BR112012026442B1 - Processo e sistema para aplicação de derivados alcoólicos sobre pelotas tratadas em calor para inibição de emissão de particulados - Google Patents

Processo e sistema para aplicação de derivados alcoólicos sobre pelotas tratadas em calor para inibição de emissão de particulados Download PDF

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Description

(54) Título: PROCESSO E SISTEMA PARA APLICAÇÃO DE DERIVADOS ALCOÓLICOS SOBRE PELOTAS TRATADAS EM CALOR PARA INIBIÇÃO DE EMISSÃO DE PARTICULADOS (51) Int.CI.: C22B 1/244; C22B 1/26; C09K 3/22 (30) Prioridade Unionista: 16/04/2010 US 61/324,880 (73) Titular(es): VALE S.A.
(72) Inventor(es): ALDO GAMBERINI JUNIOR; JOSÉ ANTONIO ALVES SILVA REIS; LEONÍDIO STEGMILLER / 14 “PROCESSO E SISTEMA PARA APLICAÇÃO DE DERIVADOS ALCOÓLICOS SOBRE PELOTAS TRATADAS EM CALOR PARA INIBIÇÃO DE EMISSÃO DE PARTICULADOS” [001] A presente invenção se refere a um processo para aplicação de derivados alcoólicos sobre as pelotas tratadas em calor para inibição da emissão de particulados durante o transporte, armazenamento e expedição destas pelotas. Mais especificamente, é descrito um processo para aplicação de glicerina bruta como um produto inibidor das emissões de particulados, esta glicerina sendo pulverizada sobre as pelotas de minério de ferro transportadas da fornalha de tratamento de calor para a área de armazenamento ou expedição das pelotas. É descrito, também, um sistema para aplicação de derivados alcoólicos sobre as pelotas tratadas em calor para inibição da emissão de particulados.
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA RELACIONADA [002] Como é bem conhecido por um técnico especializado no assunto, os minérios de ferro comercializados para exportação são produtos que estão na sua forma natural (partículas granuladas, finos de minério e finos de pelotas) e sua forma comprimida, que é um minério aglomerado ou minério em forma de pelota (pelota). Para este segundo caso, convencionalmente, antes de ser colocado nos compartimentos do navio ou qualquer outro tipo de transporte, tais pelotas passam por tratamento de calor por meio de queima nas fornalhas das fábricas e, então, são submetidas a manuseio, empilhamento e expedição.
[003] Apesar de esta técnica estar sendo regularmente empregada, existe um número de desvantagens que são geradas durante este processo de produção, entre o qual se destaca a formação de grandes quantidades de partículas finas de minério.
[004] Estudos realizados sobre a emissão dos particulados de minério mostram que o movimento das pelotas é o momento mais crítico do
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2/14 processo de produção, porque durante a transferência dos mesmos minérios a partir das fornalhas para as áreas de armazenamento e a partir destas para as embarcações, existe uma fricção constante entre suas superfícies, um fato que termina produzindo a liberação de partículas finas que são liberadas no ambiente.
[005] Estas partículas em forma de pó terminam sendo levadas para os arredores das instalações do porto pelo vento.
[006] Desta forma, as vilas em tomo das fábricas e portos nas cidades que tem mineração e pelotização do minério de aço como principais atividades econômicas, se tomam as mais afetadas pela intensa emissão de particulados na atmosfera. Apesar de estes particulados não serem nocivos para a saúde, eles tendem a influenciar diretamente os aspectos da vida local, se tomando uma desvantagem comum do dia a dia, já que terminam em cima de telhados, paredes, calçadas e outros ambientes, além de causar irritação dos olhos.
[007] Da mesma forma, a empresa que causa este tipo de poluição, por não estar adaptada aos requisitos dos padrões ambientais é submetida a multas e processos pelas agências públicas, em adição à sua imagem sendo agredida perante a sociedade em geral.
[008] E conhecido a partir da técnica anterior, o uso de água como um inibidor universal da emissão de particulado, mas isto tem baixa eficácia já que a água evapora quando as pelotas ainda estão quentes e isto aumenta a umidade final das pelotas se elas estão frias.
[009] Além da água usada como um supressor de poeira, existem outros produtos no mercado para este propósito, os agentes de polímeros mais comuns, derivados alcoólicos e com base em parafina, tal como glicerina. [0010] O documento PI 0515924-5 descreve um produto para prevenir e geração de poeira a partir dos materiais particulados entre outras funções. Este produto é composto de glicerina bruta, formada como um
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3/14 subproduto do processo de fabricação de biodiesel, água e sal solúvel em água e é usado sobre superfícies frias ou sob temperaturas de sub-congelamento. Este documento, portanto, descreve um produto para prevenir a geração de poeira e congelamento dos materiais particulados preparados a partir da mistura da glicerina bruta, água e um sal solúvel em água, onde a glicerina varia de 9,0% a 90% do peso total, dependendo do tipo de aplicação.
[0011] O documento PI 0901194-3 descreve métodos de produção de agente supressor de poeira derivado da modificação química de glicerol. O glicerol neste caso é comercialmente puro ou obtido a partir de resíduos da produção de biodiesel. No entanto, para o uso deste tipo de supressor de poeira é necessário ter estágios de preparação e modificação para o glicerol com o uso de altas temperaturas de forma que possa nos permitir a alcançar os resultados desejados. Sendo o caso, este documento se refere a métodos de produção de supressores de poeira a partir de diferentes processos da polimerização de glicerol, ou comercialmente puro ou obtido a partir do resíduo da produção de biodiesel na forma de glicerina.
[0012] Os documentos PI 0515924-5 e PI 0901194-3 descrevem produtos e métodos para produção de supressores de poeira contendo glicerina, mas não faz menção aos métodos que permitem o uso de glicerina bruta como um supressor de poeira, aplicado em materiais quentes, com temperaturas em tomo de 200°C.
[0013] O documento PI 0903986-4 se refere a um processo de inibição da emissão de particulado durante a fricção das pelotas de minério de ferro tratada por calor e ao uso de derivados alcoólicos, preferencialmente glicerina, a fim de inibir a emissão de tais particulados.
[0014] Este processo inclui o estágio de aplicação de glicerina misturada com uma aspersão e administrar fluido, preferencialmente água, sobre as pelotas do minério de ferro então tratada por calor enquanto ainda estão aquecidos em uma temperatura em tomo de 200°C e, enquanto isto está
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4/14 alcançando resultados significativos, a formação de odores irritantes e indesejáveis, potencialmente prejudicais a saúde, associada com a geração de fumaça branca foi verificado.
OBJETIVOS DA INVENÇÃO [0015] É um objetivo da presente invenção prover um processo para aplicação de derivados alcoólicos sobre as pelotas tratadas em calor para inibição da emissão de particulados sem produzir odores irritantes e indesejados e prevenir a formação de fumaça branca potencialmente nociva. [0016] Também é um objetivo desta invenção prover um sistema para aplicar derivados alcoólicos sobre as pelotas tratadas em calor para inibição das emissões de particulados.
BREVE DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO [0017] A invenção tem como objeto um processo para aplicação de derivados alcoólicos sobre as pelotas tratadas em calor para inibição da emissão de particulados compreendendo as etapas de:
a) pesagem da quantidade de pelotas tratadas em calor descarregadas a partir de fornalhas;
b) medição da temperatura das pelotas tratadas em calor descarregadas de fornalhas;
c) aplicação do fluido de resfriamento sobre as pelotas tratadas em calor até que elas alcancem temperaturas abaixo de 140°C; e
d) pulverização dos derivados alcoólicos sobre as pelotas tratadas em calor.
[0018] Também é um objeto desta invenção um sistema para aplicação de derivados alcoólicos sobre as pelotas tratadas em calor para inibição da emissão de particulados compreendendo:
(i) um dispositivo para aplicação de fluido de resfriamento (100) capaz de calcular uma dosagem de fluido de resfriamento a ser aplicado às pelotas tratadas em calor;
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5/14 (ii) um dispositivo para aplicação de derivados alcoólicos (200) capaz de calcular uma dosagem de derivados alcoólicos a ser aplicada às pelotas tratadas em calor já resfriadas; e (iii) um dispositivo transportador (300) que se comunica continuamente com o dispositivo para aplicação de fluido de resfriamento (100) e com o dispositivo para aplicação de derivados alcoólicos (200).
BREVE DESCRICAO DOS DESENHOS [0019] A presente invenção será aqui descrita mais completamente com base em um exemplo de execução representado nos desenhos. As figuras mostram os itens a seguir, conforme são descritos abaixo:
[0020] Figura 1 - representa um fluxograma do processo de aplicação dos derivados alcoólicos sobre as pelotas tratadas em calor a fim de inibir a emissão de particulados, objeto da presente invenção;
[0021] Figura 2 - representa um gráfico mostrando o desvio médio e padrão da temperatura das pelotas obtidas na saída das fornalhas de tratamento em calor;
[0022] Figura 3 - representa um fluxograma do sistema para aplicação de derivados alcoólicos sobre as pelotas tratadas em calor para inibição da emissão de particulados, objeto da presente invenção;
[0023] Figura 4 - representa um diagrama esquemático do processo de controle da dosagem de fluido de resfriamento e o controle da dosagem de derivados alcoólicos no objeto do sistema da presente invenção;
[0024] Figura 5 - mostra uma cortina de fumaça espessa, acompanhada pelo forte odor indesejável e irritante quando um inibidor é aplicado (tal como glicerina) sobre as pelotas na saída das fornalhas, quando não usando o processo de aplicação dos derivados alcoólicos sobre as pelotas pré-resfriadas a fim de inibir a emissão de particulados, objeto da presente invenção;
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6/14 [0025] Figura 6 - ilustra uma versão do equipamento de percolação aerada usado na aplicação de fluido de resfriamento bem como na aplicação de derivados alcoólicos sobre a superfície das pelotas quentes e resfriadas, respectivamente, no objeto do processo da presente invenção;
[0026] Figura 7 - ilustra as medições de temperaturas antes e depois da fase de resfriamento; e [0027] Figura 8 - mostra o resultado do teste industrial com a etapa de resfriamento inserida no processo, evitando a geração de odores indesejados e irritantes, bem como a geração de fumaça.
DESCRIÇÃO DETALHADA DAS FIGURAS [0028] De acordo com uma realização preferida e como pode ser visto a partir da figura 1, a presente invenção se refere a um processo para aplicação de derivados alcoólicos, preferencialmente glicerina bruta obtida no processo de fazer biodiesel, sobre as pelotas tratadas em calor para inibição da emissão de particulado durante o transporte, armazenamento ou expedição de tais pelotas quentes.
[0029] A escolha por aplicar o derivado alcoólico sobre as pelotas de minério de ferro quentes sobre a via entre a fornalha de tratamento em calor e empilhamento na área de armazenamento é destinada a reduzir dois principais fatores de origem das emissões de particulados: o primeiro fator é o empilhamento das pelotas na área de armazenamento; e o segundo fator é a recuperação e transferência destas pelotas a partir da área para o carregamento em navios ou vagões.
[0030] A Figura 5 mostra uma cortina de fumaça densa que é acompanhada por um forte odor irritante e indesejável durante a aplicação da glicerina bruta sobre as pelotas na saída das fornalhas que fazem o tratamento de calor destas. Foi descoberto em uma escala industrial, que quando a glicerina é aplicada a pelotas formadas recentemente ou recentemente saídas das fornalhas de tratamento em calor, existe uma enorme incidência de
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7/14 fumaça branca com um forte odor irritante e indesejado devido à alta temperatura destas pelotas.
[0031] Neste sentido, de acordo com o gráfico da Figura 6, é verificado que a temperatura das pelotas saindo das fornalhas de tratamento por calor varia entre 140°C e 230°C. Foi observado que quando a glicerina é aplicada às pelotas que estão acima de 140°C, existe uma formação de fumaça com odores irritantes e indesejáveis.
[0032] A partir desta observação feita em campo, um teste de laboratório foi realizado no qual a temperatura ambiente (25°C) 100 ml de glicerina industrial foi adicionada em um recipiente de metal. A glicerina industrial tem na sua composição cerca de 13% e 15% de água. Este recipiente contendo glicerina industrial foi aquecido e sua temperatura foi monitorada por um termômetro de haste de vidro imerso no recipiente. Quando uma temperatura de 100°C e acima de cerca de 140°C foi alcançada, existia formação de vapor dentro do recipiente, de acordo com a liberação do vapor de água contido na glicerina. Neste caso, o vapor inicialmente formado não mostrou nenhum odor forte ou irritante.
[0033] No entanto, quando a temperatura do recipiente alcançou valores acima de 140°C a emissão de fumaça caracterizada por um odor forte e irritante foi observada, devido a catalisação do processo de oxidação de glicerina através do componente agregado à glicerina.
[0034] Desta forma, o objeto do processo desta invenção é baseado no uso de derivado alcoólico, por exemplo, glicerina, como um inibidor das emissões de particulado nas pelotas de minério de ferro tratadas em calor; no entanto, a temperatura destas pelotas é adequada durante este processo para que nenhuma emissão de fumaça com odores irritantes e indesejados, potencialmente nocivos, ocorra.
[0035] Este processo para aplicação de derivados alcoólicos sobre as pelotas tratadas em calor para inibição da emissão de particulado compreende
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8/14 as etapas de:
a) pesagem da quantidade de pelotas tratadas em calor descarregadas das fornalhas;
b) medição da temperatura das pelotas tratadas em calor descarregadas das fornalhas;
c) aplicação do fluido de resfriamento sobre as pelotas tratadas em calor até que elas alcancem temperaturas abaixo de 140°C; e
d) pulverização dos derivados alcoólicos sobre as pelotas tratadas em calor.
[0036] As pelotas de minério de ferro bruto são colocadas em uma fornalha para serem tratadas ou queimadas em calor. A temperatura máxima de queima é mantida na ordem de 1350°C e quando resfriada na saída da fornalha, alcança valores de cerca de 140°C e 230°C.
[0037] As pelotas de minério de ferro são então removidas a partir da fornalha e descarregadas em uma esteira de transporte, que direciona estas pelotas tratadas em calor para uma balança ou equipamento similar, para serem pesadas e, subsequentemente, as medições de temperatura destas pelotas tratadas em calor acontecem.
[0038] Após a obtenção dos dados de peso e temperatura das pelotas tratadas em calor, uma quantidade calculada de fluido de resfriamento, preferencialmente 2% a 10% em peso total, é pulverizada sobre a superfície das pelotas medidas, até que alcancem temperaturas abaixo de 140°C. O fluido de resfriamento é preferencialmente água, mas água processada também pode ser usada. Esta etapa de resfriamento das pelotas tratadas em calor tem a função de assegurar que a próxima etapa, a etapa de pulverização de derivado alcoólico sobre estas pelotas, não causarão a emissão de odores irritantes e indesejáveis ou fumaça branca. Desta forma, após a etapa de aplicação do fluido de resfriamento, as pelotas tratadas em calor, e agora sob temperaturas abaixo de 140°C, vão através da esteira de transporte para outra
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9/14 balança ou equipamento similar para pesagem das pelotas resfriadas e cálculo da dosagem de derivado alcoólico a ser aplicada sobre as pelotas.
[0039] A etapa de pulverização do derivado alcoólico sobre as pelotas tratadas em calor ocorre logo após a etapa de resfriamento. Neste caso, o derivado alcoólico a ser usado é de preferência glicerina bruta obtida no processo de fabricação do biodiesel. É aplicado preferencialmente 500 gramas de glicerina por tonelada de pelotas de minério de ferro, e esta dosagem pode ser ajustada entre 100 g/ton a 1000 g/ton, não estando limitados a estes valores.
[0040] O derivado alcoólico é então misturado com um fluido de aplicação, preferencialmente água, na proporção de 2% a 10% em peso total sobre a superfície das pelotas, resultando na diluição de 2,5% a 0,5% de derivado alcoólico em peso total. Os processos físicos de evaporação da água devido ao aquecimento das pelotas, a evaporação natural devido à pressão do vapor da glicerina higroscopicamente definirá os teores finais de umidade da pelota. Desta forma, é possível inibir a emissão de fumaça em baixa diluição, cerca de 0,5 kg/ton da pelota.
[0041] Após a aplicação da glicerina nas pelotas tratadas em calor e resfriadas, elas estão prontas para serem transportadas, armazenadas ou expedidas, sem ocorrer a emissão de partículas ou a presença de odores irritantes e indesejados e com umidade adequada às especificações dos clientes.
[0042] Como um resultado, os processos subsequentes de combate das emissões de particulado não são mais necessários, prevenindo a umidade final descontrolada de expedição e gastos excessivos para fluido de resfriamento, tal como água, por exemplo.
[0043] O objeto do processo para esta invenção é preferencialmente usado em pelotas derivadas a partir de processos de pelotização de minério de ferro; no entanto, pode ser aplicado junto com outras unidades de operações
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10/14 em outros processos de mineração e outras, onde existe a emissão de particulados.
[0044] Também é um propósito desta invenção, prover um sistema para aplicação de derivados alcoólicos sobre as pelotas tratadas em calor para inibição da emissão de particulado.
[0045] Conforme ilustrado na Figura 3, o sistema compreende:
(i) um dispositivo para aplicação de fluido de resfriamento 100 capaz de calcular uma dosagem de fluido de resfriamento a ser aplicada nas pelotas tratadas em calor;
(ii) um dispositivo para aplicação de derivado alcoólico 200 capaz de calcular uma dosagem de derivado alcoólico a ser aplicada nas pelotas tratadas em calor já resfriadas; e (iii) um dispositivo transportador 300 que se comunica continuamente com o dispositivo para aplicação de fluido de resfriamento 100 e com o dispositivo para aplicação de derivado alcoólico 200.
[0046] O dispositivo transportador 300 consiste de uma esteira transportadora que recebe as pelotas tratadas em calor descarregadas da fornalha e as leva primeiramente ao dispositivo para aplicação de fluido de resfriamento 100. Este dispositivo para aplicação de fluido de resfriamento 100 compreende uma balança 101 ou um equipamento similar que provê medições continuamente como para o peso das pelotas tratadas em calor e um medidor de temperatura 102, que mede continuamente a temperatura das pelotas vindo diretamente do forno.
[0047] O dispositivo para aplicação de fluido de resfriamento 100 inclui, ainda, um dispositivo de dosagem de fluido de resfriamento 103 que á controlado através de um PLC 400, a partir de sinais enviados para este PLC 400 através da balança 101 ou equipamento similar e pelo medidor de temperatura 102. Assim, de acordo com os dados obtidos de peso,
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11/14 temperatura e fluxo externo, uma dosagem correta de fluido de resfriamento, preferencialmente água, é aplicada nas pelotas tratadas em calor e transportadas através da esteira de transporte, a fim de resfriar estas pelotas tratadas em calor até que elas alcancem a temperatura ideal desejada, com valores abaixo de 140°C.
[0048] Após resfriar as pelotas tratadas em calor, elas são transportadas através de uma esteira transportadora 300 até o dispositivo para aplicação de derivado alcoólico 200.
[0049] Este dispositivo para aplicação de derivado alcoólico 200 compreende uma balança 201 ou equipamento similar que provê continuamente a medição do peso das pelotas tratadas em calor e agora resfriados, e uma bomba de dosagem 202 que é controlada pelo PLC 400, a partir dos sinais enviados para este PLC 400 através da balança 201 ou equipamento similar. Desta forma, dependendo dos dados de peso obtidos, uma quantidade recomendada de derivado alcoólico, preferencialmente glicerina bruta, é aplicada nas pelotas tratadas em calor e pelotas resfriadas. [0050] As etapas de resfriamento da carga de pelotas e aplicação do derivado alcoólico, preferencialmente glicerina, são controladas através de um PLC 400 que opera de acordo com uma lógica planejada, testada e implementada, onde os sensores de peso e temperatura geram parâmetros que são as principais entradas do sistema lógico.
[0051] Estes parâmetros comandam válvulas de refrigerante e bombas de derivado alcoólico que agem dessincronizadamente a partir dos sinais recebidos, dependendo da distância entre os sensores e as respectivas adições, bem como a velocidade de transporte da carga de pelotas sobre as esteiras transportadoras 300, de forma que as proporções definidas entre o refrigerante/derivado alcoólico e a carga de pelota permanece constante, independente das variações desta carga.
DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE CONTROLE
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12/14 [0052] O processo de controle da dosagem correta do fluido de resfriamento e a dosagem de derivado alcoólico no sistema para aplicação de derivado alcoólico nas pelotas tratadas em calor para inibir a emissão de particulados do objeto desta invenção é automatizado a fim de assegurar medições e dosagens precisas. Para isto, o PLC 400 recebe os dados de entrada, processa tais dados de acordo com os parâmetros pré-estabelecidos e entrega os dados de saída que operam as válvulas e bombas que asseguram a precisão do sistema.
[0053] Neste sentido, a etapa de aplicação do fluido de refrigeração consiste dos seguintes comandos:
1) Leitura do fluxo externo de massa das pelotas através da balança 101 e leitura da temperatura das pelotas através do medidor de temperatura 102;
2) Envio do fluxo externo coletado e dados de temperatura para o PLC 400;
3) O PLC 400 faz o cálculo do fluxo externo de refrigerante com base na porcentagem definida no ponto inicial do refrigerante, isto é, de acordo com a informação pré-determinada e programada no PLC 400;
4) Aplicação do fluido de refrigeração sobre as pelotas a serem resfriadas através de uma válvula de controle para o fluido de refrigeração 104, que recebe e envia constantemente os dados do fluxo externo do fluido de refrigeração 105 que também são monitorados pelo PLC 400;
5) Se a temperatura é mais alta que 140°C, o PLC 400 aumenta o fluxo externo da água no momento que as pelotas alcançam temperaturas abaixo de 140°C. Este monitoramento e controle constante são feitos pelo medidor de temperatura 102 e válvula de controle do fluido de refrigeração 104 a partir dos dados do fluxo externo do fluido de refrigeração 105.
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13/14 [0054] fluido:
[0055]
A etapa de aplicação de derivado alcoólico e aplicação de
O derivado de álcool, preferencialmente glicerina, é diluído em água para, então, ser aplicado sobre as pelotas.
[0056] Para a aplicação de derivado alcoólico e fluido de aplicação, o
PLC 400 efetua um controle de curva fechada a fim de assegurar que os fluxos externos de saída estão obedecendo os pontos estabelecidos determinados.
[0057] Como já está descrito, preferencialmente, 500 gramas de glicerina por tonelada de pelotas de minério de ferro são aplicados, e esta proporção pode ser ajustada entre 100 g/ton a 1000 g/ton, não estando limitada a estes valores.
[0058] Assim, em uma primeira etapa, o PLC 400 recebe os dados do ponto determinado do fluido de aplicação 204, preferencialmente água, e os dados do ponto determinado do derivado alcoólico 205, preferencialmente glicerina.
[0059] A glicerina e a água são então pulverizadas misturadas sobre as pelotas, com a diluição de glicerina em 2,5% a 0,5% em peso total.
[0060] O controle da dosagem do fluido de aplicação, água, é feito através de uma válvula de controle para aplicação do fluido 206 a partir dos dados de fluxo externo deste fluido de aplicação 207. Da mesma forma, o controle da dosagem de derivado alcoólico, glicerina, é feito através de uma bomba de dosagem de derivado alcoólico 202, a partir de dados do fluxo externo específicos do derivado alcoólico 208.
[0061] Todos os controles descritos acima são comandados através da programação do PLC 400, conforme ilustrado na Figura 4.
[0062] As aplicações de fluido de resfriamento e o derivado alcoólico sobre as pelotas tratadas em calor são feitas através de dois equipamentos de percolação aerada, cada um destes aparelhos compreendendo um bico
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14/14 dispersor em um conjunto de cadeias formando uma cortina de cadeias nos links suspensos, com os propósitos de arejar líquidos através da geração e prisão de bolhas de ar. A Figura 6 ilustra este equipamento. O uso deste equipamento de percolação aerada é bem adequado e conveniente, conforme promove a formação de espuma a partir do fluido de resfriamento e o fluido de aplicação de derivado alcoólico, combinado com um fluido de aplicação, reduzindo o choque de calor, inibindo a emissão de pó adicional, bem como distribuindo igualmente o fluido para a carga, permitindo, também, que as pelotas da seção inferior da esteira possam receber estes fluidos, aumentado significativamente o grau da uniformidade de aplicação. Consequentemente, eles substituem vantajosamente o sistema usual de bicos, que geram poeira em adição à alta pressão e velocidade dos fluidos, bem como são altamente suscetíveis a aglomeração e ao desgaste prematuro.
[0063] Tendo descrito um exemplo preferido de implementação, deve ser entendido que o escopo da presente invenção inclui outras possíveis variações, sendo limitada somente pelo texto das reivindicações, incluindo os possíveis itens equivalentes.
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Claims (7)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Processo para aplicação de derivado alcoólico sobre pelotas tratadas em calor para inibição de emissão de particulados, caracterizado pelo fato de compreender as etapas de:
    a) pesagem da quantidade de pelotas tratadas em calor descarregadas a partir de fornalhas;
    b) medição da temperatura das pelotas tratadas em calor descarregadas a partir de fornalhas;
    c) aplicação de fluido de resfriamento sobre as pelotas tratadas em calor até que alcancem temperaturas abaixo de 140°C; e
    d) pulverização do derivado alcoólico sobre as pelotas tratadas em calor.
  2. 2. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o fluido de resfriamento aplicado na etapa (e) consiste de água ou água processada na proporção de 2% a 10% em peso total sobre a massa de pelotas tratadas em calor.
  3. 3. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a etapa de pulverização respeita uma proporção de 500 g de derivado alcoólico por tonelada de pelota tratada em calor.
  4. 4. Processo, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que o derivado alcoólico é glicerina bruta.
  5. 5. Sistema para aplicação de derivado alcoólico sobre pelotas tratadas em calor para inibição de emissão de particulados, caracterizado pelo fato de compreender:
    (i) um dispositivo para aplicação de fluido de resfriamento (100) capaz de calcular uma dosagem de fluido de resfriamento a ser aplicado nas pelotas tratadas em calor;
    (ii) um dispositivo para aplicação de derivado alcoólico (200) capaz de calcular uma dosagem de derivado alcoólico a ser aplicado às
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    2/2 pelotas tratadas em calor já resfriadas; e (iii) um dispositivo transportador (300) que se comunica continuamente com o dispositivo para aplicação de fluido de resfriamento (100) e com o dispositivo para aplicação de derivado alcoólico (200), em que o dispositivo para aplicação de fluido de resfriamento (100) compreende uma balança, um medidor de temperatura, e um alimentador do fluido de resfriamento associado a um PLC; e em que o dispositivo para aplicação de derivado alcoólico (200) compreende uma balança e alimentador da bomba associada a um PLC.
  6. 6. Sistema, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que o dispositivo transportador (300) consiste em uma esteira transportadora interconectando o dispositivo para aplicação de fluido de resfriamento (100) para o dispositivo para aplicação de derivado alcoólico (200).
  7. 7. Sistema, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que compreende o equipamento de percolação aerada para aplicação de fluido de resfriamento e aplicação de derivado alcoólico sobre as pelotas tratadas em calor.
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