BR102016003300A2 - veículo agrícola e conjunto de sustentação - Google Patents

Abstract

resumo “veículo agrícola e conjunto de sustentação” rata-se de um veículo agrícola que compreende um quadro sustentado por um par de rodas dianteiro e um par de rodas traseiro, em que o par de rodas traseiro é dirigível e em que cada roda do par de rodas traseiro é conectada ao quadro através de um respectivo elemento de sustentação intermediário que é pivotante em relação ao quadro de tal forma que o par de rodas traseiro seja móvel entre uma primeira posição em que o par de rodas traseiro define uma primeira largura de pista e é posicionado a uma primeira distância do par de rodas dianteiro e uma segunda posição em que o par de rodas traseiro define uma segunda largura de pista e é posicionado a uma segunda distância do par de rodas dianteiro, em que a primeira largura de pista é maior que a segunda largura de pista e em que a primeira distância é menor que a segunda distância.

Description

“VEÍCULO AGRÍCOLA E CONJUNTO DE SUSTENTAÇÃO” [001] A presente invenção refere-se a um veículo agrícola que compreende quadros sustentados por um par de rodas dianteiro e um par de rodas traseiro, em que o par de rodas traseiro é dirigível.

[002] A largura de um veículo agrícola tem um impacto na capacidade que pode ser obtida da máquina. Uma tendência no projeto de veículos agrícolas, especialmente debulhadoras e outros equipamentos usados para atravessar um campo, é para que o tamanho das máquinas se torne maior, reduzindo o número de passagens exigido para cobrir um campo. Colheitadeiras agrícolas, tal como debulhadoras, incluem um alojamento coletor e um alimentador que removem o material de colheita do campo, reúnem o material de colheita e transportam o material de colheita para um separador na colheitadeira. O separador remove o material de colheita de grão do material de colheita de não grão, também conhecido como resíduo. Conforme a largura do coletor da colheitadeira é aumentada, mais material de colheita pode ser processado e colhido. Como um resultado, é necessário aumentar a capacidade de equipamentos de processamento e de compartimentos de armazenamento de colheita no corpo da colheitadeira. A estrutura de sustentação, incluindo o quadro e as rodas, precisa ser aumentada para fornecer a estabilidade necessária para o tamanho maior geral dos equipamentos. No campo, observa-se, portanto, ser necessário aumentar a largura de pista do veículo para fornecer a estabilidade necessária. Entretanto, a largura de pista para dirigir nas estradas públicas é limitada por legislações em muitos países.

[003] O documento EP 2 168 786 descreve um eixo para um veículo agrícola tal como uma debulhadora, com uma largura de pista variável. Uma desvantagem do sistema descrito é que o ângulo máximo de curva em uma posição estreita de largura de pista é limitado.

[004] É um objetivo da presente invenção fornecer uma solução alternativa para adaptar a largura de pista de um veículo agrícola.

[005] Para esse fim, o veículo agrícola, de acordo com a invenção compreende um quadro sustentado por um par de rodas dianteiro e um par de rodas traseiro, em que o par de rodas traseiro é dirigível e em que cada roda do par de rodas traseiro é conectada ao quadro através de um respectivo elemento de sustentação intermediário que é pivotante em relação ao quadro de tal forma que o par de rodas traseiro seja móvel entre uma primeira posição em que o par de rodas traseiro define uma primeira largura de pista e é posicionado a uma primeira distância do par de rodas dianteiro e uma segunda posição em que o par de rodas traseiro define uma segunda largura de pista e é posicionado a uma segunda distância do par de rodas dianteiro, em que a primeira largura de pista é maior que a segunda largura de pista e em que a primeira distância é menor que a segunda distância.

[006] O par de rodas traseiro do veículo agrícola da invenção é conectado ao quadro através de elementos de sustentação intermediários. Girando-se/pivotando-se esses elementos de sustentação intermediários em relação ao quadro, a largura de pista é adaptável de forma alternativa. Entretanto, testes mostraram que adaptar a largura de pista dessa forma tem vantagens adicionais inesperadas. Girando-se/pivotando-se os elementos de sustentação intermediários, não apenas a largura de pista do par de rodas traseiro é adaptada, mas também a base de roda, que é definida pela distância entra as rodas frontais e as rodas traseiras, é adaptada. Especificamente, a base de roda é aumentada quando a largura de pista é diminuída. Nesse contexto, é observado que a largura de pista reduzida é destinada principalmente para uso em estradas do veículo agrícola. Alongando-se a base de roda durante uso em estrada, o comportamento de direção é mais estável, uma vez que o mesmo é menos responsivo, o que contribui para a segurança em estrada. Por outro lado, quando o par de rodas traseiro está em modo de pista larga, destinado para uso no campo para o veículo agrícola, a base de roda menor terá um efeito positivo no raio de curvatura do veículo agrícola.

[007] A invenção é baseada adicionalmente na percepção de que durante o uso em estrada do veículo agrícola, a base de roda do veículo pode ser grande, tendo preferencialmente, como um resultado, que o par de rodas traseiro possa ser posicionado substancialmente atrás do quadro do veículo agrícola sem impedir a operação do veículo. Nesse contexto, é observado que no uso em campo muitos veículos agrícolas exigem um espaço livre na extremidade traseira do veículo, por exemplo, uma colheitadeira expele resíduo na extremidade traseira do veículo e em outro exemplo uma enfardadeira descarrega os fardos através da extremidade traseira do veículo. Durante o uso em campo, não existem restrições de largura do veículo, de forma que as rodas possam ser posicionadas em uma pista larga. Nessa posição de pista larga, a base de roda é menor, preferencialmente tendo, como um resultado, que o par de rodas traseiro seja posicionado de modo substancialmente adjacente ao quadro, de forma que a extremidade traseira do quadro não seja obstruída. Isso mostra que o veículo, de acordo com a invenção, é otimizado para uso em estrada quando o par de rodas traseiro está na segunda posição e é otimizado para uso em campo quando o par de rodas traseiro está na primeira posição.

[008] Ficará claro, nesse contexto, que a distância entre um par de rodas dianteiro e um par de rodas traseiro é definida como a distância medida na direção longitudinal do veículo entre os eixos geométricos das rodas quando as rodas são orientadas em uma posição reta.

[009] De preferência, um espaço mínimo predeterminado é fornecido tanto na primeira posição quanto na segunda posição entre cada um dentre o par de rodas traseiro e o quadro para permitir a direção das rodas traseiras em ambas as posições. Desse modo, o espaço mínimo predeterminado se refere ao espaço entre o quadro e a roda que é exigido para permitir que a roda seja dirigível. O elemento versado na técnica entenderá que uma roda que é dirigida, o que significa que é girada ao redor de um eixo geométrico que é substancialmente vertical, precisa de algum espaço livre. Especificamente quando o par de rodas traseiro está na segunda posição, atingir um espaço mínimo predeterminado é supreendentemente fácil uma vez que as rodas são posicionadas substancialmente atrás do quadro. Também na situação na qual o par de rodas traseiro está localizado na primeira posição, um espaço mínimo predeterminado é fácil de ser fornecido uma vez que nenhuma restrição de largura de pista se aplica devido ao fato de que esse é o modo de campo do veículo agrícola.

[010] De preferência, o par de rodas dianteiro define uma largura de pista dianteira e a primeira largura de pista é maior que a largura de pista dianteira e a segunda largura de pista é igual ou menor que a largura de pista dianteira. Em tal configuração, o par de rodas dianteiro pode ser dotado de uma largura de pista fixa. Essa largura de pista fixa é limitada, de preferência, pelas exigências para uso em estrada. Dotando-se o par de rodas traseiro de uma primeira largura de pista que é maior que a largura de pista dianteira, uma estabilidade maior durante o uso em campo do veículo agrícola é obtida. Dotando-se o par de rodas traseiro de uma segunda largura de pista que é igual ou menor que a primeira largura de pista, o veículo agrícola satisfaz a exigência para percorrer a estrada.

[011] De preferência, cada elemento de sustentação intermediário é conectado de modo pivotante a uma zona central do quadro, em que a zona central é localizada na extremidade traseira do veículo. Quando os elementos de sustentação intermediários são conectados a uma zona central na extremidade traseira do quadro, o par de rodas traseiro pode ser movido facilmente girando-se/pivotando-se os elementos de sustentação intermediários entre uma posição em que o par de rodas traseiro mostra uma largura de pista maior e uma base de roda menor e uma posição adicional em que o par de rodas traseiro mostra uma largura de pista menor e uma base de roda maior.

[012] De preferência, um mecanismo de direção é fornecido no par de rodas traseiro para dirigir o par de rodas traseiro tanto na primeira posição quanto na segunda posição. Desse modo, de preferência cada par de rodas traseiro é conectado ao elemento de sustentação intermediário e ao mecanismo de direção através de uma junta de direção. Desse modo, o mecanismo de direção é formado, de preferência, de uma haste que se estende de modo substancialmente paralelo ao elemento de sustentação intermediário entre o quadro e a junta de direção. A geometria de direção, formada pelos elementos de sustentação intermediários, pela haste de direção e pela junta de direção, atua como uma ligação em paralelogramo que mantém as rodas paralelas entre si quando o par de rodas traseiro é girado entre uma primeira e uma segunda posição. Desse modo, as hastes de direção são conectadas, tipicamente, ao quadro através de um elemento de direção central, em que o elemento de direção central tem a capacidade de se deslocar para a esquerda e para a direita em relação ao quadro para, desse modo, empurrar as hastes de direção para uma posição de direção. Dessa forma, o par de rodas traseiro pode ser dirigido. O elemento de direção central é controlável, de preferência, por um operador do veículo, de forma que o operador seja capaz de dirigir o veículo agrícola.

[013] De preferência, uma barra se estende entra o par de rodas, em que a barra tem um comprimento adaptável. Desse modo, a barra compreende, de preferência, um atuador para mover o par de rodas traseiro entre a primeira posição e a segunda posição adaptando-se o comprimento da barra. Em tal configuração, um atuador longitudinal simples pode ser usado para trocar o par de rodas traseiro entre uma primeira posição e uma segunda posição. Desse modo, a barra é, de preferência, conectada de modo pivotante à junta de direção de cada uma dentre o par de rodas traseiro. Dessa forma, a largura de pista pode ser definida definindo-se o comprimento da barra, em que a largura de pista determina também automaticamente a posição das rodas traseiras na direção de percurso do veículo.

[014] A invenção se refere, adicionalmente, a um conjunto de sustentação para um veículo agrícola, em que o conjunto de sustentação compreende um par de rodas que são dirigíveis e em que cada roda do par de rodas é adaptada para ser conectada à extremidade traseira de um quadro do veículo agrícola através de um respectivo elemento de sustentação intermediário que é pivotante em relação ao quadro de tal forma que o par de rodas seja móvel entre uma primeira posição em que as rodas definem uma primeira largura de pista e é posicionado a uma primeira distância de um par de rodas dianteiro do veículo e uma segunda posição em que as rodas definem uma segunda largura de pista e é posicionado a uma segunda distância do par de rodas dianteiro, em que a primeira largura de pista é maior que a segunda largura de pista e em que a primeira distância é menor que a segunda distância. Montando-se esse conjunto de sustentação em um veículo agrícola, um veículo agrícola, de acordo com a invenção, é obtido.

[015] A invenção será agora descrita em mais detalhes em relação aos desenhos que ilustram algumas modalidades preferidas da invenção. Nos desenhos: A Figura 1 mostra uma vista superior de uma colheitadeira agrícola, de acordo com uma modalidade da invenção; A Figura 2 mostra um conjunto de sustentação, de acordo com uma modalidade da invenção, em uma primeira posição; e A Figura 3 mostra um conjunto de sustentação, de acordo com uma modalidade da invenção, em uma segunda posição.

Nos desenhos um mesmo número de referência foi alocado a um mesmo elemento análogo.

[018] A Figura 1 mostra uma vista superior de uma colheitadeira agrícola 1. A colheitadeira agrícola 1 tem um coletor 2 que é, pelo menos no modo de campo da colheitadeira agrícola 1, conectado a um corpo 4 em uma extremidade dianteira do veículo 1. O corpo 4 é sustentado por um par de rodas dianteiro 3 e um par de rodas traseiro 5. Na Figura 1, o par de rodas traseiro 5 é mostrado em duas posições. O par de rodas traseiro, indicado com o número de referência 5, mostra a primeira posição e o par de rodas traseiro, indicado com o número de referência 5’, mostra a segunda posição. O par de rodas traseiro é conectado ao corpo 4 do veículo agrícola através de um sistema de sustentação 7 que é descrito abaixo no presente documento em relação às Figuras 2 e 3. O sistema de sustentação 7 é conectado ao corpo 4 e a uma zona central 8 na extremidade traseira do veículo 1.

[017] O sistema de sustentação 7, descrito em mais detalhes abaixo no presente documento, permite que o par de rodas traseiro 5 se mova entre a primeira posição 5 e a segunda posição 5’. Desse modo, a primeira posição 5 é otimizada para uso em campo do veículo agrícola 1. Para essa finalidade, as rodas do par de rodas traseiro 5 na primeira posição são posicionadas de modo substancialmente adjacente ao quadro do veículo 1. Desse modo, o quadro do veículo 1 é definido como a estrutura de sustentação que sustenta o corpo 4 do veículo 1. Substancialmente adjacente ao quadro é definido como pelo menos 50% do volume das rodas 5 sendo localizado adjacente ao quadro. Substancialmente adjacente ao quadro pode ser alternativamente definido de modo que o eixo geométrico de rotação das rodas 5 na primeira posição cruze com o quadro do veículo 1, pelo menos quando as rodas 5 na primeira posição forem dirigidas para uma posição reta. Nessa primeira posição 5 do par de rodas traseiro, o veículo 1 tem uma base de roda 10 que é menor e a base de roda 10’ na segunda posição 5’ do par de rodas traseiro. Uma base de roda menor 10 melhora a capacidade de realizar curvas do veículo, o que é uma vantagem significativa durante o uso em campo do veículo 1. Na primeira posição 5 do par de rodas traseiro, a largura de pista 9 é maior que a largura de pista 9’ do par de rodas traseiro na segunda posição 5’. A largura de pista 9 maior melhora a estabilidade do veículo 1, que é uma vantagem no uso em campo. Nesse contexto, é observado que no uso em campo, o veículo agrícola 1 expele tipicamente resíduo na extremidade traseira do veículo. Portanto, no uso em campo, o veículo exige um espaço livre 6 na extremidade traseira do veículo. Quando o par de rodas traseiro 5 está na primeira posição, as rodas 5 são localizadas fora do espaço livre 6, de forma que as rodas não impeçam a expulsão de resíduo.

[018] Na segunda posição do par de rodas traseiro 5’, o sistema de sustentação 7 é girado, pelo menos parcialmente, em direção à extremidade traseira do veículo 1. Na segunda posição 5’, as rodas são substancialmente posicionadas atrás do quadro do veículo 1. Desse modo, substancialmente atrás do quadro é definido como pelo menos 50% do volume das rodas 5’ sendo localizado atrás do quadro que sustenta o corpo 4 do veículo 1. Substancialmente atrás do quadro pode ser definido alternativamente de modo que o eixo geométrico de rotação das rodas 5’ na segunda posição não cruze com o quadro do veículo pelo menos quando o par de rodas traseiro 5’ for dirigido para uma posição reta. Na segunda posição 5’ do par de rodas traseiro, a largura de pista 9’ é menor. Isso permite que o veículo seja dirigido em estradas públicas em que a largura de pista máxima é limitada por regulamentos. Adicionalmente, a base de roda 10’ é maior. Isso tem um efeito positivo tanto na distribuição de peso quanto na sensibilidade de direção. Devido ao fato de a base de roda ser maior, mais peso está no par de rodas dianteiro 3, as quais são tipicamente maiores, de forma que a pressão por centímetro/polegada ao quadrado na superfície da estrada seja limitada. Também devido a uma base de roda maior 10’, a sensibilidade de direção é menos responsiva de forma que a direção do veículo seja mais segura. Nesse contexto, é observado que no uso em estrada do veículo 1, o coletor 2 é tipicamente removido. Adicionalmente, no uso em estrada, o veículo agrícola 1 não está em operação, de forma que a zona livre 6 para expulsão de resíduo não seja usada. Portanto, na segunda posição 5’ do par de rodas traseiro, as rodas podem ser localizadas no espaço livre 6 sem essa desvantagem.

[019] Devido ao fato de o sistema de sustentação 7 ter a capacidade de girar o par de rodas traseiro 5 entre uma primeira posição 5 e uma segunda posição 5’, a largura de pista do veículo 1 é adaptável. Desse modo, uma vantagem adicional da rotação do par de rodas traseiro para a traseira do veículo é que, tanto em modo de pista larga (primeira posição 5) quanto em modo de pista pequena (segunda posição 5’), as rodas 5 têm espaço suficiente ao redor das mesmas para a direção do veículo agrícola 1. Em modo de pista larga, ter espaço suficiente para girar as rodas 5 é muito comum uma vez que em modo de pista larga as rodas estão mais longe do corpo 4 do veículo 1. Em modos de pista estreita, entretanto, as rodas 5’ são convencionalmente movidas em direção ao corpo 4 do veículo, de forma que o espaço entre o corpo 4 e as rodas 5’ seja pequeno demais para a direção adequada das rodas 5’. Entretanto na presente invenção, as rodas 5’ são giradas para trás, de preferência para uma posição substancialmente atrás do veículo agrícola 1. Como um resultado, as rodas 5’ na segunda posição têm espaço suficiente para ser dirigidas, o que significa que existe uma quantidade mínima predeterminada de espaço entre as rodas 5’ e o corpo 4 do veículo agrícola 1 na segunda posição. Nesse contexto, é observado que também na primeira posição 5 as rodas mostram uma quantidade mínima predeterminada de espaço entre as rodas 5 e o corpo 4 do veículo 1.

[020] Embora a Figura 1 ilustre uma colheitadeira agrícola com o sistema de sustentação de acordo com a invenção, ficará claro que o sistema pode ser aplicado também a outros tipos de veículos agrícolas. O conjunto de sustentação da invenção pode ser aplicado também, por exemplo, a uma enfardadeira agrícola. Em uma enfardadeira agrícola, o espaço livre 6 tem um formato diferente e é destinado a ejetar fardos da enfardadeira. Dessa forma, o par de rodas traseiro na segunda posição 5’ pode ser localizado no espaço livre 6 para uso em estrada da enfardadeira, enquanto o par de rodas traseiro na primeira posição 5 estão fora do espaço livre, o que aumenta a largura de pista e, desse modo, a estabilidade da enfardadeira, e reduz a base de roda e, desse modo, aumenta a capacidade de realizar curvas da enfardadeira.

[021] O conjunto de sustentação do veículo agrícola 1 é projetado, de preferência, de forma que a largura de pista 9 na primeira posição do par de rodas traseiro 5 seja maior que a largura de pista das rodas dianteiras 3, adicionalmente, o conjunto de sustentação é projetado, de preferência, de forma que a largura de pista 9’ do par de rodas traseiro na segunda posição 5’ seja igual ou menor que a largura de pista do par de rodas dianteiro 3.

[022] A Figura 2 ilustra o conjunto de sustentação em uma primeira posição enquanto a Figura 3 mostra o mesmo conjunto de sustentação na segunda posição. O conjunto de sustentação compreende elementos de sustentação 7 adaptados, por um lado, para ser conectados a uma zona central 8 do quadro na extremidade traseira de um veículo agrícola, e, por outro lado, para sustentar um par de rodas 5. No exemplo das Figuras 2 e 3, a zona central 8 do quadro é mostrada como um elemento separado. Ficará claro, entretanto, que a zona central 8 do quadro pode ser formada integralmente com outras partes do quadro do veículo agrícola ou da estrutura de sustentação do veículo agrícola 1.

[023] Os elementos de sustentação 7 compreendem um respectivo elemento de sustentação intermediário 11 para cada roda do par de rodas. O elemento de sustentação intermediário 11 se estende entre a zona central 8 e a roda 5. O elemento de sustentação intermediário 11 é conectado rotativamente ao quadro 8. Especificamente, cada elemento de sustentação intermediário pode girar entre uma primeira posição em que o elemento de sustentação intermediário se estende substancialmente na direção transversal do veículo 1 e uma segunda posição em que o elemento de sustentação intermediário se estende pelo menos parcialmente em direção a uma extremidade traseira do veículo. Dessa forma, o elemento de sustentação intermediário se estende, de preferência, de modo substancialmente horizontal entre o quadro 8 e as rodas 5 tanto na primeira quanto na segunda posição. Desse modo, substancialmente horizontal é definido como onde o máximo de 20 graus em relação ao plano horizontal, de preferência com um grau máximo de 10 graus em relação ao plano horizontal.

[024] Cada roda 5 é dotada, de preferência, de uma junta de forma que o elemento de sustentação intermediário 11 possa ser conectado à roda 5 através da junta 16. Dessa forma, um mecanismo de direção pode ser fornecido para dirigir as rodas. Esse mecanismo de direção pode ser formado como um atuador rotacional (não mostrado) posicionado na junta 16 da roda 5. De preferência, o mecanismo de direção é formado, conforme mostrado nas Figuras 2 e 3, por uma haste de direção 12 que se estende entre um elemento de direção 13 na zona central 8 do quadro e a junta de direção. Tais mecanismos de direção são conhecidos e amplamente usados em sistemas de suspenção de múltiplas ligações convencionais de veículos. Uma vantagem inesperada de usar esse mecanismo de direção na presente invenção é que o mecanismo de direção pode ser configurado junto com o elemento de sustentação intermediário de forma que os mesmos formem um paralelogramo. O efeito de formar um paralelogramo é que as rodas 5 ficam automaticamente alinhadas de modo paralelo entre si quando as rodas 5 são movidas da primeira posição 5 para a segunda posição 5’. Isso faz com que o mecanismo de direção da invenção seja à prova de falhas. O elemento de direção central 13 é móvel 14 na direção transversal de forma que as rodas 5 sejam dirigíveis através do movimento do elemento de direção 13.

[025] O conjunto de sustentação 7 da invenção compreende, de preferência, adicionalmente uma barra 15 que se estende entre as duas rodas 5 do par de rodas. De preferência, a barra 15 é conectada às respectivas juntas de roda. A barra 15 é estendível 18. Desse modo, a barra 15 permite que a distância entre as rodas mude, consequentemente que a largura de pista mude. O comprimento adaptável da barra 15 é ilustrado nas Figuras com uma seta 18.

[028] O movimento das rodas 5 entre a primeira posição 5 e a segunda posição 5’ pode ser acionado de múltiplas formas. Em um primeiro exemplo, atuadores rotacionais (não mostrados) são fornecidos na zona central 8 do quadro para forçar os elementos de sustentação intermediários 11 para uma rotação 17. Tal configuração exigiría, de preferência, um atuador rotacional para cada um dos elementos de sustentação intermediários 11. Alternativamente, o movimento das rodas é atuado por um atuador linear na barra 15 para forçar o comprimento da barra 15 a mudar 18. Mudando-se o comprimento da barra 15, a largura de pista é adaptada e os elementos de sustentação intermediários 11 giram em relação ao quadro entre a primeira posição do mesmo e a segunda posição do mesmo. A barra 15 pode, adicionalmente, ser configurada para ter um efeito estabilizador no veículo agrícola 1.

[027] Com base nas figuras e na descrição, o elemento versado na técnica será capaz de entender a operação e as vantagens da invenção assim como as diferentes modalidades da mesma. É, entretanto, observado que a descrição e as figuras são destinadas meramente ao entendimento da invenção, e não a limitar a invenção à certas modalidades ou exemplos usados na mesma. Portanto, é enfatizado que o escopo da invenção será definido apenas nas reivindicações.

Reivindicações

Claims (13)

1. Veículo agrícola (1) caracterizado pelo fato de que compreende um quadro sustentado por um par de rodas dianteiro (3) e um par de rodas traseiro (5), em que o par de rodas traseiro (5) é dirigível e em que cada roda do par traseiro de rodas é conectada ao quadro através de um respectivo elemento de sustentação intermediário (11) que é pivotante em relação ao quadro de tal forma que o par de rodas traseiro (5) seja móvel entre uma primeira posição em que o par traseiro de rodas (5) define uma primeira largura de pista (9) e é posicionado a uma primeira distância (10) do par de rodas dianteiro (3) e uma segunda posição em que o par de rodas traseiro (5) define uma segunda largura de pista (9’) e é posicionado a uma segunda distância (10’) do par de rodas dianteiro (3), em que a primeira largura de pista (9) é maior que a segunda largura de pista (9’) e em que a primeira distância (10) é menor que a segunda distância (10’).

2. Veículo agrícola (1), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que um espaço mínimo predeterminado é fornecido tanto na primeira posição (5) quanto na segunda posição (5’) entre cada um dos pares de rodas traseiro e o quadro para permitir a direção das rodas traseiras em ambas as posições.

3. Veículo agrícola (1), de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o par de rodas dianteiro define uma largura de pista dianteira e em que a primeira largura de pista (9) é maior que a largura de pista dianteira e em que a segunda largura de pista (9’) é igual ou menor que a largura de pista dianteira.

4. Veículo agrícola (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que cada elemento de sustentação intermediário (11) é conectado de modo pivotante a uma zona central (8) do quadro.

5. Veículo agrícola (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que um mecanismo de direção (12) é fornecido no par de rodas traseiro (5) para dirigir o par de rodas traseiro (5) tanto na primeira posição quanto na segunda posição.

6. Veículo agrícola (1), de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que cada uma do par de rodas traseiro (5) é conectada ao elemento de sustentação intermediário (11) e ao mecanismo de direção (12) através de uma junta de direção (16).

7. Veículo agrícola (1), de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o mecanismo de direção (12) é formado como uma haste (12) que se estende de modo substancialmente paralelo ao elemento de sustentação intermediário (11) entre o quadro (8) e a junta de direção (16).

8. Veículo agrícola (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que que uma barra (15) se estende entre o par de rodas traseiro (5), em que a barra tem um comprimento adaptável.

9. Veículo agrícola (1), de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que a barra (15) compreende um atuador para mover o par de rodas traseiro (5) entre a primeira posição e a segunda posição através da adaptação do comprimento da barra.

10. Veículo agrícola (1), de acordo com as reivindicações 7 e 8, caracterizado pelo fato de que a barra (15) é conectada de modo pivotante à junta de direção (16) de cada uma dentre o par de rodas traseiro (5).

11. Veículo agrícola (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o par de rodas traseiro (5) na primeira posição é posicionado de modo substancialmente adjacente ao quadro.

12. Veículo agrícola (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o par de rodas traseiro (5) na segunda posição é posicionado substancialmente atrás do quadro.

13. Conjunto de sustentação (7) para um veículo agrícola (1), em que o conjunto de sustentação é caracterizado pelo fato de que compreende um par de rodas (5) que é dirigível e em que cada roda do par de rodas é adaptada para ser conectada à extremidade traseira de um quadro do veículo agrícola (1) através de um respectivo elemento de sustentação intermediário (11) que é pivotante em relação ao quadro de tal forma que o par de rodas seja móvel entre uma primeira posição em que as rodas definem uma primeira largura de pista (9) e são posicionadas a uma primeira distância (10) de um par de rodas dianteiro (3) do veículo, e uma segunda posição em que as rodas definem uma segunda largura de pista (9’) e são posicionadas a uma segunda distância (10’) do par de rodas dianteiro (3), em que a primeira largura de pista (9) é maior que a largura de pista (9’) e em que a primeira distância (10) é menor que a segunda distância (10’).