BR102019010758A2 - instrumento de fórceps laparoscópico - Google Patents

Abstract

"instrumento de fórceps laparoscópico". a presente invenção refere-se a um instrumento de fórceps (10) que preferivelmente compreende um membro central de puxarempurrar que é formado, por exemplo, pelo elemento de engrenagem (29) e o elemento de acionamento (21). o referido membro central de puxar-empurrar é disposto para abrir e fechar as hastes (18, 19), e também age como um suporte de tecido (27) que é variável como uma função do grau de fechamento das hastes (18, 19). preferivelmente, o suporte de tecido variável (27) é configurado como um elemento de deslize (28) e é ajustável linearmente na direção proximal proporcional ao ângulo de abertura a das hastes (18, 19). durante a operação de pegar os vasos (17) são trazidos entre as hastes (18, 19) em direção proximal. ao assim proceder, o suporte de tecido (27) age como um espaçador entre a região da porção de articulação e o material preso. embora as hastes (18, 19) estejam sendo fechadas, o vaso (17) é mantido estacionário e comprimido. embora o vaso (17) esteja sendo comprimido, uma expansão do referido vaso ocorre axialmente nas direções distal e proximal. em virtude do recuo do suporte de tecido variável (27) durante a operação de fechamento, um espaço é criado para o material preso escapar. o acúmulo de tecidos pode assim ser restrito e a tensão no tecido pode ser contrabalançada.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "INSTRUMENTO DE FÓRCEPS LAPAROSCÓPICO".

[001] A presente invenção refere-se a um instrumento de fórceps, em particular a um instrumento de fórceps para fusão de tecido, em particular um instrumento com reduzida tendência de esmagamento. [002] Instrumentos do tipo fórceps usados para beliscar, isto é, temporariamente fechar tecidos, entretanto, particularmente para fechar de modo permanente vasos por pegar, comprimir, e coagular os vasos pela aplicação de uma corrente elétrica são conhecidos - a princípio - a partir da técnica anterior. Tipicamente, os referidos instrumentos compreendem duas hastes, das quais pelo menos uma é suportada na outra de modo a ser móvel uma com relação à outra. Um movimento de pivô da haste resulta em uma mudança relativamente grande de distância nas extremidades distais das hastes, ao mesmo tempo em que apenas uma pequena mudança de distância existe próximo da porção de articulação. Portanto, um vaso preso entre as hastes é comprimido ao longo da haste com resistência variável. Na vizinhança da porção de articulação é possível que haja uma tendência de esmagamento, de modo que um vaso é esmagado ou de outro modo mecanicamente danificado em virtude de excesso de pressão antes do referido vaso ser adequadamente selado, como um resultado do que um fechamento adequado do vaso não pode mais ser garantido. [003] Com relação a isso, a publicação de número US 2016/0157923 A1 descreve um instrumento projetado para cirurgia aberta, o referido instrumento tendo a forma de um fórceps de fusão de tecido com duas hastes que podem ser movidas uma com relação à outra e com uma faca com a qual um vaso selado pode ser seccio-nado. De modo a evitar uma compressão desigual do vaso, um suporte de tecido é proporcionado na vizinhança da porção de articulação, o referido suporte evitando que o tecido chegue muito próximo da por- ção de articulação.

[004] O uso de um referido suporte de tecido de fato evita o avanço do tecido para a porção de articulação, em cujo caso, entretanto, o esmagamento de tecido ainda não pode ser excluído.

[005] Considerando isso, é o objetivo da presente invenção proporcionar um instrumento de fórceps aprimorado.

[006] Este objetivo é alcançado com o instrumento médico de fórceps de acordo com a reivindicação 1: [007] O Instrumento de fórceps, de acordo com a presente invenção compreende duas hastes, pelo menos uma das quais sendo móvel de modo a ser pivotável de modo a ser capaz de mover as hastes uma em direção à outra e em afastamento uma a partir da outra, isto é, ser capaz de abrir e fechar o instrumento de fórceps. Diferentes tipos de materiais biológicos, particularmente vasos ocos, que têm que ser fechados temporariamente ou de modo permanente podem ser presos. Os referidos vasos são presos e comprimidos entre as duas hastes. Ao assim proceder, o suporte móvel de tecido proporcionado no instrumento de acordo com a presente invenção inicialmente impede que - com o fórceps aberto, isto é, as hastes afastadas uma partir da outra - o vaso preso ou outro tecido biológico seja capaz de se mover muito próximo da porção de articulação do instrumento de fórceps.

[008] O suporte de tecido é arranjado em um modo móvel de modo que o mesmo, quando o instrumento de fórceps está sendo fechado, pode fazer espaço disponível para o tecido que é deslocado pelas hastes. Preferivelmente, ao assim proceder, o suporte de tecido é suportado ou guiado de tal modo que a sua superfície de suporte de tecido será movida ou será deslocada em direção da porção de articulação quando as hastes são fechadas.

[009] O movimento do suporte de tecido pode ser um movimento guiado que é associado ao movimento da pelo menos uma haste pivo- tável móvel. Entretanto, é também possível se mover o suporte de tecido independente de um movimento das hastes. Para assim proceder, o suporte de tecido pode ser mantido e travado em uma primeira posição, por exemplo, com as hastes abertas, em cujo caso a detenção pode ser liberada por acionar um meio de destravamento separado ou como um resultado de um movimento das hastes durante o movimento de fechar. Após liberar a detenção, o suporte de tecido pode ser livremente móvel ou móvel contra a força da mola, de modo que o mesmo pode ser movido por e cedido ao tecido deslocado. Entretanto, também o suporte de tecido em si pode ser configurado como uma mola. [0010] Em uma modalidade preferida do instrumento de fórceps ambas as hastes são suportadas de modo a serem móveis uma em direção da outra e em afastamento uma a partir da outra. Desse modo é possível em um modo simples se alcançar um grande ângulo de abertura do instrumento de fórceps, de modo que um grande volume de tecido e vasos de grande calibre podem ser presos. Em conjunto com esta característica, o suporte de tecido suportado de modo móvel proporciona uma boa proteção do tecido preso contra esmagamento. Em particular, no caso de instrumentos nos quais ambas as hastes são suportadas de modo a serem pivotáveis sobre o mesmo eixo da porção de articulação, a tendência de esmagamento ou de constrição do tecido preso ou de vasos na região da porção de articulação é drasticamente reduzida. Consequentemente, o risco de uma destruição mecânica de tecido é minimizado ou completamente evitado. Se o elemento de fórceps for uma presilha apenas para o fechamento temporário de vasos, por exemplo, o dano ao tecido é evitado. Se o instrumento de fórceps for um instrumento para o fechamento permanente de um vaso, por exemplo, em virtude de fusão de tecido por coagu-lação, uma redução da resistência de vedação ou mesmo uma falha da vedação em virtude da prevenção de esmagamento do tecido na região próxima da porção de articulação, é evitada ou pelo menos a tendência para assim proceder é minimizada. Da mesma forma, um corte inadvertido do vaso é evitado.

[0011] Com a presente invenção, uma distância suficiente entre o tecido preso e a porção de articulação do instrumento de fórceps é garantida. A referida distância suficiente é diferente para diferentes tamanhos de tecido preso e para diferentes diâmetros de vaso. Em virtude de um movimento do suporte de tecido como uma função do ângulo de abertura da ferramenta, a distância de segurança para a quantidade de tecido preso ou o tamanho do vaso preso entre o tecido e a porção de articulação é garantida com segurança.

[0012] Com a presente invenção, é possível se reduzir ou evitar as zonas de esmagamento no tecido biológico na região próxima da porção de articulação. Por minimizar o risco de beliscar o tecido na região da porção de articulação, a função do instrumento de fórceps se torna mais segura e aprimorada de um modo geral. Da mesma forma, qualquer dano ao tecido em virtude das elevadas forças de pressão que podem de outro modo ocorrer na região próxima da porção de articulação são evitadas e opcionalmente impedidas de modo confiável. [0013] O suporte de tecido pode ser suportado de modo móvel em diversos modos. Na modalidade preferida, o mesmo é configurado como um elemento de deslize, e é suportado de modo a ser móvel em um movimento de translação ou, particularmente, em um movimento linear. Entretanto, é também possível se proporcionar alternativamente um suporte de tecido que é suportado de modo a ser pivotavelmente móvel.

[0014] O suporte de tecido pode ser configurado como um elemento de deslize que tem uma superfície de suporte de tecido plana, com curvatura simples ou com curvatura dupla que representa, por exemplo, uma extremidade distal cega do elemento de deslize. Em conjunto com isso, a superfície cega é entendida como significando qualquer superfície que é plana ou arredondada e não tem, ou é delimitada por, quaisquer cantos ou bordas afiadas que possam cortar o tecido. Em particular, a superfície de suporte de tecido pode ser uma superfície alongada tendo uma curvatura cilíndrica na região central e ser adicionalmente arredondada em duas áreas de extremidade lateral. A superfície de suporte de tecido é então composta de uma superfície de curvatura simples no centro e duas superfícies de curvatura dupla nas extremidades. A superfície de suporte de tecido pode ser uma superfície alongada essencialmente paralela a um eixo da porção de articulação que é formado em uma peça de extremidade do elemento de deslize. Preferivelmente, a largura a ser medida paralela a um eixo da porção de articulação é menor, ou no máximo aproximadamente tão grande quanto, a largura da haste a ser medida na mesma direção, em particular a superfície de suporte de tecido da haste.

[0015] O suporte de tecido é conectado em um modo de direção a pelo menos uma haste suportada de modo móvel. Para conexão é possível se usar um arranjo de engrenagens efetivo entre o suporte de tecido e a haste ou hastes móveis. Em particular, o suporte de tecido pode ser conectado a um arranjo de acionamento que é disposto para acionar as hastes, em particular próximo das referidas hastes. O suporte de tecido pode ser parte do arranjo de acionamento e, por exemplo, ser configurado como um elemento de deslize com uma extensão que se projeta adiante da porção de articulação na direção distal. Da mesma forma, a conexão de engrenagens entre as hastes e o suporte de tecido é preferivelmente configurada de tal modo que o suporte de tecido se move em direção da porção de articulação, quando a haste realiza um movimento de fechar e, ao assim proceder, libera espaço adicional para o tecido que é deformado durante a operação de fechamento e também se salienta na direção da porção de articula- ção.

[0016] Se o instrumento de fórceps é pretendido para o fechamento permanente do vaso, as superfícies de suporte de tecido de ambas as hastes são preferivelmente configuradas como eletrodos e podem ser conectadas a uma fonte elétrica adequada, em particular um gerador de RF. Como um resultado disso, o tecido preso entre as hastes pode ser aquecido e coagulado pelo fluxo de corrente. Os vasos que são presos entre as hastes e comprimidos podem ser fundidos. Os eletrodos podem ser conectados à fonte de energia por meio de um comutador a ser acionado pelo usuário, de modo que a coagulação ocorre apenas conforme necessário e sob o controle do usuário.

[0017] É possível se proporcionar, no instrumento de fórceps, dispositivos de corte em particular na forma de uma faca de corte mecânico ou na forma de uma faca de corte eletricamente imóvel ou minimamente móvel energizada a voltagem, os referidos dispositivos sec-cionam tecido preso e coagulado na região de vedação. No caso dos referidos instrumentos, o suporte de tecido evita dano mecânico ao vaso a ser fechado e assim evita um comprometimento da vedação. [0018] Detalhes adicionais das modalidades vantajosas da presente invenção são o assunto dos desenhos, da descrição ou das reivindicações. Os desenhos mostram exemplos de modalidades da presente invenção. Nos quais: [0019] A Figura 1 é um diagrama esquemático em perspectiva de um Instrumento de fórceps, de acordo com a presente invenção para uso laparoscópico, [0020] A Figura 2 é uma vista lateral da ferramenta de fórceps proporcionada na extremidade distal do instrumento de acordo com a Figura 1, [0021] A Figura 3 é uma vista em perspectiva da ferramenta de fórceps de acordo com a Figura 2, [0022] A Figura 4 é uma vista lateral da ferramenta de fórceps de acordo com as Figuras 2 e 3, com as hastes semifechadas, [0023] A Figura 5 é uma vista em perspectiva da ferramenta de fórceps de acordo com a Figura 4, [0024] A Figura 6 é uma vista lateral da ferramenta de fórceps de acordo com as Figuras 2 a 5, na posição fechada, [0025] A Figura 7 é uma vista em perspectiva da ferramenta de fórceps de acordo com a Figura 6, [0026] A Figura 8 é uma vista lateral das hastes, o elemento de deslize e o arranjo de acionamento associado do instrumento de fórceps, de acordo com as Figuras 1 a 7, [0027] A Figura 9 é uma representação em perspectiva de uma modalidade de um elemento de deslize do instrumento de fórceps, de acordo com a presente invenção, [0028] A Figura 10 é uma representação em perspectiva de outra modalidade do elemento de deslize do instrumento de fórceps, de acordo com a presente invenção, [0029] A Figura 11 é uma vista lateral de uma modalidade modificada de uma ferramenta de fórceps com o suporte de tecido na posição aberta, e [0030] A Figura 12 é uma vista lateral do instrumento de fórceps, de acordo com a Figura 11, em uma posição parcialmente aberta. [0031] A Figura 1 mostra um instrumento de fórceps 10 que é configurado para uso laparoscópico. A mesma pretende ilustrar a presente invenção que pode ser implementada igualmente em instrumentos para uso cirúrgico aberto e também em instrumentos para uso endoscó-pico.

[0032] O instrumento de fórceps 10 de acordo com a Figura 1 tem um eixo rígido alongado 11 cuja extremidade proximal 12 é mantida por um alojamento 14 que é proporcionado com uma haste 13. Na vi- zinhança da haste 13, é proporcionado um elemento de acionamento 15 tendo, por exemplo, a forma de uma alavanca de pivotamento. [0033] A ferramenta semelhante a fórceps 16 é mantida na extremidade distal do eixo 11, a configuração e a função da referida ferramenta estando mais clara a partir das Figuras 2 e 3, e é disposta para pegar e/ou prender tecido, em particular vasos biológicos tais como, por exemplo, o vaso 17 mostrado pelas Figuras 2 e 3. O elemento de acionamento 15 é disposto para abrir e fechar a ferramenta, o referido elemento de acionamento estando em conexão de acionamento com a ferramenta para realizar isso.

[0034] A ferramenta 16 compreende duas hastes 18, 19, pelo menos uma ou, como ilustrado pelas Figuras 2 e 3, ambas sendo suportadas em um modo pivotável. A porção de articulação 20 que define um eixo da porção de articulação 21, que é orientado transversalmente com relação ao eixo 11 e sobre o qual as duas hastes 18, 19 são suportadas em modo pivotável, age como um suporte. Para assim proceder, um pino da porção de articulação 22 é montado em um suporte de porção de articulação bifurcado 23 em ambos os lados, em cujo caso as hastes 18, 19 são assentadas na região central no referido suporte de porção de articulação.

[0035] Cada uma das hastes 18, 19 tem superfícies de suporte de tecido perfilado unidimensionalmente ou também bidimensionalmente ou tridimensionalmente planas 24, 25, entre as quais o vaso 17 ou outro tecido biológico tem que ser preso. As superfícies de suporte de tecido 24, 25 podem ser configuradas como superfícies planas, de curvatura simples ou de curvatura dupla, contorcida, dentada e como eletrodos que são isolados um a partir do outro, os referidos eletrodos sendo conectados - por meio de condutores elétricos apropriados e um cabo 26 (Figura 1) - a um não gerador de fornecimento não especificamente ilustrado. O gerador e os eletrodos são dispostos para pas- sar energia elétrica através de materiais biológicos presos e comprimidos entre as superfícies de suporte de tecido 24, 25 e assim aquecer o referido material de modo a alcançar um efeito cirúrgico desejado. [0036] Como suporte de tecido 27, a ferramenta 16 compreende um elemento de deslize 28 cuja extremidade distal arredondada define a superfície de suporte de tecido 28a. Para ilustração suplementar, referência é feita à Figura 10, na qual o elemento de deslize 28 com a sua superfície de suporte de tecido arredondada 28 é mostrado em uma modalidade separada. Ao assim proceder, o referido elemento de deslize é configurado como uma extensão distal de um elemento de engrenagem 29 que tem um corte de orifício fendido 30. A extensão tem uma largura b1 que corresponde a uma largura do elemento de engrenagem 29, por exemplo, e que é menor do que a largura da superfície de suporte 24, 25 a ser medida na mesma direção paralela a um eixo da porção de articulação 21.

[0037] Quando montado, um pino da porção de articulação 22, conforme mostrado na Figura 8, se estende através do referido corte de orifício fendido 30. O corte de orifício fendido oval 30 tem um comprimento - visto na direção longitudinal do eixo - o qual, junto com o pino da porção de articulação 22, define um espaço longitudinal axial que é pelo menos tão grande quanto o trajeto axial desejado do elemento de deslize 28. Na direção vertical a ser medida transversalmente com relação ao pino da porção de articulação 11 assim como transversalmente com relação à direção longitudinal do eixo, o elemento de engrenagem 29, entretanto, é essencialmente assentado sem espaço no pino da porção de articulação 22.

[0038] Ao se juntar o elemento de engrenagem 29 em direção pro-ximal, há um elemento de acionamento 31 que se estende através do eixo 11 ou que é conectado a um elemento de puxar que se estende através do eixo 11. No alojamento 14, o referido elemento de puxar ou o elemento de acionamento 31 em si é conectado a um mecanismo de acionar de modo a converter um movimento de pivô do elemento de acionamento 15 em direção da haste 13 em um movimento proximalmente direcionado do elemento de engrenagem 29.

[0039] O elemento de engrenagem 29 compreende pelo menos um pino seguidor 32 que se estende em uma direção transversalmente em afastamento a partir do elemento de engrenagem 29 de outro modo em forma de placa, o referido pino seguidor 32 sendo disposto para mover a haste 19. A referida haste tem uma abertura de suporte através da qual se estende o pino da porção de articulação 22 com mínimo espaço. Como resultado disso, a haste 19 é suportada de modo a ser pivotável em um pino da porção de articulação 22. Na parte da haste 19 - que se estende em direção proximal vista a partir do pino da porção de articulação 22 - é formado um orifício fendido curvado 33 o qual, junto com o pino seguidor 32, forma um guia de ligação de conexão como é ilustrado pela Figura 8, particularmente.

[0040] Se ambas as hastes 18, 19 podem ser pivotavelmente movidas, o elemento de engrenagem 29 tem, em seu lado oposto, um elemento plano tal como um pino seguidor que é arranjado, entretanto, no lado da parte em forma de placa do elemento de engrenagem 29 que está voltada em afastamento a partir de quem vê as Figuras 9 e 10. O referido pino seguidor que não pode ser visto nas Figuras 9 e 10 é também atribuído com um orifício fendido curvado 34 que é arranjado na extremidade proximal da haste 18 e forma o guia de ligação de conexão com o respectivo pino seguidor.

[0041] A variação dos raios dos orifícios fendidos 33, 34 é definida de tal modo que um movimento de puxar do elemento de acionamento 32 na direção proximal resulta em um fechamento das hastes 18, 19, isto é, em um movimento uma em direção da outra.

[0042] Como é mostrado pela Figura 9, o elemento de deslize 28 pode também ter uma largura b2 que é maior do que a largura do elemento de engrenagem 29. Nesse caso, o elemento de deslize 28 forma uma cabeça de martelo que se salienta em ambos os lados simetricamente adiante da seção em forma de placa do elemento de engrenagem 29. Preferivelmente, a largura b2 que tem que ser medida transversalmente com relação à direção longitudinal do eixo 11 e paralela a um eixo da porção de articulação 21, não é maior do que a largura das hastes 18, 19. Da mesma forma que a superfície de suporte de tecido 28a, a superfície de suporte de tecido 28' é arredondada e livre de bordas afiadas. Em particular, a superfície de suporte de tecido 28a' é arredondada com relação a um eixo geométrico localizado paralelo a um eixo da porção de articulação 21 (por exemplo, cilindrica-mente), assim como também arredondada nas extremidades do lado dianteiro 34, 35.

[0043] O instrumento de fórceps 10 descrito até agora funciona como a seguir: [0044] O instrumento de fórceps 10 é posicionado com a sua ferramenta 16 em um paciente na vizinhança do vaso 17 a ser preso. Para assim proceder, por exemplo, o eixo 11 pode ser empurrado através de um pequeno corte, por exemplo, na parede abdominal, dentro da cavidade abdominal até que a ferramenta 16 pegue o tecido biológico em um sítio desejado, isto é, o vaso 12 é pego. Ao assim proceder, o eixo rígido 11 é de tal modo estável que, por manipular o alojamento 14 com a haste 13, a ferramenta 16 pode ser movida para frente e para trás assim como lateralmente.

[0045] Quando o vaso 17 foi preso de acordo com as Figuras 2 e 3, o mesmo se apoia contra as superfícies de suporte de tecido 24, 25 e, ao mesmo tempo, contra a superfície de suporte de tecido 28a. Em virtude disso, o mesmo é mantido a uma distância a partir do eixo da porção de articulação 21. A distância D do tecido a partir da superfície de suporte 28a é zero, por exemplo.

[0046] Se agora o instrumento de fórceps é fechado em que o elemento de acionamento 31 é movido na direção longitudinal do eixo em direção proximal, por exemplo, por pivotamento adequado do elemento de acionamento 15, o elemento de deslize 28 é movido ao mesmo tempo na direção proximal. Com relação a isso, referência é feita às Figuras 4 e 5. Como resultado do movimento do elemento de deslize 28 na direção proximal, a distância entre um eixo da porção de articulação 21 e a superfície de suporte de tecido 28a diminui. A distância resultante b é menor do que a distância a explicada em conjunto com as Figuras 2 e 3, enquanto o instrumento está completamente aberto.

[0047] Na Figura 4 o ângulo de abertura α é metade daquele da Figura 2. Consequentemente, o vaso 17 é parcialmente comprimido. A sua seção transversal anterior essencialmente circular agora se torna uma seção transversal oval, cuja parte proximal 36 é posicionada mais próxima a um eixo da porção de articulação 21 do que na Figura 2. Em virtude do movimento de passo reverso do elemento de deslize 28 ser maior do que o movimento da parte 36 do vaso abaulado, a distância D do tecido a partir da superfície de suporte 28a é agora maior do que zero. Em outras palavras, não há mais qualquer suporte entre a superfície de suporte 28 e o tecido biológico do vaso 17, de modo que a separação proximal do tecido não é bloqueada e contrabalança o acúmulo proximal de tecido na porção de articulação.

[0048] As Figuras 6 e 7 mostram o instrumento de fórceps completamente fechado 10 (isto é, o ângulo de abertura α é igual a 0). A distância c da superfície de suporte de tecido 28a a partir do eixo da porção de articulação 21 está em seu mínimo. A distância D do tecido a partir da superfície de suporte 28a está em seu máximo. A referida distância D forma uma reserva tridimensional para o vaso em expansão.

Consequentemente, as condições de uma distribuição mais uniforme sobre as faixas de pegar podem ser criadas para vasos e tipos de tecido que se abaúlam ou migram mais na direção proximal e poderiam predominantemente se acumular na vizinhança da porção de articulação, o que, por sua vez, promove a vedação bem sucedida do tecido ou dos vasos.

[0049] As Figuras 11 e 12 mostram uma modalidade modificada do instrumento de fórceps 10 com uma ferramenta 16a que corresponde às ferramentas descritas aqui anteriormente com exceção da descrição aqui abaixo: [0050] A ferramenta 16a tem um suporte de tecido 27 que é configurado como a mola 37, em particular a mola flexível. A mola tem uma seção que age como uma superfície de suporte de tecido 28a", a referida seção sendo deslocada em direção da porção de articulação 20 quando as hastes 18, 19 são fechadas. Para assim proceder, a mola pode ser configurada como uma mola flexível, as extremidades das quais são suportadas pelas duas hastes 18, 19. Ao assim proceder, as mesmas são suportadas pelas hastes de tal modo que as extremidades da mola flexível se aproximam uma da outra quando as hastes 18, 19 são fechadas.

[0051] No caso do instrumento de fórceps 10 de acordo com a presente invenção, é preferivelmente proporcionado um membro central de puxar-empurrar que é formado, por exemplo, pelo elemento de engrenagem 29 e o elemento de acionamento 31. O referido membro central de puxar-empurrar é disposto para abrir e fechar as hastes 18, 19, assim como um suporte de tecido variável 28 que é variável como uma função do grau de fechamento das hastes 18, 19. Preferivelmente, o suporte de tecido variável 27 é configurado como um elemento de deslize 28 e pode ser linearmente ajustado na direção proximal proporcional ao ângulo de abertura α das hastes 18, 19. Durante a opera- ção de pegar, os vasos 17 são trazidos na direção proximal entre as hastes 18, 19. Ao assim proceder, o suporte de tecido 27 age como um espaçador entre a região da porção de articulação e o material preso. Quando as hastes 18, 19 são fechadas, o vaso 17 é mantido estacionário e comprimido. Quando o vaso 17 está sendo comprimido o mesmo se expande axialmente nas direções distal e proximal. Em virtude da retração do suporte de tecido variável 27 durante a operação de fechamento, um ambiente é criado para o material preso ser deslocado. Consequentemente, os acúmulos de tecido podem ser restritos e qualquer excesso de tensão no tecido pode ser contrabalançado.

[0052] Em outra modalidade da presente invenção é possível se delinear conclusões - por meio da posição espacial dos elementos centrais de puxar e/ou empurrar e/ou por meio de detecção da força que age nos referidos elementos e a força de pressão necessária, respectivamente - com relação à condição da distribuição dos materiais biológicos presos, em particular o grau de acúmulo na região de pegar próxima da porção de articulação e assim a distribuição de tecido. A detecção do trajeto é possível, por exemplo, por marcadores que podem ser opticamente interpretados, a detecção de força, por exemplo, por meio de tiras de medição e/ou materiais piezelétricos. A detecção da extensão da distribuição de tecido sobre a região de pegar e em particular o acúmulo de tecido na região próxima da porção de articulação pode ocorrer em diferentes modos de operação do instrumento. Os modos de operação são, em particular, a operação dinâmica de fechar, e o estado estacionário, fechado, durante e/ou após a conclusão do uso eletrocirúrgico.

[0053] Com base nos dados detectados, é possível se implementar adaptações aos modos para proporcionar os efeitos eletrocirúrgicos ativos no tecido e vasos, respectivamente, por meio do instrumento.

Consequentemente, o instrumento é capaz de se adaptar, por meio do modo de interpretação, para mudar as condições de interação com os tecidos e vasos, respectivamente, com o que o último exibe diferentes qualidades mecânicas, em particular capacidade de deformação variável, rigidez e espessura.

Lista de Sinais de Referência: 10 Instrumento de fórceps 11 Eixo 12 Extremidade proximal do eixo 11 13 Haste 14 Alojamento 15 Elemento de acionamento 16, 16a Ferramenta 17 Vaso 18 Primeira (superior) haste 19 Segunda (inferior) haste 20 Porção de articulação 21 Eixo da porção de articulação 22 Pino da porção de articulação 23 Suporte de porção de articulação 24 Superfície de suporte de tecido da primeira haste 18 25 Superfície de suporte de tecido da segunda haste 19 26 Cabo 27‘ Suporte de tecido 28, 28‘ Elemento de deslize 28a, 28a‘, 28 a‘‘ Superfície de suporte de tecido 29 Elemento de engrenagem 30 Corte de orifício fendido 31 Elemento de acionamento 32 Pino seguidor 33 Orifício fendido 34, 35 Extremidades arredondadas do elemento de deslize 28, 27‘ a, b, c Distância do tecido a partir do eixo da porção de arti- culação 21 D Distância do tecido a partir da superfície de suporte 28 36 Parte proximal do vaso 17 37 Mola REIVINDICAÇÕES

Claims (10)

1. Instrumento médico de fórceps (10), em particular para fusão de tecido, caracterizado pelo fato de que compreende: uma ferramenta (16) que compreende duas hastes (18, 19) para pegar tecido biológico entre as referidas hastes, uma porção de articulação (20) que suporta pelo menos uma das hastes (18, 19) de modo a ser pivotavelmente móvel sobre um eixo da porção de articulação (21) de modo a ser capaz de ser movida em direção de ou em afastamento a partir da outra haste (18, 19), e um suporte de tecido (27‘) que é arranjado de modo móvel na porção de articulação (20) e tem a superfície de suporte de tecido (28a, 28a‘, 28a").

2. Instrumento de fórceps, de acordo com reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que ambas as hastes (18, 19) são suportadas de modo a serem móveis uma em direção da outra e em afastamento uma a partir da outra.

3. Instrumento de fórceps, de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o suporte de tecido (27) é suportado de modo a ser linearmente móvel.

4. Instrumento de fórceps, de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a superfície de suporte de tecido (28a) é configurada como a extremidade distal cega do suporte de tecido (27).

5. Instrumento de fórceps, de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a superfície de suporte de tecido (28a) tem uma dimensão transversal (b1, b2) a ser medida paralela a um eixo da porção de articulação (21), a referida dimensão transversal sendo menor do que a largura da haste (18, 19) a ser medida na mesma direção.

6. Instrumento de fórceps, de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o suporte de tecido (27) é configurado como o elemento de deslize (28) e tem a superfície de suporte de tecido (28a) que suporta uma projeção cuja largura (b1, b2) a ser medida paralela a um eixo da porção de articulação (21) é maior do que a largura restante do elemento de deslize (27).

7. Instrumento de fórceps, de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o arranjo de acionamento (31) é conectado a pelo menos uma haste suportada de modo móvel (18, 19) por meio do arranjo de engrenagens (29).

8. Instrumento de fórceps, de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o arranjo de engrenagens (29, 32) é uma engrenagem de ligação de conexão.

9. Instrumento de fórceps, de acordo com uma das reivindicações 7 ou 8, caracterizado pelo fato de que o arranjo de engrenagens (29, 32) é configurado de tal modo que o suporte de tecido realiza um movimento de escape na direção da porção de articulação (20) durante o movimento de fechar das hastes (18, 19).

10. Instrumento de fórceps, de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que as duas hastes (18, 19) são proporcionadas com eletrodos ou são configuradas como eletrodos aos quais uma voltagem elétrica pode ser aplicada.