a identificação de qual conteúdo deve ser distribuído a qual aeronave.
BREVE SUMÁRIO DA INVENÇÃO
Um objetivo da presente invenção é manipular, de forma confiável, o conteúdo de difusão com o objetivo de extrair pelo menos uma parte de um fluxo de áudio / vídeo e substituí-la por pelo menos um conteúdo alternativo a ser exibido / reproduzido em um meio de exibição ou dispositivo de reprodução, a substituição sendo controlada por um módulo de acesso condicional. Outro objetivo da presente invenção é adicionalmente gerenciar o conteúdo de acordo com sua natureza e sugerir conteúdo alternativo aos assinantes de acordo com seus interesses. Tal conteúdo direcionado pode ser gerenciado com base em vários parâmetros relacionados a um perfil do assinante. Ainda outro objetivo é o de prosseguir com tal gerenciamento sem aumentar a largura de banda e sem a necessidade de existir um caminho de retorno.
A invenção pode ser realizada dentro de um sistema compreendendo um reprodutor de mídia, um meio de armazenamento e um módulo de acesso condicional (CAM). O reprodutor de mídia também pode ter capacidade de recepção para receber conteúdo de um difusor. De acordo com uma concretização, o meio de armazenamento é o reprodutor de mídia ou receptor, enquanto, de acordo com outra concretização, o meio de armazenamento está no CAM. O meio de armazenamento é usado para armazenar pelo menos o conteúdo alternativo mencionado acima, que também é chamado, neste documento, de conteúdo re- petível ou conteúdo de publicidade. Em todas as concretizações, o CAM exerce controle sobre o meio de armazenamento à medida que necessário para decriptografar mensagens de controle especiais dentro do conteúdo para permitir que partes do conteúdo de difusão sejam substituídas durante a reprodução pelo conteúdo armazenado no meio de armazenamento. Outro aspecto da invenção é o gerenciamento do meio de armazenamento, em que é realizado o controle sobre qual conteúdo será armazenado no meio de armazenamento, qual conteúdo do meio de armazenamento será substituído na reprodução e em que momento qual conteúdo no meio de armazenamento será apagado e quando, por exemplo.
Embora a natureza do conteúdo alternativo esperado nesta invenção seja preferi-velmente de publicidade, a presente invenção não se limita a tais tipos de conteúdo. Graças à presente invenção, os agregadores de conteúdo serão capazes de direcionar melhor seu material de publicidade.
Uma vez que o tempo de mudança de canal pode ser bastante longo devido à ne-cessidade de mudar parâmetros do sintonizador ou de aguardar até a próxima rajada, por exemplo, a presente invenção permite que um conteúdo alternativo, por exemplo, uma pu-blicidade direcionada, seja exibido durante a mudança de canal. Dado que os espectadores geralmente tendem a mudar de canal durante a transmissão do material de publicidade, tal substituição é bem-vinda, pois oferece uma chance para a publicidade direcionada ser per-cebida.
De acordo com um primeiro aspecto da presente invenção, é revelado um método para substituir uma seção de um fluxo de conteúdo de difusão compreendendo pelo menos um conteúdo de difusão com pelo menos um conteúdo alternativo a ser exibido em um dispositivo de exibição, a substituição sendo controlada por um módulo de acesso condicional (CAM). O CAM processa o conteúdo de difusão com as mensagens de controle de entrada e emite o conteúdo processado para uma saída em direção ao dispositivo de reprodução. O conteúdo alternativo é pré-armazenado em uma memória de conteúdo alternativo da dita unidade do usuário. O método compreende as etapas de: a) receber um conteúdo de difusão e uma mensagem de controle associada ao conteúdo de difusão; e b) se a mensagem de controle compreender uma informação de troca predeterminada tendo um estado positivo, então emitir o conteúdo alternativo pré-armazenado em vez do conteúdo de difusão.
De acordo com uma concretização da presente invenção, o método adicionalmente compreende a etapa de: c) se a mensagem de controle compreender uma informação de troca predeterminada tendo um estado negativo, então emitir o conteúdo de difusão de transmissão contí- nua.
Os estados positivo e negativo da informação de troca podem ser definidos, por exemplo, por uma condição respectivamente alternada para ON ou OFF.
Outras concretizações serão reveladas na descrição da invenção a seguir.
A presente invenção também se refere a uma unidade do usuário para realizar o método acima. O método descrito acima permite que um assinante particular acesse publi-cidade direcionada, tal direcionamento baseado em algum parâmetro ou parâmetro prede-terminados, sem aumentar a largura de banda e sem necessitar de um canal de retorno, com isso possibilitando que os anunciantes montem mais campanhas de publicidade eficazes. A unidade do usuário na qual o método é realizado pode ser qualquer aparelho conhecido para receber difusões de conteúdo de áudio / vídeo ou para reproduzir conteúdo de áudio / vídeo gravado, contanto que compreenda um módulo de acesso condicional configurado para processar mensagens de controle eletrônicas, tais como as conhecidas na indústria de TV paga. O módulo de acesso condicional pode estar de acordo com um Padrão de Interface Comum conhecido, tal como CI. A solução, portanto, é independente da unidade do usuário como um todo, e em vez disso, depende do módulo de acesso condicional, uma vez que a substituição de um conteúdo por outro é acionada após a recepção de uma mensagem de controle eletrônica (ECM). O conhecimento específico da unidade do usuário, portanto, não é necessário para implementar a solução.
Em vista da técnica anterior existente, persiste ainda a necessidade de minimizar a largura de banda usada na distribuição de conteúdo de mídia digital a reprodutores de mídia digital. Isso é especialmente verdadeiro no domínio de reprodutores de mídia móveis ou portáteis, em que o gerenciamento eficiente dos recursos de computação é necessário de modo a maximizar a vida útil da bateria, entre outros.
Para esse fim, de acordo com um aspecto adicional, a presente invenção proporciona um reprodutor de mídia compreendendo: um receptor para receber uma transmissão de mídia digital de um servidor por meio de um primeiro canal, a referida transmissão de mídia digital compreendendo: conteúdo consumível compreendendo uma pluralidade de eventos incluindo pelo menos um evento atual; e uma informação específica do programa; o reprodutor de mídia adicionalmente compreendendo: um módulo de decriptografia; uma memória de eventos; e um módulo de apresentação para apresentar pelo menos o conteúdo consumível; o referido reprodutor de mídia caracterizado pelo fato de que, em combinação: a memória de eventos compreende pelo menos um evento pré-carregado sendo designado como um evento repetível e tendo um identificador único; a informação específica do programa compreende uma marca criptografada com-preendendo um identificador único de um evento repetível; e o reprodutor de mídia é configurado para: apresentar pelo menos parte do evento atual; decriptografar pelo menos o identificador único a partir da marca criptografada; recuperar pelo menos parte do evento repetível da memória de eventos caso o identificador único decriptografado corresponda ao identificador único do evento repetível pré-carregado, ou, senão recuperar pelo menos parte do referido evento repetível a partir do servidor; e apresentar o evento recuperado.
De acordo com concretizações particulares da presente invenção, a marca adicio-nalmente compreende um sinalizador, o referido sinalizador indicando que um evento imedi-atamente após o evento atual na transmissão de mídia digital é o evento repetível, e em que o reprodutor de mídia é adicionalmente configurado para recuperar o evento repetível em sua totalidade a partir do servidor. Além do mais, a marca criptografada pode adicionalmente compreender um sinalizador, o referido sinalizador indicando que um evento após o evento atual na transmissão de mídia digital é um evento repetível; e um índice de repetição indicando um momento em que o evento repetível deve ser apresentado; e em que o reprodutor de mídia é adicionalmente configurado para recuperar o evento repetível em sua totalidade a partir do servidor.
De acordo com algumas outras concretizações da presente invenção, o reprodutor de mídia compreende um segundo canal para comunicação com o servidor, o referido segundo canal sendo bidirecional e sendo configurado pelo menos para transmissão de comandos do reprodutor de mídia para o servidor. Em outras concretizações, o segundo canal de mídia é usado para transmissão do evento repetível a partir do servidor para o reprodutor de mídia.
De acordo com ainda outro aspecto, a presente invenção também proporciona um método para reproduzir eventos em um reprodutor de mídia compreendendo um receptor configurado para receber uma transmissão de mídia digital a partir de um servidor por meio de um primeiro canal, a referida transmissão de mídia digital compreendendo: conteúdo consumível compreendendo uma pluralidade de eventos incluindo pelo menos um evento atual; e uma informação específica do programa compreende uma marca criptografada in-cluindo um identificador único de um evento repetível; o referido reprodutor de mídia compreendendo: um módulo de decriptografia para pelo menos decriptografar a marca criptografada; uma memória de eventos compreendendo pelo menos um evento pré-carregado, em que o evento pré-carregado é designado como um evento repetível e tem um identificador único; e um módulo de apresentação para apresentar pelo menos o conteúdo consumível; o referido método compreendendo: apresentar pelo menos parte do evento atual; decriptografar pelo menos o identificador único a partir da marca criptografada; recuperar pelo menos parte do evento repetível da memória de eventos caso o identificador único decriptografado corresponda ao identificador único do evento repetível pré-carregado, ou, senão recuperar pelo menos parte do referido evento repetível a partir do servidor; apresentar o evento recuperado em vez do evento atual; e apresentar o evento atual quando o evento recuperado tiver terminado.
Em termos gerais, as concretizações da presente invenção proporcionam um método para processamento de um fluxo de transporte usando um reprodutor de mídia compreendendo: um módulo de acesso condicional; um dispositivo de armazenamento para armazenar pelo menos um conteúdo alter-nativo; e um módulo de apresentação para apresentar o fluxo de transporte processado; o fluxo de transporte compreendendo: conteúdo de um primeiro tipo; conteúdo de um segundo tipo; e uma unidade de metadados compreendendo informação de troca associada ao conteúdo do segundo tipo; o método permitindo que o conteúdo do segundo tipo seja substituído pelo conteúdo alternativo, o método compreendendo: analisar a informação de troca usando o módulo de acesso condicional para determinar se a informação de troca corresponde ou não ao conteúdo alternativo; se a informação de troca corresponder ao conteúdo alternativo, então substituir o conteúdo do segundo tipo por pelo menos parte do conteúdo alternativo; se a informação de troca não corresponder ao conteúdo alternativo, então adicio-nalmente processar o conteúdo do segundo tipo.
De acordo com outro aspecto da presente invenção, é proporcionado um reprodutor de mídia para processar um fluxo de transporte, o reprodutor de mídia compreendendo:
Uma entrada para receber uma transmissão de mídia digital a partir de uma fonte de conteúdo, a transmissão de mídia digital compreendendo: conteúdo de um primeiro tipo e conteúdo de um segundo tipo tendo um identificador único; e uma unidade de metadados associada ao conteúdo do segundo tipo; o reprodutor de mídia adicionalmente compreendendo: um módulo de acesso condicional; um meio de armazenamento; e um módulo de apresentação para apresentar o fluxo de transporte processado; o reprodutor de mídia caracterizado por ser configurado para realizar o método acima.
DESCRIÇÃO RESUMIDA DOS DESENHOS
A presente invenção será melhor compreendida graças à descrição detalhada que se segue e aos desenhos acompanhantes, que são apresentados como exemplos não- limitantes de concretização da invenção, nos quais:
A Figura 1 mostra um diagrama ilustrando o processamento de um fluxo de transporte dentro de uma unidade do usuário, então emitindo o fluxo de conteúdo para um dispositivo de reprodução, tal como um meio de exibição;
A Figura 2 mostra uma representação esquemática de um sistema dentro do qual uma concretização da presente invenção pode ser implementada;
A Figura 3 mostra uma ilustração esquemática de uma mensagem de controle de direito ECM; e
A Figura 4 mostra uma representação simplificada de um fluxo de transporte es-quemático.
DESCRIÇÃO DETALHADA
O conteúdo digital pode ser distribuído a partir de um centro de distribuição por um proprietário de conteúdo digital a uma pluralidade de consumidores equipados com recepto- res/visualizadores adequados, também conhecidos como reprodutores de mídia. O conteúdo digital pode ser conteúdo de vídeo móvel, conteúdo de imagem estático, conteúdo de áudio/vídeo ou conteúdo de áudio. Os tipos de reprodutores de mídia associados aos diferentes tipos de conteúdo digital são reprodutores de DVD, aparelhos de TV, telas de exibição, rádios digitais etc.
O conteúdo pode ser distribuído de acordo com qualquer uma dentre uma variedade de normas ou protocolos predeterminados para transmissão de arquivo de mídia digital ou armazenamento. Mais especificamente, no caso em que o conteúdo é conteúdo de áu- dio/vídeo, os arquivos de mídia podem ser distribuídos como parte de um fluxo de transporte por meio de uma rede de difusão ou por meio de uma rede de conexões ponto-a-ponto. Exemplos de tais conexões são conexões a cabo, conexões IP, redes de difusão sem fio ou redes de difusão via satélite.
A Figura 1 mostra um diagrama ilustrando um sistema para processar um fluxo de transporte 1 dentro de uma unidade do usuário 10 antes de reproduzir o fluxo de conteúdo de saída 4 em um dispositivo de reprodução ou dispositivo de exibição 40, também conhecido como módulo de apresentação. Por fluxo de transporte 1, pretende-se designar um conjunto de pacotes distribuídos por um canal de transporte físico para a unidade do usuário 10, tal como um decodificador de sinais, por exemplo. A unidade do usuário compreende um módulo de acesso condicional 11 e um cartão inteligente 13, como ilustrado na Figura 1. O cartão inteligente pode ser removível da unidade do usuário.
Esquematicamente, o fluxo de transporte 1 compreende numerosos pacotes de dados 20, 21, 30 de vários tipos que são enviados em um fluxo contínuo. Esses pacotes compõem fluxos que podem ser separados em dois tipos principais, a saber, um fluxo de condições de acesso 2 e um fluxo de conteúdo 3; ambos esses fluxos são fluxos de entrada, que, na realidade, são geralmente misturados juntos.
Dentro de um sistema de televisão digital paga ou similar, o fluxo de conteúdo com-preende os eventos (isto é, uma série de seções de difusão S1, S2, S3, etc. com datas / tempos de início e fim) sob a forma de um fluxo de pacotes de áudio / vídeo. Esse fluxo é geralmente criptografado de modo a fornecer um acesso restrito. No entanto, alguns eventos, tais como anúncios ou transmissões livres, não são necessariamente embaralhados.
Por outro lado, o fluxo de condições de acesso 2 compreende pacotes de informação que são usados para gerenciar o fluxo de conteúdo 3. Dentre esses pacotes de informação, notamos as Mensagens de Gerenciamento de Direito (EMM) 20 e as mensagens de controle que tipicamente são a Mensagem de Controle de Direito (ECM) 21.
A EMM é uma mensagem de acesso condicional enviada pela central de distribuição (head-end) (por exemplo, o sistema de gerenciamento de assinante do provedor de conteúdo) para o cartão inteligente 13 de modo a definir, reiniciar ou alterar direitos de acesso a certos produtos (conteúdo de difusão). A ECM é outra mensagem de acesso condicional compreendendo as Condições de Acesso do evento de difusão atual e a Palavra de Controle (CW) 22 usada para desembaralhar o fluxo de entrada criptografado.
Em suma, o princípio do Módulo de Acesso Condicional (CAM) 11 é receber todo o fluxo de transporte criptografado 1 e retornar o conteúdo desembaralhado dentro do fluxo de conteúdo de saída 4. Para esse fim, a CAM 11 compreende um Núcleo de Acesso Condicional (CAK) 14, que é um software rodando como uma interface para o cartão inteligente 13 para processar as EMMs 20 e as ECMs 21. As EMMs 20 recebidas são processadas pelo CAK para armazenar os direitos do usuário na base de dados de Direitos EMM 15. A primeira etapa do processo aplicada às ECMs recebidas consiste em ler um marcador 26 associado a cada ECM. Tal marcador pode ser comparado a um número de identificação, que pode ser o mesmo de ECM para ECM ou que pode mudar de ECM para ECM, tal alteração ge- ralmente ocorrendo de forma regular. A próxima etapa consiste em comparar as Condições de Acesso CA transportadas pela ECM com os direitos armazenados na base de dados 15 do cartão inteligente 13. No caso da correlação, significa que o usuário tem os direitos de acesso necessários e o cartão inteligente 13 extrai pelo menos uma CW 22 da ECM 21 e a envia de volta para o CAK 14. Essa extração é obtida pela Unidade de Acesso Condicional (CA) 16 do cartão inteligente 13. Então, o CAK 14 encaminha esse CW 22 para o desemba- ralhador 17, que será capaz de decriptografar o fluxo de conteúdo de entrada embaralhado 3 para emitir um fluxo de conteúdo de saída desembaralhado 4, que finalmente pode ser exibido no dispositivo de exibição 40.
A parte do fluxo de conteúdo 3 ilustrada na Figura 1 compreende várias seções su-cessivas S1, S2, S3, de pelo menos um fluxo de conteúdo de difusão 3, dispostas uma após a outra. De acordo com uma concretização preferida da presente invenção, quando um conteúdo substituível 30 é transmitido no fluxo ao vivo, ou no fluxo de conteúdo 3 recebido de alguma outra forma, sua adequabilidade para ser substituído pode ser indicada por um campo especial na ECM 21. Dependendo da informação compreendida neste campo especial, uma unidade de troca 18 pode ser ativada para permitir a substituição de pelo menos uma dessas seções por outra compreendendo pelo menos um conteúdo alternativo 30’. A Figura 1 mostra que a seção S2 foi apropriadamente substituída pela seção S2' sem o usuário final necessariamente perceber que essa substituição ocorreu. Com o objetivo de realizar a substituição, pelo menos um conteúdo alternativo 30' foi armazenado anteriormente na unidade do usuário 10, no presente caso, em uma memória de conteúdo alternativo 19 do cartão inteligente 13. De acordo com a concretização, a execução da substituição dos conteúdos alternativos pré-armazenados é controlada pela ECM. De acordo com diferentes concretizações da presente invenção, o armazenamento anterior pode ser feito em uma de diversas maneiras, que será descrita posteriormente ao lidar com o gerenciamento do meio de armazenamento onde o conteúdo alternativo é armazenado. Na concretização descrita acima, o meio de armazenamento é uma memória de conteúdo alternativo do cartão inteligente, por exemplo. O gerenciamento do meio de armazenamento, como será visto, inclui a seleção do conteúdo a ser armazenado, a seleção do conteúdo a ser apresentado e a seleção e exclusão do conteúdo não mais considerado como sendo de interesse.
Como é geralmente conhecido no domínio dos sistemas de TV paga, é normal que as ECMs sejam processadas por um módulo de acesso condicional, uma vez que a informação compreendida dentro da ECM é, de preferência criptografada, em especial palavras de controle. De modo similar, de acordo com as concretizações da presente invenção, a informação de troca dentro do campo especial da ECM mencionada aqui pode ser criptografada. Em todos os casos, a análise da ECM é realizada usando o módulo de acesso condicional (DECR, CA).
De acordo com a figura 1, a substituição da sessão de conteúdo é obtida pela unidade de troca 18 (alternador). No entanto, essa substituição poderia ser realizada por outro meio, tais como meios para extrair a seção (por exemplo, S2), e então meios para substituí- la por uma seção alternativa (S2’). Além do mais, a unidade de troca 18 não precisa necessariamente ser colocada no CAM 11 após o desembaralhador como mostra a Figura 1, mas em vez disso, pode ser colocada em algum outro ponto conveniente para a mesma finalidade.
Dependendo do tipo de conexão que existe entre um consumidor ou usuário particular e o proprietário do conteúdo, a quantidade de largura de banda disponível para tal conteúdo de distribuição pode ser mais ou menos limitada. Os protocolos para transmissão de arquivos de mídia digital envolvem a inclusão nos arquivos de mídia ou fluxo de transporte de dados sobre e acima do conteúdo consumível real, isto é, o conteúdo que o espectador ou ouvinte realmente vê ou escuta, ou, de forma mais geral, consome. Isso significa que há uma certa quantidade de sobrecarga envolvida na transmissão do conteúdo digital. Além do mais, em uma situação em que o proprietário do conteúdo cobra uma taxa dos espectadores do seu conteúdo, o que é bastante comum no caso, por exemplo, de um ambiente de TV paga, haverá ainda mais sobrecarga na transmissão, uma vez que o conteúdo geralmente é criptografado. Os protocolos usados para isso geralmente terminam sendo mais exigentes em termos de largura de banda por causa das provisões que precisam ser feitas para transmitir os direitos e chaves criptográficas, entre outros, associados à garantia da segurança do conteúdo criptografado. Tudo isso pode contribuir para demandas bastante altas de largura de banda preciosa.
Além de ser exigente em termos de largura de banda do ponto de vista da comuni-cação, a quantidade de poder de computação necessária para processar o conteúdo cripto-grafado também é considerável. Isso significa que os recursos de computação no reprodutor de mídia podem se tornar excessivamente solicitados. Além do mais, esse uso aumentado dos recursos de computador também pode resultar em maior consumo de energia, o que pode se tornar problemático no caso em que o reprodutor de mídia é de um tipo portátil ou móvel, onde a vida útil da bateria se torna uma questão importante. Somado a isto, há a necessidade de oferecer ao anunciante, por exemplo, a capacidade de intervir durante uma transmissão, propondo um conteúdo que será de particular interesse a um espectador em particular, de preferência em um momento específico. Além do mais, é desejável poder gerenciar eficientemente o conteúdo proposto de tal maneira que sua relevância seja mantida com o tempo e o espaço de armazenamento que ele ocupa seja otimizado.
As concretizações da presente invenção podem ser implementadas em reprodutores de mídia, por exemplo, de modo a aliviar as demandas sobre a largura de banda e as demandas de uso dos recursos de computação por tal dispositivo, além de satisfazer à ne- cessidade, dos proprietários de conteúdo, de propor a venda de segmentos de publicidade personalizáveis dentro de seus programas de forma atraente. De acordo com essas concre-tizações da presente invenção, o impacto benéfico sobre a largura de banda e os recursos de computação pode ser obtido por meio do gerenciamento criterioso do chamado conteúdo repetível. Um exemplo de conteúdo repetível é o conteúdo de publicidade, que pode ser substituído várias vezes pelo reprodutor de mídia.
De acordo com outra concretização da presente invenção, da qual uma representação é esquematizada na Figura 2, um reprodutor de mídia (MP), tal como uma unidade de televisão digital, compreende um receptor (RX), uma memória de eventos (MEM) ou meio de armazenamento, uma unidade de decriptografia (DECR) e um módulo de apresentação na forma de um meio de exibição (DISP) no qual será apresentada a mídia digital. Outros exemplos de módulos de apresentação incluem um alto-falante no caso em que a invenção é aplicada a um ambiente de radiodifusão digital. Vale a pena mencionar que uma unidade de decriptografia, de acordo com a presente invenção, pode assumir a forma de um módulo de acesso condicional (CAM) cooperando com um módulo de segurança ou cartão inteligente, como é geralmente conhecido no domínio de TV paga. A memória de eventos (MEM) é configurada para armazenar pelo menos os eventos que são considerados como eventos repetíveis (EV-R). Os eventos (EV) no contexto da presente invenção incluem filmes, jogos esportivos, programas de perguntas e respostas, seriados de comédia, anúncios, shows de comédia, documentários, etc., e como tal, o armazenamento de um evento (EV) significa memorizar o conteúdo digital relacionado a esse evento (EV). No domínio da TV digital, por exemplo, os dados de mídia digital são transmitidos em um fluxo de transporte (TS) compreendendo conteúdo consumível e metadados incluindo dados de correção de erro, dados relacionados à criptografia e outros metadados, tais como informações específicas do programa (vide abaixo). O conteúdo consumível pode incluir uma pluralidade de eventos diferentes.
Os eventos repetíveis (EV-R) são eventos (EV) que são suscetíveis a serem trans-mitidos mais de uma vez, tal como um evento de publicidade, por exemplo. Logo, a memória de eventos (MEM) de um reprodutor de mídia que é oferecido para venda pode ser pré- carregada com pelo menos um tal evento repetível (EV-R). Como alternativa, ou em combinação, os eventos repetíveis podem ser adicionados ao meio de armazenamento ou memória de eventos durante o uso do reprodutor de mídia, onde os eventos selecionados de um transmissão são armazenados ou reproduzidos e armazenados. Um identificador único (ID) correspondendo ao evento repetível (EV-R) também é armazenado no reprodutor de mídia (RX) junto com o evento repetível (EV-R) de modo que o evento repetível (EV-R) possa ser chamado ou de alguma outra forma referenciado. Os eventos selecionados também podem ser removidos da memória de eventos, como será discutido abaixo.
Os eventos são difundidos ou transmitidos de alguma outra forma pelo proprietário de conteúdo (SVR) como conteúdo de difusão compreendendo eventos programados (EV). Os eventos programados (EV) podem ser criptografados e transmitidos de acordo com técnicas geralmente conhecidas na área, como parte de um fluxo de dados ou fluxo de transporte (TS), por exemplo, ou, em termos mais gerais, como parte de um arquivo de mídia digital. O fluxo de transporte (TS) adicionalmente compreende informações específicas do programa, tal como uma Tabela de Informação de Eventos (EIT). A EIT é usada em um fluxo de transporte MPEG para fornecer dados de programa específicos ao evento atual e para eventos futuros, incluindo o título do evento, o tempo de início, a duração, uma descrição do evento, faixa etária, etc. De acordo com a concretização da invenção, a EIT adicionalmente compreende uma informação criptografada compreendendo o ID único de um evento repetí- vel. Essa informação será chamada de marca criptografada.
Como descrito acima, de acordo com a presente concretização da presente invenção, o fluxo de transporte inclui conteúdo compreendendo um evento programado e adicionalmente inclui informações específicas do programa, tal como a EIT, que compreende o ID único de um evento repetível, o ID único estando no formato criptografado, chamado acima de marca criptografada. O receptor pode, dessa forma, verificar se o evento repetível referenciado já está ou não armazenado em sua memória de eventos, uma vez que o evento repetível é armazenado junto com seu ID único.
Após a detecção da marca criptografada, o reprodutor de mídia decriptografia a marca criptografada para obter o ID único do evento repetível. O reprodutor de mídia então verifica se o evento repetível referenciado pelo ID único já está pré-armazenado em sua memória de eventos. Neste caso, então o evento repetível referenciado é reproduzido, a partir da memória de eventos, no dispositivo de mídia no tempo programado (uma vez que a EIT inclui tais informações correspondendo à marca criptografada). Dessa forma, os recursos de processamento e a largura de banda podem ser liberados. Os recursos liberados podem, sem dúvidas, ser utilizados para alguma outra finalidade, conforme necessário. Após o evento repetível ter sido reproduzido, o dispositivo de mídia então retorna à reprodução dos eventos programados de acordo com o programa, o que pode ser descrito na EIT. Se o evento repetível referenciado pelo ID único não estiver presente na memória de eventos, então o reprodutor de mídia busca o evento repetível junto ao proprietário de conteúdo e o reproduz. Por “busca”, entende-se que o reprodutor de mídia baixe o evento do servidor e o armazene em sua memória de eventos. Por buscar o evento dessa maneira, o reprodutor não precisa baixar o mesmo evento novamente caso ele seja referenciado no futuro. De acordo com uma concretização, o download é feito por meio do mesmo canal através do qual todos os eventos de difusão são recebidos. Neste caso, a ausência do evento referenciado na memória de evento sinaliza o receptor para prosseguir com o download a partir do canal de difusão. De acordo com uma concretização diferente, o download é obtido por meio de um canal que não é o mesmo canal através do qual os eventos são transmitidos, mas em vez disso, um canal separado através do qual a mídia recebe o evento repetível. Neste caso, ao detectar que o evento referenciado está ausente da memória de eventos, o receptor baixa o evento ausente no canal separado. O canal separado é geralmente um canal bidirecional, e como tal, a solicitação e o evento repetível ausente podem ser transmitidos por meio deste canal. O canal de difusão, por outro lado, é geralmente unidirecional, embora, em alguns casos (conexão IP, por exemplo), o canal de difusão possa ser bidirecional. Se o reprodutor de mídia, ou qualquer módulo dentro do reprodutor de mídia, tiver de fazer uma solicitação pelo evento ausente, então é possível para o servidor autenticar o reprodutor usando técnicas geralmente conhecidas na indústria. Se o evento precisar ser criptografado, então o servidor pode transmitir o arquivo solicitado em um formato criptografado para o reprodutor de mídia em questão usando técnicas geralmente conhecidas na indústria. Uma vez que o evento repetível tenha sido reproduzido, o reprodutor de mídia geralmente sintoniza de volta para o canal de difusão e continua a reproduzir o evento de difusão. Durante o tempo em que o evento repetível estava sendo reproduzido, o conteúdo de difusão poderia ser retido de modo que um retorno para a difusão não gerasse perda na continuidade do conteúdo. Neste caso, haveria um armazenamento temporário, tanto no receptor quanto no difusor, para reter o conteúdo enquanto o conteúdo repetível está sendo reproduzido. Por outro lado, a retomada da reprodução do evento atual continuaria no mesmo ponto à frente do ponto em que a substituição do evento repetível foi realizada, resultando em alguma perda de continuidade do evento atual.
Pode-se observar então que, de acordo com as concretizações da presente invenção, quando um evento repetível é encontrado dentro do fluxo de transporte recebido, é feita uma verificação para ver se o evento repetível já está armazenado no meio de armazenamento. Caso esteja, então, em vez de reproduzir o evento repetível a partir do fluxo de transporte, uma cópia alternativa é reproduzida, isto é, a que está armazenada no dispositivo de armazenamento. Por esta razão, os eventos armazenados no dispositivo de armazenamento são chamados de conteúdo alternativo no contexto da presente invenção. Será visto posteriormente, quando outras concretizações da presente invenção forem descritas, que, em vez de reproduzir uma versão armazenada do mesmo conteúdo repetível à medida que ele é recebido no fluxo de transporte, o conteúdo alternativo selecionado pode ser diferente do conteúdo repetível recebido, de preferência sendo da mesma categoria ou compartilhando alguma outra característica que permitirá ao conteúdo alternativa ser usado para substituir o evento repetível recebido.
Em termos mais gerais, os eventos programados podem ser referenciados como um primeiro tipo de conteúdo, em que os eventos repetíveis podem ser referenciados como um segundo tipo de conteúdo. O conteúdo alternativo, portanto, é o conteúdo do segundo tipo, em virtude do fato de que ele pode ser usado para substituir o conteúdo do segundo tipo.
Uma concretização da presente invenção também pode ser implementada em um sistema em que o conteúdo digital é solicitado em vez de no exemplo acima, onde os eventos são difundidos de acordo com um programa predeterminado. Este é o caso nos sistemas conhecidos como Vídeo sob Demanda (VOD). Neste tipo de sistema, quando um evento é solicitado, o proprietário do conteúdo transmite o evento solicitado, geralmente no formato criptografado, para o reprodutor de mídia. O fluxo de transporte transmitido compreende o evento solicitado, geralmente no formato criptografado, mas não necessariamente assim, e ao EIT, que compreende a marca criptografada com o ID único do próximo evento repetível e um índice indicando o final do evento repetível. O reprodutor de mídia decriptografa e reproduz o evento solicitado, dessa forma reproduzindo-o no tempo solicitado, e então decrip- tografa a marca para obter o ID único do evento repetível O reprodutor então busca pelo ID único na biblioteca de eventos, e, caso presente, reproduz o evento repetível correspondente no tempo de início indicado pela EIT. Após o tempo indicado pelo índice ter decorrido, o reprodutor então continua a reproduzir o evento solicitado a partir do ponto em que ele foi interrompido. Novamente, se o ID único não for encontrado na biblioteca de eventos, então o reproduzir busca o evento no servidor do proprietário de conteúdo, o reproduz no tempo apropriado e o armazena para referência futura na memória de eventos.
Um dispositivo ou sistema no qual uma concretização da presente invenção é im-plementada, portanto, permite que os recursos do reprodutor de mídia ou os recursos do canal de comunicação sejam liberados para uso por outras tarefas, se necessário, ou simplesmente para economizar energia.
Vale observar nesse ponto que, uma vez que as concretizações da presente invenção são adaptadas para funcionarem em um contexto onde o conteúdo é difundido de um difusor para uma pluralidade de receptores, enquanto outras concretizações são adaptadas para trabalharem em um contexto VOD, onde um conteúdo particular é solicitado a partir de um servidor ou mesmo de um CD ou qualquer outro meio de armazenamento de conteúdo adequado, é conveniente usar o nome generalizado “fonte de conteúdo” para referir-se ao difusor, ao servidor ou similar.
De acordo com a invenção, a noção de um “evento repetível”, que foi usada acima para descrever o material de publicidade, pode ser estendida para abranger outros eventos suscetíveis a serem retransmitidos, tal como um filme clássico ou uma nova execução de um evento esportivo já transmitido. Neste caso, o evento repetível é consideravelmente maior e compreende significativamente mais dados do que no caso em que o evento repetí- vel é uma publicidade. Logo, no momento da fabricação ou em um ponto de venda de um reprodutor de mídia, a memória de eventos do reprodutor de mídia é pré-carregada com um ou mais eventos tendo sido identificados como sendo suscetíveis a serem transmitidos mais de uma vez. Um identificador único correspondendo a tal evento repetível também é armazenado no reprodutor de mídia de modo que o evento repetível possa ser chamado ou referenciado de alguma outra forma. Consequentemente, um reprodutor, no qual uma concretização da presente invenção é implementada, será capaz de reconhecer, consultando na EIT, que uma transmissão futura de um filme específico, por exemplo, é um evento repetí- vel. Tal reprodutor, portanto, será capaz de tirar vantagem das economias de largura de banda e economias de energia proporcionadas pela implementação da invenção mediante a reprodução de uma versão pré-carregada do filme se ele existir em sua memória de eventos. Se o filme não existir na memória de eventos, então ele será carregado na memória de eventos enquanto o evento está sendo reproduzido, tornando-o assim disponível para nova reprodução a partir da memória de eventos caso uma marca criptografada com o ID único do evento seja detectada posteriormente na EIT.
Como mencionado acima, a tabela de informação de eventos em um fluxo de transporte MPEG (EIT) compreende informações específicas a eventos futuros e para o evento atual. De acordo com outra concretização da presente invenção, a EIT compreende a marca criptografada descrita acima, compreendendo o ID único de um evento a ser difundido no futuro. Observando de mais perto esta marca criptografada, ela pode ser descrita como tendo duas partes: uma primeira parte compreendendo uma indicação quanto a se o próximo evento a ser difundido é ou não um evento repetível, e uma segunda parte compreendendo o ID único desse evento. A primeira parte pode ser na forma de um sinalizador indicando se o próximo evento é ou não um evento repetível. Por exemplo, a primeira parte, next_is_repeatable_event, é um sinalizador que pode ser definido como VERDADEIRO ou FALSO, dependendo de se o próximo evento é ou não um evento repetível e se a segunda parte, EventId, é o ID único desse evento.
Em termos mais gerais, pode-se dizer que a marca criptografada pode compreender informações relacionadas mais geralmente a um evento a ser difundido no futuro. Em vez de ter um sinalizador chamado next_is_repeatable_event, a marca criptografada tem um sinalizador chamado future_is_repeatable_event. Neste caso, a marca tem três partes: uma primeira parte compreendendo o sinalizador future_is_repeatable_event, que pode ser definido como VERDADEIRO ou FALSO, uma segunda parte, EventId, compreendendo o ID único do evento futuro referenciado e uma terceira parte, future_event_time, compreendendo uma indicação que permite que o tempo de difusão do evento futuro referenciado seja determinado. Tal indicação poderia ser um tempo absoluto ou um tempo de desvio a ser usado em combinação com um tempo de referência para calcular o tempo de difusão.
Uma concretização da presente invenção permite a implementação de outro aspec- to que é particularmente útil caso o evento repetível seja um filme, por exemplo. Nesta concretização, a EIT compreende uma informação adicional criptografada, chamada de marca adicional criptografada. Essa marca adicional compreende informações relativas ao evento atualmente difundido. Novamente, essa marca adicional tem duas partes: uma primeira parte compreendendo uma indicação de se o evento atualmente difundido é ou não um evento repetível e uma segunda parte compreendendo o ID único do evento sendo difundido atualmente. A primeira parte pode ser na forma de um sinalizador indicando se o evento é ou não um evento repetível. Por exemplo, a primeira parte, current_is_repeatable_event, é um sinalizador que pode ser definido como VERDADEIRO ou FALSO, dependendo de se o evento atual é ou não um evento repetível e se a segunda parte, EventId, é o ID único do evento atual.
Consequentemente, nesta concretização da presente invenção, se um espectador sintonizar para um serviço que está prestes a transmitir um filme e que o filme foi identificado pelo operador de serviço como sendo um evento repetível, então o equipamento do espectador será capaz de detectar a condição VERDADEIRO do sinalizador next_is_repeatable_event e o EventId correspondente do evento. Ou então, se o filme for repetível irá ser difundido em algum outro momento no futuro, então a condição VERDADEIRO do sinalizador future_is_repeatable será detectada e o tempo de difusão programado será determinado. A memória de eventos será varrida em busca do EventId correspondente, e caso exista, então ele será recuperado e reproduzido no tempo de difusão do evento tendo esse ID único em vez de reproduzir a versão sendo difundida. Se o evento não existir na memória de eventos, então ele será reproduzido a partir da difusão e armazenado na memória de eventos para uso futuro.
Por outro lado, se o espectador se sintonizar a um serviço que já está difundindo um filme que foi identificado como repetível, então o aparelho do espectador será capaz de detectar a condição VERDADEIRO do sinalizador current_is_repeatable. Graças ao EventID associado, a memória de eventos pode ser pesquisada. Se um evento com esse ID único existir na memória de eventos, então ele é reproduzido a partir da memória de eventos em vez de a partir da difusão. Neste caso, será dada ao espectador a escolha de reproduzir o evento em sua totalidade desde o começo, uma vez que é armazenado na memória de eventos ou reproduzindo o evento a partir do mesmo local à medida que está sendo difundido. No caso em que o espectador escolhe visualizar o evento completo desde o começo, então o aparelho do espectador irá indicar, no meio de exibição, por exemplo, que o evento sendo reproduzido atualmente está sendo reproduzido a partir da memória de eventos e não está sincronizado com a versão do evento sendo difundido. Essa informação está disponível para o dispositivo em virtude do fato de que o sinalizador current_is_repeatable é VERDADEIRO e o espectador escolheu recuperar o evento atual da memória de eventos. O dispositivo, portanto, pode exibir “PLAYBACK”, por exemplo.
Se o evento tendo o ID único correspondendo ao EventId associado a um sinalizador current_is_repeatable VERDADEIRO não estiver presente na memória de eventos, então ele é armazenado na memória de eventos a partir da posição atual. Segue-se então que uma parte anterior do evento estará ausente. Uma vez que o aparelho do espectador sabe que o evento tendo o ID único correspondendo ao EventId de um current_is_repeatable VERDADEIRO está sendo armazenado na memória de eventos, ele pode armazenar um comando para gravar novamente o evento em sua totalidade na próxima vez que o mesmo EventId for detectado como um next_is_repeatable ou future_is_repeatable. Inversamente, o aparelho pode ser programado para anexar no começo o evento armazenamento parcialmente com a parte ausente na próxima vez que for difundido. Para tanto, o reprodutor acompanha o tempo correspondendo à posição atual mencionada acima. Na próxima vez que o evento com o mesmo EventId for difundido, o aparelho do espectador armazena o complemento ausente do evento até o tempo correspondendo à referida posição atual. Nas concretizações da presente invenção em que o reprodutor de mídia é conectado ao servidor por pelo menos um canal de comunicação bidirecional, o reprodutor de mídia pode simplesmente solicitar que o servidor transmita o evento repetível em sua totalidade. Dessa forma, o reprodutor de mídia não precisa aguardar o evento atual ser reproduzido novamente de modo a recebê-lo em sua totalidade.
De acordo com algumas das concretizações da presente invenção descritas acima, se o usuário / espectador mudar de canal, então a reprodução e/ou gravação do evento re- petível é abortada.
Em vez de usar a EIT para determinar se um evento repetível (e, dessa forma, um evento suscetível a ser substituído) está sendo reproduzido ou será reproduzido em algum ponto no futuro, como descrito nas concretizações acima da presente invenção, existem concretizações adicionais em que qualquer um dos métodos descritos abaixo, que usam mensagens de controle de atribuição de direito (ECM) especialmente adaptadas para identificar eventos repetíveis ou substituíveis, podem ser combinados com qualquer uma das concretizações acima. Nessas concretizações adicionais, são as informações de troca, como descrito com referência à Figura 3, que controlam quando o conteúdo deve ser substituído e qual conteúdo deve ser usado para substituí-lo. Tanto a EIT quanto o ECM podem ser referenciados como metadados, uma vez que carregam informações relacionadas ao conteúdo (dados) em vez de carregar o conteúdo em si. O termo metadados, portanto, será usado para abranger a EIT com suas marcas criptografadas e sinalizadores ou a ECM com sua informação de troca e marcador.
Além do mais, qualquer uma das técnicas descritas abaixo usando perfis ou prefe-rências do usuário para determinar qual conteúdo deve ser usado como uma substituição pode ser aplicada, seja quando se usa a informação de troca do ECM ou a informação da EIT. De maneira similar, tais técnicas também podem ser usadas em um processo em que o conteúdo de difusão é filtrado com o objetivo de decidir qual conteúdo deve ser armazenado no meio de armazenamento e/ou qual conteúdo pode ser excluído do meio de armazenamento. Isso será adicionalmente discutido abaixo.
Todas as concretizações descritas acima envolvem o uso de um módulo de decrip- tografia. Vale notar então que um sistema no qual uma concretização da presente invenção pode ser implementada pode compreender um módulo de acesso condicional removível, cuja função é armazenar direitos de acesso e chaves de criptografia/decriptografia usadas no esquema de criptografia/decriptografia em operação dentro do sistema. Qualquer um dos módulos de acesso condicionais conhecidos, tal como o tipo Interface Comum, por exemplo, pode ser usado. Isso também vale para as concretizações da invenção descritas abaixo que usam um módulo de decriptografia. O uso de um módulo de acesso condicional permite que tais aspectos, como perfis de usuário e outros aspectos de personalização, sejam usados.
A capacidade de economizar na largura de banda de comunicação e nos recursos de computação, e, dessa forma, no consumo de energia em um dispositivo de mídia no qual uma concretização da presente invenção é implementada, é obtida graças ao gerenciamento apropriado dos eventos repetíveis armazenados ou pré-armazenados na memória de eventos. De acordo com a invenção, uma vez que o ID único do evento repetível está no formato criptografado, apenas os reprodutores de mídia que estão autorizados a decripto- grafar as marcas na EIT compreendendo o ID único serão capazes de tirar proveito do sistema e usufruir dos benefícios que assim puderam ser obtidos. Na prática, os eventos repe- tíveis tendem a ocorrer na forma de material de publicidade. Por vezes, usuários maliciosos buscam pular o material de publicidade, e, portanto, o fato de que as marcas são criptografadas impossibilita que tal usuário malicioso seja capaz de reconfigurar um reprodutor de mídia para simplesmente saltar os eventos repetíveis.
Como mencionado acima, a EIT compreende uma informação criptografada com-preendendo o ID único de um evento repetível. Isso é chamado de marca criptografada. Além disso, como mencionado acima, apenas os reprodutores de mídia adaptados para de- criptografar as marcas serão capazes de oferecer as vantagens proporcionadas pela presente invenção. Esses dois aspectos, considerados em conjunto, permitem ao usuário equipado com tal reprodutor de mídia adaptado usufruir de economias na largura de banda, nos recursos e na energia graças à reprodução de eventos repetíveis a partir da memória local. Além do mais, sabe-se que certos espectadores podem preferir saltar o material de publicidade, o que é prejudicial ao anunciante. Se tal usuário fosse capaz de tirar proveito do conhecimento de que um anúncio está programado para ser reproduzido, ele poderia então tomar uma ação preventiva e tentar saltar o material de publicidade. A invenção, portanto, confere uma vantagem ao anunciante, já que impede tal usuário de acessar tal conhecimento graças ao efeito sinérgico de ter o identificador único do evento repetível na EIT e fazer a marca aparecer somente na forma criptografada de modo que o usuário não possa detectá- la e usá-la para informá-lo de que ele deveria tomar uma ação para pular o evento.
A Figura 3 ilustra um diagrama esquemático dos campos ou elementos principais compreendidos em uma mensagem de controle de direitos (ECM) 21 e que é geralmente conhecido no estado da técnica. Como já mencionado, o ECM 21 carrega as palavras de controle CW que são usadas pela unidade desembaralhadora da Figura 1 para decriptogra- far o sinal de entrada embaralhado. A criptografia deste sinal muda periodicamente para impedir invasões por hackers. O tempo durante o qual a mesma CW pode ser usada define um criptoperíodo P (vide a Figura 4) que pode tipicamente durar por alguns segundos, por exemplo, 10 segundos. De modo a elevar a eficiência do sistema, cada ECM transporte duas Palavras de Controle 22, que são identificadas pelos acrônimos CW1 e CW2 na Figura 3. Uma dessas CWs é usada para decriptografar o sinal de entrada durante o criptoperíodo atual, ao passo que a outra CW será usada para o criptoperíodo seguinte. Para saber qual CW tem de ser usada, o ECM inclui um sinalizador 23 de dois bits. O valor deste sinalizador é de 00, 01 ou 10, o que respectivamente significa que nenhuma CW é necessária (por exemplo, no caso de livre acesso), a primeira palavra de controle CW1 deve ser usada, a segunda palavra de controle CW2 deve ser usada para desembaralhar o fluxo de entrada. Por outro lado, o conteúdo de difusão 30 também compreende um campo compreendendo tal sinalizador para saber qual Palavra de Controle (CW1, CW2) precisa ser usada para de- criptografar esse conteúdo.
De acordo com ainda outras concretizações da presente invenção, o ECM 21 adici-onalmente inclui dados de informação compreendendo pelo menos informações de troca 24 que, em uma concretização preferida da invenção, correspondem ao campo especial usado para anunciar a chegada ou a presença de uma seção de conteúdo para substituir por um conteúdo alternativo. Essa informação de troca pode ser representada como um campo de dados no qual informações úteis são incluídas para realizar a substituição de uma seção por outra que fornece um conteúdo alternativo.
Cada ECM compreende um campo Condições de Acesso (AC) 25 compreendendo Condições de Acesso dos canais de difusão ou eventos correspondendo ao perfil de atribuição de direito do usuário.
Cada ECM adicionalmente compreende um marcador 26 que geralmente não muda durante um mesmo criptoperíodo P. Assim, todos os ECMs pertencendo ao mesmo cripto- período geralmente possuem o mesmo marcador. Nos sistemas conhecidos, uma vez que um ECM tenha sido lido, todos os ECMs tendo o mesmo marcador são afastados sem serem lidos, dado que as CWs são as mesmas durante um mesmo criptoperíodo.
De modo a processar com a substituição dos conteúdos, o método da presente in-venção compreende as seguintes etapas: a) receber um conteúdo de difusão 30 e uma mensagem de controle 21 associada ao dito conteúdo de difusão 30; b) verificar se essa mensagem de controle 21 compreende uma informação de troca 24, e, em caso positivo, verificar se a dita informação de troca 24 tem uma característica positiva, em caso positivo: trocar a transmissão contínua do dito conteúdo de difusão 30 para o conteúdo alternativo pré-armazenado 30’.
O método adicionalmente compreende a etapa de verificar se pelo menos uma mensagem de controle adicional 22 compreende a dita informação de troca 24, e, em caso positivo, verificar se a dita informação de troca 24 tem uma característica negativa, em caso positivo: emitir, para uma saída 12, o fluxo de conteúdo de difusão 3 após o desembaralha- mento, se houver. Comparado à etapa anterior, essa última etapa permite que o sistema de acesso condicional retorne a seu modo usual.
Há diferentes maneiras em que as características positivas e negativas da informação de troca 24 podem ser definidas. A primeira maneira consiste em atribuir, a essa informação de troca, um estado que pode ser alterado entre um de pelo menos dois estados, a saber, ON ou 1 para uma condição positiva, e OFF ou 0 para uma condição negativa. Deve- se notar que essa informação não se limita a um estado binário.
Em outra maneira, um contador pode ser usado e a característica da informação de troca 24 poderia ser reconhecida como sendo positiva se o contador alcançar um primeiro valor limite (por exemplo, zero) e negativa se ele alcançar um segundo valor limite (por exemplo, tanto acima como abaixo de zero).
Esse contador poderia estar localizado no sistema implementando o presente método de modo a operar independentemente e poderia ser carregado com um valor de inicialização antes de sua ativação. Para esse fim, tal valor pode ser um valor de índice compreendido na informação de troca 24.
Como alternativa, o valor de índice carregado pela informação de troca pode ser usado como um valor atual de um contador virtual. Isso se torna possível graças à alta taxa do fluxo ECM no fluxo de condições de acesso 2. Por meio do aumento / redução, de maneira constante e em intervalo regular, do valor de índice dentro do campo de informação de troca das mensagens de controle seguintes (ECM), a leitura desse valor de índice será a mesma que a leitura de um contador real.
Por esse meio, a informação de troca 24 pode compreender um indicador de tempo que indica, para o CAM, que o conteúdo alternativo 30’ irá iniciar em n segundos, ou que esse conteúdo alternativo deverá ser reproduzido imediatamente ou irá parar em n segundos.
Além disso, a informação de troca 24 pode compreender um valor de duração de seção que define o tamanho da seção a substituir, ou sua duração, dependendo do tipo de unidade no qual o sistema se baseia. O valor de índice e/ou o valor de duração de seção poderia se referir a valores de tempo ou a outros tipos de valores, tais como pulsos. Da mesma forma, o conteúdo pode compreender um campo de informação de conteúdo fornecendo o valor de duração de conteúdo para definir o tamanho ou duração do conteúdo. Como uma variante, esse campo de informação poderia estar compreendido dentro do ECM nos casos em que esse conteúdo é identificado com um identificador pessoal e esse campo de informação é associado a esse identificador pessoal.
A Figura 4 revela uma representação esquemática de um fluxo de transporte sim-plificado 1, que primeiramente mostra que não há sincronização entre os criptoperíodos P ou o fluxo de ECMs 21 e as seções S1, S2, S3. Não há mais sincronização entre os ECMs e os criptoperíodos P. Cada seção S1, S2, S3 pode compreender um ou vários conteúdos (isto é, eventos), representados nesta figura pelas caixas E1, E2, E3, E4. Outra forma de anunciar o começo de um novo conteúdo 30 consiste em alterar voluntariamente o marcador 26 do ECM 21 que está mais próximo desse conteúdo (qualquer que seja sua posição dentro do criptoperíodo) de modo a requerer, em particular, o processamento da informação de troca 24 desse ECM pelo CAK 14. Ainda outra maneira de anunciar a chegada de um novo conteúdo consiste em usar o código de dados do sinalizador 23 do ECM. Por exemplo, um sinalizador com um valor 00 ou 11 poderia ser usado para anunciar a chegada de um novo conteúdo, tal como um conteúdo de publicidade, respectivamente, conteúdo que não é de publicidade. De fato, qualquer uma das concretizações descritas aqui pode ser combinada com esse meio para detectar uma transição entre um evento atual e um evento repetível e vice versa (isto é, conteúdo de difusão para conteúdo alternativo e vice versa).
Em termos mais gerais, quaisquer eventos que não correspondam a um ECM contendo informações de troca podem ser referidos como um primeiro tipo de conteúdo, enquanto quaisquer eventos que correspondam a um ECM contendo informações de troca podem ser referidos como um segundo tipo de conteúdo. O conteúdo alternativo, portanto, é o conteúdo do segundo tipo, em virtude do fato de que ele pode ser usado para substituir o conteúdo do segundo tipo.
Como ilustrado na Figura 4 com referência ao evento E3, cada conteúdo tem uma arquitetura definindo pelo menos um cabeçalho e um campo de carga útil. Tipicamente, o cabeçalho compreende pelo menos o identificador pessoal da carga útil e o sinalizador indicando qual Palavra de Controle (CW1 ou CW2) tem de ser usada para decriptografar o presente conteúdo. O campo carga útil compreende pelo menos uma parte do conteúdo, por exemplo, o evento a ser difundido. Tal conteúdo E3 pode adicionalmente compreender um campo de informações compreendendo informações sobre o evento.
De acordo com uma concretização preferida, cada um desses conteúdos (isto é, o conteúdo de difusão 30 do fluxo de entrada 3 e o conteúdo alternativo 30’ da memória de conteúdo alternativo 19) é associado a um identificador de conteúdo que permite pelo menos uma classificação desses conteúdos de acordo com sua natureza (isto é, o tipo ou espécie do conteúdo). Por esse meio, torna-se possível classificar esses conteúdos com o objetivo de direcionar os eventos a serem reproduzidos e/ou os conteúdos que devem ser pré-armazenados na memória de conteúdo alternativo 19. Embora os conteúdos alternativos 30’ possam ser armazenados sequencialmente em um carrossel dentro da memória de conteúdo alternativo, é mais eficiente classificar os conteúdos durante a entrada na memória de conteúdo alternativo, em vez de durante a saída. Assim, uma seção alternativa (por exemplo, a seção S2’ da Figura 1) compreendendo conteúdos específicos 30’ será criada para substituir a seção regular correspondente (isto é, a seção S2 da Figura 1) do fluxo de conteúdo de entrada 3. Os conteúdos alternativos podem ser definidos como sendo específicos, ou direcionados, se eles corresponderem aos interesses do espectador. O identificador de conteúdo poderia ser incluído tanto no campo de informação de conteúdo quanto dentro da informação de troca 24 da mensagem de controle 21.
É conveniente usar o termo meio de armazenamento para abranger tanto a memória de conteúdo alternativo de acordo com algumas concretizações da presente invenção quanto a memória de eventos de acordo com outras concretizações da presente invenção.
Para evitar que um mesmo conteúdo alternativo seja exibido várias vezes dentro de um intervalo de tempo muito curto ou para evitar o armazenamento de um conteúdo que já existe na memória de conteúdo alternativo 19, cada conteúdo 30, 30’ será identificado prefe-rencialmente com um identificador único pessoal, localizado, por exemplo, em seu cabeçalho. Por esse meio, cada conteúdo pode ser selecionado não somente com base em sua natureza, mas também de acordo com seu identificador pessoal.
A seleção dos conteúdos direcionados pode ser feita de acordo com um perfil do usuário gravando pelo menos uma natureza preferida e/ou pelo menos um identificador pessoal de conteúdo preferido. Tal perfil pode ser armazenado, por exemplo, em uma memória do usuário da unidade do usuário e atualizado, por exemplo, usando pelo menos um EMM, se necessário.
O pré-armazenamento de conteúdos alternativos pode ser feito tanto ao vivo, a partir do fluxo de conteúdo de difusão, quanto em um fluxo escondido, a partir de pelo menos uma parte (pacote) do fluxo de conteúdo de difusão 3 que não é emitida para o dispositivo de exibição 40.
Qualquer uma das concretizações descritas aqui pode ser combinada com as técnicas de definição de perfil mencionadas, quer a concretização use o ECM ou a EIT para controlar a troca entre o conteúdo de difusão e o conteúdo armazenado. Os perfis podem ser usados como base para gerenciamento do conteúdo armazenado, isto é, para decidir qual conteúdo deve ser armazenado, qual conteúdo deve ser usado como conteúdo alternativo em um dado momento e qual conteúdo deve ser apagado do meio de armazenamento. De fato, qualquer um dos meios conhecidos pode ser usado para construir um perfil, seja baseado nas respostas do espectador a certas solicitações ou baseado em meios automatizados para determinar o que o espectador gosta e não gosta. Por exemplo, durante a difusão de um conteúdo particular, o espectador poderia ser solicitado para comunicar uma simples avaliação "gostei" ou "não gostei" a respeito do que ele está assistindo marcando uma caixa ou então respondendo a uma solicitação adequada. A análise subsequente de uma série de tais respostas pode levar à determinação de um perfil para esse espectador, indicando seus gostos particulares, útil para decidir qual conteúdo seria de interesse para ele. Tais perfis podem evoluir com o tempo, e, portanto, podem ser atualizados com o tempo. Um registro de um perfil em evolução ao longo de um período cíclico pode ser mantido. Por exemplo, os gostos de um espectador também podem ser na hora do dia ou dia da semana, com uma tendência para conteúdo informativo logo após a hora do jantar, por exemplo, ou para esporte nos finais de semana, e assim por diante. Em vez de construir um perfil fazendo o espectador responder a solicitações, um processo de construção de perfil automática pode ser empregada, pelo qual o monitoramento automático de um identificador de conteúdo especial no ECM, permitindo avaliar um tipo ou gênero de conteúdo, ou uma informação dentro da EIT permitindo realizar a mesma avaliação, poderia ser empreendido enquanto o espectador está assistindo, e, dessa forma, construindo o perfil.
Em termos mais gerais, um ou mais perfis podem ser associados a um ou mais usuários de um aparelho de recepção ou a um CAM, o perfil sendo construído com base nos hábitos de visualização do usuário em questão. O perfil pode então ser usado para selecionar qual conteúdo será usado como conteúdo alternativo no contexto de uma concretização da presente invenção ou como um evento repetível em termos de outra concretização da presente invenção, tal seleção sendo, dessa forma, direcionada ao espectador em particular. De modo similar, o perfil pode ser usado em uma política de gerenciamento para o meio de armazenamento das concretizações da presente invenção, pelo que o perfil é usado para determinar qual conteúdo será armazenado no meio de armazenamento a ser usado como conteúdo alternativo ou conteúdo repetível ou para determinar qual conteúdo deve ser removido do meio de armazenamento, baseado na evolução no perfil, tornando algum conteúdo menos interessante ao espectador. No entanto, outros meios podem igualmente ser empregados para determinar qual conteúdo deve ser removido do meio de armazenamento, tal como análise estatística baseado no número de vezes que um conteúdo particular é assistido ou simplesmente pela data associada a um conteúdo particular, por exemplo. O conteúdo pode ser comparado ao perfil de modo a determinar se o conteúdo é ou não de interesse para o espectador que possui esse perfil. A informação associada ao conteúdo, útil para determinar se ele corresponde ou não a um perfil, é conhecida como descrição do conteúdo. São conhecidas várias técnicas na indústria para associar uma descrição de conteúdo a uma unidade de conteúdo. Por exemplo, uma descrição de conteúdo pode ser incluída em um cabeçalho associado ao conteúdo ou pode ser compreendida em um ECM associado ao conteúdo.
A definição de perfil automática da natureza descrita acima pode ser realizada sem solicitar qualquer intervenção particular do usuário. Ela pode até mesmo não exigir que o espectador se identifique, e, portanto, o perfil se torna associado ao aparelho de visualização em vez de a um espectador particular, ainda que se variações grandes nos perfis entre uma pluralidade de usuários forem detectadas, pode se tornar possível deduzir que diferentes espectadores estiveram visualizando conteúdo.
Outra informação útil ao formar um perfil é observar para quais tipos de programas o espectador troca ativamente e continua a assistir, e de quais programas o espectador ati-vamente sai. Esta é uma forma de compilar uma tabela de preferências e itens não- preferidos, por exemplo.
A implementação da seção a ser substituída pelos conteúdos alternativos pode ser feita de acordo com várias maneiras, dependendo de se os conteúdos são da mesma duração ou não. Caso todos os conteúdo 30, 30’ tenham a mesma duração, a substituição de um ou mais conteúdos 30 por conteúdos alternativos 30’ não causa problemas particulares. No entanto, se os valores de durações de conteúdo forem desiguais, então é adequado combinar conteúdos alternativos de diferentes durações que possam ser dispostas dentro da duração da seção.
Com base nos conteúdos alternativos disponíveis 30’ armazenados na memória de conteúdo alternativo 19, um processo poderia ser dedicado a pesquisar pelo menos uma combinação cuja soma dos valores de duração de conteúdo dos conteúdos alternativos 30’ seja ou igual à duração da seção S1, S2, S3 a ser substituída ou introduza uma diferença em relação a essa duração. De preferência, qualquer diferença será a menor possível. Para evitar que qualquer quadro preto na seção alternativa seja exibido, tal diferença será compensada pela adição de um conteúdo alternativo contendo uma imagem fixa, nos casos em que a duração da seção a ser substituída é maior do que a soma mencionada anteriormente. Caso essa durão seja ligeiramente maior, a diferença poderia ser compensada estendendo-se pelo menos um do conteúdo alternativo. Tal extensão poderia ser obtida, por exemplo, aumentando a duração de cada imagem de vídeo do conteúdo e sincronizando o som da mesma maneira.
Inversamente, se a duração da seção S1, S2, S3 a ser substituída for ligeiramente mais curta do que essa soma, a diferença poderia ser compensada suprimindo-se pelo me- nos um do conteúdo alternativo. Tal compressão poderia ser obtida, por exemplo, reduzindo a taxa de quadro de vídeo e aumentando ligeiramente a velocidade do som, de modo a manter o sincronismo entre a imagem e o som.
O valor de índice da informação de troca 24 também poderia ser um identificador ECM, por exemplo, um identificador de pacote pertencendo ao ECM 21. Além disso, o valor de duração de seção pode ser incluído neste identificador ECM.
Da mesma maneira, o valor de duração de conteúdo e/ou o identificador pessoal associado a cada conteúdo pode ser incluído no identificador de conteúdo que permite uma classificação de acordo com a natureza.
Em outra concretização, a informação de troca 24 compreende, ou adicionalmente compreende, uma lista de identificadores de conteúdo a serem exibidos / reproduzidos.
De acordo com uma concretização preferida, parte dos conteúdos mencionados acima é publicidade, assim como o conteúdo alternativo 30’ pré-armazenado na memória de conteúdo alternativo 19. Além do mais, deve-se notar que o conteúdo de publicidade pode ser tanto conteúdo de acesso livre quanto conteúdo embaralhado.
Nos casos em que a memória de conteúdo alternativo 19 compreende publicidade, seria adequado bloquear o acesso a esta memória de modo a impedir qualquer recarrega- mento com os conteúdos escolhidos pelo usuário. Em outras palavras, a memória de conteúdo alternativo é acessível pelo sistema, mas não diretamente endereçável pelo usuário. Toda ou parte da informação armazenada na memória de conteúdo alternativo pode ser alterada “no ar”. Uma forma de adquirir novo conteúdo alternativo consiste em verificar o fluxo de transporte de entrada em busca de conteúdo adequado para ser usado como conteúdo alternativa para verificar se esse conteúdo já está armazenado na memória de conteúdo alternativo ou não. Caso não esteja, então ele é armazenado, sob controle do módulo de acesso condicional, na memória de conteúdo alternativo. Tal conteúdo também pode ser reproduzidos à medida que é armazenado. Um perfil, como mencionado anteriormente, pode adicionalmente ser usado para decidir se tal conteúdo deve ou não ser usado, resultando na memória de conteúdo alternativo mantendo o conteúdo alternativo considerado como sendo de interesse ao espectador.
Vantajosamente, mediante o uso de uma interface comum hospedando o módulo de acesso condicional, este se torna independente de qualquer dispositivo e o sistema pode, portanto, ser facilmente implementado em muitos dispositivos diferentes. Em tais casos, o meio de armazenamento pode ser ou uma área protegida dentro do CAM ou mesmo no módulo de segurança ou ele pode estar em qualquer outro lugar no receptor, mas com acesso ao meio de armazenamento sendo colocado pelo CAN.
Se a interface comum ou o CAM tiver algumas funcionalidades de transferência de mensagens, alguma interatividade pode ser inicializada para o dispositivo pagante em rela- ção ao conteúdo reproduzido / exibido atualmente. Por exemplo, se ele puder ativar um banner HTML ou um link, esse banner ou link pode ser exibido com o conteúdo para permitir ações interativas.
A presente invenção também se refere a uma unidade do usuário 10 para realizar o método mencionado acima, a saber, um dispositivo para processar um fluxo de conteúdo de difusão 3 que visa à substituição de uma seção S1, S2, S3 desse fluxo compreendendo ao menos um conteúdo de difusão 30 por pelo menos um conteúdo alternativo 30’ a ser repro-duzido / exibido, por exemplo, em uma unidade de exibição 40. Para esse fim, a unidade do usuário 10 compreende: - um módulo de acesso condicional 11 para processar o referido fluxo de conteúdo de difusão 3 com mensagens de controle 21 recebidas associadas ao referido conteúdo de difusão 30 e para emitir o conteúdo processado para uma saída 12, e - uma memória de conteúdo alternativo 19 para pré-armazenar o dito conteúdo al-ternativo 30’, o referido módulo de acesso condicional 11 compreendendo meios de recepção para receber pelo menos um conteúdo de difusão 30 junto com pelo menos uma mensagem de controle 20, 21, meios de verificação para verificar se a dita mensagem de controle 21 compreende uma informação de troca 24 e para verificar se a dita informação de troca 24 tem uma característica positiva, e uma unidade de troca 18 para trocar a saída 12 do módulo de acesso condicional 11 para o conteúdo alternativo pré-armazenado 30’ e inversamente. - unidade do usuário 10 pode adicionalmente compreender um contador cujo valor é usado para definir se a informação de troca 24 é reconhecida como sendo positiva ou negativa, dependendo de pelo menos um valor limite predefinido.
Além disso, a unidade do usuário 10 pode compreender um temporizador que é capaz de ler um indicador de tempo compreendido dentro da informação de troca 24. Graças a esse indicador de tempo, esse temporizador é então capaz de indicar quando a unidade de troca 18, que emite o conteúdo alternativo 30’, deve iniciar e/ou parar.
Além disso, a unidade do usuário 10 pode compreender um meio de dimensionamento que é capaz de ler um valor de duração de seção compreendido dentro da informação de troca 24 para determinar o tamanho ou a duração da seção que tem de ser substituída.
Além disso, a unidade do usuário 10 pode compreender meios de processamento para determinar, de acordo com o valor de duração de seção e/ou com os valores de duração de conteúdo dos conteúdos 30, 30’, pelo menos um conteúdo alternativo 30’ que tem de substituir o conteúdo de difusão 30. Vale notar que, embora a Figura 1 mostre o dispositivo de exibição como sendo separado da unidade do usuário, também é possível que o disposi- tivo de exibição, também conhecido como módulo de apresentação (DISP), esteja compre-endido dentro da unidade do usuário, especialmente se a unidade do usuário fosse um re-produtor de mídia (MP) compreendendo o receptor (RX), o módulo de decriptografia (DECR) e a memória de eventos (MEM). Na Figura 2, o módulo de decriptografia para decriptografar a marca criptografada é ilustrado. O reprodutor de mídia pode adicionalmente compreender um módulo de acesso condicional para armazenar direitos de acesso e chaves de criptografia / decriptografia, tais chaves sendo passadas para o módulo de decriptografia caso o módulo de acesso condicional tenha os direitos necessários para ser capaz de decriptografar a marca. O módulo de acesso condicional pode ser qualquer um dos tipos conhecidos, tal co- mo um cartão ou chip removível, e pode estar de acordo com qualquer um dos padrões co-nhecidos, tal como o padrão de interface comum (CI). O módulo de acesso condicional tam-bém pode gerenciar o processamento de acesso condicional usual conhecido na indústria de modo a permitir que o conteúdo protegido seja visto, tal como o processamento dos EMMs e dos ECMs para permitir que palavras de controle (CW) sejam extraídas do fluxo de transporte.

Claims (9)

1. Método para processar um fluxo de transporte de multimídia (TS, 1) incluindo conteúdo de um primeiro tipo (EV, S1, S3), conteúdo de um segundo tipo (EV-R, S2), e me-tadados compreendendo informação de troca associada a pelo menos um conteúdo alterna-tivo (EV-R, S2’), o método sendo executado em um dispositivo de processamento de mídia compreendendo um dispositivo de armazenamento (MEM, 19) para armazenar o conteúdo alternativo (EV-R, S2’), um módulo de acesso condicional (DECR, CA), e um módulo de transmissão para transmitir um fluxo de transporte de multimídia modificado, o método CARACTERIZADO por compreender: processar a informação de troca usando o módulo de acesso condicional (DECR, CA) do dispositivo de processamento de mídia; substituir conteúdo do segundo tipo (EV-R, S2), removendo o conteúdo do segundo tipo (EV-R, S2) e inserindo pelo menos parte do conteúdo alternativo (EV-R, S2’) com base na informação de troca, criando assim o fluxo de transporte de multimídia modificado; e após a substituição, comparar um perfil de visualizador e uma descrição de conteúdo associada ao conteúdo removido do segundo tipo; e com base na comparação do perfil de visualizador e na descrição de conteúdo do conteúdo removido do segundo tipo, determinar se deve acessar um servidor para fazer download do conteúdo do segundo tipo (EV-R, S2) no dispositivo de ar-mazenamento (MEM, 19).
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que a substituição do o conteúdo do segundo tipo (EV-R, S2) pelo conteúdo alternativo (EV-R, S2’) inclui: selecionar o conteúdo alternativo (EV-R, S2’) com base em uma comparação entre um perfil de visualizador e uma descrição de conteúdo associada ao conteúdo alternativo (EV-R, S2’).
3. Método, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que: cada conteúdo alternativo (EV-R, S2’) é associado a um identificador único e os metadados são uma informação específica de programa (EIT); e a informação de troca é uma marca criptografada (TAG), a marca criptografada (TAG) compreendendo um identificador único do conteúdo do segundo tipo (EV-R, S2), o método adicionalmente compreendendo: decriptografar a marca criptografada (TAG) usando o módulo de acesso condicional (DECR, CA) para obter o identificador único do conteúdo do segundo tipo (EV-R, S2); e selecionar o conteúdo alternativo (EV-R, S2’) cujo identificador único corresponde ao identificador único do conteúdo do segundo tipo (EV-R, S2).
4. Método, de acordo com a reivindicação 3, CARACTERIZADO pelo fato de que a marca criptografada (TAG) adicionalmente compreende um sinalizador, o sinalizador indi-cando que um conteúdo imediatamente após o conteúdo do primeiro tipo (EV, S1, S3) é o conteúdo do segundo tipo (EV-R, S2), o método adicionalmente compreendendo substituir o conteúdo do segundo tipo (EV-R, S2) pelo conteúdo alternativo (EV-R, S2’) selecionado.
5. Método, de acordo com a reivindicação 3, CARACTERIZADO pelo fato de que a marca criptografada (TAG) adicionalmente compreende: um sinalizador, o sinalizador indicando que um conteúdo após o conteúdo do pri-meiro tipo (EV, S1, S3) é um conteúdo do segundo tipo (EV-R, S2); e um índice de repetição indicando um tempo quando o conteúdo do segundo tipo (EV-R, S2) deverá ser apresentado; o método adicionalmente compreendendo substituir o conteúdo do segundo tipo (EV-R, S2) pelo conteúdo alternativo (EV-R, S2’) selecionado no tempo indicado pelo índice de repetição.
6. Método, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que os metadados são uma mensagem de controle eletrônico compreendendo a informação de troca.
7. Método, de acordo com a reivindicação 6, CARACTERIZADO pelo fato de que a informação de troca (24) compreende um comando de liberação, o método adicionalmente compreendendo terminar a substituição do conteúdo do segundo tipo (EV-R, S2).
8. Método, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que o acesso ao dispositivo de armazenamento (MEM,19) é bloqueado para impedir qualquer re-carga.
9. Reprodutor de mídia (MP, 10) para processar um fluxo de transporte de multimí-dia (TS, 1), o reprodutor de mídia compreendendo: uma mídia de armazenamento para armazenar pelo menos um conteúdo alternativo (EV-R, S2’); uma entrada para receber o fluxo de transporte de multimídia (TS, 1) a partir de uma fonte de conteúdo, o fluxo de transporte de multimídia (TS, 1) compreendendo conteúdo de um primeiro tipo (EV, S1, S3), conteúdo de um segundo tipo (EV-R, S2) tendo um identificador único (ID), e metadados (EIT, ECM) compreendendo informação de troca asso-ciada ao conteúdo alternativo (EV-R, S2’); um módulo de acesso condicional (DECR, CA); e um módulo de transmissão para transmitir um fluxo de transporte de multimídia mo-dificado; CARACTERIZADO pelo fato de que o reprodutor de mídia (MP, 10) é configurado para executar o método conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 7.
BR112013032894-0A 2011-07-01 2012-06-28 Método e reprodutor de mídia para processar um fluxo de transporte de multimídia BR112013032894B1 (pt)

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