BR102022003463A2 - Método de tratamento de cultura da soja e uso de imazaquim - Google Patents

Método de tratamento de cultura da soja e uso de imazaquim Download PDF

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BR102022003463A2
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Humberto Amaral
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Nortox S/A
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Abstract

“MÉTODO DE TRATAMENTO DE CULTURA DA SOJA E USO DE IMAZAQUIM” A presente invenção se refere a um método de tratamento de cultura da soja convencional e/ou soja OGM empregando o herbicida imazaquim quando utilizado na pós emergência da cultura da soja. As plantas-daninhas a serem combatidas são plantas daninhas latifoliadas, como: Ipomea triloba, Commelina benghalensis, Amaranthus hybridus, Bidens pilosa, Spermacoce verticulada e Euphorbya heterophylla.

Description

CAMPO DE APLICAÇÃO
[001] A presente invenção se refere a um método de tratamento de cultura da soja convencional e/ou soja OGM (Organismo Geneticamente Modificado) empregando o herbicida imidazol quando utilizado na pós emergência da cultura da soja.
ESTADO DA TÉCNICA
[002] Atualmente, a soja é a cultura de maior importância agrícola e econômica do Brasil, onde hoje ela ocupa uma área aproximada de 38.508.000 hectares segundo o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) na safra 2020/2021. Além disso, no ano de 2020 o Brasil produziu 126 milhões de toneladas do grão, ocupando assim a 1a posição como produtor global de soja, a frente dos Estados Unidos com 121 milhões de toneladas, e exportamos 84 milhões de toneladas de soja para o mundo, o que corresponde a aproximadamente 50% de todo o comércio da oleaginosa no mundo, atingindo a marca de U$ 30 Bilhões de Dólares Americanos de exportação apenas no ano de 2020.
[003] Todo esse gigantismo da soja em números, principalmente no tamanho de área que a cultura ocupa no Brasil, nos trazem grandes preocupações e problemas fitossanitários, onde as plantas-daninhas são um dos problemas recorrentes em todas as regiões sojicultoras do Brasil, e desta forma seu manejo é de suma importância para o sucesso do produtor rural no campo.
[004] Atualmente estima-se que a soja perca em torno de 20% a 30% em potencial produtivo por problemas de mato competição, onde se destacam plantas-daninhas de difícil controle como Caruru (Amaranthus hybridus), Leitero (Euphorbia heterophylla), Trapoeraba (Commelina benghalensis), Corda-de-viola (Ipomoea triloba) e Picão-preto (Bidens pilosa), que são plantas-daninhas de infestação recorrentes em todas as regiões agrícolas do país, onde algumas plantas daninhas se destacam em diferentes regiões, mas no geral, em mais de 70% das áreas de soja cultivadas no país são citadas problemas com as plantas-daninhas citadas acima.
[005] Além das perdas em produtividade, a infestação por plantas-daninhas em meio a cultura da soja deprecia os grãos por parte destas plantas fazendo com que os mesmos percam qualidade, causando depreciação de valor em sua comercialização, além de dificultar a operação de colheita. Outro ponto muito importante é que estas plantas-daninhas na maioria das vezes podem ser hospedeiras de pragas que causam danos a cultura da soja acarretando maior perda de produtividade potencial.
[006] Diante disso, a utilização do controle químico com herbicidas é uma das ferramentas mais importantes para o manejo das plantas-daninhas na cultura da soja, mantendo o potencial produtivo. Essa ferramenta de controle possibilita o manejo de plantas daninhas sem causar injurias ou fitotoxicidade às culturas agrícolas exploradas, os denominados produtos seletivos.
[007] Dentre estes herbicidas, existe um grupo químico muito conhecido que vem sendo utilizado para controle de plantas-daninhas na cultura da soja desde a década de 80, que são as imidazolinonas, que possuem o mecanismo de ação denominados inibidores da enzima Acetolactase sintase (ALS), e dentre estes herbicidas se destacam os princípios ativos: Imazaquim, Imazetapir, Imazapique, Imazapir e Imazamoxi.
[008] O herbicida Imazaquim vêm sendo utilizado no controle de plantas-daninhas na cultura da soja na aplicação em pré-emergência das plantas-daninhas, e antecedendo a semeadura da soja desde a década de 80 com o registro do produto Scepter® no Brasil pela empresa Cyanamid e que não possui mais registro no Brasil. Atualmente no mercado brasileiro temos registrados junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) 5 produtos comerciais com base nesse ingrediente ativo, sendo eles: Imazaquim Ultra Nortox® - N° Registro 03802 - Nortox S.A.; Soyaquim 700 WG® - N° Registro 05305 - Sumitomo Chemical; Topgan® - N° Registro 04497 - Adama; Topgan 150® - N° Registro 04504 - Adama ; Topgan WG® - N° Registro 09999 - Adama.
[009] No entanto, todos estes produtos possuem apenas indicação de uso como pré- emergentes das plantas-daninhas, e antecedendo a semeadura da soja, diferentemente do presente pedido de patente.
[0010] As plantas daninhas apresentam determinadas características que lhes conferem alta agressividade, entre elas: rápida germinação e crescimento inicial, sistema radicular abundante, grande capacidade de absorver nutrientes e água do solo, alta eficiência no uso da água.
[0011] Além de reduzir a produtividade das culturas, as plantas daninhas podem causar a maturação desuniforme, influenciar negativamente na operação da colheita e servir de hospedeiro para pragas e doenças, representando riscos não só para a soja, mas também para outras culturas em sucessão e rotação. As plantas daninhas também podem, por meio da alelopatia, impedir a germinação e/ou o desenvolvimento de outras espécies indesejáveis e de plantas de interesse comercial (GAZZIERO, D. L. P.; VARGAS, L.; ROMAN, E. S. Manejo e controle de plantas daninhas em soja, 2004).
[0012] As fases do ciclo de vida das plantas apresentam vulnerabilidades diferenciais ao seu controle. Restringir a população de plantas daninhas em vários pontos no ciclo de vida, pelo uso de múltiplas estratégias de controle consiste na essência de um eficaz manejo destas plantas. De acordo com Rizzardi et al. (RIZZARDI, M. A. et al. Interferência de populações de Euphorbia heterophyla e Ipomoea ramosissima isoladas ou em misturas sobre a cultura da soja, 2004), controle de plantas daninhas consiste em suprimir o crescimento e/ou reduzir o número de plantas por áreas até níveis aceitáveis para convivência entre as espécies envolvidas, sem prejuízo para as mesmas”.
[0013] O sinônimo de manejo é controle, e para que isso aconteça, é preciso realizar a análise individual do problema de cada propriedade, para então fazer um planejamento a longo prazo, iniciando com o mapeamento das infestações na área. Os principais métodos de controle são: o preventivo, o cultural, o mecânico, o biológico e o químico (RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. S. Guia de herbicidas. 5. ed., Londrina, 2005).
[0014] O controle químico baseado em herbicidas, deve pressupor o conhecimento dos aspectos positivos e negativos de sua utilização. As vantagens do uso deste controle, é ressaltado conforme Fleck (FLECK, N.G. Princípios do controle de plantas daninhas. Porto Alegre: UFRGS, 1992): método prático, rápido e eficiente de controle; evita a interferência das plantas daninhas em época chuvosa onde a capina é impraticável; reduz danos às raízes e folhas das culturas: reduz danos à estrutura do solo, pela ausência de revolvimento do solo; permite o uso de melhor arranjo de plantas da cultura; permite melhor distribuição da mão de obra dentro da propriedade agrícola; é vantajoso em situações de escassez de mão de obra e/ou por esta ser dispendiosa; pode ser aplicado na fileira das culturas onde não é possível capinar; permite o controle eficiente de espécies perenes e arbustivas; oferece rapidez de controle em grandes áreas; traz benefícios adicionais quando usados como dessecantes ou desfolhantes, como: facilidade de colheita, colheita antecipada e grãos mais secos e limpos.
[0015] É fundamental o controle químico em locais onde ocorre alta infestação de plantas daninhas, baixa disponibilidade de água e nutrientes e o tempo disponível para controle é reduzido, devido ao tamanho da área ou à falta de equipamento com alto desempenho. Em grandes plantações de soja, o controle químico é o método mais empregado, devido à agilidade e à eficiência (GAZZIERO, D. L. P.; VARGAS, L.; ROMAN, E. S. Manejo e controle de plantas daninhas em soja, 2004).
[0016] Os agricultores que usam o método químico devem estar atentos para as interações que há entre a variedade que está sendo usada e o herbicida a ser aplicado, pois algumas cultivares são mais sensíveis do que outras a determinados herbicidas (EMBRAPA, 2006 - http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/do/p do62 8.htm).
[0017] Herbicidas pós-emergentes quando aplicados com menores volumes de calda podem controlar efetivamente plantas daninhas suscetíveis, quando utilizados em plantas jovens e sob condições ambientais favoráveis, além de diminuir custos operacionais.
[0018] Os produtos aplicados em pós-emergência também apresentam algumas exigências para serem eficazes. Incluem o estádio de desenvolvimento da planta daninha e as condições de aplicação (umidade relativa do ar, velocidade do vento, temperatura do ar), entre outros (BUZATTI, W. J. S. Controle de plantas daninhas no sistema plantio direto na palha. In: PAULETTI, V.; SEGANFREDO, R. Plantio direto: atualização tecnológica. São Paulo: Fundação Cargill/Fundação ABC, 1999).
[0019] Nas aplicações em pós-emergência, as plantas daninhas encontram-se emergidas, mas a cultura nem sempre. A idade das plantas daninhas quando da aplicação em pós- emergência é muito importante para a eficiência deste tipo de aplicação. As aplicações normalmente são feitas em fases precoces do desenvolvimento das invasoras. Aplicações em pós tardia (plantas adultas) muitas vezes são necessárias, como, por exemplo, na dessecação de lavouras antes da colheita ou na operação de manejo das plantas daninhas em áreas de semeadura direta. Em função do estádio de desenvolvimento avançado das plantas, doses mais elevadas ou produtos sistêmicos são usados nestas situações. Exemplos de herbicidas cuja aplicação é feita em pós-emergência são sethoxydim, glyphosate, bentazon, lactofen e ioxynil (OLIVEIRA JÚNIOR, R. S.; CONSTANTIN, J.; INOUE, M. H. (Ed.). Biologia e manejo de plantas daninhas. Curitiba: Omnipax, 2011.).
[0020] Quando há uma diversidade de plantas daninhas de folhas largas, normalmente utilizam-se misturas de herbicidas, aumentando o espectro de controle das plantas daninhas e também a eficácia de alguns produtos, denominadas misturas tríplices. A escolha dos produtos, bem como a dose a ser utilizada, depende da espécie, grau de infestação, estágio de desenvolvimento das espécies infestantes, preço do produto, etc. No entanto, somente as misturas comerciais possuem respaldo técnico (CORREIA, N. M. Palhadas de sorgo associadas ao herbicida imazamox no controle de plantas daninhas e no desenvolvimento da cultura da soja em sucessão. 2002).
[0021] De modo geral, uma característica primordial destes compostos químicos é sua adequada seletividade à cultura, pois a aplicação é realizada quando as plantas daninhas e a cultura encontram-se já emergidas (FLECK, N.G. Princípios do controle de plantas daninhas. Porto Alegre: UFRGS, 1992).
[0022] Os efeitos da aplicação de herbicidas nas culturas não se restringem a percepções visuais (RIZZARDI, M. A.; FLECK, N. G.; AGOSTINETTO, D.; BALBINOT JR. A. A. Ação de herbicidas sobre mecanismos de defesa das plantas aos patógenos. Ciência Rural, v. 33, n. 5, p. 957-965, 2003) como a fitotoxicidade (CORREIA, N. M.; DURIGAN, J. C.; ESPANHOL, M. Manejo de plantas daninhas em soja geneticamente modificada tolerante ao glyphosate. Pesquisa Agropecuária Tropical, v. 41, n. 2, p. 242-247, 2011), alteração nos componentes de produtividade (NETO, M. E. F.; PITELLI, R. A.; BASILE E, A. G.; TIMOSSI, P. C. Seletividade de herbicidas pós emergentes aplicados na soja geneticamente modificada. Planta Daninha, v. 27, n. 2, p. 345-352, 2009), e redução da qualidade fisiológica das sementes (CONCENÇO, G.; SILVA, da A. F.; ASPIAZÚ, I.; GALON, L.; FERREIRA, E. A.; SILVA, da A. A.; FERREIRA, F. A. Germinação e crescimento inicial de soja em função de níveis de infestação e períodos de competição com as plantas daninhas. Revista Trópica - Ciências Agrárias e Biológicas, v. 3, n. 1, p. 21-27, 2009). Com a aplicação de herbicidas sobre as culturas, efeitos secundários ocorrem nestas, em função da interação dos herbicidas que atingiram as plantas. A utilização de herbicidas nas plantas é considerada um fator ambiental xenobiótico capaz de limitar a produtividade vegetal e a produtividade dos cultivos em decorrência de causar estresse oxidativo nas plantas (MOLDES, C. A. Respostas de enzimas antioxidantes à aplicação do herbicida glifosato em variedades de soja transgênica e não transgênica. 2006). Em função da ocorrência de estresse, as plantas acentuam a produção de espécies reativas de oxigênio como: radicais hidroxila (OH), radicais superóxido (O2 -) e peróxido de hidrogênio (H2O2). As espécies reativas de oxigênio podem causar danos ao DNA, as clorofilas e proteínas, além de induzirem a peroxidação lipídica (MITTOVA, V.; VOLOKITA, M.; GUY, M.; TAL, M. Activities of SOD and the ascorbate glutathione cycle enzymes in sub cellular compartments in leaves and roots of the cultivated tomato and its wild salttolerant relative Lycopersicon pennellii. Plant Physiology, v. 110, n. 1, p. 42-51, 2000.) Para reduzir os danos ocasionados pelo estresse oxidativo, as plantas desenvolveram mecanismos como: enrolamento da folha através de adaptações anatômicas; estômatos escondidos sob estruturas especializadas; adaptações fisiológicas como as plantas C4 ou CAM (MITTLER, R. Oxidative stress, antioxidants and stress tolerance. Trends in Plant Science, v. 7, n. 9, p. 405-410, 2002.); e, sistemas de proteção baseados em uma série de enzimas, entre elas superóxido dismutase (SOD), ascorbato peroxidase (APX) e catalase (CAT) (DROGE, W. Free radicals in the physiological control of cell function. Physiological Reviews, v. 82, n. 1, p. 47-95, 2002). A SOD, APX e CAT são substâncias que mesmo em baixas concentrações (HALLIWELL, B.; GUTTERIDGE, J. M. C. Free radicals in biology and Medicine. 2 nd ed. Oxford: Claredon, 1989, 496 p.), apresentam a capacidade de desintoxicar as EROs das células (SOUZA, R. C. de. Aspectos fisiológicos e bioquímicos de Emilia coccínea (Sims) F. Don e Digitaria horizontalis Willd. Submetidas à mistura de clomazone + ametrina. 2009).
[0023] Os estádios iniciais de desenvolvimento das plantas daninhas são os mais suscetíveis à ação dos herbicidas de pós-emergência e, portanto, devem ser as épocas preferenciais de tratamento. A técnica da aplicação precoce (entre duas e quatro folhas) permite, inclusive, o uso de doses reduzidas (RODRIGUES, Benedito Noedi; ALMEIDA, Fernando Sousa de.Guia de herbicidas. 6 ed. Londrina, 2011).
[0024] O uso de herbicidas que apresentam diferentes mecanismos de ação, além de aumentar o espectro e/ou melhorar a eficácia de controle, pode prevenir o surgimento de biótipos resistentes. Vários trabalhos já comprovaram a melhor eficácia de tratamentos que associaram glyphosate com outros herbicidas, entre eles o chlorimuron-ethyl e imazethapyr.
[0025] Hoje, no mercado brasileiro existem apenas 5 ingredientes ativos disponíveis como opção de herbicidas seletivos a cultura da soja, e eficientes no controle em pós-emergência de plantas-daninhas latifoliadas, e pertencentes a apenas 2 modos de ação diferentes, os quais listamos abaixo:
[0026] Inibidores da enzima Acetolactase sintase (ALS) - Clorasulan: É herbicida do grupo químico sulfoanilida, registrado para a cultura de soja no controle de espécies folhas largas em pós-emergência. Esse herbicida age inibindo a enzima ALS, que, em consequência, bloqueia a síntese dos aminoácidos valina, leucina e isoleucina. É absorvido principalmente pelas folhas e possui ação sistêmica. O cloransulam tem metabolismo rápido em espécies tolerantes como soja. As plantas daninhas, no momento da aplicação, devem estar com adequado vigor vegetativo, evitando-se períodos de estiagem e umidade relativa do ar inferior a 60%. Os sintomas, que se tornam evidentes uma a duas semanas após a aplicação, incluem paralisação do crescimento, amarelecimento dos meristemas e redução do sistema radicular, com as raízes secundárias apresentando-se uniformemente curtas e engrossadas.
[0027] É recomendado nas doses de 30 a 40 g i.a. ha-1, controlando essencialmente plantas daninhas anuais dicotiledôneas, sendo mais efetivo quando essas se encontram na fase inicial de crescimento (2 a 4 folhas). Entre as espécies sensíveis destacam-se corda-de-viola, picão-preto, trapoeraba e guanxuma, entre outras. Para se obter a máxima atividade desse produto é necessário adicionar adjuvante não iônico na calda herbicida. Apesar de ser um herbicida pós-emergente, também possui considerável ação de solo.
[0028] Apresenta solubilidade em água de 184 ppm a pH 7,0 e de 3 ppm a pH 5,0, pka = 4,81, kow de 1,12 e koc não conhecido. A meia-vida do cloransulam está entre 10 e 28 dias, dependendo das condições de clima e solo. Já foram identificados biótipos de picão-preto (Bidens pilosa) e leiteiro (Euphorbia heterophylla) resistentes aos herbicidas inibidores da ALS.
[0029] Imazetapir: É herbicida que pertence ao grupo químico imidazolinona e age inibindo a enzima ALS, resultando no bloqueio da síntese dos aminoácidos valina, leucina e isoleucina. É registrado no Brasil para uso na cultura de soja, no controle de plantas daninhas folhas largas e estreitas em pós-emergência. Recomenda-se a aplicação em pós- emergência precoce, estando as dicotiledôneas entre o estádio cotiledonar e quatro folhas e as monocotiledôneas entre uma e quatro folhas, o que geralmente acontece entre cinco e 15 dias após a semeadura de soja. Deve ser aplicado com as plantas daninhas em adequado estado de vigor vegetativo, evitando-se períodos de estiagem, horas de muito calor e umidade relativa do ar inferior a 60%.
[0030] O Imazetapir é herbicida sistêmico, absorvido pelas folhas e raízes. Os sintomas, que se tornam evidente uma a duas semanas após a aplicação, incluem paralisação do crescimento, amarelecimento dos meristemas e redução do sistema radicular, com as raízes secundárias apresentando-se uniformemente curtas e engrossadas.
[0031] A dose recomendada é de 100 g i.a. ha-1, controlando com eficiência diversas espécies de planta daninha. Entre as folhas largas destacam-se leiteiro, picão-preto, guanxuma e trapoeraba, e entre as gramíneas destacam-se capim-marmelada, capim- carrapicho e capim-colchão. É incompatível com graminicidas pós-emergentes, mas pode ser associado com a maioria dos latifolicidas pós-emergentes, como chlorimuron-ethyl, lactofen e bentazon.
[0032] Apresenta solubilidade em água de 1.400 ppm a 25oC e pH 7,0, pka = 3,9 e kow = 11 a pH 5,0, 31 a pH 7,0 e 16 a pH 9,0. É fracamente adsorvido em solo com pH elevado, todavia, esta adsorção aumenta em pH baixo, sendo também pouco lixiviado. Apresenta lenta degradação no solo (meia-vida de 60 dias), podendo causar toxicidade a algumas culturas de inverno que forem cultivadas em sucessão à soja tratada com esse herbicida. Milho e sorgo são muito sensíveis a resíduos de imazethapyr no solo. Existem biótipos de Bidens pilosa e Euphorbia heterophylla resistentes aos inibidores da ALS no Brasil (Ponchio, 1997; Vargas et al., 1999).
[0033] Clorimurom: É herbicida do grupo químico sulfoniluréia, que age inibindo a enzima ALS, bloqueando a síntese dos aminoácidos valina, leucina e isoleucina. No Brasil, encontra- se registrado para as culturas do café, citros, eucalipto, pinus e soja, sendo usado em pós- emergência para controle de espécies de folhas largas em estádios iniciais de desenvolvimento. É absorvido principalmente pelas folhas e translocado via xilema e floema. Possui metabolismo pelas plantas através da hidrólise. As plantas daninhas, no momento da aplicação, devem estar com adequado vigor vegetativo, evitando-se períodos de estiagem e umidade relativa do ar inferior a 60%. Os sintomas, que se tornam evidentes uma a duas semanas após a aplicação, incluem paralisação do crescimento, amarelecimento dos meristemas e redução do sistema radicular, com as raízes secundárias apresentando- se uniformemente curtas e engrossadas.
[0034] É recomendado nas doses de 15 a 20 g i.a. ha-1. Controla essencialmente plantas daninhas anuais dicotiledôneas, sendo mais efetivo quando essas se encontram na fase inicial de crescimento (até 6 folhas). Entre as espécies sensíveis encontram-se Desmodium tortuosum, Acathospermum australe, Ipomoea grandifolia, Bidens pilosa, além de outras. É comum misturá-lo com outros herbicidas como imazethapyr, fomesafen e lactofen, para controle de dicotiledôneas em soja, porém não deve ser associado com graminicidas. Apresenta solubilidade em água de 11 ppm a pH 5,0 e de 450 a pH 6,5 a 25oC, pka = 4,2, kow de 320 a pH 5,0 e 2,3 a pH 7,0 e koc médio de 110 mL/g de solo a pH 7,0. No solo apresenta adsorção e lixiviação moderada e meia-vida de 40 dias. A persistência é maior em solos com pH elevado; em solos ácidos e com clima quente, a persistência é baixa. Manter intervalo de 60 dias entre a aplicação do chorimuron-ethyl e a semeadura de trigo, milho, feijão ou algodão. Para as outras culturas fazer antes um bioensaio. Já foram identificados biótipos de picão-preto (Bidens pilosa) e leiteiro (Euphorbia heterophylla) resistentes aos herbicidas inibidores da ALS.
[0035] Inibidores da enzima Protoporfirina oxidase (PROTOX) - Fomesafen: É herbicida do grupo químico difeniléteres, cujo mecanismo de ação é a inibição da enzima PROTOX. É registrado no Brasil para controlar em pós-emergência precoce (2-4 folhas) as plantas daninhas de folhas largas nas culturas de algodão, soja e feijão. A aplicação do fomesafen ocorre geralmente de 20 a 30 dias após a emergência da cultura. Deve ser aplicado com as plantas daninhas em adequado estado de vigor vegetativo, evitando-se períodos de estiagem, horas de muito calor e umidade relativa do ar inferior a 60%. Recomenda-se adicionar espalhante adesivo à calda herbicida na concentração de 0,2% v/v.
[0036] É absorvido pelas folhas e pouco pelas raízes. Apresenta translocação via xilema. Requer uma hora sem ocorrência de chuva após a aplicação para assegurar a absorção pelas plantas daninhas. Os primeiros sintomas desse herbicida são manchas verde-escuras nas folhas, que progridem para necrose em um a dois dias. A cultura de soja metaboliza a molécula do fomesafen, porém pode ocorrer clorose das folhas após a aplicação desse herbicida, que desaparece aproximadamente 15 dias depois do tratamento.
[0037] O Fomesafen é recomendado nas doses de 225 a 250 g i.a. ha-1, controlando grande número de espécies de folhas largas anuais, entre elas carrapicho-rasteiro, caruru, leiteiro, picão-preto, trapoeraba, joá-de-capote, beldroega, nabo e corda-de-viola. É comum ser utilizado associado com o fluazifop-p-butil e sethoxydim para o controle em pós-emergência de plantas daninhas dicotiledôneas e gramíneas.
[0038] Apresenta solubilidade em água de 600.000 ppm a 25oC, pka=2,7 a 20oC, kow=794 a pH 1,0 e koc médio de 60 mL/g de solo. Adsorção e lixiviação sem informação. Possui persistência elevada na dose recomendada, com meia-vida de 100 dias. Deve-se observar um intervalo mínimo de 150 dias entre a aplicação do fomesafen e a semeadura de milho ou sorgo. Não existem relatos de plantas daninhas resistentes a esse herbicida.
[0039] Lactofen: É herbicida do grupo químico difeniléteres, cujo mecanismo de ação é a inibição da enzima PROTOX. É registrado no Brasil para controlar plantas daninhas folhas largas na cultura de soja em pós-emergência. No momento da aplicação a soja deve estar no estádio de dois a três trifólios e as plantas daninhas com duas a seis folhas. A aplicação deve ser feita com as plantas daninhas em adequado estado de vigor vegetativo, evitando- se períodos de estiagem, horas de muito calor e umidade relativa do ar inferior a 60%. Não adicionar adjuvante, pois este reduz a seletividade para soja.
[0040] É absorvido pelas folhas e pouco pelas raízes. Apresenta translocação muito baixa, atuando por contato. Requer uma hora sem ocorrência de chuva após a aplicação para assegurar a absorção pelas plantas daninhas. Os primeiros sintomas desse herbicida são manchas verde-escuras nas folhas, que progridem para necrose em um a dois dias. O lactofen provoca fortes sintomas de toxicidade à cultura de soja, como clorose e necrose foliar e redução de crescimento, mas a cultura se recupera, sem prejuízo ao rendimento.
[0041] É recomendado nas doses de 150 a 180 g i.a. ha-1, controlando grande número de espécies de folhas largas anuais, incluindo algumas espécies problemas, como leiteiro, guanxuma, trapoeraba e corda-de-viola, além de outras.
[0042] É comum ser utilizado em associação com outros herbicidas, visando aumentar o espectro de controle de plantas daninhas de folhas largas, também quando a infestação do terreno inclui espécies que lhe são tolerantes.
[0043] Apresenta solubilidade em água de 0,1 ppm a 22oC, pka = zero, kow não disponível e koc médio de 10.000 mL/g de solo. É fortemente adsorvido pelos colóides orgânicos e minerais, apresentando muito baixa lixiviação no perfil do solo. A sua persistência é baixa, apresentando meia-vida de três dias. O lactofen é dissipado no solo em menos de sete dias e perde sua atividade em menos de três semanas, não afetando as culturas em sucessão. Não há relatos de plantas daninhas resistentes a esse herbicida.
[0044] Dessa forma, o agricultor fica restrito apenas a estes para o controle de plantas- daninhas latifoliadas em pós-emergência e seletivo a cultura da soja, salientando que estes herbicidas sempre são aplicados junto ao herbicida Glifosato na soja geneticamente modificada, porém, hoje diversas plantas-daninhas possuem resistência ao herbicida Glifosato.
[0045] Atualmente, 239 espécies de plantas daninhas são reconhecidas como sendo resistentes ao glyphosate, sendo que, estas ocorrem em regiões produtoras de todo o mundo. No Brasil existem seis espécies de plantas daninhas resistentes ao mecanismo de ação do herbicida glyphosate, sendo elas: Lolium perene ssp. multiflorum, Conyza bonariensis, Conyza canadensis, Conyza sumatrensis, Digitaria insularis e Chloris elata.
[0046] Nesse contexto, o Imazaquim entrando como mais uma opção de ingrediente ativo diferente para utilização em pós-emergência inicial das plantas-daninhas latifolicidas, e seletivo para cultura da soja será uma ferramenta técnica de extrema importância ao produtor rural brasileiro, além de ser uma molécula já conhecida pelo mesmo e com um excelente custo-benefício para o sojicultor.
[0047] O homem da técnica já conhece o emprego de imazaquim no combate às ervas daninhas em cultura de soja, mas sempre como herbicida aplicado em pré-emergência das plantas-daninhas e da cultura da soja, na modalidade de aplicação plante/aplique ou aplique/plante.
[0048] O documento PI 9913640 ensina composição para o combate de plantas daninhas em soja, que consistem em mutantes tolerantes ou resistentes ou em plantas de soja transgênicas, são adequadas combinações de herbicidas (A) + (B), eventualmente em presença de safeners, com um teor ativo de (A) herbicidas com amplo espectro de eficácia a partir do grupo (A1) (sais de) glufosinato e compostos parentais; (A2) (sais de) glifosato e compostos parentais, tal como sulfosato; (A3) imidazolinonas, tais como imazetapir, imazapir, imazaquin, imazamox ou seus sais; e (A4) azóis herbicidas a partir do grupo das substâncias inibidoras da proto-porfirinogênio-oxidase (PPO); e (B) um ou mais herbicidas a partir do grupo, que consiste em (B0) um ou mais herbicidas estruturalmente diferentes a partir do mencionado grupo (A) e/ou (B1) herbicidas seletivamente ativos em soja contra plantas daninhas monocotiledóneas e preponderantemente dicotiledóneas, com ação nas folhas e/ou com ação no solo (ação residual) ou (B2) herbicidas seletivamente ativos em soja contra plantas daninhas dicotiledóneas ou (B3) herbicidas seletivamente ativos em soja contra plantas daninhas monocotiledóneas, com ação nas folhas e com ação no solo ou (B4) herbicidas seletivamente em soja ativos contra plantas daninhas monocotiledóneas e dicotiledóneas, com ação nas folhas, com ação nas folhas ou (B5) herbicidas não seletivos, utilizáveis em soja para finalidades específicas, tais como (sais de paraquat) ou herbicidas a partir de mais do que um dos grupos (B0) até (B5), e as culturas de soja são tolerantes com relação aos herbicidas (A) e (B) contidos na combinação, eventualmente em presença de safeners.
[0049] WO 9835559 ensina uma composição herbicida para tratamento foliar que contém como ingredientes ativos, (a) um composto de fórmula geral (1) em que R é alquil, cicloalquil, alquenil, dimetilamino ou dietilamino; e (b) um composto selecionado a partir do grupo que consiste em imazethapyr ou um sal do mesmo, imazaquin ou um sal do mesmo, imazamox ou um sal do mesmo, acifluorfen-sodium, lactofen, fomesafen, clethodim, setoxidim, fenoxaprop-P-etil, fluazifop- P-butil e quizalofop-P-etil. A composição herbicida é útil para o controle eficaz de uma ampla variedade de ervas daninhas em campos de terras altas, particularmente em campos de soja.
[0050] O documento EP 01816228 ensina uma composição herbicida que compreende como ingredientes ativos: (a) 2-(4-cloro-2-fluoro-5-n-pentiloxicarbonilmetoxifenil)-4,5,6,7- tetrahidro-2H-isoindol-1,3- diona e (b) pelo menos um de metil 5- (2-cloro-4 trifluorometilfenoxi)-2-nitroacetofenonaoxima-O-acetato (PPG-1013), 1-(carboetoxi) etil 5- [2-cloro-4- trifluorometil) fenil] -2-nitrobenzoato (lactofen) e ácido 2- [4,5-dihidro-4-metil- 3- (1-metiletil)-5-oxo-1H-imidazol-2-il]-3-quinolinocarboxílico (imazaquin), e um veículo ou diluente inerte.
[0051] O documento EP 0531970 ensina uma composição herbicida compreendendo como ingredientes ativos uma quantidade herbicidamente eficaz de: (a) um composto de iminotiazolina; e (b) pelo menos um dos compostos herbicidas de triazina, compostos herbicidas de uracila, compostos herbicidas de ureia, compostos herbicidas de dinitroanilina, norflurazon, dimetazon, imazaquin e imazetapia.
[0052] O documento JP 4035874 ensina uma composição herbicida capaz de remover ervas daninhas seletivamente em ampla faixa, especialmente no campo da soja, incluindo um derivado de éster de ácido fenoxiacético específico e um tipo de herbicida entre imazethapyr, imazaquin e imazamox.
[0053] O documento CN106035377 divulga uma microemulsão para remoção de ervas daninhas de soja e um método de preparação da mesma. A microemulsão de remoção de ervas daninhas de soja é preparada com 10 a 30 partes de sal de isopropilamina de glifosato, 10 a 20 partes de sulfentrazona, 10 a 20 partes de sal de sódio de dioctil sulfosuccinato, 7 a 12 partes de glicerol, 7 a 15 partes de imazaquin, 10 a 20 partes de agentes tensoativos, 5 a 12 partes de ácido fúlvico, 10 a 15 partes de quitina, 10 a 15 partes de haloxifop-R- metil, 5 a 10 partes de agentes antiespumantes e 1 a 3 partes de conservantes.
[0054] O documento US2014031213 propõe uma composição herbicida compreendendo um composto de fórmula (I) exemplificado como o florpirauxifen-benzil ou derivado de ácido 4- amino-3-cloro-5-fluoro-6- (4-cloro-2-fluoro-3-metoxifenil) piridina-2-carboxílico e (b) uma imidazolinona, e cita uso do imazaquin para controle em pré-plantio da soja, em pré- emergência ou pós-emergência inicial de ervas daninhas de folha larga.
[0055] O documento EP2327305 propõe um método de controle de plantas prejudiciais em cultura de soja, caracterizado pelo fato de que compreende a aplicação conjunta ou separada em pré-emergência, pós-emergência ou pré e pós-emergência às plantas, partes das plantas, sementes das plantas ou à área sob cultivo de uma quantidade sinérgica eficaz de uma combinação herbicida que compreende: (A) é um composto de fórmula (A) que pode estar associado a um número muito grande de herbicidas, incluindo o imazaquim, sendo que o composto (A) preferencial é um glufosinato de amônio. Ressaltando que é um composto que não pode ser aplicado no pós-emergência da soja.
[0056] O documento US2008318781 propõe um método de controle de ervas daninhas em culturas selecionadas do grupo que consiste em soja, algodão, canola, linho, lentilha, arroz, beterraba sacarina, girassóis, tabaco, trigo e milho, em que o método inclui a aplicação de uma quantidade eficaz de uma 3-feniluracil de fórmula I, ou um sal agricolamente aceitável do mesmo para as colheitas ou ervas daninhas ou o habitat das colheitas ou ervas daninhas. O 3-feniluracil é opcionalmente aplicado em combinação com um ou mais outros herbicidas B e/ou opcionalmente em combinação com um ou mais fitoprotetores C, sendo aplicado no pré-plantio até a pré-emergência. O 3-feniluracil pode também ser aplicado no pré-plantio ou pré-emergência seguido por um ou mais tratamentos com um ou mais outros herbicidas B na pós-emergência das ervas daninhas.
Efeitos vantajosos da invenção
[0057] Segundo a invenção, o herbicida é utilizado também em pós-emergência inicial das plantas-daninhas, e após a semeadura da soja, apresentando alta eficiência no controle de plantas-daninhas latifoliadas e seletividade para cultura da soja como demonstrado na breve descrição das figuras em anexo.
[0058] É herbicida sistêmico, absorvido pelas folhas e raízes. Os sintomas, que se tornam evidentes em uma a duas semanas após a aplicação, incluem paralisação do crescimento, amarelecimento dos meristemas e redução do sistema radicular, com as raízes secundárias apresentando-se uniformemente curtas e engrossadas.
[0059] A dose recomendada pelo mercado até então é de 150 gramas de ingrediente ativo por hectare, controlando essencialmente plantas daninhas dicotiledôneas, com destaque para leiteiro, guanxuma e corda-de-viola.
Solução para o problema
[0060] A Nortox S.A tem desenvolvido vários estudos com a formulação melhorada do produto Imazaquim e em função da dinâmica atual da cultura da soja e das plantas- daninhas, onde temos cultivares cada vez mais precoces, mais adaptadas, que fecham a entrelinha da cultura cada vez mais cedo e plantas-daninhas cada vez mais selecionadas devido à alta frequência de utilização de poucos ingredientes ativos no manejo. A presente invenção utilizando a modalidade de aplicação em pós-emergência inicial das plantas- daninhas e da cultura da soja, na dose de 0,6 a 0,8 litros por hectare do produto compreendendo Imazaquim, que corresponde entre 90 a 120 gramas de ingrediente ativo imazquim por hectare, ou seja, uma redução 20 e 40% de ingrediente ativo por hectare da utilização atual conhecida do homem da técnica, ou seja, da aplicação em pré-emergência. Este posicionamento proporciona alta eficiência no controle das plantas-daninhas, seletividade para cultura da soja, menor contaminação do meio-ambiente e economicamente mais viável ao sojicultor brasileiro.
OBJETIVOS DA INVENÇÃO
[0061] Foi desenvolvida nova modalidade de aplicação do produto Imazaquim para controle de plantas daninhas latifoliadas. A nova modalidade refere-se a aplicação em pós- emergência da cultura da soja e das plantas-daninhas e objetivou excelente controle das plantas daninhas, alta seletividade à cultura da soja e menor contaminação do meio ambiente devido à redução da quantidade de ingrediente ativo utilizada.
[0062] BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[0063] As figuras a seguir ilustram a invenção sobre diversos aspectos:
[0064] A Figura 1 apresenta a avaliação eficiência de Imazaquim Ultra Nortox no controle de Ipomoea triloba em pós-emergência da planta-daninha e da cultura da soja. Uberlândia/MG, Safra 2020/2021.
[0065] A Figura 2 apresenta a avaliação da eficiência de Imazaquim Ultra Nortox no controle de Bidens pilosa em pós-emergência da planta-daninha e da cultura da soja. Uberlândia/MG, Safra 2020/2021.
[0066] A Figura 3 apresenta a avaliação da eficiência de Imazaquim Ultra Nortox no controle de Euphorbia heterophylla em pós-emergência da planta-daninha e da cultura da soja. Londrina/PR, Safra 2020/2021.
[0067] A Figura 4 apresenta a avaliação da eficiência de Imazaquim Ultra Nortox no controle de Commelina benghalensis em pós-emergência da planta-daninha e da cultura da soja. Londrina/PR, Safra 2020/2021.
[0068] A Figura 5 apresenta a avaliação da eficiência de Imazaquim Ultra Nortox no controle de Amaranthus hybridus em pós-emergência da planta-daninha e da cultura da soja. Londrina/PR, Safra 2020/2021.
[0069] A Figura 6 apresenta a avaliaçãoavaliação de fitotoxicidade visual na cultura da soja após a aplicação de Imazaquim Ultra Nortox. Londrina/PR, Safra 2020/2021.
[0070] A Figura 7 apresenta a avalição de fitotoxicidade através da produtividade final na cultura da soja após a aplicação de Imazaquim Ultra Nortox. Londrina/PR, Safra 2020/2021.
[0071] A Figura 8 apresenta a avaliação de fitotoxicidade visual na cultura da soja após a aplicação de Imazaquim Ultra Nortox. Uberlândia/MG, Safra 2020/2021.
[0072] A Figura 9 apresenta a avaliação de fitotoxicidade através da produtividade final na cultura da soja após a aplicação de Imazaquim Ultra Nortox. Uberlândia/MG, Safra 2020/2021.
DESCRIÇÃO RESUMIDA
[0073] A presente invenção trata de um método de tratamento e uso do herbicida Imazaquim na cultura da soja convencional e/ou soja OGM, empregando o herbicida imazaquim na pós-emergência da cultura da soja.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[0074] O método de tratamento segundo a invenção utiliza imazaquim na cultura da soja, de forma totalmente inédita, segundo o qual o imazaquim é utilizado em pós-emergência da cultura da soja, onde hoje existe uma carência de opções de herbicidas para o manejo de plantas-daninhas latifoliadas em pós-emergência e seletivos a cultura da soja. Além disso, o imazaquim que era utilizado apenas antes da semeadura da soja numa dose padrão de 150 g i.a./ha, segundo a presente invenção aplica-se uma quantidade mais reduzida de 120 a 90 g i.a./ha de imazaquim, possibilitando assim pelo agricultor a semeadura de milho logo após a colheita da soja, o que era inviável nas doses e forma de utilização anterior.
[0075] Além de ser uma nova opção de ingrediente ativo para o manejo em pós-emergência de latifoliadas da cultura da soja, um novo ingrediente ativo é de suma importância para rotação de mecanismos de ação, auxiliando no manejo da resistência das plantas-daninhas a herbicidas. A pesquisa científica já identificou inúmeras plantas-daninhas com resistência a um determinado grupo químico, e até a mais de um grupo químico, conhecido como resistência múltipla. A alta exposição destas plantas-daninhas ao mesmo herbicida mais de uma vez por ciclo da cultura, e por vários anos seguidos, selecionaram plantas-daninhas mais adaptadas e tolerantes aos herbicidas utilizados, trazendo assim mais dificuldade no manejo de plantas-daninhas e maiores prejuízos ao sojicultor brasileiro.
[0076] Deve-se também considerar o aspecto econômico ao produtor rural, já que o herbicida imazaquim é um herbicida genérico, amplamente conhecido e utilizado no mercado brasileiro em pré-emergência, onde essa nova modalidade de aplicação em pós- emergência resultará em uma boa eficiência no controle das plantas-daninhas na cultura da soja com um custo menor do que se têm hoje no mercado de latifolicidas pós-emergentes.
[0077] O imazaquin presenta solubilidade em água de 160.000 ppm a 20oC e pH 7,0, pka = 3,8, kow = 2,2 a 22oC e koc médio de 20 mL/g de solo. É fracamente adsorvido em solo com pH elevado, todavia, esta adsorção aumenta em pH baixo. Sua persistência no solo é elevada (meia-vida de sete meses), podendo afetar culturas de inverno que seguem à de soja tratada com o produto. O milho é muito sensível a resíduos de imazaquin no solo, exigindo intervalo de segurança de 300 dias após sua aplicação, não sendo recomendável cultivá-lo na modalidade de "milho-safrinha" no mesmo ano agrícola de soja em alguns tipos de solo. Existem biótipos de Bidens pilosa e Euphorbia heterophylla resistentes aos inibidores da ALS no Brasil. Estudo realizado pela requerente empregando 0,6 L/hectare de Imazaquim Ultra Nortox aplicado em pós-emergência das plantas-daninhas e após a emergência da cultura da soja, nesta dose e modalidade de aplicação mostrou não apresentar fitotoxidez na cultura do milho 2a safra semeado em sucessão a cultura da soja.
[0078] A presente invenção trata de um método de tratamento com aplicação do herbicida imazaquim na cultura de soja convencional e/ou OGM, na pós-emergência da cultura de soja.
Plantas-daninhas
[0079] As plantas-daninhas a serem combatidas são plantas daninhas latifoliadas, como por exemplo: Ipomea triloba, Commelina benghalensis, Amaranthus hybridus, Bidens pilosa, Spermacoce verticulada e Euphorbya heterophylla. Particularmente o método de tratamento de cultura de soja segundo a invenção é eficaz para o combate às plantas-daninhas: Ipomea triloba, Commelina benghalensis, Amaranthus hybridus e Bidens pilosa.
O princípo ativo
[0080] O método segundo a invenção emprega-se o herbicida imazaquim na quantidade de 0,001 a 150 g i.a./ha de imazaquim, preferencialmente 90 a 120 g de i.a./ha de imazaquim aplicado na partir da pós-emergência da cultura da soja, até 60 dias, preferencialmente até 40 dias da emergência da cultura de soja.
Composição compreendendo imazaquim
[0081] O imazaquim pode ser aplicado na forma de uma composição, estável e eficiente, que siga rigorosamente os padrões de qualidade e segurança exigidos pela legislação brasileira. A composição pode se apresentar na forma de um concentrado solúvel (SL).
[0082] A composição a ser empregada no método de tratamento de cultura de soja convencional e/ou OGM, na forma de um concentrado solúvel (SL) compreende de 100 a 350 g de imazaquim por litro, preferencialmente de 120 a 210 g de imazaquim por litro, e mais preferencialmente 161 g de imazaquim por litro.
[0083] O imazaquim pode ser empregado na forma de seus sais herbicidamente aceitáveis, como por exemplo, sal de amônio imazaquim ou na forma de equivalente ácido de imazaquim.
[0084] O imazaquim também pode ser empregado na forma de grânulos dispersíveis em água (WG), ou outras formas.
[0085] O imazaquim, segundo a invenção, ainda pode ser empregado em mistura com outros herbicidas seletivos para soja. Outros herbicidas ou ativos seletivos para soja convencional, mutagênica ou OGM, empregáveis podem ser escolhidos do grupo compreendendo: clorimurom etil, cloransulam, sulfometurom, nicosulfurom, halosulfurom, etoxisulfurom, metsulfurom, lactofem, imazetapir, imazapir, imazapique, fumicloraque- pentílico, fomesafem, bentazona, cletodim, 2,4-D sal de colina, 2,4-D-dimetilamina, 2,4-D- trietanolamina, 2,4-D-triisopropanolamina, aminopiralide, dicamba, triclopir, triclopir- butotílico, fluroxipir-meptílico, picloram, haloxifope-p-metílico, quizalofope-p-etílico, quizalofope-p-terfilírico, fenoxaprope-p-etílico, 2,4-D, glufosinato e seus sais, e glifosato e seus sais.
Calda de aplicação
[0086] A herbicida ou a composição herbicida compreendendo imazaquim pode ser adquirida comercialmente e deve ser aplicada conforme orientação do fabricante na pós- emergência da cultura de soja até 60 dias, preferencialmente até 40 dias após a emergência da cultura na forma de calda de pulverização.
[0087] Durante a preparação da calda o pulverizador deve ser abastecido com água limpa até % de sua capacidade mantendo o agitador ou retorno acionado. Após isso, adicionar imazaquim no pulverizador numa dosagem de 90 g a 120 g de i.a. imazaquim por100 litros de água. A calda deve ser mantida sob agitação e em seguida completa-se o volume restante do pulverizador com água, e aplica-se a calda de imediato.
[0088] Para a aplicação do produto utiliza-se uma tecnologia de aplicação que ofereça uma boa cobertura dos alvos. O equipamento de pulverização deve ser adequado para cada tipo de cultura, forma de cultivo e a topografia do terreno. A pressão de trabalho deverá ser selecionada em função do volume de calda e da classe de gotas. Utiliza-se a menor altura possível da barra para cobertura uniforme, reduzindo a exposição das gotas à evaporação e aos ventos, e consequentemente a deriva. Deve-se realizar inspeções nos equipamentos de aplicação para calibrar e manter (pontas, barra, medidores de pressão) em perfeito estado visando uma aplicação correta e segura para total eficiência do produto sobre o alvo. O equipamento de aplicação deve apresentar uma cobertura uniforme na parte tratada. Se utilizar outro tipo de equipamento, deve-se procurar obter uma cobertura uniforme na parte aérea da cultura.
[0089]Para a aplicação do produto utilize uma tecnologia de aplicação que ofereça uma boa cobertura dos alvos. O equipamento de pulverização deverá ser adequado para cada tipo de cultura, forma de cultivo e a topografia do terreno. A pressão de trabalho deverá ser selecionada em função do volume de calda e da classe de gotas. - Utilizar a menor altura possível da barra para cobertura uniforme, reduzindo a exposição das gotas à evaporação e aos ventos, e consequentemente a deriva. Deve-se realizar inspeções nos equipamentos de aplicação para calibrar e manter (pontas, barra, medidores de pressão) em perfeito estado visando uma aplicação correta e segura para total eficiência do produto sobre o alvo. O equipamento de aplicação deverá apresentar uma cobertura uniforme na parte tratada. Se utilizar outro tipo de equipamento, procurar obter uma cobertura uniforme na parte aérea da cultura. Um Engenheiro Agrônomo deve ser consultado para flexibilizar caso necessário a aplicação mediante uso de tecnologia adequada.
[0090]A presente invenção ainda contempla o uso do imazaquim ou de composição herbicida compreendendo Imazaquim empregada segundo o presente método de tratamento após a semeadura e emergência da cultura de soja que aplica dosagem de Imazaquim de 90 a 120 gramas de por hectare, ou seja, uma redução de 20% a 40% de ingrediente ativo por hectare do que o homem da técnica utiliza atualmente, onde além de apresentar alta eficiência no controle das plantas-daninhas, ser seletivo para cultura da soja, e possibilitar o plantio do milho em sucessão à cultura de soja, também é muito mais sustentável para o meio ambiente devido ao emprego de menor quantidade de ingrediente ativo por hectare, e economicamente mais viável ao sojicultor brasileiro.
[0091]O uso de imazaquim, segundo a invenção, no tratamento de cultura de soja é aplicado na pós-emergência da cultura da soja até 60 dias na quantidade de 90 a 120 g i.a./ha de imazaquim, podendo o imazaquim encontrar-se na forma de uma composição concentrada solúvel (SL).
[0092] Seguem exemplos com objetivo meramente ilustrativo, não devendo os mesmos serem empregados para efeitos limitativos do escopo da invenção.
Exemplos de concretizações da invenção
[0093] Conforme descrito sucintamente na descrição das figuras, segue análise descritiva curta de cada planta-daninha avaliada após tratamento segundo a invenção, que aplica e o herbicida Imazaquim na cultura da soja convencional e/ou soja OGM, na pós-emergência das plantas-daninhas, e após a semeadura da soja, de 0 a 35 dias após a semeadura.
[0094] Utilização de Imazaquim Ultra Nortox na dose de 0,6 a 0,8 Litros/hectare, em formulação concentrada solúvel com 150 gramas por litro do ingrediente ativo Imazaquim (equivalente Ácido), o qual indica uma concentração de ingrediente ativo imazaquim por hectare de 90 a 120 gramas.
[0095] Ipomoea triloba, Uberlândia/MG, safra 2020/2021: Entre as doses testadas de Imazaquim Ultra Nortox, os melhores desempenhos foram apontados pelas doses de 0,8 e 1,0 L/ha. A dose de 0,8 L/ha promoveu controles acima de 80% no período de 21 a 60 DAA. Para a dose de 1,0 L/ha esse controle (> 80%) se deu a partir dos 14 DAA, e se manteve também até 60 DAA. A menor dose (0,6 L/ha) de Imazaquim Ultra Nortox apontou controle pontual de 85% aos 21 DAA, que não se manteve nas demais avaliações, tendo obtido índices inferiores de 70% dos 28 aos 60 DAA.
[0096] O Bidens pilosa, Uberlândia/MG, safra 2020/2021: Observa-se que todos os tratamentos-teste (0,6; 0,8 e 1,0 L/ha) de Imazaquim Ultra Nortox foram totalmente eficazes no manejo da espécie dos 14 aos 60 DAA. Para o comparativo Imazetapir Plus Nortox (1,0 L/ha) foram apontados controles na faixa de 97 a 99% no período de 14 a 42 DAA, mas que perderam sua eficácia aos 60 DAA. Nesse período, a média de controle ficou em 80%, dentro do mínimo aceitável, mas inferior aos tratamentos de Imazaquim Ultra Nortox.
[0097] Euphorbhya heterophylla, Londrina/PR, safra 2020/2021: Observa-se que o melhor desempenho entre as doses-teste foi obtido pela maior dose (1,0 L/ha) de Imazaquim Ultra Nortox. Esse tratamento apontou controle eficaz a partir dos 14 DAA, com média de 84%. A maior porcentagem de controle foi obtida dos 21 aos 28 DAA, com notas na faixa de 90%. Dos 35 aos 42 DAA, houve redução da eficácia, mas sem comprometer a ação do tratamento, com controles satisfatórios na faixa de 80%. A dose de 0,8 L/ha de Imazaquim Ultra Nortox promoveu controles na faixa de 80% no período de 21 a 35 DAA. Aos 42 DAA, a média de controle reduziu-se para 75%, considerada ineficaz para o manejo da espécie. A menor dose (0,6 L/ha) de Imazaquim Ultra Nortox mostrou notas aceitáveis (> 80%) somente dos 21 aos 28 DAA, após esse período houve redução da eficácia, tendo em 42 DAA indicado índice insatisfatório de 58%.
[0098] Commelina benghalensis, Londrina/PR, safra 2020/2021: Observa-se que todos os tratamentos de Imazaquim Ultra Nortox (0,6; 0,8 e 1,0 L/ha) e o tratamento-comparativo de Imazetapir Plus Nortox (1,0 L/ha) atingiram índices aceitáveis de manejo no período de 14 a 42 DAA. A menor dose (0,6 L/ha) de Imazaquim Ultra Nortox indicou notas na faixa de 80% dos 14 aos 21 DAA, com posterior aumento da eficácia (> 90%) dos 28 a 42 DAA. As doses de 0,8 e 1,0 L/ha de Imazaquim Ultra Nortox e o tratamento comparativo de Imazetapir Ultra Nortox (1,0 L/ha) promoveram controles eficazes (> 80%) a partir dos 14 DAA, tendo dos 21 aos 42 DAA, aumento do controle para índices na faixa de 90%.
[0099] Amaranthus hybridus, Londrina/PR, safra 2020/2021: Observa-se que todos os tratamentos de Imazaquim Ultra Nortox (0,6; 0,8 e 1,0 L/ha) e o tratamento-comparativo de Imazetapir Plus Nortox (1,0 L/ha) foram eficazes no controle da espécie avaliada. A menor dose (0,6 L/ha) de Imazaquim Ultra Nortox indicou controles acima de 80% dos 21 aos 35 DAA, tendo promovido o controle total da espécie em 42 DAA. Para as doses de 0,8 e 1,0 L/ha de Imazaquim Ultra Nortox e para o tratamento comparativo de Imazetapir Ultra Nortox (1,0 L/ha) tiveram-se controles acima de 80% desde os 14 DAA, tendo também, atingindo o controle total da infestante em 42 DAA.
Ensaio 1
[00100] O objetivo deste ensaio foi avaliar a eficácia e praticabilidade agronômica do herbicida Imazaquim Ultra Nortox (Imazaquim, 150 g/L, SL) no controle em pós-emergência de plantas daninhas na cultura da soja, e a sua seletividadeseletividade à cultura. O experimento foi realizado no período de 2 de dezembro de 2020 a 10 de março de 2021, na Estação Experimental Fornarolli Ciência Agrícola, no Distrito de Espírito Santo, próximo ao município de Londina-PR, em solo de textura argilosa, em parcelas de 3,0m x 5,0m, utilizando o delineamento experimental de blocos ao acaso com 6 tratamentos de 4 repetições.
[00101] As parcelas foram divididas em testemunha sem aplicação e sem capina (T1),testemunha sem aplicação e capinada (T2); tratamento-testes de Imazaquim Ultra Nortox nas doses de 0,6 L/ha (T3); 0,8 L/ha (T4); 1,0 L/ha (T5) e tratamento-comparativo de Imazetapir Plus Nortox na dose 1,0 L/ha (T6). Foi realizada uma aplicação na modadlidade em pós-emergência das plantas daninhas e da cultura de soja. Para as aplicações, utilizou- se um pulverizador de precisão a CO2, equipado com uma barra 3,0 metros contendo 6 pontas do tipo jato leque plano 110.02 ADI, espaçadas em 50 cm, com volume de calda de 200 L/ha. Foram realizadas avaliações de eficácia aos 7, 14, 21, 28, 35 e 42 DAA (Dias Após a Aplicação) e fitotoxicidade aos 7, 14, 21 e 28 DAA, e rendimento de grãos em kg/ha ao final do ensaio. Os resultados obtidos no ensaio nos levam à conclusão de que nenhum tratamento herbicida controlou a espécie Conyza banariensis. As doses de 0,6; 0,8 e 1,0 L/ha de Imazaquim Ultra Nortox foram eficazes (>90%) no controle das espécies Commelina benghalensis, Amaranthus hybridus e Bidens pilosa até 42 DAA. Para a espécie Euphorbia heterophylla conforme o aumento da dose, maior o tempo de controle, tendo a dose de 0,6L/ha controlado até 28 DAA, a dose de 0,8 L/ha até 35 DAA e a dose de 1,0 L/ha até 42 DAA. O comparativo Imazetapir Plus Nortox (1,0 L/ha) foi eficaz (90%) no controle das espécies C.benghalensis, A. hybridus e E.heterophylla até 42 DAA. Para a espécie B. pilosa teve-se controle eficaz na faixa de 80% até 28 DAA. Todos os tratamentos indicaram desempenho igual no controle das espécies C. benghalensis e A. viridis. Para a espécie B.pilosa, os tratamentos de Imazaquim Ultra Nortox tiveram desempenho superior ao comparativo. Para a espécie E. heterophylla, o tratamento comparativo mostrou-se superior aos tratamentos-teste. Ambos os herbicidas foram totalmente seletivos para a cultura de soja. Todos os tratamentos de Imazaquim Ultra Nortox tiveram rendimento superior a testemunha, com aumentos de 8, 16 e 45% no rendimento, produzindo-se em média 52, 56 e 70 sacas/ha, respectivamente para as doses de 0,6; 0,8 e 1,0 L/ha.
Ensaio 2
[00102] O objetivo deste ensaio foi avaliar a eficácia e praticabilidade agronômica do herbicida Imazaquim Ultra Nortox (Imazaquim, 150 g/L, SL) no controle em pós-emergência de plantas daninhas na cultura da soja, e a sua seleticidade à cultura. O experimento foi realizado no período de 30 de novembro de 2020 a 05 de março de 2021, na Estação Experimental FisioPlant, no Município de Uberlândia-MG, em solo de textura arenosa, em parcelas de 3,0m x 5,0m, utilizando o delineamento experimental de blocos ao acaso com 6 tratamentos de 4 repetições. As parcelas foram divididas em testemunha sem aplicação e sem capina (T1), testemunha sem aplicação e capinada (T2); tratamento-testes de Imazaquim Ultra Nortox nas doses de 0,6 L/ha (T3); 0,8 L/ha (T4); 1,0 L/ha (T5) e tratamento-comparativo de Imazetapir Plus Nortox na dose 1,0 L/ha (T6). Foi realizada uma aplicação na modadlidade em pós-emergência das plantas daninhas e da cultura de soja. Para as aplicações, utilizou-se um pulverizador de precisão a CO2, equipado com uma barra 3,0 metros contendo 6 pontas do tipo jato leque plano 110.02 ADI, espaçadas em 50 cm, com volume de calda de 200 L/ha. Foram realizadas avaliações de eficácia aos 7, 14, 21, 28, 42 e 60 DAA (Dias Após a Aplicação) e fitotoxicidade aos 7, 14, 21 e 28 DAA, e rendimento de grãos em kg/ha ao final do experimento. Os resultados mostraram que nenhum tratamento herbicida controlou a espécie Spermacoce verticulada. A menor dose (0,6 L/ha) de Imazaquim Ultra Nortox foi eficaz somente no controle em pós-emergência da espécie Bidens pilosa, com morte total do alvo até 60 DAA. As doses de 0,8 e 1,0 L/ha de Imazaquim Ultra Nortox mostraram desempenho semelhante no controle dos alvos, sendo eficazes até 60 DAA para as espécies Ipomoea triloba (>80%) e Bidens pilosa (100%). Para a espécie Euphoria heteroplhyla o controle eficaz (>80%) se deu até 42 DAA. O comparativo Imazetapir Plus Nortox (1,0 L/ha) foi eficaz (>80%) no controle das espécies I. triloba, B. pilosa e E. heterophylla até 60 DAA. Os tratamentos eficazes de Imazaquim Ultra Nortox, nas doses de 0,8 e 1,0 L/ha, tiveram desempenho semelhante das espécies I. triloba, superior para B. pilosa e inferior para E. heterophylla, em comparação ao herbicida Imazetapir Plus Nortox. Ambos os herbicidas foram totalmente seletivos para a cultura da soja. Os tratamentos eficazes de Imazaquim Ultra Nortox, nas doses de 0,8 e 1,0 L/ha, respectivamente, promoveream incrementos de 165 e 192% no rendimento, obtendo-se 87 e 96 sacas/ha.

Claims (16)

1. Método de tratamento de cultura de soja, caracterizado por empregar o herbicida imazaquim na pós-emergência da cultura da soja.
2. Método de tratamento de cultura de soja, de acordo com reivindicação 1, caracterizado por a aplicação ser realizada até 60 dias da emergência da cultura da soja e das plantas daninhas.
3. Método de tratamento de cultura de soja, de acordo com reivindicação 2, caracterizado por a aplicação ser realizada até 40 dias da emergência da cultura da soja e das plantas daninhas.
4. Método de tratamento de cultura de soja, de acordo com a reivindicação 1,caracterizado por a cultura ser de soja convencional ou soja OGM.
5. Método de tratamento de cultura de soja, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por as plantas-daninhas a serem combatidas serem plantas daninhas latifoliadas.
6. Método de tratamento de cultura de soja, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por as plantas-daninhas a serem combatidas serem plantas daninhas latifoliadas poderem ser escolhidas do grupo compreendendo: Ipomea triloba, Commelina benghalensis, Amaranthus hybridus, Bidens pilosa, Spermacoce verticulada e Euphorbya heterophyla.
7. Método de tratamento de cultura de soja, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por empregar o herbicida imazaquim na quantidade de 0,001 a 150 g i.a./ha de imazaquim aplicado na pós-emergência da soja.
8. Método de tratamento de cultura de soja, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por empregar o herbicida imazaquim na quantidade de 90 a 120 g i.a./ha de imazaquim aplicado na pós-emergência da cultura de soja.
9. Método de tratamento de cultura de soja, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o imazaquim ser empregado na forma de um concentrado solúvel (SL), ou granulado dispersível em água (WG).
10. Método de tratamento de cultura de soja, de acordo com a reivindicações 9, caracterizado por o imazaquim apresentar-se na forma de concentrado solúvel (SL) compreendendo 100 a 350 g de imazaquim por litro.
11. Método de tratamento de cultura de soja, de acordo com a reivindicações 10, caracterizado por o imazaquim apresentar-se na forma de concentrado solúvel (SL) compreendendo de 120 a 210 g de imazaquim por litro.
12. Método de tratamento de cultura de soja, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o imazaquim ser empregado na forma do sal de amônio imazaquim ou equivalente ácido de imazaquim.
13. Método de tratamento de cultura de soja, de acordo com a reivindicação 1 ou ..., caracterizado por a composição poder ainda compreender outros herbicidas ou ativos seletivos para soja convencional, mutagênica ou OGM, tais como clorimurom etil, cloransulam, sulfometurom, nicosulfurom, halosulfurom, etoxisulfurom,metsulfurom, lactofem, imazetapir, imazapir, imazapique, fumicloraque-pentílico, fomesafem, bentazona, cletodim, 2,4-D sal de colina, 2,4-D-dimetilamina, 2,4-D- trietanolamina, 2,4-D-triisopropanolamina, aminopiralide, dicamba, triclopir, triclopir- butotílico, fluroxipir-meptílico, picloram, haloxifope-p-metílico, quizalofope-p-etílico, quizalofope-p-terfilírico, fenoxaprope-p-etílico, 2,4-D, glufosinato e seus sais, e glifosato e seus sais.
14. Uso de imazaquim no tratamento de cultura de soja de acordo a reivindicação 13 caracterizado por o imazaquim ser aplicado na pós-emergência da cultura da soja até 60 dias.
15. Uso de imazaquim no tratamento de cultura de soja de acordo com reivindicações 16 caracterizado por o herbicida imazaquim aplicado na quantidade de 90 a 120 g i.a./ha de imazaquim na pós-emergência da cultura de soja.
16. Uso de imazaquim no tratamento de cultura de soja de acordo com qualquer das reivindicações 15 ou 16, caracterizado por o herbicida imazaquim encontrar-se na forma de concentrado solúvel (SL).
BR102022003463-0A 2022-02-23 Método de tratamento de cultura da soja e uso de imazaquim BR102022003463A2 (pt)

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