BR102016007917B1

BR102016007917B1 - Método de gerenciamento de protocolos para um dispositivo de identificação de rf passivo

Info

Publication number: BR102016007917B1
Application number: BR102016007917-9A
Authority: BR
Inventors: Jiri Kolman; Tomas Marek; Jan Bicak; Petr Bily
Original assignee: Em Microelectronic-Marin S.A.
Priority date: 2015-04-10
Filing date: 2016-04-08
Publication date: 2023-07-11

Abstract

MÉTODO DE GERENCIAMENTO DE PROTOCOLOS PARA UM DISPOSITIVO DE IDENTIFICAÇÃO DE RF PASSIVO QUE PODE ABSORVER POTÊNCIA DE DIFERENTES FONTES DE ALIMENTAÇÃO. O método de gerenciamento de protocolos refere-se a um dispositivo de identificação RF passivo que compreende um primeiro detector de campo para um primeiro campo de interrogação e um segundo detector de campo para um segundo campo de interrogação com a finalidade de observar a recepção deste primeiro e segundo campos de interrogação ao menos respectivamente durante execuções de correspondentes primeiro e segundo protocolos de comunicação.Se durante a execução de um protocolo de comunicação a recepção do correspondente campo de interrogação não mais for detectada pelo correspondente detector de campo enquanto a potência fornecida pelo gerador de potência permanecer igual ou superior ao nível de potência solicitado, então este protocolo de comunicação é interrompido e o dispositivo de identificação entra em um estado de Espera. Quando o dispositivo de identificação está neste estado de Espera, o correspondente detector de campo continua a observar a recepção do correspondente campo de interrogação com a finalidade de detectar se é novamente recebida e, se este for o caso, disparar um reinício deste correspondente protocolo de comunicação.

Description

CAMPO DA INVENÇÃO

[001] A presente invenção refere-se a um método de gerenciamento de protocolos para um dispositivo de identificação de RF (RFID) passivo que é adaptado para absorver potência a partir de ao menos uma primeira leitora que transmite um primeiro campo de interrogação em uma primeira frequência e a partir de uma segunda leitora independente que transmite um segundo campo de interrogação em uma segunda frequência diferente da primeira frequência. Tal dispositivo é também denominado transponder RFID ou etiqueta RFID e pode ser incorporado em um cartão ou qualquer outro dispositivo portátil, por exemplo um relógio de pulso.

[002] Em particular, o dispositivo de identificação tem uma primeira interface adaptada para executar um primeiro protocolo de comunicação com a primeira leitora e uma segunda interface para executar um segundo protocolo de comunicação com a segunda leitora. Além disso, o dispositivo de identificação compreende um gerador de potência adaptado para permitir que a segunda leitora alimente parcial ou totalmente este dispositivo de identificação enquanto a primeira interface está em um estado ativo e o primeiro protocolo de comunicação é executado, e para permitir que a primeira leitora alimente parcial ou totalmente este dispositivo de identificação enquanto a segunda interface está em um estado ativo e o segundo protocolo de comunicação é executado.

FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO

[003] O pedido de patente internacional WO 2011/159171 descreve um transponder RFID passivo com uma interface UHF que compreende uma antena UHF e uma interface de dupla frequência LF-HF que compreende uma antena LF e uma antena HF. A interface de dupla frequência LF-HF executa um protocolo IP-X no qual são usados um demodulador LF e um modulador HF. Deve ser observado que a interface de dupla frequência LF-HF se destina a comunicar-se com uma mesma leitora de dupla frequência. O transponder RFID passivo compreende ainda um retificador UHF e um retificador LF que podem ambos gerar uma alimentação de potência para este transponder. Mais particularmente, é provisionado um circuito de decisão para selecionar ou o retificador LF ou o retificador UHF como gerador de potência dependendo de qual deles fornece o maior sinal. O dispositivo de identificação necessita do seu gerador de potência de ao menos um primeiro nível determinado de potência para a execução do protocolo de comunicação UHF e de ao menos um segundo nível determinado de potência para a execução do protocolo de comunicação IP-X.

[004] O transponder RFID passivo compreende ainda um controlador digital formado por uma unidade lógica UHF, uma unidade lógica IP-X e uma memória não-volátil partilhada simples (EEPROM). O transponder está adaptado para detectar que tipo(s) de leitora(s) está/estão presente(s) e para responder adequadamente. Dependendo de qual fonte de energia está presente e da intensidade daquela fonte de energia, o controlador digital seleciona ou a unidade lógica UHF ou a unidade lógica IP-X ou ambas, e executa respectivamente um protocolo UHF, um protocolo IP-X ou ambos.

[005] O transponder RFID compreende um circuito detector que forma um detector UHF e um detector LF que são respectivamente capazes de detectar a presença de um sinal de energização UHF e de um sinal de energização LF antes de iniciar um ou dois protocolo(s) de comunicação. O documento WO 2011/159171 apenas considera diferentes situações onde o transponder entra no campo de uma primeira leitora UHF ou no campo de uma segunda leitora DF (DF sendo usado para Dupla Frequência, neste caso LF-HF), assim como quando o transponder entra simultaneamente em ambos os campos da primeira e da segunda leitoras. Neste último caso onde tanto uma leitora UHF como uma leitora DF estão presentes, o transponder pode energizar-se a partir de qualquer dos campos UHF ou LF ou de ambos. O método de operação do transponder compreende a etapa de submeter o transponder, enquanto sendo exposto a qualquer dos campos de energização UHF ou LF ou a ambos, a se energizar automaticamente a partir do(s) campo(s) de energização recebido(s) e a responder ou à primeira leitora ou à segunda leitora ou a ambas. Portanto, este documento apenas considera o caso onde o transponder está em um estado desenergizado e em seguida entra em um espaço onde um ou o outro campo ou ambos os campos está/estão presente(s), o que provoca a energização do transponder. Como é usual em transponders passivos, é implementada uma função POR (Restabelecimento de LIGAÇÃO) com a finalidade de detectar que ocorreu uma mudança entre um estado desenergizado e um estado energizado (também denominado estado LIGADO) deste transponder, e para restabelecer este transponder antes do início da execução de um ou do outro protocolo ou de ambos.

[006] O documento WO 2011/159171 ignora por exemplo situações onde um dos campos desaparece e não o outro. Este documento não considera alguns problemas relacionados com o fato de que duas leitoras podem ao mesmo tempo fornecer campos de energização respectivos ao dispositivo de identificação enquanto se comunicando ao menos com um deles, de modo que o transponder possa permanecer em um estado energizado / LIGADO enquanto um campo de interrogação que intervém na execução de um protocolo de comunicação é repentinamente não mais recebido pelo transponder.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[007] A presente invenção refere-se primeiramente ao realce de novos problemas associados a transponders de múltiplas frequências passivos que são projetados para se comunicar com leitoras diferentes e independentes. No quadro de desenvolvimento de um novo produto RFID, os inventores apresentaram um problema principal em relação ao transponder acima mencionado do estado da técnica. Na verdade, o documento do estado da técnica considera um transponder em um estado desenergizado que em seguida recebe um ou o outro campo ou ambos os campos de duas leitoras capazes de se comunicar com este transponder. Quando o transponder se energiza, este transponder é restabelecido e uma ou duas interface(s) é/são ativada(s) e um ou os dois correspondente(s) protocolo(s) é/são executado(s) como uma consequência do sinal LIGADO e de qual(ais) campo(s) de energização é/são detectado(s). Portanto, o início de um protocolo de comunicação é sempre disparado pela função POR do transponder, uma vez que é implementada em transponders de frequência única.

[008] O documento WO 2011/159171 não analisa as seguintes situações e não soluciona os seguintes problemas correspondentes: A) Em um primeiro período, o transponder recebe ambos os campos de interrogação e pode absorver potência de ambas as leitoras. Em seguida, durante a execução de um primeiro protocolo de comunicação o transponder não mais recebe o correspondente primeiro campo de interrogação, uma vez que, por exemplo, o transponder ou a leitora correspondente se moveu, ou não mais recebe corretamente este primeiro campo de interrogação enquanto ainda recebe um campo de energização da outra leitora. Em tal caso, mesmo se a correspondente primeira leitora interromper a transmissão do seu campo de energização para acionar o transponder em um estado desenergizado, este transponder continuará a esperar por uma continuação do primeiro protocolo de comunicação porque não será desenergizado, o campo de energização da outra leitora ainda alimenta o transponder. O primeiro protocolo de comunicação poderia, portanto, ser interrompido em qualquer etapa e permanecer no estado correspondente no qual, por exemplo, poderia ser facilmente possível para uma leitora adicional que dados protegidos pudessem ser mantidos em um registro ou um acesso para palavras protegidas da memória não-volátil. Tal situação poderia, portanto, ser problemática. B) Na situação descrita no ponto A), a primeira leitora deseja iniciar outra vez o primeiro protocolo de comunicação interrompendo a transmissão do seu campo de energização para desenergizar o transponder e em seguida, após um determinado intervalo de tempo, iniciar novamente a transmissão do seu campo de energização com a finalidade de energizar o transponder e disparar a sua função POR, como é usual. Contudo, tal procedimento clássico não terá efeito sobre o primeiro protocolo de comunicação, o qual permanece em um estado intermediário, de modo que o primeiro protocolo de comunicação não será acionado no seu estado inicial que permite uma nova execução deste protocolo. Tal situação pode permanecer durante um longo tempo, ao menos até que a outra leitora pare de fornecer o seu campo de energização e talvez ainda mais porque, quando esta outra leitora interromper a transmissão do seu campo de energização, a primeira leitora pode já estar energizando o transponder e a função POR não terá ainda sido executada. C) O transponder pode comunicar-se com duas leitoras independentes. Portanto, se o transponder é primeiro energizado por ambas as leitoras, o transponder será restabelecido e ambos os protocolos serão configurados. Então, após uma primeira execução do protocolo UHF a leitora UHF é DESLIGADA e a leitora DF é usada para gravar alguns dados na NVM partilhada, em particular dados relativos à configuração de protocolo UHF ou a uma seleção específica de protocolo / modo. Após um determinado período de tempo, considerando que o protocolo UHF está pronto para uma nova execução, a leitora UHF é LIGADA e ocorre esta nova execução. Isto pode ser problemático porque uma tal nova execução será feita com a configuração antiga de protocolo UHF, o transponder não tendo sido restabelecido e reconfigurado após uma sucessão de uma etapa de desenergização e de uma etapa de energização que dispara a função POR.

[009] Em particular para solucionar os problemas acima identificados, a presente invenção refere-se a um método de gerenciamento de protocolos para um dispositivo de identificação RF passivo do tipo mencionado anteriormente no domínio da invenção, onde o dispositivo de identificação compreende um primeiro detector de campo para o primeiro campo de interrogação, o qual é ao menos ativado durante uma execução do primeiro protocolo de comunicação, e um segundo detector de campo para o segundo campo de interrogação, o qual é ao menos ativado durante uma execução do segundo protocolo de comunicação para observar a recepção deste segundo campo de interrogação, e onde o dispositivo de identificação necessita do seu gerador de potência de ao menos um primeiro nível determinado de potência para a execução do primeiro protocolo de comunicação e de ao menos um segundo nível determinado de potência para a execução do segundo protocolo de comunicação. Se durante a execução de qualquer protocolo de comunicação dentre os primeiro e segundo protocolos de comunicação a recepção do correspondente primeiro ou segundo campo de interrogação não for mais detectada pelo correspondente primeiro ou segundo detector de campo enquanto a potência fornecida pelo gerador de potência permanece igual ou superior ao correspondente primeiro ou segundo nível determinado de potência, então este protocolo de comunicação é interrompido e o dispositivo de identificação entra em um estado de Espera em relação a este protocolo de comunicação. Este estado de Espera é um estado no qual a potência fornecida pelo gerador de potência permanece igual ou superior ao correspondente primeiro ou segundo nível determinado de potência. Quando o dispositivo de identificação está no estado de Espera associado ao primeiro ou segundo protocolo de comunicação, o correspondente primeiro ou segundo detector de campo continua a observar a recepção do correspondente primeiro ou segundo campo de interrogação com a finalidade de detectar se este correspondente primeiro ou segundo campo de interrogação é novamente recebido pelo dispositivo de identificação e, se este for o caso, disparar um reinício deste primeiro ou segundo protocolo de comunicação.

[0010] Devido ao método de gerenciamento de protocolos de acordo com a presente invenção, um protocolo de comunicação não mais ficará em um estado indefinido ou estado indeterminado quando a recepção do correspondente campo de interrogação for4 interrompida durante um protocolo de comunicação enquanto a potência fornecida pelo gerador de potência do dispositivo de identificação RF permanecer igual ou superior ao correspondente nível determinado de potência, devido à recepção de outro campo de interrogação de outra leitora. Então, um reinício do protocolo de comunicação em causa não necessita de um sinal POR do dispositivo de identificação RF porque tal reinício será disparado apenas pelo sinal de detecção do correspondente detector de campo quando a potência fornecida pelo gerador de potência do dispositivo de identificação RF permanecer igual ou superior ao correspondente nível determinado de potência. Além disso, no final de um protocolo de comunicação quando a correspondente leitora indicar que o protocolo de comunicação tem que ser interrompido e retornar ao seu estado inicial pela interrupção do campo de interrogação fornecido por esta leitora, o transponder será acionado no estado de Espera em relação a este protocolo de comunicação, a partir do qual o transponder iniciará uma nova execução do protocolo de comunicação quando a leitora reiniciará fornecendo o seu campo de interrogação.

[0011] De acordo com uma modalidade preferida, um protocolo de comunicação é restabelecido quando o dispositivo de identificação entra no estado de Espera em relação a este protocolo de comunicação.

[0012] Em uma variante específica, quando o dispositivo de identificação entra no estado de Espera em relação a um protocolo de comunicação, a correspondente interface que executa este protocolo de comunicação está ao menos parcialmente desativada. Em particular, uma extremidade dianteira análoga da correspondente interface está desativada enquanto o correspondente detector de campo permanece ativo.

[0013] Em uma modalidade preferida adicional, após o dispositivo de identificação ter sido LIGADO, é executada uma configuração de dispositivo e é executada uma configuração de protocolo inicial para cada protocolo de comunicação antes e/ou durante uma primeira execução deste protocolo de comunicação. Então, quando o dispositivo de identificação deixa o estado de Espera em relação a este protocolo de comunicação e/ou após o dispositivo de identificação ter deixado o referido estado de Espera porque o correspondente detector de campo detectou novamente a recepção do correspondente campo de interrogação, é executado um procedimento de reinicialização do protocolo de comunicação. Em uma primeira variante principal, tal procedimento de reinicialização é completamente executado em um modo automático quando o dispositivo de identificação deixa este estado de Espera, isto é, este procedimento de reinicialização é disparado pelo correspondente detector de campo e o seu início define o evento de deixar o estado de Espera. Em uma segunda variante principal, quando o dispositivo de identificação deixa este estado de Espera, ao menos uma parte do procedimento de reinicialização é feito em relação com ao menos um comando recebido pela leitora correspondente, este dispositivo de identificação esperando por tal comando com a finalidade de executar ao menos uma parte do procedimento de reinicialização.

[0014] Em uma variante preferida, o procedimento de reinicialização de um protocolo de comunicação compreende um restabelecimento deste protocolo de comunicação, se já não feito quando entrando no correspondente estado de Espera, e uma reconfiguração de protocolo. Em uma variante específica, a reconfiguração de protocolo corresponde substancialmente à configuração inicial de protocolo.

[0015] Em uma variante específica, dados que intervêm na configuração do dispositivo e relacionados com um protocolo de comunicação são lidos novamente durante o procedimento de reinicialização, em particular a leitura de dados referentes a modos de comunicação permitidos para este protocolo de comunicação ou a uma seleção de protocolos relativos a este protocolo de comunicação. O recarregamento destes dados de configuração do dispositivo é feito em particular durante uma fase inicial do procedimento de reinicialização. Contudo, deve ser observado que o procedimento de reinicialização pode ter uma etapa inicial onde o protocolo de comunicação é primeiro ativado quando ao menos uma parte da correspondente interface estava desativada durante o estado de Espera.

[0016] Em uma modalidade geral, a primeira frequência do primeiro campo de interrogação está dentro da faixa UHF e a segunda frequência do segundo campo de interrogação está dentro da faixa HF. Em uma variante principal, o primeiro protocolo de comunicação está de acordo com o padrão EPC e o segundo protocolo de comunicação está de acordo com o padrão NFC.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[0017] A presente invenção será descrita subsequentemente em maior detalhe com referência ao desenho anexo, dado como exemplo, mas não para limitá-la, no qual: a Figura 1 é uma representação esquemática de um dispositivo de identificação RF de dupla frequência e duplo protocolo de acordo com a invenção; e a Figura 2 é um diagrama de blocos de uma modalidade de um método de gerenciamento de protocolos de acordo com a invenção implementado no dispositivo de identificação da Figura 1.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO

[0018] Com referência à Figura 1, será primeiro descrito um dispositivo de identificação HF-UHF 2 adaptado para permitir a implementação do método de gerenciamento de protocolos da invenção. Este dispositivo de identificação 2 compreende uma antena UHF 4 para recepção de um campo eletromagnético UHF, uma interface UHF 6 formada por uma extremidade dianteira analógica UHF 8 (UHF AFE) e uma unidade lógica UHF 10 (unidade lógica de Protocolo_1) que é parte do circuito lógico global 12. O dispositivo 2 também compreende uma antena HF 14 para recepção de um campo eletromagnético HF, uma interface HF 16 formada por uma extremidade dianteira analógica HF 18 (HF AFE) e uma unidade lógica HF 20 (unidade lógica de Protocolo_2) que é também parte do circuito lógico 12. O dispositivo 2 compreende ainda meios de memória não- volátil 26, meios de restabelecimento de dispositivo suportado pelo circuito lógico 12, um gerador de potência 22 que fornece uma tensão de alimentação VSUP e uma unidade de gerenciamento de potência 24. A interface UHF está adaptada para executar um protocolo UHF (Protocolo_1) e a interface HF está adaptada para executar um protocolo HF (Protocolo_2). Os meios de memória não-volátil são formados por uma primeira memória não-volátil 28 (1a NVM) e uma segunda memória não- volátil 30 (2a NVM). O circuito lógico 12 suporta operações comuns a ambas as interfaces 6 e 16 ou dedicadas a uma ou à outra destas interfaces, assim como funções gerais em relação à unidade de gerenciamento de potência e às memórias não- voláteis, e também a bandeiras de persistência 32 principalmente relacionadas ao protocolo UHF. Estas bandeiras de persistência são parte do circuito analógico e formadas por capacitores.

[0019] O gerador de potência está adaptado de modo que o dispositivo passivo 2 possa absorver potência de um campo de interrogação HF entrante recebido pela antena HF e de um campo de interrogação UHF entrante recebido pela antena UHF. Portanto, o gerador de potência compreende primeiro meio de retificação para um campo de interrogação UHF recebido e segundo meio de retificação para um campo de interrogação HF recebido. O gerador de potência e a unidade de gerenciamento de potência estão adaptados, de modo que o primeiro meio de retificação forneça uma tensão de alimentação ao dispositivo ao menos quando a potência gerada pelo primeiro meio de retificação for maior que a potência gerada pelo segundo meio de retificação. A unidade de gerenciamento de potência está adaptada para detectar ao menos se a potência disponível na saída do gerador de potência alcançou alguns determinados níveis de potência e para comunicar esta informação ao circuito lógico 12, isto é, esta unidade de gerenciamento de potência detecta se o nível de potência que o gerador de potência pode fornecer ao dispositivo passivo 2 alcançou ao menos alguns limiares predefinidos. Em uma primeira variante, o gerador de potência está adaptado de modo que ambos os campos de interrogação HF e UHF possam alimentar simultaneamente o dispositivo passivo, independentemente de qual interface está ativada. Em uma segunda variante, a unidade de gerenciamento de potência determina que retificador dentre o primeiro e segundo retificadores fornece a maior potência e seleciona este retificador para alimentar o dispositivo passivo 2.

[0020] Em uma variante preferida, o dispositivo de identificação passivo 2 está adaptado, de modo que a primeira memória não-volátil 28 (1a NVM) possa ser alimentada e esteja em um estado ativo sem alimentação da segunda memória não- volátil 30 (2a NVM). Portanto, para a interface UHF, é possível ter acesso apenas a 1a NVM, ao menos em um modo de leitura. A 1a NVM consome substancialmente uma primeira potência em um modo de leitura e a 2a NVM consome substancialmente uma segunda potência em um modo de leitura que é substancialmente maior que a primeira potência. Para este fim, a 1a NVM 28 tem um tamanho menor que a 2a NVM 30. Por exemplo, a 1a NVM tem apenas 576 bits e a 2a NVM tem 2.688 bits. Contudo, nesta modalidade específica, a primeira memória não-volátil 28 compreende os dados necessários para configuração de um dispositivo. A primeira memória não- volátil 28 compreende ainda os atributos necessários para uma configuração de ao menos um determinado modo de comunicação do protocolo UHF, geralmente denominado Protocolo_1.

[0021] A unidade de gerenciamento de potência está adaptada para detectar ao menos: - um primeiro nível determinado de potência fornecido pelo gerador de potência e necessário para que o primeiro modo de comunicação do protocolo UHF (Protocolo_1) seja executado pelo dispositivo, - um segundo nível determinado de potência fornecido pelo gerador de potência e substancialmente maior que o primeiro nível determinado de potência, este segundo nível determinado de potência sendo necessário para que um determinado modo de comunicação do protocolo HF, geralmente denominado Protocolo_2, seja executado pelo dispositivo de identificação.

[0022] O determinado modo de comunicação do protocolo HF tem acesso à segunda memória não-volátil 30 que, portanto, necessita ser alimentada quando este modo de comunicação está ativo. Os atributos necessários para ao menos uma fase final de configuração do modo de comunicação do protocolo HF (protocolo_2) são armazenados na 2a NVM.

[0023] O dispositivo é ainda adaptado para permitir uma configuração inicial do Protocolo_1 e em seguida uma primeira execução deste Protocolo_1 quando a potência fornecida pelo gerador de potência for igual ou superior ao primeiro nível determinado de potência. Finalmente, o dispositivo está adaptado para permitir uma ativação completa da interface HF junto com a segunda memória não- volátil apenas quando a potência fornecida pelo gerador de potência for igual ou superior ao segundo nível determinado de potência.

[0024] O dispositivo de identificação está adaptado para permitir que o dispositivo restabeleça meios para ser ativado e em seguida seja executada uma configuração inicial do dispositivo quando a potência fornecida pelo gerador de potência for igual ou superior ao primeiro nível determinado de potência, estas etapas sendo disparadas pelo sinal POR gerado por uma função clássica POR implementada no dispositivo de identificação em relação ao primeiro nível determinado de potência. Em seguida, uma configuração inicial do protocolo UHF é executada após um restabelecimento inicial deste protocolo UHF, esta configuração inicial sendo feita automática ou preferivelmente apenas quando um correspondente campo de interrogação UHF tiver sido detectado por um detector de campo UHF 36.

[0025] De acordo com uma modalidade principal do dispositivo de identificação RF da invenção, este dispositivo de identificação é geralmente adaptado para absorver potência de uma primeira leitora que transmite um primeiro campo de interrogação em uma primeira frequência e de uma segunda leitora independente que transmite um segundo campo de interrogação em uma segunda frequência diferente da primeira frequência, este dispositivo de identificação tendo uma primeira interface adaptada para executar um primeiro protocolo de comunicação (Protocolo_1) com a primeira leitora e uma segunda interface adaptada para executar um segundo protocolo de comunicação (Protocolo_2) com a segunda leitora. Este dispositivo de identificação compreende um gerador de potência adaptado para permitir que a segunda leitora parcial ou totalmente forneça potência a este dispositivo de identificação enquanto a primeira interface está em um estado ativo e o primeiro protocolo de comunicação é executado e para permitir que a primeira leitora parcial ou totalmente forneça potência a este dispositivo de identificação enquanto a segunda interface está em um estado ativo e o segundo protocolo de comunicação é executado; onde o dispositivo de identificação necessita do gerador de potência de ao menos um primeiro nível determinado de potência para a execução do primeiro protocolo de comunicação e de ao menos um segundo nível determinado de potência para a execução do segundo protocolo de comunicação.

[0026] De acordo com a invenção, o dispositivo de identificação passivo compreende ainda um primeiro detector de campo 36 para o primeiro campo de interrogação, o qual está ao menos ativado durante uma execução do primeiro protocolo de comunicação para observar / monitorar a recepção deste primeiro campo de interrogação, e um segundo detector de campo 38 para o segundo campo de interrogação, o qual está ao menos ativado durante uma execução do segundo protocolo de comunicação para observar / monitorar a recepção deste segundo campo de interrogação.

[0027] Uma modalidade geral do método de gerenciamento de protocolos, de acordo com a presente invenção, para um dispositivo de identificação RF é caracterizado pelo fato de, se durante a execução de qualquer protocolo de comunicação dentre os primeiro e segundo protocolos de comunicação a recepção do correspondente primeiro ou segundo campo de interrogação não mais for detectada pelo correspondente primeiro detector de campo 36 ou segundo detector de campo 38 enquanto a potência fornecida pelo gerador de potência permanecer igual ou superior ao correspondente primeiro ou segundo nível determinado de potência, então este protocolo de comunicação é interrompido e o dispositivo de identificação entra em um estado de Espera em relação a este protocolo de comunicação. Este estado de Espera é um estado no qual a potência fornecida pelo gerador de potência permanece igual ou superior ao correspondente primeiro ou segundo nível determinado de potência. Quando o dispositivo de identificação está no mencionado estado de Espera, o correspondente primeiro ou segundo detector de campo continua a observar / monitorar a recepção do correspondente primeiro ou segundo campo de interrogação com a finalidade de detectar se este correspondente primeiro ou segundo campo de interrogação é novamente recebido pelo dispositivo de identificação e, se este for o caso, disparar um reinício do protocolo de comunicação em causa.

[0028] Uma modalidade principal do método de gerenciamento de protocolos da invenção e diversas variantes serão descritas a seguir com referência à Figura 2.

[0029] Antes de entrar no campo de interrogação de ao menos qualquer uma das leitoras associadas, o dispositivo de identificação 2 (doravante também denominado transponder) está em um estado desenergizado. Quando entra no espaço de comunicação de ao menos uma destas leitoras, o transponder 2 começará a receber ao menos um campo de interrogação que alimentará o gerador de potência 22 e consideramos que este gerador de potência fornece então ao menos um primeiro nível determinado de potência que é suficientemente elevado para ativar o transponder, de modo que este transponder esteja em um estado inicial 'LIGAÇÃO de Dispositivo'. Uma função clássica POR ativa em seguida o circuito lógico 12 que primeiro restabelece o transponder. Em seguida, o transponder é configurado na etapa 'Configuração de Dispositivo' onde em particular valores de compensação são lidos na 1a NVM 28 para a compensação de um oscilador UHF e para definir uma referência de tensão e uma referência de corrente. Esta configuração de dispositivo pode também referir-se a funções adicionais relacionadas com o nível de segurança exigido pelo transponder, por exemplo, requisito de senha, com uma seleção de modos de comunicação ou protocolos permitidos, com um visor se existir, etc..

[0030] Após ou durante a configuração do dispositivo, o transponder detecta o nível de potência com a finalidade de verificar se o nível de potência exigido por qualquer um dos possíveis protocolos (Protocolo_1 e Protocolo_2) está disponível. No que segue, consideramos que este é o caso para um Protocolo_1 geral. Antes do nível de potência exigido ter sido alcançado, o protocolo está DESLIGADO, isto é, em um estado de não-ativação. Neste estado, algumas partes da correspondente interface e das memórias não-voláteis associadas podem já ter sido ativadas, mas não existe potência suficiente para permitir que a correspondente interface execute o Protocolo_1. Após o nível de potência exigido para o Protocolo_1 ter sido detectado pelo meio de detecção de potência, este Protocolo_1 é LIGADO (estado P_LIGADO) e é ativado (tal que uma ativação pode ser feita por etapas, em particular para uma determinada NVM ativada apenas se uma solicitação para acesso for recebida), conforme é assumido na descrição adicional da Figura 2. Em seguida, é executada uma configuração inicial de Protocolo_1 e ocorre uma comunicação de acordo com este Protocolo_1 (execução de Protocolo_1). Podem ser implementadas diversas variantes após a ativação de protocolo em P_LIGADO, conforme ficará mais evidente a seguir na descrição do protocolo UHF- EPC e do protocolo HF-NFC. Dentre estas variantes, podemos já mencionar as seguintes variantes: A) Quando P_LIGADO de Protocolo_1 tiver sido detectado, então o transponder verifica se o correspondente campo de interrogação é detectado pelo correspondente detector de campo antes de ativação completa do Protocolo_1, em particular a interface associada; B) Antes de ativação total de Protocolo_1, uma primeira etapa da configuração inicial pode já ter sido executada; C) A configuração inicial de Protocolo_1 pode iniciar-se automaticamente como consequência da detecção de P_LIGADO ou pode exigir, ao menos para uma etapa final, um comando de uma leitora associada que transmite o correspondente campo de interrogação; D) A configuração inicial pode ser executada apenas se o correspondente campo de interrogação for ainda detectado pelo correspondente detector de campo no caso de tal detecção estar já implementada para a ativação do Protocolo_1 ou se o correspondente campo de interrogação for primeiro detectado pelo correspondente detector de campo quando a ativação for disparada apenas pela detecção de P_LIGADO.

[0031] Portanto, uma configuração inicial de protocolo para cada protocolo de comunicação é executada antes e/ou durante uma primeira execução deste protocolo de comunicação.

[0032] Ao menos durante a execução de uma comunicação de Protocolo_1 e preferivelmente já durante a configuração inicial, o correspondente detector de campo continua a detectar a presença do correspondente campo de interrogação com a finalidade de detectar se a recepção deste campo de interrogação pelo transponder está em andamento ou não. Se a recepção do campo de interrogação permanecer, então a execução do Protocolo_1 continua normalmente. Contudo, se esta recepção não mais for detectada, então o transponder entra em um estado de Espera em relação ao Protocolo_1. Continuamos considerando que o estado P_LIGADO para o Protocolo_1 é ainda válido.

[0033] De acordo com uma variante vantajosa, o Protocolo_1 é restabelecido quando o transponder entra no estado de Espera em relação ao Protocolo_1.

[0034] De acordo com uma modalidade específica, a correspondente interface que executa o Protocolo_1 está ao menos parcialmente desativada quando o transponder entra no estado de Espera em relação ao Protocolo_1. Em uma primeira variante, uma extremidade dianteira analógica (AFE) da correspondente interface está desativada enquanto o correspondente detector de campo permanece ativo. Em uma segunda variante, uma unidade lógica da interface correspondente está ao menos parcialmente desativada quando o transponder está no estado de Espera em relação ao Protocolo_1.

[0035] É importante observar que o estado de Espera definido refere-se a uma situação onde o protocolo associado poderia ser ativado e no seu estado P_LIGADO. Em uma modalidade específica, o estado de Espera e o estado de não- ativação (Protocolo P_DESLIGADO) poderiam ser diferenciados apenas pelo estado lógico da detecção de P_LIGADO em relação ao protocolo em causa. Não obstante, tal diferença é muito relevante porque um transponder clássico pode ser adaptado de modo que um protocolo seja ao menos parcialmente desativado em uma detecção de P_DESLIGADO e então, em cada nova detecção de P_LIGADO, sempre passa por uma ativação da interface correspondente e executa uma configuração deste protocolo. Isto significa que uma desativação parcial, uma nova ativação e configuração seguinte são em transponders clássicos disparadas pela detecção de nível de potência, e cada transição do estado P_LIGADO de protocolo para o estado P_DESLIGADO de protocolo, respectivamente do estado P_DESLIGADO para o estado P_LIGADO. Contudo, antes de entrar em um estado de Espera e neste estado de Espera não existir detecção de P_DESLIGADO / P_LIGADO porque não existe transição do estado P_LIGADO para o estado P_DESLIGADO, respectivamente do estado P_DESLIGADO para o estado P_LIGADO. Portanto, o transponder entra em um estado de não- ativação em relação ao protocolo de comunicação em causa se durante o estado de Espera correlato a potência fornecida pelo gerador de potência cair abaixo do correspondente nível de potência exigido. O transponder deixa este estado de não- ativação se a potência fornecida pelo gerador de potência for novamente igual ou superior ao nível de potência exigido.

[0036] De acordo com uma modalidade principal, o dispositivo de identificação deixa o estado de Espera associado ao Protocolo_1 após o correspondente detector de campo ter novamente detectado a recepção do correspondente campo de interrogação e um procedimento de reinicialização do Protocolo_1 for executado quando o dispositivo de identificação deixa este estado de Espera e/ou após ter deixado este estado de Espera.

[0037] Em geral, o procedimento de reinicialização do Protocolo_1 compreende um restabelecimento deste Protocolo_1 se tal restabelecimento não tiver já sido feito quando entra no estado de Espera. Então, em uma modalidade preferida, é executada uma reconfiguração de protocolo. Em uma primeira variante, a reconfiguração de protocolo corresponde substancialmente à configuração inicial de protocolo mencionada antes. Em uma segunda variante, o procedimento de reinicialização corresponde parcialmente à configuração inicial de protocolo, alguns atributos do protocolo de comunicação em causa sendo mantidos pelo dispositivo de identificação durante um estado de Espera correlato e não são lidos novamente se não reprogramados durante este estado de Espera correlato ou se não- reprogramáveis através de outro protocolo de comunicação durante tal estado de Espera correlato.

[0038] Em uma variante específica, dados que intervêm na configuração do dispositivo e relacionados com o protocolo de comunicação em causa são novamente lidos durante o procedimento de reinicialização, em particular o recarregamento de dados referentes a modos de comunicação permitidos para este protocolo de comunicação (em particular 'modo mudo') ou uma seleção de protocolo relativa a este protocolo de comunicação (em particular a leitura de um bit 'assassino' associado ao protocolo).

[0039] No caso em que a interface correspondente de Protocolo_1 estava ao menos parcialmente desativada quando o transponder entrou no estado de Espera correlato, esta interface é novamente ativada durante o procedimento de reinicialização, em particular em uma fase inicial deste procedimento de reinicialização.

[0040] Uma modalidade específica da invenção refere- se a um transponder de dupla frequência e duplo protocolo. Este transponder pode comunicar-se com uma primeira leitora que transmite um primeiro campo de interrogação que tem uma primeira frequência dentro da faixa UHF e com uma segunda leitora independente que transmite um segundo campo de interrogação que tem uma segunda frequência dentro da faixa HF. O transponder está adaptado para executar um primeiro protocolo de comunicação de acordo com o padrão EPC (protocolo EPC) com a primeira leitora e um segundo protocolo de comunicação de acordo com o padrão NFC (protocolo NFC) com a segunda leitora. A seguir, serão descritos alguns recursos específicos de uma implementação do método de gerenciamento de protocolos relativo ao protocolo EPC, respectivamente ao protocolo NFC para o transponder 2 da Figura 1. Portanto, a seguir, o Protocolo_1 corresponde na Figura 1 ao protocolo EPC e o Protocolo_2 ao protocolo NFC. Contudo, o ensinamento dado anteriormente para o Protocolo_1 com referência à Figura 2 é válido, quando aplicável, ou para o protocolo EPC ou para o protocolo NFC, ou para ambos os protocolos EPC e NFC.

[0041] No transponder 2, o nível de potência para um dispositivo P_LIGADO é idêntico ao nível de potência exigido (P_LIGADO EPC) para a execução de um modo limitado do protocolo EPC. Portanto, na LIGAÇÃO do dispositivo, o transponder 2 é restabelecido e uma configuração de dispositivo é então executada. Um modo de comunicação limitado do protocolo EPC é em seguida ativado (a interface UHF e apenas a 2a NVM 28 são ativadas) e uma configuração inicial do protocolo EPC podem ocorrer diretamente. Em uma variante específica, esta configuração inicial é disparada pela detecção de P_LIGADO do dispositivo correspondente a P_LIGADO EPC. Um modo de comunicação estendido EPC com acesso a 2a NVM 30 pode ocorrer em um maior nível de potência que também será detectado pelo meio de detecção de potência. O transponder 2 compreende, além das NVMs, bandeiras de persistência formadas por capacitores que têm que ser recarregados periodicamente durante a execução do protocolo EPC. Quando o transponder 2 entra no estado de Espera relacionado com o protocolo EPC, a recarga destas bandeiras de persistência é desabilitada e o protocolo EPC é restabelecido. Quando o campo de interrogação UHF é outra vez detectado, o transponder deixa o estado de Espera em relação ao protocolo EPC e um procedimento de reinicialização para este protocolo EPC é então executado automaticamente.

[0042] No procedimento de reinicialização EPC, o protocolo EPC é definido no seu estado inicial e é feita uma reconfiguração do protocolo EPC. Esta reconfiguração EPC corresponde substancialmente à configuração inicial EPC. Portanto, a reconfiguração EPC consiste em particular em calcular outra vez o CRCArmazenado (específico para protocolo EPC), para ler / recarregar os bits de bloqueio da memória relacionados com a 1a NVM 28, bits de bloqueio de partilha relacionados com a 2a NVM 30 e também bits de estado de proteção antirruptura para estas NVMs. Deve ser observado que estes bits de bloqueio e bits de estado podem ter sido modificados por meio do protocolo NFC durante o estado de Espera em relação ao protocolo EPC. Deve também ser observado que os bits de bloqueio de partilha e os bits de estado de proteção antirruptura relativos a 2a NVM 30 podem ser atualizados apenas quando uma solicitação específica para acessar a 2a NVM é recebida. Portanto, para o modo de comunicação estendido, uma parte da reconfiguração EPC é feita logo antes de um modo de comunicação estendido ser implementado. Além disso, a atualização destes bits de bloqueio de partilha e bits de estado pode ser feita em cada solicitação para acessar a 2a NVM, quando existe potência suficiente disponível, especificamente para a parte da 2a NVM abrangida por tal solicitação, como este pode também ser o caso no quadro da configuração inicial do modo de comunicação estendido.

[0043] No que se refere ao protocolo NFC, a interface HF está pronta para executar uma comunicação NFC após a ativação do protocolo NFC quando o nível de potência exigida para tal execução está disponível (P_LIGADO NFC), P_LIGADO NFC sendo substancialmente maior que P_LIGADO EPC. Portanto, a ativação do Protocolo NFC / interface pode ocorrer após um determinado período de tempo a seguir à detecção do P_LIGADO do transponder. A configuração inicial do protocolo NFC (atributos especificamente relacionados com este protocolo NFC) é então feita apenas após a recepção de uma primeira solicitação de uma leitora NFC associada pela leitura dos atributos específicos do protocolo NFC na 2a NVM 30, em particular durante a transmissão de uma resposta para esta leitora NFC.

[0044] No estado de Espera em relação ao protocolo HF (protocolo NFC), ao menos a interface HF é preferivelmente desativada. Então, em uma variante específica, a segunda memória não-volátil 30 associada à interface HF que executa este protocolo de comunicação NFC é também preferivelmente desativada quando o dispositivo de identificação entra no estado de Espera NFC se esta 2a NVM não for partilhada naquele instante com a interface de comunicação UHF que executa um modo de comunicação UHF estendido. Em outra variante, a ativação e desativação da 2a NVM não é disparada pela entrada no ou saída do estado de Espera, e a ativação não é também disparada por um comando UHF solicitando um acesso a esta 2a NVM ou para executar o modo de comunicação UHF estendido, mas apenas pelo nível de potência que o gerador de potência pode fornecer. Neste último caso, quando o nível de potência que o gerador de potência é capaz de fornecer alcança um terceiro nível determinado de potência entre os primeiro e segundo níveis determinados de potência (anteriormente mencionados) ou, em uma variante simplificada, este segundo nível determinado de potência, então a 2a NVM é ativada e permanecerá ativa até que o nível de potência caia novamente abaixo do terceiro nível determinado de potência, respectivamente o segundo nível determinado de potência. No caso em que a interface HF e/ou a 2a NVM estiverem desativadas quando o dispositivo de identificação entrar no estado de Espera NFC, a interface HF e a 2a NVM serão novamente ativadas, como uma etapa do procedimento de reinicialização, quando o dispositivo de identificação deixar este estado de Espera NFC ou após o dispositivo de identificação ter deixado este estado de Espera NFC, isto é, após um determinado retardo do procedimento de reinicialização, por exemplo, uma reconfiguração parcial particularmente relacionada com dados de configuração do dispositivo. Se esta reconfiguração parcial indicar que o modo de comunicação NFC não voltou para 'mudo' (no modo mudo o campo HF recebido pelo dispositivo de identificação é usado apenas como um campo de energização), o dispositivo de identificação interromperá o procedimento de reinicialização em andamento em relação ao protocolo NFC, e geralmente desativará a interface NFC.

[0045] Após ter deixado o estado de Espera NFC e após as primeiras etapas do procedimento de reinicialização terem sido executadas (leitura de dados de configuração relativos a uma seleção de modo de comunicação ou de protocolo(s) atual(ais) permitido(s), pode ser executada a ativação da interface NFC e da 2a NVM considerando um protocolo NFC), o dispositivo de identificação espera por uma primeira solicitação (1o comando) de uma leitora HF-NFC. Quando tal solicitação é recebida, o protocolo NFC será reconfigurado adicionalmente por atributos de leitura / recarregamento deste protocolo NFC e o protocolo NFC será adicionalmente executado. Por exemplo, estes atributos são bits de bloqueio de memória (relacionados com a 2a NVM) e bits de bloqueio de partilha (relacionados com a 1a NVM) assim como bits de estado de proteção antirruptura. Esta última fase de reconfiguração é geralmente idêntica à configuração inicial que ocorre durante uma primeira execução do protocolo de comunicação NFC após LIGAÇÃO do dispositivo de identificação. Em um caso geral, esta última fase de reconfiguração pode ser particularmente diferente da configuração inicial do protocolo em causa.

[0046] O detector de campo UHF e o detector de campo HF podem ser individualmente formados em uma primeira variante por um detector de frequência (discriminador de frequência) ou em uma segunda variante por um detector de tensão adaptado após o retificador UHF, respectivamente após o retificador HF (este detector de tensão detectando se determinado nível de tensão foi alcançado). Em uma variante específica, o detector de campo pode também compreender um detector de preâmbulo que mostra que ocorre uma determinada modulação da frequência de portadora.

Claims

1. Método de gerenciamento de protocolos para um dispositivo de identificação RF passivo (2) que está adaptado para absorver potência de uma primeira leitora que transmite um primeiro campo de interrogação em uma primeira frequência e de uma segunda leitora independente que transmite um segundo campo de interrogação em uma segunda frequência diferente da primeira frequência, este dispositivo de identificação tendo uma primeira interface (6) adaptada para executar um primeiro protocolo de comunicação com a primeira leitora e uma segunda interface (16) adaptada para executar um segundo protocolo de comunicação com a segunda leitora, este dispositivo de identificação compreendendo um gerador de potência (22) adaptado para permitir que a segunda leitora, parcial ou totalmente, forneça potência a este dispositivo de identificação enquanto a primeira interface está em um estado ativo e o primeiro protocolo de comunicação é executado e para permitir que a primeira leitora, parcial ou totalmente, forneça potência a este dispositivo de identificação enquanto a segunda interface está em um estado ativo e o segundo protocolo de comunicação é executado; em que o dispositivo de identificação necessita do gerador de potência de ao menos um primeiro nível determinado de potência para a execução do primeiro protocolo de comunicação e de ao menos um segundo nível determinado de potência para a execução do segundo protocolo de comunicação; caracterizado pelo fato de o dispositivo de identificação compreender um primeiro detector de campo (36) para o primeiro campo de interrogação, o qual está ao menos ativado durante uma execução do primeiro protocolo de comunicação para observar a recepção deste primeiro campo de interrogação, e um segundo detector de campo (38) para o segundo campo de interrogação, o qual está ao menos ativado durante uma execução do segundo protocolo de comunicação para observar a recepção deste segundo campo de interrogação; pelo fato de, se durante a execução de qualquer protocolo de comunicação dentre os primeiro e segundo protocolos de comunicação, a recepção do correspondente primeiro ou segundo campo de interrogação não for mais detectada pelo correspondente primeiro ou segundo detector de campo enquanto a potência fornecida pelo gerador de potência permanecer igual ou superior ao correspondente primeiro ou segundo nível determinado de potência, então este protocolo de comunicação é interrompido e o dispositivo de identificação entra em um estado de Espera em relação a este protocolo de comunicação, este estado de Espera sendo um estado no qual a potência fornecida pelo gerador de potência permanece igual ou superior ao correspondente primeiro ou segundo nível determinado de potência; e pelo fato de, quando o dispositivo de identificação estiver no referido estado de Espera, o referido correspondente primeiro ou segundo detector de campo continuar a observar a recepção do referido correspondente primeiro ou segundo campo de interrogação com a finalidade de detectar se este correspondente primeiro ou segundo campo de interrogação é novamente recebido pelo dispositivo de identificação e, se este for o caso, disparar um reinício do referido qualquer protocolo de comunicação.

2. Método de gerenciamento de protocolos, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de o referido qualquer protocolo de comunicação ser restabelecido quando o dispositivo de identificação entra no estado de Espera em relação a este protocolo de comunicação.

3. Método de gerenciamento de protocolos, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de a correspondente primeira ou segunda interface que executa o referido qualquer protocolo de comunicação ser ao menos parcialmente desativada quando o dispositivo de identificação entra no referido estado de Espera.

4. Método de gerenciamento de protocolos, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de uma extremidade dianteira analógica da correspondente primeira ou segunda interface ser desativada enquanto o correspondente primeiro ou segundo detector de campo permanece ativo quando o dispositivo de identificação está no referido estado de Espera.

5. Método de gerenciamento de protocolos, de acordo com a reivindicação 3 ou 4, caracterizado pelo fato de uma unidade lógica da correspondente primeira ou segunda interface ser ao menos parcialmente desativada quando o dispositivo de identificação está no referido estado de Espera.

6. Método de gerenciamento de protocolos, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de uma memória não-volátil, associada à correspondente primeira ou segunda interface que executa o referido qualquer protocolo de comunicação e não partilhada com um outro protocolo de comunicação ativo do dispositivo de identificação, ser desativada quando o dispositivo de identificação está no referido estado de Espera.

7. Método de gerenciamento de protocolos, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, onde a primeira frequência do primeiro campo de interrogação está dentro da faixa UHF e o primeiro protocolo de comunicação corresponde ao padrão EPC, e onde o dispositivo de identificação compreende ainda bandeiras de persistência (32) formadas por capacitores que são periodicamente recarregados durante a execução do primeiro protocolo de comunicação de acordo com o padrão EPC, caracterizado pelo fato de a recarga destas bandeiras de persistência ser desabilitada quando o dispositivo de identificação entra no estado de Espera em relação a este primeiro protocolo de comunicação.

8. Método de gerenciamento de protocolos, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de o dispositivo de identificação entrar em um estado de não-ativação em relação ao referido qualquer protocolo de comunicação se, durante o referido estado de Espera em relação ao referido qualquer protocolo de comunicação, a potência fornecida pelo gerador de potência cair abaixo do referido correspondente primeiro ou segundo nível determinado de potência, o dispositivo de identificação deixando este estado de não-ativação apenas se a potência fornecida pelo gerador de potência for novamente igual ou superior ao referido correspondente primeiro ou segundo nível determinado de potência.

9. Método de gerenciamento de protocolos, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, em que, após o dispositivo de identificação ter sido LIGADO, é executada uma configuração de dispositivo, e em que uma configuração inicial de protocolo para cada protocolo de comunicação dentre os primeiro e segundo protocolos de comunicação é executada antes e/ou durante uma primeira execução deste protocolo de comunicação; caracterizado pelo fato de o dispositivo de identificação deixar o referido estado de Espera após o correspondente primeiro ou segundo detector de campo ter novamente detectado a recepção do correspondente primeiro ou segundo campo de interrogação; e pelo fato de um procedimento de reinicialização do referido qualquer protocolo de comunicação ser executado quando o dispositivo de identificação deixar o referido estado de Espera e/ou após ter deixado este estado de Espera.

10. Método de gerenciamento de protocolos, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de o procedimento de reinicialização do referido qualquer protocolo de comunicação compreender um restabelecimento deste protocolo de comunicação, se não já feito quando entrando no referido estado de Espera, e uma reconfiguração de protocolo.

11. Método de gerenciamento de protocolos, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de a reconfiguração de protocolo corresponder à referida configuração inicial de protocolo.

12. Método de gerenciamento de protocolos, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de o referido procedimento de reinicialização corresponder parcialmente à referida configuração de protocolo inicial, alguns atributos deste protocolo de comunicação sendo mantidos pelo dispositivo de identificação durante o referido estado de Espera e não lidos novamente se não reprogramados durante este estado de Espera ou se não-reprogramáveis através de outro protocolo de comunicação durante tal estado de Espera.

13. Método de gerenciamento de protocolos, de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 a 12, caracterizado pelo fato de dados que intervêm na configuração de dispositivo e relacionados com o referido qualquer protocolo de comunicação serem lidos novamente durante o referido procedimento de reinicialização, em particular a leitura de dados referentes a modos de comunicação permitidos para o referido qualquer protocolo de comunicação ou a uma seleção de protocolo em relação a este qualquer protocolo de comunicação.

14. Método de gerenciamento de protocolos, de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 a 13, caracterizado pelo fato de a correspondente primeira ou segunda interface que executa o referido qualquer protocolo de comunicação ser ao menos parcialmente desativada quando o dispositivo de identificação entra no referido estado de Espera; e a correspondente primeira ou segunda interface ser novamente ativada durante o referido procedimento de reinicialização.

15. Método de gerenciamento de protocolos, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado pelo fato de a primeira frequência do primeiro campo de interrogação estar dentro da faixa UHF e da segunda frequência do segundo campo de interrogação estar dentro da faixa HF.

16. Método de gerenciamento de protocolos, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de o primeiro protocolo de comunicação estar de acordo com o padrão EPC e do segundo protocolo de comunicação estar de acordo com o padrão NFC.