BR102017006576B1 - Dispositivo elétrico conectável para comutar uma corrente elétrica tendo uma contraplaca aperfeiçoada - Google Patents

Abstract

A presente invenção refere-se a um dispositivo elétrico conectável (2) para comutar uma corrente elétrica, que inclui: um quadro estático (3), incluindo uma contraplaca (20) presa no quadro; terminais de conexão (24) capazes de serem conectados a uma instalação elétrica; e uma parte removível incluindo um dispositivo para comutar uma corrente elétrica. A contraplaca (20) é feita de um polímero termorrígido e inclui traves de reforço (24, 26) integradas na contraplaca (20) e se estendendo em uma direção vertical (Z26, Z28).

Description

[001] A presente invenção refere-se a um dispositivo elétrico co- nectável para comutar uma corrente elétrica tendo uma contraplaca aperfeiçoada.

[002] Os dispositivos elétricos para comutar uma corrente elétrica, tais como disjuntores ou conectores de chaves, que incluem um quadro estático (isto é, um chassi fixo), que é capaz de ser montado em um quadro de ligações, e uma parte removível, também chamada a "unidade de ruptura", que contém um dispositivo de ligação elétrica capaz de ligar uma corrente elétrica, já são conhecidos. A parte removível é móvel entre as posições conectada e desconectada com relação ao quadro. Esse dispositivo elétrico é também dito como sendo conectável.

[003] Na posição conectada, a parte removível é recebida no inte rior de um alojamento do quadro estático proporcionado para esse fim, desse modo, permitindo que o dispositivo de ligação elétrica seja conectado eletricamente aos terminais de conexão de uma instalação elétrica, cujos terminais são conectados ao quadro. Na posição desconectada, a parte removível é removida pelo menos parcialmente do alojamento do quadro. O dispositivo de ligação elétrica não fica, então, mais conectado à instalação elétrica. Tipicamente, o dispositivo opera apenas quando está na posição conectada.

[004] Esses dispositivos conectáveis facilitam as operações de manutenção e reparo, porque a parte removível pode ser removida por um operador, sem haver qualquer necessidade para que ele toque ou desmonte as conexões entre o quadro e a instalação elétrica.

[005] Esse dispositivo elétrico é conhecido, por exemplo, do pedido de patente internacional WO-01/33682-A1.

[006] Neste dispositivo, a parte removível inclui uma contraplaca, feito de um material composto obtido por pultrusão. O papel desta con- traplaca é garantir que o dispositivo elétrico tenha uma boa resistência mecânica e resista às tensões mecânicas estáticas e dinâmicas, às quais o dispositivo é submetido quando está em operação.

[007] Por exemplo, na posição conectada, a parte removível é submetida a tensões estáticas, devido ao peso dos conectores elétricos, tipicamente, conjuntos de barras de ligações feitas de cobre, que servem para conectar o dispositivo elétrico à instalação elétrica. A parte removível é também submetida, durante a interrupção da corrente, para registrar as tensões mecânicas geradas sob o efeito das forças eletromagnéticas, que aparecem durante a ligação de uma corrente elétrica. Estas forças são particularmente altas em dispositivos de alta potência de ruptura, por exemplo, os dispositivos tencionados para comutar correntes superiores a 100 kA, nos quais podem gerar tensões mecânicas equivalentes àquelas exercidas por um peso de várias toneladas. Isso enfraquece a contraplaca e pode mesmo destrui-la, desse modo, degradando a operação do dispositivo elétrico.

[008] No entanto, essa contraplaca da técnica anterior conhecida não é inteiramente satisfatória. O processo de manufatura por pultrusão apresenta a deficiência de ser de implementação complexa e apresentar limitações técnicas. A contraplaca assim obtida em um alto custo unitário e uma espessura substancial, isto implicando que o quadro estático é maior do que precisa ser, como é, igualmente, o volume do dispositivo elétrico.

[009] São essas deficiências que a invenção tenciona, mais particularmente, remediar, proporcionando um dispositivo elétrico conectá- vel para comutar uma corrente elétrica, incluindo uma contraplaca, que é de manufatura mais econômica e ter um volume pequeno, sendo ainda capaz de suportar as tensões mecânicas exercidas no dispositivo elétrico, durante sua operação.

[0010] Para esse fim, a invenção se refere a um dispositivo elétrico conectável para comutar uma corrente elétrica, incluindo: - um quadro estático, incluindo uma contraplaca presa no quadro; - terminais de conexão capazes de serem conectados a uma instalação elétrica; e - uma parte removível incluindo um dispositivo para comutar uma corrente elétrica, esta parte removível sendo seletivamente móvel entre: - uma posição conectada, na qual a parte removível é recebida no interior de um alojamento correspondente do quadro estático e na qual o sistema de ligação é conectado eletricamente aos terminais de conexão; e - uma posição desconectada, na qual a parte removível fica fora do alojamento e na qual o sistema de ligação é isolado eletricamente dos terminais de conexão.

[0011] De acordo com a invenção, a contraplaca é feita de um polímero termorrígido e inclui traves de reforço integradas na contraplaca e se estendendo em uma direção vertical.

[0012] Em virtude da invenção, a contraplaca tem uma boa resistência mecânica, em particular por causa das traves verticais, que impedem que as tensões mecânicas sejam concentradas em áreas localizadas da contraplaca e promovem, em contrapartida, a distribuição uniforme delas pela contraplaca. Esta tem uma resistência mecânica, que é tão satisfatória quanto aquelas contraplacas feitas por pultrusão conhecidas da técnica anterior. Além disso, a contraplaca pode ser manufaturada de um modo simples, por exemplo, por moldagem, desse modo, diminuindo seu custo e permitindo uma maior liberdade na seleção de suas dimensões, em particular, permitindo que seu volume seja diminuído.

[0013] De acordo com aspectos vantajosos, mas não obrigatórios,da invenção, esse dispositivo elétrico pode incorporar um ou mais dos seguintes aspectos, que podem ser implementados em qualquer combinação tecnicamente possível: - a contraplaca é presa no quadro por meio de elementos prendedores, o dispositivo elétrico incluindo ainda tiras de sustentação, que se estendem verticalmente ao longo das bordas laterais da contra- placa, as tiras de sustentação sendo retidas contra as bordas laterais pelos elementos prendedores; - as tiras de sustentação sendo feitas de aço; - os elementos prendedores incluindo parafusos de cabeça escareada; - os elementos prendedores se projetam, em relação àquela face de cada tira de sustentação que é virada na direção para trás do dispositivo elétrico, por 3 mm ou menos; - a contraplaca é formada como uma peça única; - a contraplaca é feita de poliéster; - a contraplaca é produzida por moldagem; - a área da seção transversal de cada uma das traves de reforço é igual ou superior a 5 cm2, de preferência, igual ou superior a 10 cm2 e, particularmente, igual ou superior a 20 cm2; - a contraplaca tem uma espessura compreendida entre 0,5 cm e 5 cm.

[0014] A invenção vai ser melhor entendida e outras de suas vantagens vão ficar mais claramente evidentes à luz da descrição apresentada a seguir de uma concretização de um dispositivo elétrico, que é apresentada meramente por meio exemplificativo e com referência aos desenhos em anexo, em que: - a Figura 1 é uma ilustração esquemática, de uma vista em perspectiva, de um dispositivo elétrico para comutar uma corrente elétrica, de acordo com a invenção; - a Figura 2 é uma ilustração esquemática, de uma vista em perspectiva parcialmente detalhada, do dispositivo de ligação elétrica da Figura 1; - a Figura 3 é uma ilustração esquemática, de uma representação parcialmente em corte, do dispositivo elétrico das Figuras 1 e 2, visto no plano de seção transversal III da Figura 1; e - a Figura 4 é uma vista detalhada da zona IV da Figura 3.

[0015] As Figuras 1 e 2 mostram um dispositivo elétrico conectável 2 para comutar uma corrente elétrica. O dispositivo elétrico 2 é configurado para interromper uma corrente elétrica, em resposta a uma anomalia operacional ou a um comando predefinido. Por exemplo, o dispositivo elétrico 2 é um disjuntor ou um desconector de chave.

[0016] Neste exemplo, o dispositivo elétrico 2 é um disjuntor pneumático de corrente alternada (CA) de baixa voltagem, por exemplo, tencionado para uma voltagem elétrica igual ou superior a 440 V e para correntes elétricas superiores a 630 A. A potência de ruptura em curto- circuito deste disjuntor é 150 kA a 440 V. O dispositivo elétrico 2 é, neste caso, multipolar, isto é, capaz de operar com uma instalação elétrica multifásica, por exemplo, uma com três ou quatro polos. Como uma variante, o disjuntor é um disjuntor de corrente contínua (CC).

[0017] O dispositivo elétrico 2 inclui um quadro estático 3, e uma parte removível, que não é ilustrada.

[0018] O quadro 3 inclui uma face frontal 4, uma face posterior 6 e as faces laterais 8 e 10. Neste exemplo, a forma do quadro 3 é aquela de um prisma de base retangular. As paredes laterais 8 e 10 são, neste caso, planas e paralelas entre si. O quadro 3 define um alojamento para receber a parte móvel do dispositivo elétrico 2 por meio de uma abertura na face frontal 4. Um eixo longitudinal do dispositivo elétrico 2, que se estende horizontal e paralelamente às faces laterais 8 e 10 e perpendi-cularmente às faces frontal e posterior 4 e 6, é marcada "X".

[0019] Nesta descrição, a direção vertical é definida com relação à direção da gravidade terrestre. As forças devido aos pesos dos vários elementos agem no dispositivo elétrico 2, nesta direção vertical, em particular, quando o dispositivo elétrico 2 está em uma configuração montada em um quadro de ligações.

[0020] A face posterior 6 inclui uma contraplaca 20, que é presa no quadro 3, e os terminais de conexão 24 do dispositivo elétrico 2, que são dispostos nivelados com a contraplaca 20. A contraplaca 20 é descrita em mais detalhes abaixo.

[0021] Os terminais de conexão 24 são tencionados para serem conectados eletricamente a uma instalação elétrica, por exemplo, por meio de um conjunto de barras de ligações conectantes em um quadro de ligações. A instalação elétrica é, por exemplo, um circuito elétrico que busca proteger ou controlar por meio do dispositivo elétrico 2. Os terminais de conexão 24 são feitos de um material eletricamente condutor, tal como cobre.

[0022] A parte removível é seletivamente móvel entre as posições conectada e desconectada. Na posição conectada, é recebida no interior do alojamento definido pelo quadro 3 e é conectada aos terminais de conexão 24. Na posição desconectada, a parte móvel fica fora do alojamento definido pelo quadro 3. O dispositivo para comutar corrente é desconectado dos terminais de conexão 24. O movimento da parte removível, entre as posições conectada e desconectada, é obtido por translação ao longo do eixo X.

[0023] A parte removível pode ter, além do mais, embora não seja indispensável, uma terceira posição, chamada a posição de teste, que é intermediária entre as posições conectada e desconectada. Nesta posição de teste, a parte removível é apenas parcialmente recebida no interior do alojamento definido pelo quadro 3, mas o dispositivo para comutar corrente é desconectado dos terminais de conexão 24.

[0024] A parte removível inclui um dispositivo para comutar uma corrente elétrica (não ilustrada), que é capaz de e tencionado para interromper seletivamente uma corrente elétrica, que escoa entre os terminais de conexão 24 de um determinado polo, quando a parte removível está na posição conectada. Os exemplos de uma parte removível do dispositivo elétrico 2 são descritos nos pedidos de patentes FR 2 783 366 A1 e FR 2 777 696 A1.

[0025] A função da contraplaca 20 é aumentar a resistência mecânica do quadro 3, em particular, para permitir que este suporte as tensões exercidas no mesmo nível com os terminais de conexão elétrica 24. A contraplaca 20 tem uma seção de forma plana, que se estende em um plano geométrico vertical estático P. Neste caso, o plano P é perpendicular ao eixo X e às paredes laterais 8 e 10.

[0026] A contraplaca 20 é rígida e é feita de um polímero termorrí-gido, por exemplo, poliéster. Por "rígida" quer-se mencionar que o módulo de flexão da contraplaca 20 é igual ou superior a 9,5 GPa.

[0027] Neste caso, a contraplaca 20 é uma peça única. De preferência, a contraplaca 20 é produzida por moldagem. Desse modo, a contraplaca 20 é de fácil manufatura e tem um baixo custo unitário, tendo, não obstante, boas propriedades de resistência mecânica.

[0028] Apenas por meio ilustrativo, a contraplaca 20 tem uma espessura compreendida entre 5 mm e 50 mm, e, de preferência, compreendida entre 8 mm e 15 mm. A espessura da contraplaca 20 é medida paralelamente ao eixo X, no nível com a seção plana desta contraplaca 20, por exemplo, em uma borda desta contraplaca 20. A contraplaca 20 tem uma largura de 440 mm, medida no plano P perpendicularmente ao eixo X, e uma altura de 330 mm, medida verticalmente no plano P.

[0029] Neste caso, a contraplaca 20 é proporcionada, em uma zona central, com várias aberturas de passagem 22, pelas quais os terminais de conexão 24 saem do quadro 3, na parte traseira do dispositivo elétrico 2. Neste exemplo, os terminais de conexão 24 são dispostos em pares. Os terminais de conexão 24 de cada par são colocados verticalmente relativamente entre si. Os pares dos terminais de conexão 24 são alinhados horizontalmente ao longo da face posterior 6. Cada par dos terminais de conexão 24 corresponde a um polo elétrico do disjuntor.

[0030] A contraplaca 20 também inclui as traves de reforço 26 e 28,que são integradas na contraplaca 20, para aumentar a resistência mecânica da contraplaca 20. As traves de reforço 26 e 28 são integradas na contraplaca 20 e se projetam com relação à seção plana da contra- placa 20, na direção para trás da contraplaca 20. Essas traves de reforço 26 e 28 se estendem longitudinalmente ao longo dos eixos verticais, que foram marcados, respectivamente, por Z26 e Z28. As traves de reforço 26 e 28 são, neste caso, colocados em qualquer lado da zona central da contraplaca 20 contendo as aberturas 22.

[0031] As traves de reforço 26 e 28 são, neste caso, idênticas.Desse modo, abaixo, apenas a trave de reforço 26 é descrita detalhadamente.

[0032] Como ilustrado nas Figuras 3 e 4, a trave de reforço 26 tem uma área da seção transversal igual ou superior a 5 cm2, de preferência, igual ou superior a 10 cm2 e, particularmente, igual ou superior a 20 cm2. Neste exemplo, esta seção transversal tem uma forma essencialmente poligonal, que é, por exemplo, inscrita dentro de um trapézio. A área da seção transversal é, neste caso, medida em um plano geométrico horizontal perpendicular ao eixo Z26.

[0033] De preferência, a forma da trave de reforço 26 é tal que sua seção transversal não tem bordas agudas, isto é, nenhuma borda de modo que o ângulo entre duas bordas consecutivas, medido no plano transversal e na parte interna da trave de reforço 26, seja igual ou inferior a 60° ou, de preferência, igual ou inferior a 45°. Especificamente, essas bordas agudas promovem o aparecimento de pontos de ruptura mecânica, quando a trave de reforço 26 é submetida a uma tensão mecânica, especialmente, uma tensão compressiva na direção Z26. Na ausência dessas bordas agudas, a fragilidade da trave de reforço 26 é baixa.

[0034] As traves de reforço 26 e 28 possibilitam garantir que, quando o dispositivo elétrico 2 é montado em um quadro de ligações, a contraplaca 20 em uma resistência mecânica satisfatória, para não apenas suportar tensões estáticas, por exemplo, devido ao peso dos conjuntos de barras de ligações conectantes, exercido nos terminais de conexão 24, mas também suportar as tensões eletrodinâmicas geradas quando o dispositivo de ligação interrompe o fluxo de uma corrente elétrica.

[0035] Vantajosamente, a trave de reforço 26 é dotada com uma ranhura 27, que se estende ao longo da trave de reforço 26, isto é, ao longo da direção Z26. Esta ranhura 27 tem, neste caso, uma largura de 5 mm, medida horizontalmente no plano P, e uma profundidade de 8 mm, medida paralelamente ao eixo X.

[0036] A contraplaca 20 é fixada no quadro 3, firmemente e sem qualquer grau de liberdade, por meio de elementos prendedores, que são descritos em mais detalhes abaixo.

[0037] O dispositivo elétrico 2 também inclui as tiras de sustentação 30, 32, que são colocadas no nível com a face posterior da contraplaca 20. Mais precisamente, as tiras de sustentação 30, 32 são ambas colocadas nas bordas laterais 34, 36 da contraplaca 20. Neste caso, a tira de sustentação 30 é colocada em uma borda lateral 34 da contraplaca 20, localizada no mesmo lado da parede lateral 8. Analogamente, a tira posterior 32 é colocada na borda lateral 36 da contraplaca 20, isto é, a borda localizada no mesmo lado da parede lateral 10.

[0038] As tiras de sustentação 30 e 32 desempenham o mesmo pa pel com relação às bordas laterais 34 e 36, respectivamente. Desse modo, apenas a tira de sustentação 30 é descrita detalhadamente abaixo.

[0039] A tira de sustentação 30 tem uma forma oblonga se estendendo vertical e paralelamente ao eixo Z26. Neste caso, a tira de sustentação 30 tem uma forma paralelepipedal retangular, cujo comprimento se estende na direção da altura da contraplaca 20. Por meio ilustrativo, a tira de sustentação 30 tem uma altura de 330 mm, medida verticalmente no plano P, e uma largura de 10 mm, medida horizontalmente no plano P.

[0040] Em uma configuração montada do dispositivo elétrico 2, as tiras de sustentação 30 e 32 são fixadas em contato com as respectivas bordas laterais 34, 36 por meio de elementos prendedores.

[0041] Neste exemplo, a contraplaca 20 é aparafusada no quadro 3. Cada elemento prendedor inclui um conjunto de porca e parafuso, consistindo de um parafuso 50 e uma porca correspondente 52. Como uma variante, os elementos prendedores são diferentes, por exemplo, rebites.

[0042] A tira de sustentação 30 é dotada com vários orifícios de passagem 38, 40, 42. Igualmente, a borda lateral 34 é dotada com vários orifícios de passagem 34, 36 e 48. Quando a tira de sustentação 30 está na posição montada na borda lateral 34, os orifícios 38, 40 e 42 são alinhados com os orifícios 44, 46, 48 correspondentes da borda lateral. De preferência, os orifícios 38, 40 e 42 da tira de sustentação 30 e os orifícios 44, 46, 48 da borda lateral 34 têm o mesmo diâmetro. A parede lateral 8 tem uma borda curva, dotada com orifícios que são alinhados com os orifícios 38, 40 e 42 da tira de sustentação 30 e com os orifícios 44, 46, 48 da borda lateral 34. Cada parafuso 50 é inserido em um dos orifícios alinhados 38 e 44, 40 e 46 ou 42 e 48 da tira de sustentação 30, e em um orifício da borda curva da parede lateral 8, e é mantido fixado por uma das porcas 52 correspondentes, como ilustrado nas Figuras 1 e 2. Como uma variante, os números de orifícios na tira de sustentação 30, na borda lateral 34 e na borda curva da parede lateral 8 podem ser diferentes.

[0043] Quando o dispositivo está na configuração montada, os elementos prendedores, neste caso, os parafusos 50 e as porcas 52, exercem uma força de fixação na tira de sustentação 30 e 32 e nas bordas laterais 34 e 36 da contraplaca 20. Desse modo, a contraplaca 20 é fixada, no nível com suas bordas laterais 34 e 36, entre as tiras de sustentação 30 e 32 e as bordas curvas correspondentes das paredes laterais 8 e 10, respectivamente. Por exemplo, os parafusos 50 exercem uma força de fixação igual ou superior a 5 N.m.

[0044] Desse modo, a força de fixação dos elementos prendedores,neste caso, os parafusos 50 e as porcas 52, é distribuída por toda a extensão das bordas laterais 34 e 36. As tiras de sustentação 30 e 32 promovem, desse modo, uma boa distribuição das tensões mecânicas aplicadas à contraplaca 20. Uma concentração de tensões mecânicas, em certos pontos localizados da contraplaca 20, é, portanto, evitada, algo que teria um efeito nocivo na resistência da contraplaca 20 e que promoveria uma ruptura mecânica prematura.

[0045] Vantajosamente, cada parafuso tem uma cabeça escareada 54. Desse modo, a cabeça 54 não se projeta da tira de sustentação 30, e a sua espessura, que se sobressai quando o parafuso 50 está na configuração montada no dispositivo 2, é minimizada. Por exemplo, a separação, ou a distância, entre a extremidade distal da cabeça 54 e a face posterior da tira de sustentação 30, medida paralelamente ao eixo X, é igual ou inferior a 3 mm, de preferência, igual ou inferior a 1 mm e, par- ticularmente, igual ou inferior a 0,5 mm. A face posterior da tira de sustentação 30 é a face que é girada na direção da parte externa do dispositivo elétrico 2.

[0046] Essa disposição é particularmente vantajosa. Especificamente, tipicamente, em quadros de ligações, é convencional usar superfícies planas da face posterior dos dispositivos elétricos para prender neles barreiras, que se projetam dos e para trás dos dispositivos elétricos. No presente caso, essas barreiras são, de preferência, colocadas nas superfícies planas das bordas laterais 34, 36 do dispositivo 2.

[0047] A função dessas barreiras é separar uns dos outros os dispositivos elétricos instalados em um determinado quadro de ligações, para proteger os operadores, quando estes estão trabalhando em um determinado dispositivo, de contato acidental com esses terminais elétricos de dispositivos vizinhos que estão sob voltagem. Essas barreiras também servem para confinar os arcos elétricos, no caso de falhas elétricas, e limitar a propagação deles entre os dispositivos elétricos vizinhos no quadro de ligações.

[0048] Quando a cabeça 54 não é embutida, há um alto risco de que ela se projete da tira de sustentação 30, isso significando que uma espessura dela vai se sobressair com relação à tira de sustentação 30 e impedir a instalação de selo hermético dessa barreira. Há, então, um grande vão entre a base da barreira e a tira de sustentação 30, de modo que um arco elétrico possa passar por esse vão, em particular, durante a ejeção de um gás de ruptura do dispositivo elétrico 2. Isso, portanto, diminui a eficiência e a utilidade dessa barreira.

[0049] Como uma variante, quando o elemento prendedor é um rebite, a sua cabeça vai ser disposta, de preferência, mais uma vez para impedir qualquer projeção dele com relação à tira de sustentação 30, com o mesmo objetivo.

[0050] Neste exemplo, as tiras de sustentação 30, 32 são feitas de um metal, tal como aço. Por exemplo, uma tira de acordo com o padrão NF EM 10139 da liga de aço referida "DC03 C490" é usado.

[0051] As concretizações e as variantes consideradas acima podem ser combinadas conjuntamente para gerar novas concretizações.

Claims (9)

1. Dispositivo elétrico conectável (2) para comutar uma corrente elétrica, incluindo: - um quadro estático (3), incluindo uma contraplaca rígida (20) presa no quadro; - terminais de conexão (24) capazes de serem conectados a uma instalação elétrica; e - uma parte removível incluindo um dispositivo para comutar uma corrente elétrica, esta parte removível sendo seletivamente móvel entre: - uma posição conectada, na qual a parte removível é recebida no interior de um alojamento correspondente do quadro estático (3) e na qual o sistema de ligação é conectado eletricamente aos terminais de conexão (24); e - uma posição desconectada, na qual a parte removível fica fora do alojamento e na qual o sistema de ligação é isolado eletricamente dos terminais de conexão (24), a contraplaca (20) é feita de um polímero termorrígido e inclui traves de reforço (26, 28) integradas na contraplaca (20) e se estendendo em uma direção vertical (Z26, Z28), caracterizado pelo fato de que a contraplaca (20) é presa no quadro por meio dos elementos prendedores (50, 52), o dispositivo elétrico (2) incluindo ainda tiras de sustentação (30, 32), que se estendem verticalmente ao longo das bordas laterais (34, 36) da contraplaca (20), as tiras de sustentação (30, 32) sendo fixadas nas bordas laterais (34, 36) pelos elementos prendedores (50, 52).

2. Dispositivo elétrico (2), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que as tiras de sustentação (30, 32) são feitas de aço.

3. Dispositivo elétrico (2), de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que os elementos prendedores (50, 52) incluem parafusos (50) de cabeça escareada (54).

4. Dispositivo elétrico (2), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que os elementos prendedores (50, 52) se projetam, com relação àquela face de cada tira de sustentação (30, 32), que é girada na direção para trás do dispositivo elétrico (2) por 3 mm ou menos.

5. Dispositivo elétrico (2), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a contraplaca (20) é formada como uma peça única.

6. Dispositivo elétrico (2), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a contraplaca (20) é feita de poliéster.

7. Dispositivo elétrico (2), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a contraplaca (20) é produzida por moldagem.

8. Dispositivo elétrico (2), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a área da seção transversal de cada uma das traves de reforço (26, 28) é igual ou superior a 5 cm2, de preferência, igual ou superior a 10 cm2, ou, particularmente, igual ou superior a 20 cm2.

9. Dispositivo elétrico (2), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a contraplaca (20) tem uma espessura compreendida entre 0,5 cm e 5 cm.

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