BR102021009066A2 - Cerveja artesanal com adição de farinha de banana - Google Patents
Cerveja artesanal com adição de farinha de banana Download PDFInfo
- Publication number
- BR102021009066A2 BR102021009066A2 BR102021009066-9A BR102021009066A BR102021009066A2 BR 102021009066 A2 BR102021009066 A2 BR 102021009066A2 BR 102021009066 A BR102021009066 A BR 102021009066A BR 102021009066 A2 BR102021009066 A2 BR 102021009066A2
- Authority
- BR
- Brazil
- Prior art keywords
- beer
- addition
- banana flour
- artisan
- banana
- Prior art date
Links
Images
Classifications
-
- C—CHEMISTRY; METALLURGY
- C12—BIOCHEMISTRY; BEER; SPIRITS; WINE; VINEGAR; MICROBIOLOGY; ENZYMOLOGY; MUTATION OR GENETIC ENGINEERING
- C12C—BEER; PREPARATION OF BEER BY FERMENTATION; PREPARATION OF MALT FOR MAKING BEER; PREPARATION OF HOPS FOR MAKING BEER
- C12C12/00—Processes specially adapted for making special kinds of beer
-
- C—CHEMISTRY; METALLURGY
- C12—BIOCHEMISTRY; BEER; SPIRITS; WINE; VINEGAR; MICROBIOLOGY; ENZYMOLOGY; MUTATION OR GENETIC ENGINEERING
- C12C—BEER; PREPARATION OF BEER BY FERMENTATION; PREPARATION OF MALT FOR MAKING BEER; PREPARATION OF HOPS FOR MAKING BEER
- C12C5/00—Other raw materials for the preparation of beer
- C12C5/02—Additives for beer
- C12C5/04—Colouring additives
Landscapes
- Preparation Of Fruits And Vegetables (AREA)
- Storage Of Fruits Or Vegetables (AREA)
- Non-Alcoholic Beverages (AREA)
Abstract
Cerveja artesanal com adição de farinha de banana cuja composição em termos de concentração/quantidade/volume é compreendida por uma faixa entre 70 a 90% de malte; entre 10 a 30% de farinha de banana. O processo de produção de cerveja artesanal com adição de farinha de banana da variedade MUSA SPP é identificado como um processo que busca reduzir custo e introduzir novos ingredientes para o setor cervejeiro. Além de buscar desempenhar um papel social frente a economia agrícola ao agregar valor as bananas cultivadas no Estado de Sergipe, ajudando assim no comércio regional e nacional.
Description
[001] O presente pedido de patente de invenção se refere a produção de cerveja contendo uma redução na quantidade de malte por farinha de banana, com o intuito de obter um produto dotado de importantes melhoramentos tecnológicos e funcionais, e de acordo com as normas e especificações exigidas pela legislação brasileira.
[002] A finalidade do presente invento é a utilização de bananas da espécie Musa spp para produção de uma farinha e em sequência aplicação dela como substituinte do malte na cerveja, produzindo uma cerveja artesanal de baixo custo e de valorização da fruta regional.
[003] A cerveja é uma das bebidas alcoólicas mais consumidas no Brasil e no mundo, isto gera um impulso no mercado de cervejas artesanais, que é caracterizado por apresentar diferentes misturas e sabores para essa bebida.
[004] A produção de cerveja sofreu grandes mudanças importantes, principalmente em relação à produção em larga escala, dando início ao seu processo de industrialização. O processo de fermentação é o principal processo da cerveja, tendo os procedimentos de produção uma melhoria quando se passaram a introduzir diferentes tipos de ervas, como por exemplo, a adição do lúpulo (BORGES, 2015).
[005] A expansão das microcervejarias permitiu a produção de cervejas que vêm conquistando o mercado consumidor com o seu diferencial de sabores. O consumo de cervejas especiais, aquelas que possuem sabor mais forte ou mais de malte de cevada sobre o extrato primitivo como fonte de açúcares, cresceu de maneira acelerada nos últimos anos (ESPERANCINI, 2011).
[006] A cerveja do tipo Ale apresenta temperatura de fermentação que varia de 15 a 24°C. É o processo de fabricação mais antigo e resulta em uma cerveja mais complexa, frutada e lupulada. A cor e o sabor podem variar bastante, porém são mais encorpadas (CERVESIA, 2007).
[007] A cerveja Lager surgiu como resultado da fermentação que ocorria no fundo do tonel, em baixas temperaturas entre 6 e 12°C. Lager apresenta coloração clara, moderado amargor, alta carbonatação e o seu teor alcoólico que varia entre 3 e 6%. São consideradas cervejas mais “leves” (CERVESIA, 2007).
[008] O mercado de cerveja artesanal vem ganhando força no mercado mundial e no Brasil não poderia ser diferente. Por isso, cada vez mais se busca desenvolver novos produtos com propostas de produtos inovadores, de modo a agregar valor aos diferentes tipos de bananas cultivadas no Estado de Sergipe, a decisão de realizar um estudo com adição de farinhas de bananas é pela oportunidade de negócio com este produto advinda do crescimento do mercado de cervejas artesanais.
[009] Além de ser um importante nicho de mercado e desempenhar relevante papel social frente à economia agrícola, como alternativa para pequenos produtores. Tais fatos e observações justificam os investimentos em pesquisa por processo que gerem novos produtos, bem como corroboram com a crescente melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro e a maior exigência do mercado consumidor.
[0010] No Brasil, a banana é a segunda fruta na preferência do consumidor, depois da laranja. O seu consumo anual per capita, chega a quantidades próximas a 35 kg, atingindo todas as camadas da população.
[0011] A banana é um alimento presente na dieta dos brasileiros, devido às suas características sensoriais e nutricionais. Possui elevado valor nutricional, ótima fonte energética, além de apresentar vitaminas A e do complexo B, fibras, proteínas, carboidratos, cinzas, lipídeos, potássio, fósforo, magnésio, sódio, dentre outros minerais em menores quantidades.
[0012] A banana (Musa spp.) é uma das frutas mais consumidas no mundo, sendo explorada na maioria dos países tropicais. A produção mundial atingiu cerca de 48 milhões de toneladas em 1991, destacando-se o Brasil como o 2° país produtor, com a seguinte distribuição regional: Nordeste (42,6%); Sudeste (25,5%); Norte (14,3%); Sul (10,4%) e Centro Oeste (7,2%)
[0013] Pode-se prever que os diversos cultivares apresentarão vias metabólicas semelhantes, mas os teores de amido no fruto verde, a atividade das enzimas ligadas à degradação do amido ou síntese e hidrólise da sacarose e os carboidratos resultantes no fruto maduro podem variar, resultando em produtos diferenciados.
[0014] Desta forma, a substituição de um percentual de malte por farinha da banana Musa spp., foi melhor aceita pelos consumidores, agrega valor e é viável e interessante no tocante a inovações.
[0015] Atualmente existem, como é do conhecimento dos técnicos no assunto, diversos produtos com adição de farinha de banana. Não existem, todavia, patentes para cerveja artesanal com adição de farinha de banana.
[0016] Através de uma análise criteriosa sobre patentes relacionadas, destacamos alguns documentos, contudo, não são considerados relevantes conforme a proposta da presente invenção.
[0017] Documento BR 10 2019 008742 0: refere-se à produção de cerveja artesanal utilizando como adjunto o líquido claro extraído da massa de cacau, que cobrem as sementes, antes do processo de fermentação do cacau (Theobroma cacao L) denominado de “mel de cacau”. A cerveja produzida apresenta sabor e aroma diferenciados devido a presença do mel de cacau.
[0018] Documento PI 0705778-4: que o trata de uma etapa do processo produtivo de um tipo específico de cerveja, com adição de mel de engenho ao final da fervura do mosto. A adição de mel de engenho possibilita a obtenção de uma cerveja com aroma e sabor característico de melado, menos encorpada, mais alcoólica e com maior refrescância.
[0019] Os produtos encontrados diferem totalmente do presente produto proposto, pois o este se trata de uma cerveja artesanal com substituição parcial de malte por farinha de banana. Através dessa substituição, é possível produzir um produto aceitável, inovador e de menor custo.
Breve descrição dos desenhos
A Figura 1 apresenta o fluxograma da produção da cerveja artesanal com adição de farinha de banana.
Breve descrição dos desenhos
A Figura 1 apresenta o fluxograma da produção da cerveja artesanal com adição de farinha de banana.
[0020] A cerveja é produzida a partir de ingredientes provenientes da natureza, tais como: cevada maltada, cereais não maltados, lúpulo, levedura e água, onde pode ser adicionada outra matéria prima amilácea na preparação.
[0021] O processo de produção de cerveja segue as seguintes etapas: moagem do malte; mosturação ou tratamento enzimático do mosto; filtração; fervura; tratamento do mosto (remoção do precipitado, resfriamento e aeração); fermentação; maturação e clarificação (ALMEIDA; SILVA, 2005).
[0022] A moagem serve para quebrar os grãos do cereal, de modo que seu amido interno seja exposto e aumente o contato com as enzimas do malte, a fim de favorecer a hidrólise. Essa etapa define a qualidade final da cerveja, bem como seu rendimento e suas características físico químicas (DRAGONE; ALMEIDA; SILVA, 2010).
[0023] A mosturação tem o princípio da mistura do malte que foi moído com a água cervejeira em uma tina de mostura, ou cozinhador de malte ou ainda na primeira panela, caso o processo seja em escala reduzida. O objetivo dessa etapa consiste em favorecer as reações bioquímicas que o processo necessita (BUSCH, 2015).
[0024] A etapa de filtração serve para reter as partículas maiores o bagaço do malte do mosto cervejeiro.
[0025] A etapa de fervura ocorre desnaturação proteica, a concentração do mosto, a eliminação de compostos sulfurosos, a esterilização e escurecimento do mosto. Na fervura é onde adiciona-se o lúpulo, este que confere as características de aroma da cerveja. Normalmente esse processo dura 80 minutos a 120 minutos.
[0026] A etapa de fermentação ocorre com o mosto resfriado e aerado. Após o processo de fermentação, o fermento é retirado e inicia a etapa de maturação com a temperatura menor durante um tempo mínimo de 72 horas.
[0027] Após essas etapas a cerveja vai para o envase e rotulagem.
[0028] A cerveja artesanal faz parte de uma classe de produtos que possui uma qualidade superior e dessa forma, maior valor agregado.
[0029] A cerveja artesanal com adição de farinha de banana tem como destaque a diminuição do valor do produto final, como descrito na Tabela 1 e Tabela 2.
[0030] O presente invento tem como objetivo a substituição de parte do malte presente na formulação da cerveja artesanal por farinha de banana Musa spp, devido fato das cervejas artesanais atualmente possuírem preços elevados, a utilização da farinha de banana acarreta em diminuição de custo e valorização de um fruto regional.
[0031] Exemplo de obtenção da farinha de banana musa spp: 10kg de banana foi lavado em água corrente, mergulhado em solução de hipoclorito de sódio a 200 ppm por 10 minutos e em seguida enxaguado em água corrente para retirada do excesso de cloro. O descascamento de parte das bananas foi realizado de forma manual com o uso de faca em aço inoxidável, sendo eliminada toda a casca. Após o descascamento e fatiamento utilizando um fatiador de bancada, serão submetidas à solução de ácido ascórbico 1% por quinze minutos, para evitar o escurecimento enzimático. Em seguida, as fatias de bananas foram espalhadas em bandejas de alumínio com plástico filme e colocadas em um secador convectivo e secas nas temperaturas de 50, 60 e 70° C, a fim de determinar a melhor condição de secagem. Para obter farinhas diferentes, uma porção foi fatiada com a banana inteira e outra parte sem a casca. A diminuição do teor de água foi monitorada por gravimetria, pesando-se o conjunto bandeja-amostra em balança semi-analítica em intervalos de 30 minutos. As pesagens foram realizadas até que não apresentassem variações de massa das fatias de bananas. Após a secagem nas diferentes temperaturas, as fatias secas de bananas foram trituradas em um liquidificador até formar uma farinha, acondicionadas em embalagens de plástico a vácuo e armazenadas em um freezer até o processo de produção de cervejas.
[0032] Exemplo de obtenção da cerveja artesanal com adição da farinha de banana: As cervejas foram produzidas a partir de kits adquiridos em um comércio local de insumos cervejeiro contendo malte Pilsen, lúpulo Hallertuar Mittelfrueh, levedura Saccharomyces cerevisiae - Safale American US-05 e água mineral, também adquirida em mercado local. Foram produzidas seis formulações com 1 kg de carboidrato (malte e farinha de banana), das quais três foram utilizadas a farinha da banana inteira e as três restantes incorporou-se a farinha da banana sem a casca, variando a concentração como mostra a tabela 3.Legenda: CC - farinha com casca; SC - farinha sem a casca
[0033] Para a preparação do mosto, foi adicionado 2,6L de água mineral em um caldeirão de alumínio, aquecendo até a temperatura de 72,3°C, posteriormente foi adicionado no Brew in a Bag - BIAB (esterilizado) o malte moído e a farinha de banana, onde o mesmo será mantido na temperatura de 65,6°C por um período de 90 min. Em paralelo, 9,5L de água mineral foi aquecida na temperatura de 75,6°C e foi adicionado continuamente no BIAB no final do período de 90 min para recircular e clarificar o mosto.
[0034] Em seguida, o mosto foi separado do bagaço do malte e da farinha retirando o BIAB do caldeirão. O mosto foi fervido durante 60 minutos e no início desta etapa foi adicionado 10g do lúpulo. Finalizada à fervura, realizou-se uma espécie de redemoinho utilizando a colher cervejeira a fim de auxiliar a decantação do trub. O mosto foi resfriado com auxílio do chiller esterilizado até a temperatura de 20°C e transferido para o fermentador onde foram adicionadas às leveduras (1g/L de mosto) ativadas previamente.
[0035] A etapa de fermentação ocorreu sob temperatura controlada de 18°C e foi acoplado ao fermentador um airlock a fim de cessar a entrada de oxigênio. O tempo desta etapa varia conforme a quantidade de açúcares a serem fermentados. Durante o processo fermentative foi feito o acompanhamento do teor de sólidos solúveis a cada 24 horas até que se mantivesse constante.
[0036] A maturação ocorreu a 0°C durante 10 dias e seguiu para etapa de envase, onde é adicionado sacarose (6g/L) a fim de melhorar sua qualidade com a fermentação dentro da garrafa.
[0037] Foram feitas as seguintes analises a fim de padronizar e garantir a qualidade da cerveja: A banana e a farinha foram submetidas às análises de: Acidez, Cor, pH e Sólidos Solúveis a partir das metodologias descritas pelo IAL, (2005).
[0038] O rendimento das farinhas foi determinado de acordo com a Equação 1.
Equação 1: Rendimento das farinhas
R= F/P*100
Onde: R = rendimento (%); F = quantidade de farinha obtida (g); P = quantidade de polpa de banana (g).
Equação 1: Rendimento das farinhas
R= F/P*100
Onde: R = rendimento (%); F = quantidade de farinha obtida (g); P = quantidade de polpa de banana (g).
[0039] A cerveja foi submetida a análises de: Acidez, pH, Densidade, Sólidos Solúveis, Extrato Seco e Álcool, sendo estas metodologias descritas pelo IAL, (2005); Cor pelo método espectrofotométrico (EBC, 2005).
[0040] A cerveja foi submetida a análise de coliformes totais e termotolerantes e a contagem padrão em placa de microrganismos mesófilos aeróbios com a metodologia descrita por SILVA; JUNQUEIRA; SILVEIRA (2001)
[0041] Para análise de coliformes utilizou-se o método do número mais provável (NMP). Primeiramente, retirou-se 25mL de amostra da cerveja e preparou-se uma diluição colocando 1mL de amostra em um tubo contendo 9 mL de Caldo Lactosado e tubos de Dhuran invertidos. Transferiu-se 1mL dessa primeira diluição para outros três tubos, sendo esta a segunda diluição (10-2). Dessa diluição retirou-se 1 mL e adicionou-se em três tubos, sendo esta a terceira diluição (10-3). Posteriormente, incubou-se os tubos por 48h. O processo foi repetido para cada lote de cerveja. Nenhum tubo apresentou turvação, dessa forma, não foi necessário realizar o teste confirmativo.
[0042] Para a contagem de mesófilos utilizou-se o meio de cultura Plate Count Agar (PCA) e o método de semeadura em profundidade. A amostra de cerveja foi diluída e transferiu-se 1mL para placa de Petri, posteriormente, verteu 15mL a 20 mL de Agar fundido e resfriado. Realizou-se movimentos circulares para a homogeneização. Aguardou-se o tempo de solidificação, em seguida, a placa foi invertida e incubada. Depois de 48h foi feita a contagem de colônias. Foi realizada duplicata para cada amostra de cerveja.
[0043] A análise sensorial realizada na cerveja ocorreu pelos Testes Afetivos de aceitação e intenção, por escala hedônica de 09 pontos. Para o painel sensorial foram recrutados 30 avaliadores aleatórios não treinados de ambos os sexos, utilizando como critérios de inclusão, o fato de que o avaliador devesse ter no mínimo 18 anos de idade, devesse gostar de cerveja e não devesse dirigir por pelo menos 60 minutos após o término da análise. Para cada avaliador foi servido 30mL de cerveja na temperatura aproximada de 5°C, em copos de plástico e água mineral para beber entre as amostras evitando, assim, interferência na análise. Foram avaliados os atributos: aparência, impressão global e intenção de compra. Os dados obtidos, para cada atributo, foram submetidos à Análise de Variância (ANOVA), ao nível de 5%, com o auxílio da ferramenta SAS (2001).
[0044] Quanto ao resultado o rendimento das farinhas entre as diferentes temperaturas, obteve uma maior porcentagem na temperatura de 70°C, descrito na Tabela 4.
[0045] Os resultados dos parâmetros físico químicos para os tipos diferentes de farinha estão representados na Tabela 5.
[0046] Ao analisar a variação do teor de sólidos solúveis (teor da banana in natura - teor após a secagem), é possível perceber que na secagem a 70°C houve menor redução.
[0047] A cerveja apresentou pH menor que 4,5, sendo de fundamental importância para manter isenta de microrganismos patogênicos e evitar posteriores contaminações. Os resultados das análises estão representados na Tabela 6.
[0048] O teor alcoólico se apresentou mais elevado nas amostras que não continham casca de banana, e diminuía à medida que aumentava a concentração de farinha, como pode ser visto na tabela 7.
[0049] Para as análises microbiológicas, o valor resultante foi superior a faixa de contagem para os microrganismos mesófilos e abaixo da faixa para os coliformes. Quanto aos valores referentes a contagem de coliformes totais através do método de número mais provável apresentou ausência desse tipo de microrganismo, representado na tabela 8.
[0050] Os resultados das análises microbiológicas qualificam os seis tipos de amostras como propícias ao consumo.
[0051] Na análise sensorial foi possível confirmar a viabilidade comercial das cervejas. De maneira geral, a cerveja apresentou grande aceitação e intenção de compra.
[0052] A invenção não é limitada a um tipo específico de farinha de banana. Assim, a referida banana pode ser selecionada a partir das análises de sólidos solúveis da sua farinha, cujos valores mais altos são mais desejáveis.
Claims (19)
- CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BANANA, caracterizado pelo mosto composto de malte e farinha de banana.
- CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BANANA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a referida mistura do mosto ser composta por substituição de malte em valores de 10% a 30% por farinha de banana.
- CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BANANA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a farinha de banana selecionada é preferivelmente as de valores de sólidos solúveis entre 19,8 a 28,2 ° Brix.
- CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BANANA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a cerveja obtida após a maturação contenha EBC entre 6,47 a 24,27.
- CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BANANA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a densidade relativa da cerveja obtida após a maturação é mantida valores entre 1,004 - 1,016g/cm3.
- CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BANANA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o pH da cerveja obtida após a maturação é mantido em um valor substancialmente igual ou inferior a 4,73.
- CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BANANA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por os sólidos solúveis da cerveja obtida após maturação são mantidos em um valor substancialmente igual ou superior a 4,0° Brix e substancialmente igual ou inferior a 5,6° Brix.
- CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BANANA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a acidez da cerveja obtida após maturação é mantida em valores entre 0,109 - 0,570% ácido acético.
- CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BANANA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o extrato seco da cerveja obtida após a maturação é mantido em um valor substancialmente igual ou superior a 3,0%, preferencialmente entre 3,0 - 7,0%.
- CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BANANA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o teor alcoólico da cerveja obtida após a maturação é mantido em um valor substancialmente igual ou superior a 1,24 e substancialmente igual ou inferior a 3,54.
- PROCESSO PARA CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BANANA, caracterizado pelo fato de que compreende as seguintes etapas sequenciais:
- I. Preparo do mosto ou mosturação;
- II. Filtração;
- III. Fervura do mosto;
- IV. Resfriamento;
- V. Fermentação;
- VI. Maturação;
- VII. Envase.
- PROCESSO PARA CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BANANA, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pela adição de farinha de banana junto ao malte na etapa de mosturação.
- PROCESSO PARA CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BANANA, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pela filtração ocorrer a fim de separar as porções líquida e sólida.
- PROCESSO PARA CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BANANA, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pela adição do lúpulo à etapa de fervura do mosto.
- PROCESSO PARA CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BANANA, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pela decantação do mosto após a etapa de fervura a fim de que haja a separação dos resíduos sólidos.
- PROCESSO PARA CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BANANA, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pela temperatura de fermentação ser igual a 18°C.
- PROCESSO PARA CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BANANA, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pela etapa de fermentação ocorrer até que o teor de sólidos solúveis se mantenha constante em um intervalo de 24 horas.
- PROCESSO PARA CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BANANA, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pela maturação ocorrer por 10 dias a uma temperatura de 0°C.
- PROCESSO PARA CERVEJA ARTESANAL COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BANANA, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pela adição de sacarose em valor de 6g/L na etapa de envase.
Priority Applications (1)
Application Number | Priority Date | Filing Date | Title |
---|---|---|---|
BR102021009066-9A BR102021009066A2 (pt) | 2021-05-10 | 2021-05-10 | Cerveja artesanal com adição de farinha de banana |
Applications Claiming Priority (1)
Application Number | Priority Date | Filing Date | Title |
---|---|---|---|
BR102021009066-9A BR102021009066A2 (pt) | 2021-05-10 | 2021-05-10 | Cerveja artesanal com adição de farinha de banana |
Publications (1)
Publication Number | Publication Date |
---|---|
BR102021009066A2 true BR102021009066A2 (pt) | 2022-11-16 |
Family
ID=84000374
Family Applications (1)
Application Number | Title | Priority Date | Filing Date |
---|---|---|---|
BR102021009066-9A BR102021009066A2 (pt) | 2021-05-10 | 2021-05-10 | Cerveja artesanal com adição de farinha de banana |
Country Status (1)
Country | Link |
---|---|
BR (1) | BR102021009066A2 (pt) |
-
2021
- 2021-05-10 BR BR102021009066-9A patent/BR102021009066A2/pt unknown
Similar Documents
Publication | Publication Date | Title |
---|---|---|
RU2380400C1 (ru) | Микробиологически стабилизированное пиво | |
Bhat et al. | An overview on the biological production of vinegar | |
Lopes et al. | New alcoholic fermented beverages—potentials and challenges | |
BG62447B1 (bg) | Метод за обработка на напитки, получени чрез ферментация | |
US20110293778A1 (en) | Novel yeast strain and methods of use thereof | |
Francisco et al. | Development of a no added sugar kombucha beverage based on germinated corn | |
JP7144194B2 (ja) | 麦芽発酵飲料及びその製造方法 | |
WO2017214673A1 (en) | A yeast strain and uses thereof | |
Bvochora et al. | Biochemical changes occurring during the application of high gravity fermentation technology to the brewing of Zimbabwean traditional opaque beer | |
Tangüler et al. | Problems, suggestions and last trends related to salgam beverage which is traditional product of Turkey | |
BR112020021811B1 (pt) | Bebidas e bases de bebida à base de cevada e métodos de produção das mesmas | |
BR102021009066A2 (pt) | Cerveja artesanal com adição de farinha de banana | |
Elgorashi et al. | Nutrient composition and bioactive components of non-alcoholic sorghum malt beverage | |
de Melo et al. | Effect of different concentrations of bush passion fruit pulp and temperature in the production of beer | |
KR100361647B1 (ko) | 저급딸기를 이용한 딸기식초 및 이의 제조방법 | |
JP6608166B2 (ja) | 発酵飲料の製造方法 | |
Adugna et al. | Preparation and Quality Evaluation on Local Beverage (Tella) Prepared with Clay Pot (Insira) and Plastic Jar in North-Eastern Ethiopia | |
CN107828575A (zh) | 一种嘉宝果树葡萄酒的制作方法 | |
Coldea et al. | Fermentative bioprocesses | |
Chettri et al. | Production of Malt-Based Beverages | |
BR102020021703A2 (pt) | Produção de cerveja frutada artesanal com umbu-cajá | |
BR102020021702A2 (pt) | Produção de cerveja frutada artesanal com umbu | |
Osho et al. | Fermentation of cashew juice using the wine yeast strain NCYC 125 and three other isolated yeast strains | |
Khatak et al. | ALCOHOLIC BEVERAGES | |
Egushova et al. | Development of beer drinks recipe and technology with fruit and berry raw materials |
Legal Events
Date | Code | Title | Description |
---|---|---|---|
B03A | Publication of a patent application or of a certificate of addition of invention [chapter 3.1 patent gazette] |