BR102019016576A2 - Equipamento com dispositivos sopradores de exaustão e de sopro reverso para manutenção de regenerador de alto forno, com sistema de controle da pressão e da temperatura interna do regenerador, por efeito venturi - Google Patents

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Abstract

resumo equipamento com dispositivos sopradores de exaustão e de sopro reverso para manutenção de regenerador de alto forno, com sistema de controle da pressão e da temperatura interna do regenerador, por efeito venturi para controlar a pressão junto ao interior da saída de quente (aq) e da câmara de regeneração (cr) do regenerador (r) do alto forno, em efeito venturi, obtendo-se temperatura para a permanência do trabalhador para manutenções. para tanto, na boca de visita (v) (bv ou mainhole) do regenerador (r) é acoplado um equipamento (1) com dispositivos sopradores (12) para que, por vácuo criado ao longo do trecho de arrasto (2) de seu corpo tubular, seja provocada depressão junto ao interior da saída de quente (aq) e da câmara de regeneração (cr) do regenerador (r) em ciclo contínuo, mantendo os gases quentes (q) confinados no domo (d). com isso é obtida maior circulação de ar frio (af) nessas regiões, em um controle da pressão interna no regenerador (r) que, apesar de utilizar-se do auxílio de sensores termopar convencionais, é feito manual e milimetricamente, de forma segura, rápida e, consequentemente, menos onerosa.

Description

“EQUIPAMENTO COM DISPOSITIVOS SOPRADORES DE EXAUSTÃO E DE SOPRO REVERSO PARA MANUTENÇÃO DE REGENERADOR DE ALTO FORNO, COM SISTEMA DE CONTROLE DA PRESSÃO E DA TEMPERATURA INTERNA DO REGENERADOR, POR EFEITO VENTURI” [001] Refere-se o presente relatório descritivo, a um pedido de patente de invenção para um sistema que se desenvolve a partir de um corpo de configuração tubular dotado de bocais estrategicamente distribuídos para receber um arranjo de dispositivos sopradores, formando um equipamento dimensionado para ser acoplado a partir da boca de visita (BV ou mainhole) de um regenerador de alto forno. [002] Através dos seus dispositivos sopradores o equipamento mantém, no interior do regenerador, em sistema “venturi”, a depressão (pressão negativa) por exaustão, que pode ser alternada à injeção de ar por sopro reverso para alcançar, quando necessário, a pressão positiva. O equipamento possibilita ainda, o controle de temperatura das regiões críticas do regenerador, de forma manual e milimétrica. Assim, através do equipamento e do sistema que o mesmo envolve é mantida uma temperatura no domo do regenerador segura a fim de evitar que seu refratário entre em colapso, ao mesmo tempo em que mantém nas outras regiões - como junto ao interior da entrada de ar quente (no seu refratário), na câmara de regeneração e da sala de grelhas - os limites operacionais para possibilitar a aproximação e a entrada dos trabalhadores para reparos internos e manutenções em geral, de forma segura, rápida e, consequentemente, menos onerosa.
Comentários da técnica [003] Como é de conhecimento de técnicos da metalurgia do ferro, o alto forno é um equipamento para a produção do ferro gusa em estado líquido a uma temperatura em torno de 1500°C, com qualidade e
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2/14 quantidade satisfatórias para o andamento dos processos produtivos subsequentes. Um dos procedimentos altamente importantes é a injeção de ar quente para a combustão e elevação da temperatura interna do alto forno, que ocorre através de regeneradores, os quais formam uma fonte responsável por aproximadamente 20% da energia consumida no processo para tratamento de sinter, minério de ferro, fundentes coque e etc.
[004] A figura 1 dos desenhos anexos é inserida apenas a título exemplificativo para o pedido de patente a ser descrito mais adiante. Essa figura mostra, de um lado, a imagem de um alto forno ligado a três regeneradores. Ao lado dessa imagem, à direita da folha, é mostrada mais detalhadamente a ligação entre regenerador e alto forno. Como se observa pela imagem, são estruturas de aço cilíndricas revestidas por tijolos refratários, divididos geralmente em duas câmaras: de combustão (fenômeno de origem química) e de regeneração (fenômeno de origem física de transferência de calor e escoamento), sendo tais câmaras comunicantes com um domo na parte superior. Através da entrada de ar frio, pela ação de um soprador esse ar penetra e percorre a câmara de regeneração, passando por condutos decorrentes da furação predefinida de um empilhamento de refratários (coluna de Checker), sustentados pela sala de grelhas. Esse ar frio vai percorrendo o caminho inverso dos gases quentes (provindos do processo do próprio alto forno) e por estes sendo gradativamente aquecido em ultrapassagem pela coluna de Checker da câmara de regeneração até atingir o domo. Esse ar frio aquecido misturado aos gases quentes é impelido, pela pressão aumentada no domo, para a câmara de combustão sofrendo ainda mais aquecimento através do queimador junto à saída de ar quente (“margarida”), de onde são conduzidos extremamente aquecidos (em temperatura de até 1.500 °C) ao duto de ar quente que envolve o alto forno. Através de
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3/14 dispositivos injetores (algaravizes) instalados no duto de ar quente e ligados a ventaneiras do alto forno, esse último recebe a injeção do ar quente mais O2 e combustíveis auxiliares para o sistema de combustão e de elevação da sua temperatura interna durante a produção do ferro gusa.
[005] Como se observa, a circulação do ar é vital para o processo de funcionamento do alto forno e, nesse sentido pode ser citado, também apenas a título exemplificativo, o documento de patente PI 95050868 denominado “CENTRALIZAÇÃO DO AR DE COMBUSTÃO EM REGENERADORES”, de 1995, que protege a introdução de tubulação ao sistema de sopradores originais para direcionar e redistribuir o ar de volta para os regeneradores em controle por válvulas de isolação de vazão para cada soprador. Assim, estando os sopradores em sua posição original, os mesmos recebem tubulação própria ligada a uma tubulação de distribuição da qual estendem-se as tubulações para cada regenerador, cada qual contendo sua válvula de controle. Em controle por essas válvulas é evitado o refluxo de ar quando algum dos sopradores não estiver em funcionamento. Como se pode notar, este documento trata de uma concentração do ar proveniente dos sopradores de cada regenerador, centralizando em uma tubulação que é ligada a todos regeneradores. Desta forma, estando, por exemplo, um ou dois sopradores ligados, independente de qual, a tubulação de concentração distribui o ar ao regenerador que necessite, evitando o funcionamento de todos os sopradores ao mesmo tempo sem necessidade. Com este recurso é reduzido o consumo de energia pelos sopradores e facilitadas manutenções preventivas. Uma imagem desse documento PI 9505086-8 é inserida como figura 2 para o pedido a ser descrito mais adiante.
[006] Quando da construção de um regenerador, os refratários do domo são posicionados lado a lado revestindo internamente toda essa
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4/14 cúpula, feita em chapa. Estabelecida a ligação com o alto forno o regenerador é inicialmente acionado e, como não há nenhuma espécie de fixação física para a ancoragem dos refratários do domo, os mesmos expandem-se com o aquecimento a altas temperaturas e se intertravam pelo calor acumulado nessa área superior.
[007] Um dos grandes problemas enfrentados é a etapa de manutenção devido à complexidade no controle dessas altas temperaturas que devem ser enfrentadas pelos trabalhadores, podendo haver problemas caso haja descontrole no aquecimento ou resfriamento excessivos em determinadas regiões do regenerador, como no domo. Uma outra área crítica, por exemplo, ocorre internamente junto à saída de ar quente na câmara de combustão, cujo refratário, sob a incidência do calor e velocidade do ar impostos tende a erodir e reduzir sua espessura, por isso, deve ser periodicamente reposto.
[008] Para possibilitar a manutenção é feito um controle com o fechamento da válvula de ar quente e abertura e fechamento da válvula de alívio (chaminé) e da entrada de ar frio do regenerador, no sentido de criar uma pressão levemente negativa para possibilitar a execução dos reparos “a quente” nas regiões necessárias. Dessa forma, tentando controlar a pressão e consequentemente a temperatura no interior do domo é evitado que os gases se direcionem as aberturar feitas para acesso as regiões de reparos a quente, preservando o trabalhador e possibilitando-lhe a permanência para os reparos internos. O controle por meio das válvulas originais para esses reparos, é, no entanto, limitado a apenas períodos espaçados de curtos espaços de tempo, normalmente de no máximo 30 min., sendo, ainda, complexo, trabalhoso e demorado, feito em combinação a sensores termopar obrigatoriamente distribuídos no regenerador, enviando informações da oscilação de temperatura em áreas predefinidas. Durante esse período para reparos, o controle das
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5/14 válvulas pode causar grande perda de cargas de energia térmica e a temperatura dos gases quentes pode ser reduzida em níveis que favorecem o risco de colapso dos refratários do domo. Nesse caso o trabalhador deve ser retirado do regenerador e interromper o serviço pois deve-se ligar o queimador auxiliar pela câmara de combustão para elevar novamente a temperatura dos gases, processo esse que pode ser repetido por várias vezes, estendendo a manutenção por dias ou, dependendo do reparo, semanas para ser completada, trazendo grandes prejuízos ao manufaturador do ferro gusa e de outros produtos. Além disso, também em caso de imprecisão nesse controle por válvulas, com o aumento da pressão no domo e os gases forçados contra a coluna de Checker na câmara de regeneração aquecendo esse conjunto refratário indevidamente, essa alta temperatura pode ser transferida à sala de grelhas. Essa estrutura de sustentação do refratário que são as grelhas feitas de ferro fundido, não são projetadas para suportar temperaturas acima de 500 °C sob risco de desabar e assim provocar o desmoronamento da coluna de Checker. [009] Portanto, o controle térmico feito pela manobra de válvulas originais não atende ao aporte térmico necessário para manter os refratários do domo estabilizados, nem para o conjunto refratário/coluna de Checker da câmara de regeneração e, consequentemente, para manter a adequada temperatura na sala de grelhas quando das operações de manutenções.
Objetivo do pedido [010] O equipamento e o sistema que o envolve, motivos desse pedido de patente de invenção, vêm evitar o uso das válvulas originais do regenerador para o controle da temperatura durante manutenções e evitar o “efeito chaminé”. O controle passa ser feito, portanto, a partir de um corpo tubular receptor de mangotes para ligação de dispositivos sopradores de exaustão e, caso necessário, utilizando dispositivos
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6/14 sopradores trabalhando em sopro reverso formando um equipamento adaptado para ser acoplado externamente a partir da boca de visita (BV ou mainhole) do regenerador proporcionando, em seu interior, por efeito venturi, segurança e rapidez nessa importante etapa de reparos.
[011] Explicado superficialmente, passa o invento a ser melhor detalhado através dos desenhos anexos.
[012] A figura 1, como foi dito, faz parte do estado da técnica, assim como a figura 2, extraída do documento de patente PI 9505086-8.
[013] As figuras a seguir relacionadas, de 3 a 13, referem-se ao equipamento e ao sistema que o mesmo envolve:
Figura 3 - vista em perspectiva do equipamento do tipo de efeito venturi, composto por partes tubulares acopladas, formadas basicamente por um trecho de arrasto com flange de acoplamento à boca de visita (BV ou mainhole) do regenerador, junto à qual são incorporados bocais para dispositivos sopradores para função de sopro reverso (injeção de ar) além de recortes fechados por gavetas deslizantes (com função de controle de intensidade de arrasto). Ao final do trecho de arrasto há uma conexão amplificadora cônica, igualmente dotada de bocais distribuídos radialmente para dispositivos sopradores para função de exaustão de ar, e a partir da qual estende-se um trecho de transição com maior diâmetro, seguido de curva para a formação de uma coifa;
Figura 4 - vista superior do equipamento;
Figura 5 - vista lateral do equipamento;
Figura 6 - layout de um regenerador em funcionamento normal, com o ar frio entrando pela tubulação de ar frio ultrapassando os canais da coluna de Checker da câmara de regeneração para gradativo aquecimento por meio dos gases quentes provindos do
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7/14 processo do alto forno, até atingir o domo onde é estabilizado a uma temperatura de uso, em torno de 1500 C°. Através da pressão e temperatura obtidas no domo, os gases extremamente quentes e regenerados do ar frio são direcionados pela câmara de combustão somada à ação do queimador e, assim, ainda mais aquecidos saem do regenerador para a combustão no alto-forno; Figura 7 - vista segundo figura anterior, com a entrada de ar frio e saída válvula de alívio bloqueadas e, saída de ar quente (margarida) com bloqueio dotado de porta de acesso operacional e, na boca de visita do regenerador acoplado o equipamento em questão, cujos bocais em ângulo e em contraposição recebem mangotes ligados aos dispositivos sopradores, tanto de exaustão quanto de injeção de ar, integrados a seu painel elétrico de controle;
Figura 8 - detalhe apenas do trecho relativo à boca de visita do regenerador. Pelas setas é mostrado que os dispositivos sopradores de exaustão de ar do equipamento foram acionados para início do sistema de controle de pressão e de temperatura no interior do regenerador. Como se observa, os dispositivos sopradores forçam o ar pelo trecho de transição com maior diâmetro, saindo pela coifa, formando, após a conexão ampliadora cônica o vácuo no trecho de arrasto, de menor diâmetro, para que, no interior do regenerador seja provocado o efeito venturi obtendo-se leve depressão interna. O detalhe A ampliado mostra uma das gavetas deslizantes pelas quais é feito o fechamento/abertura gradual, manualmente, dos recortes do trecho de arrasto para provocar maior ou menor intensidade de vácuo, controlando o arrasto e, consequentemente, a depressão (pressão negativa) de ar imposta no interior do regenerador;
Figura 9 - vista segundo as figuras 7 e 8 mostrando o
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8/14 regenerador com suas entradas e saídas bloqueadas. Com estes bloqueios os gases quentes se mantêm concentrados superiormente no domo. Como se observa pelas setas, através do equipamento em ação de exaustão, a partir da boca de visita é criada a depressão interna no regenerador para que o ar ainda frio, mais particularmente na câmara de regeneração, seja puxado criando também leve depressão na câmara de combustão. Com isso ocorre leve entrada de ar frio exterior para o interior do regenerador, mantendo-se uma temperatura adequada para a permanência dos trabalhadores para o serviço de manutenção nos refratários, evitando o “efeito chaminé” nas regiões expostas para efetivação dos reparos necessários durante serviços “a quente”;
Figura 10 - vista segundo figura anterior mostrando o ambiente com temperatura que permita, nas áreas internas junto a saída de ar quente e na câmara de regeneração, a entrada dos trabalhadores. Essa figura mostra também que, passado um determinado tempo de depressão provocada pelo efeito venturi o equipamento provoca depressão interna juntamente com certa pressão na área do domo, e os gases quentes tendem a descer pela coluna de Checker da câmara de regeneração, quando então o ambiente pode deixar de ser propício ao trabalhador. Nesse caso, como mostra o detalhe B, as gavetas deslizantes podem ser movimentadas para expor os recortes do trecho de arrasto, para falso repuxo de ar com o intuito de reduzir o vácuo no equipamento venturi, e, consequentemente, diminuir a depressão no interior do regenerador, redirecionando os gases quentes novamente para o domo e estabilizando a temperatura, permitindo-se ainda a permanência do trabalhador no interior do regenerador;
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Figura 11 - detalhe apenas do trecho relativo à boca de visita do regenerador com o equipamento acoplado. De acordo com a figura anterior, caso a descida dos gases quentes seja acentuada devido, por exemplo, à pressão excessiva provinda do alto forno, e os gases quentes continuem descendo, nesta situação deve ser provocado o sopro reverso no equipamento. Para tanto são desativados os dispositivos sopradores de exaustão e ativados os dispositivos sopradores de sopro reverso, fazendo soprar o ar frio forçado para o interior do regenerador através da câmara de regeneração, passando pela sala de grelhas e coluna de Checker;
Figura 12 - vista de acordo com figura anterior, na situação de sopro reverso, onde é criada pressão levemente positiva no interior do regenerador quando da entrada de ar frio forçada na câmara de regeneração. Nessa situação, com a pressão positiva os gases quentes são levados a concentrar-se no domo, no entanto, como foi criada uma pressão positiva o ar quente do domo tende a descer pela câmara de combustão e, neste momento os trabalhadores não deverão estar nas regiões expostas que estavam realizando os reparos devido ao “efeito chaminé” (saída de ar quente), pois haverá um breve aumento de temperatura neste ponto.
Figura 13 - vista segundo a figura anterior, porém, mostrando que os gases quentes se concentraram novamente no domo após cessar o sopro reverso e serem acionados novamente os dispositivos sopradores para exaustão e, assim, em curto tempo, através da depressão presente novamente fazem o ar frio retornar a circular na parte inferior do regenerador, podendo assim os trabalhadores voltar e dar continuidade aos reparos.
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10/14 [014] Em conformidade com os desenhos anexos, o “EQUIPAMENTO COM DISPOSITIVOS SOPRADORES DE EXAUSTÃO E DE SOPRO REVERSO PARA MANUTENÇÃO DE REGENERADOR DE ALTO FORNO, COM SISTEMA DE CONTROLE DA PRESSÃO E DA TEMPERATURA INTERNA DO REGENERADOR, POR EFEITO VENTURI”, objetivo desse pedido de patente de invenção, constituise, como mostram especialmente as figuras 3, 4 e 5, de um equipamento (1) de corpo tubular composto por trecho de arrasto (2) com bocal flangeado (3), após o qual são incorporados, em pontos diametrais, dois bocais (4) com inclinação em ângulo (aproximadamente a 26°) e voltados em alinhamento a dois recortes (5), os quais são fechados por suas gavetas deslizantes (6). Após extensão predefinida, esse trecho de arrasto (2) recebe uma conexão amplificadora cônica (7) incorporando bocais (8) em ângulo (aproximadamente a 30°) distribuídos radialmente e em contraposição aos bocais (4), seguindo-se um trecho de transição com maior diâmetro (9) para o equipamento (1), o qual, após uma dobra curva finda-se em uma configuração de coifa (10).
[015] Essas partes tubulares: trecho de arrasto (2), trecho de conexão amplificadora cônica (7), trecho de transição com maior diâmetro (9) e coifa (10), são transportadas separadas para serem montadas externamente a um regenerador (R) tal como o regenerador (R) da figura 6 (de trabalho convencional com o alto forno, não mostrado). O bocal flangeado (3) do equipamento (1) é dimensionado para acoplamento à boca de visita (V) (BV ou mainhole) do regenerador (R) e, após essa fixação os bocais (4) e (8) contrapostos recebem mangotes (11) para conexão com respectivos dispositivos sopradores (12), ligados a um painel elétrico de controle, como mostra a figura 7. Os dispositivos sopradores (12) são definidos na sua função pela direção dos bocais (4) e (8) contrapostos do equipamento (1) (após a
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11/14 posição deste último junto ao regenerador (R)), sendo, portanto, os dispositivos sopradores (12a) dos bocais (4) para função de sopro reverso (injeção de ar) e os dispositivos sopradores (12b) dos bocais (8) para função de exaustão de ar.
[016] O equipamento (1), após essa montagem e fixação, será usado na etapa de manutenção/reparos no regenerador (R) cujo queimador (Q) é então desligado, bem como é feito o bloqueio da chaminé (CH) (válvula de alívio) da entrada de ar frio (AF) e da saída de ar quente (AQ) fechada pelo bloqueio (B) porém contendo uma porta de acesso (PA), junto à qual se posicionam os trabalhadores para a manutenção. [017] Após ligados os dispositivos sopradores (12b), pela disposição e o ângulo predefinido dos bocais (8), o ar passa em alta pressão e alta velocidade pelo trecho de transição com maior diâmetro (9) saindo pela coifa (10), criando, no trecho de arrasto (2), após a conexão ampliadora cônica (7), um forte vácuo, como mostra a figura 8. Os dispositivos de sopro (12b) quando usados aos pares devem ser acionados por suas unidades opostas incorporadas na conexão ampliadora cônica (7) para uniformizar a corrente de vento produzida ao longo do trecho de transição com maior diâmetro (9) do equipamento (1). Esse vácuo, obtido ao longo da extensão predefinida do trecho de arrasto (2), ao ser criado retira gradativamente o ar do interior do regenerador (R) gerando depressão simultaneamente à entrada do ar que vai penetrando a partir do próprio ambiente externo deste último, pela sua saída de ar quente (AQ), seguindo em ciclo contínuo pelo trecho de arrasto (2) do equipamento (1). Com isso é provocada a depressão (pressão negativa) na região interna junto à saída de ar quente (AQ), em efeito venturi, invertendo-se, nessa condição, o sentido normal dos gases quentes (GQ) que, pela depressão imposta tendem a ficar confinados no domo (D) do regenerador (R) como mostra a figura 9. Obtém-se assim, na área
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12/14 interna junto à saída do ar quente (AQ) uma temperatura adequada para a entrada e o serviço de reparos do refratário interno dessa região e também do refratário da câmara de regeneração (CR). A temperatura de todo o regenerador (R) é monitorada constantemente pelo operador do equipamento (1) através de sensores termopar (ST) do próprio regenerador (R), instalados em pontos da câmara de combustão (CB) e da câmara de regeneração (CR).
[018] A depressão imposta no regenerador (R) é provocada a partir da velocidade do ar em alta pressão saído dos dispositivos sopradores (12b), criando vácuo no trecho de arrasto (2) e, pelo efeito venturi favorecendo uma maior circulação de ar frio (AF) no interior da entrada de ar quente (AQ) do regenerador (R) adequando-se assim a temperatura para o trabalhador.
[019] Durante a manutenção, porém, devido a depressão provocada há a tendência de que os gases quentes (GQ) contidos no domo (D) pouco a pouco dirijam-se em direção à coluna de Checker e sala de grelhas fazendo com que a temperatura interna nessa região do regenerador (R) comece a se tornar desconfortável para o trabalhador, o que é também detectado pelos sensores termopar (ST). Nesse caso, são então abertas manualmente as gavetas deslizantes (6), como mostra o detalhe B da figura 10, havendo entrada de ar falso no interior do trecho de arrasto (2) do equipamento (1) para diminuir a intensidade do vácuo nele criado e, consequentemente, reduzir a depressão no regenerador (R) para que os gases quentes (GQ) retornem em direção ao domo (D), impedindo aumento da temperatura e estabilizando a área novamente com retorno de maior circulação do ar frio (AF) junto ao interior da entrada de ar quente (AQ). Dessa forma, essa condição de leve oscilação de pressão e de temperatura pode ser controlada “milimetricamente” através do equipamento (1), pelas suas gavetas deslizantes (6), mantendo a pressão negativa levemente maior ou
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13/14 menor, determinando as condições de temperatura para que os gases quentes (GQ) mantenham-se confinados no domo (D) e o trabalhador possa efetuar o seu serviço sem interrupções, de forma rápida e segura no interior do regenerador (R).
[020] Caso as gavetas deslizantes (6) não sejam suficientes para evitar o aumento de temperatura, por exemplo devido a grandes pressões impostas a partir do processo do alto forno, quando então, além do trabalhador a própria sala de grelhas (SG) pode ser atingida por essa oscilação térmica, os dispositivos sopradores (12b) são desligados e o fluxo de ar é invertido com o acionamento dos dispositivos sopradores (12a), como mostra a figura 11, para o sopro reverso, injetando ar no regenerador (R) a partir da sala de grelha (SG) para imediatamente criar pressão positiva na câmara de regeneração (CR), fazendo os gases quentes (GQ) retornarem ao domo (D). Com isso é reduzida a temperatura na câmara de regeneração (CR). No entanto, devido a ação forçada do sopro reverso os gases quentes (GQ) tendem a descer pela câmara de combustão (CB) como mostra a figura 12 e, nesta situação, por breve período o trabalhador não deve estar na área interna do regenerador (R).
[021] Nessa condição o sopro reverso é então cessado, voltando o equipamento (1) a trabalhar em sistema de exaustão como mostra a figura 13, obtendo-se novamente o equilíbrio da temperatura na parte inferior do regenerador (R) e concentrando-se os gases quentes (GQ) no domo (D), para a retomada dos trabalhos.
[022] Com essas ações a partir do equipamento (1), de alternância entre exaustão e injeção de ar, provocando depressão ou pressão positiva, através do efeito “venturi” é mantida a temperatura ideal para a presença do trabalhador para reparo de refratário nas áreas internas junto à saída de ar quente (AQ) e na câmara de regeneração (CR).
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14/14 [023] Dessa forma é otimizada a operação e reparo, que levaria dias ou semanas, passando a ser feita em horas ou poucos dias, o que representa um ganho significativo na produção de sinter, minério de ferro, fundentes coque e etc.

Claims (7)

1 - “EQUIPAMENTO COM DISPOSITIVOS SOPRADORES DE EXAUSTÃO E DE SOPRO REVERSO PARA MANUTENÇÃO DE REGENERADOR DE ALTO FORNO”, constituído por um equipamento (1) de corpo tubular caracterizado por um trecho de arrasto (2) com bocal flangeado (3), após o qual são incorporados, em pontos diametrais, dois bocais (4) com inclinação em ângulo e voltados em alinhamento a dois recortes (5), fechados por gavetas deslizantes (6), dito trecho de arrasto (2) delimitado por uma conexão amplificadora cônica (7) incorporando bocais (8) em ângulo, distribuídos radialmente e em contraposição aos referidos bocais (4), seguindo-se, após referida conexão redutora cônica (7), um trecho de transição com maior diâmetro (9) para o equipamento (1), que incorpora ao seu final, após dobra curva, uma coifa (10).
2 - “EQUIPAMENTO COM DISPOSITIVOS SOPRADORES DE EXAUSTÃO E DE SOPRO REVERSO PARA MANUTENÇÃO DE REGENERADOR DE ALTO FORNO”, de acordo com reivindicação 2, após transporte e montagem das partes tubulares: trecho de arrasto (2), trecho de conexão amplificadora cônica (7), trecho de transição com maior diâmetro (9) e coifa (10), junto a um regenerador (R), caracterizado pelo acoplamento, pela boca de visita (V) deste último, externamente, do bocal flangeado (3) do corpo tubular do equipamento (1), seguindo-se a conexão de mangotes (11) nos bocais (4) e (8) contrapostos para a ligação de dispositivos sopradores (12), integrados a um painel elétrico de controle.
3 - “EQUIPAMENTO COM DISPOSITIVOS SOPRADORES DE EXAUSTÃO E DE SOPRO REVERSO PARA MANUTENÇÃO DE REGENERADOR DE ALTO FORNO”, de acordo com reivindicações 1 e 2, o posicionamento do equipamento (1) junto ao regenerador (R) ser caracterizado por determinar, através do direcionamento dos
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2/3 bocais (4) e (8) contrapostos, a função dos dispositivos sopradores (12), sendo, respectivamente, dispositivos sopradores (12a) para função de sopro reverso e dispositivos sopradores (12b) para função de exaustão.
4 - “SISTEMA DE CONTROLE DA PRESSÃO E DA TEMPERATURA INTERNA DO REGENERADOR, POR EFEITO VENTURI”, de acordo com o equipamento (1) definido na reivindicação 1 e a fixação desse equipamento (1) no regenerador (R) definida nas reivindicações 2 e 3, após desligado o queimador (Q), bloqueadas chaminé (CH), entrada de ar frio (AF) e tendo a saída de ar quente (AQ) fechada pelo bloqueio (B) contendo porta de acesso (PA) (de entrada de trabalhadores), caracterizado pelo ar em velocidade e alta pressão provindo dos dispositivos sopradores (12b) para função de exaustão, em passagem pelo trecho de transição com maior diâmetro (9) e saindo pela coifa (10), criar no trecho de arrasto (2), um vácuo para a retirada gradativa do ar do interior do regenerador (R) obtendo-se depressão que permite a entrada do ar frio a partir do ambiente externo, pela porta de acesso (PA), no bloqueio (B) da saída de ar quente (AQ), em ciclo contínuo.
5 - “SISTEMA DE CONTROLE DA PRESSÃO E DA TEMPERATURA INTERNA DO REGENERADOR, POR EFEITO VENTURI”, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo confinamento dos gases quentes (CG) no domo (D) para obtenção de circulação de ar frio (AF) na área interna junto à saída do ar quente (AQ) e da câmara de regeneração (CR).
6 - “SISTEMA DE CONTROLE DA PRESSÃO E DA TEMPERATURA INTERNA DO REGENERADOR, POR EFEITO VENTURI”, de acordo com reivindicações 4 e 5, em caso de descida de gases quentes (GQ) contidos no domo (D), caracterizado pela abertura manual das gavetas deslizantes (6) dos recortes (5), no
Petição 870190077200, de 09/08/2019, pág. 21/35
3/3 trecho de arrasto (2), para redução da intensidade do vácuo e consequente redução da depressão no interior do regenerador (R) parando o deslocamento descendente dos gases quentes (GQ) e assim, naturalmente deslocando-os de forma ascendente para retorno ao domo (D), obtendo-se a estabilização térmica novamente das áreas internas junto à entrada de ar quente (AQ), na câmara de regeneração (CR) e na sala de grelhas (SG).
7 - “SISTEMA DE CONTROLE DA PRESSÃO E DA TEMPERATURA INTERNA DO REGENERADOR, POR EFEITO VENTURI”, de acordo com reivindicações 4, 5 e 6, em condições de grandes pressões impostas a partir do processo do alto forno, caso as gavetas deslizantes (6) não forem suficientes para controle da depressão no sentido de forçar a ascendência dos gases quentes (GQ) para o domo (D), caracterizado por serem desligados os dispositivos sopradores (12b) para função de exaustão e ligados os dispositivos sopradores (12a) para função de sopro reverso, injetando ar frio (AF) forçado pela sala de grelha (SG), obtendo-se pressão positiva e forçando os gases quentes (GQ) em deslocamento ascendente de retorno ao domo (D) estabilizando a temperatura na área da câmara de regeneração (CR), sendo que, para completar a estabilização total da parte inferior do regenerador (R), alternando-se os dispositivos sopradores (12b) para função de exaustão, religando-os para o retorno de leve depressão no interior do regenerador (R) e recirculação de ar frio (AF).
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