BR102015019187A2

BR102015019187A2 - Development of organic foliar fertilizer

Info

Publication number: BR102015019187A2
Application number: BR102015019187-1A
Authority: BR
Inventors: Darcy Dos Santos José; Ricardo Soccol Carlos; Luís Lopes Da Silva André; Da Luz Costa Jefferson
Original assignee: Universidade Federal Do Paraná
Priority date: 2015-08-11
Filing date: 2015-08-11
Publication date: 2017-10-31

Abstract

desenvolvimento de fertilizante foliar orgânico para o desenvolvimento de formulações de fertilizantes para aplicação foliar ou fertirrigação, água de maceração do milho é hidrolisada para maior liberação de nutrientes (proteínas, carboidratos, peptídeos, aminoácidos , vitaminas, ácidos orgânicos) e biocompostos. a água de maceração do milho tem seu ph ajustado numa faixa de 4 a 8 e para a aplicação foliar, podendo conter adição de macro e microelementos, reguladores de crescimento vegetal (hormônios), agentes tensoativos, conservantes, compostos bioestimulantes, vitaminas e estabilizantes. o produto é destinado para aplicações foliares, age como promotor de crescimento e produtividade em diferentes culturas de interesse agrícola, tais como milho, cana de açúcar, arroz, trigo, aveia, cevada, soja, feijão, alface, rúcula, agrião, repolho, cenoura, gramíneas e pastagens, beterraba, brócolis, couve-flor, flores, entre outras.

Description

DESENVOLVIMENTO DE FERTILIZANTE FOLIAR ORGÂNICO

[001] . A presente invenção trata da formulação de fertilizantes foliares para aplicação foliar desenvolvido à base de macerado hidrolisado de milho por via úmida. Essas formulações podem ser usadas para o aumento da produtividade em diversas culturas, podendo ser utilizadas na horticultura, floricultura, silvicultura e em grandes culturas. Macerado liquido de milho é hidrolisado para aumentar a liberação de nutrientes (minerais) e outros biocompostos (proteínas, carboidratos, peptídeos, aminoácidos , vitaminas, ácidos orgânicos). A hidrólise pode ser realizada por calor, pressão, ácidos, bases ou enzimas. Esses processos podem ser realizados de forma individual ou em combinação. Esses fertilizantes são produtos orgânicos naturais com impactos positivos ao meio ambiente. No entanto, a aplicação foliar permite uma absorção dos nutrientes com maior velocidade do que a adubação no solo. Além de aumentar o rendimento das culturas, a adubação foliar pode suprir deficiências nutricionais que possam surgir durante o ciclo da cultura, permitindo a correção em tempo hábil para evitar prejuízos. Esse fertilizante também pode ser usado em fertirrigação.

[002] . É do conhecimento geral, a importância do uso de fertilizantes químicos para aumento da produtividade em várias culturas. Tem sido também relatado que o uso de fertilizantes foliares a base de resíduos de pescados e compostos a base de macroalgas marinhas, tais como Ascophyllum nodosum e Sargassum sp., como de grande potencial para o incremento da produção agrícola.

[003] . Os fertilizantes químicos apresentam um custo elevado e causam poluição ambiental, pois quando lixiviados se acumulam nos lençóis freáticos e mananciais, eutrofizando lagos e rios. Além disso, a produção de fertilizantes nitrogenados envolve um custo energético muito alto e a geração de dióxido de carbono (CO2) contribuindo com o processo de desequilíbrio do efeito estufa, logo, favorecem o processo de aquecimento global.

[004] . O uso dos hidrolisados de pescados e macroalgas apresentam certas limitações para a industrialização de fertilizantes que usam esses resíduos. Uma dessas limitações é a distância dessas indústrias da fonte de matéria prima, pois esses resíduos estragam com facilidade além de apresentar um elevado custo de transporte. Por outro lado, o uso de macroalgas marinhas envolve a sua retirada do mar, o que implica uma atividade suplementar de extração predatória. Entretanto, uma outra alternativa seria a produção dessas algas em tanques específicos localizados no litoral. No entanto isso envolve mão de obra qualificada e elevados custos.

[005] . Os uso de macerado de macerado de milho hidrolisado como fertilizante foliar ainda não foi explorado. Diferentes processos de hidrólise podem aumentar a liberação de nutrientes e biomoléculas solúveis presentes no macerado de milho, aumentando a biodisponibilidade dessas substâncias sobre as culturas.

[006] . É objeto da presente invenção melhorar o processo de extração dos nutrientes e biocompostos presentes no macerado do milho, na qual diferentes processos de hidrólise possam ser utilizados sozinhos ou combinados. As proteínas hidrolisadas aumentam a quantidade de aminoácidos e peptídeos livres, os quais em pHs adequados podem formar quelantes com os nutrientes favorecendo a absorção desses pela via foliar. O uso de peptídeos e aminoácidos como agentes quelantes são uma alternativa ecologicamente viável, pois substituem o uso dos quelantes artificiais.

[007] . A presente invenção está baseada no uso do macerado de milho hidrolisado como forma de disponibilizar as plantas nutrientes e biomoléculas com efeitos positivos no crescimento e na produtividade por via da aplicação foliar. Um dos processos de hidrólise propostos na presente invenção faz uso de calor e pressão em solução aquosa. Além disso, é imprescindível o ajuste do pH numa faixa de 4 a 8 para favorecer a absorção foliar, também o uso de um agente tensoativo como óleo mineral, surfactantes ou similares, que devem ser empregados para ampliar tempo de contato dos compostos bioativos presentes no macerado de milho hidrolisado com a superfície foliar. A aplicação deve ser conduzida em dias não muito quentes e com alta umidade relativa, de preferência no início ou no final do dia. Cada cultura apresenta uma dose e um número de aplicações ideal, podendo variar em intervalos de sete a 20 dias ou mais dependendo das exigências nutricionais de cada planta e características do solo. A conservação desse produtos (hidrolisado de macerado de milho) ser feita com o uso do ácido acético, ácido lático, acetato de cálcio entre outros suplementos com atividade antimicrobiana. Esse fertilizante também pode ser usado na fertirrigação.

[008]. A figura 1 apresenta o fluxograma de obtenção do fertilizante foliar a base do hidrolisado de macerado de milho, também chamado milhocina.

REIVINDICAÇÕES

Claims

1- DESENVOLVIMENTO DE UM FERTILIZANTE FOLIAR A BASE DE MACERADO DE MILHO (MILHOCINA) HIDROLISADA, caracterizado por ser um preparado a base de milhocina hidrolisada.

2- DESENVOLVIMENTO DE UM FERTILIZANTE FOLIAR A BASE DE MACERADO DE MILHO (MILHOCINA) HIDROLISADA, conforme reivindicado em 1, caracterizado pela hidrólise ácida, alcalina ou enzimática, usando calor e pressão, sendo esses processos usados de forma isolado ou em combinação.

3- DESENVOLVIMENTO DE UM FERTILIZANTE FOLIAR A BASE DE MILHOCINA HIDROLISADA, conforme reivindicado em 1 e 2, caracterizado pelo produto da hidrólise ter seu pH ajustado na faixa de 4 a 8.

4- DESENVOLVIMENTO DE UM FERTILIZANTE FOLIAR A BASE DE MACERADO DE MILHO (MILHOCINA) HIDROLISADA, conforme reivindicado em 1, 2 e 3, caracterizado pelo uso foliar, fertirrigação, cultivo convencional, orgânico ou hidropônico de plantas.

5- DESENVOLVIMENTO DE UM FERTILIZANTE FOLIAR A BASE DE MACERADO DE MILHO (MILHOCINA) HIDROLISADA, conforme reivindicado em 1,2, 3 e 4, caracterizado pelo uso da milhocina hidrolisada em concentrações que podem variar desde 0,001% até 100% na composição do fertilizante foliar.

6- DESENVOLVIMENTO DE UM FERTILIZANTE FOLIAR A BASE DE MACERADO DE MILHO (MILHOCINA) HIDROLISADA, conforme reivindicado em 1, 2, 3, 4 e 5, caracterizado por poder ser enriquecido com outros nutrientes, tais como, N, P, K, Ca, Mg, S, Si, Cl, B, Na, Cu, Zn, Mn, Fe, Ni e Mo, reguladores de crescimento vegetal (hormônios), auxinas, sejam eles naturais ou sintéticos entre outros.

7- DESENVOLVIMENTO DE UM FERTILIZANTE FOLIAR A BASE DE MACERADO DE MILHO (MILHOCINA) HIDROLISADA, conforme reivindicado em 1, 2, 3, 4, 5 e 6, caracterizada por apresentar o produto concentrado liquido e conservado por ácido lático, ácido acético, acetato de cálcio ou qualquer aditivo antimicrobiano e/ou substâncias tamponantes, estabilizantes, tensoativos, vitaminas, poliaminas (e.g. glicinabetaína), substâncias húmicas (ácido húmico ou ácido ferúlico) e bioestimulantes também podem ser suplementadas.

8- DESENVOLVIMENTO DE UM FERTILIZANTE FOLIAR A BASE DE MACERADO DE MILHO (MILHOCINA) HIDROLISADA, conforme reivindicado em 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, caracterizado por conter substâncias tamponantes, estabilizantes, tensoativos, vitaminas, poliaminas (e.g. glicinabetaína), substâncias húmicas (ácido húmico ou ácido ferúlico) e bioestimulantes.

9- DESENVOLVIMENTO DE UM FERTILIZANTE FOLIAR A BASE DE MACERADO DE MILHO (MILHOCINA) HIDROLISADA, conforme reivindicado em 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8, caracterizado por ser apresentado na forma desidratado em pó, granulado ou encapsulado.

10- DESENVOLVIMENTO DE UM FERTILIZANTE FOLIAR A BASE DE MACERADO DE MILHO (MILHOCINA), caracterizado por poder ser enriquecido com outros nutrientes, tais como, N, P, K, Ca, Mg, S, Si, Cl, B, Na, Cu, Zn, Mn, Fe, Ni e Mo, reguladores de crescimento vegetal (hormônios), auxinas, sejam eles naturais ou sintéticos entre outros.

11- DESENVOLVIMENTO DE UM FERTILIZANTE FOLIAR A BASE DE MACERADO DE MILHO (MILHOCINA), conforme reivindicado em 10, caracterizado por poder conter substâncias tamponantes, estabilizantes, tensoativos, vitaminas, poliaminas (e.g. glicinabetaína), substâncias húmicas (ácido húmico ou ácido ferúlico) e bioestimulantes.

12- DESENVOLVIMENTO DE UM FERTILIZANTE FOLIAR A BASE DE MACERADO DE MILHO (MILHOCINA), conforme reivindicado em 10 e 11, caracterizado por poder ser comercializado na forma líquida concentrado, desidratado em pó, granulado ou encapsulado.