BR102016028118A2 - uso do monofosfato de inosina como fonte de energia em rações para alimentação de aves de abate - Google Patents

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Abstract

a presente invenção descreve o uso do monofosfato de inosina como fonte de energia em rações para alimentação de aves de abate, mediante manipulação da energia da ração para proporcionar um restabelecimento no ganho de peso e na conversão alimentar de aves de abate alimentadas com rações dotadas de menor valor calórico. o monofosfato de inosina é aplicado na composição de rações, de modo a suprir a exigência nutricional de energia das aves, substituindo parcialmente o óleo de soja ou gorduras comumente utilizadas como fontes de energia nas rações para aves.

Description

“USO DO MONOFOSFATO DE INOSINACOMO FONTE DE ENERGIA EM RAÇÕES PARA ALIMENTAÇÃO DE AVES DE ABATE” [01] A presente patente de invenção refere-se ao uso do monofosfato de inosina como fonte de energia em rações para alimentação de aves de abate, tais como frangos, galinhas, codornas e perus, pertencente ao setor tecnológico dos aditivos utilizados em rações para nutrição de animais de abate.
Histórico da Invenção [02] São conhecidos do homem da técnica aditivos utilizados em rações para animais de abate, os quais visam reduzir os custos de produção e melhorar o desempenho final.
[03] Na criação de frangos de corte, o melhoramento genético, a competitividade globalizada e o custo dos ingredientes são os pontos básicos que estimulam os pesquisadores a entender e desenvolver modelos para reduzir o custo de produção dos frangos de corte. A ração é sem dúvida o ponto crucial a ser investigado, pois representa ao redor de 70% dos custos da produção das aves, sendo a energia, a proteína e o fósforo os elementos, respectivamente, que mais afetam o custo da dieta.
[04] A redução da proteína bruta na dieta com o uso dos aminoácidos industriais é uma estratégia nutricional comumente utilizada pelos nutricionistas para diminuir significativamente o custo das rações sem comprometer o desempenho final dos frangos de corte. Dentro desse mesmo seguimento, o efeito da enzima fitase sobre a biodisponibilidade do fósforo fítico, tem como principal objetivo reduzir significativamente o uso do fosfato bicálcico na ração. Por fim, a valorização da digestibilidade do amido e dos polissacarídeos não amiláceos solúveis dado pelas enzimas carboidrases é outro importante tópico diagnosticado como ferramenta para aprimorar a eficiência energética das rações das aves com consequente redução dos custos.
[05] O uso das enzimas carboidrases nas rações de frangos de corte tem sido amplamente difundido na nutrição animal com o objetivo de valorizar a energia da dieta. Contudo, a eficiência energética de uma dieta parece não ser inteiramente dependente da maior disponibilidade, por exemplo, de glicose no intestino ou da taxa de glicemia sanguínea, mas também, parece ser dependente do quanto o corpo é eficiente em sintetizar o ATP (adenosina trifosfato) a partir da glicose, aminoácidos e ácidos graxos.
[06] As moléculas ricas em energia presente nas rações dos animais, tais como a glicose ou ácidos graxos, quando absorvidos, são metabolizadas por uma séria de reações de oxidação, produzindo C02 (dióxido de carbono) e água. Os intermediários dessas reações doam elétrons para as coenzimas nicotinamida adenina dinucleotideos (NAD+) e flavina adenina dinucleotídeos (FAD) para formar coenzimas reduzidas ricas em energia, NADH e FADH2. Estas coenzimas reduzidas doam um par de elétrons a um conjunto especializado de transportadores de elétrons. À medida que os elétrons atravessam a sua cadeia de transporte, perdem energia, e, parte dessa energia pode ser capturada e armazenada na forma de ATP a partir do ADP + fosfato inorgânico (Pi). Esse processo é denominado de fosforilação oxidativa. O restante da energia livre não capturada como ATP é liberado em forma de calor.
[07] Como pode ser observado, o ciclo de Krebs atua como principal rota da oxidação dos carboidratos e lipídeos, produzindo maior quantidade de ATP e GTP, ou seja, nucleotídeos ligados por três moléculas de fósforo, sendo que o conteúdo de energia do GTP é o mesmo que do ATP. Os dois nucleotídeos são interconversíveis pela reação da enzima nucleosídeo difosfato quinase.
[08] Como pode ser observado, o metabolismo energético é complexo existindo a natural perda de energia baseada na ineficiência do metabolismo intermediário necessário para a digestão, transporte, excreção e transformação de nutrientes em metabólitos ineficientes. O organismo animal possui uma eficiência energética de aproximadamente 40%, sendo que 58,8% do metabolismo é perdido na forma de calor.
[09] O conceito de que o ATP, um nucleotídeo adenina ligado a três moléculas de fósforo, é a fonte universal de energia para as células, determina a hipótese de que qualquer elemento que facilite a sua síntese ou que favoreça a sua disponibilização dentro da célula poderá afetar diretamente o balanço energético da dieta.
[010] As purinas inosinamonofosfato (IMP), guanina (GMP) e adenina (AMP) são tradicionalmente bem definidas na bioquímica como intermediários no metabolismo energético de animais, mas, não há aplicação comercial de sua suplementação na dieta das aves para influenciar diretamente sobre o metabolismo energético.
[011] As purinas inosinamonofosfato (IMP) são as precursoras da adenina (AMP) e guanina (GMP). No metabolismo, o AMP e GMP são aceptores de grupos fosfatos para formar ATP e GTP, os quais ocupam posições intermediárias na escala bioenergética dos compostos fosfatados.
[012] A energia não é quimicamente identificada como um nutriente, mas uma propriedade obtida quando os nutrientes tais como aminoácidos, carboidratos e lipídeos são oxidados durante o metabolismo. Quando consumidos pelos animais, podem ser usados em três diferentes caminhos: energia suprida para o trabalho; convertida em calor e estocada no corpo como tecido.
[013] A energia metabolizável (EM) é a forma da energia recomendada para as aves. No metabolismo é previsto as perdas de energia baseado na ineficiência do metabolismo intermediário ocorrido na digestão, transporte, excreção e transformação de nutrientes em metabólitos ineficientes. Essas perdas são referenciadas como incremento calórico. A intensidade do incremento calórico varia com a composição da dieta. Assim, em aves, o incremento calórico é considerado ao redor de 30% de EM para a proteína, 15% de EM para o amido e 10% de EM para o lipídeo. Independente disso, o fato é que o carbono e o hidrogênio presente no alimento podem ser oxidados a dióxido de carbono e água, gerando adenosina trifosfato (ATP) e guanina trifosfato (GTP), nucleotídeos purinas que são distribuídos por toda a célula do corpo. O ATP e o GTP proveniente da degradação da glicose e gordura não somente elimina a perda de calor, mas fornece o suprimento de energia para a célula do corpo todo o tempo. Em aves, a reação metabólica que oxida os nutrientes captura ao redor de 40% da energia como adenosina trifosfato (ATP) que é disponível para o anabolismo, catabolismo e trabalho mecânico.
[014] O organismo animal possui uma eficiência energética de aproximandamente 40%. Para aves e suínos, que são animais de sangue quente, a perda de energia do metabolismo na forma de calor (58,8%) é importante na homeotermia.
[015] Os nutricionistas têm os alimentos como única fonte de energia para os animais em função do conhecimento do metabolismo energético dado pelos carboidratos, gorduras e proteína. A produção de mol de ATP por gramas de glicose, amido, proteína, lipídeos, ácidos graxos voláteis e carboidratos fermentáveis é de 0,211; 0,235; 0,194; 0,508; 0,212 e 0,165, respectivamente.
[016] Por outro lado, estabelecer a presença do nucleotídeo purina IMP como possível fonte de energia na nutrição animal não tem sido reconhecido no meio científico e nas indústrias de rações.
[017] Por mais de duas décadas, os nucleotídeos tem sido estudados mediante ao fato de ser utilizado em várias reações fisiológicas essenciais para a manutenção e propagação da vida. Os nucleotídeos estão envolvidos no estoque de energia, transferência de reações, decodificação das informações genéticas que, por sua vez, aperfeiçoa as funções responsáveis para a divisão rápida dos tecidos, estímulo do crescimento e melhora da imunidade.
[018] Os nucleotídeos podem ser sintetizados endogenamente não sendo, portanto, classificados como nutrientes essenciais. Por outro lado, a suplementação de nucleotídeos na dieta pode proporcionar efeitos benéficos sobre o sistema imune, crescimento e desenvolvimento do intestino delgado, metabolismo de lipídeos e funções hepáticas. Assim, o termo condicionalmente essencial tem sido usado para descrever o efeito dos nucleotídeos na nutrição humana e animal. Sob estas condições, o consumo exógeno de nucleotídeos na dieta poupa o organismo a lançar mão dos custos da síntese de novo e da via de salvação.
[019] O processo de absorção dos nucleosídeos e as bases nitrogenadas no enterócito demonstram ocorrer por transporte ativo sódio dependente ou difusão facilitada. Em animais adultos saudáveis recebendo purinas, 90% dos nucleotídeos ingeridos são absorvidos pelo intestino.
[020] A absorção dos nucleosídeos pirimidina e o seu destino metabólico final nas aves são diferentes quando comparado aos nucleosídeos purinas. Diferentemente das pirimidinas, as purinas, após serem oferecidas aos animais, não foram encontradas no pool de ácidos nucléicos no fígado, possivelmente sendo destinado para o metabolismo oxidativo.
[021] O fígado é o maior local de síntese das purinas no corpo dos animais. O citosol da célula contém todas as enzimas que sintetizam e degradam as purinas. Para a síntese de IMP ocorre a necessidade de 4 moléculas de ATP e 10 reações químicas, utilizando inicialmente o 5-fosforibosil 1-pirofosfato (PRPP), 2 moléculas de glutamina, 1 de glicina, 2 moléculas de formil-tetraidrofolado e C02. Por fim, a conversão do IMP em AMP ou GMP se utiliza de uma rota de duas etapas, requerendo 1 molécula de energia, ou seja, para a síntese de AMP é necessário 1 GTP e para a síntese de GMP é necessário 1 ATP.
[022] O IMP é classificado como um nucleotídeo purina, sendo denominado como nucleotídeo mãe, pois serve como ponto de ramificação para a síntese de AMP e GMP que são aceptores de grupos fosfatos para formar ATP e GTP, os intermediários na escala bioenergética dos compostos fosfatados. É através do IMP que ocorre a síntese de AMP e GMP, dependendo da necessidade da célula.
[023] Diante dos diferentes papéis fisiológicos dos nucleotídeos no organismo dos animais, o ATP é a mais abundante fonte de energia química usada no metabolismo, controlando a maioria dos processos celulares, servindo como estoque de energia. O transporte ativo de moléculas e íons, a síntese de macromoléculas e o trabalho mecânico são inteiramente dependentes do suprimento de energia na forma de ATP. A adenina é um importante regulador da fluidez sanguínea e atividade muscular. Também, o AMPc e GMPc são mediadores de numerosos processos metabólicos, regulando grande número de reações metabólicas.
[024] Os nucleosídeos difosfatos e trifosfatos são sintetizados a partir dos nucleosídeosmonofosfatos correspondente dado pela enzima nucleosídeoquinase de base-específica. Assim, as purinas resultantes do metabolismo endógeno normal dos ácidos nucléicos ou aqueles obtidos da dieta podem ser convertidos em nucleosídeos trifosfatos e utilizados pelo corpo. Neste caso, duas enzimas estão envolvidas; a adenina fosforribosiltransferase (APRT) e a hipoxantina-guanina fosforribosiltransferase (HGPRT). Ambas as enzimas utilizam o PRPP como fonte do grupo ribose 5-fosfato, sendo que o produto final do metabolismo das purinas é o ácido úrico. Os mamíferos, exceto os primatas, oxidam o ácido úrico em alantoína, a qual, em alguns animais não mamíferos, pode ser subsequentemente degradada em uréia ou mesmo amônia.
[025] A taxa de produção do AMP e GMP proporciona um feedback negativo, inibindo a as enzimas adenilosuccinatosintetase e a IMP deidrogenase. A reação amidinotransferase que é catalisada pela glutamina:fosforribolsilpirofosfatoamidinotransferase (PRPP amidinotranferase) é também inibida pelo ATP, AMP, GTP e GMP. Se ambos, AMP e GMP, estão presentes em quantidades adequadas, a rota de novo da síntese de purinas é desativada na etapa da aminotransferase.
[026] Apesar dos relatos supracitados demonstrarem o potencial das purinas como fonte de energia metabólica para os animais, atualmente o IMP e o GMP são classificados como realçadores de sabor, tendo importante papel na indústria alimentícia, contribuindo com o paladar Umami, ou seja, um estímulo gustativo ocasionado por aminoácidos e nucleotídeos que interagem com as células gustativas da língua. O nervo corda do tímpano que inerva a parte anterior da língua evidencia a acentuada percepção do sabor dos aminoácidos (umami, adocicado ou amargo). No paladar Umami, há receptores na língua que são sensibilizados com a presença do glutamato e dos nucleotídeos inosinato e guanilato. O IMP intensifica o sabor dos alimentos quando associado ao glutamato. Também, dentro da mesma descrição de efeito que o nucleotídeo inosina, o AMP, tem sido estudado como importante papel regulatório na inflamação e imunidade.
[027] Porém, as informações presentes na bioquímica do metabolismo energético deixam evidências de que a suplementação de IMP nas rações, o organismo pode responder não somente como realçador de sabor, mas também como um elemento que pode sintetizar ATP e GTP no organismo animal, abrindo expectativa de uma possível fonte de energia para as aves.
[028] Dessa forma, de maneira desvantajosa, não é conhecido o uso do monofosfato de inosina como fonte de energia em rações para alimentação de aves de abate, que pode ser uma alternativa para reduzir os custos de fabricação dessas rações, e, consequentemente, reduzir os custos na produção de cada quilo de carne de aves de abate.
[029] Visando encontrar uma fonte de energia para a produção comercial de aves, a presente invenção propõe o uso do monofosfato de inosina como fonte de energia em rações para alimentação de aves de abate, manipulando a energia da ração com o objetivo de diminuir o custo da fabricação da ração e, consequentemente, diminuindo também os custos na produção de cada quilo de carne de aves de abate.
[030] Vantajosamente, a presente invenção apresenta o uso do monofosfato de inosina como fonte de energia em rações para alimentação de aves de abate, de forma que o monofosfato de inosina possa regenerar a energia molecular na forma de ATP, oferecendo uma nova fonte de energia a ser utilizada pelos fabricantes de rações.
Breve descrição da invenção [031] Resumidamente, a presente invenção descreve o uso do monofosfato de inosina como fonte de energia em rações para alimentação de aves de abate, mediante manipulação da energia da ração para proporcionar um restabelecimento no ganho de peso e na conversão alimentar de aves de abate alimentadas com rações dotadas de menor valor calórico.
[032] O monofosfato de inosina é aplicado na composição de rações, de modo a suprir a exigência nutricional de energia das aves, substituindo parcialmente o óleo de soja ou gorduras comumente utilizadas como fontes de energia nas rações para aves. Preferencialmente, o monofosfato de inosina é aplicado para representar 100 kcal/kg de ração pronta, de forma que os componentes calóricos (óleo de soja ou gordura) da ração sejam reduzidos ao redor de 1,1% na composição final da ração, sendo que tal redução de energia é suprida pela ação do monofosfato de inosina como fonte de energia na ração, proporcionando melhor aproveitamento de energia pelas aves.
[033] São apresentadas a seguir figuras esquemáticas de uma realização particular da invenção, cujos valores e proporções não são necessariamenteos reais, pois as figuras têm apenas a finalidade de apresentar didaticamente seus diversos aspectos, cuja abrangência de proteção está determinada apenas pelo escopo da reivindicação anexa.
Breve descrição dos desenhos [034] A figura 1 ilustra um gráfico, demonstrando o efeito dos tratamentos no ganho de peso de frangos de corte aos 42 dias de idade, de acordo com o exemplo de aplicação da invenção;
[035] A figura 2 ilustra um gráfico, demonstrando o efeito dos tratamentos na conversão alimentar de frangos de corte aos 42 dias de idade, de acordo com o exemplo de aplicação da invenção;
[036] A figura 3 ilustra um gráfico, demonstrando os níveis de inosinamonofosfato (IMP) sobre o ganho de peso de frangos alimentados com dieta contendo 3025 kcal de EM/ kg aos 42 dias de idade, de acordo com o exemplo de aplicação da invenção;
[037] A figura 4 ilustra um gráfico, demonstrando os níveis de inosinamonofosfato (IMP) sobre a conversão alimentar de frangos alimentados com dieta contendo 3025 kcal de EM/ kg de ração 42 dias de idade, de acordo com o exemplo de aplicação da invenção.
Descrição da Invenção [038] A presente invenção trata do uso do monofosfato de inosina como fonte de energia em rações para alimentação de aves de abate, mediante manipulação da energia da ração para proporcionar um restabelecimento no ganho de peso e na conversão alimentar de aves de abate alimentadas com rações dotadas de menor valor calórico.
[039] O monofosfato de inosina é aplicado na composição de rações, de modo a suprir a exigência nutricional de energia das aves. É sabido que qualquer redução na energia da ração acarretará queda no peso e aumento (piora) da conversão alimentar. Porém, a aplicação do monofosfato de inosina em rações proporciona a manutenção do ganho de peso e da conversão alimentar das aves.
[040] Assim, o monofosfato de inosina é utilizado para substituir parcialmente o óleo de soja ou gorduras de origem animal comumente utilizadas como fontes de energia nas rações para aves. Preferencialmente, o monofosfato de inosina é aplicado para representar 100 kcal/kg de ração pronta, de forma que os componentes calóricos (óleo de soja ou gordura animal) da ração sejam reduzidos ao redor de 1,1% na composição final da ração, sendo que tal redução de energia é suprida pela ação do monofosfato de inosina como fonte de energia na ração, proporcionando melhor aproveitamento de energia pelas aves.
[041] Em um exemplo de aplicação da presente invenção, uma ração padronizada para alimentação de aves cujo valor de energia metabolizável de 3125 Kcal, possuindo 3,3% de sua composição final definida por óleo de soja, é manipulada para que sua quantidade de energia metabolizável seja reduzida para 3025 Kcal, ou seja, menos 100 kcal/kg de ração. Assim, o monofosfato de inosina passa a compor 100 kcal/kg de ração, representando 1,1% da composição final da ração, enquanto que o óleo de soja passa a compor 2,2% da composição final da ração. Ainda, os demais componentes da ração não são alterados, conforme demonstrado pela tabela a seguir.
Tabela 1. Composição percentual e bromatológica da ração basal.____________ [042] Mais precisamente, a aplicação da ração manipulada (3025 kcal de EM/ kg de ração) mediante o uso de aproximadamente 1,478 a 1,483 Kg de monofosfato de inosina por tonelada de ração, identificada na tabela 1 como controle negativo, proporciona o valor de aproximadamente 100 Kcal de energia metabolizávelpara aves alimentadas por essa ração.
[043] Como exemplo das condições de aplicação dessa ração manipulada pelo uso do monofosfato de inosina, essa ração foi aplicada para alimentar aves de abate criadas em um galpão de alvenaria, coberto com telha de cimento amianto. Nas laterais norte e sul do galpão, foram constituídas muretas com 1.0 metros de altura, seguidas por telas a prova de pássaros até o telhado. Para melhor proteção contra intempéries e controle da temperatura do ambiente interna do galpão, foram colocadas cortinas laterais. Também, os ventiladores eram ligados conforme a necessidade ambiental e comportamento das aves. O piso do galpão era constituído de concreto e as gaiolas de metabolismo eram suspensas ao redor de 1.0 metros de altura e dispostas em quatro fileiras. Cada fileira continha 12 gaiolas abrangendo um total de 48 gaiolas.
[044] O programa de luz adotado foi o contínuo (24 horas de luz natural-artificial) durante todo o período experimental (18 a 42 dias de idade) e o fornecimento de água e ração foram à vontade. A retirada de esterco do piso de concreto era realizada diariamente para evitar alta concentração de amônia no interior do galpão. Também, era realizada diariamente a limpeza dos bebedouros e das gaiolas. Diariamente se fornecia água limpa e fresca.
[045] Foram distribuídos 144 frangos de corte machos com 18 dias de idade da linhagem Cobb 500 em gaiolas de metabolismo, utilizando um delineamento inteiramente casualizado com 6 tratamentos (2 dietas controles + 4 níveis de inosinamonofosfato (IMP)) e 8 repetições de 3 aves cada.
[046] A dieta controle positivo a base de milho e farelo de soja foi formulada para atender as recomendações nutricionais para a fase de crescimento. Por outro lado, a dieta controle negativo foi formulada com redução de 100 kcal de EM/kg quando comparada com a dieta controle positivo (Tabela 1). Os 4 níveis de IMP substituíram o inerte da dieta controle negativo atendendo a inclusão de 0,50 kg; 1,0 kg; 1,5 kg e 2,0 kg de IMP por tonelada de ração.
[047] As aves e as rações foram devidamente pesadas aos 42 dias de idade, para avaliação do desempenho (consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar). A mortalidade das aves foi registrada diariamente assim como suas possíveis causas. As aves mortas foram pesadas, para ajustar o consumo de alimento e a conversão alimentar.
[048] Para realização da análise estatística, as variáveis analisadas foram submetidas ao procedimento GLM do software SAS, sendo as comparações das médias realizadas pelo teste SNK (Student-Newman-Keuls) a 5% de probabilidade, seguindo o modelo matemático: Yij = μ + si + eij, em que: Yij = Observação referente ao animal j que recebeu o tratamento i; μ = média geral; si = efeito do tratamento i eij = erro aleatório associado a cada observação.
[049] Foram realizadas análises de contrastes para comparação das dietas controle positivo e negativo e os demais tratamentos. Os dados obtidos de cada parâmetro foram desdobrados em polinômios ortogonais para análise de variância e regressão de acordo com suas distribuições, sem considerar o tratamento controle positivo utilizando-se o software SAS.
[050] O resultado de desempenho obtido no período de 18 a 42 dias de idade em função dos níveis de inosinamonofosfato está apresentado na Tabela 2. Tabela 2. Desempenho frangos alimentados de 18 a 42 dias de idade em função dos diferentes níveis de inosinamonofosfato. ab Médias seguidas de letras diferentes na mesma coluna diferem pelo teste SNK (P<0,05). IMP = inosinamonofosfato; Q= efeito quadrático. GP = ganho de peso. CR = consumo de ração. CA = conversão alimentar.
[051] Através do contraste observa-se que as aves, ao receberem a ração controle negativo (menor nível calórico ou 3.025 kcal de EM/ kg), reduziram significativamente o ganho de peso e piorou a conversão alimentar, sem, entretanto influenciar no consumo de ração (P>0,05), quando comparado com os demais tratamentos.
[052] Exceto a menor energia presente na dieta controle negativo, os demais nutrientes atenderam a exigência das aves na fase de 18 a 42 dias de idade. Assim, pode se afirmar que a redução do ganho de peso e a piora na conversão alimentar foram inteiramente responsabilizadas pelo menor nível de energia metabolizável.
[053] Em Nutritionofthechicken (de 1982, p. 562), Scott et al. relatam que o nível de energia na dieta parece ser um importante fator que determina o consumo de alimento já que as aves aparentemente não tem o paladar como o fator que influencia no consumo alimentar. Assim, os autores aferem que as aves tendem a aumentar o consumo de ração quando o conteúdo de energia é reduzido, mas não em quantidade suficiente para obter adequada quantidade de energia por dia para ótimo crescimento. Por sua vez, a redução da energia para um nível considerado crítico, o crescimento será reduzido e haverá baixo teor de gordura na carcaça. No entanto, de maneira surpreende, o exemplo de aplicação desta invenção relatou o contrário.
[054] Como era de se esperar, as aves alimentadas com a dieta controle positivo (3125 kcal de EM/kg), dado pela maior concentração do óleo de soja, apresentaram maior ganho de peso e melhor conversão alimentar quando comparado com as aves alimentadas com a dieta controle negativo (3025 kcal EM/kg). Essa melhora pode ser atribuída ao incremento da densidade calórica que melhora a eficiência energética pelo incremento da energia líquida da ração.
[055] O contraste mostrou que a inclusão de inosinamonofosfato (IMP) melhorou significativamente o ganho de peso e a conversão alimentar quando comparado com aqueles frangos alimentados com a dieta controle negativo (3025 kcal de EM/kg). Independentemente do nível de IMP utilizado, não houve efeito sobre o consumo alimentar (P>0,05) quando comparado com o tratamento controle positivo e negativo. Conclusivamente, é possível afirmar que a inosinamonofosfato (IMP) tem um incremento energético em potencial na dieta de frangos de corte, já que ao ser incluído na ração com menor teor de energia metabolizável (3025 kcal de EM/ kg) fez com que os frangos atingissem o mesmo ganho de peso e a mesma conversão alimentar daqueles frangos alimentados com 3125 kcal EM/kg (controle positivo), estabelecendo neste experimento um potencial energético ao redor de 100 kcal de EM/kg de ração para frangos de corte. Nas figuras 1 e 2, pode ser observado o ganho de peso e a conversão alimentar, respectivamente dos frangos de corte submetidos aos tratamentos.
[056] Baseado no fato do contraste não ter demonstrado diferenças significativas no desempenho de frangos alimentados com IMP quando comparado com o controle positivo, para obter a recomendação de IMP nas rações de frangos no período de 18 a 42 dias de idade, os dados de ganho de peso e conversão alimentar foram desdobrados em polinômios ortogonais para análise de regressão sem considerar o tratamento controle positivo. Isso pode ser observado nas Figuras 3 e 4, respectivamente.
[057] O aumento dos níveis de IMP na ração de 3025 kcal de EM/kg (controle negativo), apresentou efeito quadrático (P<0,05) para o ganho de peso e conversão alimentar. A recomendação de IMP determinada pela equação de regressão polinomial foi de 1,483 kg e 1,478 kg de IMP/ tonelada de ração para ganho de peso e conversão alimentar, respectivamente.
[058] Como a inclusão de IMP ocorreu somente na ração a base de milho e farelo de soja contendo 3025 kcal de EM/ kg (controle negativo), justifica-se que os frangos de corte consumiram uma ração isocalórica e isoprotéica. Assim, a melhora no ganho de peso e na conversão alimentar se deve exclusivamente a presença da IMP na dieta.
[059] O homem da técnica prontamente perceberá, a partir da descrição e das figuras, várias maneiras de realizar a invenção sem fugir do escopo das reivindicações em anexo.
REIVINDICAÇÕES

Claims (6)

1 - “USO DO MONOFOSFATO DE INOSINA COMO FONTE DE ENERGIA EM RAÇÕES PARA ALIMENTAÇÃO DE AVES DE ABATE”, caracterizado poromonofosfato de inosina ser aplicado na composição de rações para aves para manipulação da energia da ração, substituindo parcialmente os componentes calóricos da ração.
2 - “USO DO MONOFOSFATO DE INOSINA COMO FONTE DE ENERGIA EM RAÇÕES PARA ALIMENTAÇÃO DE AVES DE ABATE”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por omonofosfato de inosina substituir parcialmente o óleo de soja na ração.
3 - “USO DO MONOFOSFATO DE INOSINA COMO FONTE DE ENERGIA EM RAÇÕES PARA ALIMENTAÇÃO DE AVES DE ABATE”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por omonofosfato de inosina substituir parcialmente as gorduras de origem animal na ração.
4 - “USO DO MONOFOSFATO DE INOSINA COMO FONTE DE ENERGIA EM RAÇÕES PARA ALIMENTAÇÃO DE AVES DE ABATE”, de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por omonofosfato de inosina representar o valor de 100 kcal de EM/ kg de ração pronta ou 1,1% da composição final da ração.
5 - “USO DO MONOFOSFATO DE INOSINA COMO FONTE DE ENERGIA EM RAÇÕES PARA ALIMENTAÇÃO DE AVES DE ABATE”, de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por representar a aplicação de aproximadamente 1,478 a 1,483 Kg de monofosfato de inosina por tonelada de ração.
6 - “USO DO MONOFOSFATO DE INOSINA COMO FONTE DE ENERGIA EM RAÇÕES PARA ALIMENTAÇÃO DE AVES DE ABATE”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por omonofosfato de inosina ser aplicado em uma ração conforme a seguinte composição: 62,70% de milho; 30,90% de farelo de soja 45% PB; 2,20% de óleo de soja; 1,10% de fosfato bicálcico; 1,10% de monofosfato de inosina; 0,74% de calcário; 0,45% de sal comum; 0,40% de Premix; 0,236% de DL-Metionina; 0,170% de L-Lisina; e 0,026% de L-Treonina.
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