BR102022017000A2 - Alojamento de alimentador com batedor de pedra acionado independentemente - Google Patents

Abstract

Um alojamento alimentador (120) para uma colheitadeira agrícola (100) inclui: um alojamento (121); um sistema transportador (200) disposto no alojamento (121), o sistema transportador (200) incluindo um eixo de acionamento (212), pelo menos um circuito de acionamento (230) acoplado ao eixo de acionamento (212), de modo que a rotação do eixo de acionamento (212) cause a rotação do pelo menos um circuito de acionamento (230) e uma pluralidade de pegadores de colheita (232) acoplados ao pelo menos um circuito de acionamento (230); e um batedor de pedra (220) disposto no alojamento (121) e incluindo um rolo batedor (221) giratório e pelo menos uma aleta (222) carregada pelo rolo batedor (221). Um motor (240) é acoplado ao rolo batedor (221) e configurado para girar o rolo batedor (221), o motor (240) inclui um motor acionado eletricamente ou um motor acionado hidraulicamente, o motor (240) é acoplado ao rolo batedor (221), de modo que o motor (240) seja configurado para girar o rolo batedor (221) sem girar o eixo de acionamento (212).

Description

ALOJAMENTO DE ALIMENTADOR COM BATEDOR DE PEDRA ACIONADO INDEPENDENTEMENTE CAMPO DA INVENÇÃO

[001] A presente invenção se refere a uma colheitadeira agrícola e, mais especificamente, a um alojamento de alimentador para uma colheitadeira agrícola.

FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO

[002] Uma colheitadeira agrícola conhecida como “ceifeira debulhadora” é historicamente denominada assim porque combina várias funções de colheita com uma única unidade de colheita, como coleta, debulha, separação e limpeza. Uma colheitadeira inclui uma plataforma de corte que remove a colheita/cultura de um campo e um alojamento de alimentador que transporta a matéria de colheita para um rotor de debulha. O rotor de debulha gira dentro de um alojamento perfurado, que pode ter a forma de côncavos ajustáveis, e realiza uma operação de debulha na colheita para remover o grão. Uma vez que o grão é debulhado, ele cai através das perfurações nos côncavos em uma bandeja de grãos. A partir da bandeja de grãos, o grão é limpo usando um sistema de limpeza e, em seguida, é transportado para um tanque de grãos a bordo da colheitadeira. Um ventilador de limpeza sopra ar através das peneiras para descarregar o refugo/palhiço e outros detritos em direção à parte traseira da colheitadeira. O material de colheita diferente de grão, como palha da seção de debulha, passa por um sistema de manuseio de resíduos, que pode utilizar um picador de palha para processar o material diferente de grão e direcioná-lo para a parte traseira da colheitadeira. Quando o tanque de grãos fica cheio, a colheitadeira é posicionada adjacente a um veículo no qual os grãos devem ser descarregados, como um semirreboque, caixa de descarga por gravidade, caminhão não articulado ou similar, e um sistema de descarga na colheitadeira é acionado para transferir o grão para o veículo.

[003] Mais particularmente, um sistema de debulha ou separação rotativo inclui um ou mais rotores que podem se estender axialmente (de frente para trás) ou transversalmente (lado a lado) dentro do corpo da colheitadeira e que são parcial ou totalmente cercados por côncavos perfurados. O material de colheita é debulhado e separado pela rotação do rotor dentro dos côncavos. O material de colheita diferente de grão mais grosseiro, como caules e folhas, passa por um batedor de palha para remover quaisquer grãos restantes e, em seguida, é transportado para a parte traseira da colheitadeira e descarregado de volta ao campo. Os grãos separados, juntamente com alguns materiais diferentes de grãos mais finos, como palhiço, poeira, palha e outros resíduos da cultura são descarregados através dos côncavos e caem em uma bandeja de grãos onde são transportados para um sistema de limpeza. Alternativamente, o grão e o material diferente de grão mais fino também podem cair diretamente no próprio sistema de limpeza.

[004] Um sistema de limpeza separa ainda o grão do material de colheita diferente de grão e inclui tipicamente um ventilador que dirige uma corrente de fluxo de ar para cima e para trás através de peneiras dispostas verticalmente que oscilam para a frente e para trás. O fluxo de ar eleva e transporta o material de colheita diferente de grão mais leve para a extremidade traseira da colheitadeira para descarga no campo. Grãos limpos, sendo mais pesados, e pedaços maiores de material de cultura diferente de grão, que não são levados pelo fluxo de ar, caem sobre a superfície de uma peneira superior (também conhecida como peneira chaffer), onde alguns ou todos os grãos limpos passam por uma peneira inferior (também conhecida como peneira de limpeza). O material de colheita de grãos e diferente de grãos que permanece nas peneiras superior e inferior é fisicamente separado pela ação recíproca das peneiras à medida que o material se move para trás. Qualquer material de colheita de grãos e/ou diferente de grãos que passe pela peneira superior, mas não passe pela peneira inferior, é direcionado para uma bandeja de rejeitos. Os grãos que caem pela peneira inferior aterrissam em uma bandeja inferior do sistema de limpeza, onde são transportados para frente em direção a um sem-fim de grãos limpos. O sem-fim de grãos limpos transporta os grãos para um elevador de grãos, que transporta os grãos para cima até um tanque de grãos para armazenamento temporário. O grão se acumula até o ponto em que o tanque de grãos está cheio e é descarregado para um veículo adjacente, como um semirreboque, caixa de descarga por gravidade, caminhão não articulado ou similar por um sistema de descarga na colheitadeira que é acionado para transferir grãos para o veículo.

[005] Muitos alojamentos de alimentador conhecidos são fornecidos com um coletor de pedras, que inclui um batedor giratório que carrega uma ou mais aletas. As aletas separam as pedras e outros objetos sólidos do material de colheita à medida que o batedor gira, com o material de colheita se deslocando mais para dentro da colheitadeira, enquanto as pedras e outros objetos sólidos são coletados em um reservatório de pedra. Embora tais sistemas sejam eficazes para remover pedras e outros objetos sólidos do material de colheita, há casos em que seria desejável o ajuste da velocidade de rotação do batedor.

[006] O que é necessário na técnica é uma maneira de ajustar a velocidade de rotação de um batedor de um coletor de pedras em um alojamento de alimentador.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[007] Concretizações exemplificativas proporcionadas de acordo com a presente divulgação proporcionam um alojamento de alimentador com um batedor de pedra que inclui um rolo batedor acionado por um motor que é alimentado eletricamente ou hidraulicamente e não gira um eixo de acionamento que aciona a rotação de um ou mais circuitos de acionamento.

[008] Em algumas concretizações exemplificativas proporcionadas de acordo com a presente divulgação, um alojamento de alimentador para uma colheitadeira agrícola inclui: um alojamento; um sistema transportador disposto no alojamento, o sistema transportador incluindo um eixo de acionamento, pelo menos um circuito de acionamento acoplado ao eixo de acionamento, de modo que a rotação do eixo de acionamento cause a rotação do pelo menos um circuito de acionamento, e uma pluralidade de pegadores de colheita acoplados ao pelo menos um circuito de acionamento; um batedor de pedra disposto no alojamento e incluindo um rolo batedor giratório e pelo menos uma aleta carregada pelo rolo batedor; e um motor acoplado ao rolo batedor e configurado para girar o rolo batedor, o motor compreendendo um motor acionado eletricamente ou um motor acionado hidraulicamente, o motor sendo acoplado ao rolo batedor, de modo que o motor seja configurado para girar o rolo batedor sem girar o eixo de acionamento.

[009] Em algumas concretizações exemplificativas proporcionadas de acordo com a presente divulgação, um veículo agrícola inclui: um chassi; uma plataforma de corte carregada pelo chassi, a plataforma de corte incluindo pelo menos um cortador configurado para cortar material de colheita; e um alojamento de alimentador carregado pela plataforma de corte e configurado para receber o material de colheita cortado pela plataforma de corte. O alojamento de alimentador inclui: um alojamento; um sistema transportador disposto no alojamento, o sistema transportador incluindo um eixo de acionamento, pelo menos um circuito de acionamento acoplado ao eixo de acionamento, de modo que a rotação do eixo de acionamento cause a rotação do pelo menos um circuito de acionamento, e uma pluralidade de pegadores de colheita acoplados ao pelo menos um circuito de acionamento; um batedor de pedra disposto no alojamento e incluindo um rolo batedor giratório e pelo menos uma aleta carregada pelo rolo batedor; e um motor acoplado ao rolo batedor e configurado para girar o rolo batedor, o motor compreendendo um motor acionado eletricamente ou um motor acionado hidraulicamente, o motor sendo acoplado ao rolo batedor, de modo que o motor seja configurado para girar o rolo batedor sem girar o eixo de acionamento.

[010] Uma possível vantagem que pode ser realizada por concretizações exemplificativas proporcionadas de acordo com a presente divulgação é que uma velocidade de rotação do rolo batedor pode ser facilmente ajustada sem afetar a rotação do eixo de acionamento e do(s) circuito(s) de acionamento, de forma que o transporte do material de colheita no alojamento de alimentador não é afetado.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[011] Para fins de ilustração, certas concretizações da presente invenção são mostradas nos desenhos. Deve-se entender, no entanto, que a invenção não está limitada aos arranjos, dimensões e instrumentos precisos mostrados. Números semelhantes indicam elementos semelhantes ao longo dos desenhos. Nos desenhos:

[012] FIG. 1 ilustra uma vista lateral de uma concretização exemplificativa de um veículo agrícola, o veículo agrícola compreendendo uma plataforma de corte e um alojamento de alimentador, de acordo com uma concretização exemplificativa da presente invenção;

[013] FIG. 2 ilustra uma vista em perspectiva de um sistema transportador e um batedor de pedras do alojamento de alimentador da FIG. 1, de acordo com uma concretização exemplificativa da presente invenção; e

[014] FIG. 3 ilustra uma vista lateral do sistema transportador e do batedor de pedras do alojamento de alimentador da FIG. 1, de acordo com uma concretização exemplificativa da presente invenção.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO

[015] Os termos "grão", "palha" e "rejeitos" são usados principalmente ao longo deste relatório descritivo por questões de conveniência, mas deve-se entender que esses termos não se destinam a ser limitantes. Assim, "grão" refere-se à parte do material de colheita que é debulhada e separada da parte descartável do material de colheita, que é referida como material de colheita diferente de grãos, MOG ou palha. O material de colheita debulhado incompletamente é referido como "rejeito". Além disso, os termos "para frente", "para trás", "esquerda" e "direita", quando usados em conexão com a colheitadeira agrícola e/ou componentes da mesma, são geralmente determinados com referência à direção de avanço do deslocamento operacional da colheitadeira, mas novamente, eles não devem ser interpretados como limitantes. Os termos "longitudinal" e "transversal" são determinados com referência à direção para frente e para trás da colheitadeira agrícola e também não devem ser interpretados como limitantes. Os termos "a jusante" e "a montante" são determinados com referência à direção pretendida do fluxo do material de colheita durante a operação, em que "a jusante" é análogo a "para trás" e "a montante" é análogo a "para frente".

[016] Referindo-se agora aos desenhos, e mais particularmente à FIG. 1, mostra-se uma concretização de uma colheitadeira agrícola 100 na forma de uma colheitadeira que comumente inclui um chassi 101, rodas de contato com o solo 102 e 103, plataforma de corte 110, alojamento de alimentador 120, cabine do operador 104, sistema de debulha e separação 130, sistema de limpeza 140, tanque de grãos 150 e transporte de descarga 160. As rodas dianteiras 102 são rodas maiores do tipo flutuação e as rodas traseiras 103 são rodas direcionáveis menores. A força motriz é aplicada seletivamente às rodas dianteiras 102 através de uma unidade de força na forma de um motor a diesel 105 e uma transmissão (não mostrada). Embora a colheitadeira 100 seja mostrada como incluindo rodas, também deve ser entendido que a colheitadeira 100 pode incluir esteiras, como esteiras completas ou meias esteiras.

[017] A plataforma de corte 110 é montada na frente da colheitadeira 100 e inclui pelo menos um cortador, que pode estar na forma de uma barra de corte 111, para cortar as culturas de um campo durante o movimento para frente da colheitadeira 100. Um carretel rotativo 112 alimenta a colheita na plataforma de corte 110 e um sem-fim duplo 113 alimenta a colheita cortada lateralmente para dentro de cada lado em direção ao alojamento de alimentador 120. O alojamento de alimentador 120 inclui um alojamento 121 e um sistema transportador 200 disposto no alojamento 121 para transportar a colheita cortada para o sistema de debulha e separação 130. O alojamento de alimentador 120 é seletivamente móvel verticalmente por meio de atuadores apropriados, tais como cilindros hidráulicos (não mostrados). A plataforma de corte 110 pode ser acoplada ao alojamento de alimentador 120, tal como o alojamento 121, de modo que o movimento vertical do alojamento de alimentador 120 leve a um movimento vertical correspondente da plataforma de corte 110.

[018] O sistema de debulha e separação 130 é do tipo de fluxo axial e geralmente inclui um rotor de debulha 131 pelo menos parcialmente fechado por um compartimento de rotor e giratório dentro de um côncavo perfurado correspondente 132. As colheitas cortadas são debulhadas e separadas pela rotação do rotor 131 dentro do côncavo 132, e elementos maiores, como caules, folhas e semelhantes são descarregados pela parte traseira da colheitadeira 100. Elementos menores de material de colheita, incluindo grãos e material de colheita diferente de grão, incluindo partículas mais leves que grãos, como palhiço, poeira e palha, são descarregados através de perfurações do côncavo 132. O sistema de debulha e separação 130 pode ser também um tipo diferente de sistema, como um sistema com um rotor transversal em vez de um rotor axial etc.

[019] O grão que foi separado pelo conjunto de debulha e separação 130 cai em uma bandeja de grãos 133 e é transportado para o sistema de limpeza 140. O sistema de limpeza 140 pode incluir uma peneira de pré-limpeza opcional 141, uma peneira superior 142 (também conhecida como peneira chaffer ou conjunto de peneira), uma peneira inferior 143 (também conhecida como peneira de limpeza) e uma ventilador de limpeza 144. Os grãos nas peneiras 141, 142 e 143 são submetidos a uma ação de limpeza pelo ventilador 144 que fornece um fluxo de ar através das peneiras para remover o palhiço e outras impurezas, como poeira do grão, fazendo com que este material seja transportado pelo ar para descarga de um saca-palhas (straw hood) 171 de um sistema de gerenciamento de resíduos 170 da colheitadeira 100. Opcionalmente, o palhiço e/ou palha pode passar por um picador 180 para ser processado ainda mais em partículas menores antes de ser descarregado da colheitadeira 100 por um conjunto de espalhamento 200. Deve-se considerar que o "picador" 180 aqui referenciado, também pode ser o que normalmente é chamado de “batedor", que pode incluir manguais ou outra construção e que o termo "picador", conforme usado neste documento, refere-se a qualquer construção que possa reduzir o tamanho de partícula do material de colheita que entra por meio de várias ações, incluindo picar, agitar/bater etc. A bandeja de grãos 133 e a peneira de pré-limpeza 141 oscila da frente para trás para transportar o grão e o material de colheita diferente de grão mais fino para a superfície superior da peneira superior 142. A peneira superior 142 e a peneira inferior 143 estão dispostas verticalmente uma em relação à outra e da mesma forma oscila de frente para trás para espalhar o grão pelas peneiras 142, 143, enquanto permite a passagem do grão limpo por gravidade através das aberturas das peneiras 142, 143.

[020] O grão limpo cai para um sem-fim de grãos limpos 145 posicionado transversalmente abaixo e em direção à frente da peneira inferior 143. O sem-fim de grãos limpos 145 recebe grãos limpos de cada peneira 142, 143 e de uma bandeja inferior 146 do sistema de limpeza 140. O sem-fim de grãos limpos 145 transporta o grão limpo lateralmente a um elevador de grãos geralmente disposto verticalmente 151 para transporte para o tanque de grãos 150. Os rejeitos do sistema de limpeza 140 caem para uma calha do sem-fim de rejeitos 147. Os rejeitos são transportados através do sem-fim de rejeitos 147 e sem-fim de retorno 148 para a extremidade a montante do sistema de limpeza 140 para repetição da ação de limpeza. Um par de sem-fins de tanque de grãos 152 na parte inferior do tanque de grãos 150 transporta o grão limpo lateralmente dentro do tanque de grãos 150 para o descarregador 160 para descarga da colheitadeira 100.

[021] A FIG. 2 mostra um sistema transportador exemplificativo 200 apresentado de acordo com a presente divulgação. Um eixo de acionamento 212 é acoplado a pelo menos um circuito de acionamento, ilustrado como uma pluralidade de circuitos de acionamento 230, para girar o(s) circuito(s) de acionamento 230. O eixo de acionamento 212 pode incluir uma pluralidade de rodas dentadas 214, cada uma das quais engata em um respectivo circuito de acionamento 230 que engata uma roda dentada correspondente 215 em um rolete transportador inferior 216. O(s) circuito(s) de acionamento 230 pode(m) ser, por exemplo, uma corrente ou correia. O(s) circuito(s) de acionamento 230 transportam uma pluralidade de pegadores de colheita 232. Quando há múltiplos circuitos de acionamento 230, os circuitos de acionamento 230 podem ser interconectados pelos pegadores de colheita 232, que facilitam o movimento da cultura do campo para a área da debulhadora. A FIG. 3 é uma vista lateral em corte mostrando o deslocamento da colheita sob o sistema transportador 200.

[022] Proporciona-se um batedor de pedra 220 que inclui um rolo batedor giratório 221 e pelo menos uma aleta, ilustrada como uma pluralidade de aletas 222, carregada pelo rolo batedor 221. O batedor de pedra 220 pode ser colocado adjacente a uma parte traseira do alojamento 121, de modo que a corrente do material de colheita entra em contato com uma ou mais aletas rotativas 222 do batedor de pedra 220 para remover pedras e outros objetos sólidos da corrente do material de colheita antes que a corrente do material de colheita entre no sistema de debulha e separação 130. As pedras e outros objetos sólidos podem ser movidos para um reservatório de pedra ou outra área de retenção para remoção.

[023] Em alojamentos de alimentador conhecidos, o batedor de pedras e o eixo de acionamento que gira os circuitos de acionamento são alimentados por uma fonte comum de energia rotacional, como um único eixo rotativo. Embora tal configuração seja eficaz para alimentar ambos os elementos, verificou-se que existem limitações para tal disposição. Por exemplo, é improvável que haja pedras e outros objetos sólidos na corrente de fluxo de colheita ao colher certas culturas, o que torna a rotação do batedor de pedras desnecessária. Girar desnecessariamente o batedor de pedras é um uso ineficiente de energia e pode danificar o material de colheita sem nenhum benefício substancial. Além disso, pode ser desejável alterar a velocidade de rotação do batedor de pedras, que controla quão agressiva é a remoção das pedras e outros objetos sólidos, em resposta a diferentes condições de cultivo. Quando o batedor de pedras e o eixo de acionamento do sistema transportador são alimentados por uma fonte comum de energia rotacional, a alteração da velocidade de rotação do batedor de pedras sem afetar a velocidade de rotação do eixo de acionamento e a taxa de transporte associada do material de colheita requer uma caixa de engrenagens ou construção semelhante que então representa um ponto potencial de falha e manutenção contínua devido ao constante movimento das peças.

[024] Para resolver os problemas descritos anteriores com alojamentos de alimentador conhecidos e referindo-se ainda às FIGS. 1-3, é proporcionado um motor 240 que é acoplado ao rolo batedor 221 e é configurado para girar o rolo batedor 221. O motor 240 é um motor acionado eletricamente ou um motor acionado hidraulicamente. Conforme usado neste documento, o motor 240 é "acionado" eletricamente ou hidraulicamente no sentido de que a energia elétrica ou fluido pressurizado, respectivamente, fazem com que um eixo de saída 241 do motor 240 gire, como é conhecido. Muitos motores acionados eletricamente e motores acionados hidraulicamente são conhecidos, e qualquer motor acionado eletricamente ou hidraulicamente pode ser utilizado de acordo com a presente divulgação.

[025] O motor 240 é acoplado ao rolo batedor 221, de modo que o motor 240 seja configurado para girar o rolo batedor 221 sem girar o eixo de acionamento 212. Por exemplo, o motor 240 pode ser acoplado ao rolo batedor 221 sem ser acoplado ao eixo de acionamento 212. Ao fazer o motor 240 girar o rolo batedor 221 sem girar o eixo de acionamento 212, uma velocidade de rotação do rolo batedor 221 e, portanto, da(s) aleta(s) carregada(s) 222, pode ser controlada pelo controle de uma velocidade de rotação do motor 240, ou seja, uma velocidade de rotação do eixo de saída 241, sem afetar a velocidade de rotação do eixo de acionamento 212. Uma vez que a velocidade de rotação do eixo de acionamento 212 não é afetada por mudanças na velocidade de rotação do motor 240 e do rolo batedor 221, o transporte do material de colheita pelos pegadores de colheita 232 é minimamente, se for, afetado pela alteração da velocidade de rotação do rolo batedor 221. A este respeito, a velocidade de rotação do rolo batedor 221 e o desempenho da remoção de pedra correspondente pode ser ajustado de maneira fácil e conveniente sem afetar a forma como o material de colheita é transportado através do alojamento de alimentador 120 pelo sistema transportador 200.

[026] Em algumas concretizações, o motor 240 está disposto no alojamento 121 do alojamento de alimentador 120 de modo que o motor 240 possa estar próximo ao rolo batedor 221. O motor 240 pode, por exemplo, ser acoplado diretamente ao rolo batedor 221, de modo que a velocidade de rotação do rolo batedor 221 é geralmente igual à velocidade de rotação do eixo de saída 241 do motor 240. Devese considerar que, conforme usado neste documento, o motor 240 pode ser "acoplado diretamente" ao rolo batedor 221 usando um acoplamento, por exemplo, uma junta universal ou outro tipo de acoplamento, desde que a velocidade de rotação do eixo de saída 241 do motor 240 seja geralmente igual à velocidade de rotação do rolo batedor 221. Deve-se observar que pode haver um ligeiro desvio na velocidade de rotação do eixo de saída 241 e do rolo batedor 221 devido a perdas mecânicas no acoplamento, como é conhecido na técnica. O motor 240 pode ser acoplado a um sistema elétrico 190 (ilustrado na FIG. 1) do veículo agrícola 100 se o motor 240 for um motor acionado eletricamente, de modo que o sistema elétrico 190 possa fornecer energia elétrica ao motor 240. Se o motor 240 é um motor acionado hidraulicamente, o motor 240 pode ser acoplado a um sistema hidráulico 191 (ilustrado na FIG. 1) do veículo agrícola 100, de modo que o sistema hidráulico 191 possa fornecer fluido pressurizado para acionar o motor 240. Muitos tipos diferentes de sistemas elétricos e sistemas hidráulicos para veículos agrícolas são conhecidos, e qualquer sistema desse tipo pode ser usado desde que o sistema possa fornecer uma quantidade apropriada de energia elétrica ou fluido pressurizado para acionamento do motor 240.

[027] Em algumas concretizações, proporciona-se um controlador 192 que é acoplado operacionalmente ao motor 240 para que o controlador 192 possa controlar a velocidade de rotação do motor 240, ou seja, controlar a velocidade de rotação do eixo de saída 241. O controlador 192 pode ser acoplado operacionalmente ao motor 240 diretamente ou, em algumas concretizações, indiretamente, através do sistema elétrico 190 ou sistema hidráulico 191. O controlador 192 é configurado para emitir um sinal de velocidade do motor que causa o ajuste da velocidade de rotação do motor 240. Se o controlador 192 está diretamente acoplado operacionalmente ao motor 240, por exemplo, o controlador 192 pode emitir o sinal de velocidade do motor diretamente para o motor 240 para ajustar a velocidade de rotação do motor 240. Ao receber o sinal de velocidade do motor, o motor 240 pode, por exemplo, ajustar sua velocidade de rotação pelo ajuste da quantidade de energia elétrica obtida do sistema elétrico 190, se o motor 240 for um motor acionado eletricamente, ou ajustar uma ou mais válvulas de um sistema de fluxo de fluido do motor 240, se o motor 240 for um motor acionado hidraulicamente. Se o controlador 192 estiver indiretamente acoplado operacionalmente ao motor 240, o controlador 192 pode emitir o sinal de velocidade do motor para o sistema elétrico 190 para ajustar a quantidade de energia elétrica fornecida ao motor 240, se o motor 240 for um motor acionado eletricamente, ou emitir o sinal de velocidade do motor para o sistema hidráulico 191 para ajustar a quantidade de fluido pressurizado fornecido ao motor 240, se o motor 240 for um motor acionado hidraulicamente. Assim, deve-se entender que o controlador 192 pode emitir o sinal de velocidade do motor de várias maneiras para ajustar a velocidade de rotação do motor 240 de acordo com a presente divulgação.

[028] Em algumas concretizações, o controlador 192 é configurado para emitir o sinal de velocidade do motor de forma responsiva para determinar que as condições de colheita mudaram, garantindo uma mudança correspondente na velocidade de rotação do rolo batedor 221 através do ajuste da velocidade de rotação do motor 240. O controlador 192 pode, por exemplo, ser configurado para emitir o sinal de velocidade do motor de forma responsiva para determinar que o fluxo de material de colheita para o alojamento 121, ou seja, uma taxa de fluxo do material de colheita ou condições de material de colheita do material de colheita que flui para o alojamento 121, ou seja, características do material de cultivo em fluxo, como tipo de material de colheita, teor de umidade etc., mudou. Por exemplo, uma taxa de fluxo mais alta do material de colheita no alojamento 121 pode garantir um aumento na velocidade de rotação do rolo batedor 221 para lidar com o fluxo de material de colheita adicional, de modo que o controlador 192 possa emitir o sinal de velocidade do motor para que a velocidade de rotação do motor 240 aumente. Outra condição exemplificativa que pode garantir que o controlador 192 emita o sinal de velocidade do motor é se o material de colheita que flui para o alojamento 121 for um tipo de material de colheita que geralmente não inclui pedras ou outros objetos sólidos no fluxo de material de colheita, de modo que a rotação do rolo batedor 221 é desnecessária. Em tal cenário, o controlador 192 pode ser configurado para emitir um sinal de parada do motor, diretamente para o motor 240 ou de outra forma, de modo que a velocidade de rotação do motor 240 se torne zero, o que fará com que o rolo batedor 221 pare de girar ou fique desengrenado (freewheel) devido ao fluxo de colheita através do rolo batedor 221. Assim, deve-se compreender que o controlador 192 pode emitir o sinal de velocidade do motor e/ou sinal de parada do motor de forma responsiva a uma variedade de diferentes condições de colheita, de modo que o desempenho do batedor de pedra 220 seja apropriado para as condições de colheita.

[029] Pelo exposto, deve-se notar que o motor 240 que gira o rolo batedor 221 sem girar o eixo de acionamento 212 permite o controle preciso do desempenho do batedor de pedra 220 com um efeito mínimo no transporte da colheita através do alojamento de alimentador 120. Tal controle pode ser realizado sem ter que utilizar um acoplamento complexo, como uma caixa de engrenagens, que pode reduzir os custos e a necessidade de manutenção para o alojamento de alimentador 120. Além disso, a velocidade de rotação do motor 240 e a velocidade de rotação correspondente do rolo batedor 221 podem ser ajustadas rapidamente em resposta a várias condições de colheita, o que pode melhorar o desempenho do batedor de pedra 220 em diferentes condições.

[030] Estas e outras vantagens da presente invenção serão evidentes para os técnicos no assunto a partir do relatório descritivo acima. Consequentemente, os técnicos no assunto devem compreender que mudanças ou modificações podem ser feitas nas concretizações descritas acima sem se afastar dos amplos conceitos inventivos da invenção. Deve-se compreender que esta invenção não está limitada às concretizações particulares aqui descritas, mas se destina a incluir todas as alterações e modificações que estão dentro do escopo e espírito da invenção.

Claims (11)

1. Alojamento de alimentador (120) para uma colheitadeira agrícola (100) compreendendo: um alojamento (121); um sistema transportador (200) disposto no alojamento (121), o sistema transportador (200) compreendendo um eixo de acionamento (212), pelo menos um circuito de acionamento (230) acoplado ao eixo de acionamento (212), de modo que a rotação do eixo de acionamento (212) cause a rotação do pelo menos um circuito de acionamento (230) e uma pluralidade de pegadores de colheita (232) acoplados ao pelo menos um circuito de acionamento (230); e um batedor de pedra (220) disposto no alojamento (121) e compreendendo um rolo batedor giratório (221) e pelo menos uma aleta (222) carregada pelo rolo batedor (221); CARACTERIZADO por: um motor (240) acoplado ao rolo batedor (221) e configurado para girar o rolo batedor (221), o motor (240) compreendendo um motor acionado eletricamente ou um motor acionado hidraulicamente, o motor (240) sendo acoplado ao rolo batedor (221), de modo que o motor (240) seja configurado para girar o rolo batedor (221) sem girar o eixo de acionamento (212).
2. Alojamento de alimentador (120), de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo motor (240) não estar acoplado ao eixo de acionamento (212).
3. Alojamento de alimentador (120), de acordo com a reivindicação 1 ou 2, CARACTERIZADO pelo motor (240) estar disposto no alojamento (121).
4. Alojamento de alimentador (120), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, CARACTERIZADO por compreender ainda um controlador (192) acoplado operacionalmente ao motor (240), o controlador (192) sendo configurado para emitir um sinal de velocidade de motor para o motor (240) para ajustar uma velocidade de rotação do motor (240).
5. Alojamento de alimentador (120), de acordo com a reivindicação 4, CARACTERIZADO pelo controlador (192) ser configurado para emitir o sinal de velocidade de motor de forma responsiva para determinar que o fluxo de material de colheita para o alojamento (121) ou condições de material de colheita do material de colheita que flui para o alojamento (121) mudou.
6. Alojamento de alimentador (120), de acordo com a reivindicação 4 ou 5, CARACTERIZADO pelo controlador (192) ser configurado para emitir um sinal de parada de motor para o motor (240) de modo que a velocidade de rotação do motor (240) se torne zero.
7. Alojamento de alimentador (120), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, CARACTERIZADO pelo motor (240) ser acoplado diretamente ao rolo batedor (221).
8. Veículo agrícola (100) CARACTERIZADO por compreender um chassi (101), uma plataforma de corte (110) carregada pelo chassi (101) e compreendendo pelo menos um cortador (111) configurado para cortar o material de colheita, e o alojamento de alimentador (120), definido em qualquer uma das reivindicações anteriores, carregado pelo chassi (101) e configurado para receber material de colheita cortado pela plataforma de corte (110).
9. Veículo agrícola (100), de acordo com a reivindicação 8, CARACTERIZADO por compreender ainda um sistema elétrico (190) configurado para fornecer energia elétrica, em que o motor (240) compreende um motor acionado eletricamente acoplado ao sistema elétrico (190).
10. Veículo agrícola (100), de acordo com a reivindicação 8, CARACTERIZADO por compreender ainda um sistema hidráulico (191) configurado para fornecer fluido pressurizado, em que o motor (240) compreende um motor acionado hidraulicamente acoplado ao sistema hidráulico (191).
11. Veículo agrícola (100), de acordo com qualquer uma das reivindicações 8 a 10, CARACTERIZADO pela plataforma de corte (110) ser acoplada ao alojamento de alimentador (120).

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