BR112013015988B1 - aparelho dental e conjunto de aparelhos dentais - Google Patents

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Abstract

APARELHO DENTAL PARA A RESTRIÇÃO DA LÍNGUA. São divulgados um aparelho dental e método de tratamento. O aparelho dental se fixa a dentes predeterminados de um maxilar superior de um paciente e inclui um mecanismo de restrição posicionado acima da língua de um paciente, sendo o mecanismo de restrição de formato tal, que limita o movimento da zona posterior da língua do paciente. O mecanismo de restrição permite que pelo menos uma zona interior e bordas laterais da língua do paciente executem os movimentos necessários à fala e à deglutição. O método de tratamento inclui o uso do aparelho dental para reduzir o volume da língua do paciente e aumentar as passagens aéreas e pode ser combinado com o uso de um outro aparelho dental para corrigir um outro aspecto da língua do paciente.

Description

Este pedido está sendo depositado em 22 de dezembro de 2011, como um pedido de patente internacional PCT em nome de Tongue Laboratory Ltd., uma firma nacional britânica, que é o requerente para a designação de todos os países exceto os Estados Unidos, e de Claude Mauclaire, um cidadão da França, requerente para a designação dos Estados Unidos somente.
Referência Cruzada a Pedidos Correlatos
O presente pedido reivindica a prioridade do pedido de patente U.S. No. 12/976.489, depositado em 22 de dezembro de 2010, cujo conteúdo é integralmente incorporado ao presente documento a título de referência; e também reivindica prioridade do pedido de patente europeia No. 10306595 depositado em 22 de dezembro de 2010, ele também integralmente incorporado ao presente documento a título de referência.
Campo Técnico
A presente invenção se refere em linhas gerais ao campo de aparelhos dentais. Mais especificamente, a presente invenção se refere a um aparelho dental para a restrição da língua.
Fundamentos
Os dispositivos ortodônticos tais como Quad Helix são conhecidos na técnica como dispositivos que podem ser fixados aos molares por duas tiras e tem quatro molas helicoidais ativas. Estes dispositivos ortodônticos podem corrigir determinadas patologias tais como alargamento do arco da boca para criar espaço para dentes trepados ou para corrigir uma mordida cruzada posterior, em que os dentes inferiores são bucais (externos) e não os dentes superiores. No entanto estes dispositivos ortodônticos não levam em conta adequadamente o papel da língua na ocorrência de diversas patologias.
O corpo da língua, incluindo a porção móvel, inclui uma porção faringiana e uma porção oral. A porção faringiana representa aproximadamente três quartos do comprimento da língua e a porção oral representa aproximadamente um quarto do comprimento da língua. Observando-se da parte dianteira para a traseira, a porção oral inclui a ponta da língua, uma zona anterior central e uma zona posterior. A zona posterior é também denominada dorso da língua. As zonas anterior central e posterior da língua são lateralmente delimitadas pelas bordas laterais da língua. A língua é um conjunto de dezessete músculos. A língua serve para a remodelação de todas as estruturas adjacentes da cavidade bucal, incluindo, o palato, as fossas nasais, os maxilares e outras estruturas relacionadas. A parte faringiana da língua começa no osso hioide e se conecta a mandíbula (músculo genioglosso), ao crânio (músculo estiloglosso) e à faringe.
Devido a uma ação inoportuna e incessante, alguns destes músculos se desenvolvem excessivamente. Isto faz com que a língua tenha um volume significativo, superior ao volume considerado “normal”, considerando-se o tamanho da cavidade bucal do paciente. A condição é conhecida como língua grande ou larga.
Uma língua anormalmente grande tem na sua origem disfunções devido a maus hábitos frequentemente adquiridos na infância em uma idade na qual a criança deve parar de mamar e começar a mastigar, falar e deglutir e quando emergem os seus primeiros dentes. Uma forma de disfunção consiste no uso da língua para formar sons diferentes dos sons produzidos pela articulação dental (T, D, N e L), uma outra disfunção consiste em sugar ou aspirar saliva, uma terceira consiste em aspirar e sugar com a língua entre os dentes enquanto se está deglutindo o bolo alimentar em vez de deglutir de modo regular. Outros tipos de disfunção tais como um movimento descontrolado e desordenado da língua para falar, deglutir, a posição de deglutição e a posição de repouso da língua estão na origem de muitas más formações ósseas e dentais e deformações tais como prognatismo superior e inferior e labioversão (dentes de coelho, espaços entre os dentes etc.), a língua pendente da síndrome de Down, maxilar inferior recuado, maxilar superior proeminente, mordida aberta entre o maxilar superior e o inferior, palatos estreitos e profundos com respiração pela boca e mesmo afrouxamento dos dentes.
Os reflexos, se eles forem incorretamente adquiridos, tendem a um uso exagerado de determinados músculos da porção oral da língua. A língua forma músculos de um modo que é desequilibrado e excessivo. A língua aumenta progressivamente se deslocando para frente e para trás, sugando. Nestes casos, o palato do paciente não se alarga e permanece estreito e profundo subindo até as fossas nasais. Ocorrem problemas respiratórios, pois o palato estreito reduz a largura das fossas nasais e sua capacidade. A respiração bucal substitui a respiração nasal normal, o que pode levar à inflamação das amígdalas e obstruir, consequentemente, o trato respiratório inferior. O movimento da língua para trás e para frente desenvolve excessivamente os músculos genioglossos na parte inferior e anterior da mandíbula, com uma posição voltada para trás. A língua superdesenvolvida, assim, serve para a remodelagem errada de todas as estruturas adjacentes da cavidade bucal tais como o palato, fossas nasais, mandíbula e outras estruturas relacionadas, impedindo ou subvertendo o desenvolvimento de uma anatomia normal. Ela obstrui os tratos respiratórios no nível da faringe (especialmente da orofaringe).
A posição de repouso da língua é também muito importante. Uma posição de repouso elevada da língua, agarrada ao palato, resulta em uma concavidade do palato. Um palato côncavo que é grande e profundo reduz o volume das fossas nasais e bloqueia a entrada da orofaringe. Uma posição de repouso elevada pode comprimir o palato mole e amolecer o seu músculo tensor levando a ronco e a uma redução da respiração através do nariz e uma respiração forçada através da boca, o que parece representar um papel em rinites alérgica e asma. Isto se deve ao fato de que a poeira (pólen, amianto etc.) chega diretamente às vias aéreas inferiores, uma vez que o ar deixa de ser filtrado pelo nariz. Tal como ocorre com as disfunções da língua, a língua constroi o músculo de um modo que desequilibrado e excessivo nesta situação. Além disso, a língua progressivamente aumente e se espessa, bloqueando eventualmente a respiração pela boca. Alguns pacientes podem sofrer tanto de disfunções como de uma posição de repouso incorreta da língua.
As soluções existentes para a redução do ronco envolvem a depressão da língua para abrir a faringe, permitindo assim uma respiração mais livre. Um dispositivo deste tipo é discutido no pedido europeu No. EP 2303203 A1 que discute em geral a depressão da parte posterior da língua para impedir o movimento para cima ou para trás. Tais dispositivos são geralmente invasivos, uma vez que eles não podem ser facilmente usados e permitir simultaneamente as funções normais de fala e de deglutição. Tais dispositivos também geralmente não apresentam uma capacidade para a criação de hábitos e especialmente de retreinamento da língua, devido ao seu uso intermitente pretendido.
Outros dispositivos disponíveis são limitados no tocante à ajustabilidade e em geral são configurados para restringir e não para retreinar as funções da língua. Estes dispositivos geralmente são obstrutivos e impediriam as funções normais da fala e/ou da deglutição, ou poderiam necessitar da inclusão de características de treinamento específicas para problemas não relacionados (uma perola de Tucat, por exemplo).
Outras técnicas existentes para a restauração da respiração nasal são extremamente invasivas, sendo essencialmente baseadas em cirurgia. Mas, os resultados obtidos por estas técnicas são de curta duração e as recaídas são frequentes. Dentre as causas destes insucessos é que o retreinamento funcional necessário depois da intervenção cirúrgica é difícil de ser colocado em prática, uma vez que o paciente continua a executar movimentos incorretos da língua por reflexo, mesmo depois da cirurgia. Não é ainda amplamente conhecido e aceito o fato de que a língua larga pode ser uma causa principal de OSA ou do ronco.
Sumário
De acordo com a descrição que segue, são propõe-se a solução dos problemas acima e de outros por meio do seguinte:
Em um primeiro aspecto, um aparelho dental inclui um mecanismo de fixação para fixar o aparelho sobre dentes predeterminados de um maxilar superior de um paciente. O aparelho dental também inclui um mecanismo de restrição (isto é, um mecanismo que limita a posição e/ou o movimento da língua) ligado ao mecanismo de fixação. O mecanismo de restrição é posicionado acima da língua do paciente, e tem um formato que limita o movimento de uma zona posterior ou faringiana da língua do paciente. O mecanismo de restrição impede que a zona posterior possa aderir ao palato, permitindo, ao mesmo tempo, que pelo menos uma zona anterior e bordas laterais da língua do paciente executem os movimentos fisiológicos necessários à fala e à deglutição.
Em um segundo aspecto, é divulgado um conjunto de aparelhos dentais que incluem o aparelho dental mencionado acima. O conjunto de aparelhos dentais também inclui um outro aparelho dental que inclui um mecanismo de fixação para fixar o aparelho sobre dentes predeterminados de um maxilar superior de um paciente, e um mecanismo de restrição ligado ao mecanismo de fixação. O mecanismo de restrição deste aparelho dental adicional é também posicionado acima da língua de um paciente, tipicamente pelo menos aproximadamente 2-3 milímetros acima de uma posição fisiológica de repouso da língua do paciente. O mecanismo de restrição tem um formato para limitar o movimento de uma zona anterior e central da língua do paciente, impedindo o seu movimento para trás e para frente se atritando contra o palato duro. O mecanismo de restrição deste aparelho dental adicional também permite que a ponta anterior e as bordas laterais da língua do paciente executem os movimentos necessários à fala e à deglutição.
Em um terceiro aspecto, é divulgado um método de tratamento da língua para retreinar a mesma a assumir uma posição de repouso normal, levando a consequências favoráveis tais como uma redução do volume de uma língua ampliada. O método inclui o posicionamento de um aparelho dental em uma cavidade bucal de um paciente. O aparelho dental inclui um mecanismo de fixação para fixar o aparelho sobre dentes predeterminados de um maxilar superior de um paciente. O aparelho dental também inclui um mecanismo de restrição ligado ao mecanismo de fixação, sendo o mecanismo de restrição posicionado acima da língua de um paciente e tendo um formato que limita o movimento de uma zona posterior da língua do paciente, impedindo que a zona posterior possa aderir contra o palato do paciente, permitindo, ao mesmo tempo, que pelo menos uma zona anterior e bordas laterais da língua do paciente executem os movimentos fisiológicos necessários à fala e à deglutição. O método inclui ainda, depois de um primeiro período de tempo, a remoção do aparelho dental. Durante o primeiro período de tempo, é restaurada a posição normal da língua, levando a uma redução do volume da língua do paciente e a uma redução do ronco e a uma melhora de  respiração ou ambos.
Em um quarto aspecto, um aparelho dental inclui um mecanismo de fixação para fixar o aparelho sobre dentes predeterminados de um maxilar superior de um paciente, e um mecanismo de restrição ligado ao mecanismo de fixação. O mecanismo de restrição é posicionado acima da língua de um paciente e tem um formato para limitar o movimento de uma zona anterior central da língua do paciente, impedindo o movimento para trás e para frente da língua se atritando contra o palato de paciente, permitindo, ao mesmo tempo, que pelo menos uma ponta anterior e a zona posterior e bordas laterais da língua do paciente executem os movimentos necessários à fala e à deglutição. O aparelho dental também inclui uma multiplicidade de hastes que se estendem para frente dentro da boca do paciente, posicionados contra uma borda do palato na proximidade das superfícies palatais dos dentes de um maxilar superior do paciente, aplicando a multiplicidade de hastes uma pressão lateral contra pelo menos os dentes predeterminados, ampliando assim o palato do paciente.
Em um quinto aspecto, é proposto um método para o tratamento de uma posição de repouso elevada defeituosa que geralmente leva a uma língua aumentada em um paciente. O método inclui a restrição de uma zona posterior da língua do paciente para limitar o movimento de uma zona posterior, impedindo que ela possa aderir contra o palato do paciente, permitindo, ao mesmo tempo, que uma zona anterior e bordas laterais da língua do paciente executem os movimentos necessários à fala e à deglutição. O método inclui ainda a continuação da restrição durante um primeiro período de tempo, no fim do qual é reduzido o volume da língua do paciente, levando a uma redução do ronco e uma melhora da respiração ou ambos, e a interrupção da restrição.
Descrição Sucinta dos Desenhos
A Figura 1 é uma vista esquemática, observada de baixo de um maxilar superior portando um primeiro aparelho dental de um conjunto de aparelhos dentais, de acordo com uma primeira modalidade possível; - a Figura 2 é uma vista esquemática vista de cima de um maxilar inferior ilustrando a posição de funcionamento do primeiro aparelho dental da Figura 1 em relação à língua do paciente; - a Figura 3 é uma seção sagital da cavidade bucal do paciente portando o primeiro aparelho dental da Figura 1; - a Figura 4 é uma vista esquemática observada de baixo de um maxilar superior portando uma segunda modalidade possível do primeiro aparelho dental; - a Figura 5 é uma vista em perspectiva, observada de baixo de uma porção das modalidade da Figura 4; - a Figura 6 é uma vista esquemática, observada de baixo, do maxilar superior portando um segundo aparelho dental do conjunto de aparelhos dentais, de acordo com uma modalidade possível; - a Figura 7 é uma vista esquemática, observada de cima, de um maxilar inferior ilustrando a posição de funcionamento do segundo aparelho dental da Figura 6 em relação à língua do paciente; - a Figura 8 é uma seção sagital da cavidade bucal do paciente portando o segundo aparelho dental da Figura 6; - a Figura 9 é uma vista esquemática observada de baixo, de um maxilar superior portando uma segunda modalidade do segundo aparelho dental; e - a Figura 10 é uma vista em perspectiva, observada de baixo, de uma porção da modalidade da Figura 9.
Descrição Detalhada
Diversas modalidades da presente invenção serão descritas com detalhes, fazendo-se referência aos desenhos, representando numerais de referência iguais partes iguais e conjuntos iguais em todas as diversas vistas. A referência a diversas modalidades não limita o âmbito da invenção, que é limitada somente pelo âmbito das reivindicações apensas. Além disso, qualquer exemplo apresentado neste relatório não se destina a ter cunho limitante, sendo apresentadas somente algumas das muitas modalidades possíveis para a invenção reivindicada.
Em linhas gerais, a presente invenção se refere a um conjunto de aparelhos dentais, incluindo um primeiro aparelho dental e um segundo aparelho dental. Estes aparelhos podem ser usados individualmente ou consecutivamente como um conjunto. Em geral o primeiro aparelho dental é adaptado para limitar o movimento de uma zona anterior do corpo da língua, permitindo, ao mesmo tempo, que as porções restantes da língua executem os movimentos necessários à fala e à deglutição. No entanto, ele tem pouca ou nenhuma influência sobre a posição de repouso da parte posterior da língua. O segundo aparelho dental é adaptado para limitar uma zona posterior do corpo d língua, permitindo, ao mesmo tempo, que o resto da língua execute os movimentos necessários à fala e à deglutição. O uso de um destes aparelhos dentais ou dos dois é também discutido, especialmente em relação ao tratamento de disfunções da língua, a posições de repouso anormais da língua e a uma língua anormalmente grande com as consequências decorrentes, tais como ronco, apneia do sono ou outras irregularidades respiratórias.
Em geral, dentro do contexto da presente invenção, uma posição normal de repouso da língua corresponderá a uma posição com o dorso da língua no meio da boca, e a ponta da língua se apoiando contra a papila palatal retroincisiva. Observe-se que na posição de repouso normal, o espaço de Donders, entre o palato duro e a língua, permanece livre.
Os aparelhos dentais da presente invenção são descritos dentro do contexto da sua posição funcional em uma cavidade bucal de um paciente. Em geral, a orientação das figuras é dada por um quadro de referência XYZ. O eixo x corresponde ao eixo sagital do paciente orientado de trás para frente, o eixo y corresponde ao eixo transversal orientado do lado esquerdo do paciente para o direito e o eixo z é o eixo longitudinal médio, posicionado substancialmente verticalmente quando o paciente se encontra na posição anatômica basal, em que o eixo z é orientado de baixo para cima.
Em algumas modalidades, o conjunto de aparelhos dentais de acordo com a presente invenção pode ser usado em um método de tratamento que inclui as etapas de se colocar o primeiro aparelho dental do conjunto no maxilar superior de um paciente durante um primeiro período de tempo, depois de se remover o primeiro aparelho dental, de se colocar o segundo aparelho dental sobre o maxilar superior do  paciente durante um segundo período de tempo.
Com referência ás Figuras 1-3, um primeiro aparelho dental 2 é mostrado dentro da cavidade bucal 1 de um paciente. O primeiro aparelho dental 2 é usado para restringir a língua em uma posição determinada que corresponde a uma posição normal para a deglutição e outras funções da língua, restringindo, ao mesmo tempo, o movimento para trás e para frente da parte anterior da língua, o que faria com que ela fosse atritada contra o palato, e especialmente contra o palato duro. O primeiro aparelho dental inclui um arco 4 que se estende para frente tendo um formato e um posicionamento que fazem com que entre em contato com a língua do paciente 5. O arco 4 que se estende para frente tem um formato e posicionamento que faz com seja limitado os movimentos de determinadas porções da língua 5, conforme será discutido abaixo. Na modalidade mostrada, tiras de fixação 6 e 7 retêm o aparelho 2 em posição no maxilar superior do paciente e meios adicionais de suporte estabilizam o aparelho 2 durante o seu uso.
O primeiro aparelho dental 2 é especificamente adaptado para o tratamento de uma condição do paciente referente a disfunções da língua incluindo pacientes que têm um palato profundo e estreito. O primeiro aparelho dental 2 é configurado, conforme será discutido abaixo, para ampliar o palato de um lado ou dos dois. Em primeiro lugar ele impede que a língua se atrite contra o palato (o palato duro, por exemplo) e ele também exerce uma pressão lateral sobre o maxilar superior empurrando os seus dois lados, separando-os, para aumentar o palato.
As tiras, a direita 6 e a esquerda 7, respectivamente, são selecionadas em um catálogo de fornecedor para corresponder ao tamanho dos dentes específicos selecionados para uso e são ajustadas para serem retesadas nos segundos molares, o direito 8 e o esquerdo 9, respectivamente, do maxilar superior 10 do paciente. Como uma variante, as tiras 6 e 7 são dispostas nos primeiros molares 12 e 13 do maxilar superior 10. Este arranjo pode ser usado, por exemplo, no caso de crianças em quem os segundos molares ainda não tenham emergido.
Cada tira 6 e 7 é dotada com uma bainha ou manga 14, 15, respectivamente, cuja seção é substancialmente retangular e que tem, por exemplo, as dimensões de 2 mm x 2,5 mm e um comprimento da ordem de 4 mm. Tais bainhas linguais horizontais são fabricadas de metal, por exemplo, e são comercializadas pela firma norte-americana Rocky Mountain Orthodontics com o número de catálogo AO186. Cada bainha 14, 15 é soldada, por exemplo, sobre uma superfície palatal 18, 19 da tira 6, 7, sendo a superfície palatal uma superfície orientada para dentro da cavidade bucal 1. Conforme mostrado na Figura 3, o eixo C de uma bainha 14 e de uma bainha 15, respectivamente, está em um plano substancialmente horizontal e muito próximo ao plano de oclusão P dos maxilares do paciente.
O arco 4 é formado de um fio metálico um fio do tipo “Elgiloy blue” de 0,036”, por exemplo, vendido pela firma norte-americana Rocky Mountain Orthodontics de Denver, Colorado. Cada uma das extremidades 24 e 25 do arco 4 é recebida em uma bainha correspondente 14, 15 das tiras 6 e 7.
Observando-se de cima, conforme ilustrado na Figura 2, o arco 4 tem um formato que o faça entrar em contato com o limite 30 da zona central anterior 31 da língua do paciente 5, quando a boca do paciente está fechada, de modo a limitar os movimentos da zona central 31 da língua. Simultaneamente, o a borda lateral direita 32, a borda lateral esquerda 33, a borda dianteira ou ponta 34 e a zona posterior 35 d língua 5 podem ainda executar os movimento necessários para a fala ou a deglutição. O arco 4 segue o arco formado pelas superfícies palatais dos dentes do maxilar inferior 11 a uma distância d que varia entre aproximadamente 3 cm e 0,5 cm, de preferência, entre 3 cm e 1 cm.
Em algumas modalidades, o arco é posicionado a aproximadamente 2 - 3 milímetros acima da posição de repouso normal da língua, para restringir a ação da língua na porção ce3ntral anterior da língua 5. No entanto são possíveis variações dessa diretriz.
Na seção sagital, conforme mostrada na Figura 3, o arco 4 está localizado na área do plano de oclusão P. Deve ser observado que o arco 4 está afastado do palato 3 da cavidade bucal 1 do paciente, impedindo assim que a língua se atrite contra uma porção do palato, tal como o palato duro.
O arco 4 compreende meios de ajuste do seu formato geométrico permitindo uma adaptação do aparelho 2 ao formato específico da boca do paciente.
Os meios de ajuste compreendem alças predominantemente verticais ou ligeiramente oblíquas 36 e 37, localizadas dos dois lados do plano sagital e na proximidade das bainhas 14 e 15. Mais especificamente, as alças verticais 36, 37 podem ser usadas para ajustar uma altura do arco, ajustando assim uma quantidade de restrição sobre a língua para se adaptar a pacientes que têm fisiologias diferentes. Cada alça vertical 36, 37 é criada formando-se uma alça enrolando-se o fio metálico que constitui o arco 4 sobre si mesmo em 360°. Embora no presente documento se refira às alças 36, 37 como sendo alças verticais, deve ser reconhecido que estas alças podem em determinadas modalidades, serem parcialmente verticais (isto é, oblíquas ou em ângulo com o plano vertical).
Quando o primeiro aparelho dental 2 se encontra na sua posição funcional na boca do paciente, as alças verticais 36, 37 estão localizadas em um plano substancialmente vertical paralelo ao plano XZ, dirigido para cima. As alças verticais 36, 38 tornam possível que o profissional dentista deforme elasticamente o fio metálico do arco 4 par inclinar a seção anterior 38 do arco 4 mais ou menos em relação ao plano de oclusão P.
Os meios de ajuste também compreendem duas alças, direita 40 e esquerda 41, substancialmente horizontais, dispostas simetricamente ao longo da seção anterior 38, dos dois lados do plano sagital XZ aproximadamente 1 cm à frente de cada uma das alças verticais 36 e 37. As alças horizontais 40, 41 podem ser usadas para se ajustar o arco 4 para o aumento do palato. Em algumas modalidades, as alças horizontais 40, 41 não são simétricas em posição ou em tamanho. Em outras modalidades, somente uma destas alças pode estar presente. Embora se refira no presente documento às alças 40, 41 como sendo alças horizontais, deve ser observado que estas alças podem, em determinadas modalidades, ser parcialmente horizontais, isto é, obliquas ou formando um ângulo com um plano horizontal. A distância que separa as duas alças horizontais 40 e 41 varia, dependendo da largura da cavidade bucal do paciente, e tem geralmente de 2 a 3 cm. Cada alça horizontal 40, 41, é criada formando-se uma alça enrolando-se o fio metálico que constitui o arco 4 sobre si mesmo. As alças horizontais 40 e 41 permitem a deformação plástica do fio metálico que constitui o arco 4 para se adaptar o formato do arco 4 ao formato geométrico da dentição do paciente e ao formato do limite 30 da zona central da língua 5 com a qual o arco 4 entre em contato. Além disso, as alças horizontais 40 e 41 proporcionam uma superfície de contato adicional entre o arco 4 e a língua 5 e tornam possível se alargar o palato se ele for demasiado estreito e melhorar a respiração nasal.
Em algumas modalidades, tanto as alças verticais 26, 27 como as alças horizontais 40, 41 estão ausentes; tais modalidades teriam uma menor flexibilidade e uma menor precisão na disposição do arco em comparação com a modalidade mostrada, mas mesmo assim seriam incluídas no âmbito da invenção.
Em algumas outras modalidades, ou as alças verticais ou as alças horizontais ou tanto as verticais como as horizontais poderiam ser substituídas por outros meios de ajuste (tais como micro-presilhas, microporcas e micropinos, microparafusos ou um mecanismo de mola e engrenagem etc.) e estes mesmo assim seriam incluídos no âmbito da invenção.
O primeiro aparelho dental 2 compreende, de preferência, meios adicionais de suporte. Na verdade, quando a língua 5 exerce forças sobre o arco 4, estas forças, amplificadas devido ao braço de alavanca são exercidas sobre as tiras 6 e 7, através da bainha 14 e 15. Para compensar estas forças significativas que tendem a deslocar as tiras 6 e 7, o primeiro aparelho dental 2 é equipado com duas hastes, direita 42 e esquerda 43, respectivamente, substancialmente retas. Cada haste 42, 43, é constituída por um fio metálico idêntico ao usado para o arco 4. Cada haste 42, 43 é fixada em uma primeira extremidade a uma tira 6, 7 por inserção desta extremidade na bainha 14, 15 desta tira. A haste 42, 43 se estende da bainha 14, 15 à qual ela está fixada na direção da frente da boca 1, ao longo das superfícies palatais dos premolares do maxilar superior 10. A primeira extremidade da haste 42, 43 está localizada na área do primeiro pré-molar. A haste 42, 43 se assenta sobre uma saliência do maxilar superior 10 localizada no limite entre o esmalte dos dentes e a gengiva.
Em comparação com o pedido correlato PCT/EP2009/060226, as hastes 42, 43 conforme mostrado, se estendem para frente dentro da boca do paciente de um comprimento de um ou dois dentes, em comparação com as hastes mais lon ilustradas nesse pedido. Por este motivo, as hastes 42, 43 do presente pedido auxiliam no alargamento do palato de um paciente, tratando assim ainda mais uma sequela de uma condição de língua grande.
Como este arranjo, quando as bainhas 14, 15 são submetidas a forças que tendem a fazê-las girar ao redor do eixo paralelo ao eixo y, as hastes 42 e 43 se assentam sobre a saliência do maxilar superior, de modo a gerar forças que se opõem à rotação das tiras 6 e 8, enquanto estão alargando o palato.
Para uma maior rigidez, em algumas modalidades, a primeira extremidade da haste e a extremidade do arco alojado na mesma bainha são soldadas entre si.
Como uma variante, uma haste é criada dobrando-se o fio de metal que constitui o arco 4 de volta sobre si mesmo, sendo a porção dobrada sobre si mesma alojada na bainha de fixação, ou, em último caso, fazendo parte integrante da bainha de fixação.
Em uma outra variante, partes externas das hastes podem ser dobradas obliquamente na direção do assoalho da boca. Isto impediria que a língua se deslocasse lateralmente e se interpusesse entre os dentes do usuário. No entanto, em tais modalidades, a distância da extensão das hastes geralmente não se estenderia além dos dentes inferiores.
Em uma outra variante, o arco para a restrição da língua é removível. Os meios para manter o arco sobre as tiras são consequentemente também adaptados. A superfície palatal de uma tira de fixação, por exemplo, é dotada com um elemento que forma uma bainha disposta verticalmente, tal como um tubo lingual Wilson 3D com o número de catálogo A4114 que pode ser obtido de Rocky Mountain Orthodontics de Denver, Colorado e com o qual meios combinados dispostos na extremidade correspondente do arco engatam por inserção.
Como uma outra variante, as alças verticais são substituídas por alças dispostas obliquamente. Tais alças permitem um ajuste do arco tanto em altura como em largura.
É então possível se dispensar a disposição do arco com alças horizontais.
Para se posicionar o primeiro aparelho dental 2, o profissional dentista aperta as tiras 6 e 7 sobre cada um dos dois primeiros molares 8 e 9 do maxilar superior 10 do paciente. O profissional dentista em seguida aloja as extremidades do arco 4 e as hastes 42 e 43 nas bainhas 14 e 15 e as deforma para assegurar a fixação por tensionamento. Em seguida, usando um alicate, o profissional dentista deforma as diversas alças horizontais 40 e 41 e verticais 36 e 37 do arco 4 para adaptar a sua largura e altura ao formato geométrico da cavidade bucal do paciente. Na sua posição funcional, o arco 4 é ajustado um pouco acima da posição desejada da língua, que é uma posição de repouso normal em que a língua está relaxada e localizada na proximidade da arcada dentária do maxilar inferior, imediatamente atrás dos incisivos inferiores, sem exercer qualquer força sobre eles.
No fim do ajuste, o arco 4 é tal que ele sai de uma bainha, para baixo e para frente, separando-se ao mesmo tempo da superfície palatal dos dentes no maxilar superior de modo a não interferir na oclusão. O arco 4 é deformado para entrar em contato aproximadamente 0,5 cm da borda externa da língua 5. O arco 4 não é, portanto, disposto contra o palato 3 do paciente, mas no espaço entre o arco superior e inferior da cavidade oral do paciente.
Em seguida as hastes que formam os suportes adicionais são colocadas ao longo das superfícies palatais dos premolares perto do colo dos dentes, significando na linha das gengivas.
Em arranjos alternativos, as tiras 6 e 7 com as bainhas fixadas 14 e 15 podem ser colocadas em dentes que não são os molares 8 e 9. Em uma modalidade alternativa, as tiras 6 e 7 com as bainhas fixados 14, 15 podem ser colocados nos primeiros molares 12 e 13. É preferível, devido à pressão aplicada pela língua 5 no arco 4, que as tiras 6 e 7, com as bainhas fixadas 14, 15 não sejam colocadas nos premolares.
Em algumas modalidades, as bainhas 14, 15 podem ser fixadas em outros aparelhos dentais, incluindo aqueles construídos de metal ou resina. Aparelhos exemplares podem incluir qualquer dispositivo ortodôntico ou dental oral, tais como aparelhos ortodônticos ou alinhadores.
Além disso, as tiras 6, 7 podem, em algumas modalidades, ser fixadas em dentaduras maxilares parciais ou fixas, para indivíduos que tenham perdido um grande número (tal como praticamente todos, por exemplo) dos seus dentes, por exemplo.
Assim posicionado, o aparelho 2 age por somente permitir que a língua 5 execute os movimentos necessários para a sua função normal, significando a articulação dos sons alveolares (T, D, N) e L, e a evacuação do bolo alimentar e saliva por deglutição.
Quando a língua 5 se desloca de um modo proibido, o limite 30 da zona central topa com o arco 4, que forma um obstáculo. Assim o movimento de sucção se torna impossível e assim também outros movimentos indesejáveis. Para evitar dano por atrito sobre o fio metálico e a alça horizontal, a língua “aprende” por meio de um mecanismo reflexo, a evitar determinados movimentos e a tentar permanecer relaxada.
Com referência às Figuras 4 - 5, em uma outra modalidade do primeiro aparelho dental, adequado especialmente para pacientes que tenham perdido um ou mais molares, por extração de dente, por exemplo, ou para pacientes que desejem remover o aparelho durante o dia, por exemplo, os meios de restrição são constituídos por um arco de fio metálico assentado em um par de formações acompanhantes de resina. Com referência à Figura 4, esta modalidade inclui formações complementares de resina esquerda e direita 401a-b moldadas para se ajustar ao paciente. As formações de resina 401a-b são mantidas em seu lugar por pelo menos dois ganchos 406 de cada lado do maxilar superior, que agarra um ou mais dentes disponíveis, tais como os dentes 402, 403. A posição 409 indica um dente que falta, a Figura 4 ilustra os ganchos 406 que agarram os dentes que são adjacentes à posição 409. Do lado dos dentes opostos de cada formação de resina 401a-b respectiva, os ganchos 406 podem ser ligados entre si por um elemento cruzado, ou podem permanecer separados, quando for desejável uma ampliação do palato, por exemplo. Duas mangas 404, uma de cada lado são fixadas por um processo tal como polimerização sobre as formações de resina 401a-b paralelas aos dentes 402, 403.
As extremidades do arco 405 são inseridas nas mangas 404 e podem ser presas às mangas 404 por uma fixação mecânica tal como por rosca, fricção ou outros métodos conhecidos na técnica de fixação para este fim. O aparelho pode incluir uma bainha 407 ao redor do arco de fio metálico 408, proporcionando a bainha 407 um conforto maior a um usuário do que o arco de fio metálico desguarnecido  sem uma bainha.
Conforme mostrado na Figura 4, as hastes 442, 443 são montadas dentro de mangas 404 nas formações de resina do lado esquerdo e direito 401a-b, respectivamente. As hastes 442, 443 têm funções análogas às das hastes 42, 43 do primeiro aparelho dental 2, cooperando com o arco 408 para alargar o palato do paciente.
A Figura 5 ilustra uma vista em perspectiva detalhada de uma porção da modalidade da Figura 4, sendo ganchos 406 fixados a formações de resina 401a-b em pontos de ancoragem 501, um ponto de ancoragem 501 por gancho 406. Elemento cruzado opcional 502 conecta dois ganchos adjacentes 406 para proporcionar uma estabilidade adicional.
Na modalidade das Figuras 4-5, os ganchos 406 são posicionados para agarrar os dentes 402, 403, que em uma modalidade são os primeiros e segundos molares do paciente. Em modalidades alternativas, os ganchos 406 podem ser posicionados em formações de resina 401a-b para agarrar ou os segundos molares ou os segundos premolares, dependendo do formato geométrico da boca do paciente e da presença (ou da ausência) de um ou mais dentes.
Com referência agora ás Figuras 6-8, é mostrado dentro da cavidade bucal 1 de um paciente um segundo aparelho dental 102 de um conjunto de aparelhos dentais. O segundo aparelho dental 102 é em geral usado para restringir pelo menos uma zona posterior da língua 5 em uma posição que corresponde a uma posição de repouso normal, isto é, uma posição que não faz encostar contra a porção traseira do palato duro ou contra o palato mole, permitindo, ao mesmo tempo, que a língua se desloque suficientemente para a fala e a deglutição. O objetivo é novamente o de retreinar a língua, mas este aparelho procura corrigir um defeito diferente no posicionamento da língua. Exceto onde for indicado, ou onde for óbvio para os versados na técnica, os detalhes de elementos análogos são conforme descrito acima com referência ao primeiro aparelho dental.
Em geral, comparando-se o segundo aparelho dental 102 com o primeiro aparelho dental 2, o primeiro aparelho dental 2 é construído para a restrição de uma zona central anterior 31 da língua 5 do paciente, ao passo que o segundo aparelho dental é construído para restringir uma zona posterior 35 da língua 5. O segundo aparelho dental 102 é, portanto, especialmente adaptado para o tratamento de pacientes que têm uma posição de repouso da sua língua 5 contra o palato, incluindo a porção traseira do palato duro e o palato mole e a úvula, mas para o qual a ampliação do palato é desnecessária (em casos em que uma correção já foi aplicada com o uso do primeiro aparelho ilustrado nas Figuras 1-5, por exemplo).
O segundo aparelho dental 102 inclui um arco 104 que se estende para trás dentro da cavidade bucal 1 e é adequado para entrar em contato com a língua 5 do paciente para limitar os seus movimentos na direção da parte traseira do palato duro, do palato mole e da úvula. Detalhes adicionais referentes ao arco 104 são dados abaixo.
Na modalidade mostrada, as tiras de fixação 106, 107 são posicionadas nos primeiros molares 12, 13, respectivamente, do maxilar superior 10. As tiras de fixação 106, 107 são configuradas para manter o aparelho 102 em posição sobre o maxilar superior 10 do paciente, e meios adicionais de suporte 142, 143 para estabilizar o aparelho 102 durante o seu uso.
Em arranjos alternativos, as tiras 106, 107 e as bainhas associadas 114, 115 podem ser colocadas sobre dentes que não são os primeiros molares 12, 13. Em uma modalidade alternativa as tiras 106, 107 e as bainhas associadas 1145, 115 podem ser colocadas sobre os molares 8 e 9, por exemplo, onde estão presentes os dentes sisos 20, 21. É preferível, devido à pressão aplicada pela língua 5 ao arco 4, que as tiras 106, 107 com as bainhas 114, 115 não sejam colocadas sobre premolares. Se não estiver presente uma quantidade suficiente de dentes, pode ser usada como alternativa a modalidade descrita abaixo em conjunto com as Figuras 9-10.
Na modalidade mostrada, as tiras 106, 107 são adequadas para serem retesadas nos primeiros molares, o direito 12 e o esquerdo 13, respectivamente, do maxilar superior 10. Em uma modalidade alternativa (não mostrada) as tiras de fixação 106 e 107 são dispostas sobre os segundos premolares 16 e 17 do maxilar superior 10. Cada tira 106, 107 é dotada com uma bainha ou manga 114, 115 que é soldada, por exemplo, sobre a superfície palatal da tira 106, 107. Cada bainha 114, 115 tem uma seção transversal substancialmente retangular e pode ter tamanhos variáveis, dependendo do número e do tamanho das estruturas a serem recebidas na bainha. As bainhas 114, 115 podem ser bainhas linguais horizontais, tendo dimensões de aproximadamente 2 mm x 2,5 mm e um comprimento de aproximadamente 4 mm, conforme discutido acima com referência às bainhas 14, 15 das Figuras 1-3. As bainhas 114, 115 podem também ser soldadas (ou fixadas de outro modo qualquer) em uma superfície palatal 118, 119 das tiras 106, 107, orientadas na direção do interior da cavidade bucal 1. Conforme mostrado na Figura 8, o eixo C de uma bainha 114, e de uma bainha 115, respectivamente, se encontra em um plano substancialmente horizontal e muito próximo do plano de oclusão P das maxilares do paciente.
O arco 104 é formado de um fio metálico conforme explicado acima em relação ao arco 4 das Figuras 1-3. Cada uma das extremidades 124 e 125 do arco 104 é recebida em uma bainha correspondente 114, 115 das tiras 106 e 107.
Observando-se de cima, conforme ilustrado na Figura 7, o arco 104 tem um formato para entrar em contato com a zona central posterior 35 da língua 5 do paciente, quando a língua 5 tenta aderir ao palato e a boca do paciente está fechada para limitar os movimentos para cima da zona central posterior da língua. Simultaneamente, a borda lateral direita 32, a borda lateral esquerda 33, a borda dianteira ou ponta 34 e a zona central 31 da língua 5 pode ainda fazer os movimentos necessários para a fala e a deglutição. Em geral, o arco 104 está posicionado na parte de trás no nível aproximadamente do terceiro molar, de modo que ele reside abaixo do palato duro aproximadamente a 1 cm de distância da borda dianteira do palato mole. Deste modo, o arco 104 impede que a língua 5 se comprima contra o palato mole e o duro, assim como contra a úvula.
Na seção sagital, conforme mostrado na Figura 8, o arco 104 está localizado na área do plano de oclusão P. Deve ser observado que o arco 104, tal como ocorre com o arco 4 das Figuras 1-3, está afastado do palato 3 da cavidade bucal 1 do paciente. Quando o tratamento é iniciado, o arco 104 pode ser posicionado a uma distância relativamente menor ao palato para reduzir a interação e a dor potencial da língua 5. Quando a língua 5 reduz de volume devido ao tratamento, o arco 104 pode ser progressivamente abaixado na direção do plano de oclusão P para restringir ainda mais a língua nas suas posições normais funcional e de repouso. Por este motivo, se o arco 104 estiver localizado na proximidade do palato em uma posição inicial, é desejável que o arco 104 seja ajustável para ficar gradualmente afastado do palato na direção do plano de oclusão. Se for desejado, por exemplo, um tratamento mais fraco ou inicial, o arco pode ser ajustado para cima na direção do palato a partir do plano da linha da gengiva superior de aproximadamente 3 mm; de modo análogo se for desejado um tratamento mais intenso, o arco 104 pode ser ajustado para baixo até aproximadamente 3 mm abaixo do plano da linha da gengiva.
O arco 104 compreende meios de ajuste do seu formato geométrico, permitindo a adaptação do aparelho 102 ao formato específico da boca do paciente. Os meios de ajuste compreendem duas alças substancialmente verticais ou ligeiramente oblíquas 136 e 137 e duas alças substancialmente horizontais 140 e 141. Conforme já descrito acima, embora a cada uma destas alças se refere no presente documento como alças verticais ou horizontais, respectivamente, deve ser observado que estas alças podem, em determinadas modalidades, ser parcialmente em ângulo em relação a um plano vertical ou horizontal, respectivamente.
Estes meios permitem a deformação plástica do fio metálico que constitui o arco 104 para adaptar o seu formato ao formato geométrico da dentição do paciente e ao formato da zona posterior 35 da língua 5 com a qual o arco 104 entra em contato. Além disso, as alças horizontais 140 e 141 proporcionam uma superfície de contato adicional entre o arco 104 e a língua 5.
Tal como com o primeiro aparelho dental 2, o segundo aparelho dental 102 compreende, de preferência, meios adicionais de suporte constituídos por duas hastes, direita 142 e esquerda 143, respectivamente. A haste direita e a esquerda 142 e 143, respectivamente, são substancialmente retas e podem ser formadas de fio metálico. No entanto, em comparação com o primeiro aparelho dental 2, as hastes 142 e 143 do segundo aparelho dental 102 podem em determinadas modalidades ser ainda mais encurtadas, até um comprimento que corresponde à largura de um dente a um dente e meio, por exemplo. As hastes 142 e 143 podem ser encurtadas, por exemplo, em modalidades em que o segundo aparelho 102 não é usado para ampliar o palato de um paciente (o segundo aparelho 102 é aplicado depois do tratamento com o primeiro aparelho, por exemplo, ou a um paciente que não necessita de ampliação do palato).
A primeira extremidade de cada haste 142, 143 é inserida em uma bainha correspondente 114, 115 ao longo de cada extremidade 124, 125 respectivamente do arco 104. A haste 142, 143 se estende da tira 106, 107, à qual ela está fixada, na direção da parte de trás da boca 1, ao longo das superfícies palatais dos molares do maxilar superior. Na modalidade mostrada, a segunda extremidade de cada haste 142, 143 está localizada na área dos terceiros molares 20, 21. As hastes 142 e 143 se assentam sobre uma saliência do maxilar superior 10 localizada no limite entre o esmalte do dente e a gengiva. Em determinadas modalidades, as hastes 142, 143 tem aproximadamente o comprimento de um dente, embora o comprimento exato possa variar dependendo do formato geométrico da boca do paciente.
Adicionalmente, cada extremidade 124, 125 do arco 104 é recebida na bainha 114, 115.
As variantes abrangidas para o primeiro aparelho dental 2, conforme foi discutido acima, podem também ser aplicadas para a modificação do segundo aparelho dental 102.
Em algumas modalidades, o posicionamento do segundo aparelho dental 102 é efetuado do seguinte modo.
O profissional dentista aperta as tiras 106 e 107 em cada um dos dois primeiros molares 12 e 13 do maxilar superior 10 do paciente. O profissional dentista em seguida aloja as extremidades do arco 104 e as hastes 142, e 143 nas bainhas 114 e 115 e as deforma para assegurar a fixação por aperto.
Em seguida, usando um alicate, o profissional dentista deforma as diversas alças horizontais 140 e 141 e as verticais 136 e 137 do arco 104 para adaptar, em largura e em altura, o formato geométrico do arco 104 e a sua seção posterior 138 à cavidade oral do paciente.
Na sua posição funcional, o arco 104 é tal, que a sua seção posterior 138 é ajustada um pouco acima da posição desejada da língua, que é a posição de repouso normal, em que a língua está relaxada e localizada na proximidade da  arcada dentária do maxilar inferior.
No fim do ajuste, o arco 104 é tal que ele sai de uma bainha, para baixo e para trás, separando-se ao mesmo tempo da superfície palatal dos dentes no maxilar superior, de modo a não interferir na oclusão.
O arco 104 é deformado para entrar em contato com a língua 5 quando a língua, caso contrário, estaria posicionada contra o palato em uma posição de repouso, mas geralmente acima de um plano da linha da gengiva, de modo que não entra necessariamente em contato com a língua 5 quando a língua se encontra em uma posição de repouso normal desejada. O arco 104 não é, portanto, disposto contra o palato 3 do paciente, mas se encontra no espaço entre os arcos dentais superior e inferior da cavidade oral do paciente.
Em seguida, as hastes 142, 143, que formam os suportes adicionais, são dispostas ao longo das superfícies palatais dos molares, na proximidade do colo dos dentes, isto é, na área da junção dos dentes com as gengivas.
Assim posicionado, o segundo aparelho dental 102 age permitindo que a língua 5 tenha somente os movimentos necessários para a sua função normal, isto é, para a articulação dos sons alveolares T, D, N e L e a evacuação do bolo alimentar e saliva por deglutição.
Quando a língua 5 se desloca de um modo proibido ou tem uma posição de repouso errada fixada no palato, a zona posterior 35 da língua encontra o arco 104, que forma um obstáculo. Para evitar dano por atrito contra o fio metálico e as alças horizontais, a língua “aprende” através de um mecanismo reflexo, a evitar determinados movimentos e a permanecer relaxadas. Este é o motivo pelo qual o aparelho 102 refere-se ao como proporcionando uma restrição da língua.
Com referência às Figuras 9-10, é mostrada uma modalidade alternativa do segundo aparelho dental. Esta modalidade alternativa é análoga à modalidade das Figuras 4-5 referente ao primeiro aparelho dental, e é especialmente adaptável para pacientes que tenham a falta de um ou mais molares devido à extração de dentes, para pacientes que não tenham vontade de manter um dispositivo dental inserido na sua boca durante todo o dia, ou por outros motivos.
Na modalidade apresentada, o segundo aparelho dental 600 inclui um par de formações de resina 601a-b. Na modalidade apresentada, as formações de resina 601a-b são mantidas no seu lugar por ganchos 606 de cada lado do maxilar superior, tendo um tamanho e posicionamento para agarrar um ou mais dentes disponíveis, no exemplo mostrado os dentes 602, 603. Em tais modalidades, os dentes 602 engatam em ganchos 606. Nas modalidades alternativas, os ganchos 606 e as formações de resina 601a-b são adaptados para agarrar dentes diferentes (dente 603, por exemplo), no caso em que falta um dos dentes 602, ou ambos, por exemplo. Nos casos em que há outros dentes faltando, uma das formações de resina 601a-b, ou ambas, podem ser formadas ao redor dos dentes existentes do lado esquerdo ou direito, respectivamente; uma formação de resina, por exemplo, pode tomar um lugar de um dente que falta, como parte de cada uma das formações de resina 601a-b, por exemplo.
Conforme ilustrado na Figura 10, em determinadas modalidades, os ganchos 606 são opcionalmente ligados entre si por um elemento cruzado 702 que pode estabilizar as posições dos ganchos e também auxiliar a agarrar os dentes 602. No entanto, em modalidades alternativas, os ganchos 606 podem permanecer separados. Na modalidade mostrada, os ganchos 406 são fixados às formações de resina 601a-b em pontos de ancoragem 501, um ponto de ancoragem 501 por gancho 406. Adicionalmente como no caso do dispositivo das Figuras 4-5, os ganchos 606 são posicionados para agarrar os dentes 602, 603, que em uma modalidade consistem nos primeiros molares do paciente. Em modalidades alternativas, os ganchos 606 podem ser posicionados em formações de resina 601a-b para agarrar ou os segundos molares ou os segundos premolares, dependendo do formato geométrico da boca do paciente e da presença (ou da ausência) de um ou mais dentes.
Em algumas modalidades, as bainhas 114, 115 podem ser fixadas a outros aparelhos dentais que já estão no lugar ou podem ser simultaneamente instaladas, incluindo os construídos de metal ou resina. Aparelhos exemplares podem incluir qualquer dispositivo ortodôntico ou dental oral, tal como aparelhos ortodônticos ou alinhadores.
Além disso, ganchos para tiras 606 podem, em algumas modalidades, ser fixados em dentaduras maxilares parciais ou fixas, para indivíduos que tenham perdido um grande número (tal como todos ou praticamente todos, por exemplo) dos seus dentes.
Um arco 608 tem geralmente um posicionamento, um formato e uma orientação tais como os do arco 105 da Figura 6-8. Tal como ocorre com o arco 408 das Figuras 4-5, o arco 608 inclui opcionalmente uma bainha 6607 ao redor do rio metálico do arco 608 para proporcionar um conforto maior ao usuário do segundo aparelho dental 600.
Duas mangas 604 são fixadas, uma em cada uma das formações de resina 601a-b, paralelamente aos dentes 602, 603. As mangas 604 podem ser fixadas às formações de resina 601a-b pelo uso de um processo de polimerização, ou por métodos equivalentes. As extremidades do arco 605 são inseridas nas mangas 604, e podem ser presas às mangas 604 por uma fixação mecânica tal como por rosca, fricção ou por outros métodos conhecidos na técnica de fixação para este fim. O aparelho pode incluir uma bainha 607 ao redor do arco de fio metálico 608, proporcionando a bainha 607 um conforto maior a um usuário que um arco de fio metálico desguarnecido sem uma bainha.
Em determinadas modalidades, dependendo do tamanho das formações de resina 601a-b, as mangas 604 podem ser posicionadas sobre as formações de resina 601a-b, respectivamente, em um local adjacente a um dente que recebe os ganchos 606; no entanto, em modalidades alternativas, as mangas 604 podem estar localizadas mais à frente ou mais para trás dentro da boca, no caso em que as mangas estão adjacentes aos dentes 610 (ou os ganchos são dispostos sobre os dentes 610), por exemplo.
Conforme mostrado nas Figuras 9-10, as hastes 642, 643 podem se estender a partir das mangas 604 e ter a ação de estabilizar o aparelho dental quando se aplica uma pressão sobre o arco 608 por meio da língua. Tal como as hastes 142, 143, as hastes 642, 643 têm o comprimento de aproximadamente um dente, embora o comprimento exato possa variar de acordo com o formato geométrico da boca do paciente.
Com referência agora ás Figura 1-10 em linhas gerais, durante o uso, o primeiro aparelho dental se opõe a hábitos indesejáveis adquiridos e impede que a disfunção da língua comece desde os primeiros dias de tratamento. Progressivamente, a língua é reeducada, de modo a funcionar adequadamente dentro das restrições do aparelho. Adicionalmente interrompendo-se a pressão aplicada pela língua sobre o palato, é restabelecida uma respiração melhorada, uma vez que se liberam as vias aéreas superiores. Forçando-se a língua a se movimentar menos, e especialmente somente de um modo adequado, alguns músculos (o genioglosso, por exemplo) são submetidos a uma tensão menor e consequentemente, com o tempo, o seu volume é reduzido. Forçando-se a língua a se deslocar de um modo adequado e equilibrado, outros músculos da língua recuperam a força e protegem a capacidade da região faringiana. A combinação dos dois efeitos permite uma respiração natural na faringe. O segundo aparelho impede que uma língua de tamanho excessivo possa aderir ao palato e também obstruir as vias aéreas. Ele força a língua a se apoiar na parte inferior da boca, e, com o tempo, faz como que ela mantenha esta posição, o que por sua vez libera as vias aéreas, principalmente a faringe.
Em aproximadamente três meses de tratamento com o primeiro ou o segundo aparelho, é observada uma consequente redução do volume da língua. Para se reduzir o risco de recaída, um aparelho é portado com vantagem durante aproximadamente seis meses. Se o profissional dentista considerar necessário retreinar os movimentos e a posição da língua assim como remodelar o formato do palato, um aparelho dental será portado durante um período maior. A ação positiva das hastes do primeiro aparelho dental, por exemplo, é enfatizada pelo uso prolongado e elas têm a ação de empurrar ainda mais os arcos dentais do maxilar superior, afastando-os, alargando assim o palato.
Adicionalmente, durante o tratamento, o profissional dentista pode modificar a posição do arco de cada um do primeiro ou do segundo aparelho dental, para abaixar ainda mais o mesmo na direção da língua, à medida que o volume da língua é reduzido, por exemplo.
O uso do primeiro ou do segundo aparelho dental auxilia a melhorar a articulação das palavras, pois a presença do aparelho impede o uso excessivo ou o movimento excessivo da língua e promove o uso dos lábios. O primeiro aparelho dental alarga o palato por comprimir lateralmente os dentes à medida que a língua comprime o arco. O palato é progressivamente remodelado e se torna menos profundo, alargando-se também ao mesmo tempo, o que faz aumentar o volume das fossas nasais e melhorar a respiração nasal. A eliminação do movimento de sucção reduz o volume do músculo genioglosso e reduz ou elimina o queixo duplo.
Devido, pelo menos em parte, ao fato de que o primeiro e o segundo aparelhos dentais permitem a fala e a deglutição normal, os aparelhos discutidos no presente documento são adequados para um uso contínuo por adultos e não a serem limitados ao uso noturno ou ao uso por crianças. Mais especificamente, como muitos adultos desenvolveram uma língua maior e um palato profundo, assim como ao fato de já terem um jogo completo de dentes desenvolvidos até o nível do terceiro molar, os aparelhos discutidos no presente documento seriam tipicamente usados por adultos.
Como a respiração é facilitada, há uma redução ou desaparecimento da apneia do sono e do ronco. O paciente terá, portanto, um sono mais profundo e consequentemente uma melhor qualidade de vida, sem necessitar de cirurgia. Como o primeiro aparelho dental reeduca a língua, que modela o palato, os resultados são mais estáveis do que os obtidos com um Quad Helix.
O segundo aparelho bloqueia a compressão da língua contra o palato, inclusive contra a porção traseira do palato duro, o palato mole e a úvula. A língua permanece em uma posição baixa e relaxada. Isto também reduz o volume da língua e libera as vias aéreas tornando a respiração mais fácil. Com o segundo aparelho dental (aparelho dental 102 ou 600, por exemplo), a pressão exercida pelo dorso da língua sobre o aparelho quando a língua se encontra na posição de repouso elevada sem treinamento, reforça os músculos que conectam a língua ao osso hioide e os músculos da parede faringiana. Além disso, isto aumenta capacidade das vias aéreas e endireita a espinha pela ação sobre o estiloglosso. O segundo aparelho dental é, portanto, adaptado ao tratamento de uma posição de repouso elevada da língua, em que o dorso da língua está em contato com o palato. Depois de alguns meses, o dorso da língua é achatado e a orofaringe é liberada.
Em algumas aplicações, o profissional dentista usa o primeiro aparelho dental e o segundo como um conjunto. Em algumas modalidades, por exemplo, o primeiro aparelho dental e o segundo são usados em sequência. Em uma primeira fase do tratamento, o primeiro aparelho dental é usado durante um primeiro período de tempo, para tratar os músculos das zonas anterior e central da língua. Depois que o primeiro aparelho dental tiver sido removido, em uma segunda fase do tratamento, é usado o segundo aparelho dental durante um segundo período de tempo para tratar os músculos da zona posterior da língua. Em modalidades alternativas, as fases de tratamento de uso podem ser invertidas, sendo o segundo aparelho dental usado durante um primeiro período de tempo e o primeiro aparelho dental usado durante um segundo período de tempo.
O relatório acima, os exemplos e os dados proporcionam uma descrição completa da fabricação e uso da composição da invenção. Como muitas modalidades da invenção podem ser desenvolvidas sem que haja desvio do espírito e âmbito da invenção, a invenção reside nas reivindicações apensas.

Claims (13)

1. Aparelho dental (102) compreendendo: um mecanismo de fixação para fixar o aparelho (102) a dentes predeterminados de um maxilar superior (10) de um paciente; e um mecanismo de restrição ligado ao mecanismo de fixação e posicionado acima da língua (5) de um paciente, onde o mecanismo de restrição inclui um arco (104) que é de um formato tal que limita o movimento de uma zona posterior (35) da língua (5) do paciente, caracterizado pelo fato de que o arco (104) é configurado para ser posicionado acima de um plano de oclusão (P) do paciente, o arco (104) impedindo que a zona posterior (35) possa aderir ao palato (3) permitindo, ao mesmo tempo, que pelo menos uma zona anterior e as bordas laterais (32, 33) da língua (5) do paciente executem os movimentos necessários à fala e à deglutição.
2. Aparelho dental (102), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o mecanismo de restrição é configurado para ser posicionado aproximadamente no nível da linha da gengiva, pelo menos aproximadamente 2 milímetros acima da língua (5) do paciente quando a língua (5) do paciente está em uma posição de repouso, mas não toca o palato (3) do paciente.
3. Aparelho dental (102), de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o mecanismo de fixação compreende uma primeira tira (106) e uma segunda tira (107), sendo a primeira tira (106) e a segunda tira (107) configuradas para serem localizadas respectivamente em dois molares (8, 9; 12, 13) ou pré- molares (16, 17) opostos do maxilar superior (10) do paciente, e em que a primeira tira (106) e a segunda tira (107) são configuradas para serem retesadas sobre os dois molares opostos.
4. Aparelho dental (102), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2 ou 3, caracterizado pelo fato de que o arco (104) é configurado para se estender para trás dentro da cavidade bucal do paciente, incluindo o arco (104) um fio metálico posicionado acima de um plano de oclusão (P) do paciente, compreendendo o aparelho dental (102) ainda primeira e segunda mangas (114, 115) que recebem as extremidades (124, 125) do arco (104).
5. Aparelho dental (102), de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que o arco (104) inclui uma multiplicidade de alças, incluindo a multiplicidade de alças pelo menos uma alça substancialmente horizontal (140, 141) e pelo menos uma alça substancialmente vertical (136, 137), permitindo a pelo menos uma alça substancialmente horizontal (140, 141) o ajuste de uma largura do arco (104), e permitindo a pelo menos uma alça substancialmente vertical (136, 137) o ajuste de uma posição vertical do arco (104).
6. Aparelho dental (102), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4 ou 5, caracterizado pelo fato de que compreende ainda uma multiplicidade de hastes (142, 143) que se estendem para trás dentro da boca do paciente, sendo a multiplicidade de hastes (142, 143) posicionada contra uma borda do palato (3) na proximidade de superfícies palatais de dentes de um maxilar superior (10) do paciente.
7. Aparelho dental (102), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5 ou 6, caracterizado pelo fato de que o mecanismo de fixação inclui uma multiplicidade de formações de resina (601a, 601b) que têm montados nelas ganchos (606) para engatar com os dentes predeterminados, residindo as formações de resina (601a, 601b) pelo menos parcialmente em um local de um molar que falta de um paciente, compreendendo o aparelho dental (102) ainda uma multiplicidade de mangas (604) montadas na multiplicidade de formações de resina (601a, 601b), recebendo as mangas extremidades do mecanismo de restrição.
8. Aparelho dental (102), de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que os ganchos (606) são posicionados de cada lado do aparelho (102), compreendendo o aparelho dental (102) ainda um elemento cruzado (702) que conecta pelo menos dois ganchos (606) de cada lado do aparelho (102).
9. Conjunto de aparelhos dentais compreendendo: um segundo aparelho dental que é o aparelho dental (102) conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 8; um primeiro aparelho dental (2) que inclui: um mecanismo de fixação para fixar o primeiro aparelho dental (2) sobre dentes predeterminados de um maxilar superior (10) de um paciente; e um mecanismo de restrição ligado ao mecanismo de fixação do primeiro aparelho dental (2), caracterizado pelo fato de que o mecanismo de restrição de um formato tal que limite o movimento de uma zona anterior central da língua (5) do paciente, impedindo o movimento para trás e para frente da língua (5) contra o palato (3) permitindo, ao mesmo tempo, que a zona posterior (35) e as bordas laterais (32, 33) da língua (5) do paciente executem os movimentos necessários para a fala e a deglutição.
10. Conjunto de aparelhos dentais, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que o primeiro aparelho dental inclui ainda: uma multiplicidade de hastes (42, 43) configurada para se estenderem para frente dentro da boca do paciente e posicionadas contra uma borda do palato (3) na proximidade de superfícies palatais dos dentes de um maxilar superior (10) do paciente, aplicando a multiplicidade de hastes (42, 43) uma pressão lateral contra pelo menos os dentes predeterminado alargando assim o palato (3) do paciente.
11. Aparelho dental (102), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que extremidades opostas do arco (104) são estacionárias e estáveis com relação ao mecanismo de fixação.
12. Conjunto de aparelhos dentais, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que o mecanismo de restrição do primeiro aparelho dental (2) é configurado para ser posicionado pelo menos aproximadamente 2 milímetros acima de uma posição fisiológica de repouso da língua (5) do paciente.
13.Conjunto de aparelhos dentais, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que o mecanismo de restrição do primeiro aparelho dental (2) inclui um arco (104) que se estende para frente tendo um formato e um posicionamento que fazem com que entre em contato com a língua (5) do paciente.
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