BR112012010883B1 - elemento de lente oftálmica, e, método para retardo de progressão de miopia - Google Patents

elemento de lente oftálmica, e, método para retardo de progressão de miopia Download PDF

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Abstract

ELEMENTO DE LENTE OFTÁLMICA, E, MÉTODO PARA RETARDO DE PROGRESSÃO DE MIOPIA. Um elemento de lente oftálmica progressiva (100) é exposto. O elemento de lente oftálmica progressiva (100) inclui uma zona de visualização superior (102), uma zona de visualização inferior (104), um corredor (106), e uma região periférica (108) disposta em cada lado da zona de visualização inferior (104). A zona de visualização superior inclui um ponto de referência de distância (DRP) e uma cruz de ajuste (110), e provê um primeiro poder refrativo para visão à distância. A zona de visualização inferior (104), que é para visão de perto, provê um poder de adição em relação ao primeiro poder refrativo. O corredor (106) conecta as zonas superior (102) e inferior (104) e provê um poder refrativo variando desde aquele da zona de visualização superior (102) até aquele da zona de visualização inferior (104). A região periférica (108) inclui uma zona (120,122) de poder positivo em relação ao poder de adição que provê na mesma um poder refrativo positivo em relação ao poder refrativo da zona de visualização inferior (104). As zonas (120, 122) de poder positivo relativo são dispostas imediatamente adjacentes à zona de visualização inferior (104) de forma que a zona de visualização inferior interposes (104) as zonas de poder positivo relativo (120,122).

Description

[001]. Este pedido reivindica a prioridade do Pedido de Patente Provisional Australiano N.° 2009905468 depositado em 09 de novembro de 2009, o conteúdo do qual deve ser incorporado aqui para referência.
CAMPO DA INVENÇÃO
[002]. A presente invenção se refere a elementos de lente oftálmica para retardar ou deter a progressão de miopia.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[003]. Para prover visão focada, um olho deve ser capaz de focar luz sobre a retina. A capacidade de um olho focar luz sobre a retina depende, até uma grande extensão, do formato do globo ocular. Se um globo ocular é “demasiadamente longo” em relação a seu comprimento focal “sobre o eixo” (significando, o comprimento focal ao longo do eixo ótico do olho), ou se a superfície externa (isto é, a cómea) do olho é demasiadamente encurvada, o olho será incapaz de focar apropriadamente objetos distantes sobre a retina. Similarmente, um globo ocular que é “demasiadamente curto” em relação a seu comprimento focal sobre o eixo, ou que tem uma superfície externa que é demasiadamente plana, será incapaz de focar apropriadamente objetos próximos sobre a retina.
[004]. Um olho que focaliza objetos distantes à frente da retina é referido como um olho miópico. A condição resultante é referida como miopia, e pode ser usualmente corrigida com apropriadas lentes de visão única. Quando providas em um usuário, as lentes de visão única convencionais corrigem miopia associada com visão central. Significando que, lentes de visão única convencionais corrigem miopia associada com visão, que usa à fóvea e parafovea. Visão central éfrequentemente referida como visão foveal.
[005]. Embora as lentes de visão única convencionais possam corrigir miopia associada com a visão central, é sabido que as propriedades de comprimento focal fora de eixo do olho frequentemente diferem dos comprimentos axiais e pára-axiais (Ferree et al. 1931, Arch. Ophth. 5, 717 - 731; Hoogerheide et al. 1971, Ophthalmologica 163, 209 - 215; Millodot 1981 , Am. J. Optom. Physiol. Opt. 58, 691 - 695). Em particular, olhos miópicos tendem a exibir menos miopia na região periférica da retina em comparação com sua região foveal. Isto éfrequentemente referido como um deslocamento hipermetrópico periférico da imagem. Esta diferença pode ser devida a um olho miópico tendo um formato de câmara vítrea alongado.
[006]. Mais especificamente, um estudo nos Estados Unidos (Mutti et al. 2000, Invest. Ophthalmol. Vis. Sci., 41 : 1022 - 1030) observou que a média (± desvio padrão) retrações periféricas relativas a 30 ° de ângulo de campo nos olhos miópicos de crianças produziu +0,80 ± 1,29 D de equivalente esférico.
[007]. De forma interessante, estudos com macacos indicaram que um desfocalização na retina periférica sozinha, com a fóvea ficando clara, pode causar um alongamento da região foveal (Smith et al. 2005, Invest. Ophthalmol. Vis. Sci. 46: 3965 - 3972; Smith et al. 2007, Invest. Ophthalmol. Vis. Sci. 48, 3914 - 3922) e a conseqiiente miopia.
[008]. Por outro lado, estudos epidemiológicos têm mostrado a presença de correlação entre miopia e trabalho próximo. E bem conhecido que a prevalência de miopia na população bem educada é consideravelmente mais alta que para os trabalhadores não especializados. Suspeitou-se que a leitura prolongada causa um borrão foveal hipermetrópico devido à acomodação insuficiente. Isto tem conduzido ao fto de que muitos profissionais de cuidados com os olhos prescrevam lentes de adição ou bifocais progressivas para adolescentes que manifestam a progressão de miopia. Lentes progressivas especiais foram projetadas para o uso por crianças (US 6.343.861). O benefício terapêutico dessas lentes em ensaios clínicos foi mostrado que é estatisticamente significante em retardar a progressão de miopia, mas significância clínica parece ser limitada (por exemplo, Hasebe et al. 2008, Invest. Ophthalmol. Vis. Sci. 49(7), 2781 -2789; Yang et al. 2009, Ophthalmic Physiol. Opt. 29(1), 41 -48; e Gwiazda et al., 2003, Invest. Ophthalmol. Vis. Sci., Vol.44, pp.1492 - 1500). Todavia, Walker e Mutti (2002), Optom. Vis. Sci., Vol. 79, pp.424 - 430, verificou que a acomodação também aumenta o erro refrativo periférico relativo, possivelmente devido à tensão coroidal durante a acomodação, puxando a retina periférica para dentro.
[009]. Acredita-se que um desencadeador para a progressão de miopia envolve um sinal de crescimento de olho que compensa a desfocalização hipermetrópica sobre a retina periférica, até mesmo em circunstância onde a visão fovel é bem corrigida.
[010]. Para corrigir tanto erros de visão foveal quanto periférica, pelo menos duas zonas de diferentes poderes de lente são requeridas na mesma lente, mais especificamente, uma zona ou abertura central de poder menos constante para corrigir visão foveal, e uma zona periférica de poder relativamente mais que circunda a zona central para corrigir erros de visão periférica. O tamanho da zona central, o início da zona periférica, e a transição entre a zona central e a zona periférica podem ser variados. Por exemplo, o tamanho da zona central pode ser adaptado de acordo com a extensão típica da rotação de olho habitual. Isto pode significar, por exemplo, que a zona central pode precisar ter um diâmetro de entre cerca de 10 mm e 20 mm sobre a superfície de lente. Tipicamente, 0,5 D a 2,0 D de poder relativamente mais pode ser provid na zona periférica. Uma proposta para prover a “transição de poder” entre a zona de poder central menos constante e a zona de poder periférica relativamente mais envolve prover uma transição “momentânea” do tipo descrito na publicação de patente internacional W02007041796. Todavia, uma tal transição pode apresentar efeitos do tipo de “visão dupla” indesejável para um olho em movimento.
[011]. Uma proposta alternativa para prover uma transição de poder entre a zona de poder central menos constante e a zona de poder periférica relativamente mais envolve a provisão de um projeto esférico “liso” que introduz uma zona de poder de transição ou progressiva entre a zona central e a zona periférica, em oposição à provisão de transição de poder “momentânea”. Por exemplo, é conhecido para prover uma zona de transição rotacionalmente simétrica. Todavia, a provisão de uma zona de transição rotacionalmente simétrica pode introduzir uma quantidade considerável de astigmatismo que pode causar indesejável borrão astigmático sobre a retina periférica.
[012]. A lente de visão única esférica descrita no W02007041796 corrige o deslocamento hipermetrópico periférico para ambas as distâncias de visão de perto. Todavia, borrão hipermetrópico para visão à distância tipicamente se estende sobre a largura inteira da abertura de lente. Por outro lado, o borrão hipermetrópico para visão de perto frequentemente se estende sobre uma abertura menor que corresponde ao tamanho angular do objeto próximo sendo visualizado, tal como um livro. Também muitas tarefas de visão de perto, tais como leitura, demandam uma extensão muito menor de rotações do olho que aquelas para muitas tarefas de visão à distância. Por conseguinte, se esperaria que lentes para corrigir deslocamento hipermetrópico periférico para visão à distância teriam diferentes exigências àquelas para corrigir deslocamento hipermetrópico periférico para visão de perto, em termos do tamanho da zona central e o local e extensão da zona periférica. Uma maneira de abordar as diferentes exigências é a de prover dois pares de lentes, um para as exigências de visão à distância, o outro para as exigências de visão de perto. Todavia, a provisão de dois pares de lentes frequentemente não é prática.
[013]. Outra proposta envolve a provisão de uma lente de adição progressiva adapta. Uma lente de adição progressiva provê uma zona de visualização superior relativamente grande para tarefas de visão à distância, uma zona de visualização inferior relativamente estreita tendo um diferente poder de superfície a partir da zona de visualização superior para obter um poder de refração que corresponde à visão de perto, e uma zona intermediária (ou corredor) que se estende entre a zona de visualização superior e a zona de visualização inferior e provê uma progressão de poder entre elas. A este respeito, a US 6.343.861 expõe uma lente de adição progressiva tendo uma progressão de poder muito pequena e zonas de visualização superior e inferior relativamente grandes para a visualização de objetos distantes e próximos, respectivamente.
[014]. O pedido de patente internacional W02008031166 expõe uma lente de adição progressiva tendo um poder relativamente mais na periferia da lente, que corresponde com o poder de adição da zona de visualização inferior. A lente exposta no W02008031166 pode introduzir um deslocamento miópico na retina periférica durante tarefas de visão à distância. Todavia, ela não provê o controle efetivo do local da imagem periférica durante tarefas de visão de perto, uma vez que a área periférica da zona de visualização inferior, pelo menos na vizinhança imediata da zona de visualização inferior, tem um poder de refração médio inferior em comparação com a porção central da zona de visualização inferior e assim não provê o poder adicional relativo requerido.
[015]. Um recente estudo (Rose et al. 2008, Ophthalmology, Vol.l 15, Issue 8, 1279 - 1285) sugere que adolescentes que despendem mais tempo fora de casa, e os quais, se forem míopes, e sofreriam na maioria dos casos de deslocamento hipermetrópico periférico em um olho não acomodado, mostram uma tendência relativamente baixa de progressão de miopia. Foi sugerido que a desfocalização hiperópica na periferia da retina na presença de aberração esférica positiva caracterizando um olho relaxado normal pode não conduzir a uma significante redução em contraste para desencadear o mecanismo de crescimento de olho. Mais especificamente, medições e simulações de contraste para diferentes valores e sinais de desfocalização para um olho relaxado por Guo et al. (2008), Vision Res. 48, 1804-181 1 mostram que a desfocalização positiva (miópica) é mais danificadora ao contraste sobre a retina que a desfocalização hiperópica tipicamente sofrida na retina periférica por um olho miópico relaxado. É imaginado que isto é a conseqüência da interação entre desfocalização e aberração esférica positiva do olho relaxado. Foi sugerido que a aberração esférica do olho pode prover um indício para detectar o sinal de desfocalização (Wilson et al. 2002, J. Opt. Soc. Am. A 19(5), 833 - 839). É também conhecido que a aberração esférica do olho miópico acomodado toma-se negativa (Collins et al. 1995, Vision Res. 35(9), 1157 - 1163). Isto conduziria a um efeito muito diferente da desfocalização hiperópica sobre o contraste de imagem na visão de perto em comparação com a visão à distância.
[016]. Em vista do acima, as existentes lentes oftálmicas para óculos para corrigir miopia, que provêm zonas centrais relativamente grandes de poder constante, como propostas no WO 2007041796, podem assim falhar em remover estímulos para a progressão de miopia para tarefas de visão de perto. Seria assim desejável prover uma lente de adição progressiva que compensa o desloca hipermetrópico periférico durante tarefas de visão de perto, enquanto provê simultaneamente clara visão à distância sobre um campo de abertura relativamente amplo.
[017]. A discussão dos antecedentes para a presente invenção é incluída para explicar o contexto da invenção. Isto não deve ser entendido como uma aceitação de que qualquer do material referido que foi publicado, conhecido ou é parte do conhecimento comum geral como na data de prioridade de qualquer das reivindicações.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[018]. A presente invenção provê um elemento de lente oftálmica incluindo uma zona de visualização superior provendo um primeiro poder refrativo para visão à distância, uma zona de visualização inferior provendo um poder de adição em relação ao primeiro poder refrativo, e regiões periféricas incluindo uma respectiva zona de poder relativamente positivo em comparação com o poder de adição. A zona de visualização inferior e as regiões periféricas são arranjadas de forma que a zona de visualização inferior se interpõe às zonas de poder relativamente positivo.
[019]. Preferivelmente, a extensão horizontal combinada das zonas de poder relativamente positivo e da zona de visualização inferior corresponde a uma típica extensão angular horizontal do campo de objeto para um objeto próximo, tal como um livro ou uma revista.
[020]. Em um aspecto, a presente invenção provê um elemento de lente oftálmica progressiva incluindo: uma zona de visualização superior tendo um ponto de referência de distância e uma cruz de ajuste, a zona de visualização superior provendo um primeiro poder refrativo para visão à distância; uma zona de visualização inferior para visão de perto, a zona de visualização inferior provendo um poder de adição em relação ao primeiro poder refrativo; um corredor conectando as zonas superior e inferior, o corredor tendo um poder refrativo variando desde aquele da zona de visualização superior até aquele da zona de visualização inferior; e uma região periférica disposta em cada lado da zona de visualização inferior, cada região periférica incluindo uma zona de poder positivo em relação ao poder de adição para prover na mesma um poder refrativo positivo em relação ao poder refrativo da zona de visualização inferior; em que as zonas de poder positivo relativo são dispostas imediatamente adjacentes à zona de visualização inferior de forma que a zona de visualização inferior se interpõe às zonas de poder positivo relativo.
[021]. Preferivelmente, a zona de visualização inferior é uma zona relativamente estreita de baixo astigmatismo de superfície. A este respeito, a zona de visualização inferior pode ser definida por contornos de 0,5 D de astigmatismo dispostos abaixo de um ponto de referência próximo. Em uma modalidade, a extensão horizontal máxima da zona de visualização inferior, e assim a distância máxima entre os contornos de 0,5 D de astigmatismo, é inferior a cerca de 12 mm.
[022]. O poder de adição (ou “Add”) será tipicamente expresso em termos de um desejado valor de adição médio. Um poder de adição médio na faixa de 0,50 D a 3,00 D pode ser usado.
[023]. As zonas de “poder relativamente positivo” nas regiões periféricas, cada, provêm uma diferença relativamente positiva no poder refrativo em relação ao primeiro poder refrativo. A diferença positiva entre o poder refrativo nas zonas de relativamente “poder positivo” nas regiões periféricas em relação ao primeiro poder refrativo é maior que o poder de adição da zona de visualização inferior e provê assim a “poder positivo” em relação ao poder de adição. Por conseguinte, as zonas de poder relativamente positivo podem assim também ser consideradas como provendo um poder de adição que é maior que o poder de adição da zona de visualização inferior.
[024]. A provisão de uma zona relativamente estreita de visualização inferior permite que cada zona de poder positivo relativo seja localizada em proximidade relativamente estreita a uma linha central se estendendo substancialmente verticalmente através da zona de visualização inferior, e provê assim extensão horizontal combinada relativamente estreita das zonas de poder relativamente positivo e a zona de visualização inferior. Preferivelmente, a extensão horizontal combinada máxima das zonas de poder relativamente positivo e da zona de visualização inferior é inferior a cerca de 30 mm.
[025], Modalidades da presente invenção podem compensar um deslocamento hipermetrópico periférico durante tarefas de visão de perto e assim podem prover uma correção óptica para retardar ou deter a progressão de miopia para um usuário durante atividades de visualização próxima.
[026]. Em algumas modalidades, a zona de visualização inferior pode incluir um ponto de referência próximo. O local do ponto de referência próximo (NRP) pode ser indicado usando uma marca sobre uma superfície do elemento de lente. Todavia, não é essencial que o elemento de lente inclua uma tal marca.
[027]. Modalidades da presente invenção podem prover um perfil de poder de adição médio horizontal ou lateral ao longo de uma linha horizontal disposta abaixo do ponto de referência próximo, a dita linha se estendendo através da zona de visualização inferior e das regiões periféricas. O perfil de poder de adição médio horizontal ou lateral pode exibir uma respectiva magnitude de pico e cada região periférica e uma magnitude mínima local na zona de visualização inferior. Preferivelmente, cada magnitude mínima local é disposta na interseção da linha horizontal e uma linha ajustada a um conjunto de pontos médios horizontais entre contornos de astigmatismo de 0,5 D nasal e temporal adjacentes à zona de visualização inferior. O ajuste da linha aos pontos médios horizontais pode envolver técnicas de aproximação apropriadas, tai como aproximação do tipo de quadrados mínimos. Outras técnicas apropriadas seriam bem entendidas por um leitor especializado. Uma linha ajustada pode ser uma linha substancialmente vertical ou ela pode ser oblíqua ou inclinada para se alinhar com o trajeto ocular do usuário.
[028]. As respectivas magnitudes de pico do poder de adição médio podem ser lateralmente separadas a partir duma linha ajustada por entre cerca de 10 mm e cerca de 15 mm.
[029]. O primeiro poder refrativo é tipicamente um poder prescrito que corresponde a uma correção óptica para as exigências de visão à distância de um usuário. Assim, para o restante da descrição, referências a uma “zona de visualização à distância” devem ser entendidas como uma referência à zona de visualização superior. Por outro lado, o poder de adição da zona de visualização inferior pode ser selecionado para facilitar a demanda acomodativa e o deslocamento do plano de imagem na periferia mais perto à, ou à frente da, retina durante tarefas de visão de perto. Assim, para o restante da descrição, referências a uma “zona de visualização próxima” devem ser entendidas como uma referência à zona de visualização inferior.
[030]. A zona de visualização inferior será posicionada na região do elemento de lente oftálmica progressiva que é provável que seja usado para visão de perto. A zona de visualização inferior pode ser inserida na direção de um lado nasal da lente em relação à zona de visualização de distância.
[031]. Um elemento de lente oftálmica progressiva de acordo com uma modalidade da presente invenção pode ser especificamente projetado para o uso por adolescentes, uma vez que os adolescentes tipicamente não têm uma necessidade para correção de visão de perto devido à disponibilidade da acomodação do olho para visualizar objetos no campo próximo. Por exemplo, um adolescente pode ser apto a usar a zona de visualização de distância para visualizar objetos próximos com a ajuda de seu sistema de acomodação. Todavia, a inclusa da zona de visualização inferior de poder de adição pode assistir aos usuários adolescentes a reduzir sua demanda acomodativa e assim reduzir o borrão central sobre a fóvea e parafovea durante tarefas de visualização de perto devido ao retardo acomodativo. A provisão das zonas de poder relativo positivo ou “adicional”, adjacentes à zona de visualização inferior, pode também reduzir o borrão hipermetrópico na visão periférica imediata durante tarefas de visualização de perto, tais como leitura, onde o objeto próximo ocupa uma extensão angular horizontal relativamente grande do campo visual do usuário, e é assim estendido no espaço do objeto. A título de exemplo, uma tela do telefone celular, por exemplo, tipicamente não ocuparia uma grande extensão angular horizontal do campo visual do usuário, e assim não é “estendida no espaço do objeto” quando comparado com, por exemplo, um livro ou uma revista.
[032]. Por conseguinte, modalidades da presente invenção podem ser mais eficazes em retardar ou até mesmo em deter a progressão de miopia, particularmente em crianças, que as lentes de controle de miopia anteriores.
[033]. A zona de visualização de distância do elemento de lente oftálmica progressiva pode ser projetada para ser usada a capacidades prescritas menos de relativamente baixas a moderadas. Será apreciado que o poder de refração da zona de visualização de distância pode variar de acordo com as exigências de um usuário, e pode estar na faixa de, por exemplo, plano até -6,00 D. uma ampla faixa das curvas de base pode ser usada para esta finalidade, incluindo as curvas de base relativamente planas típicas para prescrições menos, mas também algumas curvas relativamente inclinadas que reduzem a lente menos de deslocamento hiperópico induzido na visão periférica. Por exemplo, uma curva de base na faixa de 0,50 D a 9,00 D pode ser usada.
[034]. A distribuição de poder das zonas de poder relativamente positivo nas regiões periféricas pode contribuir para uma correção óptica para corrigir visão periférica, quando o usuário está visualizando objetos através da zona de visualização inferior. No uso, a distribuição de poder pode prover um estímulo para retardar ou deter miopia na forma de um “sinal de parada” para o indesejável crescimento do olho, que retarda ou detém a progressão de miopia.
[035]. Assim, uma modalidade da presente invenção provê um elemento de lente oftálmica progressiva que provê correções ópticas apropriadas para as exigências de visão à distância, no eixo, de um usuário, sobre uma ampla faixa de rotações do olho, e que é também capaz de reduzir demanda acomodativa para tarefas de visão de perto, enquanto simultaneamente provê um sinal de parada para retardar ou deter a progressão de miopia que pode de outra maneira ter resultado a partir de uma exposição constante do olho a borrão hipermetrópico na retina periférica durante visão de perto.
[036]. Em uma modalidade, o sinal de parada pode compensar uma variação do plano focal do olho do usuário para remover a maioria do borrão hipermetrópico a partir da região periférica da retina para uma posição ocular de visualização de perto primária. Assim, é esperado que a distribuição do poder positivo através das zonas de poder relativamente positivo nas regiões periféricas de um elemento de lente oftálmica progressiva de acordo com uma modalidade da presente invenção irá prover uma correção óptica que provê o sinal de parada para o indesejável crescimento ocular, conduzindo assim ao retardo ou detenção de miopia na periferia da retina.
[037]. Um elemento de lente oftálmica progressiva de acordo com uma modalidade da presente invenção inclui uma superfície dianteira e uma superfície traseira (isto é, a superfície mais próxima ao olho). As superfícies dianteira e traseira podem ser conformadas para prover apropriados contornos de poder de refração e astigmatismo para a zona de visualização superior, a zona de visualização inferior e o corredor.
[038]. A superfície dianteira e a superfície traseira da lente pode ter qualquer formato apropriado. Em uma modalidade, a superfície dianteira é uma superfície esférica e a superfície traseira é esférica ou tórica. Em outra modalidade, a superfície dianteira é uma superfície esférica e a superfície traseira é esférica.
[039]. Em ainda outra modalidade, ambas as superfícies dianteira e traseira são esféricas. Será apreciado que uma superfície esférica pode incluir, por exemplo, uma superfície atórica, uma superfície progressiva, ou combinações das mesmas.
[040]. O poder de adição da zona de visualização inferior e o poder relativamente positivo nas regiões periféricas tipicamente corresponderão às diferentes exigências de correção óptica do usuário. Em particular, o poder de adição será selecionado para prover um poder para perto que corresponde a uma correção óptica no eixo, ou pára-axial, requerida para prover visão clara (isto é, visão foveal) para tarefas de visão de perto de um usuário com a reduzida demanda acomodativa, ao passo que o poder periférico pode prover uma correção óptica fora do eixo quando da visualização de objetos próximos através da zona de visualização inferior.
[041]. O poder médio positivo de cada região periférica pode ser selecionado com base em exigências de correção ópticas expressas em termos de medições clínicas que caracterizam as exigências de correção periférica do usuário, isto é, a correção óptica exigida para corrigir a visão periférica de um usuário. Qualquer técnica apropriada pode ser usada para obter aquelas exigências, incluindo, mas não limitadas a, dados de Rx periférico ou dados de Exploração-A por ultrassom. Tais dados podem obtidos através do uso de dispositivos que são conhecidos na técnica, tais como um auto-refrator de campo aberto (por exemplo, um auto-refrator de campo aberto da Shin- Nippon).
[042]. Como explicado acima, cada região periférica inclui uma zona que provê um poder positivo em relação ao poder de adição da zona de visualização inferior e assim que também provê uma zona de elevado poder de refração em relação ao poder de refração da zona de visualização inferior. Cada zona provê assim uma zona de poder positivo relativo que provê “uma correção de poder adicional”. O poder positivo, e assim a “correção de poder adicional” pode estar na faixa de cerca de 0,50 D a 2.50 D em relação ao poder de adição e assim em relação ao poder de refração da zona de visualização inferior, que será usualmente expresso em termos do poder de refração médio em um ponto de referência próximo (NRP) do elemento de lente.
[043]. Como explicado acima, a zona de visualização inferior é preferivelmente uma zona relativamente estreita. Em uma modalidade, a zona de visualização inferior pode ter um formato e/ou tamanho para prover uma região de baixo astigmatismo de superfície sobre a faixa de rotações oculares para tarefas de visão de perto de um usuário. Em outras palavras, a zona de visualização de perto ou inferior pode ser conformada e/ou dimensionada para suportar as exigências de visão de perto de um usuário através de toda uma faixa angular de rotações do olho.
[044]. A área da zona de visualização de distância será tipicamente maior que a área da zona de visualização inferior.
[045]. Um elemento de lente oftálmica progressiva de acordo com uma modalidade da presente invenção pode ser formulado de qualquer material apropriado. Em uma modalidade, um material polimérico pode ser usado. O material polimérico pode ser de qualquer tipo apropriado, por exemplo, ele pode incluir um material termoplástico ou termoestável. Um material do tipo de carbonato de glicol de dialila, por exemplo, CR-39 (PPG Industries), pode ser usado.
[046]. O artigo polimérico pode ser formado a partir de composições de moldagem poliméricas reticuláveis. O material polimérico pode incluir um corante, preferivelmente um corante fotocrômico, que pode, por exemplo, ser acrescentado à formulação de monômero usada para produzir o material polimérico.
[047]. Um elemento de lente oftálmica progressiva de acordo com uma modalidade da presente invenção pode ainda incluir revestimentos adicionais padronizados à superfície dianteira ou traseira, incluindo revestimentos eletrocrômicos.
[048]. A superfície de lente dianteira pode incluir um revestimento anti-reflexivo (AR), por exemplo do tipo descrito na Pat. US N.° 5.704.692, cuja exposição inteira é aqui incorporada para referência.
[049]. A superfície de lente dianteira pode incluir um revestimento resistente à abrasão, por exemplo, do tipo descrito na Pat. US N.° 4.954.591, cuja exposição inteira é aqui incorporada para referência.
[050]. As superfícies dianteira e traseira podem ainda incluir uma ou mais adições convencionalmente usadas em composições de moldagem, tais como inibidores, corantes incluindo corantes termocrômicas e fotocrômicas, por exemplo, como descrito acima, agentes de polarização, estabilizadores de UV e materiais capazes de modificar o índice de refração.
[051]. A modalidade preferida de um elemento de lente de acordo com a invenção provê um elemento de lente oftálmica tendo regiões periféricas que incluem zonas de poder médio positivo (isto é, “uma correção de poder adicional”) em relação ao poder de refração da zona de visualização inferior.
[052]. O nível da correção de poder adicional exigido pelo usuário variará, dada a grande dispersão nas refrações periféricas miópicas encontradas por Mutti et al. (2000).
[053]. Um elemento de lente oftálmica de acordo com a presente invenção pode simultaneamente e substancialmente corrigir tanto visão central quanto visão periférica durante tarefas de visão de perto. Espera-se que correção deste tipo remova, ou pelo menos retarde, um presumido desencadeador de progressão de miopia em indivíduos míopes, particularmente em adolescentes míopes.
[054]. Outro aspecto da presente invenção provê um método para retardo de progressão de miopia, incluindo prover, a um paciente, óculos portando um par de elementos de lente oftálmica progressiva, cada elemento de lente incluindo uma superfície tendo: uma zona de visualização superior tendo um ponto de referência de distância e uma cruz de ajuste, a zona de visualização superior provendo um primeiro poder refrativo para visão à distância; uma zona de visualização inferior para visão de perto, a zona de visualização inferior provendo um poder de adição em relação ao primeiro poder refrativo; um corredor conectando as zonas superior e inferior, o corredor tendo um poder refrativo variando desde aquele da zona de visualização superior até aquele da zona de visualização inferior; e uma região periférica disposta em cada lado da zona de visualização inferior, cada região periférica incluindo uma zona de poder positivo em relação ao poder de adição para prover na mesma um poder refrativo positivo em relação ao poder refrativo da zona de visualização inferior; em que as zonas de poder positivo relativo são dispostas imediatamente adjacentes à zona de visualização inferior de forma que a zona de visualização inferior se interpõe às zonas de poder positivo relativo.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[055]. A presente invenção será agora descrita em relação a vários exemplos ilustrados nos desenhos anexos. Todavia, deve ser apreciado que a descrição detalhada não deve limitar a generalidade da descrição acima.
[056]. Nos desenhos: a figura 1 é uma representação simplificada de um elemento de lente oftálmica de acordo com uma modalidade da presente invenção; a figura 2 é um traçado de contorno de astigmatismo de superfície para um elemento de lente oftálmica de acordo com uma primeira modalidade da presente invenção; a figura 3 é um traçado de contorno de poder de adição de superfície médio para o elemento de lente oftálmica da figura 2; a figura 4 é um traçado de poder de adição de superfície médio para o elemento de lente oftálmica da figura 2 ao longo de um trajeto ocular mostrado na figura 2; a figura 5 mostra traçados de poder de adição de superfície médio para o elemento de lente oftálmica da figura 2 ao longo de linhas horizontais plurais mostradas na figura 3; a figura 6 é um traçado de contorno de astigmatismo de superfície para um elemento de lente oftálmica de acordo com uma segunda modalidade da presente invenção. a figura 7 é um traçado de contorno de poder de adição de superfície médio para o elemento de lente oftálmica da figura 6; a figura 8 é um traçado de poder de adição de superfície médio para o elemento de lente oftálmica da figura 6 ao longo de um trajeto ocular mostrado na figura 6; a figura 9 mostra traçados de poder de adição de superfície médio para o elemento de lente oftálmica da figura 6 ao longo de Unhas horizontais plurais mostradas na figura 7; a figura 10 é um traçado de contorno de astigmatismo de superfície para um elemento de lente oftálmica de acordo com uma terceira modalidade da presente invenção; a figura 11 é um traçado de contorno de poder de adição de superfície médio para o elemento de lente oftálmica da figura 10; a figura 12 é um traçado de poder de adição de superfície médio para o elemento de lente oftálmica da figura 10 ao longo de um trajeto ocular mostrado na figura 10; a figura 13 mostra traçados de poder de adição de superfície médio para o elemento de lente oftálmica da figura 10 ao longo de Unhas horizontais plurais mostradas na figura 11 . a figura 14 é um traçado de contorno de astigmatismo de superfície para um elemento de lente oftálmica de acordo com uma quarta modalidade da presente invenção; a figura 15 é um traçado de contorno de poder de adição de superfície médio para o elemento de lente oftálmica da figura 14; a figura 16 é um traçado de poder de adição de superfície médio para o elemento de lente oftálmica da figura 14 ao longo de um trajeto ocular mostrado na figura 14; a figura 17 mostra traçados de poder de adição de superfície médio para o elemento de lente oftálmica da figura 14 ao longo de linhas horizontais plurais mostradas na figura 15; a figura 18 é um traçado de contorno de astigmatismo de superfície para um elemento de lente oftálmica de acordo com uma quinta modalidade da presente invenção; a figura 19 é um traçado de contorno de poder de adição (digressão) de superfície médio para o elemento de lente oftálmica da figura 18; a figura 20 é um traçado de poder de adição (digressão) de superfície médio para o elemento de lente oftálmica da figura 18 ao longo de um trajeto ocular mostrado na figura 18; e a figura 21 mostra traçados de poder de adição (digressão) de superfície médio para o elemento de lente oftálmica da figura 18 ao longo de linhas horizontais plurais mostradas na figura 19.
DESCRIÇÃO DETALHADA DOS DESENHOS
[057]. Antes de voltar para a descrição das modalidades da presente invenção, deve ser dada alguma explicação de algumas das linguagens usadas acima e através de toda a descrição.
[058]. Por exemplo, a referência nesta descrição para o termo “elemento de lente oftálmica progressiva” é uma referência para todas das formas de corpos ópticos refrativos individuais empregados nas técnicas oftálmicas, incluindo, mas não limitados a lentes, “wafers” de lente e peças em bruto de lente semi-acabadas que requerem outro acabamento para uma prescrição particular de um paciente.
[059]. Ainda, com relação às referências ao termo “astigmatismo de superfície”, tais referências devem ser entendida como uma referência até uma medida do grau até o qual a curvatura da lente varia, dentre o planos de interseção que são normais à superfície da lente em um ponto sobre a superfície. O astigmatismo de superfície é igual à diferença entre as curvaturas mínima e máxima da superfície de lente em qualquer daqueles planos de interseção multiplicada por (n-1), onde n é o índice de refração de referência.
[060]. Referências ao termo “cruz de ajuste” devem ser entendidas como uma referência a uma marcação localizada em um ponto sobre uma superfície de um elemento de lente ou uma peça em bruto de lente semiacabada, que é estipulado pelo fabricante como um ponto de referência para posicionar o elemento de lente à frente do olho do usuário.
[061]. Referências ao termo “ponto de referência de distância” (DRP) devem ser entendidas como um ponto sobre a superfície dianteira da lente no qual o poder refrativo para visão à distância se aplica.
[062]. Referências ao termo “ponto de referência próximo” (NRP) devem ser entendidas como uma referência no ponto “mais alto” (isto é, o ponto o mais verticalmente deslocado na direção do centro geométrico da lente) ao longo do trajeto ocular sobre a superfície dianteira da lente progressiva onde o exigido poder de adição médio pode ser medido. O NRP pode ser marcado ou designado por uma marcação sobre a superfície da lente. Todavia, não é essencial que uma tal marcação ou designação seja provida.
[063]. Referências ao termo “trajeto ocular” devem ser entendidas como uma referência a um local de fixação visual que, quando o elemento de lente é corretamente projetado para o usuário, tipicamente coincide com um local de pontos médios horizontais entre contornos de astigmatismo de 0,5 D nasal e temporal quando o usuário ajusta sua fixação a partir de um objeto distante (campo longe) para um objeto próximo (campo próximo).
[064]. Referências ao termo “zona de visualização inferior” devem ser entendidos como uma referência a uma zona de baixo astigmatismo localizada abaixo do ponto de referência próximo. Tipicamente, a zona de visualização inferior será definida por contornos de 0,5 D de astigmatismo disposta abaixo do ponto de referência próximo.
[065]. A figura 1 ilustra uma representação simplificada de um elemento de lente oftálmica 100 de acordo com uma modalidade da presente invenção com as diferentes zonas identificadas para referência. A figura 1 é simplificada na medida em que ela é somente destinada a identificar e representar geralmente os locais relativos das diferentes zonas do elemento de lente oftálmica 100 usando contornos de 0,5 D 116, 118 de astigmatismo. Deve ser apreciado que nem o formato das diferentes zonas, nem seu tamanho ou local preciso, precisam ser restritos àqueles ilustrados na figura 1.
[066]. O elemento de lente oftálmica 100, mostrado na figura 1, inclui uma primeira zona ou zona de visualização superior 102 tendo um primeiro poder refrativo apropriado para tarefas de visão à distância de um usuário, e uma segunda zona ou zona de visualização inferior 104 provendo um poder de adição para o primeiro poder refrativo. Um ponto de referência de distância (DRP) é provido na zona de visualização superior 102. Um ponto de referência próximo (NRP) é provido na zona de visualização inferior 104. O elemento de lente também inclui uma cruz de ajuste (FC) 110 e um centro geométrico (GC) 112.
[067]. Um corredor 106 conecta as zonas de visualização superior 102 e inferior 104. O corredor 106 provê uma zona de baixo astigmatismo de superfície tendo um poder refrativo que varia desde aquele da zona de visualização de distância 102 para aquele da zona de visualização inferior 104. No presente exemplo, o corredor se estende entre o ponto de referência de distância (DRP) e o ponto de referência próximo (NRP). Uma linha 114 (mostrada tracejada) se estende para baixo a partir do ponto de referência próximo NRP. No presente caso, a linha 114 é uma linha ajustada que é ajustada aos pontos médios horizontais entre os contornos de astigmatismo de 0,5 D nasal e temporal 116, 118 adjacentes à zona de visualização inferior 104. No presente caso, a linha 114 é mostrada como uma linha vertical. Todavia, será apreciado que a linha 114 pode ser oblíqua ou inclinada para se alinhar com o trajeto ocular do usuário.
[068]. A zona inferior ou zona de visualização próxima 104 é posicionada de forma a ser apropriada para tarefas de visão de perto de um usuário. O poder de adição da zona de visualização inferior 104 no ponto de referência próximo (NRP) pode prover uma reduzida demanda acomodativa quando da visualização de objetos próximos através desta zona 104. A zona de visualização inferior 104 pode assim reduzir a demanda acomodativa para tarefas de visão de perto e provê uma quantidade de compensação para o deslocamento hiperópico relativo na visão de perto periférica.
[069]. Na modalidade ilustrada, o elemento de lente 100 também inclui regiões periféricas 108 dispostas em qualquer lado da zona de visualização inferior 104 de forma a serem localizadas imediatamente adjacentes ao mesmo. Cada região periférica 108 inclui uma respectiva zona 120, 122 de poder positivo em relação ao poder de adição da zona de visualização inferior 104. A zona de visualização inferior 104 se interpõe às regiões periféricas 108, e assim às respectivas zonas 120, 122 de poder positivo relativo.
[070]. Cada zona 120, 122 de poder positivo relativo tem uma distribuição de poder de adição médio que provê uma correção óptica para retardar ou deter miopia para um usuário e que é apropriado para as exigências de visão de perto periférica de um usuário. Cada zona 120, 122 de poder positivo relativo exibirá tipicamente uma faixa de poder positivo baixo para médio em relação ao poder de adição da zona de visualização inferior 104. Cada zona de poder positivo relativo 120,122 é disposta imediatamente adjacente à zona de visualização inferior 104. A zona de visualização superior 102, a zona de visualização inferior 104, e o corredor 106 terão tipicamente um astigmatismo de superfície relativamente baixo em comparação com o astigmatismo de superfície das regiões periféricas 108.
[071]. As zonas 120, 122 de poder positivo relativo nas regiões periféricas 108 provêm um estímulo para retardar ou deter miopia associada com uma região periférica da retina pela provisão de uma correção óptica para a visão periférica do usuário. Um tal arranjo pode ser mais efetivo em retardar ou até mesmo na detenção de progressão de miopia, particularmente em crianças, que as lentes de controle de miopia convencionais.O poder médio positivo nas zonas 120, 122 de poder positivo relativo nas regiões periféricas 108 pode ser selecionado com base em exigências de correção óptica expressas em termos de medições clínicas que caracterizam as exigências de correção periférica do usuário, isto é, a correção óptica exigida para corrigir a visão periférica de um usuário. Qualquer técnica apropriada pode ser usada para obter aquelas exigências, incluindo, mas não limitadas a, dados de Rx periférico ou dados de Exploração-A por ultra-som. Tais dados podem ser obtidos através do uso de dispositivos que são conhecidos na técnica, tais como um auto-refrator de campo aberto (por exemplo, um auto-refrator de campo aberto da Shin-Nippon).
Exemplo 1
[072]. A figura 2 é um traçado de contorno de astigmatismo de superfície para a superfície dianteira (isto é, a superfície do lado do objeto) de um elemento de lente oftálmica 200 de acordo com uma modalidade. A figura 3 é um traçado de contorno de poder de adição de superfície médio para a superfície dianteira do elemento de lente oftálmica 200.
[073]. Com referência à figura 2 e à figura 3, o elemento de lente oftálmica 200 foi projetado tendo uma curva de base de 2,75D no índice de 1,530 medido no ponto de referência de distância (DRP), mostrado aqui como localizado no centro de parte de círculo 202. O centro geométrico (GC) para o elemento de lente 200 é identificado no ponto 214. A cruz de ajuste (FC) é designada com uma marcação 206 (mostrada aqui como uma cruz). O semicírculo 208 é centrado no ponto de referência próximo (NRP).
[074]. O elemento de lente oftálmica 200, mostrado na figura 2 e na figura 3, é uma lente de adição progressiva de superfície dianteira tendo um ponto de referência de distância (DRP) localizada aproximadamente a 8 mm acima do centro geométrico (GC) 214, e uma cruz de ajuste (FC) 206 localizada a aproximadamente 4 mm acima do centro geométrico 214. O diâmetro dos traçados de contorno é 60 mm sobre uma superfície dianteira de lente projetada em um plano perpendicular a uma superfície dianteira de lente normal ao centro geométrico 214.
[075]. Como mostrado na figura 2, os contornos astigmáticos de 0,5 D 210, 212 definem uma região de baixo astigmatismo de superfície incluindo a zona superior ou zona de visualização de distância 102, a zona inferior ou zona de visualização próxima 104, e o corredor 106. O elemento de lente oftálmica 200 provê uma zona de visualização superior relativamente larga 102, e uma zona relativamente estreita de visualização inferior 104 posicionada abaixo da zona de visualização superior 102 e conectada à mesma via o corredor 106. Regiões periféricas 108 são dispostas em cada lado da, e imediatamente adjacentes à, zona de visualização inferior 104 de forma que a zona de visualização inferior 104 se interpõe às zonas de poder positivo relativo. Como será explicado abaixo, cada região periférica 108 inclui uma zona de poder positivo em relação ao poder de adição.
[076]. O elemento de lente oftálmica 200 provê um poder de adição nominal de +l,00D na zona de visualização inferior 104 a partir de uma distância de aproximadamente 9 mm abaixo do centro geométrico 214 (GC). O ponto de referência próximo (NRP) é inserido horizontalmente por aproximadamente 2,1 mm nasalmente em relação ao centro geométrico 214 (GC), a cruz de ajuste (FC) e o ponto de referência de distância (DRP).
[077]. A figura 4 é um traçado de poder médio de adição de superfície dianteira ao longo de um trajeto ocular marcado pela linha aproximadamente vertical 216 sobre o traçado de contorno de astigmatismo mostrado na figura 2. No presente caso, a linha 216 é uma linha ajustada aos pontos médios horizontais entre os contornos astigmáticos de 0,5 D 210, 212 adjacentes à zona de visualização inferior 104. Observe que o poder de adição médio acima do ponto de referência de distância (DRP) e abaixo do ponto de referência próximo (NRP) não é constante de forma a assegurar propriedades ópticas estáveis através de poder ou capacidade naquelas zonas para a prescrição de -2,50 D com adição de +1,00 D, um ponto de vértice traseiro de lente estando a 27 mm a partir do centre de rotação do olho e um ângulo de inclinação pantoscópico de lente na cruz de ajuste estando a 7o em relação ao plano vertical, enquanto o ângulo de inclinação horizontal no FC foi igual a 0o.
[078]. A figura 5 mostra os poderes de adição médios de superfície dianteira horizontal para uma sequência e seis linhas horizontais retas 218-1, 218-2, 218-3, 218-4, 218-5, 218-6 mostradas (tracejadas) na figura 3 que se estendem 20 mm em qualquer lado da seção da linha 216 que se estende através da zona de visualização inferior 104, e que assim se estendem através da zona de visualização inferior 104 e das regiões periféricas 108 do elemento de lente 200.
[079]. Como mostrado na figura 5, ao longo de cada linha 218-1 , 218-2, 218-3, 218-4, 218-5, 218-6 (ref. à figura 5) o elemento de lente oftálmica 200 exibe um respectivo perfil de poder de adição médio que inclui uma respectiva magnitude de pico e cada região periférica 108 e uma magnitude mínima local que é disposta substancialmente sobre a linha 216 (em X = 2,1 mm). Cada perfil de poder de adição médio exibe um aumento monotônico em magnitude a partir da magnitude mínima local para as respectivas magnitudes de pico.
[080]. Embora neste exemplo as sequências de linhas horizontais retas 218-1 , 218-2, 218-3, 218-4, 218-5, 218-6 sejam localizadas abaixo do ponto de referência próximo (NRP), é possível que um similar perfil de poder de adição médio possa ser provido ao longo de uma linha horizontal interceptando o ponto de referência próximo (NRP) e se estendendo por uma pré-definida distância através da zona de visualização inferior 104 e das regiões periféricas 108, em cujo caso a magnitude mínima local será localizada no ponto de referência próximo (NRP).
[081]. A sequência de Unhas retas é colocada verticalmente a 10 mm (218-1), 11 mm (218-2), 12 mm (218-3), 13 mm (218-4), 14 mm (218-5) e 15 mm (218-6) abaixo do centro geométrico (GC), significando que a Unha 218- 6 é assim locahzada a 23 mm abaixo do ponto de referência de distância (DRP) do elemento de lente 200.
[082]. Como mostrado na figura 5, os respectivos poderes de adição de perfil horizontal médios mostram um aumento em poder de adição médio tanto temporalmente quanto nasalmente nas distâncias (Y) entre -10 mm e -15 mm abaixo do centro geométrico (GC). É também claro a partir da figura 3 que isto tende em o poder médio periférico se estender sempre para a base do elemento de lente oftálmica 200.
[083]. Na extremidade mais alta desta faixa (isto é, Y = -10 mm, correspondente à Unha 218-1), o poder de adição médio aumenta por cerca de 0,5 D (em relação ao correspondente poder sobre o trajeto ocular representado pela Unha 216) na distância horizontal de aproximadamente 11 mm a partir da intersecção da Unha 218-1 e a Unha ajustada 216 (ref. à figura 2) representando o trajeto ocular, enquanto na extremidade inferior da faixa (isto é, Y= -15 mm, correspondente à Unha 218-6), o poder de adição médio aumenta por até 1,25 D (em relação ao correspondente poder sobre o trajeto ocular representado pela linha 216) na distância horizontal de aproximadamente 14 mm a partir da intersecção da Unha 218-6 e a linha ajustada 216 (ref. à figura 2) representando o trajeto ocular. No presente exemplo, as respectivas magnitudes de pico em poder de adição médio são lateralmente separadas por entre cerca de 22 mm (linha 218-1) e cerca de 27 mm (linha 218-6).
Exemplo 2
[084]. A figura 6 é um traçado de contorno de astigmatismo de superfície para a superfície dianteira (isto é, a superfície do lado do objeto) de um elemento de lente oftálmica 300 de acordo com uma segunda modalidade da presente invenção. A figura 7 é um traçado de contorno de poder de adição de superfície médio para a superfície dianteira do elemento de lente oftálmica 300 mostrado na figura 6.
[085]. O elemento de lente oftálmica 300 mostrado na figura 6 e na figura 7 é também uma lente progressiva de superfície dianteira tendo o mesmo local dos pontos de referência médios (DRP, FC e NRP) em relação um centro geométrico (GC), como o elemento de lente oftálmica 200 do exemplo acima descrito.
[086]. O elemento de lente oftálmica 300 também tem a mesma curva de base de 2,75 D (no índice de 1.530) no ponto de referência de distância (DRP). Assim, com referência à figura 6 e à figura 7, é evidente que o elemento de lente oftálmica 300 é geralmente similar à lente oftálmica 200 descrita com referência à figura 2 e à figura 3. Por exemplo, o elemento de lente oftálmica 200 e o elemento de lente oftálmica 300, cada, incluem um corredor relativamente curto 106, esferização das zonas de visualização superior 102 e inferior 104 acima do DRP 304 e abaixo do NRP 306, e por meio de superfície aumentando lateralmente a partir de uma linha 302 ajustada aos pontos médios horizontais entre os contornos de astigmatismo de 0,5 D nasal e temporal 210/212 adjacentes à zona de visualização inferior 104. Neste exemplo, o poder de adição da zona de visualização inferior 104 é também +1,00 D. Todavia, a zona de visualização inferior 104 do elemento de lente oftálmica 300 émais estreita que a zona de visualização inferior 104 do elemento de lente oftálmica 200 com a distância horizontal entre os picos de poder relativo positivo ou “adicional” ao longo de a linha 308-6 na figura 9 sendo em tomo de 22 mm.
[087]. A figura 8 é um traçado de poder médio de adição de superfície dianteira ao longo de um trajeto ocular marcado pela linha aproximadamente vertical 302 sobre o traçado de contorno de astigmatismo mostrado na figura 6.
[088]. A figura 9 mostra os poderes de adição médios de superfície dianteira horizontal para uma sequência e seis linhas horizontais retas 308-1 , 308-2, 308-3, 308-4, 308-5, 308-6 mostradas (tracejadas) na figura 7, que se estendem a 20 mm em qualquer lado da seção da linha 302 que se estende através da zona de visualização inferior 104, e que assim se estendem através da zona de visualização inferior 104 e das regiões periféricas 108 do elemento de lente 300. As sequências de linhas retas são colocadas verticalmente a 10 mm (308-1), 11 mm (308-2), 12 mm (308-3), 13 mm (308-4), 14 mm (308-5) e 15 mm (308-6) abaixo do centro geométrico (GC), significando que linha 308-6 é assim localizada a 23 mm abaixo do ponto de referência de distância (DRP) do elemento de lente 300.
[089]. Além da diferença da largura da zona de visualização inferior, e com referência agora à figura 8 e à figura 9, outras diferenças a partir do exemplo descrito anteriormente incluem a extensão e magnitude do poder relativamente mais lateralmente a partir da linha média vertical 302 da zona de visualização inferior 104. Por exemplo, como mostrado na figura 9 na altura de Y = -10 mm (ref. à figura 7, a linha 308-1), o poder adicional relativo máximo nas regiões periféricas 108 lateralmente ocorre em tomo de 9 mm a partir do trajeto ocular representado pela linha 302 e com a magnitude de 0,5 D. Na extremidade inferior da faixa em Y = -15 mm (ref. à figura 7, a linha 308-6) a magnitude do poder positivo relativo é em tomo de +1 .1 De ocorre em tomo de 11 mm a partir do trajeto ocular.
[090]. O elemento de lente oftálmica 300 tem assim o mesmo poder de adição que o exemplo prévio, mas inclui uma zona “mais apertada” sobre a qual a visão de perto periférica tem compensação para o deslocamento hiperópico. Em outras palavras, a separação lateral entre as magnitudes de pico no perfil de poder de adição (ref. à figura 9) e cada região periférica 108 é reduzida em comparação com a separação lateral entre as correspondentes magnitudes de pico no perfil de poder de adição (ref. à figura 5) para o elemento de lente 200. Por exemplo, no elemento de lente 300 a 15 mm (ref. à figura 3, a linha 308-6) abaixo do centro geométrico (GC), a separação lateral entre as respectivas magnitudes de pico em poder de adição médio é cerca de 22 mm (ref. à figura 9, perfil para a linha 308-6), ao passo que as correspondentes respectivas magnitudes de pico em poder de adição médio para o elemento de lente 200 são lateralmente separadas por cerca de 27 mm (ref. à figura 5, perfil 218-6). Tanto o elemento de lente oftálmica 200 quanto o elemento de lente oftálmica 300 são projetados para prover o poder de adição nominal no material de índice 1,6.
Exemplo 3
[091]. A figura 10 é um traçado de contorno de astigmatismo de superfície para a superfície dianteira (isto é, a superfície do lado do objeto) de um elemento de lente oftálmica 400 de acordo com uma terceira modalidade da presente invenção. A figura 11 é um traçado de contorno de poder de adição de superfície médio para a superfície dianteira do elemento de lente oftálmica 400 mostrado na figura 6.
[092]. O elemento de lente oftálmica 400 mostrado na figura 10 e na figura 11 é também uma lente progressiva de superfície dianteira tendo o mesmo local dos pontos de referência médios (DRP, FC e NRP) em relação um centro geométrico (GC) as o elemento de lente oftálmica 200 do exemplo acima descrito.
[093]. O elemento de lente oftálmica 400 também tem a mesma curva de base de 2,75 D (no índice de 1,530) no ponto de referência de distância 402 (DRP). Assim, com referência à figura 10 e à figura 11, é evidente que o elemento de lente oftálmica 400 é geralmente similar à lente oftálmica 200 descrita com referência à figura 2 e à figura 3. Por exemplo, o elemento de lente oftálmica 200 e o elemento de lente oftálmica 400, cada, incluem um corredor relativamente curto 106, esferização das zonas de visualização superior 102 e inferior 104 acima do DRP 402 e abaixo do NRP 404, e poder de superfície médio lateralmente crescente a partir de uma linha 406 ajustada aos pontos médios horizontais entre os contornos de astigmatismo de 0,5 D nasal e temporal 210/212 adjacentes à zona de visualização inferior 104. Todavia, neste exemplo, o poder de adição da zona de visualização inferior 104 é aproximadamente +1,50 D.
[094]. A figura 12 é um traçado de poder médio de adição de superfície dianteira ao longo de um trajeto ocular marcado pela linha aproximadamente vertical 406 sobre o traçado de contorno de astigmatismo mostrado na figura 10.
[095]. A figura 13 mostra os poderes de adição médios de superfície dianteira horizontal para uma sequência e seis linhas horizontais retas 408-1 , 408-2, 408-3, 408-4, 408-5, 408-6 mostradas (tracejadas) na figura 11 que se estendem 20 mm em qualquer lado da seção da linha 406 que se estende através da zona de visualização inferior 104, e que assim se estendem através da zona de visualização inferior 104 e das regiões periféricas 108 do elemento de lente 400. As sequências de Unhas retas são colocadas verticalmente a 10 mm (408-1), 11 mm (408-2), 12 mm (408-3), 13 mm (408-4), 14 mm (408-5) e 15 mm (408-6) abaixo do centro geométrico (GC), significando que linha 408-6 é assim locafizada a 23 mm abaixo do ponto de referência de distância (DRP) do elemento de lente 400.
[096]. Além da diferença em poder de adição, e com referência agora à figura 12 e à figura 13, outras diferenças a partir do exemplo anteriormente descrito incluem a extensão e magnitude do poder relativamente mais lateralmente desde a linha média vertical 406 da zona de visualização inferior 104. Por exemplo, como mostrado na figura 9 na altura de Y = -10 mm (ref. à figura 13, a linha 408-1), o poder adicional relativo máximo nas regiões periféricas 108 lateralmente ocorre em tomo de 10 mm a partir do trajeto ocular e com a magnitude de 0,5 D. Na extremidade inferior da faixa em Y = - 15 mm (ref. à figura 13, a linha 408-2) a magnitude do poder positivo relativo é em tomo de +1 .1 D e ocorre também em tomo de 10 mm a partir do trajeto ocular.
[097]. O elemento de lente oftálmica 400 tem assim um poder de adição relativamente mais alto que os dois exemplos precedentes e uma zona “mais apertada” sobre a qual a visão de perto periférica tem compensação para o deslocamento hiperópico em comparação com o exemplo 1 . Neste exemplo, como mostrado na figura 13, a separação lateral entre os locais do poder relativo positivo de pico ou “adicional” ao longo da linha 408-6 é cerca de 21 mm em comparação com 27 mm ao longo de uma correspondente Unha 218-6 (ref. à figura 5) no exemplo 1 . O poder de adição é 1,5 D em comparação com 1,0 D no exemplo 1 . Tanto o elemento de lente oftálmica 200 quanto o elemento de lente oftálmica 400 são projetados para prover o poder de adição nominal no material de índice 1,6.
Exemplo 4
[098]. A figura 14 é um traçado de contorno de astigmatismo de superfície para a superfície dianteira (isto é, a superfície do lado do objeto) de um elemento de lente oftálmica 500 de acordo com uma quarta modalidade da presente invenção. A figura 15 é um traçado de contorno de poder de adição de superfície médio para a superfície dianteira do elemento de lente oftálmica 500 mostrado na figura 14.
[099]. O elemento de lente oftálmica 500 mostrado na figura 14 e na figura 15 é uma superfície progressiva dianteira com um pequeno comprimento de corredor (DRP a NRP de 17 mm, FC a NRP de 13 mm). O elemento de lente oftálmica 500 tem a mesma curva de base de 2,75D no índice 1,530 que nos exemplos anteriormente descritos. Todavia, o elemento de lente oftálmica 500 mostrado na figura 14 e na figura 15 provê um poder de adição de +2,0 D no índice de material de 1.6.
[0100]. A figura 16 é um traçado de poder médio de adição de superfície dianteira ao longo de um trajeto ocular marcado pela linha aproximadamente vertical 506 sobre o traçado de contorno de astigmatismo mostrado na figura 10.
[0101]. A figura 17 mostra os poderes de adição médios de superfície dianteira horizontal para uma sequência e seis linhas horizontais retas 508-1 , 508-2, 508-3, 508-4, 508-5, 508-6 mostradas (tracejadas) na figura 15 que se estendem 20 mm em qualquer lado da seção da linha 506 que se estende através da zona de visualização inferior 104, e que assim se estendem através da zona de visualização inferior 104 e as regiões periféricas 108 do elemento de lente 500. As sequências de linhas retas são colocadas verticalmente a 10 mm (508-1), 11 mm (508-2), 12 mm (508-3), 13 mm (508-4), 14 mm (508-5) e 15 mm (508-6) abaixo do centro geométrico (GC), significando que a Unha 508-6 é assim localizada 23 mm abaixo do ponto de referência de distância (DRP) do elemento de lente 500.
[0102]. Como é mostrado na figura 17, a magnitude de pico do poder relativamente positivo nas regiões periféricas 108, e assim a visão de perto periférica mais compensação de poder desse elemento de lente oftálmica 500, atinge até aproximadamente +1,5D em ambos os lados nasal e temporal em Y = -15 mm (ref. à figura 15, linha 508-2) e se estende out to em tomo de 13 mm to 14 mm em qualquer lado da linha substancialmente vertical 506 ajustada aos pontos médios horizontais entre contornos de astigmatismo de 0,5 D nasal e temporal adjacentes à zona de visualização inferior 104.
Exemplo 5
[0103]. Os elementos de lente oftálmica descrito nos exemplos acima são elementos de lente de adição progressiva tendo uma superfície complexa, na forma de uma superfície de poder progressivo, na parte dianteira (isto é, o lado do objeto) do elemento de lentes e uma superfície simples, na forma de uma superfície esférica, na parte traseira (isto é, o lado do objeto) do elemento de lente. Todavia, é também possível que outras modalidades da presente invenção possam prover elementos de lente de adição progressiva tendo uma superfície de poder progressivo na parte traseira (isto é, o lado o olho) do elemento de lente. Altemativamente, elementos de lente óptica de acordo com outras modalidades da presente invenção podem incluir elementos de lente de adição progressiva que provêm uma divisão de progressão de poder entre as superfícies dianteira e traseira com ambas as superfícies contribuindo para a provisão de poder de adição.
[0104]. A figura 18 é um traçado de contorno de astigmatismo de superfície para a superfície traseira (isto é, a superfície do lado do olho) de um elemento de lente oftálmica 600 de acordo com uma quinta modalidade da presente invenção.
[0105]. A figura 19 é um traçado de contorno de poder de adição de superfície médio para a superfície traseira do elemento de lente oftálmica 600 mostrado na figura 18. No elemento de lente 600, a superfície progressiva é disposta na superfície da parte traseira (lado do olho) do elemento de lente 600, enquanto a superfície dianteira é esférica.
[0106]. A figura 20 é um traçado de poder médio de adição (digressão) de superfície traseira ao longo de um trajeto ocular marcado pela Unha aproximadamente vertical 606 sobre o traçado de contorno de astigmatismo mostrado na figura 18.
[0107]. A figura 21 mostra os perfis de poder de adição (digressão) médio de superfície traseira horizontal para uma sequência e seis linhas horizontais retas 608-1 , 608-2, 608-3, 608-4, 608- 5, 608-6 mostradas (tracejadas) na figura 19, que se estendem 20 mm em qualquer lado da seção da Unha 606 que se estende através da zona de visualização inferior 104, e que assim se estendem através da zona de visualização inferior 104 e as regiões periféricas 108 do elemento de lente 600. As sequências de linhas retas são colocadas verticalmente a 10 mm (608-1), 11 mm (608-2), 12 mm (608-3), 13 mm (608-4), 14 mm (608-5) e 15 mm (608-6) abaixo do centro geométrico (GC), significando que a Unha 608-6 é assim localizada 23 mm abaixo do ponto de referência de distância (DRP) do elemento de lente 600.
[0108]. O elemento de lente 600 é substancialmente similar ao elemento de lente 300 (ref. à figura 6) descrito em relação ao exemplo 2, pelo menos em termos de suas características ópticas, exceto que o local da superfície complexa (isto é, a superfície progressiva) e a superfície simples (isto é, a superfície esférica) são revertidos. Porque o efeito óptico pro vid pelo elemento de lente 300 (ref. à figura 6) e o elemento de lente 600 é substancialmente o mesmo, na posição usada do elemento de lente 600 e elemento de lente 300 pode ser virtualmente indistinguíveis para o usuário e proveriam, cada, substancialmente o mesmo poder de adição e poder adicional periférico relativo.
[0109]. Neste exemplo, o elemento de lente oftálmica 600 tem uma curva de superfície traseira de 3,00 D (no índice de 1,530) no ponto de referência de distância 602 (DRP). Como pode ser visto na figura 20, a zona de visualização inferior 104 dessa lente oftálmica tem uma digressão de poder na superfície traseira (do lado do olho) do elemento de lente 600. Uma tal digressão de poder provê poder de adição quando da visualização através do elemento de lente 600 que tem uma superfície dianteira esférica e uma superfície traseira digressiva complexa.
[0110]. Como mostrado na figura 21, o poder de adição na zona de visualização inferior 104 e o poder relativo positivo ou “adicional” nas regiões periféricas 108 adjacentes à zona de visualização inferior 104 desta lente é substancialmente similar àquele provido pelo elemento de lente 300 (ref. à figura 6), mas é obtido com uma diferente configuração de superfície. Por exemplo, as regiões periféricas 108 adjacentes à zona de visualização inferior 104 sobre a superfície traseira mostram uma superfície menos relativa na superfície traseira (do lado do olho) do elemento de lente.
[0111]. Modalidade da presente invenção pode prover uma compensação de poder adicional de visão de perto periférica que corrige o deslocamento hipermetrópico periférico durante as tarefas de visão de perto e que assim reduz ou previne a progressão de miopia.
[0112]. Embora as modalidades acima tenham sido descritas em termos de elementos de lente oftálmica progressiva, será apreciado que a presente invenção pode também ser aplicada em outras formas de elementos de lente multifocais, tais como elementos de lente bifocais. Finalmente, será entendido que podem existir outras variações e modificações para as configurações descritas aqui, que também estão dentro do escopo da presente invenção.

Claims (12)

1. Elemento de lente oftálmica, dito elemento de lente oftálmica sendo ou um elemento de lente oftálmica progressiva ou um elemento de lente oftálmica multifocal, dito elemento de lente oftálmica incluindo: uma zona de visualização superior provendo um primeiro poder refrativo para visão à distância; uma zona de visualização inferior provendo um poder de adição em relação ao primeiro poder refrativo, a zona de visualização inferior incluindo um ponto de referência próximo, em que quando o elemento de lente oftálmica é um elemento de lente oftálmica progressiva, a zona de visualização inferior é definida por contornos de 0,5 D de astigmatismo dispostos abaixo do ponto de referência próximo; e regiões periféricas incluindo uma respectiva zona de poder relativamente positivo em comparação com o poder de adição para prover na mesma um poder refrativo positivo em relação ao poder refrativo da zona de visualização inferior; em que a zona de visualização inferior e as regiões periféricas são arranjadas de forma que a zona de visualização inferior se interpõe às zonas de poder relativamente positivo, caracterizado pelo fato de que: ao longo de qualquer linha horizontal disposta abaixo do ponto de referência próximo e que se estende através da zona de visualização inferior e das regiões periféricas, o elemento de lente oftálmica exibe um perfil de poder de adição médio positivo incluindo uma respectiva magnitude de pico em cada região periférica e uma magnitude mínima local na zona de visualização inferior, e cada perfil de poder de adição médio exibe um aumento monotônico em magnitude a partir da magnitude mínima local para as respectivas magnitudes de pico em cada região periférica.
2. Elemento de lente oftálmica de acordo com a reivindicação 1, caracterizadopelo fato de que o elemento de lente oftálmica é um elemento de lente oftálmica progressiva que inclui um corredor conectando as zonas superior e inferior, o corredor tendo um poder refrativo variando desde aquele da zona de visualização superior até aquele da zona de visualização inferior.
3. Elemento de lente oftálmica de acordo com a reivindicação 2, caracterizadopelo fato de que é um elemento de lente oftálmica progressiva, em que a zona de visualização superior possui um ponto de referência de distância, e uma cruz de ajuste, e em que ao longo de qualquer linha horizontal disposta pelo menos 18 mm abaixo do ponto de referência de distância e se estendendo através da zona de visualização inferior e das regiões periféricas, o elemento de lente exibe um perfil de poder de adição médio positivo que inclui uma respectiva magnitude de pico e cada região periférica e uma magnitude mínima na zona de visualização inferior.
4. Elemento de lente oftálmica de acordo com a reivindicação 2, caracterizadopelo fato de que é um elemento de lente oftálmica progressiva, em que as respectivas magnitudes de pico são deslocadas lateralmente a partir de uma Unha ajustada aos pontos médios horizontais entre contornos de astigmatismo de 0,5 D nasal e temporal adjacentes à zona de visualização inferior, o dito deslocamento sendo inferior a 15 mm.
5. Elemento de lente oftálmica de acordo com as reivindicações 3 ou 4, caracterizadopelo fato de que é um elemento de lente oftálmica progressiva, em que o perfil de poder de adição médio ao longo de uma linha horizontal 18 mm abaixo do ponto de referência de distância exibe respectivas magnitudes de pico de pelo menos 0,5 D maior que o poder de adição.
6. Elemento de lente oftálmica de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 5, caracterizadopelo fato de que é um elemento de lente oftálmica progressiva, em que o perfil de poder de adição médio ao longo de uma linha horizontal 23 mm abaixo do ponto de referência de distância exibe respectivas magnitudes de pico de pelo menos 0,5 D maior que o poder de adição.
7. Elemento de lente oftálmica de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 6, caracterizadopelo fato de que é um elemento de lente oftálmica progressiva, em que o perfil de poder de adição médio ao longo de uma linha horizontal 23 mm abaixo do ponto de referência de distância exibe respectivas magnitudes de pico de pelo menos 1,0 D maior que o poder de adição.
8. Elemento de lente oftálmica de acordo com as reivindicações 2 a 7, caracterizadopelo fato de que é um elemento de lente oftálmica progressiva, em que o ponto de referência de distância é localizado 8 mm acima do centro geométrico da lente.
9. Elemento de lente oftálmica de acordo com qualquer uma das reivindicações 5 a 8, caracterizadopelo fato de que é um elemento de lente oftálmica progressiva, em que as respectivas magnitudes de pico são lateralmente separadas por pelo menos 20 mm.
10. Elemento de lente oftálmica de acordo com a reivindicação 2, caracterizadopelo fato de que é um elemento de lente oftálmica progressiva em que, dentro de cada zona de poder relativamente positivo, a magnitude do poder relativamente positivo aumenta monotonicamente lateralmente sobre uma extensão horizontal que se estende a partir de uma Unha ajustada aos pontos médios horizontais entre contornos de astigmatismo de 0,5 D nasal e temporal adjacentes à zona de visualização inferior para uma magnitude de pico que é pelo menos 0,5 D maior que o poder de adição na interseção da Unha ajustada e da Unha horizontal.
11. Elemento de lente oftálmica de acordo com a reivindicação 10, caracterizadopelo fato de que é um elemento de lente oftálmica progressiva, em que a extensão horizontal é inferior a 15 mm.
12. Método para retardo de progressão de miopia que inclui prover, a um paciente, óculos portando um par de elementos de lente oftálmica progressiva, cada elemento de lente incluindo uma superfície tendo: uma zona de visualização superior tendo um ponto de referência de distância e uma cruz de ajuste, a zona de visualização superior provendo um primeiro poder refrativo para visão à distância; uma zona de visualização inferior para visão de perto, a zona de visualização inferior provendo um poder de adição em relação ao primeiro poder refrativo, a zona de visualização inferior incluindo um ponto de referência próximo, em que a zona de visualização inferior é definida por contornos de 0,5 D de astigmatismo dispostos abaixo do ponto de referência próximo; um corredor conectando as zonas superior e inferior, o corredor tendo um poder refrativo variando desde aquele da zona de visualização superior até aquele da zona de visualização inferior; e uma região periférica disposta em cada lado da zona de visualização inferior, cada região periférica incluindo uma zona de poder positivo em relação ao poder de adição para prover na mesma um poder refrativo positivo em relação ao poder refrativo da zona de visualização inferior; em que as zonas de poder positivo relativo são dispostas imediatamente adjacentes à zona de visualização inferior de forma que a zona de visualização inferior se interpõe às zonas de poder positivo relativo, caracterizadopelo fato de que: ao longo de qualquer linha horizontal disposta abaixo do ponto de referência próximo e que se estende através da zona de visualização inferior e das regiões periféricas, o elemento de lente oftálmica exibe um perfil de poder de adição médio positivo incluindo uma respectiva magnitude de pico em cada região periférica e uma magnitude mínima local na zona de visualização inferior, e cada perfil de poder de adição médio exibe um aumento monotônico em magnitude a partir da magnitude mínima local para as respectivas magnitudes de pico em cada região periférica.
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