BR112012002703B1 - sistema e processo para calcinar gesso natural, gesso sintético ou uma combinação dos mesmos - Google Patents
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Abstract
SISTEMA E MÉTODO PARA CALICINAR GESSO. A presente invenção refere-se a um sistema (100) para calcinar gesso natural, sintético (112) ou uma combinação dos mesmos, o sistema incluindo um moinho (114) para moer e secar gesso natural, gesso sintético (112) ou uma combinação dos mesmos para´produzir gesso seco (116): um calcinador rápido (1180) para calcinar o gesso seco para produzir um gás de exaustão (130) e gesso calcinado (128): e um mecanismo (134) pata transportar pelo menos uma porção do gás de exaustão (130) produzido pelo calcinador rápido (118) para uma aquecedor de ar (126) que supre gás quente (126a) para o calcinador rápido (118) .
Description
[0001] A presente invenção refere-se a um sistema e a um método para calcinar gesso. Mais especificamente, o assunto descrito se refere a um sistema e a um método para calcinar gesso natural, gesso sintético, ou uma combinação dos mesmos.
[0002] O gesso pode ser ou gesso natural, isto é, minas, ou gesso sinteticamente produzido. O gesso natural é duro e se assemelha a rochas. Ele tem que ser triturado antes do uso. O gesso sintético é tipicamente criado de calcário em pó que é combinado com gases SO2 e SO3 nos depuradores de gás de centrais elétricas.
[0003] O gesso calcinado (também conhecido como estuque) tem uma ampla variedade de usos. O gesso calcinado é mais comumente conhecido por seu uso em paredes construídas sem argamassa (também conhecidas como folha de material prensado ou placa de gesso), fabricado comercialmente por processos que proveem uma lama aquosa de gesso calcinado e outros ingredientes a ser depositada entre duas folhas de papel de cobertura para formar um núcleo entre essas folhas.
[0004] A calcinação se refere à conversão de desidratados de sulfato de cálcio em hemihidratados de sulfato de cálcio. O processo é tipicamente conduzido com a exposição do gesso a altas temperaturas por um curto período de tempo em um calcinador.
[0005] Moinhos de rolos podem ser usados para moagem, mas não podem ser usados para calcinação. Eles podem ser usados para secar material. Estes são preferidos para serem usados para gesso natural. O moinho de rolos é geralmente usado para moer gesso natural e uma caldeira para calcinar o gesso natural.
[0006] Há também moinhos de impacto. Estes podem ser usados tanto para moagem quanto para calcinação. Contudo, o uso de moinhos de impacto para gesso natural exige energia significativamente maior para funcionar do que os moinhos de rolos. Por isso, o produto resultante do processamento de gesso natural que usa moinhos de impacto tem um custo muito elevado.
[0007] Entretanto, para gesso sintético, não há muita diferença na energia exigida para operar moinhos de rolos versus moinhos de impacto. Isto se deve ao fato de o gesso sintético se apresentar tipicamente na forma granular e não exigir grande quantidade de moagem.
[0008] Uma vez que o gesso sintético apresenta um maior teor de água do que o gesso natural, um moinho de gaiola é frequentemente usado para secagem primeiro. Um moinho de impacto é então usado para moagem e calcinação em uma única etapa. Esforços anteriores para calcinar gesso sintético em uma única etapa resultaram na falta de uniformidade de calcinação, o que reduz a qualidade do gesso calcinado.
[0009] O documento “Thermal treatment of mineral raw materials by the cross-flow process - Process engineering and product application”, W. Kreft, Ennigerloh, 264 Zement-Kalk-Gips (ZKG international), 41 (1988) setembro, No. 9 Weisbaden, W. Germany, descreve um sistema para calcinação de gesso natural e um sistema para calcinação de gesso sintético. Contudo, ele não descreve um sistema único para calcinar ambos, ou uma mistura dos dois.
[00010] Portanto, a tecnologia atual não provê a flexibilidade para processar apenas gesso natural, apenas gesso sintético ou uma combinação dos mesmos.
[00011] De acordo com os aspectos aqui ilustrados, é provido um sistema para calcinar gesso natural, gesso sintético ou uma combinação dos mesmos, o sistema compreendendo um moinho para moer e secar gesso natural, gesso sintético ou uma combinação dos mesmos para produzir gesso seco; um calcinador rápido para calcinar o gesso seco para produzir um gás de exaustão e gesso calcinado; e um mecanismo para transportar pelo menos uma porção do gás de exaustão produzido pelo calcinador rápido para um aquecedor de ar que supre gás quente para o calcinador rápido.
[00012] De acordo com outro aspecto ilustrado aqui, é provido um processo para calcinar gesso natural, gesso sintético ou uma combinação dos mesmos, o processo compreendendo o suprimento de gesso natural, gesso sintético ou uma combinação dos mesmos para um moinho: a moagem e a secagem de gesso natural, gesso sintético ou uma combinação dos mesmos no moinho para formar gesso seco e um primeiro gás de exaustão: o suprimento do gesso seco para um calcinador rápido; a calcinação do gelo seco no calcinador rápido, produzindo assim um segundo gás de exaustão e gesso calcinado; e o transporte de pelo menos uma porção do segundo gás de exaustão para o aquecedor de ar que supre gás quente para o calcinador rápido.
[00013] De acordo com outro aspecto ilustrado aqui, é provido um sistema para calcinar gesso, o sistema compreendendo um moinho para moer e secar gesso, produzindo assim gesso seco e um primeiro gás de exaustão, onde o moinho é selecionado de um moinho de rolos ou um moinho de impacto de martelos, e adicionalmente onde o gesso é selecionado de gesso natural, gesso sintético ou uma combinação dos mesmos; um calcinador rápido para calcinar o gesso seco, produzindo assim gesso calcinado e um segundo gás de exaustão; e um mecanismo para transportar o segundo gás de exaustão produzido pelo calcinador rápido para um primeiro aquecedor de ar acoplado ao calcinador rápido.
[00014] O acima descrito e outras características são exemplificados pelas seguintes figuras e descrição detalhada.
[00015] Com referência agora às figuras, que são concretizações exemplificativas, e onde elementos semelhantes recebem número semelhantes:
a Figura 1 é um diagrama que representa um exemplo de uma concretização de um sistema para calcinar gesso;
a Figura 2 é um diagrama que representa um exemplo de outra concretização de um sistema para calcinar gesso; e
a Figura 3 é um diagrama que representa um exemplo de outra concretização de um sistema para calcinar gesso.
a Figura 1 é um diagrama que representa um exemplo de uma concretização de um sistema para calcinar gesso;
a Figura 2 é um diagrama que representa um exemplo de outra concretização de um sistema para calcinar gesso; e
a Figura 3 é um diagrama que representa um exemplo de outra concretização de um sistema para calcinar gesso.
[00016] Gesso sintético, também conhecido como "gesso de subproduto", é tipicamente produzido como um subproduto em vários processos químicos. Conforme afirmado acima, o gesso de dessulfurização de gás de combustão (FGD) é um subproduto de processos de depuração de gás de combustão. Outros tipos de gesso sintético podem também ser criados por vários outros processos. Por exemplo, o titanogesso é produzido pela neutralização de ácido sulfúrico residual do processo de sulfato usado para fabricar pigmento de óxido de titânio; fosfogesso é um subproduto produzido, quando o minério de fosfato for acidulado para extrair ácido fosfórico; fluorogesso é um subproduto da reação de acidulação de espatoflúor usado para produzir ácido fluorídrico; citrogesso é um subproduto de um processo para produzir ácido cítrico; e borogesso é um subproduto de um processo para produzir ácido bórico.
[00017] Gesso sintético tipicamente inclui mais água livre (água não vinculada a sulfato de cálcio) do que gesso natural. O gesso natural tipicamente inclui cerca de 1% - 3% de água livre (a menos que de outro modo indicado, as porcentagens aqui indicam porcentagem em peso), comparado ao gesso sintético que tipicamente é mecanicamente desidratado em uma lama contendo cerca de 10%-15% de água livre.
[00018] Há necessidade de um sistema que possa fazer uso de gesso natural que é extraído. Visto que mais centrais elétricas estão surgindo on-line, haverá um maior suprimento de gesso sintético. O sistema irá começar a ser usado em uma mistura com gesso natural. E possivelmente, haverá um tempo quando apenas gesso sintético será usado. Por isso, há necessidade de um sistema que possa produzir gesso calcinado de uma qualidade consistentemente alta, não obstante a relativa mistura de gesso natural a sintético, e não obstante o teor de água do gesso que é usado.
[00019] Também é importante que o sistema faça uso eficiente de energia, incluindo a reciclagem de calor residual. Isto permite um produto com preço competitivo.
[00020] A Figura 1 ilustra um sistema para calcinar gesso, mostrado geralmente em 100. Em um exemplo do sistema 100, o gesso 112 é suprido para um moinho 114. O gesso 112 pode ser gesso natural, gesso sintético ou uma combinação dos mesmos.
[00021] Conforme ilustrado na Figura 1, o gesso 112 é suprido para o moinho 114 por qualquer meio de transporte do processo incluindo, por exemplo, tubos, transportadores, dutos, outros condutos, e semelhantes. O gesso 112 é moído e seco no moinho 114 para produzir gesso seco 116. Em uma concretização, o gesso seco 116 está presente em um gás de exaustão 123 para transporte para outras seções do sistema 100.
[00022] Em uma concretização, o gesso 112 é suprido para o moinho 114 em uma velocidade constante ou, alternativamente, é suprido para o moinho 114 em uma base "conforme necessário". Em uma concretização, o suprimento de gesso 112 para o moinho 114 pode ser controlado por uma válvula de controle, um transdutor provendo, por exemplo, temperatura, pressão ou controle elétrico, lógica baseada em microprocessador, ou semelhante.
[00023] Será apreciado que o moinho 114 pode ser qualquer aparelho que moa e seque o gesso 112. Alguns exemplos de moinhos adequados incluem, mas não são limitados, por exemplo, a moinhos de rolos tipo pêndulo, pulverizadores de moinho de rolos vertical, e moinhos de impacto, incluindo, por exemplo, moinho de impacto de martelos, tal como o moinho de impacto Raymond®, disponível pela Alstom Power Inc., Air Preheater Company (Wellsville, New York, USA). As Figuras 1 e 3 ilustram um moinho de rolos 114, 314, enquanto que a Figura 2 ilustra um moinho de impacto de martelos 214, e, mais especificamente, um moinho de impacto, tal como, por exemplo, o moinho de impacto Raymond®.
[00024] Com referência à Figura 2, onde números semelhantes se referem a partes semelhantes, como na Figura 1, um gesso 112 é suprido para o moinho de martelo 114 por meio de um alimentador 213. O alimentador 213 provê um suprimento constante do gesso 112 para o moinho de impacto 114.
[00025] Em um exemplo, o moinho de impacto 114 é acoplado a um classificador de partículas 215, que separa gesso seco 116 com base no tamanho de partículas presentes no mesmo. Por exemplo, as partículas acima de um determinado tamanho (por exemplo, partículas superdimensionadas) 217 são providas de volta para o alimentador 213 para serem supridas para o moinho de impacto 114 ou para processamento adicional (por exemplo, moagem e secagem).
[00026] Com referência novamente à Figura 1, em uma concretização, o gesso seco 116 e o gás de exaustão 123 são supridos para um calcinador rápido 118. Em um exemplo, conforme mostrado na Figura 1, o gesso seco 116 passa através de um coletor de pó 120, de um compartimento de alimentação 122 e de um alimentador de dispersão 124, antes que ele seja suprido para o calcinador rápido 118. O coletor de pó 120 facilita a remoção de gesso seco 116 do gás de exaustão 123, enquanto que o compartimento de alimentação 122 armazena o gesso seco 116 até que ele seja dispensado no calcinador rápido 118 através do alimentador de dispersão 124. Uma porção do gás de exaustão 123 é ventilada para a atmosfera, enquanto que outra porção do gás de exaustão 123 é recirculada para o moinho 114.
[00027] O gesso seco 116 pode ser transportado e suprido para o coletor de pó 120, o compartimento de alimentação 122, o alimentador de dispersão 124 e o calcinador rápido 118, por exemplo, por meio de tubos, transportadores, dutos, outros condutos, e semelhantes. Conforme notado acima, em um exemplo, o gesso seco 116 é transportado com o gás de exaustão 123. É notado que, em um exemplo, o coletor de pó 120 pode ser substituído por um ciclone e um coletor de pó de tamanho relativamente menor (não mostrado na Figura 1).
[00028] A calcinação, por exemplo, a conversão de desidratados de sulfato de cálcio em hemihidratados de sulfato de cálcio, do gesso seco 116 ocorre no calcinador rápido 118. Em uma concretização, para facilitar a calcinação, o calcinador rápido 118 recebe um fluxo de gás quente 126a de um aquecedor de ar 126. Em uma concretização, o fluxo de gás quente 126a apresenta uma temperatura em uma faixa de, por exemplo, entre cerca de quinhentos e trinta e sete graus Centígrados (537°C) (mil graus Fahrenheit (1000°F)) e setecentos e sessenta graus Centígrados (760°C) (mil e quatrocentos graus Fahrenheit (1400°F)). A calcinação do gesso seco 116 facilita a remoção da umidade vinculada presente no gesso seco 116.
[00029] Em uma concretização, a calcinação do gesso seco 116 produz gesso calcinado 128 bem como um gás de exaustão 130 que percorrem juntos para um coletor de pó de calcinador 132. Em uma concretização, o gás de exaustão 130 apresenta uma temperatura em uma faixa de, por exemplo, entre cerca de cento e quarenta e oito graus Centígrados (148°C) (trezentos graus Fahrenheit (300°F)) e cento e setenta e seis graus Centígrados (176°C) (trezentos e cinquenta graus Fahrenheit (350°F)).
[00030] O coletor de pó de calcinador 132 remove partículas de pó e gesso calcinado 128 do gás de exaustão 130 e dispensa o gás de exaustão 130 (conforme descrito abaixo) em um ambiente, tal como, por exemplo, a atmosfera. Em uma concretização, o coletor de pó de calcinador 132 dispensa o gesso calcinado 128 (por exemplo, estuque) em outra seção do sistema 100. Em um exemplo, o coletor de pó de calcinador 132 pode ser substituído por um ciclone e um coletor de pó de tamanho relativamente menor (não mostrado na Figura 1). O gesso calcinado 128 procede para outras seções do sistema 100 (não mostrado) ou pode ser armazenado para transporte ou uso futuro.
[00031] Conforme mostrado na Figura 1, em uma concretização, depois de passar através do coletor de pó de calcinador 132, pelo menos uma porção de gás de exaustão 130 é transportada para o aquecedor de ar 126, enquanto que outra porção do gás de exaustão é ventilada para a atmosfera. Em um exemplo, conforme mostrado na Figura 1, o gás de exaustão 130 é transportado para o aquecedor de ar 126 por um mecanismo 134. Em uma concretização, o mecanismo 134 pode ser qualquer aparelho que facilite o desvio e o transporte de pelo menos uma porção do gás de exaustão 130 para o aquecedor de ar 126. Exemplos do mecanismo 134 incluem, mas não são limitados, por exemplo, a um duto de alimentação, e semelhante. Em uma concretização, o mecanismo 134 pode ser controlado por lógica baseada e em microprocessador ou outro tipo de controlador (não mostrado).
[00032] Em uma concretização, antes de ser transportado para o aquecedor de ar 126, o gás de exaustão 130 percorre através de uma ventoinha de respiro de calcinador 136 e de um abafador de recirculação 138. Entretanto, é contemplado que o gás de exaustão 130 pode ser suprido diretamente para o aquecedor de ar 126 sem passar através da ventoinha de respiro de calcinador 136 e do abafador de recirculação 138. Em uma concretização, o abafador de recirculação 138 pode ser controlado por lógica baseada em microprocessador ou outro tipo de controlador (não mostrado). Também é contemplado que o gás de exaustão 130 pode passar através de outros dispostivos antes de alcançar o aquecedor de ar 126.
[00033] O aquecedor de ar 126 utiliza o gás de exaustão 130 para produzir fluxo de gás quente 126a. Em uma concretização, o gás quente 126a é suprido para o calcinador rápido 118. Em outra concretização, e conforme mostrado na Figura 1, o gás quente 126a é suprido tanto para o calcinador rápido 118 como para o moinho 114. O gás quente 126a é suprido ou para o calcinador rápido 118, ou para o moinho 114, ou para ambos, através de qualquer mecanismo capaz de facilitar a transferência do gás quente. O gás quente 126a pode ser suprido, por exemplo, por tubos, dutos, condutos, bombas, válvulas e semelhantes.
[00034] Será apreciado que a utilização do gás de exaustão 130 para produzir o fluxo de gás quente 126a reduz a quantidade de energia necessária para produzir o fluxo de gás quente para o calcinador rápido 118, uma vez que o gás de exaustão 130 geralmente apresenta uma temperatura em uma faixa de, por exemplo, entre cerca de cento e quarenta e oito graus Centígrados (148°C) (trezentos graus Fahrenheit (300°F)) e cento e setenta e seis graus Centígrados (176°C) (trezentos e cinquenta graus Fahrenheit (350°F)).
[00035] Em um exemplo, conforme mostrado na Figura 1, no aquecedor de ar 126, o gás de exaustão 130 é combinado com um fluxo de ar 140, que é provido pela atmosfera. Conforme mostrado na Figura 1, o fluxo de ar 140 pode ser aquecido em um preaquecedor de ar 142 antes de entrar no aquecedor de ar 126. Contudo, é contemplado que o fluxo de ar 140 não é aquecido antes de entrar no aquecedor de ar 126. Enquanto não mostrado, é contemplado, em outro exemplo, que o aquecedor de ar 126 utiliza apenas o gás de exaustão 130 para gerar o fluxo de gás quente 126a.
[00036] Em outra concretização, conforme mostrado na Figura 3, onde números semelhantes se referem a partes semelhantes, conforme na Figura 1, o gesso 112 é suprido para o moinho 114. Conforme discutido acima, o moinho 114 pode ser qualquer aparelho que moa e seque o gesso 112 para produzir gesso seco 116. Em uma concretização, o gesso seco 116 é produzido com um gás de exaustão 123.
[00037] O gesso seco 116 e o gás de exaustão 123 são enviados para um ciclone de moinho 321, que coleta e separa o gesso seco 116 do gás de exaustão 123. O gesso seco separado 116 procede para o compartimento de alimentação 122, enquanto que uma porção do gás de exaustão 123 apresentando algum gesso seco 116 na mesma procede para o coletor de pó 120. O coletor de pó 120 adicionalmente separa qualquer gesso seco restante 116 do gás de exaustão 123. O gesso seco 116 separado no coletor de pó 120 é enviado para o compartimento de alimentação 122. É contemplado que o sistema 300 pode não incluir ciclone de moinho 321, e, consequentemente, gesso seco 116 procederia direto para o coletor de pó 120.
[00038] Outra porção do gás de exaustão 123 e gesso seco 116 procedem do ciclone de moinho 321 para um aquecedor de ar 325, O aquecedor de ar 325 utiliza gás de exaustão 123 para produzir um fluxo de gás quente 325a que é suprido para o moinho 114. O gás quente 325a pode ser suprido para o moinho 114 por qualquer mecanismo capaz de facilitar a transferência de gás quente 325a para o moinho. Exemplos incluem, mas não são limitados a bombas, válvulas, dutos, tubos e semelhantes.
[00039] O compartimento de alimentação 122 armazena o gesso seco 116 até que ele seja dispensado para o calcinador rápido 118 através do alimentador de dispersão 124. A calcinação do gesso seco 116 produz gesso calcinado 128 bem como um gás de exaustão 130 que percorrem juntos para um ciclone de calcinador 333. O ciclone de calcinador 333 remove o gesso calcinado 128 e o libera para outra seção do sistema 300.
[00040] Conforme mostrado na Figura 3, depois de proceder através do ciclone de calcinador 333, pelo menos uma porção do gás de exaustão 130 é transportada para o aquecedor de ar 126, enquanto que outra porção do gás de exaustão é trazida para o coletor de pó 331. O coletor de pó 331 remove quaisquer particulados remanescentes presentes no gás de exaustão 130 antes de sua dispensa na atmosfera.
[00041] Conforme mostrado na Figura 3, antes de ser transportado para o aquecedor de ar 326, o gás de exaustão 130 percorre através de uma ventoinha de respiro de calcinador 136 e de um abafador de recirculação 138.
[00042] O aquecedor de ar 126 utiliza o gás de exaustão 130 para produzir o fluxo de gás quente 126a, que é provido para o calcinador rápido 118. Em um exemplo, conforme mostrado na Figura 3, no aquecedor de ar 126, o gás de exaustão 130 é combinado com um fluxo de ar 140, que é provido pela atmosfera. Conforme mostrado na Figura 3, o fluxo de ar 140 pode ser aquecido em um preaquecedor de ar 142 antes de entrar no aquecedor de ar 126. Contudo, é contemplado que o fluxo de ar 140 não é aquecido antes de entrar no aquecedor de ar 126.
[00043] Em uso, os sistemas 100, 200 e 300 processam o gesso 112 com o suprimento do gesso para o moinho 114. Será apreciado que o gesso 112 suprido para o moinho 114 é natural, sintético ou uma combinação dos mesmos. Em uma concretização, o gesso 112 é suprido para o moinho 114 por qualquer mecanismo capaz de transportar o gesso para os moinhos, incluindo, mas não limitado, por exemplo, a tubos, dutos, válvulas, condutos, transportadores e semelhantes.
[00044] O gesso 112 é moído e seco no moinho 114 para formar o gesso seco 116 e o gás de exaustão 123. Será apreciado que a moagem de gesso em um moinho pode ser executada, por exemplo, por mecanismos de trituração ou moagem, tais como martelos, enquanto que a secagem do gesso no moinho 114 pode ser executada com o contato do gesso com um fluxo de ar ou gás quente.
[00045] Em uma concretização, o gás de exaustão 123 é transportado para o aquecedor de ar 325, que produz gás quente 325a que é transportado para o moinho 114. O gesso seco 116 é então suprido para o calcinador rápido 118 onde é calcinado. A calcinação do gesso seco 116 produz o gesso calcinado 128 bem como o gás de exaustão 130. Pelo menos uma porção do gás de exaustão 130 é transportada para o aquecedor de ar 126 através de dutos, tubos, condutos e semelhantes.
[00046] O gás de exaustão 130 é utilizado no aquecedor de ar 126 para produzir fluxos de gás quente 126a. Em um exemplo, o fluxo de gás quente 126a é suprido para os calcinadores flash 118. Em outro exemplo, o fluxo de gás quente 126a é suprido para o moinho 114. Em outro exemplo, pelo menos uma porção do fluxo de gás quente 126a é suprida para o calcinador rápido 118 e outra porção do fluxo de gás quente 126a é suprida para o moinho 114. O fluxo de gás quente 126a pode ser suprido para o calcinador rápido 118 e/ou moinho 114 através de qualquer mecanismo adaptado para fazer isto, incluindo, mas não limitado, por exemplo, a tubos, dutos, condutos e semelhantes. Ventiladores e abafadores podem ser utilizados no suprimento do calcinador rápido 118 e/ou moinho 114 com o fluxo de gás quente 126a.
[00047] A menos que de outro modo especificado, todas as faixas descritas aqui são inclusivas e combináveis nos pontos finais e em todos os pontos intermediários das mesmas. Os termos "primeiro", "segundo", e semelhantes, não indicam nenhuma ordem, quantidade, ou importância, mas são usados para disntiguir um elemento do outro. Os termos "um/uma" não indicam uma limitação de quantidade, mas indicam a presença de pelo menos um dos itens referenciados. Todos os numerais modificados por "cerca de" são inclusivos de valor numérico preciso, a menos que de outro modo especificado.
[00048] Enquanto a invenção foi descrita com referência a várias concretizações exemplificativas, será entendido por aqueles versados na técnica que várias mudanças podem ser feitas e que equivalentes podem ser substituídos por elementos dos mesmos sem se afastar do escopo da invenção. Além disso, muitas modificações podem ser feitas para adaptar uma situação ou material específico aos ensinamentos da invenção sem se afastar do escopo essencial da mesma. Por isso, pretende-se que a invenção não seja limitada à concretização específica descrita como o melhor modo contemplado para executar esta invenção, mas a invenção irá incluir todas as concretizações que estejam dentro do escopo das reivindicações anexas.
Claims (10)
- Sistema (100) para calcinar gesso natural, gesso sintético (112) ou uma combinação dos mesmos, o sistema (100) caracterizado pelo fato de que compreende:
um moinho (114) para moer e secar gesso natural, gesso sintético (112) ou uma combinação dos mesmos para produzir gesso seco (116);
um calcinador rápido (118) para calcinar o gesso seco (116) para produzir um gás de exaustão (130) e gesso calcinado (128); e
um mecanismo (134) para transportar pelo menos uma porção dos gás de exaustão (130) produzido pelo calcinador rápido (118) para um primeiro aquecedor de ar (126) que fornece gás quente (126a) ao calcinador rápido (118) e ao moinho (114). - Sistema (100), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o moinho (114) é um moinho de rolos.
- Sistema (100), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o moinho (114) é um moinho de impacto de martelo.
- Sistema (100), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o primeiro aquecedor de ar (126) fornece apenas gás quente (126a) ao calcinador (118) e adicionalmente compreende um segundo aquecedor de ar (126) que provê gás quente (126a) para o moinho (114).
- Sistema (100), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que adicionalmente compreende um coletor de pó (120) acoplado ao moinho (114).
- Processo para calcinar gesso natural, gesso sintético (112) ou uma combinação dos mesmos para uso pelo sistema (100) para calcinar gesso natural, gesso sintético (112) ou uma combinação dos mesmos (100), como definido na reivindicação 1, o processo caracterizado pelo fato de que compreende:
suprir gesso natural, gesso sintético (112) ou uma combinação dos mesmos para um moinho (114);
moer e secar o gesso natural, gesso sintético (112) ou uma combinação dos mesmos no moinho (114) para formar gesso seco (116) e um primeiro gás de exaustão (130);
suprir gesso seco (116) para um calcinador rápido (118);
calcinar o gesso seco (116) no calcinador rápido (118), produzindo assim um segundo gás de exaustão (130) e gesso calcinado (128);
transportar pelo menos uma porção do segundo gás de exaustão (130) para um primeiro aquecedor de ar (126) que fornece gás quente (126a) ao calcinador instantâneo e ao moinho (114). - Processo, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o moinho (114) é um moinho de rolos.
- Processo, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o moinho (114) é um moinho de impacto de martelo.
- Processo, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que adicionalmente compreende o transporte de pelo menos uma porção do primeiro gás de exaustão (130) para um segundo aquecedor de ar (126).
- Processo, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que o primeiro aquecedor de ar (126) fornece apenas gás quente (126a) ao calcinador e o segundo aquecedor de ar (126) é acoplado ao moinho (114), e provê gás quente (126a) para o mesmo.
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