BR102019008196A2 - Composição farmacêutica de polidocanol bioadesivo, processo de obtenção de composição farmacêutica em forma de espuma tipo mousse e seu uso no tratamento de safenas e varizes - Google Patents

Composição farmacêutica de polidocanol bioadesivo, processo de obtenção de composição farmacêutica em forma de espuma tipo mousse e seu uso no tratamento de safenas e varizes Download PDF

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Bethânia Alves Figueiredo
Tiago De Carvalho Oliveira
Oliveiro Matias Neto
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Bethânia Alves Figueiredo
Tiago De Carvalho Oliveira
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composição farmacêutica de polidocanol bioadesivo, processo de obtenção de composição farmacêutica em forma de espuma tipo mousse e seu uso no tratamento de safenas e varizes a presente invenção se situa no campo das composições farmacêuticas voltadas ao tratamento de safenas e varizes, tendo como principal componente o polidocanol bioadesivo na forma de mousse. o emprego de espuma na forma de mousse, que associa polidocanol, em concentrações específicas, aos compostos hidroxipropilmetilcelulose ou hidroxietilcelulose demonstra resultados surpreendentes e inovadores no tratamento destas enfermidades, que além dos potenciais danos à saúde causam significativo desconforto estético. nesse contexto, a composição apresentada pela presente invenção é baseada em materiais biocompatíveis e inéditos em razão do emprego neste tipo de abordagem da associação dos componentes hec e hpmc ao conhecido agente esclerosante polidocanol. adicionalmente, é apresentado o processo por meio do qual a referida composição é obtida, bem como o uso da mesma no tratamento de telangectasias e varizes, tanto em veias reticulares como safenas.

Description

COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA DE POLIDOCANOL BIOADESIVO, PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA EM FORMA DE ESPUMA TIPO MOUSSE E SEU USO NO TRATAMENTO DE SAFENAS E VARIZES CAMPO DA INVENÇÃO
[1] A presente invenção refere-se à área que trata de novos medicamentos e composições farmacêuticas, baseadas em materiais biocompatíveis e inovadores. Complementarmente, a invenção se situa no campo dos possíveis empregos terapêuticos de polidocanol e suas associações com produtos que possam potencializar sua utilização como agente esclerosante. Mais particularmente, a invenção aborda novas composições farmacêuticas voltadas ao tratamento de safenas e varizes, tendo como princípio ativo central o polidocanol bioadesivo associado à hidroxietilcelulose ou à hidroxipropilmetilcelulose.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[2] O polidocanol já é conhecido como agente esclerosante, no entanto, sabe-se que há inúmeras limitações de sua aplicação, particularmente no tratamento de varizes dos membros inferiores. Há relatos no estado da técnica de que o medicamento na forma líquida, especialmente quando sem aditivos ou adjuvantes específicos se mistura e se dilui facilmente no sangue perdendo sua potência esclerosante, especialmente em veias de maior calibre.
[3] O estado da técnica contém soluções alternativas e diversas para a aplicação do polidocanol, buscando superar o problema relatado e aprimorar a técnica. Contudo, nenhuma das soluções do estado da arte aborda a forma apresentada por meio da presente invenção, que compreende uma associação inovadora de polidocanol com hidroxietilcelulose (HEC) ou hidroxipropilmetilcelulose (HPMC), levando-se em conta determinadas concentrações e quantidades que proporcionam uma sinergia ótima entre os compostos, viabilizando um tratamento mais eficiente efetivo para safenas e varizes.
[4] O documento BR1020130250570, por exemplo, propõe uma mistura de polidocanol líquido com gás ambiente ou fisiológico, não compreendendo qualquer adjuvante. Ainda, o documento PI 0403331-0 indica uma formulação aplicada no tratamento de insuficiência venosa, a qual compreende um composto químico aplicado a varizes de médio e grosso calibre, sendo a dita formulação obtida a partir de uma mistura sob pressão de polidocanol e gás carbônico. No referido documento, o procedimento de aplicação da formulação na veia comprometida ocorre após a realização de punção da veia através de ultrassom, sendo que a formulação é introduzida apenas na porção de veia que se encontra comprometida. Da mesma forma que no documento citado anteriormente, é ignorada a adição de adjuvantes específicos.
[5] Adicionalmente, o documento US 2014361045 apresenta um dispositivo que é voltado ao preparo de espumas terapêuticas no contexto do tratamento de varizes. Neste documento, é descrito que um frasco pressurizado deve conter um líquido esclerosante, que pode ser uma solução de polidocanol e um gás estéril que seja facilmente absorvido pelo corpo, como, por exemplo, dióxido de carbono, oxigênio ou uma mistura destes gases. O documento apresenta dados indicando que as quantidades de gás e líquido e a pressão no frasco são pré-definidas de modo que, ao conectar uma seringa ao frasco, um volume pré-determinado de gás e líquido é transferido para a seringa, com a intenção de que a seringa seja então usada para fazer uma espuma. O cerne da invenção do documento citado é a utilização do frasco, que assegura que a proporção de gás para líquido na espuma seja padronizada, proporcionando uma maneira de acondicionar o gás e o líquido de forma estéril. Assim, resta claro que não há a adição de qualquer adjuvante, seja ele à base de celulose ou não, que venha a compor de forma sinérgica a mistura base de polidocanol e gás.
[6] De forma semelhante aos documentos anteriores, o documento EP 2759291, apresenta uma invenção que compreende espuma para utilização em escleroterapia, constituída a partir de um gás e um líquido esclerosante aquoso, que pode ser polidocanol ou tetradecil sulfato de sódio, não compreendendo, assim como os demais, adjuvantes que possam contribuir com a potência esclerosante da mistura.
[7] O documento CA 2672834 aborda um dispositivo e método para gerar espuma voltada à escleroterapia, baseando a composição em polidocanol, sem menção a adjuvantes específicos.
[8] De forma complementar, o documento US 2009202467 contempla composições farmacêuticas e métodos de tratamento de veias varicosas. Formas de realização da invenção do referido documento consistem na combinação de um copolímero em bloco anfifílico com um cosolvente, permitindo que a combinação injetada forme um gel dentro da veia e não previamente à aplicação. O documento menciona como esclerosante o polidocanol ou tetradecil sulfato de sódio, associado a um vasoconstritor, tal como oximetazolina. Outras formas de realização neste mesmo documento são dirigidas a composições e métodos de tratamento de malformações venosas e arteriovenosas e cancro.
[9] No documento ES 2216708 há uma invenção relativa à solução esclerosante obtida pela mistura de tetradecil sulfato de sódio, polidocanol, glicerol e/ou hidroxietilamido em água bidestilada, sendo que a concentração de cada composto expressa em % p/p do total da formulação varia entre: 1 a 10 para tetradecil sulfato de sódio, 1 a 10 para polidocanol, 10 a 50 para glicerol e 6 a 20 para hidroxietilamido. Salienta-se que não há menção à utilização de HEC ou HPMC.
[10] No documento WO 2005048984 uma espuma terapêutica para o tratamento de veias varicosas compreende uma solução esclerosante que contém com um gás, tal como dióxido de carbono, oxigênio ou uma mistura. A espuma tem um teor de nitrogênio inferior a 0,8%. Ainda, é descrito que pode ser utilizado um sistema de recipiente pressurizado incorporando uma malha fina de dimensões micrométricas por meio da qual o gás e o líquido esclerosante são passados para fazer uma espécie de espuma. Alternativamente, a espuma pode ser gerada pela passagem de gás e solução entre duas seringas por meio de uma malha fina. O cerne do documento, contudo, compreende técnicas para minimizar a quantidade de nitrogênio no produto final e não descrições relativas à composição em si da mistura base.
[11] Complementarmente, o documento US 2018264169 descreve uma composição aquosa injetável que inclui pelo menos um ácido hialurônico, pelo menos um poliol e pelo menos um anestésico local escolhido do grupo constituo por benzocaína, cloroprocaína, etidocaína, polidocanol, entre outros. A invenção também se refere a um processo para adaptar as propriedades reológicas de uma composição aquosa injetável esterilizada por calor. E, assim como as demais, não há menção à compostos adicionados à mistura, tais quais o HEC ou o HPMC.
[12] Há ainda documentos como o PI 0010891-0 em que a invenção é voltada a modos de aplicação de espumas esclerosantes, com foco no controle da quantidade de nitrogênio e da quantidade total aplicada como terapia. Nesse mesmo sentido é o documento WO 20150522702, em que é descrito um dispositivo, à semelhança dos já apresentados para propiciar a formação e aplicação de espumas esclerosantes.
[13] Nesse cenário, uma análise do estado da técnica indica que há inúmeras tentativas de se superar o problema da eficiência e eficácia na aplicação de polidocanol em composições esclerosantes. Contudo, não há sequer uma solução no estado da técnica que compreenda composições farmacêuticas na forma como apresentado na presente invenção. Mais particularmente, o estado da técnica não contempla o emprego de polidocanol associado à hidroxietilcelulose (HEC) e/ou hidroxiproprilmetilcelulose (HPMC) associados à técnica com etapas específicas de manuseio para se obter uma mistura de textura mais homogênea do que a simples espuma conhecida pelo estado da técnica, sendo a textura final obtida na forma de “mousse”, o que torna a presente invenção inédita e inovadora.
[14] Desta feita, levando-se em conta ainda que a consistência e resultados finais de aplicação das composições apresentadas por meio da presente invenção são elementos diferenciadores, tem-se um expressivo avanço no estado da técnica, no sentido de prover uma composição nova e funcional na forma de bioespuma de polidocanol tipo “mousse”, para aplicações terapêuticas em varizes e safenas que traduz o máximo de sinergia ao se associar o polidocanol aos compostos HEC ou HPMC.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[15] A composição farmacêutica objeto da presente invenção compreende polidocanol associado à hidroxietilcelulose (HEC) ou hidroxiproprilmetilcelulose (HPMC), conforme as concentrações: Polidocanol 0,125% + HPMC 1%; Polidocanol 0,5% + HPMC 1%; Polidocanol 1,5% + HPMC 1%; e/ou Polidocanol 2,25% + HEC 1,5%.
[16] Para obtenção da espuma empregando os componentes inovadores já mencionados é utilizada como base, incluindo adaptações, a técnica de Tessari (Tessari L. Nouvelle technique d’obtention de la scléro-mousse. Phlébologie. 2000, 53:129 e Tessari L, Cavezzi A, Frullini A. Preliminary experience with a new sclerosing foam in the treatment of varicose veins. Dermatol Surg. 2001;27(1):58-60. PMid:11231246).
[17] A confecção da espuma com polidocanol bioadesivo na forma de “mousse” é realizada através de um sistema que contém duas seringas com rosca e uma torneira de três vias. A seringa denominada “A” contém polidocanol bioadesivo e a seringa denominada “B” contém ar ambiente, sendo as proporções pré-definidas.
[18] Quanto à estabilidade, importante mencionar que a formação da espuma bioadesiva tipo “mousse”, proposta na presente invenção, tem um comportamento diferente da espuma confeccionada por meio do polidocanol líquido. Utilizando a mencionada técnica de Tessari, porém com concentrações e proporções substancialmente diferentes da mistura e envolvendo etapas específicas, a formação de espuma demanda uma série de movimentos em forma de “pump” entre as seringas para adquirir forma de espuma e, ainda, posteriormente a este ponto, mais movimentos para concluir sua plena estabilidade como “mousse”. Tal demora deve-se à modificação do veículo, que passa a ser em forma de gel e não líquido, como em grande parte dos trabalhos no estado da técnica.
[19] Uma vez obtivo o polidocanol bioadesivo na forma de “mousse” compreendendo as composições da presente invenção, podem ser determinados métodos terapêuticos predominantemente estéticos para o tratamento de telangectasias e varizes (veias reticulares ou veias safenas).
BREVE DESCRIÇÃO DA FIGURA
[20] Visando uma melhor elucidação acerca dos resultados no produto, composição final tipo “mousse”, obtido por meio do processo utilizado na presente invenção é apresentada a Figura 1, que compreende ilustração dos movimentos tipo “pump” que devem ocorrer de forma vigorosa, contínua e simétrica entre as seringas utilizadas. As setas na referida figura indicam o sentido do movimento para explanar o que significa a mistura na forma de “pump” entre as seringas empregadas.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[21] O composto medicamentoso base da composição apresentada na presente invenção é o polidocanol, sendo que nela o polidocanol é associado à hidroxietilcelulose (HEC) ou hidroxiproprilmetilcelulose (HPMC), conforme concentrações determinadas. As concentrações alvo e derivações de composições da presente invenção são apresentadas a seguir:
  • • Polidocanol 0,125% + HPMC 1%;
  • • Polidocanol 0,5% + HPMC 1%;
  • • Polidocanol 1,5% + HPMC 1%; e
  • • Polidocanol 2,25% + HEC 1,5%.
[22] O polidocanol é um agente esclerosante, sendo também denominado lauromacrogol 400. O composto corresponde a um hidróxido polietilênico unido ao álcool dodecílico, que possui uma propriedade dupla por ser hidrofóbico e hidrofilico. Dessa forma, atua como agente tensoativo sobre o endotélio capilar ligando-se firmemente aos lipídios e células endoteliais do território venoso. Devido a essa reação in situ ocorre uma resposta fibroesclerótica com formação trombótica local que colapsa as flebectasias e varizes de diversas localizações (nariz, esôfago, reto e pernas, por exemplo).
[23] A composição da presente invenção, levando-se em conta as diferentes concentrações conforme exposto no presente relatório descritivo é apta ao tratamento esclerosante de varizes esofágicas, gástricas, nasais ou hemorroidais, não se limitando a estas aplicações.
[24] No caso do emprego do polidocanol bioadesivo tipo “mousse” da presente invenção, a dose média não deve ser maior do que 2 mg/kg/dia. A aplicação escleroterápica é realizada por via intravenosa injetando 0,1 a 0,3 ml de uma solução a 1%. Para escleroterapia hemorroidal podem ser empregados 2 a 3 ml de uma solução a 3% podendo-se repetir várias aplicações segundo a resposta clínica. Em varizes esofágicas grandes são empregados 5 a 40 ml de uma solução a 0,5% podendo, após 7 dias, repetir-se outra aplicação, porém empregando solução a 1%.
[25] Relevante se faz mencionar os possíveis efeitos secundários do tratamento, que deve ser realizado por um médico especialista. Em nível periférico pode ser observada hiperpigmentação, irritação e até necrose local. Além disso, podem-se observar fenômenos inflamatórios (periflebite), reações alérgicas, sabor metálico, vertigem e sonolência. Adicionalmente, na escleroterapia esofágica, pode ocorrer estenose, hemorragias, ulcerações, necroses, transtornos visuais, sabor metálico, colapso vascular e febre. Por fim, como reações adversas pode-se ainda observar dermatite liquenificada e escoriada na região perianal e vulvar da mulher.
[26] Ainda acerca da aplicação, o medicamento não deve ser aplicado por via intraarterial, pois pode provocar necrose local. Deve-se ainda evitar a lactação por 2 ou 3 dias antes da prática escleroterápica. É igualmente essencial se respeitar estritamente as diferentes concentrações da solução para cada aplicação. Adicionalmente, por possuir uma leve ação anestésica local, o polidocanol pode desenvolver efeito antiarrítmico.
[27] Há contraindicações, quais sejam: alergia ao fármaco e/ou composições, arteriopatia oclusiva severa, asma brônquica, síndromes febris, edemas periféricos e trombose venosa profunda ou superficial (para o caso da escleroterapia das varizes de membros inferiores), microangiopatia diabética, endocardite e miocardite ativas.
[28] No contexto da composição desenvolvida, um dos componentes que pode ser associado ao polidocanol é a hidroxietilcelulose (HEC), que é também conhecida como celulose 2-hidroxietiléter, oxicelulose. A HEC é encontrada em pó ou grânulos brancos, que são branco-amarelados ou branco-acinzentados. É solúvel em água quente e em água fria, gerando uma solução coloidal, considerada insolúvel, ou insignificantemente solúvel, em acetona, em etanol a 96% e em tolueno. A HEC forma gel de forma transparente e com consistência semi-sólida. O gel de HEC apresenta uma ligeira adesividade, pelo que se pode adicionar silicone para aumentá-la, podendo-se ainda incorporar um humidificante para evitar a sua secagem. O pH de estabilidade da HEC é de 2 a 11, sendo muito resistentes a princípios ativos ácidos, como o ácido glicólico. O composto apresenta uma elevada resistência à maioria dos electrólitos (salvo se estiverem em saturação). A HEC pode ser utilizada como agente para aumentar a viscosidade e, além disso, como revestimento de pastilhas e agente endurecedor e suspensor. Está presente em preparações lubrificantes para olhos secos, para os cuidados com lentes de contato e para a secura bucal. Como gelificante, é empregada na concentração de 0,5 a 4% conforme consistência desejada, sendo a usual, 2%.
[29] Por outro lado, a hidroxiproprilmetilcelulose (HPMC) é um polímero formador de matriz hidrofilica, podendo ter ação de agente suspensor, viscosificante ou espessante em fórmulas tópicas e oftálmicas.
[30] Apresentados os componentes base, a obtenção de polidocanol bioadesivo de espuma “mousse”, é realizada por meio de um sistema que contém duas seringas de 5ml com rosca e uma torneira de três vias. A seringa denominada “A” contém polidocanol em associação com HEC ou HPMC, e a seringa denominada “B” contém ar ambiente, nas seguintes proporções:
  • 1. Polidocanol 0,125%: A= 1ml e B= 2,0ml,
  • 2. Polidocanol 0,5%: A= 1ml e B= 2,5ml,
  • 3. Polidocanol 1,5%: A= 1,5ml e B= 3,5ml, ou
  • 4. Polidocanol 2,25%: A= 1,5ml e B= 4ml.
[31] Quanto à estabilidade da espuma tipo “mousse”, importante esclarecer que a formação da espuma bioadesiva tem um comportamento diferente da espuma confeccionada por meio do polidocanol líquido. A formação de espuma neste caso demora cerca de 50 a 60 movimentos em forma de "pump" entre as seringas para adquirir forma de espuma e posteriormente a essa fase, mais 10 a 20 movimentos para concluir sua estabilidade. Tal procedimento deve-se à modificação do veículo, que passa a ser em forma de gel e não líquido.
[32] A estabilidade da espuma, nas suas diferentes concentrações propostas por meio da presente invenção requer no mínimo 70 a 80 movimentos vigorosos, contínuos e simétricos entre as seringas para obtenção de uma espuma estável e em forma de " mousse".
[33] A espuma bioadesiva obtida por meio da presente invenção apresenta maior densidade do que aquelas descritas pelo estado da técnica, tornando sua injeção mais lenta. Agulhas com menor diâmetro dificultam sua passagem devido a maior viscosidade.
[34] Considerando as aplicações para telangectasias e para varizes (veias reticulares e veias safenas), é apresentado a seguir, para cada indicação terapêutica, as informações sobre composições e técnicas de obtenção da composição e aplicação, sendo que invenção não é limitada pelas aplicações ora descritas.
TRATAMENTO DE TELANGECTASIAS
[35] A composição voltada ao tratamento de telangectasias compreende polidocanol 0,125% e HPMC 1%.
[36] As telangectasias são microvarizes que podem estar localizadas nas pernas, face, tórax ou outras regiões. Quando estão localizadas nas pernas geram um problema estético, sobretudo em mulheres jovens. A escleroterapia em forma de espuma tipo “mousse" da presente invenção é uma das opções terapêuticas possíveis para o desaparecimento destes vasos. Quando a escleroterapia é realizada em forma de espuma com o produto polidocanol líquido observa-se um maior potencial de hiperpigmentação como efeito não desejado, tornando este meio de tratamento complexo para o tratamento deste tipo de vaso.
[37] Portanto, a presente invenção traz um significativo avanço. Tendo em vista que as concentrações do polidocanol são um dos fatores determinantes para hiperpigmentações (quanto maior a concentração, maior a probabilidade de manchas), por meio da modificação do veículo e o polidocanol apresentar-se em forma de gel tipo “mousse” sendo obtido conforme indicado na presente invenção, foi possível sua manipulação na concentração de 0,125% com formação de espuma estável sem liquidificação rápida, permitindo seu uso para tal finalidade. Tendo em vista que a concentração do polidocanol 0,125% líquido não possui condições de confecção de espuma estável o suficiente para injeção em agulhas finas (30G, 30G1/2) e sua consequente ação, é importante se observar o uso da espessura adequada e da técnica a seguir apresentada, na forma de cinco passos.
[38] Passo 01: a confecção da espuma com polidocanol bioadesivo tipo “mousse" é realizada por meio de um sistema que contém duas seringas de 5ml com rosca e uma torneira de três vias. A seringa denominada “A” contém polidocanol bioadesivo e a seringa denominada “B” contém ar ambiente, nas seguintes proporções: Polidocanol 0,125%: A=1ml e B= 2,0ml.
[39] Passo 02: injeção lenta, sob visão direta ou de dispositivo de realidade aumentada, com visualização da espuma percorrendo os vasos superficiais.
[40] Passo 03: curativo estilo "stop blood" no local de punção.
[41] Passo 04: curativo compressivo com TNT e creme de corticoide tópico para prevenção de hiperpigmentações com caráter inflamatório.
[42] Passo 05: uso de meia de elastocompressão por 6h e retirada, para, após banho, remoção do curativo "stop blood".
[43] O uso dos passos e composição da presente invenção, no contexto de tratamento de telangectasias permitiu as seguintes conclusões preliminares, sendo, conforme mencionada, a concentração de polidocanol a 0,125%: (1) o medicamento manipulado polidocanol bioadesivo (em forma de gel tipo “mousse”), apresentou-se viável para confecção de espuma estável, avaliando-se no caráter macroscópico; (2) os casos realizados não apresentaram reações adversas graves; e (3) complicações como trombose venosa profunda, flebite química de vasos maiores não foram observadas.
TRATAMENTO DE VARIZES (VEIAS RETICULARES)
[44] A composição para tratamento de varizes, veias reticulares, compreende polidocanol 0,5% e HPMC 1%.
[45] As varizes são vasos dilatados e tortuosos, presente nos membros inferiores e são a causa de uma doença clínica conhecida como insuficiência venosa crônica. Tal condição pode ser tratada através de medidas clínicas como medicamentos, elascompressão ou necessitando de intervenções cirúrgicas para correção da mesma. A escleroterapia com microespuma, confeccionada através do medicamento polidocanol em suas diferentes concentrações tem se demonstrado eficaz para o tratamento de varizes. Efeitos indesejados como flebite química, hiperpigmentações de pele, nódulos palpáveis estão entre os mais frequentes para esta técnica.
[46] Tendo em vista a característica da espuma bioadesiva de difícil progressão para o sistema venoso profundo em razão de sua viscosidade e ação combinada do polidocanol com HPMC tornando este composto de liberação lenta, poderá ser esta uma opção terapêutica para o tratamento de veias reticulares com menores efeitos indesejáveis como os já descritos (hiperpigmentação de pele e flebite química com necessidade de drenagem). Assim, a técnica envolvendo o emprego dessa composição compreende os passos a seguir:
[47] Passo 01: a confecção da espuma com polidocanol bioadesivo é realizada por meio de um sistema que contém duas seringas de 5ml com rosca e uma torneira de três vias. A seringa denominada “A” contém polidocanol bioadesivo e a seringa denominada “B” contém ar ambiente, na proporção de: polidocanol 0,5%: A= 1ml e B= 2,5ml.
[48] Passo 02: injeção lenta, sob visão direta ou de dispositivo de realidade aumentada, com visualização da espuma percorrendo os vasos superficiais.
[49] Passo 03: curativo estilo "stop blood" no local de punção.
[50] Passo 04: curativo compressivo com TNT e creme de corticoide tópico para prevenção de hiperpigmentações com caráter inflamatório.
[51] Passo 05: meia de elastocompressão por 6h e retirada para banho e remoção do curativo "stop blood".
[52] O uso dos passos e composição da presente invenção, no contexto de tratamento de varizes, particularmente de veias reticulares, permitiu as seguintes conclusões preliminares, sendo, conforme mencionada a concentração de polidocanol a 0,5%: (1) o medicamento manipulado polidocanol bioadesivo (gel tipo “mousse”), apresentou-se viável para confecção de espuma estável, avaliando-se o caráter macroscópico; (2) os casos realizados não apresentaram reações adversas graves; (3) complicações como trombose venosa profunda, flebite química de vasos maiores não foram observadas.
TRATAMENTO DE VARIZES (VEIAS SAFENAS)
[53] A composição para tratamento de varizes, veias reticulares, compreende polidocanol 1,5% e HPMC 1,5%.
[54] A insuficiência venosa crônica, caracterizada pelo mecanismo fisiopatológico de estase sanguínea nos membros inferiores, apresenta-se por meio de varizes (vasos dilatados e tortuosos) e refluxo de veias superficiais e tronculares (safenas). O refluxo da veia safena magna ou parva é confirmado por meio de exame de ultrassom doppler. Neste exame no modo colordoppler observa-se um refluxo superior a 0,5cm/s ao logo de toda safena (magna ou parva). Associado ao exame físico este método documenta o mecanismo de estase sanguínea, sendo o tratamento da safena indicado para resolução.
A oclusão da safena pode ser um método de tratamento, por meio de energia térmica (laser) ou ablação química (espuma). Após esta oclusão, forma-se um cordão fibroso com posterior absorção do mesmo pelo organismo. O sucesso terapêutico nestes procedimentos (oclusão do vaso) encontra-se entre 75% a 95% descrito na literatura médica, podendo variar por vários fatores.
[55] No caso do uso a partir da composição da presente invenção, a maior densidade da espuma bioadesiva, estabilidade após sua confecção, menor progressão para sistema venoso profundo, composto medicamentoso de liberação lenta (em razão do emprego da mistura nas condições descritas de polidocanol + HPMC) que possibilitam seu uso, a priori, com maior segurança, menor volume de medicamento e possível eficiência dentro dos resultados já apresentados na literatura. Assim, a técnica envolvendo o emprego dessa composição compreende os passos a seguir:
[56] Passo 01: a confecção da espuma com polidocanol bioadesivo é realizada por meio de um sistema que contém duas seringas de 5ml com rosca e uma torneira de três vias. A seringa denominada “A” contém polidocanol bioadesivo e a seringa denominada “B” contém ar ambiente, nas seguintes proporções: polidocanol 1,5%: A= 1,5ml e B= 3,5ml.
[57] Passo 02: injeção lenta na veia safena magna ou parva sob visualização direta com ultrassom. A injeção deve ser acompanhada em todo seu trajeto e paralisada quando chegar a 3 cm da junção safeno-femoral ou 2 cm da junção safeno-poplítea.
[58] Passo 03: curativo estilo "stop blood" no local de punção.
[59] Passo 04: curativo compressivo com TNT no trajeto da safena e creme de corticoide tópico para prevenção de hiperpigmentação com caráter inflamatório.
[60] Passo 05: meia de elastocompressão por 72h e retirada para banho e remoção do curativo "stop blood".
[61] O uso dos passos e composição da presente invenção, no contexto de tratamento de varizes, particularmente de veias reticulares, permitiu as seguintes conclusões preliminares, sendo, conforme mencionada a concentração de polidocanol a 1,5%: (1) o medicamento manipulado polidocanol bioadesivo (gel), apresentou-se viável para confecção de espuma estável, avaliando-se o caráter macroscópico; (2) os casos realizados não apresentaram reação adversas graves; (3) complicações como trombose venosa profunda, flebite química de vasos maiores não foram observadas.

Claims (13)

  1. Composição farmacêutica de polidocanol caracterizada por compreender polidocanol adicionado de composto selecionado entre hidroxietilcelulose (HEC) e hidroxipropilmetilcelulose (HPMC).
  2. Composição farmacêutica de polidocanol de acordo com a reivindicação 1 caracterizada pela concentração de polidocanol ser de 0,12 a 2,30 %.
  3. Composição farmacêutica de polidocanol de acordo com a reivindicação 1 caracterizada pelo composto adicionado ao polidocanol ser HEC na concentração de 1,50 %.
  4. Composição farmacêutica de polidocanol de acordo com a reivindicação 1 caracterizada pelo composto adicionado ao polidocanol ser HPMC na concentração de 1,00 %.
  5. Composição farmacêutica de polidocanol de acordo com as reivindicações 1, 2 e 3 caracterizada por compreender polidocanol 0,125 % e HPMC 1,00 %.
  6. Composição farmacêutica de polidocanol de acordo com as reivindicações 1, 2 e 3 caracterizada por compreender polidocanol 0,50 % e HPMC 1,00 %.
  7. Composição farmacêutica de polidocanol de acordo com as reivindicações 1, 2 e 3 caracterizada por compreender polidocanol 1,50 % e HPMC 1,00 %.
  8. Composição farmacêutica de polidocanol de acordo com as reivindicações 1, 2 e 4 caracterizada por compreender polidocanol 2,25 % e HEC 1,50 %.
  9. Processo de obtenção de composição farmacêutica em forma de espuma tipo mousse caracterizado por empregar sistema de duas seringas, “A” e “B”, ambas de 5ml com rosca e uma torneira de três vias, sendo o processo compreendido pelas etapas de:
    • a) inserção na seringa “A” de polidocanol na quantidade de 1,0 a 1,5ml;
    • b) inserção na seringa “B” de ar ambiente, na quantidade de 2,0 a 4,0 ml;
    • c) realização de 50 a 60 movimentos vigorosos, contínuos e simétricos, em forma de “pump”, entre as seringas A e B, até a obtenção da forma de espuma; e
    • d) realização de 10 a 20 movimentos complementares, vigorosos, contínuos e simétricos, em forma de “pump”, até estabilização da mistura no formato de “mousse”.
  10. Processo de acordo com a reivindicação 9 caracterizado por ser empregado nas etapas (a) e (b) pelo menos uma das combinações de concentrações e quantidades discriminadas a seguir:
    • i. inserção na seringa “A” de 1ml de polidocanol 0,125% e na seringa “B” de 2,0ml de ar ambiente;
    • ii. inserção na seringa “A” de 1ml de polidocanol 0,50% e na seringa “B” de 2,5ml de ar ambiente;
    • iii. inserção na seringa “A” de 1,50ml de polidocanol 1,50% e na seringa “B” de 3,5 ml de ar ambiente; e
    • iv. inserção na seringa “A” de 1,50ml de polidocanol 2,25% e na seringa “B” de 4,0ml de ar ambiente.
  11. Uso de composição farmacêutica de polidocanol bioadesivo caracterizado por empregar mistura na forma de espuma tipo “mousse” obtida de acordo com qualquer das reinvindicações anteriores.
  12. Uso de composição farmacêutica de polidocanol caracterizado por empregar mistura na forma de espuma tipo “mousse” que compreende HEC ou HPMC e por ser no tratamento estético de microvarizes decorrentes de telangectasias, varizes em veias reticulares e varizes em veias safenas.
  13. Uso de composição farmacêutica de polidocanol caracterizado por empregar mistura na forma de espuma tipo “mousse” que contem HEC ou HPMC e por ser no tratamento de telangectasias, varizes em veias reticulares e varizes em veias safenas.
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