BR102021017370B1 - Dispositivo mecânico direcional aplicado a suporte para disco de corte de máquinas agrícolas - Google Patents

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BR102021017370B1
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    • AHUMAN NECESSITIES
    • A01AGRICULTURE; FORESTRY; ANIMAL HUSBANDRY; HUNTING; TRAPPING; FISHING
    • A01CPLANTING; SOWING; FERTILISING
    • A01C7/00Sowing
    • A01C7/06Seeders combined with fertilising apparatus

Abstract

DISPOSITIVO MECÂNICO DIRECIONAL APLICADO A SUPORTE PARA DISCO DE CORTE DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS. A presente invenção compreende um dispositivo mecânico direcional para suporte de disco de corte de máquinas agrícolas, preferencialmente plantadeiras. O dispositivo proporciona rotação parcial do suporte, fazendo com que o disco de corte obtenha movimento horário e anti-horário em curvas, através de um conjunto de placas de formato circular que limitam o giro. O dispositivo compreende uma estrutura de giro (10), uma placa lubrificante (20), uma base fixadora (30) e uma tampa (40). Na parte inferior da tampa (40), encontra-se um pino limitador (42), que faz seu curso através do rasgo (13) presente na chapa (11) da estrutura de giro (10), proporcionando movimento de rotação ao suporte, limitado ao tamanho do rasgo (13). Ainda, o dispositivo também compreende um garfo (50) com cantoneiras (52) de reforço nas laterais de seus braços (51) e um amortecedor (70).

Description

Campo da invenção
[001] A presente invenção compreende um dispositivo mecânico direcional para suporte de disco de corte de máquinas agrícolas, preferencialmente plantadeiras. O referido suporte confere flexibilidade de giro e direcionamento para o disco de corte, evitando tensões e quebra do conjunto suporte-disco.
Estado da técnica
[002] O avanço da tecnologia na lavoura demanda aprimoramentos das máquinas agrícolas e insumos, utilizados em plantios e colheitas das mais diversas culturas. Qualidade e produtividade são necessárias em todas as etapas do cultivo e possuem relação direta com o desempenho do maquinário que se utiliza.
[003] Nas plantadeiras que integram discos de corte, estas peças são responsáveis pelo corte da palha do plantio anterior e produção do sulco que receberá as sementes do novo plantio. Observa-se desta atividade, que as oscilações do terreno e manobras da máquina resultam em esforços mecânicos adicionais sobre o suporte que prende o disco à plantadeira, ocasionando quebras, paradas para manutenção, falhas no processo de plantio e, consequentemente, perda de produtividade e desempenho.
[004] Os discos de corte são fixados às plantadeiras por meio de suportes que podem ser dotados de articulações verticais e/ou horizontais, como forma de amortecer os esforços mecânicos sofridos pelo disco. O movimento vertical dos suportes tem por objetivo aliviar a tensão sobre os desnivelamentos do solo de plantio e o controle da profundidade do sulco. Por sua vez, os suportes dotados de movimentos horizontais buscam diminuir a pressão sofrida pelo disco, em relação às curvas realizadas pela plantadeira.
[005] O estado da técnica apresenta diversos equipamentos que contemplam suportes para discos de corte. Especialmente em relação ao movimento do disco para realização de curvas pelas plantadeiras, verifica-se poucos detalhes acerca da articulação, bem como, da limitação do ângulo de trabalho deste, sendo estes elementos essenciais para conferir maior resistência mecânica, durabilidade e facilidade de manutenção. Grande parte dos suportes para disco de corte, promovem o movimento do disco através de eixos expostos ou de soluções onde o eixo divide a função com outra peça do conjunto, como amortecedor ou eixo vertical. Essas construções, no entanto, podem ser frágeis haja vista que impactos mais intensos podem danificar facilmente sua estrutura.
[006] Como exemplo de suporte para disco com movimentação horizontal, o documento BR102020008210-8 descreve um conjunto que realiza o movimento do disco através de um pivô. O mesmo dispositivo realiza tanto a movimentação lateral, quanto horizontal do disco de corte. Além disso, o mecanismo é exposto, não havendo qualquer tipo de anteparo para conter sujeiras, podendo levar a uma diminuição da vida útil do suporte.
[007] Por sua vez, o documento BR112015018051-5 apresenta um suporte com construção ainda mais exposta que o exemplo anterior, sem nenhuma proteção contra sujidades. O movimento direcional do disco ocorre por meio de uma placa que gira através de mangas na parte superior do conjunto. Ademais, o amortecedor do equipamento é preso por um mancal, sem apoio para aliviar a tensão que este exerce sobre o suporte.
[008] No documento MU830296-3 verifica-se um conjunto onde a rotação do disco em sentido horário e anti-horário é realizada apenas por meio de dois pivôs que formam um eixo. Além dessa estrutura ser frágil contra impactos e esforços, é também exposta, sem proteção contra sujeira.
[009] Ainda, o documento PI0702935-7 apresenta um suporte para disco que realiza o movimento horizontal do disco através de um único tubo. Com construção mecânica frágil, este suporte também não oferece qualquer proteção ao conjunto contra sujeiras que podem ocasionar maior necessidade de manutenção.
[0010] A presente patente de invenção apresenta como solução um dispositivo mecânico direcional que realiza o movimento horário e anti-horário do disco de corte de acordo com a tração da plantadeira. O dispositivo tem construção mecânica simplificada diminuindo os custos de produção. Além disso, sua estrutura fornece maior resistência mecânica, além de proteção contra sujeiras que podem danificar o conjunto, conferindo durabilidade tanto ao suporte, quanto ao disco de corte. Em razão da facilidade de montagem e desmontagem, também oferece facilidade de manutenção, resultando em menor tempo e consequente aumento de atividade de plantio. O dispositivo tem configuração que limita o giro, diminuindo os esforços sobre o disco de corte, além de poder ser acoplado a diversos tipos de plantadeiras existentes no mercado.
Objetivos da invenção
[0011] A presente patente tem como objetivo proporcionar um suporte para disco de corte, dotado de um dispositivo direcional, que proporciona uma rotação parcial do suporte, fazendo com que o disco obtenha movimento horário e anti-horário em curvas.
[0012] O dispositivo direcional proporciona o referido movimento ao disco sem prejuízo de sua função, através de um conjunto de placas de formato circular que limitam o movimento do suporte. Para tanto compreende, especialmente, uma tampa, uma estrutura de giro, uma placa lubrificante e uma base fixadora. As peças se encaixam e possibilitam a rotação da estrutura de giro em relação às demais placas que permanecem fixas, conferindo ao suporte movimento de rotação limitado e possibilitando que o disco, preso a este, se movimente em sentido horário e anti-horário.
[0013] A trajetória do movimento é limitada através de um pino guia presente na tampa do dispositivo, que faz seu curso em um rasgo presente na estrutura de giro. Essa limitação permite que o disco gire o necessário quando a plantadeira realiza curvas, sem realizar tensão excessiva sobre a peça e impedindo que o disco de corte saia do curso correto de plantio.
[0014] Outro aspecto da invenção se refere à placa lubrificante presente entre a tampa e a estrutura de giro. Esta possui cavidades para permitir o escoamento e acondicionamento do lubrificante, responsável pela redução do atrito no dispositivo mecânico direcional.
[0015] Uma outra vantagem é percebida em relação à proteção do dispositivo que possui uma borda em torno da tampa do conjunto, funcionando como anteparo contra sujidades, haja vista que corpos estranhos podem ocasionar incremento de atrito entre as peças. Essa configuração preserva o mecanismo e aumenta a vida útil do suporte, diminuindo também os custos com manutenções e tempo de parada da máquina.
[0016] O dispositivo que realiza o direcionamento é ligado ao disco de corte através de um garfo dotado de braços em formato de “L” e reforçados por cantoneiras em sua extensão para conferir maior resistência aos esforços mecânicos. Estes braços interligam-se em sua extremidade superior, através de um pino que possui uma das pontas retangulares para impedir seu giro.
[0017] Em outro aspecto, o dispositivo conta com apoio para alívio de tensão do amortecedor, oferecendo reforço adicional de forma a garantir maior resistência mecânica ao conjunto.
[0018] Ainda, o dispositivo tem fácil manutenção, sendo sua montagem e/ou desmontagem realizada de forma simples por meio de parafusos e porcas. Também não requer desmontagem para lubrificação, haja vista existirem orifícios projetados na superfície de alguns componentes para inserção de lubrificante. Assim, verifica-se redução no tempo de homem/hora, podendo a manutenção ser realizada por uma única pessoa.
Breve descrição dos desenhos
[0019] Para melhor compreensão, os desenhos anexos ilustram a realização da presente invenção: A Figura 1 apresenta uma perspectiva frontal do suporte. A Figura 2 apresenta uma perspectiva posterior do suporte. A Figura 3 ilustra a perspectiva superior do suporte, sem a peça de fixação para a máquina agrícola. A Figura 4 demonstra uma perspectiva do dispositivo direcional. A Figura 5 exibe uma perspectiva do garfo (50), composto pelos braços (51) com cantoneiras (52), o duto (54) que une os braços (51), reforço (64) e orifícios superiores (56, 57 e 65) onde é inserido o pino de travamento (60). A Figura 6 mostra o garfo do suporte com o pino de travamento (60) inserido. A Figura 7 revela um detalhamento do braço do garfo (51), com as cantoneiras de reforço (52) e o orifício (56) de inserção do pino de travamento (60) em formato redondo. A Figura 8 ilustra um detalhamento do braço do garfo (51), com orifício retangular (57) onde repousa a ponta (62) do pino de retenção (60). A Figura 9 apresenta uma perspectiva da estrutura de giro (10), revelando suas abas laterais (14), a chapa (11), centro vazado para a placa lubrificante (12), o rasgo (13) onde o pino limitador (42) faz seu curso e a placa frontal (16) com abertura (17) para o amortecedor (70) e deslocada lateralmente (16a) para apoio do dito amortecedor, sendo ainda, a placa (16) com configuração construtiva mais a frente da chapa (11). A Figura 10 apresenta uma perspectiva da estrutura de giro (10) com configuração construtiva facultativa, onde a placa (16) se localiza abaixo da chapa (11), de forma a possibilitar posicionamento alternativo para o disco de corte. A Figura 11 apresenta uma perspectiva da placa lubrificante (20), dotada de furos (22) para inserção de parafusos e cavidades (21) para escoamento do lubrificante. A Figura 12 mostra a base fixadora (30) com os furos (31) para colocação de parafusos. A Figura 13 exibe a tampa (40) do dispositivo direcional, com peça ilustrativa (45) para fixação na máquina agrícola, sendo a tampa (40) dotada de borda (41), pino limitador (42), furo (43) para colocação de lubrificante e orifícios (44) para inserção de parafusos. A Figura 14 ilustra apenas a tampa (40) do dispositivo, sem a peça de fixação para a máquina agrícola. A Figura 15 apresenta uma perspectiva inferior da tampa (40) do dispositivo direcional, dotada do pino limitador (42) que faz seu curso no rasgo (13) da estrutura de giro (10). A Figura 16 apresenta uma perspectiva inferior da tampa (40) do dispositivo direcional, sem peça de fixação (45) para a máquina agrícola. A Figura 17 mostra uma perspectiva superior do suporte, sem a tampa (40), demonstrando a placa lubrificante (20) inserida no centro vazado (12) da estrutura de giro (10). A Figura 18 apresenta uma perspectiva do pino de travamento (60) constituído de orifício (61) para colocação de um pino de retenção e ponta com dois níveis (62 e 63) A Figura 19 exibe o amortecedor (70) do conjunto, dotado de mola (71), haste (72) e bucha (73). A Figura 20 ilustra a haste (72) do amortecedor (70) com ponta rosqueada (72a) e anel (72b) para fixação do amortecedor no conjunto através do pino de travamento (60). A Figura 21 mostra a bucha (73) do amortecedor (70) com construção em dois níveis (73a 73b).
Descrição da invenção
[0020] A presente patente de invenção apresenta um dispositivo direcional para suporte de disco de corte de máquinas agrícolas, que possibilita movimento de rotação do disco de corte em sentido horário e anti-horário, a partir de uma construção mecânica simplificada e resistente. Esta movimentação é alcançada através de um dispositivo direcional, com limitador de rotação. Além disso, o suporte é composto por um amortecedor que minimiza a pressão sobre o disco e, também, serve como ajuste de profundidade deste. Há também um garfo que prende o disco e o cubo do disco ao suporte.
[0021] O disco que realiza o corte é fixado ao suporte através de um garfo (50) com braços em formato de “L” (51). Os braços do garfo (51) são unidos na parte inferior traseira por meio de um duto (54). Também possuem, em cada um dos braços (51), um orifício circular na parte frontal (53), onde se insere um pino que fixa o disco e o cubo que prende o disco ao suporte.
[0022] Na parte inferior traseira do garfo (50), encontra-se a abertura (58) do duto (54) que une os braços do garfo (51) de forma paralela. Na extremidade superior dos braços do garfo (51), encontra-se um terceiro conjunto de orifícios, sendo circular (56) em um braço e retangular (57) no outro, por onde se insere um pino de travamento (60) pela abertura circular (56), que se estende até a abertura retangular (57), onde a extremidade do pino (62) com formato compatível repousa.
[0023] Nas extremidades do duto (54) que conecta os braços do garfo (51), encontram- se buchas (59) que funcionam como rolamentos para a estrutura de giro (10) do dispositivo. Ainda, dentro do duto (54), insere-se um tubo e um parafuso (66) dentro do tubo, sendo o dito parafuso (66), preso por uma porca e responsável por fixar o garfo (50) à estrutura de giro (10) do dispositivo direcional, através de furos (15) presentes nas abas (14) da estrutura de giro (10), formando um eixo que proporciona articulação vertical ao suporte. O duto (54) conta ainda com um furo (55) em sua superfície para inserção de material lubrificante.
[0024] Sobre o duto (54) que une os braços do garfo (51), encontra-se, pelo menos, um reforço (64) estrutural do amortecedor, podendo ser dois no caso do conjunto ser dotado de dois amortecedores (70). A base deste reforço (64), localizada sobre o duto (54), tem largura maior que sua parte superior. O dito reforço (64) possui a mesma altura dos braços do garfo (51) e um orifício (65) em sua parte superior, por onde o pino de travamento (60) é inserido. Este reforço (64) tem como função delimitar a área de encaixe da haste (72) e aliviar a tensão realizada pelo amortecedor (70) no conjunto. Ademais, pode ser duplicado no caso de existirem dois amortecedores (70).
[0025] O pino de travamento (60), de formato cilíndrico, inserido na parte superior do garfo (50) e do reforço (64), tem uma de suas extremidades em dois níveis. Sendo que, o primeiro nível (62), com formato retangular, transpassa o orifício de mesmo formato (57), presente na parte superior do braço do garfo (51) e o segundo nível (63), serve de limitador na parte interior do braço do garfo (51), impedindo que avance através do orifício do braço do garfo (57) e que gire sobre seu próprio eixo.
[0026] Ademais, o pino de travamento (60) possui um orifício menor (61) em sua superfície, por onde se insere um pino de retenção, que tem por função impedir o movimento do pino de travamento (60), devido às trepidações ocorridas no suporte quando em contato com o solo.
[0027] As laterais externas dos braços do garfo (51), são compostas, em todo seu comprimento inferior por cantoneiras (52), que objetivam aumentar a resistência mecânica da peça, evitando que o garfo (50) deforme.
[0028] O conjunto do suporte é composto por, pelo menos, um amortecedor (70), podendo ter dois. O dito amortecedor contempla uma haste (72), com ponta rosqueada (72a) em uma extremidade e um anel (72b) na outra. Este anel (72b) é transpassado pelo pino de travamento (60) de forma a prender a mola (71) no conjunto. A haste (72) é envolta pela mola (71), e o amortecedor se estabiliza no conjunto, através da inserção da haste (72) em uma abertura (17) presente na parte frontal da estrutura de giro (10) do suporte. A referida abertura (17), possui borda (17a) com projeção em todo o entorno da abertura ou em parte, para estabilização do encaixe da mola (71). Esta abertura (17) também pode ser duplicada na placa (16) no caso de haver dois amortecedores (70) no conjunto.
[0029] O amortecedor (70) possibilita o ajuste de pressão sobre o disco de corte em relação ao solo. Após inserido no suporte, é preso através de uma bucha (73) e uma porca presentes na ponta rosqueada da haste (72). A bucha (73) tem construção em dois níveis, sendo o maior (73a) inserido dentro da mola (71) e o menor (73b) repousado sobre o topo da mola (71). Esta configuração tem por objetivo fornecer estabilidade à haste (72) e à mola (71).
[0030] O movimento de rotação no sentindo horário e anti-horário do disco de corte, é proporcionado através do dispositivo direcional, que se sobrepõe ao garfo do suporte (50). O referido dispositivo é composto por uma estrutura de giro (10), uma placa lubrificante (20), uma base fixadora (30) e uma tampa (40). A parte superior da estrutura de giro (10) e a tampa (40) que integram o dispositivo são, preferencialmente, em formato circular, podendo também possuir configurações geométricas variáveis, como quadradas, retangulares ou similares. As quatro peças encaixam-se e deslizam entre si, proporcionando um movimento de giro limitado a um ângulo previamente estabelecido pelo rasgo (13) da estrutura de giro (10) e pelo pino limitador (42) presente na tampa (40).
[0031] A estrutura de giro (10) é a peça responsável por realizar o movimento rotatório, que irá direcionar o disco de corte no mesmo sentido, em relação às demais peças do conjunto que são fixas. A estrutura de giro (10) compreende uma chapa circular (11), definindo um plano horizontal, duas abas (14) emergindo da chapa (11) de forma paralela e definindo um ângulo reto com o plano horizontal definido pela chapa (11) e uma placa frontal (16) que interliga as abas (14) e se localiza abaixo do plano horizontal da chapa (11). A chapa (11) da estrutura de giro (10) possui centro vazado (12) onde se encaixa a placa lubrificante (20), que é presa pela tampa (40) na parte superior e pela base fixadora (30) na parte inferior.
[0032] A chapa (11) também possui um rasgo (13), localizado em sua parte frontal, que acompanha o seu formato circular em um arco de circunferência, de até 1/3 a 1/8, sendo preferencialmente 1/4, e por onde irá correr o pino limitador (42), presente na tampa (40) do dispositivo.
[0033] As abas (14) existentes na parte inferior da chapa (11), são dispostas de forma paralela entre si, nas laterais inferiores da chapa (11). Estas abas (14) possuem orifícios (15) em sua parte inferior, onde unem-se aos orifícios (58) presentes na parte posterior inferior dos braços do garfo (51), sendo unidos entre si por um parafuso inserido no duto (54) do garfo (50), formando assim um eixo que realiza a movimentação vertical do suporte.
[0034] Na parte frontal da estrutura de giro (10), abaixo da chapa (11) e em frente das abas (14), de forma transversal, encontra-se a placa frontal (16), que serve de apoio para o amortecedor (70). A placa possui uma abertura (17), por onde se insere a haste (72) do amortecedor (70). Esta placa (16) tem por função servir como estabilizador das abas (14) e como apoio para o amortecedor (70). A placa (16) pode estar disposta exatamente embaixo da chapa (11), ou seja, totalmente coberta por esta ou para além da extremidade da chapa (11), ficando mais a frente, mas sempre posicionada de forma inferior em relação à chapa (11). A localização da placa (16) será determinada pela largura e formato das abas (14) e diâmetro do disco. Esse opcional construtivo, tem por objetivo permitir que o disco de corte possa ficar em posição variável quando disposto em uma plantadeira com várias linhas, compostas por suportes para disco. Desta forma, o usuário pode optar por dispor os suportes lado a lado com os discos alinhados ou intercalados. Em relação ao diâmetro do disco, a placa (16) pode apresentar um recorte em sua extremidade inferior, de modo a possibilitar que o disco faça seu curso e não seja interrompido pelo corpo da placa (16).
[0035] Ainda, a placa (16) é deslocada lateralmente (16a) para além das abas (14) de forma que a aba (14) possa servir como apoio extra para a pressão exercida pela mola (71) do amortecedor (70). No caso de haver dois amortecedores (70), a placa (16) pode se sobressair lateralmente (16a) às abas (14) nos dois lados.
[0036] A placa lubrificante (20) disposta no interior da estrutura de giro (10) é de formato circular e diâmetro compatível com o centro vazado (12) da estrutura (10), para que possa se encaixar adequadamente neste espaço. Essa característica também possibilita que a estrutura (10) deslize em seu entorno, já que a placa lubrificante (20), permanece fixa no suporte, presa acima pela tampa (40) e abaixo pela base fixadora (30). Além disto, dois segmentos longitudinais em linha reta e transversais entre si , formando um “X”, são dispostos sobre uma das superfícies placa (20), configurando cavidades (21) que tem por função proporcionar fluidez ao lubrificante inserido no dispositivo. Esta placa (20) também possui furos (22) que a atravessam, para a inserção de pelo menos 4 parafusos, que irão realizar a fixação desta às demais peças fixas do dispositivo, que são a tampa (40) e a base fixadora (30).
[0037] A base fixadora (30) localizada abaixo da estrutura de giro (10) e da placa lubrificante (20), é também circular e com diâmetro menor que a estrutura de giro (10), para que possa ser disposta abaixo desta e maior que a placa lubrificante (20). Trata-se de um chapa lisa que tem como função realizar a fixação das peças que compõem o núcleo fixo do dispositivo direcional. A base (30) também possui furos (31) que a atravessam, para inserção de pelo menos 4 parafusos que irão fixá-la à placa lubrificante (20) e à tampa (10).
[0038] Em uma configuração alternativa, a placa lubrificante (20) e a base fixadora (30) podem ser uma peça única em dois níveis, onde o mais alto se encaixa dentro do centro vazado (12) da estrutura de giro (10) e possui as mesmas configurações descritas para a placa lubrificante (20), enquanto o nível mais baixo, funcionaria como uma aba para reter a peça abaixo da estrutura de giro (10). A opção construtiva destas duas peças, placa (20) e base (30), sendo separadas ou uma única peça, não altera suas funções e tem como justificativa diminuir os custos de produção em relação aos seus moldes.
[0039] A tampa (40) do dispositivo direcional, por sua vez, é sobreposta à estrutura de giro (10), servindo como proteção para o conjunto, além de limitador de giro. A tampa é dotada de furos (44) que a atravessam, para inserção de pelo menos 4 parafusos, de forma a ser fixada à placa lubrificante (20) e à base fixadora (30), formando o núcleo fixo do dispositivo direcional.
[0040] A tampa (40) possui diâmetro maior que a chapa (11) da estrutura de giro (10), sendo sobreposta a esta. Ademais, pelo menos, um furo (44) que atravessa a superfície da tampa e por onde se insere o lubrificante, de forma a encontrar as cavidades (21) presentes na placa lubrificante (20). Na parte inferior da tampa (40), encontra-se um pino limitador (42), que faz seu curso através do rasgo (13) presente na chapa (11) da estrutura de giro (10), proporcionando movimento de rotação ao suporte limitado ao tamanho do rasgo (13). Neste sentido, o pino limitador (42) permanece fixo ao suporte e, a estrutura de giro (10) rotaciona e desliza em torno das peças fixas do conjunto, tendo como limitação o rasgo (13). Isso faz com que o disco possa realizar a movimentação em sentido horário e anti-horário necessária quando a plantadeira realizar curvas. Ressalta-se que, embora o disco realize o movimento em sentido horário e anti-horário, os sulcos criados por ele permanecem uniformes em razão do peso que o disco exerce sobre o solo.
[0041] Ainda, para proteção do dispositivo, uma borda (41) se encontra no entorno da circunferência da tampa (40), de forma a cobrir a estrutura de giro (10). Esta borda (41) tem por função proporcionar segurança contra sujidades ao suporte e, também, conter o lubrificante inserido no conjunto. Em configurações construtivas alternativas, onde o dispositivo direcional apresente tampa (40) e chapa (11) da estrutura de giro (10) com outro formato geométrico, a dita borda (41) é dispensada para permitir o movimento de rotação ao dispositivo.
[0042] O suporte é fixado ao equipamento agrícola através de peça personalizada de acordo com o modelo do equipamento. A peça personalizada fica acima do dispositivo direcional, sendo fixada na parte superior da tampa (40).
[0043] O dispositivo tem montagem e desmontagem simples. O pino de travamento (60) é inserido no garfo (50) de forma a prender a haste (72) do amortecedor (70), por meio de seu anel (72b) ao conjunto. O pino de retenção é então inserido no orifício (61) do pino de travamento (60), para impedir que este avance para fora do garfo (50). Em seguida, a haste do amortecedor (72) é inserida na abertura (17) da estrutura de giro (10) e um parafuso transpassa perpendicularmente os orifícios da estrutura de giro (15) e insere-se em um tubo e buchas (59), presente no duto (54) do garfo (50), fixando desta forma, a estrutura de giro (10) ao garfo (50). Após, a base fixadora (30) é colocada abaixo da estrutura de giro (10), sendo então, a placa lubrificante (20) inserida no centro vazado (12) da estrutura de giro (10). Em seguida, a tampa (40) do dispositivo é sobreposta à estrutura de giro (10), de forma que o pino limitador (42), insira-se no rasgo (13) da estrutura (10). A tampa (40) é então fixada à placa lubrificante (20) e à base fixadora (30) por, pelo menos, 4 parafusos, formando o núcleo fixo do dispositivo, permanecendo a estrutura de giro (10) livre para rotacionar no entorno do núcleo fixo, proporcionando movimento em sentido horário e anti-horário ao disco. Por fim, a mola (71) e bucha (73) do amortecedor é inserida na haste (72) com ajuste realizado por uma porca que se fixa à ponta rosqueada da haste (72).
[0044] Entende-se que a descrição e demonstração do dispositivo aqui apresentadas, com especial referência aos desenhos, não excluem a possiblidade de eventuais mudanças de forma e detalhes no dispositivo. Portanto, outras versões são compreendidas pelo escopo desta divulgação e das seguintes reivindicações, sem afastar o espírito e escopo do dispositivo descrito nesta divulgação.

Claims (9)

1. DISPOSITIVO MECÂNICO DIRECIONAL APLICADO A SUPORTE PARA DISCO DE CORTE DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS, caracterizado por compreender: uma estrutura de giro (10), dotada de uma chapa circular (11) definindo um plano horizontal, com centro vazado (12) e um rasgo (13) que acompanha seu formato circular de 1/3 a 1/8 de sua circunferência, preferencialmente 1/4, tendo ainda a estrutura de giro (10) duas abas (14) emergindo da chapa (11) de forma paralela e definindo um ângulo reto com o plano horizontal definido pela chapa (11), com um orifício (15) na parte inferior de cada aba (14) e uma placa (16) localizada de forma transversal às abas (14) e projetada em uma de suas extremidades laterais (16a) para além da aba (14), dotada ainda de uma abertura (17) com borda (17a); uma placa lubrificante (20), de formato compatível ao centro vazado (12) da estrutura de giro (10), dotada em uma de suas superfícies de, pelo menos, duas cavidades (21) retas, longitudinais e transversais entre si e, com pelo menos, 4 furos (22) que atravessam a placa (20); uma base fixadora (30), em formato circular e com diâmetro maior que a placa lubrificante (20) e menor que a chapa (11) da estrutura de giro (10), dotada de pelo menos, quatro furos (31) que a atravessam; uma tampa (40), com formato circular e diâmetro maior que a estrutura de giro (10), dotada, no plano horizontal, de pelo menos um orifício (43) e pelo menos quatro furos (44) que a atravessam e, no plano vertical, de forma subjacente ao plano horizontal, dotada de borda (41) no entorno de sua circunferência e um pino limitador (42); um garfo (50), dotado de dois braços em formato de “L” (51), com cantoneiras (52) em todo o comprimento inferior, possuindo ainda os braços (51), orifícios circulares na parte frontal (56) e na parte superior, orifício circular (56) em um dos braços (51) e orifício retangular (57) no outro braço (51), sendo os ditos braços (51), unidos de forma paralela por meio de um duto (54) com um furo em sua superfície e com aberturas (58), presentes na parte inferior posterior dos braços (51), onde se encontram buchas (58), possuindo ainda o garfo (50), um reforço (64), contendo um orifício em sua parte superior (65), sobreposto ao duto (54) e de altura equivalente aos braços (51); um pino de travamento (60), de formato cilíndrico, possuindo um orifício em sua superfície e uma de suas extremidades em dois níveis (62 e 63), sendo o primeiro nível (62) em formato retangular, compatível com o orifício (57) presente no braço (51) do garfo (50); um amortecedor (70), dotado de uma haste (72), com ponta rosqueada (72a) em uma extremidade e anel (72b) na extremidade oposta, possuindo ainda uma mola (71) e uma bucha (73) com construção em dois níveis (72a e 72b); e ser montado a partir da inserção do pino de travamento (60) nos orifícios (56 e 57) presentes nos braços (51) do garfo (50) de forma a prender a haste (72) do amortecedor (70), por meio de seu anel (72b) ao conjunto, sendo então, um pino de retenção inserido no orifício (61) do pino de travamento (60) e em seguida, a haste do amortecedor (72) ser inserida na abertura (17) da estrutura de giro (10) e um parafuso transpassar perpendicularmente os orifícios da estrutura de giro (15) e inserir-se em um tubo e buchas (59), presente no duto (54) do garfo (50), fixando desta forma, a estrutura de giro (10) ao garfo (50) e após, a base fixadora (30) ser colocada abaixo da estrutura de giro (10), sendo então, a placa lubrificante (20) inserida no centro vazado (12) da estrutura de giro (10) e em seguida, a tampa (40) do dispositivo ser sobreposta à estrutura de giro (10), de forma que o pino limitador (42), insira-se no rasgo (13) da estrutura (10), sendo então, a tampa (40) fixada à placa lubrificante (20) e à base fixadora (30) por, pelo menos, 4 parafusos, formando o núcleo fixo, permanecendo a estrutura de giro (10) livre e, por fim, a mola (71) e bucha (73) do amortecedor inserir-se na haste (72) com ajuste realizado por uma porca que se fixa à ponta rosqueada da haste (72).
2. DISPOSITIVO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a chapa (11) da estrutura de giro (10) e a tampa (40), em uma configuração alternativa, poderem apresentar outro formato geométrico, sendo quadrado, retangular ou similar.
3. DISPOSITIVO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a placa (16), presente na estrutura de giro (10) e posicionada de forma inferior em relação ao plano horizontal da chapa (11) poder ser disposta abaixo ou para além da extremidade da chapa (11).
4. DISPOSITIVO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a placa (16) presente na estrutura de giro (10) poder ser projetada em ambas as extremidades laterais (16a) para além das abas (14).
5. DISPOSITIVO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por poder conter duas aberturas (17) na placa (16) e por a dita abertura (17) poder possuir borda (17a) com projeção em todo o entorno da abertura ou em parte.
6. DISPOSITIVO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a placa (16) presente na estrutura de giro (10), poder apresentar um recorte em sua extremidade inferior.
7. DISPOSITIVO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a placa lubrificante (20) e base fixadora (30) poderem formar peça única, com construção em dois níveis.
8. DISPOSITIVO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o garfo (50) poder conter um ou dois reforços (64).
9. DISPOSITIVO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por poder conter um ou dois amortecedores.
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